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1.Parece existir uma relevante importância do processo histórico na compreensão da filosofia e dos princípios do Direito Penal Contemporâneo. Crimes e castigos existiram na sociedade humana desde os primórdios. Assim, relativamente aos princípios de Direito Penal, assinale a alternativa INCORRETA:	
 ( )A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica-se aos fatos anteriores.
 ( )nenhuma das alternativas
(X )Os crimes hediondos não estão sujeitos ao princípio da anterioridade da lei penal. 
( )não há pena sem prévia cominação legal.	
( )Não há crime sem lei anterior que o defina.
Explicação:O ALUNO DEVERÁ DIFERENCIAR OS Princípios constitucionais e infraconstitucionais.
2. Não se pode perder de vista que ao ser humano deve ser outorgada toda a dignidade a ele inerente e que tudo que se contrapõe a isso seja repudiado com toda a força da lei. Assim, marque a alternativa CORRETA de acordo com os princípios limitadores da atividade penal:		
( X )o princípio da ultima ratio informa que o Direito Penal somente pode ser utilizado em casos extremos, que afetem os bem jurídicos mais importantes na sociedade, quando os outros ramos do direito não conseguirem solucionar de forma efetiva a lesão ocorrida.
 ( )O princípio da fragmentariedade informa que o Direito Penal somente pode incriminar condutas que efetivamente causem lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora.	
( )O princípio da legalidade informa que, eventualmente, condutas criminosas podem ser caracterizadas por costumes.
( )o princípio da insignificância pode ser aplicado sempre que a lesão causada não houver lesionado efetivamente o bem jurídico tutelado, inclusive nos crimes contra a administração pública.	
( )nenhuma das afirmativas.
Explicação:
O ALUNO DEVERÁ DIFERENCIAR OS Princípios constitucionais e infraconstitucionais.
3.Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do Brasil, percebeu que João escondera em suas vestes três sabonetes, de valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do estabelecimento, entretanto, João é preso em flagrante delito pelo segurança, que chama a polícia. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
( )A conduta de João não constitui crime, uma vez que será excluída sua culpabilidade.
( )A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de necessidade.
( )A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do Código Penal, não estando presente nenhuma das causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado.
( )Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que a prisão em flagrante é nula, por ter sido realizada por um segurança particular.
(X)A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente atípico.
Explicação:
Materialmente atípico tendo em vista o princípio da insignificância (bagatela), pois o crime de furto tutela o patrimônio e neste caso o patrimônio do supermercado não foi materialmente atingido. 
4. O artigo 1.º do Código Penal, Decreto-Lei 2848/1940, preceitua que "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal", e o artigo 5.º, inciso XXXIX da Constituição Federal de 1988 repete a redação do Código Penal. Estes artigos dos dois diplomas legais expressam o Princípio da:	
( )Anterioridade	
( )Reserva Legal
( )Taxatividade
(X)Legalidade
( )Socialibilidade
Explicação:
O Princípio da Legalidade (contendo os subprincípios reserva legal e anterioridade) trata da garantia constitucional fundamental, garantidora da liberdade. Assim, só é possível a existência de crime quando existir uma perfeita correspondência entre o ato praticado e a previsão legal, e que esta seja anterior àquela.
5.A expressão abolito criminis significa
( )o mesmo que abolicionismo penal: corrente doutrinaria que propugna forma de descriminalização.
( )deixar o juiz de aplicar a pena quando as consequências da infração atingirem o agente de forma tão grave que a sanção se torne desnecessária.
(X)revogação de norma que tipifica uma conduta como infração penal; ela não alcança os efeitos civis da condenação transitada em julgado.
( )a possibilidade de absolvição do agente quando a norma tipificadora da infração penal caiu em desuso.
( )abolição da pena dos criminosos, mediante decreto do Presidente da República, normalmente editado no Natal.
Explicação:
A abolição do crime representa a supressão da conduta criminosa, vale dizer, trata-se de revogação formal e material da infração penal, como aconteceu com o crime de adultério em que o art. 240 do CP foi revogado.
6.A vida em sociedade impõe ao ser humano uma série de relações com seus semelhantes. Nem sempre essas relações serão pacíficas. Os conflitos podem surgir e, dessa forma, a vida em sociedade depende de uma regulamentação. No que tange à disciplina em estudo, Direito Penal, cumpre destacar que o Estado, criado para proteger os seres humanos e lhes garantir um bem-estar, protege os bens mais importantes da sociedade erigindo a condução de bens tutelados pelo direito penal. Assim, quando os bens do homem (vida, patrimônio liberdade, dignidade sexual etc.) recebem essa proteção de uma norma elaborada pelo Estado. Nesse sentido, a função do Direto Penal é:		
(X)Proteger os bens jurídicos.
( )Proteger os direitos humanos
( )Proteger o patrimônio
( )Proteger a ordem pública
( )Proteger a honra.
Explicação:
Os bens jurídicos são os bens da vida, tutelados por uma norma penal que incrimina quem os atinge ou coloca em risco. A partir da prática de uma dessa condutas incriminadas pelo direito penal, surge para o Estado o poder-dever de exercer seu ius puniendi (direito de punir).
7.Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal?
( )A pena deve estar proporcional ou adequada à magnitude da lesão ao bem jurídico representada pelo delito e a medida de segurança à periculosidade criminal do agente.
( )A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico;
(X)Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
( )Nenhuma pena passará da pessoa do condenado
( )A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico
Explicação:
O princípio da reserva legal limita o poder estatal de interferir na esfera de liberdades individuais, ou seja, a infração penal somente pode ser criada por lei em sentido estrito.
8.Em decorrência da necessidade do Estado de proteger os bens jurídicos mais importantes do ser humano e da sociedade, surge a criação de infrações penais: regras de comportamento que impõem uma sansão penal a quem as transgredir. As normas penais, em sua maioria, estão compiladas em um documento jurídico que no Brasil é chamado de:	
( )Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro	
( )Lei das Contravenções Penais	
( )Código de Processo Penal	
( )Constituição Federal		
(X)Código Penal 
Explicação:
Código Penal Brasileiro 
9.A pena não é senão a sanção do preceito ditado pela lei eterna, que sempre tende à conservação da humanidade e a proteção de seus direitos, que sempre procede com observância às normas de Justiça, e sempre responde ao sentimento da consciência universal - Carrara. Assim, o princípio da ultima ratio:
( )praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade.
( )implica na irretroatividade da lei penal.
( )estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei.
(X)estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
( )nenhuma das afirmativas.
10.Fábio, funcionário de uma empresa pública, recebe de seu superior, Alexandre, a atribuição de realizar o pagamento dos empregadosda referida empresa. Ao perceber a vultosa quantia à sua disposição, Fábio, auxiliado pelo bancário Luiz, decide desviar parte do valor, depositando-o em sua conta corrente. Sendo certo que o dolo de apoderar-se da referida quantia surgiu no momento em que Fábio a teve à sua disposição e, portanto, posteriormente à concessão da referida atribuição. Ante o exposto, surge o denominado conflito aparente de normas entre os delitos de apropriação indébita, previsto nos art. 168, caput e §1°, III e peculato, art. 312, caput, ambos do Código Penal. Com base nos estudos realizados sobre o tema, solucione o caso concreto de modo a tipificar corretamente a conduta de Fábio indicando o princípio a ser adotado. Código Penal - Apropriação indébita Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: III - em razão de ofício, emprego ou profissão. Código Penal - Peculato Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
( )subsidiariedade
( )subsidiariedade
( )proporcionalidade.
( )consunção.
(X)especialidade.
11.Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
( )A afirmação acima, se refere a qual dos princípios abaixo descritos:
( )Pessoalidade;
( )Anterioridade;		
(X)Legalidade.
( )Humanidade das penas;
( )Personalidade da pena;
Explicação:
Segundo o princípio da legalidade, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
12.Só a lei pode definir crimes e cominar penalidades. Nenhuma outra fonte inferior à lei pode gerar uma norma penal. Dessa forma, não há possibilidade de uma portaria, uma resolução ou medidas provisórias (que são outras espécies de normas) criarem um tipo de crime. Um bom exemplo dessa afirmação é que o presidente não pode criar crime por meio de um ato legislativo seu, a Medida Provisória (art. 62 da CF/88), que não passa pelo congresso. Assim, as demais normas, que não sejam leis, não podem definir crimes nem impor penas. Nesse sentido, o texto refere-se ao Princípio da:
 ( )Anterioridade da Lei Penal
( )Irretroatividade da Lei Penal
(X)Reserva da Lei
( )Taxatividade
( )Irretroatividade das Normas Incriminadoras
Explicação: Princípio da Reserva da Lei
13.No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir:
( )- A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico. - ROXIN, Claus. Derecho penal- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65;
( )- A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de ataques contra bens jurídicos importantes. - BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54.
( )Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao:
( )princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena somente aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por esse Direito, sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.
( )princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para reprimir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto de dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo ordenamento jurídico.
( )princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do Estado, quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e qualidade proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção futura.
( )princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não necessariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do Estado, em particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.		
(X)princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que escapem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão e da importância do bem jurídico para a convivência social.
Explicação: O ALUNO DEVERÁ DIFERENCIAR OS Princípios constitucionais e infraconstitucionais
14.A vida em sociedade impõe ao ser humano uma série de relações com seus semelhantes. Nem sempre essas relações serão pacíficas. Os conflitos podem surgir e, dessa forma, a vida em sociedade depende de uma regulamentação. No que tange à disciplina em estudo, Direito Penal, cumpre destacar que o Estado, criado para proteger os seres humanos e lhes garantir um bem-estar, protege os bens mais importantes da sociedade erigindo a condução de bens tutelados pelo direito penal. Assim, quando os bens do homem (vida, patrimônio liberdade, dignidade sexual etc.) recebem essa proteção de uma norma elaborada pelo Estado. Nesse sentido, a função do Direto Penal é:	
( )Proteger os direitos humanos
( )Proteger o patrimônio
( )Proteger a ordem pública	
(X)Proteger os bens jurídicos.
( )Proteger a honra.
Explicação:
Os bens jurídicos são os bens da vida, tutelados por uma norma penal que incrimina quem os atinge ou coloca em risco. A partir da prática de uma dessa condutas incriminadas pelo direito penal, surge para o Estado o poder-dever de exercer seu ius puniendi (direito de punir).
15.O principio da ultima ratio:		
(X)estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
( )implica na irretroatividade da lei penal.
( )constitui-se em sistema descontinuo de seleção de ilícitos não sancionado todas as condutas lesivas dos bens mais relevantes.
( )estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e função exclusiva da lei.
( )praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade.
Explicação:Ultima ratio é uma expressão em latin e significa ultimo recurso. Sendo assim, pelo princípio da intervenção mínima do Direito Penal este ramo do Direito deve ser o último recurso a ser adotado pelo Estado. Portanto, se outros ramos do Direito tutelam de forma eficaz o bem jurídico não há necessidade de se socorrer do Direito Penal. 
16.O estudo da evolução histórico-penal é de suma importância para uma avaliação correta da mentalidade e dos princípios que nortearam o sistema punitivo contemporâneo. Assim, assinale a alternativa CORRETA:
( )a novatio legis in mellius é uma causa de extinção da punibilidade
( )a abolitio criminis não opera seus efeitos quando houver sentença condenatória com trânsito em julgado, em respeito ao princípio da coisa julgada.
( )nenhuma das afirmativas		
(X)a abolitio criminis é a lei posterior que deixa de considerar como crime, uma conduta que anteriormente era considerada criminosa, a exemplo do que ocorreu com a lei que revogou o antigo crime de adultério.
( )a novatio legis incriminadora deixa de considerar como crime um fato que anteriormente era criminalizado.
Explicação:O ALUNO DEVERÁ DIFERENCIAR OS Princípios constitucionais e infraconstitucionais]
17.Ramo do direito público que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos mais importantes bens jurídicos ¿ justamente aqueles considerados essenciais para a vida em sociedade.
A afirmação acima, se refere ao conceito de:		
(X)Direito Penal;
( )Direito Processual Penal.
( )Direito Constitucional;
( )Criminologia;
( )Direito Civil;
Explicação:Direito penal, é um ramo do direito público que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos mais importantes bens jurídicos ¿ justamente aqueles considerados essenciais para a vida em sociedade.
18.Consoante os estudos sobre as características do Direito Penalno Estado Democrático de Direito, assinale a alternativa INCORRETA:
( )Dentre suas características, destacam-se: ser essencialmente preventivo, retributivo e ressocializador, buscando, sempre que possível, a aplicação de medidas alternativas às penas privativas de liberdade como forma de controle penal e, portanto, devendo ser utilizado como última forma de controle social.
( )O ordenamento positivo deve ter como excepcional a previsão de sanções penais, e não se apresentar como instrumento de satisfação de situações contingentes e particulares.
( )O princípio da proporcionalidade preconiza a idéia de que a punição deve guardar relação com o fato praticado
(X)O recurso à pena no Direito Penal garantista está condicionado ao princípio da máxima intervenção, para garantir a proteção de todos os bens jurídicos
( )A intervenção estatal penal só se legitima nos casos em que a conduta possa colocar em grave risco ou lesionar bem jurídico relevante.
Explicação:O Direito Penal Garantista está fundamentado no princípio da mínima intervenção, e não da máxima intervenção, pois o Direito Penal deve ser aplicado quando estritamente necessário., ou seja, será aplicado quando os demais ramos do Direito não tutelarem efetivamente o bem jurídico protegido.
19.Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
( )As duas leis podem ser aplicadas de modo a dividir a pena de acordo com o período do depósito da droga e a respectiva lei em vigor.
( )Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga em depósito.
(X)Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito.
( )As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre que essa atitude puder beneficiar o réu.
( )O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que lhe seja aplicada por ser, no seu caso, mais benéfica.
Explicação:Como o crime na hipótese é crime permanente o agente está em flagrante delito no momento da entrada em vigor da lei mais severa. Nesse sentido é a súmula 711 do STF: "A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência".

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