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SUMÁRIO 
31 INTRODUÇÃO	�
42 O CONCEITO DE INFÂNCIA 	�
2.1-	AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA	5
2.2-	O REFLEXO DA CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA BNCC	7
4CONCLUSAO............................................................................................................8
15 REFERENCIAS	�0
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INTRODUÇÃO
Esse trabalho traz como temática os “Aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos da Educação Infantil”, fazendo um breve estudo sobre historia da concepção da infância, desde a antiguidade até os tempos atuais, levando em consideração as crianças como sujeitos de direitos e que elas possuem desejos, idéias, opiniões, capacidades de decidir e inventar, que elas s e manifestam desde pouca idade através de suas expressões físicas.
O estudo tem também como objetivo fazer uma revisão das leis que acercam o processo de Educação aos menores de seis anos, bem como também sobre a criação de Políticas Públicas que regulamentam a Educação Infantil. Como forma de esclarecer os momentos históricos relevantes, a análise foi organizada em fundamento de dados sobre Educação Infantil e das Políticas Públicas para notar a evolução do Sistema Educacional Brasileiro, em especial voltado à primeira etapa de ensino da Educação Básica.
Com a coleta de dados direcionamos o estudo para os reflexos da concepção da infância no documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o objetivo a ser apresentado é análises decorrentes das discussões acerca dos princípios e concepções conferidos à Educação Infantil, descrevendo qual é a relação entre os componentes curriculares da Educação Infantil veiculados na BNCC e a concepção da infância. 
O CONCEITO DE INFâNCIA 
	Na Antiguidade, os gregos utilizavam palavras ambíguas para classificar qualquer pessoa que estivesse num estágio entre a infância e a velhice, não havia um conceito para designar a infância ou mesmo uma diferenciação nas etapas de seu desenvolvimento, não havendo restrições morais. 
Na Idade Média o comportamento era caracterizado pela infantilidade entre todas as idades. Nesse período, a infância durava até os setes anos de idade, pois a partir daí a criança tem a capacidade para compreender.
Já na Idade Medieval, as crianças eram vistas como adultos em miniaturas, sendo tratadas sem discriminação e pudor. O desenvolvimento da criança era através das relações estabelecidas com os mais velhos.
No século XII, as condições gerais de higiene e saúde eram muito precárias, indicie de mortalidade infantil era muito alto.
[...] pode-se apresentar um argumento contundente para demonstrar que a suposta indiferença com relação à infância nos períodos medieval e moderno resultou em uma postura insensível com relação à criação dos filhos. Os bebês abaixo de 2 anos, em particular sofriam descaso assustador, com os pais considerando pouco aconselhável investir tempo e esforço em um “pobre animal suspirante”, que tinha tantas probabilidades de morrer com pouca idade.(HEYWOOD,2004,p.87).
As crianças que conseguiam atingir certa idade, não possuíam identidade própria, só vinda a tê-la quando conseguissem fazer coisa semelhante realizadas pelos adultos. Para cuidar das crianças não era exigida de nenhuma preparação dos adultos. As crianças eram assim atendidas pelas chamadas criadeiras, amas de leite.
No século XIII, atribuíram-se a criança modos de pensar e sentimentos anteriores a razão e aos bons costumes. Os adultos ficaram m responsáveis em desenvolver nelas o caráter e a razão, ao invés de procurar entender e aceitar as diferenças e as semelhanças das crianças, a originalidade de seu pensamento. Eram tidas como pagina em branco a serem preenchidas, preparadas para a vida adulta.
É na Idade Moderna que as crianças passam a ser vistas como um ser social, assumindo um papel central nas relações familiares e na sociedade, tornando-se um ser de respeito e necessidades próprias. E durante esse processo de aquisição do conhecimento ela deve ser vista como um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal. Sendo necessário pensar em formas lúdicas e criativas que possam estimular a criatividade e a imaginação da criança.
Uma infância que requer “especialistas” não é, certamente, uma infância qualquer, mas sim, uma que supostamente necessita de um séquito de “conhecedores para lhe revelar sua verdade”. Assim, a noção de infância na modernidade se articula dentro de uma política de verdades, amparada pela autoridade do saber de seus porta vozes. (CIRINO apud CASTRO, 1999, P.24)
Na atualidade a concepção da infância vem sendo moldada conforme a sociedade passa a vê-la com um olhar mais centrado sabendo que estamos nos referindo a um individuo que pertence a mesma, que além de estar inserido nesta também aprende. As crianças não são mais vistas como um ser qualquer, mas sim como cidadãs possuidoras de direitos e um ser dotado de particularidades e cuidados especiais.
2.1- AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA
A partir do momento em que se descobriu a importância da concepção da infância nas experiências vividas de cada ser, criaram-se políticas educacionais voltadas para promover e ampliar as condições necessárias para exercer a cidadania das crianças que passaram a ocupar lugar de destaque na sociedade. Dentro deste novo contexto onde a sociedade começa a exigir à melhoria na qualidade da educação, e a garantia de acesso a proteção e o desenvolvimento pleno das crianças.
Na década de 80, é que a sociedade desperta para reivindicar seus direitos, tendo como a publicação da Constituição Federal de 1988 e em seguida da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelecem, diante a articulação de seus Artigos, a educação infantil como direito da criança, dever do Estado, e a primeira etapa da educação básica.
A Constituição Brasileira de 1988 foi à primeira constituição que considerou explicitamente à criança como cidadã de direitos, falando em creches e pré-escolas como direitos dos trabalhadores homens e mulheres, urbanos e rurais que tem “direito a assistência gratuitas aos filhos e dependentes desde o nascimento até os seis anos de idade em creches e pré-escolas”. De acordo com a Constituição Federal de 1988 passa a ser definida e fixada a proposta de proteção integral à criança, Art. 207:
É dever da família da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, cultura, a dignidade, ao respeito, á liberdade, À convivência familiar e comunitária [...].
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) posiciona a criança em seu lugar de direito na sociedade e estabelece a ela não apenas de modo assistencialista, como também o direito a uma educação de qualidade. Tanto na Constituição de 1988 quanto na LDB de 1996, ressaltam a preocupação em relação da educação das crianças menores de 5 anos, porém propagação nos discursos expostos destes documentos tentam posicionar as obrigações do Estado, tornando a sua relação com a educação infantil ainda mais limitada, o que reflete nos objetivos deste nível de ensino para a sociedade em geral, caracterizada ora como instituição assistencialista, ora como instituição pedagógica.
Para reafirmar e garantir os direitos das crianças foi criado em 13 de Julho de 1990, pela lei nº8. 069, o Estatuto da criança e do adolescente (ECA). No ECA , a criança é reconhecida como pessoa até doze anos de idade incompletos, sendo reconhecida a sua infância em condições dignas de existência como sujeitos de direitos.
Criado em 1996 o FUNDEF, que visava prioritariamente o Ensino Fundamental, destinando seus recursos financeiros parao crescimento e desenvolvimento do mesmo, agravando assim a situação referente a Educação Infantil.Com o desequilíbrios gerado pelo FUNDEF ao sistema educacional brasileiro, na Educação Infantil especificadamente , em 2007 foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e a Valorização dos profissionais da Educação , para reparar os danos causados ao processo de educação garantindo assim os recursos adequados a Educação Infantil. 
Para resgatar os valores e os investimentos da Educação Infantil, em 1999 o MEC lançou o prêmio de qualidade da Educação Infantil, apesar da sua regulamentação tem o objetivo de valorizar as iniciativas prestadas ao publico infantil, bem com o papel do professor na contribuição da Educação, mas isso foi em vão já que não gerou o impacto desejado na estrutura educacional, pois cogitava no docente o papel de único responsável na qualidade da Educação Infantil.
A Educação Infantil desde sua regulamentação busca por meio de estratégias nas Políticas Públicas uma qualidade aos serviços prestados na primeira fase da educação, buscando levar em consideração a sua relevância para ao desenvolvimento integral da criança. O Plano Nacional da Educação estabelece metas a serem cumpridas até o ano de 2020 para melhoria e qualidade da educação, abrangendo todos os níveis de ensino, principalmente a Educação Infantil.
2.2- O REFLEXO DA CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA BNCC
É no ano de 1980, que surgem as primeiras discussões a respeito da Base Nacional Comum Curricular, a expressão educação “pré-escolar” era utilizada para expressar o atendimento direcionado a Educação Infantil, sendo essa uma etapa anterior, independente e preparatória para escolarização que só começaria no Ensino Fundamental. 
Um importante passo é dado no processo histórico da Educação Infantil com a inclusão dela na BNCC e de sua integração como primeira etapa da Educação Básica, no entanto, aparece com um capítulo específico, descolado do conteúdo das áreas do conhecimento. 
Tendo em presença as competências gerias e os eixos estruturantes das praticas pedagógicas da Educação Básica proposta pela BNCC, são assegurados seis diretos de aprendizagens e desenvolvimento na Educação Infantil, com condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel participativo e em ambientes que as atraiam para vivenciar desafios e se sentirem provocadas a revolvê-los, sendo esses: Conviver com outras crianças e adultos; Brincar cotidianamente de diversas formas; Participar ativamente com adultos e outras crianças, tanto no planejamento da gestão escolar e nas atividades propostas; Explorar movimentos; Expressar como sujeito dialógico; Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural.
Para que essas aprendizagens ocorram, é necessário que o educador consista na organização de experiências que permitam que as crianças possam conhecer-se e ao outro e de conhecer e compreender suas relações com a natureza e a sociedade em que elas vivem.
CONCLUSÃO
Concluímos através de nossos estudos que apesar de todo o processo de criação de Políticas Publicas e de evolução para a transformação da Educação Infantil no cenário brasileiro, ainda é necessário repensar em novas praticas que venham priorizar a melhoria na qualidade de ensino nessa primeira etapa de ensino da Educação.
Procedemos que a partir do momento que a criança ganhou o reconhecimento de seu lugar na sociedade como cidadãs de direitos tiveram sua garantia na escola respeitada por leis, pois antes elas eram meros indivíduos que precisavam de um espaço para ficar enquanto seus pais trabalhavam. E é importante que a criança seja introduzida na escola desde seus primeiros anos de vida, para aprender as questões iniciais e fazer parte do seu processo de socialização.
Atingimos à conclusão de que é na infância a fase que a criança deve brincar, conhecer, questionar, explorar e absorver os conhecimentos, sendo estes tantos dos pais quanto de nós futuros educadores peças importantes e fundamentais nessa transmissão de conhecimentos, para que o ambiente que essas crianças estão inseridas seja estimulante ao desenvolvimento cognitivo e social .
REFERÊNCIAS
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HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média á época contemporânea no Ocidente. Porto Alegre: Artmed, 2004.
 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura em pedagogia
Ana Carla Barbosa da Silva
Francione Barroso de Souza Borges Rodrigues
Míriam da Silva Tiradentes Prevatto
“Aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos da Educação Infantil”
ITAPERUNA
2018
Ana Carla Barbosa da Silva
Francione Barroso de Souza Borges Rodrigues
Míriam da Silva Tiradentes Prevatto
“Aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos da Educação Infantil” 
Trabalho em grupo apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação, Práticas Pedagógicasem Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil e Ed. Cultura Brasileira.
 
Orientador: Marcio Gutuzo Saviani; Natália Gomes dos Santos; Mari Clair Moro Nascimento; Marcia Bastos de Almeida; Patricia Alzira Proscêncio; Luciane Batistela Bianchini; Renata de S. F. Bastos de Almeida.
ITAPERUNA
2018