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Adolfo H. Koga BIOQUÍMICA CLINICA Metabolismo de carbohidratos Metabolismo Metabolismo o Atividade celular dirigida e coordenada que envolve processos enzimaticos. Funções: o Obter energia química do sol ou de nutrientes. o Converte moléculas de nutrientes e da célula em precursores de macroléculas. o Polimerizar precursores em macromoléculas. o Sintetizar e degradar biomoléculas de acordo com a necessidade celular. Metabolismo Por que a Qualidade é importante ? Anabolismo o Sintetizam novos compostos mais complexas a partir de moléculas simples. o É a fase biossintética e consumidora de energia do metabolismo. o São reações que implicam a construção de moléculas a partir de outras, acarretando o crescimento, regeneração e manutenção de tecidos e órgãos. Catabolismo o É a fase degradativa que produz energia livre a partir da degradação de moléculas complexa durante o metabolismo. o A energia resultante do catabolismo é aproveitada pelo organismo que normalmente a armazena nas células em forma de compostos trifosfatados, como o ATP . Vias metabólicas Por que a Qualidade é importante ? o Glicólise – oxidação da glicose para obter ATP. o Ciclo de Krebs – oxidação do acetil CoA para obtenção de energia. o Fosforilação oxidativa – síntese de ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. o Via das pentoses-fosfato – síntese de pentoses, CO2 e NADPH. o Ciclo da uréia – eliminação de NH4+ sob forma menos tóxicas. Vias metabólicas Por que a Qualidade é importante ? o Β-oxidação dos ácidos graxos – transformação de ácidos graxos em acetil-COA para utilização no ciclo de Krebs. o Gliconeogênese – síntese de glicose a partir de moléculas mais pequenas. o Glicogênese – síntese de glicogênio partir da condensação de muitos monômeros de glicose. o Glicogenólise conversão do glicogênio em glicose. Carbohidratos Por que a Qualidade é importante ? o São fontes de energia para as células animais e vegetais sendo a glicose a energia principal. Faça o que diz..... Digestão dos carbohidratos Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... o Correspondem a cerca de 50% da dieta diária sendo a principal fonte de glicose. Metabolismo em repouso Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Estoque de glicogênio muscular são preservados para o uso durante alta atividade muscular esquelética. Os estoques de glicogênio hepático são encarregados de manter a glicemia entre as refeições Cérebro SNC Células sanguíneas e os rins Metabolismo dos carbohidratos o Vias catabolicas o Glicólise aeróbica – piruvato o Glicólise anaeróbica – acido lático o Vias anabólicas o Glicogênese: glicose glicogênio o Ciclo das pentoses: Glicose o Cadeia respiratória: Mitocondrias – NADH2 e FADH2 ATP o Gliconeogênese: não carbohidratos glicose Metabolismo dos carbohidratos GLICOSE Glicólise Ciclo das pentoses Piruvato Glicolise anaeróbica (ácido lático) Acetil -COA Glicogênese Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Catabolismo de carbohidratos Glicolise o Ocorre no citoplasma e consiste na oxidação da molécula de glicose, formando duas moléculas de ATP e liberação de duas moléculas de piruvato. Fase de investimento energético o 2 ATP + C6H12O6 2 gliceraldeido -3- fosfato Fase de geração de energia o 2 gliceraldeído-3-fosfato 2 NADH2 + ATP + 2 piruvato o Saldo energético: 2 ATP Catabolismo de carbohidratos Ciclo de Krebs o Ciclo dos ácidos tricarboxílicos, do ácido cítrico. o Via catabólica ciclíca de oxidação total da glicose a CO2 e H2), com liberação de energia. o Ocorre somente em condições aeróbicas o Ocorre na matriz mitocondrial. Glicogênese o Ocorre em todos os tecidos principalmente no fígado e músculos. o O fígado armazena glicogênio para enviar glicose pelo sangue ao outros tecidos, quando necessário. o O músculo armazena apenas para o consumo próprio, utilizando durante o exercício quando há necessidade de energia rápida. Vias da pentoses o Via alternativa de oxidação de glicose-6-fosfato levando a produção de: ribose-fosfato, CO2 e NADPH. o Produção de pentoses para biossintese de nucleotídeos. o Via citoplasmática, anaeróbica que ocorre no fígado, glândulas mamárias, tecido adipose e hemácias. Glicólise anaeróbica o Degradação da glicose sem O2 tendo como final o ácido lático. o Via mais rápida que a aeróbica utilizada é realizada exercícios vigorosos. o Quando a molécula de glicose é degradada anaerobicamente e o piruvato transforma em lactato. Homeostase da glicose Homeostase da glicose Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... o No estado de jejum, uma pessoa que pese 70 kg metaboliza glicose em uma taxa de aproximadamente 2 mg/kg/min (200 g/24h). o A concentração de glicose no plasma reflete o balanço entre sua captação (absorção de glicose no intestino) ou sua produção endógena (glicogenólise e gliconeogênese) e sua utilização pelos tecidos (glicólise, via das pentoses fosfato, ciclo do ácido tricarboxílico e síntese de glicogênio). o A homeostase é controlada por um lado pelo hormônio anabólico insulina e por outro lado por hormônios catabolicos (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio de crescimento). o A insulina e o glucagon são secretados da mesma localização anatômica – as ilhotas pancreáticas de Langerhans. o A insulina é secretada pelas células β (aproximadamente 70% de todas as células das ilhotas) e o glucagon, pelas células α. o A razão molar insulina/glucagon em um dado momento é a chave determinante para o metabolismo de combustíveis Homeostase da glicose Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... o Durante uma refeição contendo carboidratos, a concentração de glicose é percebida pelas células β pancreáticas. o À medida que a glicose entra na célula β, a taxa aumentada de seu metabolismo dispara a secreção de insulina (isso é conhecido como o acoplamento metabolismo- secreção). o Em paralelo à estimulação da secreção de insulina, a glicose suprime a secreção de glucagon. o As células β captam glicose pelo transportador de membrana GLUT-2. o Ao entrar na célula, a glicose é fosforilada pela glicoquinase. o Conforme o metabolismo de glicose é estimulado,a razão ATP/ADP na célula aumenta. Isso fecha os canais de potássio sensíveis ao ATP na membrana celular e despolariza a célula, abrindo canais de cálcio. o Os íons cálcio entram na célula e estimulam a liberação de grânulos secretores contendo insulina pré-formada. Homeostase da glicose Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... o Isso é conhecido como a primeira fase da secreção de insulina sendo que a perda dessa fase é o sinal funcional precoce de dano à s células das ilhotas. o A segunda fase da secreção de insulina envolve a síntese de nova insulina e responde a sinais tais como um aumento na concentração citossólica de acil-CoA de cadeia longa. o A secreção de insulina também é estimulada por aminoácidos como leucina, arginina e lisina. o Os hormônios gastrointestinais, como o peptídio insulinotrópico dependente de glicose (GIP), colecistoquinina, peptídio-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) e peptídio intestinal vasoativo (VIP), secretados após a ingestão de alimentos, potencializam a secreção de insulina. o Isso explica por que a resposta insulínica à administração de glicose oral é maior do que a resposta à sua infusão intravenosa. o GLP-1 e GIP são degradados pela enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4). Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Captação da glicose na célula o Os transportadores de glicose são uma família de 14 membros, os quais permitem a difusão facilitada de glicose, por gradiente de concentração, através da membrana plasmática das células. o Essas proteínas de 50-60 kDa, denominadas GLUTs 1 a 14 em ordem cronológica de caracterização . o São expressas de forma tecido e célula-específica, apresentando propriedades cinéticas e reguladoras distintas que refletem seus papéis definidos no metabolismo celular da glicose e homeostase glicêmica corporal total. o Além disso, a função de uma mesma isoforma pode ser diferente de um tecido para outro, em consequência do processo de diferenciação celular. o Todas foram caracterizadas mas as primeiras 5 variantes descritas parecem ser as principais, e têm sido foco de estudos que buscam caracterizar os fluxos de glicose, tanto em situações fisiológicas como fisiopatológicas. Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Captação da glicose na célula o GLUT4 é o chamado transportador de glicose insulino-sensível, cujo principal papel é proporcionar a captação de glicose insulino-mediada em tecidos adiposo e muscular, tecidos que expressam especificamente, mas não unicamente, a proteína GLUT4. o Modificações na expressão deste gen (ou gene), tanto em tecido adiposo quanto em músculo esquelético, correlacionam-se de maneira direta com aumento ou redução da sensibilidade insulínica. Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Efeitos metabólicos da insulina o A insulina promove o estado anabólico canalizando metabólitos no sentido de armazenamento de carboidratos e lipídeos, e no sentido da síntese de proteínas. o Age em três principais tecidos alvos: fígado, tecido adiposo e músculo esquelético. Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Efeitos metabólicos da insulina No fígado o Estimula a glicólise e a síntese de glicogênio. o Ao mesmo tempo, ela suprime a lipólise e a gliconeogênese. o Ela estimula a síntese de ácidos graxos de cadeia longa e triacilgliceróis. o Ela promove o transporte de lipídeos do fígado para as células periféricas envolvendo partículas de lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Efeitos metabólicos da insulina Nos tecidos periféricos o Induz a lipoproteína lípase endotelial, uma enzima que libera triacilglicerol dos quilomícrons e da VLDL. o No tecido adiposo estimula a síntese de triacilglicerol, de glicerol-3-fosfato e ácidos graxos. No músculo. o Estimula o transporte de glicose, o metabolismo de glicose e a síntese de glicogênio. o Aumenta a captação celular de aminoácidos e estimula a síntese de proteínas. Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Efeitos metabólicos do glucagon e dos hormônios anti-insulínicos o O glucagon é um pequeno peptídeo de cadeia simples com 29 aminoácidos, com um peso molecular de 3.485 Da. o Ele age no fígado e sua função é mobilizar as reservas de combustíveis para manter a concentração sanguínea de glicose entre as refeições. o Ele direciona o metabolismo no sentido catabólico e inibe o anabolismo. o Ele estimula a glicogenólise, a gliconeogênese, a oxidação de ácidos graxos e a cetogênese, e inibe a glicólise, a síntese de glicogênio e a síntese de triacilgliceróis - lipogênese Diabetes o É uma doença crônica caracterizada por metabolismo prejudicado de glicose. o Desenvolvimento de complicações vasculares e neurológicas. o Envolve distintos mecanismos patogenético que tem a hiperglicemia como denominador comum. Diabetes Possuem 4 subclasses: o Tipo 1 causado pela destruição de células pancreáticas e deficiência de produção de insulina. o Tipo 2 caracterizado pela resistência a insulina e deficiência relativa de produção de insulina, sendo comum em adultos acima de 30 anos. o Tipos associados a doenças ou síndromes específicas o Diabete gestacional. DM tipo 1 o A destruição das células beta pancreáticas normalmente é mediada por autoimunidade., mas existem casos idiopáticos. o Marcadores de autoimunidade são os auto-anticorpos anti-insulina, antidexcarboxilases do ácido glutâmico (GAD65) e antitirosina-fosfatases (IA2 e IA2B). o Os Ac estão presentes meses ou anos antes do diagnóstico (pré clinica) e em 90% dos pacientes com hiperglicemia. o Também apresenta intensa associação com determinados genes do HLA o Destruição das células beta é variável, sendo em geral, mais rápida em crianças. o Pode estar associado a outras doenças auto-imunes como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a Miastenia gravis. DM tipo 1 o O tipo idiopático caracteriza pela ausência de marcadores de autoimunidade e não associação com alótipos do HLA. o Esta forma de DM podem desenvolver cetoacidose e apresentam grau variável de deficiência a insulina. o Dificuldade no diagnóstico pois marcadores não são disponíveis em todos os centros. DM tipo 2 o Presente em 90 a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina. o Em geral, ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta, porém pode ocorrer predomínio de um deles. o Na maioria está associada a sobrepeso ou obesidade. o A cetoacidose raramente desenvolve espontâneo, ocorrendo apenas quando associa a outras condições como infecções. o Comum o seu diagnóstico a partir dos 40 anos e não dependem de insulina exógena parasobreviver. o Podem necessitar insulina para obter controle metabólico adequado. DM tipo 2 o Não tem marcadores específicos , sabe se que existem diferentes mecanismos que resultam nesta forma de DM. o Níveis séricos de insulina, normais, baixos ou elevados o Aumento dos níveis séricos de glucagon o Doença de caráter familiar – transmissão poligênica o Quadro clínico inicial podem apresentar hiperglicemia sem sintomatologia o Complicação mais frequente – coma hiperosmolar DM tipo 2 - patogênese Duas deficiências metabólicas da DM Tipo II: Resistência à insulina o É uma condição na qual a insulina produz uma resposta menor do que esperada. o Pode ser devido à sua síntese ou à sua secreção inadequadas ou, com maior frequência, à incapacidade de a molécula de insulina exercer seu efeito normal em uma célula. o Os indivíduos apresentam concentração plasmática de glicose normal, mas têm hiperinsulinemia indicando que é necessária mais insulina para produzir um efeito “normal”. o Quando a resistência à insulina se torna mais severa, a concentração plasmática de glicose aumenta. o A resistência à insulina é comum na obesidade, a qual é um importante fator de risco para o desenvolvimento de diabetes do tipo 2. DM tipo 2 - patogênese Fatores responsáveis pela ⇓ da sensibilidade à insulina Mutações nos genes do receptor e da sua via de sinalização: Evidenciado pelo knockout dos genes que codificam para as proteínas de sinalização ⇓ RARO Obesidade Um dos principais fenômenos causadores da doença; O risco de contrair DM Tipo II para com IMC elevados (>30) A obesidade abdominal tem maior efeito sobre a resistência á insulina DM tipo 2 - patogênese PORQUÊ? Adipocinas - Hormônio proteicos que os adipócitos libertam para a circulação sistêmica em resposta a alterações metabólicas. A sua desregulação pode levar à Resistência à Insulina Ex.: o Adiponectina o Resistina o Leptina Atua ao nível dos receptores do SNC com vista a induzir a saciedade ⇒ induz sensibilidade à insulina Concentrações reduzidas podem originar resistência DM tipo 2 - patogênese Disfunção das células β ⇒ inadequada secreção de insulina (muitas vezes, consequência da resistência à insulina) Em estados de Resistência: - ⇑secreção de insulina devido à elevada necessidade das células periféricas em glicose Hiperinsulinêmia (compensação) : pode manter-se durante anos Inadequação:leva ao desenvolvimento da DM Tipo II DM tipo 2 - patogênese Disfunção das células β: Disfunção qualitativa: Perda do padrão normal de secreção da insulina. Como passar do tempo, ela deixa de ser adequada ⇒ DM Tipo II Disfunção quantitativa: Degenerescência dos Ilhéus de Langerhans e formação de ilhéus amilóides - AMILOIDOSE Outros tipos de DM o Formas menos comuns cujos defeitos ou processos causadores podem ser identificados. o A apresentação clínica é bastante variada e depende da alteração base. Podem estar associado a: o Defeitos genéticos o Pancreatopatias o Endocrinopatias o Drogas ou agentes químicos o Síndromes genéticas, outros Afetam a função das células beta e a ação da insulina. DM gestacional o Ocorre em 1 a 14% de todas as gestações, dependendo da população. o Associa-se tanto à resistência à insulina quanto à diminuição da função das células beta. o Com o crescimento da placenta, ocorre gradualmente um aumento na produção de hormônios que antagonizam a ação da insulina, como o estrógeno, a progesterona e, principalmente, a somatotrofina coriônica humana. o Assim no o segundo e terceiro trimestre da gestação, é característico um aumento da resistência à insulina, resultando em aumento na concentração desta. o Quando a demanda na produção de insulina é maior que a capacidade das células β pancreáticas de produzir a insulina, pode ocorrer a instalação do diabetes mellitus gestacional. DM gestacional o Ocorre em 1 a 14% de todas as gestações, dependendo da população. o Associa-se tanto à resistência à insulina quanto à diminuição da função das células beta. o Com o crescimento da placenta, ocorre gradualmente um aumento na produção de hormônios que antagonizam a ação da insulina, como o estrógeno, a progesterona e, principalmente, a somatotrofina coriônica humana. o Assim no o segundo e terceiro trimestre da gestação, é característico um aumento da resistência à insulina, resultando em aumento na concentração desta. o Quando a demanda na produção de insulina é maior que a capacidade das células β pancreáticas de produzir a insulina, pode ocorrer a instalação do diabetes mellitus gestacional. o Deve sempre reavaliar pacientes com DM gestacional 4 a 6 meses após o parto. o Na maioria dos casos ocorre a reversão do quadro porém pode ter risco de Pré Diabetes o É um estado intermediário entre a homeostase normal da glicose e DM. o A glicemia em jejum está alterada, inferiores ao critério de diagnóstico porém acima do valor de referência. o A tolerância à glicose diminuída representa uma anormalidade na regulação da glicose no estado pós-sobrecarga – inclui glicemia de jejum e duas horas após a sobrecarga com 75g de glicose - TOTG. Hipoglicemiantes orais Mecanismo de Ação: o estimulam liberação de insulina - bloqueiam canais de K+/ATP sensíveis o diminuem eliminação hepática do hormônio uso contínuo: o redução dos níveis de insulina o níveis de glicose continuam baixos. Análogos de 2a. Geração: Glibenclamida Glipizida Glimepirida (ap) Sulfoniluréias Análogos de 1a. Geração: Tolbutamida Clorpromamida Acetohexamida Hipoglicemiantes orais Absorção, metabolismo e excreção: o Absorção pelo trato gastro-intestinal o Ligação a proteínas plasmáticas (90%) o meia vida rápida (3-5 h), mas efeito prolongado. o Metabolismo hepático o Excreção urinária Usos terapêuticos: o D.M. tipo 2 associadas com dieta e/ou insulina Efeitos colaterais o hipoglicemia (interação com drogas que ligam proteínas plasmática) o ganho de peso o contra-indicada na gravidez e lactação Sulfoniluréias Hipoglicemiantes orais Mecanismo de Ação: o Diminui produção hepática de glicose (gliconeogênese) o Aumenta sensibilidade à insulina no músculo e tec. Adiposo o anti-hiperglicemiante (não interfere insulina) o Diminui absorção intestinal de glicose o Diminui enzimas lipogênicas, ↓TGC Biguanidas Fenformina (acidose lática) Metformina Hipoglicemiantes orais Biguanidas Absorção e excreção: o intestino delgado, excretada na urina (inalterada) o não liga à proteínas plasmáticas o meia-vida curta, adm. 2-3x ao dia às refeições (máx. 2,5g/dia) Uso terapêutico: o sozinha ou associado com sulfoniluréias e/ou insulina o reduz complicações vasculares e infarto (menos dislipidemia) o pacientes obesos (anorexia) c/ resistência Rastreamento da DM o Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações. o Por isso, testesde rastreamento são indicados em indivíduos assintomáticos que apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável. Fatores indicativos de maior risco são listados a seguir: Idade >45 anos. Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25). Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas). Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes. Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg). Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL. História de macrossomia ou diabetes gestacional. Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos. Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. Critérios para diagnóstico da DM São 3 os critérios para o diagnóstico da DM o Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescido de glicemia casual acima de 200 mg/dL o Glicemia de jejum igual ou superior a 126 mg/dL sendo que em pequenas elevações deve-se confirmar o diagnóstico repetindo o teste em outro dia. o Glicemia de duas horas pós sobrecarga de 75g de glicose acima de 200 mg/d Categoria Jejum Duas horas após 75g de glicose Casual Glicemia normal Menor que 100 Menor que 140 - Tolerância à glicose diminuída Maior que 100 e menor que 126 Igual ou superior a140 e menor que 200 - Diabetes Mellitus Igual ou superior a 126 Igual ou superior a 200 com sintomas clássicos Fonte:: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. - 2009 Diagnóstico laboratorial Em que situação solicitar Teste de Tolerância a Glicose? o Indivíduos com glicemia de jejum entre 110 a 125 mg/dL o Indivíduos com glicemia normal , mas com pelo menos dois fatores de risco. o Diabete gestacional prévio, com glicemia de jejum normal. Diagnóstico laboratorial Quando investigar diabetes? o Adultos com idade acima de 45 anos. o Adultos com idade inferior da 45 anos com presença de fatores de risco. Obesidade . Dislipidemia – HDL baixo com Triglicerídeos alto. Hipertensão arterial. Doença cardiovascular. Antecedentes familiar Diabete gestacional prévio, macrossomia e aborto repetitivo. Diagnóstico laboratorial Dosagem de anticorpos o Anticorpos anti ilhotas - ICA o Anticorpos anti insulina – IAA o Anti-desidrogenase do acido glutâmico (GAD). Avaliação da reserva pancreática de insulina o Medida do peptídeo C. DM 1 apresentam valores médios de peptídeo-C de 0,35ng/ml no basal e de 0,5ng/ml após estímulo e os pacientes DM 2 têm valor médio de 2,1ng/ml no tempo zero e de 3,3ng/ml após estímulo o Medida da insulina após estímulo da glicose Diagnóstico laboratorial Exames controle o Glicemia pós prandial – glicemia após 2 horas da refeição. Glicose abaixo de 140 mg/dL – Controlado Glicose acima de 140 mg/dL - Alerta Glicose acima de 160 mg/dL – Desequilíbrio Diagnóstico laboratorial Exames controle Hemoglobina glicada – HbA1C – valor até 7,0 o Hemoglobina formada a partir de reações não enzimáticas entre hemoglobina e glicose. o Durante os 90 dias de sobrevida das hemácias a Hb incorpora a glicose em função da glicemia. o Se as taxas de glicose estiverem altas (ou baixas) durante esse período haverá um aumento (ou diminuição) da hemoglobina glicada. o A glicemia dos últimos 30 dias antes da dosagem contribui com 50% da hemoglobina glicosilada dosada, e as glicemias dos últimos meses (2 a 4), com 25%. o Avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento. o Reflete a glicemia de 2 a 3 meses anteriores à data de realização do exame. Diagnóstico laboratorial Hemoglobina glicada – HbA1C – Recomendações o Não é necessário jejum. o .Interferências o Resultados falsamente elevados o Acido acetilsalicílico, antimicrobianos, álcool. o Resultados falsamente diminuídos o Anemias e hemoglobina variantes (HbS, HbC e HbD) Diagnóstico laboratorial Frutosamina o É uma proteína glicada, constituída principalmente de albumina, que reflete o controle glicêmico em 1 a 2 semanas anteriores, já que a meia-vida da albumina é de 14 a 20 dias. o Embora haja uma boa correlação entre Hb glicada e frutosamina, a medida da frutosamina não deve ser considerada equivalente à da GHb. o O papel da frutosamina como um fator preditivo para o desenvolvimento de complicações do diabetes ainda não foi determinado. o A medida da frutosamina pode ser um método alternativo para avaliar o controle glicêmico dos pacientes portadores de hemoglobinopatias, nos quais a determinação de Hb glicada é prejudicada na maioria dos métodos disponíveis. Complicações da diabetes Cetoacidose o A cetoacidose diabética consiste em uma tríade bioquímica de hiperglicemia, cetonemia e acidemia. o É precedida por 1 dia ou mais de poliúria ou polidipsia, associada a fadiga importante, náuseas e vômitos, podendo apresentar estupor mental, que pode evoluir para o coma. o Principais causas: a) Perda do transporte de glicose para dentro dos tecidos periféricos, como músculos e gordura, já que este transporte depende de insulina. b) Aumento da gluconeogênese e glicogenólise hepáticas. c) Desinibição da quebra de gordura, proteínas e glicogênio. Complicações da diabetes Cetoacidose – Laboratorialmente o Hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dl). o Acidose metabólica (pH < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mEq/l). o Cetonemia (cetonas totais > 3 mmol/l) e cetonúria. o Alguns pacientes podem estar em cetoacidose e ter uma glicemia normal caso tenham usado insulina pouco tempo antes de virem para a Unidade de Emergência. o Outros podem ter glicemia > 250 mg/dl e não estarem em cetoacidose caso não preencham os demais requisitos para o seu diagnóstico. Complicações da diabetes o Com isso, a deficiência de insulina leva a uma hiperglicemia (devido a uma diminuição da utilização periférica e ao aumento da produção hepática de glicose). o Ocorre assim a acidose devido à produção de corpos cetônicos pelo fígado. o Agravando este quadro, a hiperglicemia causa glicosúria e consequente poliúria. o Essa perda hídrica é acompanhada de uma perda de eletrólitos e desidratação Complicações da diabetes Estado hiperglicêmico hiperosmolar o É uma complicação aguda característico da DM 2 com deficiência relativa de insulina caracterizado por hiperglicemia, hiperosmolaridade e desidratação, envolvendo principalmente SNC. o Fatores predisponentes: infecção aguda (respiratória, urinária, genital, cutânea etc.), frequentemente ou não associados ao tratamento insulínico interrompido ou inadequado. o A concentração de insulina que é inadequada para facilitar a utilização de glicose nos tecidos periféricos insulina sensíveis, é suficiente para prevenir a lipólise acentuada e a cetogênese que normalmente ocorre de forma intensa na CAD. Complicações da diabetes Hipoglicemia : Os sintomas podem ser Neurogênicos ou autonômicos o Resultado da percepção dos efeito da liberação, mediada pelo SNC do sistema simpático/adrenal o Palpitação, tremor e ansiedade - sintomas adrenérgicos (adrenalina e noradrenalina). o Sudorese, fome , parestesias –sintomas colinérgicos o Clinicamente caracterizada pela tríade de Whipple o Glicose < 45 mg/dL o Sintomas hipoglicêmicos o Reversibilidade dos sintomas após administração de glicose. Complicações da diabetes Hipoglicemia : Os sintomas podem ser Neuroglicopenicos o Sensações estranhas (calor,fomigamentos) o Irritabilidade. o Confusão mental o Dificuldade de raciocínio o Dificuldade de fala o Ataxia e parestesias o Dor de cabeça o Convulsão o Coma o Morte