Buscar

Prévia do material em texto

Adolfo H. Koga 
 
BIOQUÍMICA CLINICA 
 
Metabolismo de 
carbohidratos 
Metabolismo 
Metabolismo 
 
o Atividade celular dirigida e coordenada que envolve processos 
enzimaticos. 
 
Funções: 
 
o Obter energia química do sol ou de nutrientes. 
 
o Converte moléculas de nutrientes e da célula em precursores de 
macroléculas. 
 
o Polimerizar precursores em macromoléculas. 
 
o Sintetizar e degradar biomoléculas de acordo com a necessidade celular. 
 
 
Metabolismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? 
Anabolismo 
 
o Sintetizam novos compostos mais complexas a partir de moléculas simples. 
 
o É a fase biossintética e consumidora de energia do metabolismo. 
 
o São reações que implicam a construção de moléculas a partir de outras, 
acarretando o crescimento, regeneração e manutenção de tecidos e órgãos. 
 
Catabolismo 
 
o É a fase degradativa que produz energia livre a partir da degradação de 
moléculas complexa durante o metabolismo. 
 
o A energia resultante do catabolismo é aproveitada pelo organismo que 
normalmente a armazena nas células em forma de compostos trifosfatados, 
como o ATP . 
 
Vias metabólicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? 
o Glicólise – oxidação da glicose para obter ATP. 
 
o Ciclo de Krebs – oxidação do acetil CoA para obtenção de energia. 
 
o Fosforilação oxidativa – síntese de ATP a partir da energia liberada 
pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. 
 
o Via das pentoses-fosfato – síntese de pentoses, CO2 e NADPH. 
 
o Ciclo da uréia – eliminação de NH4+ sob forma menos tóxicas. 
 
 
 
 
Vias metabólicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? 
 
o Β-oxidação dos ácidos graxos – transformação de ácidos graxos em 
acetil-COA para utilização no ciclo de Krebs. 
 
o Gliconeogênese – síntese de glicose a partir de moléculas mais 
pequenas. 
 
o Glicogênese – síntese de glicogênio partir da condensação de muitos 
monômeros de glicose. 
 
o Glicogenólise conversão do glicogênio em glicose. 
 
 
 
Carbohidratos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? 
o São fontes de energia para as células animais e vegetais sendo a glicose a 
energia principal. 
 
Faça o que diz..... 
Digestão dos carbohidratos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
o Correspondem a cerca de 50% da dieta diária sendo a principal fonte de glicose. 
Metabolismo em repouso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Estoque de glicogênio muscular são preservados para o uso durante alta 
atividade muscular esquelética. 
 
Os estoques de glicogênio hepático são encarregados de manter a glicemia 
entre as refeições 
 
 
 
 
Cérebro SNC Células sanguíneas e os rins 
Metabolismo dos carbohidratos 
o Vias catabolicas 
 
o Glicólise aeróbica – piruvato 
 
o Glicólise anaeróbica – acido lático 
 
o Vias anabólicas 
 
o Glicogênese: glicose glicogênio 
 
o Ciclo das pentoses: Glicose 
 
o Cadeia respiratória: Mitocondrias – NADH2 e FADH2 ATP 
 
o Gliconeogênese: não carbohidratos glicose 
Metabolismo dos carbohidratos 
GLICOSE 
 
 
Glicólise 
 Ciclo das pentoses 
 
Piruvato Glicolise anaeróbica 
 (ácido lático) 
 
Acetil -COA Glicogênese 
 
 
 
 
Ciclo de Krebs Cadeia respiratória 
Catabolismo de carbohidratos 
Glicolise 
 
o Ocorre no citoplasma e consiste na oxidação da molécula de glicose, 
formando duas moléculas de ATP e liberação de duas moléculas de 
piruvato. 
 
Fase de investimento energético 
o 2 ATP + C6H12O6 2 gliceraldeido -3- fosfato 
 
Fase de geração de energia 
o 2 gliceraldeído-3-fosfato 2 NADH2 + ATP + 2 piruvato 
 
o Saldo energético: 2 ATP 
Catabolismo de carbohidratos 
Ciclo de Krebs 
 
o Ciclo dos ácidos tricarboxílicos, do ácido cítrico. 
 
o Via catabólica ciclíca de oxidação total da glicose a CO2 e H2), com 
liberação de energia. 
 
o Ocorre somente em condições aeróbicas 
 
o Ocorre na matriz mitocondrial. 
Glicogênese 
 
o Ocorre em todos os tecidos principalmente no fígado e músculos. 
 
o O fígado armazena glicogênio para enviar glicose pelo sangue ao outros 
tecidos, quando necessário. 
 
o O músculo armazena apenas para o consumo próprio, utilizando durante o 
exercício quando há necessidade de energia rápida. 
 
 
Vias da pentoses 
 
o Via alternativa de oxidação de glicose-6-fosfato levando a produção de: 
ribose-fosfato, CO2 e NADPH. 
 
o Produção de pentoses para biossintese de nucleotídeos. 
 
o Via citoplasmática, anaeróbica que ocorre no fígado, glândulas mamárias, 
tecido adipose e hemácias. 
 
Glicólise anaeróbica 
 
o Degradação da glicose sem O2 tendo como final o ácido lático. 
 
o Via mais rápida que a aeróbica utilizada é realizada exercícios vigorosos. 
 
o Quando a molécula de glicose é degradada anaerobicamente e o piruvato 
transforma em lactato. 
 
 
Homeostase da glicose 
Homeostase da glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
o No estado de jejum, uma pessoa que pese 70 kg metaboliza glicose em uma taxa de 
aproximadamente 2 mg/kg/min (200 g/24h). 
 
o A concentração de glicose no plasma reflete o balanço entre sua captação (absorção 
de glicose no intestino) ou sua produção endógena (glicogenólise e gliconeogênese) 
e sua utilização pelos tecidos (glicólise, via das pentoses fosfato, ciclo do ácido 
tricarboxílico e síntese de glicogênio). 
 
o A homeostase é controlada por um lado pelo hormônio anabólico insulina e por 
outro lado por hormônios catabolicos (glucagon, catecolaminas, cortisol e 
hormônio de crescimento). 
 
o A insulina e o glucagon são secretados da mesma localização anatômica – as ilhotas 
pancreáticas de Langerhans. 
 
o A insulina é secretada pelas células β (aproximadamente 70% de todas as células 
das ilhotas) e o glucagon, pelas células α. 
 
o A razão molar insulina/glucagon em um dado momento é a chave determinante para 
o metabolismo de combustíveis 
 
 
Homeostase da glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
o Durante uma refeição contendo carboidratos, a concentração de glicose é percebida 
pelas células β pancreáticas. 
 
o À medida que a glicose entra na célula β, a taxa aumentada de seu metabolismo 
dispara a secreção de insulina (isso é conhecido como o acoplamento metabolismo-
secreção). 
 
o Em paralelo à estimulação da secreção de insulina, a glicose suprime a secreção de 
glucagon. 
 
o As células β captam glicose pelo transportador de membrana GLUT-2. 
 
o Ao entrar na célula, a glicose é fosforilada pela glicoquinase. 
 
o Conforme o metabolismo de glicose é estimulado,a razão ATP/ADP na célula 
aumenta. Isso fecha os canais de potássio sensíveis ao ATP na membrana 
celular e despolariza a célula, abrindo canais de cálcio. 
 
o Os íons cálcio entram na célula e estimulam a liberação de grânulos secretores 
contendo insulina pré-formada. 
 
Homeostase da glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
o Isso é conhecido como a primeira fase da secreção de insulina sendo que a perda 
dessa fase é o sinal funcional precoce de dano à s células das ilhotas. 
 
o A segunda fase da secreção de insulina envolve a síntese de nova insulina e 
responde a sinais tais como um aumento na concentração citossólica de acil-CoA de 
cadeia longa. 
 
o A secreção de insulina também é estimulada por aminoácidos como leucina, 
arginina e lisina. 
 
o Os hormônios gastrointestinais, como o peptídio insulinotrópico dependente de 
glicose (GIP), colecistoquinina, peptídio-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) e 
peptídio intestinal vasoativo (VIP), secretados após a ingestão de alimentos, 
potencializam a secreção de insulina. 
 
o Isso explica por que a resposta insulínica à administração de glicose oral é 
maior do que a resposta à sua infusão intravenosa. 
 
o GLP-1 e GIP são degradados pela enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Captação da glicose na célula 
o Os transportadores de glicose são uma família de 14 membros, os quais 
permitem a difusão facilitada de glicose, por gradiente de concentração, através 
da membrana plasmática das células. 
 
o Essas proteínas de 50-60 kDa, denominadas GLUTs 1 a 14 em ordem 
cronológica de caracterização . 
 
o São expressas de forma tecido e célula-específica, apresentando propriedades 
cinéticas e reguladoras distintas que refletem seus papéis definidos no 
metabolismo celular da glicose e homeostase glicêmica corporal total. 
 
o Além disso, a função de uma mesma isoforma pode ser diferente de um tecido 
para outro, em consequência do processo de diferenciação celular. 
 
o Todas foram caracterizadas mas as primeiras 5 variantes descritas parecem ser 
as principais, e têm sido foco de estudos que buscam caracterizar os fluxos de 
glicose, tanto em situações fisiológicas como fisiopatológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Captação da glicose na célula 
o GLUT4 é o chamado transportador de 
glicose insulino-sensível, cujo principal 
papel é proporcionar a captação de 
glicose insulino-mediada em tecidos 
adiposo e muscular, tecidos que 
expressam especificamente, mas não 
unicamente, a proteína GLUT4. 
 
o Modificações na expressão deste gen 
(ou gene), tanto em tecido adiposo 
quanto em músculo esquelético, 
correlacionam-se de maneira direta com 
aumento ou redução da sensibilidade 
insulínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Efeitos metabólicos da insulina 
o A insulina promove o estado 
anabólico canalizando 
metabólitos no sentido de 
armazenamento de carboidratos 
e lipídeos, e no sentido da 
síntese de proteínas. 
 
 
o Age em três principais tecidos 
alvos: fígado, tecido adiposo e 
músculo esquelético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Efeitos metabólicos da insulina 
No fígado 
 
o Estimula a glicólise e a síntese de 
glicogênio. 
 
o Ao mesmo tempo, ela suprime a lipólise e a 
gliconeogênese. 
 
o Ela estimula a síntese de ácidos graxos de 
cadeia longa e triacilgliceróis. 
 
o Ela promove o transporte de lipídeos do 
fígado para as células periféricas 
envolvendo partículas de lipoproteínas de 
densidade muito baixa (VLDL). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Efeitos metabólicos da insulina 
 
Nos tecidos periféricos 
 
o Induz a lipoproteína lípase endotelial, uma enzima que libera triacilglicerol dos 
quilomícrons e da VLDL. 
 
o No tecido adiposo estimula a síntese de triacilglicerol, de glicerol-3-fosfato e 
ácidos graxos. 
 
No músculo. 
 
o Estimula o transporte de glicose, o metabolismo de glicose e a síntese de 
glicogênio. 
 
o Aumenta a captação celular de aminoácidos e estimula a síntese de proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... 
Efeitos metabólicos do glucagon e dos 
hormônios anti-insulínicos 
o O glucagon é um pequeno peptídeo de cadeia simples com 29 aminoácidos, 
com um peso molecular de 3.485 Da. 
 
o Ele age no fígado e sua função é mobilizar as reservas de combustíveis para 
manter a concentração sanguínea de glicose entre as refeições. 
 
o Ele direciona o metabolismo no sentido catabólico e inibe o anabolismo. 
 
o Ele estimula a glicogenólise, a gliconeogênese, a oxidação de ácidos graxos e a 
cetogênese, e inibe a glicólise, a síntese de glicogênio e a síntese de 
triacilgliceróis - lipogênese 
 
Diabetes 
 
o É uma doença crônica 
caracterizada por metabolismo 
prejudicado de glicose. 
 
o Desenvolvimento de 
complicações vasculares e 
neurológicas. 
 
o Envolve distintos mecanismos 
patogenético que tem a 
hiperglicemia como denominador 
comum. 
 
 
 
 
 
 
Diabetes 
 
Possuem 4 subclasses: 
 
o Tipo 1 causado pela destruição de células pancreáticas e deficiência de produção de 
insulina. 
 
o Tipo 2 caracterizado pela resistência a insulina e deficiência relativa de produção de 
insulina, sendo comum em adultos acima de 30 anos. 
 
o Tipos associados a doenças ou síndromes específicas 
 
o Diabete gestacional. 
 
 
 
 
DM tipo 1 
 
o A destruição das células beta pancreáticas normalmente é mediada por 
autoimunidade., mas existem casos idiopáticos. 
 
o Marcadores de autoimunidade são os auto-anticorpos anti-insulina, 
antidexcarboxilases do ácido glutâmico (GAD65) e antitirosina-fosfatases (IA2 e 
IA2B). 
 
o Os Ac estão presentes meses ou anos antes do diagnóstico (pré clinica) e em 90% 
dos pacientes com hiperglicemia. 
 
o Também apresenta intensa associação com determinados genes do HLA 
 
o Destruição das células beta é variável, sendo em geral, mais rápida em crianças. 
 
o Pode estar associado a outras doenças auto-imunes como a tireoidite de 
Hashimoto, a doença de Addison e a Miastenia gravis. 
 
 
 
DM tipo 1 
 
o O tipo idiopático caracteriza pela ausência de marcadores de autoimunidade 
e não associação com alótipos do HLA. 
 
o Esta forma de DM podem desenvolver cetoacidose e apresentam grau 
variável de deficiência a insulina. 
 
o Dificuldade no diagnóstico pois marcadores não são disponíveis em todos os 
centros. 
 
 
 
 
 
 
DM tipo 2 
 
o Presente em 90 a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e 
secreção da insulina. 
 
o Em geral, ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se 
manifesta, porém pode ocorrer predomínio de um deles. 
 
o Na maioria está associada a sobrepeso ou obesidade. 
 
o A cetoacidose raramente desenvolve espontâneo, ocorrendo apenas quando 
associa a outras condições como infecções. 
 
o Comum o seu diagnóstico a partir dos 40 anos e não dependem de insulina 
exógena parasobreviver. 
 
o Podem necessitar insulina para obter controle metabólico adequado. 
 
 
 
 
DM tipo 2 
 
o Não tem marcadores específicos , sabe se que existem diferentes 
mecanismos que resultam nesta forma de DM. 
 
o Níveis séricos de insulina, normais, baixos ou elevados 
 
o Aumento dos níveis séricos de glucagon 
 
o Doença de caráter familiar – transmissão poligênica 
 
o Quadro clínico inicial podem apresentar hiperglicemia sem sintomatologia 
 
o Complicação mais frequente – coma hiperosmolar 
 
 
 
 
 
 
DM tipo 2 - patogênese 
Duas deficiências metabólicas da DM Tipo II: 
 
Resistência à insulina 
 
o É uma condição na qual a insulina produz uma resposta menor do que esperada. 
 
o Pode ser devido à sua síntese ou à sua secreção inadequadas ou, com maior 
frequência, à incapacidade de a molécula de insulina exercer seu efeito normal em 
uma célula. 
 
o Os indivíduos apresentam concentração plasmática de glicose normal, mas têm 
hiperinsulinemia indicando que é necessária mais insulina para produzir um efeito 
“normal”. 
 
o Quando a resistência à insulina se torna mais severa, a concentração plasmática de 
glicose aumenta. 
 
o A resistência à insulina é comum na obesidade, a qual é um importante fator de risco 
para o desenvolvimento de diabetes do tipo 2. 
 
 
 
DM tipo 2 - patogênese 
Fatores responsáveis pela ⇓ da sensibilidade à insulina 
 
Mutações nos genes do receptor e da sua via de sinalização: 
 
Evidenciado pelo knockout dos genes que codificam para as proteínas de 
sinalização 
⇓ 
RARO 
 
Obesidade 
 Um dos principais fenômenos causadores da doença; 
 
O risco de contrair DM Tipo II para com IMC elevados (>30) 
 
A obesidade abdominal tem maior efeito sobre a resistência á insulina 
 
 
 
 
 
DM tipo 2 - patogênese 
 
PORQUÊ? 
 
Adipocinas 
- Hormônio proteicos que os adipócitos libertam para a circulação sistêmica 
em resposta a alterações metabólicas. 
 
A sua desregulação pode levar à Resistência à Insulina 
Ex.: 
o Adiponectina 
o Resistina 
o Leptina 
 
Atua ao nível dos receptores do SNC com vista a induzir a saciedade ⇒ induz 
sensibilidade à insulina 
 
Concentrações reduzidas podem originar resistência 
 
 
 
DM tipo 2 - patogênese 
 
Disfunção das células β ⇒ inadequada secreção de insulina 
(muitas vezes, consequência da resistência à insulina) 
 
Em estados de Resistência: 
 
- ⇑secreção de insulina devido à elevada necessidade das células periféricas 
em glicose 
 
Hiperinsulinêmia (compensação) : pode manter-se durante anos 
 
 
Inadequação:leva ao desenvolvimento da DM Tipo II 
 
 
 
 
 
 
DM tipo 2 - patogênese 
 
Disfunção das células β: 
 
Disfunção qualitativa: 
 
Perda do padrão normal de secreção da insulina. Como passar do 
tempo, ela deixa de ser adequada ⇒ DM Tipo II 
 
Disfunção quantitativa: 
 
Degenerescência dos Ilhéus de Langerhans e formação de ilhéus 
amilóides - AMILOIDOSE 
 
 
 
 
 
Outros tipos de DM 
 
o Formas menos comuns cujos defeitos ou processos causadores podem ser 
identificados. 
 
o A apresentação clínica é bastante variada e depende da alteração base. 
 
Podem estar associado a: 
 
o Defeitos genéticos 
 
o Pancreatopatias 
 
o Endocrinopatias 
 
o Drogas ou agentes químicos 
 
o Síndromes genéticas, outros 
 
Afetam a função das células beta e a ação da insulina. 
 
DM gestacional 
 
o Ocorre em 1 a 14% de todas as gestações, dependendo da população. 
 
o Associa-se tanto à resistência à insulina quanto à diminuição da função das 
células beta. 
 
o Com o crescimento da placenta, ocorre gradualmente um aumento na produção 
de hormônios que antagonizam a ação da insulina, como o estrógeno, a 
progesterona e, principalmente, a somatotrofina coriônica humana. 
 
o Assim no o segundo e terceiro trimestre da gestação, é característico um 
aumento da resistência à insulina, resultando em aumento na concentração 
desta. 
 
o Quando a demanda na produção de insulina é maior que a capacidade das 
células β pancreáticas de produzir a insulina, pode ocorrer a instalação do 
diabetes mellitus gestacional. 
 
 
 
DM gestacional 
 
o Ocorre em 1 a 14% de todas as gestações, dependendo da população. 
 
o Associa-se tanto à resistência à insulina quanto à diminuição da função das 
células beta. 
 
o Com o crescimento da placenta, ocorre gradualmente um aumento na produção 
de hormônios que antagonizam a ação da insulina, como o estrógeno, a 
progesterona e, principalmente, a somatotrofina coriônica humana. 
 
o Assim no o segundo e terceiro trimestre da gestação, é característico um 
aumento da resistência à insulina, resultando em aumento na concentração 
desta. 
o Quando a demanda na produção de insulina é maior que a capacidade das 
células β pancreáticas de produzir a insulina, pode ocorrer a instalação do 
diabetes mellitus gestacional. 
 
o Deve sempre reavaliar pacientes com DM gestacional 4 a 6 meses após o parto. 
 
o Na maioria dos casos ocorre a reversão do quadro porém pode ter risco de 
Pré Diabetes 
 
o É um estado intermediário entre a homeostase normal da glicose e DM. 
 
o A glicemia em jejum está alterada, inferiores ao critério de diagnóstico porém 
acima do valor de referência. 
 
o A tolerância à glicose diminuída representa uma anormalidade na regulação da 
glicose no estado pós-sobrecarga – inclui glicemia de jejum e duas horas após a 
sobrecarga com 75g de glicose - TOTG. 
 
 
 
 
 
 
Hipoglicemiantes orais 
Mecanismo de Ação: 
o estimulam liberação de insulina - bloqueiam canais de K+/ATP sensíveis 
 
o diminuem eliminação hepática do hormônio 
 
uso contínuo: 
o redução dos níveis de insulina 
 
o níveis de glicose continuam baixos. 
 
Análogos de 2a. Geração: 
Glibenclamida 
Glipizida 
Glimepirida (ap) 
Sulfoniluréias 
Análogos de 1a. 
Geração: 
Tolbutamida 
Clorpromamida 
Acetohexamida 
Hipoglicemiantes orais 
Absorção, metabolismo e excreção: 
o Absorção pelo trato gastro-intestinal 
 
o Ligação a proteínas plasmáticas (90%) 
 
o meia vida rápida (3-5 h), mas efeito prolongado. 
 
o Metabolismo hepático 
 
o Excreção urinária 
 
Usos terapêuticos: 
o D.M. tipo 2 associadas com dieta e/ou insulina 
 
Efeitos colaterais 
o hipoglicemia (interação com drogas que ligam proteínas plasmática) 
 
o ganho de peso 
 
o contra-indicada na gravidez e lactação 
Sulfoniluréias 
Hipoglicemiantes orais 
Mecanismo de Ação: 
 
o Diminui produção hepática de glicose (gliconeogênese) 
 
o Aumenta sensibilidade à insulina no músculo e tec. Adiposo 
 
o anti-hiperglicemiante (não interfere insulina) 
 
o Diminui absorção intestinal de glicose 
 
o Diminui enzimas lipogênicas, ↓TGC 
Biguanidas 
Fenformina (acidose lática) 
Metformina 
Hipoglicemiantes orais 
Biguanidas 
Absorção e excreção: 
o intestino delgado, excretada na urina (inalterada) 
 
o não liga à proteínas plasmáticas 
 
o meia-vida curta, adm. 2-3x ao dia às refeições (máx. 2,5g/dia) 
 
Uso terapêutico: 
o sozinha ou associado com sulfoniluréias e/ou insulina 
 
o reduz complicações vasculares e infarto (menos dislipidemia) 
 
o pacientes obesos (anorexia) c/ resistência 
Rastreamento da DM 
 
o Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença, 
algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de 
complicações. 
 
o Por isso, testesde rastreamento são indicados em indivíduos assintomáticos que 
apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que 
documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável. 
 
Fatores indicativos de maior risco são listados a seguir: 
 
Idade >45 anos. 
Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25). 
Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para 
mulheres, medida na altura das cristas ilíacas). 
Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes. 
Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg). 
Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL. 
História de macrossomia ou diabetes gestacional. 
Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos. 
Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. 
 
 
 
Critérios para diagnóstico da DM 
 
São 3 os critérios para o diagnóstico da DM 
 
o Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescido de glicemia casual 
acima de 200 mg/dL 
 
o Glicemia de jejum igual ou superior a 126 mg/dL sendo que em pequenas 
elevações deve-se confirmar o diagnóstico repetindo o teste em outro dia. 
 
o Glicemia de duas horas pós sobrecarga de 75g de glicose acima de 200 mg/d 
 
Categoria Jejum Duas horas após 75g de glicose Casual 
Glicemia normal Menor que 100 Menor que 140 - 
Tolerância à glicose diminuída Maior que 100 e menor que 126 Igual ou superior a140 e menor 
que 200 
 
- 
Diabetes Mellitus Igual ou superior a 126 Igual ou superior a 200 com 
sintomas clássicos 
Fonte:: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. - 2009 
Diagnóstico laboratorial 
Em que situação solicitar Teste 
de Tolerância a Glicose? 
 
o Indivíduos com glicemia de jejum entre 
110 a 125 mg/dL 
 
o Indivíduos com glicemia normal , mas 
com pelo menos dois fatores de risco. 
 
o Diabete gestacional prévio, com 
glicemia de jejum normal. 
Diagnóstico laboratorial 
Quando investigar diabetes? 
 
o Adultos com idade acima de 45 anos. 
 
o Adultos com idade inferior da 45 anos com presença de fatores de risco. 
 
 Obesidade . 
 
 Dislipidemia – HDL baixo com Triglicerídeos alto. 
 
 Hipertensão arterial. 
 
 Doença cardiovascular. 
 
 Antecedentes familiar 
 
 Diabete gestacional prévio, macrossomia e aborto repetitivo. 
Diagnóstico laboratorial 
Dosagem de anticorpos 
 
o Anticorpos anti ilhotas - ICA 
 
o Anticorpos anti insulina – IAA 
 
o Anti-desidrogenase do acido glutâmico (GAD). 
 
Avaliação da reserva pancreática de insulina 
 
o Medida do peptídeo C. 
 
 DM 1 apresentam valores médios de peptídeo-C de 0,35ng/ml no basal e de 
0,5ng/ml após estímulo e os pacientes DM 2 têm valor médio de 2,1ng/ml no tempo 
zero e de 3,3ng/ml após estímulo 
 
o Medida da insulina após estímulo da glicose 
Diagnóstico laboratorial 
Exames controle 
 
o Glicemia pós prandial – glicemia após 2 horas da refeição. 
 
 Glicose abaixo de 140 mg/dL – Controlado 
 
 Glicose acima de 140 mg/dL - Alerta 
 
 Glicose acima de 160 mg/dL – Desequilíbrio 
Diagnóstico laboratorial 
Exames controle 
 
Hemoglobina glicada – HbA1C – valor até 7,0 
 
o Hemoglobina formada a partir de reações não enzimáticas entre hemoglobina e glicose. 
 
o Durante os 90 dias de sobrevida das hemácias a Hb incorpora a glicose em função da 
glicemia. 
 
o Se as taxas de glicose estiverem altas (ou baixas) durante esse período haverá um 
aumento (ou diminuição) da hemoglobina glicada. 
 
o A glicemia dos últimos 30 dias antes da dosagem contribui com 50% da hemoglobina 
glicosilada dosada, e as glicemias dos últimos meses (2 a 4), com 25%. 
 
o Avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento. 
 
o Reflete a glicemia de 2 a 3 meses anteriores à data de realização do exame. 
Diagnóstico laboratorial 
 
Hemoglobina glicada – HbA1C – Recomendações 
 
o Não é necessário jejum. 
 
o .Interferências 
 
o Resultados falsamente elevados 
 
o Acido acetilsalicílico, antimicrobianos, álcool. 
 
o Resultados falsamente diminuídos 
 
o Anemias e hemoglobina variantes (HbS, HbC e HbD) 
Diagnóstico laboratorial 
 
Frutosamina 
 
o É uma proteína glicada, constituída principalmente de albumina, que reflete o 
controle glicêmico em 1 a 2 semanas anteriores, já que a meia-vida da 
albumina é de 14 a 20 dias. 
 
o Embora haja uma boa correlação entre Hb glicada e frutosamina, a medida da 
frutosamina não deve ser considerada equivalente à da GHb. 
 
o O papel da frutosamina como um fator preditivo para o desenvolvimento de 
complicações do diabetes ainda não foi determinado. 
 
o A medida da frutosamina pode ser um método alternativo para avaliar o 
controle glicêmico dos pacientes portadores de hemoglobinopatias, nos quais 
a determinação de Hb glicada é prejudicada na maioria dos métodos 
disponíveis. 
Complicações da diabetes 
 
Cetoacidose 
 
o A cetoacidose diabética consiste em uma tríade bioquímica de hiperglicemia, 
cetonemia e acidemia. 
 
o É precedida por 1 dia ou mais de poliúria ou polidipsia, associada a fadiga 
importante, náuseas e vômitos, podendo apresentar estupor mental, que pode 
evoluir para o coma. 
 
o Principais causas: 
 
a) Perda do transporte de glicose para dentro dos tecidos periféricos, como músculos e 
gordura, já que este transporte depende de insulina. 
 
b) Aumento da gluconeogênese e glicogenólise hepáticas. 
 
c) Desinibição da quebra de gordura, proteínas e glicogênio. 
Complicações da diabetes 
 
Cetoacidose – Laboratorialmente 
 
o Hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dl). 
 
o Acidose metabólica (pH < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mEq/l). 
 
o Cetonemia (cetonas totais > 3 mmol/l) e cetonúria. 
 
o Alguns pacientes podem estar em cetoacidose e ter uma glicemia normal caso 
tenham usado insulina pouco tempo antes de virem para a Unidade de 
Emergência. 
 
o Outros podem ter glicemia > 250 mg/dl e não estarem em cetoacidose caso 
não preencham os demais requisitos para o seu diagnóstico. 
Complicações da diabetes 
 
o Com isso, a deficiência de insulina 
leva a uma hiperglicemia (devido a 
uma diminuição da utilização periférica 
e ao aumento da produção hepática 
de glicose). 
 
o Ocorre assim a acidose devido à 
produção de corpos cetônicos pelo 
fígado. 
 
o Agravando este quadro, a 
hiperglicemia causa glicosúria e 
consequente poliúria. 
 
o Essa perda hídrica é acompanhada de 
uma perda de eletrólitos e 
desidratação 
Complicações da diabetes 
 
Estado hiperglicêmico hiperosmolar 
 
o É uma complicação aguda característico da DM 2 com deficiência relativa de 
insulina caracterizado por hiperglicemia, hiperosmolaridade e desidratação, 
envolvendo principalmente SNC. 
 
o Fatores predisponentes: infecção aguda (respiratória, urinária, genital, cutânea 
etc.), frequentemente ou não associados ao tratamento insulínico interrompido 
ou inadequado. 
 
o A concentração de insulina que é inadequada para facilitar a utilização de 
glicose nos tecidos periféricos insulina sensíveis, é suficiente para prevenir a 
lipólise acentuada e a cetogênese que normalmente ocorre de forma intensa 
na CAD. 
 
 
Complicações da diabetes 
 
Hipoglicemia : 
 
Os sintomas podem ser 
Neurogênicos ou autonômicos 
 
o Resultado da percepção dos efeito da 
liberação, mediada pelo SNC do 
sistema simpático/adrenal 
 
o Palpitação, tremor e ansiedade - 
sintomas adrenérgicos (adrenalina e 
noradrenalina). 
o Sudorese, fome , parestesias –sintomas colinérgicos 
 
o Clinicamente caracterizada pela tríade 
de Whipple 
 
 
o Glicose < 45 mg/dL 
 
o Sintomas hipoglicêmicos 
 
o Reversibilidade dos sintomas 
após administração de glicose. 
Complicações da diabetes 
 
Hipoglicemia : 
 
Os sintomas podem ser 
Neuroglicopenicos 
 
o Sensações estranhas 
(calor,fomigamentos) 
 
o Irritabilidade. 
 
o Confusão mental 
 
o Dificuldade de raciocínio 
 
o Dificuldade de fala 
 
o Ataxia e parestesias 
 
 
o Dor de cabeça 
 
o Convulsão 
 
o Coma 
 
o Morte