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1 nome dos acadêmicos 2 nome do tutor externo Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI – Bacharelado em Administração – (ADG 0715) – Prática do Módulo V – 10/06/2018 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HUMANOS PARA A QUALIDADE Alessandra Macedo Mendes1 Jessana Maiara Lima Sá Duarte1 Paloma Rodrigues da Silva1 Renata Germano Fernandes1 Professor: Me. Adriano Salvagni Marchi2 RESUMO A Gestão de Recursos Humanos dentro da organização tem um papel de grande valia nos dias atuais, pois além de entrevistar e selecionar candidatos, admitir ou demitir colaboradores ele tem o papel de ser o grande elo que liga funcionários e organização. O gestor de recursos humanos age estrategicamente para garantir a eficiência e a melhoria dos processos internos da organização, contribuindo para a busca de novos talentos e no desenvolvimento do capital humano dentro da própria empresa, obtendo com isso uma grande melhoria na qualidade de produtos e processos ajudando a empresa a ter uma grande vantagem competitiva no mercado ao qual ela está inserida. Palavras-chave: Gestão de Recursos Humanos. Gestão de Qualidade. Vantagem Competitiva. 1 INTRODUÇÃO Nos dias de hoje o maior patrimônio de uma organização não são mais as máquinas e equipamentos, mas sim as pessoas e seu capital intelectual, pois através do investimento no capital humano da empresa obtêm-se melhores resultados tanto internos quanto externos. Sobre isso Chiavenato (2008, p.10) nos diz que: As organizações bem-sucedidas se deram conta disso e tratam seus funcionários como parceiros do negócio e fornecedores de competências e não mais como simples empregados contratados. Conforme a conclusão de Chiavenato acima, podemos afirmar que os recursos humanos de uma organização influenciam o sistema de qualidade desta empresa ajudando a mesma a se diferenciar no 2 mercado ao qual ela está inserida, seja na produção de algum produto ou na prestação de algum tipo de serviço, colaborando para a redução de custos ou perdas e melhorando o desempenho organizacional desta empresa. Com base nessas informações descreveremos o papel da Gestão de Recursos Humanos na organização, seus objetivos e estratégias de atuação. Logo após, dissertaremos sobre como o investimento no treinamento dos colaboradores reflete na melhoria da gestão de qualidade na organização. E, faremos uma breve análise do que é capital humano, social e psicológico e de como podemos usar esses recursos humanos como vantagem competitiva no mundo empresarial. E para finalizar esse artigo apresentamos e discutimos os resultados da entrevista solicitada. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O PAPEL DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Em uma organização o bem maior não está relacionado ao maquinário e sim às pessoas. Chiavenato (2008) destaca a importância das organizações em se tornarem mais atentas e conscientes quando o assunto é sobre seus funcionários, pois são eles que fazem a diferença para se ter uma organização competitiva e bem-sucedida. Essa competitividade e o crescimento da economia fazem com que as empresas busquem profissionais cada vez mais bem preparados. Analisando este conceito, vamos ver que o departamento de recursos humanos tem a função de gerir e selecionar e mais do que isso, também de direcionar os colaboradores para as metas e os objetivos da organização. Muitos veem o gestor de RH como uma função limitada e por vezes até mesmo burocrática. Mas estudando um pouco mais sobre o assunto, podemos ver que na verdade trata-se de um vasto campo de atuação e com um papel fundamental dentro da organização. Ao surgir a necessidade de um novo colaborador na organização, o líder ou gestor da área solicita ao departamento de recursos humanos a seleção para o cargo pretendido. Cabe ao gestor de RH buscar as informações, como o perfil desejado para o cargo e os meios eficazes para que este profissional possa ser encontrado. Segundo Almeida e Souza (2016, p. 97) “O propósito da etapa de recrutamento é atrair candidatos potencialmente qualificados objetivando abastecer o processo seletivo instituído para o provimento de uma determinada posição no espaço organizacional.” Após selecionar o candidato chega a hora da empresa integrar e ambientar o novo colaborador à estrutura organizacional. O gestor de RH neste momento norteia e estabelece metas, além de 3 incentivar os colaboradores para que mostrem todo o seu potencial. Segundo Chiavenato (2008) as principais funções de um gestor de RH são: 1. Análise e descrição dos cargos. 2. Desenho de cargos. 3. Recrutamento e seleção de pessoal. 4. Admissão de candidatos selecionado. 5. Orientação e integração de novos funcionários. 6. Administração de cargos e salários. 7. Incentivos salariais e benefícios sociais. 8. Avaliação de desempenho dos funcionários. 9. Treinamento e desenvolvimento de pessoal. 10. Desenvolvimento organizacional. 11. Comunicado aos funcionários. 12. Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho. Todo processo de mudança e desenvolvimento, passa pelo gestor de RH. A gestão de pessoas é um conjunto de práticas, ações e instrumentos empregados que direcionam e interferem diretamente no comportamento humano. O grande desafio está em alinhar os valores da empresa com ao comportamento dos colaboradores, atendendo às expectativas de ambos. Ainda segundo Chiavenato (2008), as funções de um gestor de RH podem ser resumidas em seis processos básicos conforme segue abaixo: 1. Processo de agregar pessoas: Trata-se do processo de recrutamento e seleção, ao ingressar um novo colaborador na organização, também conhecido como processo de provisão. 2. Processo de aplicar pessoas: São os chamados desenhos de cargos, definir as atividades que serão desempenhadas, orientar e acompanhar o desempenho. 3. Processo de recompensar pessoas: Este processo trata a respeito das remunerações, incentivos ao colaborador, promoções. 4. Processo de desenvolver pessoas: Capacitar os colaboradores e dispor de treinamento. Desenvolver profissionalmente e incentivar programas de mudanças. 5. Processo de manter pessoas: Este processo inclui criar condições ambientais e psicológicas para o desenvolvimento das atividades das pessoas. 6. Processo de monitorar pessoas: Acompanhar as atividades realizadas, dando suporte e verificar os resultados alcançados. 4 Os processos devem ser acompanhados de forma contínua, pois são importantes aliados para a tomada de decisões estratégicas dentro da organização. Cada processo exerce influência, podendo favorecer ou prejudicar nos demais, pois estão relacionados entre si. Por este motivo é necessário a atenção em cada fase. Uma empresa atenta para a gestão de pessoas terá resultados eficazes e estarão à frente das demais, pois o colaborador certo no cargo certo aumenta a possibilidade da organização ter mais qualidade no desempenho de seus serviços. 2.2 GESTÃO DE QUALIDADE Segundo Chiavenato (1999) os recursos humanos pode possuir três significados distintos, mas em suma podemos dizer que seu papel objetiva promover a ampliação de técnicas de motivação, treinamento e desenvolvimento, administrando os comportamentos internos e promovendo assim o bem-estar, eficiência e avanço profissional de cada colaborador. Em resumo o processo de gestão de pessoas visa bem administrar o capital humano a fim de facilitar o alcance de objetivos. Mas e a gestão de qualidade? Onde ela se enquadra nestecontexto? Seguindo conformidade com o colunista, Marques (2013) o capital humano é uma das maiores riquezas de uma organização, sem colaboradores é impossível existir prestação de serviços e produção. Toda empresa trabalha para oferecer algum tipo de serviço ou produto ao seu mercado consumidor e para tal é de extrema importância que os processos internos estejam alicerçados em uma séria gestão de qualidade, e é exatamente neste ponto que queremos chegar para contextualizar este processo tão importante. . 2.2.1 A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PARA A GESTÃO DE QUALIDADE Chiavenato (2004), afirma que a chave de tudo esta no treinamento, pois é este quem pode possibilitar através dos treinos uma influência, para melhor produtividade e consequentemente contribuir para o alcance dos objetivos em comum da organização, uma vez que o propósito do treinamento esta em aumentar a eficácia dos trabalhadores em seus respectivos cargos, influenciando seus comportamentos. Seguindo a linha de pensamento podemos acrescentar que treinamento se refere ao conjunto de experiências, de estudos e instruções. Trata-se também de uma metodologia educativa, que envolve 5 tudo que visa intencionalmente acrescentar, a fim de que as pessoas desempenhem melhor suas atividades relacionadas a seus cargos em uma organização. Há uma grande importância no uso adequado do processo de treinamento, pois é este quem objetiva aperfeiçoar o desempenho, aumentar a produtividade, contribuir para alcance de objetivos, bem como aprimorar as relações internas das organizações. O processo de treinamento é o grande responsável por preparar pessoas para um melhor desempenho de seus cargos, é a técnica que objetiva manter os indivíduos frequentemente atualizados em tudo que diz respeito a tecnologias utilizadas na realização de suas tarefas, e exatamente por isto que atualmente tornou-se indispensável os processos de treinamento nas organizações, para que desta forma se consiga obter um padrão de qualidade total. 2.2.2 GESTÃO DE QUALIDADE ALIADA A GESTÃO DE PESSOAS Uma organização só irá evoluir como um todo a partir do momento em que todos os setores da mesma estiverem em conformidade, e sem dúvida um grande diferencial e ponto a favor de qualquer organização esta na busca por máxima qualidade, pois além de produzir e ofertar, uma organização deve buscar evoluir de modo contínuo e tornar isto parte fundamental de sua cultura organizacional, obtendo então uma gestão de qualidade. Mas é exatamente neste ponto que podemos levantar a seguinte questão: a gestão de qualidade deve ser desenvolvida separadamente da gestão de pessoas da empresa? A gestão de qualidade aliada à gestão de pessoas é o que torna capaz a implementação da qualidade, no que diz respeito a produtos, serviços e gestão dos colaboradores. Sem esta comunhão, a gestão de qualidade perde sua funcionalidade, pois ainda que a mesma se relacione com as ações que se preocupam com a excelência da qualidade (gestão de pessoas), é a maneira como os colaboradores da empresa a compreendem que faz a implementação obter ou não sucesso, concluindo assim que esta cooperação é essencial para alcance dos resultados. Pode-se dizer que a gestão de qualidade se torna ainda mais prestigiada e efetiva quando passa também a considerar aquilo que a gestão de pessoas trabalha para alcançar. Gil (1994) afirma que o gestor de RH que anteriormente não tinha motivos para tanta preocupação no que dizia respeito à qualidade, tornou-se um dos mais importantes executores desta causa. Martins (2001) complementa dizendo que a existência de uma integração entre as duas áreas tem inicio a partir do momento em que o RH passa a ter um papel mais freqüente na organização. De modo geral, podemos concluir e assegurar que o sucesso organizacional em grande parte se dá na união de ambas as gestões, de modo que o objetivo comum passe a ser o êxito total da organização. 6 2.3 RECURSOS HUMANOS COMO VANTAGEM COMPETITIVA Vanderley (2001), afirma que as organizações não estão sabendo utilizar corretamente todo o potencial do capital humano que possuem. Isso ocorre devido a uma cultura organizacional de redução de custos, onde muitas vezes não há investimentos para inovação ou para desenvolver a criatividade de seus colaboradores. Em um mercado globalizado, com uma concorrência tão desafiadora como nos dias atuais, o capital humano quando bem empregado, pode ser o grande diferencial como vantagem competitiva para uma organização se destacar entre os demais, obtendo assim sucesso naquilo que seus concorrentes mais desejam. A este respeito, Vanderley (2001, p.66) alega: Como o trabalhador nas organizações modernas, apesar de todo o esforço por parte de algumas empresas para atender às necessidades dos seus servidores, ainda é considerado um “recurso” nestes novos modelos, esse fato tem ocasionado as mais diversas crises (ausência de satisfação profissional do trabalhador); então, é possível pensar que o uso de todas essas formas de inovação tecnológica e administrativa é precário e não evita as crises. Diante dessas considerações, é possível levantar o seguinte problema de pesquisa: Avaliar a contribuição do Grupo Humanismo e Gestão da Escola de Altos Estudos Comerciais de Montreal para resgatar o sentimento de realização profissional do homem. Uma vez definido o problema da pesquisa, considerou-se como sendo os seus objetivos: 1. Identificar o lugar do homem no trabalho nas principais abordagens da administração; 2. Mostrar a contribuição do Grupo Humanismo e Gestão para resgatar o sentimento de realização do homem no trabalho. 3.1 A RELEVÂNCIA DA GESTÃO DO CAPITAL HUMANO, SOCIAL E PSICOLÓGICO Segundo Almeida e Souza (2016), a definição de capital humano são pessoas competentes com conhecimento técnico atualizado e capacidade de transmitir para a organização os conhecimentos obtidos. Capital social é denominado através de posturas gerenciais que admitem à organização trabalhar como uma cadeia produtiva onde cada um executa concomitantemente os papéis de cliente e fornecedor. Este é momento da área de RH e a liderança gerencial demonstrarem a capacidade para estimular a colaboração entre os componentes da equipe. Capital psicológico favorece a constituição de vínculos interpessoais. Nota-se que este é um desafio impossível de ser negligenciado, uma vez que muitas decisões reguladas na lógica de mercado banalizam sentimentos, posturas e comportamentos que fragilizam as relações sociais no trabalho 7 Porém acreditam que as pressões competitivas tornaram a tecnologia, os recursos financeiros e materiais escassos para garantir à organização contemporânea vantagens competitivas sustentáveis. FIGURA 1 – FORMAS DE CAPITAL FONTE: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-44642013000300002. Acesso 02 maio. 2018. 3.2 DA PROFICIÊNCIA À COMPETÊNCIA Segundo Castro (2008), tanto o êxito quanto o fracasso de organização podem-se medir na forma que esta empresa administra seus recursos internos, dessa forma o autor dá sugestões e abordagens que atendem as diversas necessidades deste mercado “Uma boa gestão de todo este processo e garantir que o propósito de atrair, manter e desenvolver pessoas será cumprido e que o grau de satisfação e de motivação de todos os que mantêm laços laborais com a organização será o desejado”. (CASTRO, 2008, p.1). 8 FIGURA 2 – FORMAS DE CAPITAL FONTE:http://www.amrconsult.com/?p=4991. Acesso 03 maio. 2018. 3.3 COMO TRANSFORMAR RECURSOS HUMANOS EM VANTAGEM COMPETITIVA Mary (2015) compara as estratégias organizacionais que antes, limitadas ao técnico e burocrático, nos dias atuais estão direcionadas ao mundo do conhecimento, do pensamento, das ações e dos comportamentos. Salienta ainda, que o grande desafio das organizações está em buscar uma forma de como colocar em prática esta nova estratégia, nesta nova visão corporativa. Para que se inicie a prática de planos e políticas estratégicas, a organização deve iniciar o projeto estratégico já no processo de recrutamento, como explica a autora a seguir: • Recrutamento e seleção: neste momento a empresa procura um profissional que atenda às suas necessidades, esta é a ocasião ideal para exercitar o desenvolvimento dos recursos estratégicos, identificando as pessoas que possuem habilidades requeridas e que possuem uma maior probabilidade de se adequar a cultura da organização; • Treinamento e desenvolvimento: esta área deve procurar novas tendências imprescindíveis às pessoas e ao sucesso da empresa. Dessa forma o objetivo é desenvolver o profissional capacitando-o e consequentemente torná-lo mais eficiente e competitivo. 4 MATERIAIS E MÉTODOS Para elaboração deste artigo utilizamos os procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica e documental. A natureza da nossa pesquisa é aplicada, tendo a sua abordagem qualitativa. 9 Concluída a pesquisa bibliográfica para elaboração do artigo solicitado, elaboramos uma entrevista estruturada que foi respondida pela analista de recursos humanos Rafaela Bertolla da empresa Transportes Luft Ltda. 5 RESULTADO E DISCUSSÃO Após entrevista realizada com Rafaela Bertolla, analista de Recursos Humanos da Transportes Luft Ltda, foi possível apurarmos os dados para discutirmos os resultados deste trabalho. Para Rafaela uma das razões para o bom funcionamento da gestão de recursos humanos e o desenvolvimento dos talentos na empresa é que a sua visão de aperfeiçoamento dos colaboradores conta com um programa de capacitação permanente desenvolvido pela Equipe de Treinamento e Desenvolvimento Corporativa. Relacionado à pergunta qual a vantagem de formar profissionais dentro da organização, a entrevistada acredita que primeiramente toda organização deve compreender que desenvolver pessoas significa cuidar do seu principal ativo, o que significa dizer que é a partir delas que toda e qualquer operação será executada. As empresas devem ter seus colaboradores como parceiros, tendo desta forma uma rotina mais flexível, maior autonomia dos colaboradores. Assim, se sentirão mais à vontade para trazer inovações, ideias e contribuir com o crescimento da empresa. Gestão baseada em pessoas traz talentos para a empresa que consequentemente diminui o turnover, fortalecimento da marca, potencial de crescimento, maior valor de mercado e integra os colaboradores com a missão da empresa. Essa conclusão da analista Rafaela vai ao encontro da análise de Chiavenato (1999) que nos diz que o progresso e sucesso de uma organização ocorrem com as pessoas em primeiro lugar, e todo o resto virá como consequência. Logo, a execução de um programa de máxima qualidade deve ser trabalhado em conjunto com um programa de gestão de pessoas bem estruturado, pois ainda que os processos sejam realizados de formas diferentes, de um modo geral, eles se completam, e ajudam a organização a ser diferenciada no meio empresarial. Quando questionada sobre a importância do treinamento e aperfeiçoamento do colaborador para a organização no que diz respeito à gestão de qualidade, a entrevistada acredita que ambos são diferenciais competitivos para a organização. O treinamento deve aproveitar os recursos das pessoas através das atividades que desempenham e os conhecimentos que ela possui, suas habilidades e atitudes pois elas que serão benéficas para a empresa. A disputa pelo mercado cresce a cada instante, 10 vencendo somente os melhores, os que têm as estratégias bem definidas. Fundamental neste processo é ter todo o processo desenhado para atingir o resultado. O mundo está cada dia mais competitivo e o ambiente organizacional muda muito rápido. A cada momento surge uma nova tecnologia, um novo método e novos processos de se fazer as coisas. Vai sobreviver e obter sucesso aquele que tiver se preparado e obter as competências necessárias para fazer as coisas de acordo com as novas exigências do mercado. Conforme Rafaela o processo de treinamento e aperfeiçoamento do colaborador é de suma importância para que ele esteja sempre atualizado e a frente dos demais e segundo Mary (2015), este processo vai muito além do treinamento de pessoal, ele promove o capital intelectual, suprindo – o com os dados indispensáveis para que se obtenha o melhor resultado na utilização de seus recursos estratégicos. Dessa forma pode – se assegurar a vantagem competitiva, uma considerável redução de custos e a prática das mudanças, quando houver necessidade, sem ter que procurar por esse capital fora da empresa. Em relação à pergunta se a gestão de qualidade deve ser desenvolvida juntamente com a gestão de pessoas, Rafaela afirma que não só a área da qualidade, mas sim todas as áreas da empresa. A Gestão Estratégica de Pessoas é o equilíbrio indispensável nas organizações, pois busca entender os colaboradores e o contexto no qual estão inseridos, alicerçando e compactando num único horizonte a satisfação de cada um dos envolvidos ao mesmo tempo em que alavanca as mudanças e tomadas de decisões que as organizações tanto necessitam. Rafaela Bertolla segue suas afirmações dizendo que em sua opinião não é somente a área da qualidade que deve ser desenvolvida juntamente com o RH, mas sim todos os departamentos presentes na organização. A mesma segue afirmando que a Gestão Estratégica de Pessoas é o equilíbrio indispensável das organizações. Martins (2001) vai de encontro ao exposto quando afirma que se estabelece uma completa integração entre duas áreas da organização, a partir do momento em que o RH passa a ser mais ativo. Relacionado à questão de como lidar com profissionais de características distintas e como estas diferenças podem agregar na gestão de qualidade, a entrevistada entende que é preciso aproveitar cada profissional e alavancar características que sejam importantes para o negócio. Certamente características distintas se complementam, portanto estas devem estar alinhadas com o negócio da empresa. É essencial que o profissional pense estrategicamente, busque melhoria continua, possua disposição para lidar com novas experiências. 11 Por fim a analista de recursos humanos completa dizendo que se deve aproveitar cada profissional e impulsionar características que sejam importantes para a organização, pois certamente características distintas complementam-se. O exposto entra de acordo com Feigenbaum (1994) quando o mesmo afirma que um sistema de total qualidade se torna eficiente quando integra esforços de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade dos vários grupos de uma organização. Diante do exposto pela analista de recursos humanos Rafaela Bertolla, a organização que investe no colaborador, dando a este uma maior autonomia para usar seu capital intelectual e sua capacitação tende a ter um retorno e um crescimento empresarial e isso torna-se um grande diferencial para o desenvolvimento e o fortalecimento da marca. A empresa tende a ser mais competitiva quando proporciona ao funcionário treinamento e capacitação e não só isso, quando a empresa busca compreender as diferenças de cada indivíduo, extraindoo seu melhor, vai criando um ambiente capaz de atrair profissionais cada vez mais capacitados e também retém os talentos desenvolvidos na empresa refletindo em uma baixa rotatividade e em um maior engajamento ligados aos valores da organização. Os objetivos da empresa juntamente com os objetivos de seus funcionários estarão alinhados proporcionando um ambiente organizacional mais coeso e cooperativo. Concluímos que o departamento de recursos humanos tem um papel fundamental para que a organização alcance os índices esperados de qualidade, pois desde o recrutamento e seleção de pessoal até o treinamento e desenvolvimento de um talento dentro da empresa fazem parte do seu papel. A gestão de pessoas e a gestão de qualidade caminham juntas para alcançarem os objetivos da organização. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando o papel da gestão de recursos humanos e suas estratégias de atuação dentro da empresa concluímos que o gestor do capital humano de uma organização tem um papel fundamental e de extrema importância, pois é ele quem pode recrutar, selecionar, analisar, integrar, desenvolver, incentivar e monitorar todos os processos que envolvem os colaboradores da empresa. Um capital humano bem gerenciado, bem desenvolvido e comprometido com todos os processos da organização contribui para que ela se destaque com qualidade na prestação de seus serviços. Sobre a gestão de qualidade podemos afirmar que o capital humano e intelectual é umas das maiores riquezas de uma organização, quando o gestor de recursos humanos investe no treinamento e desenvolvimento de seu colaborador consegue-se obter um padrão de qualidade total para a empresa. Para que a qualidade total ocorra de uma maneira completa ela precisa agir em conjunto 12 com a gestão de pessoas e o sucesso desta união acontece quando a organização valoriza seu capital humano ajudando ele a se desenvolver de maneira completa e gerando como resultado uma gestão de qualidade total para a empresa. Sobre os recursos humanos como vantagem competitiva concluímos que o capital humano da empresa, se bem empregado, torna-se um diferencial e consequentemente uma das suas maiores vantagens competitivas. - O capital humano e suas competências vem de tudo aquilo que o colaborador aprendeu e tem como experiência de sua capacitação ao longo da vida corporativa e todo esse conhecimento adquirido pode ser transmitido para a organização ajudando a mesma a enxergar onde e como pode melhorar para alcançar um melhor nível de qualidade. - O capital social está relacionado com as relações sociais que o indivíduo tem ao longo da vida, seus relacionamentos dentro e fora da organização e que pode contribuir para a estimulação da colaboração entre os membros de sua equipe organizacional. - Já o capital psicológico refere-se a quem ele é e a quem ele pode ser tornar quando suas capacidades psicológicas são testadas focalizando no seu potencial. Esse capital é um conjunto de características positivas da personalidade que o colaborador emprega na sua vida profissional para alcançar resultados positivos na organização, como por exemplo a resiliência, a autoconfiança, o otimismo, a força de vontade entre outros. A junção destes três capitais, quando bem analisados, trabalhados e valorizados pelo gestor de recursos humanos torna-se uma grande vantagem competitiva para a organização. Quanto mais eficaz for a gestão de recursos humanos, quanto mais envolvido ele estiver com os processos de desenvolvimento de qualidade na organização maior será a participação e envolvimento de todo o capital humano da empresa gerando pessoas comprometidas com esses processos e resultando assim em uma empresa que busque a excelência em qualidade nos seus serviços ou produtos. 13 REFERÊNCIAS ANTUNES, Ana.; CAETANO, Antonio.; CUNHA, Miguel. O papel do capital psicológico na criação de valor para as organizações. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-44642013000300002> Acesso em: 02 mai. 2018. CASTRO, Messias. Capital humano enquanto vantagem competitiva. Disponível em: <http://www.amrconsult.com/?p=4991> Acesso em: 03 mai. 2018. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. – 3.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. FEIGENBAUM, Armand V. Controle da qualidade total, Volume I. São Paulo: Makron Books, 1994. GIL, A. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Moderna, 1994. MARQUES, José. Gestão de qualidade aliada à gestão de pessoas. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/gestao-qualidade-aliada-gestao-pessoas/> Acesso em: 05 de maio 2018. MARTINS, M. Unidos pela Qualidade. Banas Qualidade. São Paulo: p. 40-50, Janeiro 2001. MARY, Marcia. Como transformar recursos humanos em vantagem competitiva. Disponível em: <http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/como-transformar-recursos-humanos-em-vantagens- competitivas/> Acesso em: 03 mai. 2018. SOUZA, Maria Zélia de Almeida. Gestão de pessoas: uma vantagem competitiva? Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016. VANDERLEY, Luciano. Capital humano: A vantagem competitiva. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/osoc/v8n22/04.pdf> Acesso em: 25 abr. 2018. 14 APÊNDICE 1 ENTREVISTADA: Rafaela Bertolla CARGO: Analista de Recursos Humanos EMPRESA: Transportes Luft Ltda. ENTREVISTA 1 - Para você, qual a vantagem de formar profissionais dentro da organização? 2 – Na sua opinião, o treinamento e aperfeiçoamento do colaborador é importante para a organização no que diz respeito à gestão da qualidade? 3 – Para você, a gestão de qualidade deve ser desenvolvida juntamente com a gestão de pessoas? 4 - Na sua opinião, como lidar com profissionais de características distintas e como estas diferenças podem agregar na gestão de qualidade?