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Curso de Pós-graduação a Distância 
 
 
 
 
Contabilidade 
Empresarial 
 
 
 
 
 
Autores: 
Eloir Trindade Vasques Vieira 
Neusa Oviedo Ramirez 
 
 
 
 
 
Universidade Católica Dom Bosco Virtual 
www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
UNIDADE 1 – A CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ................................... 05 
1.1 Tributos, impostos e contribuições ...................................................................... 07 
1.2 Micro e pequena empresa .................................................................................. 10 
 
UNIDADE 2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE ..................................... 14 
2.1 Conceito de Contabilidade .................................................................................. 15 
2.2 Ramos da Contabilidade .................................................................................... 18 
 
UNIDADE 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINANCEIRAS .......................... 21 
3.1 Alterações contábeis ........................................................................................... 24 
3.2 Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................ 26 
3.3 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE .............................................. 35 
3.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC ........................................................ 37 
3.5 Demonstração do Valor Adicionado - DVA ........................................................ 51 
 
UNIDADE 4 - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO .......................................................... 61 
4.1 Indicadores ......................................................................................................... 65 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 72 
ANEXOS ................................................................................................................... 76 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
No cenário econômico atual, a informação representa um dos quesitos 
imprescindíveis na gestão administrativa. Segundo Iudícibus (2012), a contabilidade 
como área do conhecimento é privilegiada, pois seu foco principal é a informação 
destinada aos vários usuários, sejam funcionários ou proprietários, de forma a 
propiciar decisões racionais e adequadas dos negócios de modo que atinja os seus 
objetivos. 
Num mercado altamente competitivo, a meta das empresas é a busca da 
lucratividade sempre, isto é, o retorno do capital investido, e, para isso é necessário 
focar na qualidade dos produtos e serviços prestados visando à satisfação do 
cliente, de forma que viabilize o empreendimento, tornando-o competitivo. O papel 
da contabilidade nas empresas, independente de seu porte ou atividade, é 
proporcionar uma visão pretérita da atividade empresarial por meio dos relatórios 
contábeis econômicos e financeiros, que propiciem uma leitura apropriada do fluxo 
de caixa para a tomada de decisão adequada. 
Com a globalização do mercado financeiro e de capitais, e os investidores, 
buscando parâmetros de comparação para tomada de decisão mais adequada em 
relação aos seus investimentos, estudiosos da contabilidade, perceberam a 
necessidade de uma contabilidade supranacional com base em princípios e nos 
fundamentos econômicos do evento, com Demonstrativos Econômicos e 
Financeiros transparentes e de qualidade, que permitam uma análise de risco 
prospectivo e não apenas dados retrospectivos, trazendo à tona discussão sobre o 
mercado internacional e a necessidade de utilizar uma contabilidade supranacional 
que atenda ao mercado econômico interno e externo. 
Destas discussões entre os países mais ricos surgiu, em 1973, a 
necessidade de criar normas de contabilidade com padrões internacionais e 
supranacionais que atendessem às necessidades do mercado em expansão. 
Em 2005, com a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC, 
composto pelos órgãos normatizadores e fiscalizadores do negócio no Brasil, foi 
possível viabilizar o processo de convergência das normas brasileiras de 
contabilidade ao International Financial Reporting Standard – IFRS, popularmente 
conhecido como normas internacionais. No Brasil a contabilidade esteve, até o ano 
de 2007, vinculada aos textos legais para atender as questões tributárias, isto 
 
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significa que os demonstrativos financeiros deveriam ser elaborados da forma como 
o governo normatizava. 
Esse processo de convergência possibilitou a desvinculação meramente 
tributária e retrospectiva dos relatórios contábeis financeiros, por meio dos textos 
legais da Lei 11.638/2007 e da Lei 11.941/2009, que alteraram alguns artigos da Lei 
n. 6.404/1976, para que a contabilidade possa atender sua finalidade de representar 
de forma adequada uma realidade econômica e prospectiva com base nos eventos 
pretéritos é claro, mas utilizando essas informações passadas para projetar o fluxo 
de caixa futuro esperado em função do volume de transações econômicas do 
passado. 
Nesse contexto, a contabilidade gerencial demonstra a necessidade do uso 
de “ferramentas” gerenciais apropriadas para a captura, mensuração e registro 
adequado dos eventos econômicos que permitam a avaliação de desempenho das 
micro e pequenas empresas, fornecendo informações para tomada de decisão, e 
promovendo o desenvolvimento desses negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 1 – A CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES 
 
A Ciência Contábil é uma ciência social aplicada que tem como objeto de 
estudos o patrimônio das entidades, sejam públicas, privadas, particulares, 
individuais, coletivas, de interesse social ou outros. E como ciência do patrimônio 
deveria estar presente nas organizações comerciais, que exploram atividades de 
comércio, indústria, prestação de serviços e quaisquer outras atividades que 
envolvem a necessidade de controle do patrimônio e sua evolução (ou não), para 
evidenciar o desempenho esperado, de acordo com o objetivo e finalidade da 
organização comercial. 
Sabemos que na realidade brasileira a contabilidade não é muito valorizada, 
porque poucos conhecem sua função e utilidade para tomada de decisão adequada 
na manutenção do negócio e preservação do patrimônio. Neste material didático 
vamos identificar o papel da contabilidade nos negócios empresariais e sua função 
na tomada de decisão, e, para isso vamos inicialmente entender o significado do 
termo empresa sob a ótica do direito empresarial e para a contabilidade. 
No Direito empresarial empresário é a pessoa que exerce a atividade 
econômica, e empresa é a própria atividade de comércio, de produção (indústria) 
de bens e serviços. Então, segundo o Direto empresarial, o conceito de empresa é 
totalmente diferente do conceito usual de local, espaço físico onde uma atividade 
econômica está sendo exercida, ou um sujeito do direito, como é o caso da pessoa 
jurídica constituída. Mesmo assim o termo empresa é utilizado na linguagem 
cotidiana com estes significados inadequados nos meios empresarial, contábil e até 
nos meios jurídicos. 
Coelho (2010, pp. 12-13), explica que: 
 
Na linguagem cotidiana, mesmo nos meios jurídicos, usa-se a 
expressão "empresa" com diferentes e impróprios significados. Se 
alguém diz "a empresa faliu" ou "a empresa importou essas 
mercadorias", o termo é utilizado de forma errada, não técnica. A 
empresa, enquanto atividade, não se confunde com o sujeito de 
direitoque a explora, o empresário. É ele que fale ou importa 
mercadorias. Similarmente, se uma pessoa exclama "a empresa 
está pegando fogo!" ou constata "a empresa foi reformada, ficou 
mais bonita", está empregando o conceito equivocadamente. Não se 
pode confundir a empresa com o local em que a atividade é 
desenvolvida. O conceito correto nessas frases é o de 
estabelecimento empresarial; este sim pode incendiar-se ou ser 
embelezado, nunca a atividade. Por fim, também é equivocado o 
uso da expressão como sinônimo de sociedade. Não se diz 
 
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"separam-se os bens da empresa e os dos sócios em patrimônios 
distintos", mas "separam-se os bens sociais e os dos sócios"; não se 
deve dizer "fulano e beltrano abriram uma empresa", mas "eles 
contrataram uma sociedade". Somente se emprega de modo técnico 
o conceito de empresa quando for sinônimo de empreendimento. Se 
alguém reputa "muito arriscada a empresa", está certa a forma de se 
expressar: o empreendimento em questão enfrenta consideráveis 
riscos de insucesso, na avaliação desta pessoa. Como ela se está 
referindo à atividade, é adequado falar em empresa. 
 
Como podemos ver, Empresa é um termo genérico e no direito empresarial é 
utilizado com um significado distinto. Para Crepaldi (2014), uma empresa é uma 
associação de pessoas para a exploração de um negócio que produz e/ou oferece 
bens e serviços, com vistas, em geral, à obtenção de lucros. Cassarro (2011), 
coloca que uma empresa é uma entidade jurídica que tem como obrigação 
apresentar lucro, e este deve ser suficiente para permitir sua expansão e o 
atendimento das necessidades sociais. 
De acordo com Franco (2010), empresa é toda entidade constituída sob 
qualquer forma jurídica para exploração de uma atividade econômica, seja 
mercantil, industrial, agrícola ou de prestação de serviços. Segundo Rocha (1995), 
o processo de organização de uma empresa dá-se em diversas etapas que se 
iniciam nas pesquisas dos problemas existentes na empresa até a implementação 
das possíveis soluções encontradas. 
Para Kinlaw (2002), a empresa é a força contemporânea mais poderosa de 
que se dispõe para estabelecer o curso dos eventos da humanidade. Ela 
transcende as fronteiras e os limites do nacionalismo, exercendo influência 
predominante nas decisões políticas e sociais. 
Harrington (1997), corrobora essa ideia, comentando que as organizações 
entraram em uma era de grandes desafios e incertezas sem precedentes, pois cada 
vez mais os empresários estão buscando alternativas, visto que os modelos 
funcionais e tradicionais não parecem ser eficazes. Para superar estes desafios 
empresas e empresários buscam identificar, por meio da contabilidade e reflexão 
sobre o negócio, seus pontos fortes e suas fragilidades, que permitam à empresa 
delinear seu planejamento estratégico de forma a torná-la rentável e competitiva. 
A contabilidade quando elaborada de forma correta, capturando a essência 
do evento econômico que afeta a empresa, permite ao empresário a melhor leitura 
hoje, do fluxo de caixa futuro esperado de seu empreendimento, acompanhar a 
evolução e desempenho do negócio, possibilita uma análise de risco para a tomada 
 
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de decisão adequada (risco calculado) e, ainda, a visão retrospectiva e prospectiva. 
Exemplo se a empresa teve um bom ano, como manter e avançar neste 
desempenho, se foi um mal ano, como evitá-lo. 
No Brasil, a preocupação das empresas, há muito tempo, é a alta carga 
tributária que incide sobre a atividade produtiva, e também aquela que onera o 
trabalhador regularmente registrado nas empresas. 
A seguir listamos alguns tributos incidentes sobre as atividades empresariais. 
 
1.1 Tributos, impostos e contribuições 
 
Os tributos e contribuições inerentes às empresas, bem como as alíquotas, 
dependem de vários fatores, como: a atividade econômica, forma de apuração e 
porte da empresa. Os mais comuns são: 
 Contribuição Sindical Patronal: Esta obrigação é da empresa e incide 
sobre o salário que a empresa paga aos empregados, e tem relação direta 
com a quantidade de funcionários que a empresa emprega. Estão sujeitas 
às contribuições sindicais as categorias econômicas, as empresas em 
geral, os empregadores do setor rural e, quando organizados em firma ou 
empresa, os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais. 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSSL: É uma 
contribuição federal sobre o lucro e foi instituída por lei. O fato gerador é o 
lucro líquido da empresa. 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –COFINS: 
É uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita 
bruta da empresa. Em sua essência, é destinada a financiar a seguridade 
social (conjunto de ações públicas nas áreas da previdência, saúde pública 
e assistência social). A alíquota a ser paga pelas empresas tributadas pelo 
lucro real é em média de 7,6%, e de 3,0% para as demais. 
 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS: São valores 
recolhidos aos cofres públicos, mas que pertencem ao trabalhador. Os 
recursos do FGTS são destinados a aplicações nas áreas de habitação, 
saneamento e infraestrutura. São depósitos mensais que os empregadores 
depositam nas contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos 
seus empregados. A finalidade é dar suporte financeiro aos trabalhadores, 
 
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principalmente na hipótese de demissão sem justa causa, mas também em 
outras situações específicas. 
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
prestações de serviços – ICMS: trata-se de Imposto Estadual, portanto, 
somente os Governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência 
para instituí-lo. Os valores no país variam entre 7% e 27% dependendo do 
estado que o institui e da atividade econômica. Há uma reflexão contínua 
pelos órgãos reguladores deste tributo na intenção de unificar as alíquotas 
em território nacional para minimizar a guerra fiscal entre os estados da 
federação, na disputa por empreendimentos. 
 A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e 
de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e 
velhice. É devido pelas empresas e trabalhadores ao Instituto Nacional do 
Seguro Social INSS e as alíquotas de contribuição são variáveis e 
dependem, em se tratando de empresas, de sua atividade econômica e o 
total bruto do salário dos trabalhadores contratados e, no caso dos 
trabalhadores, as alíquotas de contribuição variam de 8% a 11% por cento 
sobre o salário bruto. O INSS é o órgão responsável para o recebimento de 
contribuições. Também é responsável pelo pagamento de aposentadoria, 
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios 
previstos em lei. 
 Imposto sobre Produto Industrializado – IPI: Conforme a 
Constituição, trata-se de imposto federal, portanto somente a União tem 
competência para instituir tal imposto. De acordo com o texto legal fato 
gerador do IPI ocorre em dois momentos distintos: 
a) Na importação dos produtos industrializados fora do país o fato gerador 
acontece no momento do desembaraço aduaneiro do produto 
importado, e 
b) Na operação interna dos produtos industrializados no país - com a saída 
do produto industrializado do estabelecimento industrial, ou equiparado 
a industrial. 
 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ: São contribuintes 
deste imposto as pessoas jurídicas e as equiparadas. As disposições 
tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou 
 
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não. As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são 
tributadas por uma das seguintes formas: Sistema Simplificado – Simples 
Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado, e para cada uma 
destas formas há uma fórmula de cálculo, bem como aplicação de alíquotas 
que variam conforme o ramo de atividade. 
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS: O ISSQN é 
regido pela Lei Complementar Federal 116/2003 e legislação específica de 
cada prefeitura municipal. É de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal e tem como fato gerador a prestação de serviços. As alíquotas são 
variáveis, conforme a legislação do Estado. Em Campo Grande, Mato 
Grosso do Sul, a alíquota devida é de 5%. Neste caso, o contribuinte é o 
prestador de serviço. 
 Programa de Integração Social – PIS: Foi criado por lei com a 
finalidade de promover a integração do emprego na vida e no 
desenvolvimento das empresas, viabilizando melhorar a distribuição da 
renda nacional. Trata-se da contribuição social de natureza tributária, 
devida pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do 
seguro de desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até 
dois salários mínimos. Incide sobre a receita total, a alíquota é de 1,65% 
para os que optam pelo Lucro Real, e de 0,65% para as empresas que 
optarem pelo Lucro Presumido e nas retenções de NF. 
 Simples Nacional: É um regime tributário específico para 
microempresas e empresas de pequeno porte, diferenciado, simplificado 
previsto por lei. As empresas enquadradas no regime tributário do simples 
nacional pagam impostos Federais, Estaduais e Municipais de forma 
agrupada em alíquota única, que o ente tributário federal repassa para os 
outros agentes. Ocorre que não são todos os tipos de empresa que podem 
aderir a este sistema de tributação, sendo pré-requisitos o faturamento 
anual e o ramo de atividade. Os tributos inclusos no Simples Federal são: 
ISSQN, ICMS, IRPJ, CSLL, IPI, PIS, COFINS e INSS devido pelo 
empregador. 
 
Além das obrigações principais de recolher os tributos incidentes sobre sua 
atividade, os empreendimentos ainda têm de cumprir com as obrigações tributárias 
 
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acessórias1 impostas em função de sua atividade e estrutura empresarial, estas 
obrigações quando não cumpridas oneram a empresa de forma significativa. Além 
de outros neste mesmo parâmetro, tais como: 
 Contribuição Sindical dos Empregados: Incide sobre o salário dos 
empregados, e a empresa tem a obrigatoriedade de reter na folha de 
pagamento; este tipo de contribuição não onera a empresa quanto à 
obrigação principal, mas em relação ao fato de que a obrigação de reter e 
repassar está a cargo da entidade que paga (ou deveria pagar) para que o 
contador faça os procedimentos adequados. A Constituição Federal prevê 
que as categorias econômicas, profissionais ou liberais devem fazer a 
contribuição sindical. 
 Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF: A constituição, o 
contribuinte deve preparar anualmente a declaração de todos os 
rendimentos recebidos no ano anterior, e estes valores serão homologados 
pelas autoridades tributárias. A alíquota varia em média de 15% a 27,5% 
sobre os rendimentos recebidos. 
 
1.2 Micro e pequena empresa 
 
Julien et al (1994), expõe alguns critérios para definir uma micro e uma 
pequena empresa: 
 Tamanho reduzido (número de empregados, faturamento). 
 Baixa especialização (diretores, empregados, equipamentos). 
 Centralização da administração. 
 Estratégia intuitiva ou pouco formalizada. 
 Sistema de informação interna pouco completo ou pouco organizado. 
 Adaptação às mutações da economia: maior segmentação dos 
mercados. 
Para Davis (1995) (apud BEZERRA, 2001), uma pequena empresa é 
caracterizada por ser gerida pelo seu proprietário, por possuir poucos empregados, 
ou poucos produtos ou linhas de produção, baixo capital de giro, baixas despesas, 
pequena área de atuação, conhecimento limitado de tecnologia. 
 
1 São obrigações as quais os empreendimentos estão obrigados a cumprir, para facilitar a ação 
fiscalizadora do Estado. Exemplo: Declaração do Imposto de renda, Declaração do Imposto Retido 
na Fonte, etc. 
 
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Leone (1999), explica que as micro e pequenas empresas trabalham com 
especificidades organizacionais, pois possuem estrutura organizacional simples. 
Essas empresas, em sua maioria, trabalham a gestão na figura do proprietário-
dirigente. O cliente pode discutir diretamente com o proprietário da empresa sobre 
preço, produto, participação; essa última pode 
envolver também os funcionários que 
conseguem argumentar e conversar com o 
dirigente. O empresário toma decisões de acordo 
com sua experiência, baseado no julgamento e 
intuição. A figura do proprietário, pessoa física, 
se confunde com a pessoa jurídica. 
Fonte: http://migre.me/gCWIo 
Para Cossentino (2005), as características que geram dificuldades para as 
micro e pequenas empresas são: 
 Pessoal mal qualificado para padrões mais elevados de tecnologia e 
gestão. 
 Fragilidade financeira derivada do autofinanciamento e recursos de curto 
prazo. 
 Fracas conexões de P&D. 
 Falta de suporte para a internacionalização. 
Em função das características descritas pelos autores citados, o tratamento 
diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte está previsto desde 
1988, na Constituição Federal do Brasil. Este tratamento diferenciado inclui o 
tratamento tributário, legal, fiscal e outros aplicáveis às MEs e EPPs viabilizando o 
empreendimento destes, permitindo-lhes atuarem no mercado de forma mais 
adequada e com competitividade. 
O tratamento diferenciado não isenta as MEs de suas obrigações jurídicas 
(formalização), fiscais principal (recolher impostos) ou fiscais acessórias (declarar 
aos entes fiscalizadores) e outros compromissos e agendas que devem cumprir 
para permanecer e gozar dos benefícios concedidos pelo Estatuto. 
Conforme texto da Lei 123/2006, consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a 
empresa individual de responsabilidade limitada, e o empresário a que se refere o 
art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
 
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registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, conforme o caso, desde que, no caso das microempresas, aufira, em 
cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais); e no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada 
ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil 
reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
Esta lei, para surtir os efeitos desejados, possui um Comitê Gestor que tem a 
incumbência de fazer dar certo esta legislação, em função de que no Brasil as micro 
e pequenas empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - 
IBGE, representam 67% do pessoal ocupado, 20% do PIB Nacional e 99% das 
empresas de comércio, indústria e serviços do País2. 
Uma empresa não pertence somente a seus sócios ou acionistas. A forma 
como conduz seus negócios se reflete no desenvolvimento econômico e social da 
empresa, bem como da comunidade onde está inserida. 
 
Exercício 1 
 
1. Sobre margem de contribuição, é correto afirmar que: 
a) É o mesmo que o lucro variável unitário do produto, deduzidodos custos e 
despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto. 
b) É a diferença entre o preço de venda e o custo e despesas variáveis. 
c) É resultado do valor dos custos fixos menos o custo variável, menos os custos 
fixos e menos as despesas fixas. 
d) É o mesmo que receita operacional menos custos fixos e custos variáveis. 
e) É o mesmo que matéria-prima menos custos fixos e variáveis. 
 
2. A grande maioria dos autores define a MPE – Micro e Pequena Empresa 
como: 
a) Uma pequena empresa possui trabalho de familiares, organização rudimentar e 
pertence a grupos financeiros. 
b) Uma pequena empresa possui Administração especializada, não tem produção 
em escala, trabalho de familiares. 
c) Uma pequena empresa não pertence a grupos financeiros, não possui 
administração especializada e não tem produção em escala. 
d) Uma pequena empresa confecciona todos os relatórios econômicos e 
 
2 Informação retirada do curso simples nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil, item 
“saiba mais”. 
 
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financeiros indicadores nas normas brasileiras de contabilidade. 
e) Uma pequena empresa geralmente possui mais que 50 funcionários. 
 
3. “Os gastos que ocorrerão em função da prestação dos serviços de uma 
empresa, ou da aquisição de algum produto para comercialização aos 
clientes. Ex.: custo dos produtos que comercializar, pagamento de 
profissionais especializados”. O enunciado anterior refere-se a: 
a) Custo fixo. 
b) Custo variável. 
c) Margem de contribuição. 
d) Lucro. 
e) Ponto de equilíbrio. 
 
 
 
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UNIDADE 2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
 
A contabilidade tem sido conceituada por diversos autores de forma mais 
diversificada e de acordo com a base teórica e escola de formação de cada 
pesquisador. Alguns a conceituam como arte, outros como técnica e outros ainda 
como sistemas de informação, como anunciou o Instituto Brasileiro de Contabilidade 
IBRACON. De acordo com este órgão “A Contabilidade é, objetivamente, um 
sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de 
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização”. 
Esta afirmação gerou um intenso movimento de estudiosos e teóricos da 
contabilidade que por meio de argumentação lógica, científica e sólida, 
demonstraram cientificidade da contabilidade. Nada como um bom debate para 
aprofundar e ampliar as pesquisas em qualquer área da ciência. Para Franco 
(1996), é a “ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a 
revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do 
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da 
riqueza patrimonial”. 
Esta ciência é hoje reconhecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq) como ciência da grande área da administração. 
Porém, este reconhecimento não deu fim às discussões acerca da ciência contábil 
(seus objetivos, o alcance, a finalidade), que tem evoluído gradualmente como 
ciência em todos os países e mais lentamente no Brasil. 
O movimento de Convergência das normas Brasileiras de Contabilidade às 
Normas Internacionais foi outro momento de grande proficuidade da ciência contábil 
no Brasil. 
As mudanças que estão ocorrendo foram e estão sendo objeto de amplo 
debate e da colaboração dos diversos entes e usuários da contabilidade no Brasil, 
em função da atual revisão do Conceptual Framework, pelo International Account 
Standard Board IASB, órgão internacional que emite as normas de contabilidade. 
O IASB não utiliza a palavra “PRINCÍPIOS” e sugere “uma linha sequencial 
relativamente completa no que diz respeito à Teoria da Contabilidade aplicada ao 
processo normativo.” Desta forma, com as mudanças, leva-se em conta sempre a 
 
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essência econômica do fato referente aos negócios, aplicáveis a quaisquer 
entidades em detrimento da forma legal e/ou normativa. 
Após ampla discussão, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgaram o “Pronunciamento Conceitual. 
 
2.1 Conceito de Contabilidade 
 
A contabilidade no Brasil até 2005 era apenas normativa legal. A 
globalização do capital gerou a necessidade de uma Contabilidade supranacional 
que fosse além das normas domésticas do país de origem da empresa, mas que 
fosse capaz de dar conta da necessidade de informação fidedigna para os usuários 
externos de seus relatórios contábeis, visto que para a tomada de decisão interna 
os usuários têm acesso privilegiado, mas os investidores externos não possuem 
esse privilégio. Por essa razão o Brasil aderiu às normas Internacionais, ao IFRS e 
para isso se faz necessário entender a estrutura conceitual que embasa a 
elaboração destes relatórios contábeis internacionais. 
A estrutura conceitual para elaboração do relatório contábil financeiro não é 
um pronunciamento técnico propriamente dito e não define normas para questão 
específica de mensuração ou divulgação; nada contido na Estrutura Conceitual 
substitui qualquer pronunciamento específico. É importante ressaltar que nos casos 
em que houver um conflito entre a Estrutura Conceitual e uma IFRS específica, 
essa última deve prevalecer sobre os requisitos da Estrutura Conceitual. A estrutura 
conceitual define o foco das demonstrações elaboradas com base nas normas 
emanadas do IFRS para investidores e credores. Outros tipos de usuários, apesar 
de poderem se utilizar dessas informações, não constituem seu foco específico. 
Para atingir os objetivos, a norma contábil destaca as características 
qualitativas que devem permear as demonstrações contábeis financeiras de 
propósito geral. Entre estas características estão: 
 as características qualitativas fundamentais que são a característica 
da relevância da informação e a característica da representação 
fidedigna dos eventos econômicos que impactam o patrimônio das 
entidades; e 
 
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 as características qualitativas de melhoria que permitam a 
Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade dos relatórios contábeis financeiros. 
 
Em função destas políticas contábeis, no Brasil vamos levar em conta o que 
versa a Lei 6404/1976 que dispõe sobre as sociedades por ações, texto atualizado, 
sobre a estrutura e apresentação dos relatórios contábeis e financeiros. Na seção II 
sobre demonstrações financeiras a legislação informa quais relatórios são de 
elaboração e publicação obrigatória e qual o período de deve ser elaborado. 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, 
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638, de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Os três primeiros relatórios são obrigatórios para todas as empresas, 
independente de seu porte, os cinco relatórios são obrigatórios para empresas de 
grande porte e as sociedades anônimas o § 6o identifica quemestá isento da 
elaboração da DFC “a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à 
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela 
Lei nº 11.638,de 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica de leitura 
O artigo 176 é extenso e sua leitura é importante para o empresário e também 
para quem se dispõe a estudar contabilidade. 
Leia o artigo, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018. 
 
 
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Perceba que no Brasil, hoje, a contabilidade atende à legislação doméstica e 
à supranacional em função do processo de convergência às normas do IASB o 
IFRS. Alguns pesquisadores da área contábil como Ribeiro (2005), conceitua 
contabilidade como [...] ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades 
econômico-administrativas. Seu objetivo principal é controlar o patrimônio das 
entidades em decorrência de suas variações. 
Iudícibus (1994), complementa informando que a contabilidade desempenha 
ao longo do tempo o mesmo papel que tem a história no desenvolver da vida da 
humanidade. É a contabilidade através de seus registros que faz com que se 
conheça o passado e o presente da situação econômica da entidade, bem como 
este registro representa as possibilidades de orientações de planos futuros da 
organização. 
O IASB sugere que aprendamos a entender a Demonstração da Posição 
Financeira que, para os profissionais que trabalham com contabilidade no Brasil, se 
refere ao Balanço Patrimonial, não apenas de maneira retrospectiva, mas também 
prospectiva. Como? Por exemplo, na conta caixa nos informa do valor disponível 
para pagar os passivos, a conta cliente vai gerar fluxo de caixa futuro no momento 
do recebimento, a mesma coisa podemos dizer do estoque para comercialização, 
vai gerar benefícios futuros, no mínimo, pelo valor registrado naquele momento no 
Balanço Patrimonial. 
Por esta razão, as demonstrações contábeis devem ser elaboradas levando-
se em conta o regime de competência, porque permite a prospecção e têm também 
como princípio a continuidade da empresa. Se houver incerteza sobre a capacidade 
da empresa de operar continuamente, todas as bases contábeis irão mudar, por 
exemplo, num processo de falência o valor dos ativos e passivos podem ser 
negociados e será necessária uma divulgação bastante extensa e explicativa. 
As empresas, de maneira geral, têm receita e despesas constantes 
durante os meses do ano, e a apuração desse resultado informará se neste 
período houve lucros ou prejuízos. Se as receitas do período são maiores que 
as despesas, haverá lucro, se ocorrer o inverso, despesas maiores que receitas, 
haverá prejuízo. 
 
 
 
 
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2.2 Ramos da Contabilidade 
Hiroshi (1998), relaciona os ramos da contabilidade mais utilizados: 
 Contabilidade Financeira, na qual utiliza as técnicas e procedimentos 
contábeis para elaboração de demonstrações contábeis; relatórios 
financeiros. 
 Contabilidade Fiscal ou de escritório, onde são verificadas rotinas 
técnicas de departamento de pessoal, apuração de impostos e 
contribuições sociais, exigências para apresentações de guias aos 
respectivos órgãos públicos. 
 Contabilidade Governamental: abrange o mercado restrito ao registro e 
interpretação de fenômenos relacionados ao direito público nas esferas 
do Governo Federal, Estadual e Municipal. 
 Contabilidade Rural: utiliza procedimentos diferenciados da 
contabilidade, exclusivos da atividade rural. 
 Contabilidade Internacional: faz-se a contabilização de empresas 
estrangeiras, trabalhando com conversão de moedas, harmonização de 
normas e procedimentos entre os países envolvidos; 
 Contabilidade Bancária: contabilização das elaborações financeiras 
relativas a instituições financeiras e de crédito; 
 Contabilidade Imobiliária trabalha itens relacionados à elaboração de 
demonstrações financeiras exclusivas deste ramo de atividade. 
 Auditoria tem a função de emitir parecer sobre a posição financeira da 
empresa, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente 
aceitos. 
 Perícia: cabe ao profissional obter prova e orientar uma autoridade 
formal no julgamento de um fato. 
 Contabilidade Social: busca agregar valor às ações da empresa, 
apresentando dados sociais, a partir dos quais foi criado o balanço social. 
 Contabilidade Gerencial: Segundo Iudícibus (2012), na contabilidade 
gerencial são conferidas várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de 
custos, na análise financeira e de balanços, etc., colocados em outra 
perspectiva. Em um grau de detalhe mais analítico ou numa forma de 
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os 
 
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gerentes das entidades em seu processo decisório. Quando se fala em 
contabilidade gerencial se fala em contabilidade para tomada de decisão. 
 Para este autor, a contabilidade gerencial deve utilizar outros campos 
de conhecimento não circunscritos à contabilidade. Deve aproveitar 
conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional, 
bem como da administração financeira, campo mais amplo, no qual se 
situa toda a contabilidade empresarial. Pode-se afirmar que todo 
procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito “sob medida” 
para que a administração possa tomar uma decisão segura sobre os 
rumos da empresa, se trata de um ato da contabilidade gerencial. 
Segundo Franco (2010), o conjunto dos acontecimentos verificados na 
entidade, sejam fatos contábeis, ou meramente atos administrativos, são chamados 
de gestão. Essa pode ser medida por períodos de tempo, que denominamos de 
períodos administrativos. 
Segundo Crepaldi (2014, p.89), a informação contábil tem que ser: 
 
Confiável. Os trabalhos elaborados pela Contabilidade devem 
inspirar confiança, a tal ponto que o usuário da informação tenha 
segurança nas informações fornecidas. 
Ágil. Pode-se elaborar um belo trabalho contábil, mas se o mesmo 
não for apresentado em tempo hábil para ser usufruído, a 
informação perde o sentido, principalmente em países com 
economia instável. 
Elucidativa. Cada usuário da informação tem um grau de 
conhecimento; identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam 
elucidativos. 
Fonte para tomada de decisões. Nenhuma decisão que envolva 
negócios é tomada a esmo, pois está em jogo o Patrimônio, que não 
se constituiu de maneira tranquila; assim, quem controla o 
Patrimônio tem obrigação de gerar alicerce para decisão. 
 
A contabilidade, como ciência do patrimônio que possui como objeto principal 
o patrimônio e sua evolução e como objetivo acompanhar a criação e evolução da 
riqueza gerada por um empreendimento, tem a responsabilidade de evidenciar essa 
evolução de maneira mais fidedigna possível para os gestores do empreendimento, 
responsáveis pela tomada de decisão interna e também para seus financiadores 
externos que precisam destes dados para decidir, por exemplo, como e quando 
comprar ou vender ações da empresa, quando conceder ou não conceder crédito, 
etc. 
 
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Hendrich e Van Breda (2010), explicam que a contabilidade evolui à medida 
que a sociedade evolui, e por essa razão as diferenças regionais em relação às 
especificidades de cada cultura. 
 
 
Exercício 2 
 
1. Analise os enunciados a seguir: 
I. A contabilidade é a ciênciasocial que tem por objetivo medir, para poder 
informar, os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio de quaisquer 
entidades. 
II. A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, por meio da 
coleta de dados, do registro, da consolidação de informações e da divulgação 
destas em relatórios, tendo como finalidade a produção de subsídios para a 
tomada de decisões. 
a) Apenas o enunciado I está correto. 
b) Apenas o enunciado II está correto. 
c) Todos os enunciados estão corretos. 
d) Nenhum enunciado está correto. 
 
2. Assinale a alternativa que apresente apenas Demonstrações Contábeis: 
a) Diário, Balanço Patrimonial e Notas Explicativas. 
b) Notas Explicativas, Demonstração de Resultado do Exercício e Razão. 
 c) Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício e Demonstração 
dos Fluxos de Caixa. 
d) Registro de Termo de Ocorrências, Demonstração do Valor Adicionado e 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 
 
3. Analise os enunciados e marque a alternativa correta: 
I. A contabilidade fiscal permite a verificação de rotinas obrigatórias e técnicas, seja 
em relação a documentos e informações aos organismos governamentais. 
II. Quando se fala em contabilidade gerencial se reporta a tomada de decisão. 
III. Contabilidade Governamental abrange o mercado restrito ao registro e 
interpretação de fenômenos relacionados ao direito público nas esferas das 
empresas privadas. 
a) Somente o enunciado I está correto. 
b) Somente o enunciado I e II estão corretos. 
c) Somente o enunciado III está correto. 
d) Todos os enunciados estão corretos. 
 
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UNIDADE 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINANCEIRAS 
 
No Brasil a Lei que versa sobre as sociedades por ação é a Lei 6.404 de 
1976, que quando aprovada foi um grande avanço para a contabilidade no Brasil, 
mas que permaneceu muito tempo atrelada às questões tributárias domésticas. 
O que viabilizou esse imenso movimento de transição das normas brasileiras 
de Contabilidade às Normas Internacionais foi a criação, pelo CFC em 07 de 
outubro de 2005 através da resolução CFC Nº 1.055, do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – CPC, composto pelas seguintes entidades: 
 Associação Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA. 
 Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais - APIMEC NACIONAL. 
 Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. 
 Conselho Federal de Contabilidade – CFC. 
 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. 
 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - 
FIPECAFI. 
O CPC foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos 
de diversas entidades, portanto, não é uma tarefa isolada do CFC. Tem as 
seguintes características: autonomia das entidades representadas, deliberados por 
2/3 de seus membros; as seis entidades listadas acima compõem atualmente o 
CPC, mas futuramente outras entidades poderão vir a ser convidadas. 
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar 
representantes dos seguintes órgãos: 
 Banco Central do Brasil. 
 Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
 Secretaria da Receita Federal. 
 Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. 
 Confederação Nacional da Indústria - CNI. 
 Federação Brasileira dos Bancos - FEBRABAN. 
 
Todas essas alterações sugeridas, vivenciadas e implementadas pelo CPC, 
foram antes de tudo resultado de estudos aprofundados como podemos verificar na 
leitura do texto. 
 
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O objeto da contabilidade, em quaisquer das normas legais ou institucionais, 
antigas ou atuais, não diverge da teoria patrimonial. Então, o objeto da 
contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades; e o objetivo mais intimamente ligado 
ao objeto é evidenciar, por meio da captação, registro e mensuração adequada dos 
eventos econômicos e financeiros que afetam o patrimônio desta entidade, esta 
mutação da forma mais fidedigna possível. 
E, neste movimento de capturar, registrar e mensurar os eventos, precisamos 
de um sistema contábil confiável e paramétrico, de acordo com as necessidades do 
empreendimento, e que gere demonstrações contábeis confiáveis. 
São demonstrações contábeis os relatórios técnicos emitidos por um sistema 
de contabilidade que têm a finalidade de evidenciar a situação contábil financeira e 
econômica de uma entidade em um determinado período, sem interromper o 
processo de continuidade do negócio. 
Um sistema contábil adequado deve estar parametrizado de acordo com a 
teoria contábil, com a metodologia das partidas dobradas, com as normas legais 
vigentes, sem gerar contradição ou choque entre elas, e deve permitir diferentes 
combinações de relatórios de acordo com as exigências dos usuários, como os 
demonstrativos tradicionais (fluxo de caixa, balanço, DRE, etc.) ou adicionais (custo 
por setor ou atividade, folha de pagamentos) e outros demonstrativos, legalmente 
obrigatórios ou não e que permitam observar a movimentação e/ou modificações no 
patrimônio da entidade. 
A Estrutura Conceitual para elaboração das Demonstrações Contábeis está 
disposta na Res. CFC 1.374/2011, de forma ampla e geral e deve ser considerada 
como base conceitual para os pronunciamentos que foram e virão a ser aprovados. 
O objetivo da estrutura conceitual é dar suporte para a elaboração dos relatórios 
contábeis-financeiros de forma mais fidedigna possível, para os investidores atuais 
e em potencial, outros interessados podem fazer uso destes relatórios mas estes 
são elaborados essencialmente para os que concedem crédito ou têm interesse em 
ações das empresas. 
As demonstrações contábeis financeiras, inclusive as demonstrações 
contábeis consolidadas, são preparadas e apresentadas pelo menos uma vez ao 
término do ano civil e visam atender às necessidades comuns de informações de 
um grande número de usuários. Alguns desses usuários, especialmente os internos, 
talvez necessitem de informações e tenham o poder de obtê-las, além daquelas 
 
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contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm de confiar nas 
demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras. 
De acordo com os princípios e normas contábeis, tais demonstrações, 
portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas 
necessidades. Estão fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações 
financeiras elaboradas para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas 
em prospectos para lançamentos de ações no mercado e/ou elaboradas 
exclusivamente para fins fiscais. Não obstante, a Estrutura Conceitual pode ser 
aplicada na preparação dessas demonstrações para fins especiais, quando as 
exigências de tais demonstrações o permitirem. 
A Estrutura Conceitual – EC é aplicável para a preparação das 
demonstrações contábeis financeiras de todas as entidades e de diversas áreas de 
negócio. São entidades para as quais existem usuários que se apoiam em suas 
demonstrações contábeis como fonte principal de informações patrimoniais e 
financeiras sobre a entidade. 
A Administração também está interessada nas informações contidas nas 
demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais que 
contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de planejamento, 
tomada de decisões e controle. A Administração tem o poder de estabelecer a 
forma e o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias 
necessidades. A forma de divulgação de tais informações, entretanto, estáfora do 
alcance desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis 
divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a 
posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição 
financeira da entidade. 
O texto da estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações 
contábeis, disposta na Res. CFC 1.374/2011, enfatiza a necessidade de divulgação 
da mesma para inserir os profissionais interessados na área contábil e dos negócios 
no contexto das atualizações e mudanças de postura frente ao mercado e clientes. 
Vamos abordar alguns itens da ESTRUTURA CONCEITUAL que julgamos 
relevantes, de forma detalhada e nos reportaremos a ela apenas como Estrutura 
Conceitual - EC no lugar de Res. CFC 1.374/2011. 
A Estrutura Conceitual aborda ainda: 
 O objetivo das demonstrações contábeis; 
 
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 as características qualitativas que determinam a utilidade das 
informações contidas nas demonstrações contábeis; 
 a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que 
compõem as demonstrações contábeis; e 
 os conceitos de capital e de manutenção do capital. 
Sugerimos que amplie conhecimento acerca da estrutura conceitual3 para 
elaboração dos relatórios contábeis-financeiros, disponíveis no link em nota de 
rodapé. 
Lembrando que a nova redação dada pela Lei 11.638 de 2007, o art. 176 da 
lei 6.404/76 passou a vigorar da seguinte forma: 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, 
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
I. Balanço patrimonial; 
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III. Demonstração do resultado do exercício; e 
IV. Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638, de 2007) 
 V. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
Os ajustes que aconteceram no texto legal têm a intenção de atender às 
necessidades das empresas, empresários e contadores, permitindo uma 
contabilidade supranacional que evidencie de forma adequada os impactos dos 
eventos econômicos das empresas, e foi viável essa separação da contabilidade 
fiscal com a contabilidade societária porque a Receita Federal do Brasil criou outros 
mecanismos de controle do lucro tributável. 
 
3.1 Alterações contábeis 
 
Algumas destas alterações estão aqui apresentadas, mas, para conferir a 
referida lei acesse o texto na íntegra4. 
 
 
3 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001374 
4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm 
 
 
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3.1.1 Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos 
(DOAR), pela demonstração do fluxo de caixa (art. 176, IV). 
 
A companhia fechada não será obrigada a apresentar a DFC se na data do 
balanço apresentar um Patrimônio Líquido inferior a dois milhões de reais. 
As sociedades anônimas devem publicar a Demonstração do Valor 
Adicionado - DVA. Ainda segundo a Lei 11.638/2007, “As sociedades anônimas 
de capital fechado deverão publicar as demonstrações de fluxo de caixa e, se for 
sociedade anônima de capital aberto, além da demonstração de fluxo de 
caixa, deverá publicar a demonstração do valor adicionado que, de acordo com as 
Normas Brasileiras de Contabilidade, é a demonstração do valor adicionado, 
demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as 
informações do valor da riqueza gerada em determinado período e sua distribuição.” 
Nota importante é que apenas no Brasil a elaboração e divulgação da 
Demonstração de Valor Adicionado são obrigatórias, em outros países ela é 
opcional, então não temos uma norma internacional (IFRS) específica para este 
relatório. 
Os artigos 183, 184 e 187 definem e alteram critérios de avaliações de ativos, 
de passivos e o que deve figurar na demonstração de resultado do exercício. 
O artigo 188 define o que deve indicar a DFC e a DVA: 
 
3.1.2 Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicional 
 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do 
art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, 
durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, 
segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações; 
b) dos financiamentos; e 
c) dos investimentos; 
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada 
pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que 
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da 
riqueza não distribuída. 
 
As grandes modificações foram introduzidas pela Lei 11.638/2007 e pela Lei 
11.941/2009, que possui uma introdução longa porque altera dispositivos de vários 
textos legais. Vamos destacar aqui as que alteram as demonstrações contábeis. 
 
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A Lei 11.941/20095 instituiu várias alterações. Neste material vamos verificar 
apenas alguns artigos da Lei 11.941/2009, aquela que afeta diretamente a estrutura 
dos relatórios contábeis-financeiros. De acordo com o artigo 37 A Lei no 6.404, de 
15 de dezembro de 1976, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
 
Art. 178. ....................................................................... 
§ 1o ................................................................................ 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2o .............................................................................. 
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de 
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações 
em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
Sugerimos a leitura do artigo 34 na íntegra no link disposta em nota de 
rodapé. 
 
3.2 Estrutura do balanço Patrimonial 
 
Veja abaixo a ilustração de como ficou a estrutura dos grandes grupos do 
balanço patrimonial atualizado. 
Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial 
 BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Passivo 
 Ativo Circulante 
 
 Ativo Não Circulante 
 Realizável a longo prazo
 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
 Passivo Circulante 
 
 Passivo não Circulante 
 
 
 Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação 
Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
Prejuízos Acumulados 
 
Total do Ativo Total do Passivo 
 
5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm 
 
 
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O Art. 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por ações) define a 
sequência de apresentação dos elementos patrimoniais. 
 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de 
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes 
grupos: I) Ativo circulante; II) Ativo não circulante, composto por 
ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
 
Entende-se por grau de liquidez a possibilidade de transformar o bem ou 
direito em dinheiro mais rapidamente, por isso a conta caixa, éo primeiro a 
aparecer, pois tem livre movimentação, ou podemos dizer liquidez imediata: a 
qualquer momento, a empresa pode utilizar esse dinheiro, que é a mesma situação 
que ocorre com a conta bancos. 
Comparando as contas de duplicatas a receber ou conta cliente com a conta 
caixa, percebe-se que as mesmas têm capacidade de liquidez menor, pois 
corremos o risco de não recebê-las. Assim, quanto maior for o tempo para 
transformar este bem em dinheiro menor será o grau de liquidez. E é desta forma 
que são classificados no balanço, do maior grau de liquidez, ou capacidade de 
transformar em dinheiro mais rapidamente, até o menor grau de liquidez. 
Perceba que no Brasil está determinada a disposição das contas, em ordem 
decrescente de grau de liquidez, enquanto que a norma internacional é mais flexível 
em relação à disposição, porque não define como devem ser apresentadas desde 
que estas sejam fidedignas, claras e transparentes, tanto que os países europeus 
elaboram o Balanço Patrimonial em ordem crescente de grau de liquidez. 
Recentemente revisada pelo IASB a IAS1 altera a nomenclatura do Balanço 
Patrimonial para Demonstração da Posição Financeira por que essa 
nomenclatura reflete de forma mais adequada este relatório, mas não proíbe quem 
queira continuar utilizando “Balanço Patrimonial”. Outra flexibilidade da norma é a 
classificação dos ativos e passivos que no Brasil é intitulado de Circulante e Não 
Circulante, na norma internacional, os Ativos e Passivos são nomeados de Ativos 
Correntes a Ativos Não Correntes; Passivos Correntes e Não Correntes. 
 
3.2.1 Ativo 
 
Veja abaixo os itens que compõem o Ativo: 
 
 
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ATIVO CIRCULANTE 
Ainda, segundo a Lei 6.404/76, no ativo circulante constam as 
disponibilidades, os bens e direitos da empresa realizáveis no decorrer do exercício 
social (dentro do mesmo ano) e no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias) ao 
do fechamento do balanço. 
Neste grupo são considerados os investimentos de curto prazo: 
Nas disponibilidades temos: 
 Caixa: No Caixa fica o dinheiro à disposição da empresa para 
pagamentos. 
 Bancos conta movimento: Nos depósitos em banco ficam os valores à 
vista, bem como as aplicações financeiras de liquidez imediata. 
 Duplicatas a Receber (também podem ser chamadas de Clientes): 
Trata-se da situação em que ocorreram vendas a prazo, que ainda não 
foram recebidas pela empresa. 
 Provisão para créditos de liquidação duvidosa: Situação em que é 
efetuada uma previsão ou suposição de que alguns destes clientes não irão 
pagar suas dívidas. Pode-se observar em diversos balanços que a provisão 
é deduzida da conta duplicatas a receber. Deve ser calculado com base 
nos saldos das contas que registram direitos provenientes de vendas a 
prazo de mercadorias e serviços. Este percentual resulta em estudos 
efetuados pela própria empresa, com base na inadimplência frequente. 
Antes da convergência tínhamos no ativo circulante outra conta retificadora 
do grupo clientes ou duplicatas a receber, o grupo de duplicatas descontadas que, 
para atender a natureza econômica do evento (empréstimos contraídos com 
garantia das duplicatas) passou a figurar no grupo dos passivos circulantes. 
 Estoques: Onde estão as mercadorias para revenda (em empresas 
comerciais) e as matérias-primas in natura. 
 Despesas do exercício seguinte: Segundo a Lei 6.404/76, são 
despesas cujos benefícios serão desfrutados no próximo exercício, tais 
como: prêmios de seguro a vencer. 
Basicamente são estes os grupos do ativo circulante que deverão ser 
parametrizados de acordo com a atividade, porte e necessidade de cada 
empreendimento. 
 
 
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ATIVO NÃO CIRCULANTE 
O ativo não circulante ou não corrente são todos os outros ativos que não se 
enquadram na classificação de circulante ou corrente, na legislação brasileira este 
grupo é composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Ainda segundo a Lei 6.404/76, neste grupo estão os direitos realizáveis após 
o exercício seguinte ao do fechamento do balanço, ou seja, superior a 360 dias. 
Neste grupo estão inclusos os clientes, bem como outros créditos, como 
investimentos de longo prazo, aplicações de recursos com prazo superior a 360 
dias, que serão recebidos no exercício social seguinte. 
Relembrando que quando se diz a curto prazo, considera-se em 
contabilidade os eventos que acontecem dentro do exercício social em curso 
porque estes se referem a 360 dias após a última apuração e fechamento do último 
exercício social do empreendimento. E longo prazo se refere a eventos vincendos 
após os 360 dias do fechamento do último balanço social. Ilustrando: Como no 
Brasil o ano fiscal coincide com o ano civil de 31 de dezembro de cada ano, a 
classificação do circulante/corrente ou curto prazo se refere a todos os eventos. Por 
exemplo, se os eventos acontecem dentro do exercício social em curso de xx13, o 
último relatório contábil apurado, fechado e publicado foi em de 31 de dezembro de 
xx12. Longo prazo se refere a todos os outros eventos vincendos após esta data. 
 Investimentos: São as participações em outras empresas e outras 
aplicações de recursos, tais como imóveis alugados a terceiros, terrenos para futura 
expansão, instalação da empresa. 
 Ativo Imobilizado: De acordo com a Lei 6.404/76, o Ativo Imobilizado 
refere-se às aplicações de recursos em bens imóveis, ou seja, que não podem sair 
do lugar, por exemplo, edifícios, terrenos, casas, ou móveis como veículos, móveis 
e utensílios, instalações, máquinas, ferramentas (vida útil superior a um ano), 
benfeitorias em propriedades de terceiros, imobilizações em andamento e marcas e 
patentes. 
Desta forma, tal qual acontece com a conta clientes que tem o seu fator 
redutor pressupondo que algumas pessoas não pagarão suas dívidas, no 
 
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imobilizado também temos o fator de redução que são as depreciações, pois ao 
longo do tempo os veículos, as máquinas, perdem a sua utilidade, o seu valor. 
 Depreciação Acumulada: Segundo Ribeiro (2013 p, 229), a 
depreciação é um processo contábil realizado com a finalidade de considerar 
despesa de um exercício parte do valor gasto na aquisição dos bens de uso da 
empresa. 
 
3.2.2 Passivo 
Da mesma forma que no ativo, no passivo ficam classificadas como 
circulante ou corrente, todas as obrigações com vencimento no decorrer do 
exercício seguinte, e como Passivo Não Circulante ou Passivo não corrente, que se 
refere aos passivos exigíveis a longo prazo e são as obrigações com vencimento 
após o exercício seguinte, só que em ordem decrescente de grau de exigibilidade. 
Relembrando que exigibilidade são as obrigações por ordem prioritária de 
pagamento. 
Passivo Circulante: No Passivo Circulante são classificadas as contas que 
representam as obrigações da empresa que vencem no curso do exercício 
seguinte. 
Os financiamentos de curto prazo são compostos das seguintes fontes de 
recursos: 
 Fornecedores: Referem-se às compras a prazo de matérias-primas, 
insumos básicos para a produção e mercadorias para revenda, ainda não 
pagas. 
 Salários a Pagar: Salários do pessoal, que a empresa contabilizou no 
fechamento do mês e irá pagar no mês seguinte. 
 Encargos Sociais a Recolher: Despesas decorrentes da folha de 
pagamento (INSS, FGTS), que serão recolhidas no mês seguinte. 
 Impostos a Recolher: São os impostos incidentes sobre o faturamento 
da empresa, após o balanceamento com os impostos incidentessobre as 
compras, para recolhimento no mês seguinte (ICMS e IPI são os mais 
expressivos). 
 Provisão para o Imposto de Renda: Refere-se ao imposto apurado 
sobre o lucro que será recolhido no mês/exercício seguinte. 
 
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 Empréstimos e Financiamentos Bancários: São os empréstimos 
realizados junto a instituições financeiras, com prazo de pagamento inferior 
a 360 dias. Neste agrupamento, podem ser incluídas as duplicatas 
descontadas (reclassificadas do Ativo Circulante) e outros empréstimos 
contraídos no longo prazo cujas próximas 12 parcelas vencem no exercício 
seguinte. 
 Outras Provisões: Incluem as provisões para férias e para 13º salário, 
além de outras que podem ser constituídas pela empresa, tais como 
provisões para contingências e para gratificações a empregados. 
 Adiantamentos de Clientes: Referem-se a adiantamentos recebidos 
de clientes, por conta de bens ou serviços a serem entregues futuramente. 
 Contas a Pagar: Contas a serem pagas pela empresa no mês seguinte, 
tais como água, luz, telefone, aluguel, etc. 
Passivo Não Circulante: Neste grupo estão classificadas as contas que 
representam as Obrigações da empresa que têm vencimentos após o término do 
exercício seguinte. Os financiamentos de longo prazo incluem as fontes de recursos 
com prazo de pagamento superior a um ano, basicamente composta por: 
 Financiamentos: Empréstimos com prazo de pagamento superior a um 
ano. 
 Outras Obrigações a Longo Prazo: Fontes de recursos constituídas 
por parcelamentos tributários e outras obrigações com prazo de 
pagamento superior a um ano. 
Patrimônio Líquido Neste grupo, encontram-se também os “recursos dos 
proprietários” ou “capital próprio”, que compõem o Patrimônio Líquido: 
 Capital Social: Investimento realizado na empresa pelos seus 
proprietários para constituição da empresa, acrescido de capitalizações 
posteriores de reservas e lucros obtidos. 
 Reserva de Capital: Acréscimos ao Patrimônio Líquido que não se 
originaram nos resultados da empresa. Conta composta basicamente por 
correção monetária do capital realizado, ágio (valor superior ao valor 
nominal) da emissão de ações, prêmios recebidos na emissão de debêntures 
e doações e subvenções para investimento. 
 
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 Ajustes de avaliação patrimonial: Contrapartida de aumento no Ativo 
Não circulante, por conta de reavaliação realizada para atualizá-lo a valores 
de mercado. 
 Reserva de Lucros: Apropriações de lucros obtidos, tais como a reserva 
legal (5% do lucro do exercício), a reserva para contingências, as reservas 
estatutárias, as reservas de lucros para expansão e a reserva de lucros a 
realizar. 
 Ações em tesouraria: ações em tesouraria deverão ser destacadas no 
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem 
dos recursos aplicados na sua aquisição. 
 Prejuízos Acumulados: O processo de convergência trouxe outra 
particularidade: o ativo intangível, onde estão relacionados direitos que 
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa 
ou atividades exercidas com esta finalidade. Sendo que podemos citar como 
ativos intangíveis os bens não físicos, como por exemplo: As patentes, os 
nomes, as marcas, as franquias. No grupo dos passivos temos: 
 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos: 
I) Passivo circulante; II) Passivo não circulante; e III) Patrimônio 
líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
 
Com a Lei 11.941/09, o lucro líquido deve ser integralmente destinado de 
acordo com a Lei das S/A. Com as alterações, não há exclusão da conta lucros 
acumulados nem a demonstração de seus movimentos, mas passou a ser uma 
conta transitória. Neste caso, ao final do exercício social a empresa deve propor de 
fato a destinação de lucros existentes, ficando no balanço somente a conta reserva 
de lucros ou os prejuízos acumulados. 
Também são obrigatórias pela legislação brasileira as notas explicativas, e 
estas foram alteradas de forma significativa pela Lei 11.941 de 2009, vejamos o que 
consta no artigo 176. 
 
Art. 176. [...] 
§ 5o As notas explicativas devem: I – apresentar informações sobre 
a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas 
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e 
 
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eventos significativos; II – divulgar as informações exigidas pelas 
práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam 
apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras; III – fornecer informações adicionais não indicadas nas 
próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias 
para uma apresentação adequada; e IV – indicar: a) os principais 
critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de 
constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes 
para atender a perdas prováveis na realização de elementos do 
ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes 
(art. 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do 
ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o); d) os ônus reais 
constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a 
taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações 
a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital 
social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no 
exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e i) 
os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da companhia. 
 
Perceba que a nota explicativa complementa os relatórios contábeis-
financeiros de forma mais adequada. 
 
Exercício 3 
 
As questões abaixo constaram em concursos públicos divulgados. Informe 
se os enunciados são verdadeiros ou falsos: 
 
1. Conforme o art. 176 da Lei 6.404/76 § 4º, as demonstrações serão 
complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação 
patrimonial e dos resultados do exercício. De acordo com o § 5º, do art. 176 
da Lei 6.404/76, com a redação dada pela MP 449/08, as notas explicativas 
devem: 
I. Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras. 
II. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada. 
III. Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos não relevantes. 
a) Apenas os enunciados I e II estão corretos. 
b) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
 
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c) Apenas os enunciados I e III estão corretos. 
d) Apenas o enunciado I está correto. 
e) Apenas o enunciado II está correto. 
 
2. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
critérios apresentados a seguir: 
I. As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto 
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados 
pelo valor atualizado até a data do balanço. 
II. As obrigaçõesem moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
III. As obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do 
balanço. 
IV. As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo 
prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando 
houver efeito relevante. 
V. As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. 
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos. 
b) Apenas os enunciados I, II e V estão corretos. 
c) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos. 
d) Apenas os enunciados III e V estão corretos. 
e) Apenas os enunciados II, III e V estão corretos. 
 
 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA 
De acordo com o texto legal, a demonstração de lucros ou prejuízos 
acumulados deverá ter a estrutura abaixo discriminada. 
 
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discriminará: 
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e 
a correção monetária do saldo inicial; 
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos 
lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados 
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, 
ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, 
e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 
 
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§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá 
indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá 
ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, 
se elaborada e publicada pela companhia. 
 
Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro 
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes. 
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, se elaborada e publicada 
pela companhia. 
 
Quadro 2 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
DMPL - incluindo as DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS E OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
SALDOS EM 30 DE 
ABRIL DE 2006 
Nota 
explicativa 
Capital 
social 
Reserva de 
capital 
Reserva 
legal 
Lucros 
acumulados 
Total 
Integralização de capital 16(a) 
Dividendos distribuídos 
sobre lucros 
acumulados 
16(b) 
 
Lucro líquido do 
exercício 
 
 
Proposta de destinação 
do lucro líquido 
 
 
Reserva legal 16(b) 
Dividendos mínimos 
estatutários propostos 
16(b) 
 
Dividendos 
complementares 
propostos 
16(b) 
 
SALDOS EM 30 DE 
ABRIL DE 2007 
 
As notas explicativas são parte integrante das 
demonstrações financeiras. 
 
 
 
3.3 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
 
A demonstração do resultado do exercício discriminará de acordo com o 
artigo 187 da lei das sociedades por ações 
 
 
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I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, 
os abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias 
e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, 
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e 
outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras 
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a 
provisão para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e 
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e 
de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por 
ação do capital social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, 
independentemente da sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
 As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente 
da sua realização em moeda. 
 Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
Observe a estrutura da DRE: 
A Apresentação deverá ser de forma dedutiva, com detalhes necessários das 
receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo 
líquido do exercício (valor final a ser adicionado ao patrimônio da empresa, já 
deduzido IR e participações de outros que não sejam acionistas). 
Regime de competência: observa-se o regime de competência (realização 
da receita/ confronto das despesas), independente de seus reflexos no caixa. 
Disposição básica: 
 
Quadro 3 - Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
 Receita bruta de vendas de mercadorias e serviços 
(-) Deduções da receita bruta 
 Impostos e abatimentos sobre a receita bruta 
 
 
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= Receitas líquidas de vendas e serviços 
(-) Custos dos produtos vendidos e serviços prestados 
= Resultado bruto de vendas 
(+ -) Receitas e Despesas Operacionais 
= Resultado Operacional 
(+ -) Outras Receitas e Despesas Operacionais 
= Resultado Antes do Imposto de Renda, Contribuição Social e 
Participações. 
 
(-) Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social 
(-) Participações e Contribuições 
= Resultado (Lucro ou Prejuízo) do Exercício 
 
Em se tratando da conta lucros ou prejuízos acumulados, relembramos que 
a conta continuará a existir, o que não pode ser apresentado é saldo positivo no 
balanço, mas será considerada sua destinação. 
A Demonstração de fluxo de caixa, de acordo com Assaf Neto (1995), é um 
dos relatórios mais importantes de planejamento e controle, que objetiva decisão 
gerencial sobre a saúde financeira da empresa. 
Verifica-se através das citações que vários autores já faziam referências ao 
fluxo de caixa, portanto este tema não é novo. Ocorre que no Brasil eram poucas 
empresas as que utilizavam deste demonstrativo, pois não era obrigatório em lei. 
Para Zdanowicz (2000, p.33), “o fluxo de caixa é o instrumento que permite 
demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa”, o que 
possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos 
financeiros de que a empresa dispõe. 
 
3.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
 
O CPC 3 coloca que as informações dos fluxos de caixa são úteis, pois 
proporcionam aos usuários das demonstrações uma base para avaliar a capacidade 
da entidade gerar caixa, e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de 
liquidez. 
A Lei 11.638/07, em seu artigo 188, determina que a demonstração de fluxo 
de caixa deverá indicar “ [...] as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo 
 
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de caixa eequivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 
(três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos”. 
Esta demonstração foi estabelecida pela Lei 11.638/2007, exceto para as 
empresas que tenham patrimônio inferior a R$ 2 milhões, o que proporcionou a 
discussão pelo CPC da estrutura desta demonstração por meio da audiência 
pública onde foram discutidos o conceito da DFC, o que e como devem constar as 
informações necessárias ao investidor que precisa destas informações. 
Após intensa discussão foi aprovado o Pronunciamento Técnico CPC 03, que 
equivale à Resolução CFC n. 1.296/2010 que aprova a demonstração de fluxo de 
caixa, define caixa como “numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis” 
e equivalente de caixa como “aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, 
que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão 
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor”. 
Outras definições disponíveis na resolução, necessários ao entendimento da 
mesma: 
 
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de 
caixa. Atividades operacionais são as principais atividades 
geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de 
investimento e tampouco de financiamento. Atividades de 
investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de 
longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos 
equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que 
resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital 
próprio e no capital de terceiros da entidade. 
 
O que a norma não definiu foi qual modelo deveria ser construído e 
divulgado, se o modelo direto ou o modelo indireto. 
 
Quadro 4 - Demonstração do Fluxo de Caixa 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 
a) OPERAÇÕES 
 Receita Recebida 
 (-) Caixa Despendido nas Compras 
 
 (-) Despesas Operacionais Pagas 
 - Vendas 
 - Administrativas 
 - Despesas Antecipadas 
CAIXA GERADO NO NEGÓCIO 
 
b) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
 
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 + Receitas Financeiras Recebidas 
 (-) Despesas Financeiras Pagas 
CAIXA LÍQUIDO APÓS AS OPERAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 (-) Imposto de Renda Pago 
CAIXA LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA 
 
c) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
 Não houve variação do Imobilizado 
 Vendas de Ações Coligadas 
 Recebimentos de Ações Coligadas 
 
d) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 
 + Novos Financiamentos 
 + Aumento de Capital em Dinheiro 
 (-) Dividendos 
 
REDUÇÃO DO CAIXA NO ANO 
SALDO INICIAL DO CAIXA 
SALDO FINAL DO CAIXA 
 
Podemos classificar como caixa: 
 Numerário em espécie. 
 Depósito bancário. 
 Aplicações de curto prazo. 
Neste caso, são mantidos todos os compromissos de curto prazo e não são 
válidos para investimentos. Estas transações não são de atividades operacionais, 
mas de gestão financeira. 
Podemos reforçar que a demonstração de fluxo de caixa é apresentada da 
seguinte forma: 
 Operacional: principais atividades geradas da receita da entidade. 
 Investimento: refere-se à aquisição e à venda de ativos de longo 
prazo. 
 Financiamento: resultam em mudanças no tamanho e na composição 
do capital próprio e no endividamento da entidade. 
 
Exercício 4 
 
1. De acordo com a legislação societária, no Passivo, as contas serão 
classificadas no: 
a) Passivo circulante, passivo não circulante, resultados de exercícios futuros e 
 
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patrimônio líquido. 
b) Passivo não circulante, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido. 
c) Passivo circulante, passivo exigível e patrimônio líquido. 
d) Passivo circulante, passivo não circulante, patrimônio líquido e passivo exigível 
a longo prazo. 
e) Passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido. 
 
2. De acordo com o § 5º, do art. 177 da Lei 6.404/76, redação dada pela Lei 
11941/09, as notas explicativas deverão indicar: 
a) O número, espécie e classes das ações do capital social. 
b) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a curto 
prazo. 
c) O lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais. 
d) Informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das 
práticas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
não relevantes. 
e) O nome dos proprietários da empresa, e do contador. 
 
 
3. Quanto ao Balanço Patrimonial, informe a nova estrutura completa e 
correta do Ativo considerando as alterações da Lei 11.638/07 e Lei 11941/09. 
a) Ativo Circulante, ativo realizável a longo prazo e ativo permanente. 
b) Ativo Circulante, Ativo Não circulante subdividido em ativo realizável a longo 
prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
c) Ativo circulante, ativo realizável a longo prazo, ativo permanente, subdividido em 
investimentos, imobilizado, intangível e diferido. 
d) Ativo circulante, ativo exigível a longo prazo, resultado de exercícios futuros, 
patrimônio líquido. 
 
 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis nº 3, a respeito do Fluxo de Caixa, 
coloca que a empresa deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais, 
que podem ser através do método direto e método indireto: 
 Método direto: Por este método se apresentam as principais posições 
de recebimentos e pagamentos brutos. 
 Método Indireto: É o mais utilizado. Neste caso, o lucro líquido ou 
prejuízo é ajustado pelo efeito, seja das transações que não envolvem 
caixa, seja de deferimentos, ou apropriações por competência sobre 
recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros, dos itens 
de receitas ou despesas, seja das atividades de investimento ou de 
financiamento. 
 
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 A demonstração do fluxo de caixa teve sua origem no Financial Accounting 
Standard Board – FASB-95. 
Vejam alguns modelos sugeridos: 
 
Quadro 5 - Demonstração do fluxo de caixa - Método direto 
 
 
Fluxo de caixa das atividades operacionais 
Recebimentos de clientes 
Dividendos recebidos 
Juros recebidos 
Recebimentos por reembolso de seguros 
Recebimentos de lucros de subsidiárias 
(Pagamentos a fornecedores) 
(Pagamentos de salários e encargos) 
(Imposto de renda pago) 
(Juros pagos) 
Outros recebimentos ou pagamentos líquidos 
Caixa Líquido das Atividades Operacionais 
 
Fluxo de caixa das atividades de investimentos 
Alienação de imobilizado 
Alienação de investimentos 
(Aquisição de imobilizado) 
(Aquisição de investimentos) 
Caixa Líquido das Atividades de Investimentos 
 
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 
Integralização de capital 
Juros recebidos de empréstimos 
Empréstimos tomados 
Aumento do capital social 
(Pagamento de leasing) (principal) 
(Pagamentos de lucros e dividendos) 
(Juros pagos por empréstimos) 
(Pagamentos de empréstimos) 
Caixa Líquido das atividades de financiamentos 
Aumento ou redução de caixa Líquido 
Saldo de Caixa – Inicial 
Saldo de caixa - Final 
 
 
 
42 
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Quadro 6 - Demonstração do fluxo de caixa - Método indireto 
 
Fluxo de caixa das atividades operacionais 
Resultado Líquido 
(±) Ajustes que não representam entrada ou saída de caixa 
(+) Depreciação e amortização 
(+) Provisão para devedores duvidosos 
(±) Resultado na venda do imobilizado 
(±) Aumento ou diminuição do contas a receber 
(±) Aumentoou diminuição de estoques 
(±) Aumento ou diminuição de despesas antecipadas 
(±) Aumento ou diminuição de passivos 
(±) Aumento ou diminuição de outros ajustes 
(=) Caixa Líquido das Atividades Operacionais 
 
Fluxo de caixa das atividades de investimentos 
(+) Alienação de imobilizado 
(+) Alienação de investimentos 
(-) Aquisição de imobilizado 
(-) Aquisição de investimentos 
(=) Caixa Líquido das Atividades de Investimentos 
 
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 
(+) Integralização de capital 
(+) Juros recebidos de empréstimos 
(+) Empréstimos tomados 
(+) Aumento do capital social 
(-) Pagamento de leasing (principal) 
(-) Pagamentos de lucros e dividendos 
(-) Juros pagos por empréstimos 
(-) Pagamentos de empréstimos 
(=) Caixa Líquido das atividades de financiamentos 
(=) Aumento ou redução de Caixa Líquido 
 
 
De acordo com Sá (1998), o fluxograma abaixo demonstra a forma como são 
construídos os fluxos de Caixa. 
 
 
43 
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Entradas
Operacionais
Saídas
Operacionais
Lucro Líquido
Ajustes
Geração Interna
 de Caixa
Geração Operaci-
onal de Caixa
Fluxo Operacional
Geração Não Ope-
racional de Caixa
Variação do Disponível
Menos
Mais / Menos
Igual
Mais / Menos
Igual
Igual
Mais / Menos
M
é
to
d
o
 D
ir
e
to
M
é
to
d
o
 In
d
ire
to
 
Figura 1 – Modelo de Método Direto e Indireto 
Fonte: Sá (1998) 
 
Em função de a Lei 6.404/76 não estabelecer se o modelo ideal é o direto ou 
indireto, apresentamos os dois modelos para que se conheça a estruturação dos 
mesmos, adaptado do modelo disponível no livro texto de Marion (2012). Este 
modelo utiliza valores cheios que facilitam a compreensão da estrutura do Fluxo de 
Caixa. 
 
Quadro 7 - Demonstração do Fluxo de Caixa (Modelo Direto) 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
CIA DAS LINGERIES S.A. 2007 
Exercício 2007 
a) Operações 
 Receita Recebida 730.000,00 
 (-) Caixa Despendido nas Compras (660.000,00) 70.000,00 
 (-) Despesas Operacionais Pagas 
 - Vendas (30.000,00) 
 - Administrativas (50.000,00) 
 - Despesas Antecipadas _______ (80.000,00) 
Caixa Gerado no Negócio (10.000,00) 
b) Outras Receitas e Despesas 
 + Receitas Financeiras Recebidas 10.000,00 
 
44 
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 (-) Despesas Financeiras Pagas (30.000,00) (20.000,00) 
Caixa Líquido após as Operações Financeiras (30.000,00) 
 (-) Imposto de Renda Pago (60.000,00) 
Caixa Líquido após o Imposto de Renda (90.000,00) 
c) Atividades de Investimento 
 Não houve variação do Imobilizado 
 Vendas de Ações Coligadas 10.000,00 
 Recebimentos de Ações Coligadas 10.000,00 20.000,00 
d) Atividades de Financiamentos 
 + Novos Financiamentos 50.000,00 
 + Aumento de Capital em Dinheiro 40.000,00 
 (-) Dividendos (50.000,00) 40.000,00 
 
Redução do Caixa no ano (30.000,00) 
Saldo Inicial do Caixa 40.000,00 
Saldo Final do Caixa 10.000,00 
 
Quadro 8 - Demonstração do Fluxo de Caixa (Modelo direto simplificado) 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
CIA DAS LINGERIES S.A. 2007 
Exercício 2007 
Saldo Inicial em 31/12/2006 40.000,00 
Entradas 
 Receita Operacional Recebida 730.000,00 
 Receitas Financeiras 10.000,00 
 Recebimentos de Coligadas 10.000,00 
 Vendas Investimentos 10.000,00 
 Novos Financiamentos 50.000,00 
 Aumento de Capital em R$ 40.000,00 850.000,00 
 (saldo anterior em R$) 
Saídas 
 Compras Pagas (660.000,00) 
 Despesas de Vendas Pagas (30.000,00) 
 Despesas Administrativas (50.000,00) 
 Despesas Financeiras (30.000,00) 
 Imposto de Renda (60.000,00) 
 Dividendos Pagos (50.000,00) (880.000,00) 
Saldo Final em 31/12/2007 10.000,00 
 
 Quadro 9 - Demonstração do Fluxo de Caixa (Modelo Indireto) 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 
CIA DAS LINGERIES S.A. 2007 
Atividades Operacionais 
Lucro Líquido 24.000,00 
 +Despesas econômicas (não afetam o caixa): 
Depreciação 10.000,00 
 34.000,00 
 
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Ajuste por mudança no Capital de Giro 
(aumento ou redução durante o ano) 
Ativo Circulante 
Duplicatas a receber - aumento (reduz o caixa) (70.000,00) 
Estoque - aumento (reduz o caixa) (30.000,00) 
 (100.000,00) 
Passivo Circulante 
Fornecedores - aumento (melhora o caixa) 20.000,00 
Salários a Pagar - aumento (melhora o caixa) 10.000,00 
Impostos a Recolher - redução (piora o caixa) (54.000,00) 
 (24.000,00) (124.000,00) 
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (90.000,00) 
Atividades de Investimento 
Não houve variação do Imobilizado ........... 
Vendas de ações de Coligadas 10.000,00 
Recebimentos de Empresas Coligadas 10.000,00 
 20.000,00 
Atividades de Financiamentos 
Novos Financiamentos 50.000,00 
Aumento de Capital em dinheiro 40.000,00 
Dividendos (50.000,00) 
 40.000,00 60.000,00 
Redução de caixa no ano (30.000) 
Saldo Inicial do caixa 40.000,00 40.000,00 
Saldo Final do caixa 10.000,00 10.000,00 
 
De acordo com a resolução CFC 1.296/2010, demonstra o efetivo movimento 
do dinheiro na empresa naquele determinado período. 
 
Nas atividades Operacionais: 
 Depreciação: item econômico e não financeiro, deve ser adicionada no 
demonstrativo porque não significa saída de dinheiro do caixa. 
 Os aumentos no Ativo Circulante provocam uso de dinheiro (caixa). 
Exemplos: para aumentar o Estoque, usa-se dinheiro na compra de novos 
bens, provocando, dessa forma, o aumento de estoques, com a 
consequente redução do caixa. O fato de aumentar Duplicatas a Receber 
significa retardar o recebimento do dinheiro que vai para o caixa, tendo que 
sacrificar recursos financeiros que teriam outro destino. 
 As reduções do Ativo Circulante produzem caixa (origem de caixa). 
Exemplo: Reduções nos montantes de Estoque e Duplicatas a Receber 
significam mais recursos no caixa. Por exemplo, quando os clientes 
 
46 
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antecipam pagamento, reduz-se o montante de Duplicatas a Receber e, 
consequentemente, aumenta o caixa. 
 Os aumentos do Passivo Circulante evitam saída de mais dinheiro, 
aumentando o caixa. 
Exemplo: um aumento de Fornecedores no Passivo Circulante significa 
mais crédito, evitando saída do caixa neste momento, podendo-se utilizar o 
dinheiro para outras finalidades. 
 As reduções do Passivo Circulante significam que o pagamento foi 
feito, reduzindo o caixa (uso de caixa). 
Exemplo: Uma redução de fornecedores, de contas a pagar ou Imposto a 
Recolher por meio de pagamento significa que foi usado dinheiro para esta 
finalidade, impedindo liberar este mesmo dinheiro para outros pagamentos. 
 
Para calcular as variações líquidas, basta subtrair o saldo anterior do 
saldo atual das contas do Circulante (Ativo e Passivo). 
 
Nas Atividades de Investimentos: 
Referem-se ao fluxo provocado pelo não Circulante da empresa. Quando 
uma empresa compra Máquinas, Ações, Prédios, etc., reduz-se o caixa. Quando a 
empresa vende estes itens, aumenta o caixa. 
 
Nas Atividades de Financiamentos: 
Os financiamentos poderão vir dos proprietários (aumento de Capital em 
dinheiro) ou de terceiros (financiamentos, bancos). 
A seguir, apresentamos um exercício resolvido sobre Demonstração do Fluxo 
de Caixa pelos métodos direto e indireto.47 
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EXERCÍCIO RESOLVIDO 
 
A seguir alguns dados da Cia JJC. 
Balanços 
 X0 X1 Variação 
Caixa 100,00 100,00 0,00 
Bancos 500,00 5.000,00 4.500,00 
Aplicações Financeiras 5.000,00 12.200,00 7.200,00 
Duplicatas a Receber 10.000,00 20.000,00 10.000,00 
Duplicatas Descontadas 0,00 (5.000,00) (5.000,00) 
PDD (1.000,00) (1.500,00) (500,00) 
Estoques 12.000,00 15.000,00 3.000,00 
Despesas Antecipadas 3.000,00 5.000,00 2.000,00 
Imobilizado 30.000,00 35.000,00 5.000,00 
Depreciação Acumulada (6.000,00) (4.500,00) 1.500,00 
TOTAL DO ATIVO 53.600,00 81.300,00 27.700,00 
Fornecedores 10.000,00 23.000,00 13.000,00 
Provisão para o IR/CS 2.000,00 1.300,00 (700,00) 
Salários a pagar 15.000,00 8.000,00 (7.000,00) 
Empréstimos 20.000,00 30.000,00 10.000,00 
Capital 5.000,00 15.000,00 10.000,00 
Lucros Acumulados 1.600,00 4.000,00 2.400,00 
TOTAL DO PASSIVO 53.600,00 81.300,00 27.700,00 
 
Demonstração do resultado de X1 
Vendas 40.000,00 
CMV (20.000,00) 
Lucro Bruto 20.000,00 
Despesas de Salários (14.000,00) 
Depreciação (1.500,00) 
Despesas Financeiras (1.000,00) 
Despesa com PDD (1.000,00) 
Despesas Diversas (seguros 
apropriados) (600,00) 
Receitas Financeiras 300,00 
Lucro na Venda de Imobilizado 3.000,00 
Lucros antes do IR/CS 5.200,00 
Provisão para IR/CS (1.300,00) 
Lucro líquido 3.900,00 
 
DMPL 
 Capital 
Lucr. 
Acum. Total 
Saldo em X0 5.000,00 1.600,00 6.600,00 
Aumento de capital 10.000,00 10.000,00 
Lucro líquido 3.900,00 3.900,00 
Dividendos pagos (1.500,00) (1.500,00) 
 
48 
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Saldo em x1 15.000,00 4.000,00 19.000,00 
 
 
 
Outras informações relevantes: 
 
Custo do imobilizado vendido: R$ 15.000,00. Depreciação em R$ 3.000,00 
Despesas financeiras foram pagas. 
Aplicações financeiras em CDBs de 30 e 60 dias em caderneta de poupança. 
Pede-se: 
Elaborar a DFC – método direto 
Elaborar a DFC – método indireto 
 
Resolução da Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método direto 
 
Fluxos de caixa operacionais: 
Recebimento de clientes 29.500,00 
Recebimento de receitas financeiras 300,00 
Recebimento por duplicatas descontadas 5.000,00 
Pagamentos de: 
Fornecedores (10.000,00) 
Despesas antecipadas (2.600,00) 
Despesas de impostos (2.000,00) 
Despesas financeiras (1.000,00) 
Despesas de salários (21.000,00) 
 
Caixa gerado pelas atividades operacionais (1.800,00) 
 
Fluxos de caixa de investimentos 
Recebimento pela venda de imobilizado 15.000,00 
Pagamento de imobilizados. (20.000,00) 
 
Caixa gerado pelas atividades de investimentos (5.000,00) 
 
Fluxos de caixa de financiamentos 
Aumento de capital em dinheiro 10.000,00 
Pagamento de dividendos (1.500,00) 
Recebimento de empréstimos 10.000,00 
 
Caixa gerado pelas atividades de financiamento 18.500,00 
 
Variação do caixa 11.700,00 
 
Equivalente de caixa no início 5.600,00 
Equivalente de caixa no final 17.300,00 
 
Memórias de cálculo: 
 
49 
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Recebimento de clientes: 
Cliente início do período 10.000,00 
Vendas totais de x1 40.000,00 
Total de clientes 50.000,00 
Saldo final 20.000,00 
RECEBIMENTO 30.000,00 
Baixa de incobráveis (500,00) 
Recebimento de clientes 29.500,00 
 
Ou: 
Vendas 40.000,00 
(-) Variação positiva (10.000,00) 
RECEBIMENTO 30.000,00 
 
Pagamentos de fornecedores: 
CMV 20.000,00 
(+) Estoque final de estoques 15.000,00 
(-) Estoque inicial de estoques (12.000,00) 
(=) COMPRAS 23.000,00 
(+) Saldo inicial 10.000,00 
(-) Saldo final (23.000,00) 
(=) Pagamentos de fornecedores 10.000,00 
 
Ou 
CVM 20.000,00 
(+) Variação do estoque 3.000,00 
(-) Variação de fornecedores (13.000,00) 
(=) Pagamentos de fornecedores 10.000,00 
 
Pagamento de despesas antecipadas: 
Saldo do início 3.000,00 
(-) Apropriações (600,00) 
(-) Saldo do final 5.000,00 
Pagamento (2.600,00) 
 
Ou 
Variação positiva 2.000,00 
(+) Ajustes das apropriações feitas 600,00 
Total pago no ano 2.600,00 
 
Pagamento de salários: 
Saldo no início 15.000,00 
Mais despesa no período 14.000,00 
Saldo no final (8.000,00) 
Pagamento de salários 21.000,00 
 
Pagamento de impostos: 
Saldo no início 2.000,00 
 
50 
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Despesa no período 1.300,00 
Saldo no fim (1.300,00) 
Pagamento 2.000,00 
 
Venda de imobilizado: 
Custo histórico 15.000,00 
DA (3.000,00) 
Custo ajustado 12.000,00 
Lucro 3.000,00 
Valor da venda 15.000,00 
 
Compra de imobilizado: 
Saldo inicial 30.000,00 
Baixa no período (15.000,00) 
Saldo após a baixa 15.000,00 
Saldo final 35.000,00 
Compra no período 20.000,00 
 
 
Resolução da Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método indireto 
Fluxos de caixa operacionais: 
Lucro líquido do exercício 3.900,00 
(-) Ajustes: 
Depreciação 1.500,00 
Lucro na venda de imobilizado (3.000,00) 
Variações nas contas de ativo e passivo: 
Duplicatas a Receber (10.000,00) 
Duplicatas Descontadas 5.000,00 
PDD 500,00 
Estoques (3.000,00) 
Despesas Antecipadas (2.000,00) 
Fornecedores 13.000,00 
Provisão para o IR/CS (700,00) 
Salários a pagar (7.000,00) 
 
Caixa gerado pelas atividades operacionais (1.800,00) 
 
Fluxos de caixa de investimentos 
Recebimento pela venda de imobilizado 15.000,00 
Pagamento de imobilizados. (20.000,00) 
 
Caixa gerado pelas atividades de investimentos (5.000,00) 
 
Fluxos de caixa de financiamentos 
Aumento de capital em dinheiro 10.000,00 
Pagamento de dividendos (1.500,00) 
Recebimento de empréstimos 10.000,00 
 
51 
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Caixa gerado pelas atividades de financiamento 18.500,00 
 
Variação do caixa 11.700,00 
 
Equivalente de caixa no início 5.600,00 
Equivalente de caixa no final 17.300,00 
Variação 11.700,00 
 Fonte: Manual de Contabilidade (FIPECAFI, 2010) 
 
 
 
Exercício 5 
 
1. A demonstração de fluxo de caixa classifica os pagamentos e 
recebimentos em: 
a) Operacional e não operacional. 
b) De financiamentos, operacionais e não operacionais. 
c) De investimentos, de financiamentos e não operacionais. 
d) De investimento, de financiamento e operacionais. 
 
2. Identifique, entre as alternativas, uma atividade de financiamento: 
a) Recebimento pela venda de terreno. 
b) A emissão de um título de dívida. 
c) A compra de equipamento à vista. 
d) Pagamento de dividendos em dinheiro aos acionistas da empresa. 
e) Recebimento de venda de veículos. 
 
 
3.5 Demonstração do Valor Adicionado - DVA 
 
A Demonstração de Valor Adicionado - DVA não é uma demonstração 
obrigatória e passível de publicação pelas normas internacionais, isto quer dizer que 
as empresas de capital aberto de outros países publicam o DVA de forma opcional, 
no Brasil, essa demonstração é obrigatória. A DVA surgiu na Europa na década de 
1960, e no Brasil na década de 1990. Mesmo não sendo obrigatória antes de 2007, 
quando da atualização da Lei 6404/1976, muitas empresas já elaboravam este 
demonstrativo de forma voluntária. 
A Demonstração do Valor Adicionado - DVA indicará no mínimo: 
a) O valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os 
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,52 
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financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não 
distribuída. 
b) O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às 
aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido. 
c) Os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o 
montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o 
exercício. 
Observa-se também que não podemos confundir a Demonstração do Valor 
Adicionado - DVA com a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE. 
Apresentaremos a seguir a estrutura que já é utilizada: 
 
Quadro 10 - Demonstração do Valor Adicionado 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
 DESCRIÇÃO 
R$ 
MIL 
 1. RECEITAS 
 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 
 1.2 Provisão para devedores duvidosos – reversão (constituição) 
 1.3 Não operacionais 
 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI) 
 2.1 Matérias-primas consumidas 
 2.2 Custo das mercadorias e serviços vendidos 
 2.3 Materiais, energia, serviço de terceiros e outros 
 2.4 Perda/recuperação de valores ativos 
 3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 
 4. RETENÇÕES 
 4.1 Depreciação, amortização e exaustão 
 5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (2-3) 
 6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
 6.1 Resultado de equivalência patrimonial 
 6.2 Receitas financeiras 
 7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 
 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO* 
 8.1 Pessoal e encargos 
 8.2 Impostos, taxas e contribuições 
 8.3 Juros e aluguéis 
 8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos 
 8.5 Lucros retidos/prejuízo do exercício 
 * O valor a distribuir deve ser igual ao valor distribuído 
 
 
53 
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A Demonstração do Valor Adicionado surgiu da evolução natural da 
Contabilidade, que como ciência do Patrimônio evolui à medida que evoluem as 
relações das aziendas no mundo globalizado. A DVA é uma resposta às 
necessidades de detalhamento informacional acerca da participação das empresas 
na produção de riqueza e na melhoria da qualidade de vida da comunidade que 
dela participam de forma direta ou indireta (MARION, 2005). 
A DVA é uma demonstração surgida na Europa, principalmente por influência 
da Inglaterra, França e Alemanha, que tem sido cada vez mais demandada em nível 
internacional, inclusive em virtude de expressa recomendação por parte da ONU. 
A DVA evidencia a riqueza gerada por uma empresa num determinado 
período, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção, e de que 
forma essa riqueza foi distribuída e quanto ficou retido na empresa. Isto é, qual foi o 
faturamento bruto total da empresa num determinado período e como foi distribuído 
(gasto) este faturamento. 
Você poderá dizer que esta informação está disponibilizada na DRE. Mas 
não com o detalhamento que se evidencia na estrutura da DVA, alguns valores são 
retirados do Balanço Patrimonial BP e da Demonstração do Resultado do Exercício 
DRE, com riqueza de detalhes, que permite visualizar onde a empresa gastou sua 
receita gerando valor aos que com ela fizeram negócios de forma direta e os que se 
beneficiam de sua ação corporativa e social de forma indireta, gerando informações 
econômicas e sociais, incluindo a construção de ativos. 
Até o ano de 2009, a DVA não estava instituída em Lei. Mesmo assim, várias 
empresas já a elaboravam como Balanço Social dentro de uma estrutura sugerida 
por pesquisadores contábeis e incorporada pelo Instituto de Bebidas e Saúde - 
IBESA. Ela deve seguir os Princípios de Contabilidade e pode ser elaborada 
destacando: 
 Indicadores sociais internos: incluem projetos corporativos 
direcionados aos colaboradores diretos. 
 Indicadores sociais externos: incluem projetos que beneficiam a 
sociedade como um todo. 
 Os indicadores ambientais: também são externos e beneficiam a 
sociedade, mas tamanha é sua relevância que possui um indicador 
específico dentro dos indicadores da entidade. 
 
54 
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 Indicadores do corpo funcional: detalha a composição dos 
colaboradores contratados. 
 Indicadores relevantes quanto ao exercício da cidadania 
empresarial e outras informações. 
O DVA abaixo está adaptado da estrutura didática sugerida por Marion 
(2005), para que você entenda o objetivo do demonstrativo. 
 
Quadro 11 - Demonstração do Valor Adicionado 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
Análise 
Vertical 
CIA DAS LINGERIES S.A. 2007 
Receita Operacional 800.000,00 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (Compras) (650.000,00) 
Valor Adicionado Bruto gerado nas Operações 150.000,00 
(-) Depreciação (10.000,00) 
Valor Adicionado Líquido 140.000,00 
 + Receita Financeira 10.000,00 
Valor Adicionado 150.000,00 100% 
 
Distribuição do Valor Adicionado 
Empregados (Depto. de Vendas e Administração) (90.000,00) 60% 
Juros (30.000,00) 20% 
Dividendos (14.000,00) 9,33% 
Impostos (6.000,00) 4% 
Outros 0% 
Lucro Reinvestido (10.000,00) 6,67% 
 Fonte: Adaptação de Marion (2012, p. 251) 
 
3.5.1 Principais aspectos da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
 
O Valor Adicionado é calculado subtraindo-se da receita operacional os 
custos dos recursos adquiridos de terceiros (compras de matéria-prima, 
mercadorias, embalagens, energia elétrica, terceirização da produção) utilizados no 
processo operacional. 
Este primeiro valor calculado poderia ser chamado de Valor Adicionado 
Bruto. Um ponto fundamental é a Depreciação que reflete a redução do Imobilizado 
Tangível (máquinas, instalações, veículos, etc.) na perda do potencial de uso destes 
ativos. Ainda que a depreciação não seja desembolsável (consumo parcial de Ativo 
Imobilizado), certamente provocará desembolso futuro na reposição dos bens. 
 
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Isto reduz a riqueza gerada pela empresa e, portanto, deverá ser subtraída, 
provocando um segundo resultado que convencionamos chamar de Valor 
Adicionado Líquido. Este resultado corresponde à riqueza gerada pela empresa. 
Outros acréscimos e reduções deste resultado, além do operacional, deveriam ser 
destacados para uma melhor análise dos usuários, como é o caso de Receita 
Financeira, Dividendos, Despesas Não Operacionais, etc. A este resultado 
convencionamos chamar de simplesmente Valor Adicionado. 
Em seguida, a parte mais relevante desta demonstração é a distribuição do 
Valor Adicionado, que mostra a contribuição da empresa para os vários segmentos 
da sociedade. Mostra qual é o tamanho da “fatia do bolo” para os empregados, os 
donos da empresa, os banqueiros, o governo, para outros e para si própria em 
termos de reinvestimento. 
Assim, faz-se uma análise da priorização da distribuição dos recursos 
gerados pela empresa, evidenciando sua contribuição à comunidade local, aos 
acionistas, à remuneração ao capital de terceiros, à sociedade como um todo 
através dos impostos, etc. 
A Demonstração do Valor Adicionado - DVA indicará no mínimo: 
a) O valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os 
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não 
distribuída; 
b) O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às 
aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido; 
c) Os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo 
circulantes, o montantedo capital circulante líquido e o seu aumento ou redução 
durante o exercício. 
Abaixo relacionamos um exercício resolvido do Livro de Demonstração do 
Valor Adicionado de Santos (2007, apud Santos, 2010). 
 
EXERCÍCIO RESOLVIDO DE DVA 
 
Trata-se de uma empresa comercial. A Cia Golfinho apresentou, em 
seu balanço de 20x0, os seguintes saldos: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM xx/xx/x0 
ATIVO PASSIVO + PL 
 
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CIRCULANTE CIRCULANTE 
 
Caixa/Bancos 5.000,00 
NÃO CIRCULANTE 
Máquinas e equipamentos 1.000,00 
(-) Depreciação acumulada (300,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital 5.700,00 
TOTAL 5.700,00 TOTAL 5.700,00 
 
Durante o exercício social de 20x1, realizaram-se as seguintes 
operações: 
1. Aquisição à vista de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 com 
incidência de 18% de ICMS. Assim, o valor das compras líquidas foi 
de R$ 1.640,00 e do ICMS incluso no valor bruto de compras foi de 
R$ 360,00. 
2. Venda total das mercadorias por R$ 6.000,00, destacando-se o 
ICMS (alíquota de 18%) de R$ 1.080,00. 
3. No período, 10% das mercadorias vendidas foram desenvolvidas, ou 
seja, R$ 600,00. No valor dessa devolução, estão incluídas R$ 
108,00 relativos ao ICMS que foi faturado no momento da venda. O 
custo das mercadorias que ora estão sendo desenvolvidas foi de R$ 
200,00 e, portanto, o ICMS de 18% incluso nesse valor é de R$ 
36,00. 
4. Gastos com pessoal no valor de R$ 290,00. Por simplificação, não 
estamos destacando aqui a parcela devida ao INSS. 
5. Despesas administrativas correspondem ao consumo de 
mercadorias de escritório no valor de R$ 150,00. 
6. Venda de imobilizado por R$ 600,00, cujo custo de aquisição foi de 
R$ 500,00 e já estava depreciado em R$ 150,00. Ou seja, a 
empresa obteve lucro de R$ 250,00 nessa transação. 
7. O Imposto de renda e a contribuição social são calculados à alíquota 
de 33% sobre o lucro líquido. 
 
Pede-se os lançamentos no razão, efetuar DRE, balanço e DVA. 
 
 
 Razão Contábil 
 CAIXA E BANCOS ESTOQUES 
S 5.000,00 2.000,00 1 1 1.640,00 
2 6.000,00 600,00 3 3.2 164,00 1.640,00 2.2 
6 600,00 290,00 4 
 150,00 5 164,00 
 11.600,00 3.040,00 
 8.560,00 
 
 
VENDA DE 
MERCADORIAS 
ICMS SOBRE VENDAS 
 
 6.000,00 6.000,00 2 2.1 1.080,00 
 108,00 3.1 
 
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 972,00 972,00 
 
 
DEVOLUÇÃO DE 
VENDAS 
MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS 
3 600,00 S 1.000,00 
 600,00 150,00 6 
 350,00 6 
 600,00 500,00 
 
 
SAL, FÉRIAS, 13º SAL, 
FGTS 
MATERIAIS DE ESCRITÓRIO 
 
4 290,00 290,00 5 150,00 150,00 
 
 IR/CS A PAGAR RESERVAS DE LUCRO 
 911,00 7 1.851,00 8 
 
 
 
ICMS CONTA 
CORRENTE 
1 360,00 
3.1 108,00 1.080,00 2.1 
 612,00 
 
 CMV 
2.2 1.640,00 
 164,00 3.2 
 1.476,00 1.476,00 
 
 DEPREC. ACUMULADA 
 300,00 S 
6 150,00 
 150,00 
 
 
LUCRO NA ALIEN. DE 
BENS 
 250,00 250,00 6 
 
 ARE 
 972,00 6.000,00 
 1.476,00 250,00 
 600,00 
 290,00 
 150,00 
 3.488,00 6.250,00 
 2.762,00 
 
7 911,00 
 
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 1.851,00 
8 1.851,00 
 
BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31/12/XX 
ATIVO PASSIVO + PL 
CIRCULANTE CIRCULANTE 
Caixa e bancos 8.560,00 ICMS conta corrente 612,00 
Estoques 164,00 IR/CS a recolher 911,00 
 
NÃO CIRCULANTE 
Máquinas e equipamentos 500,00 
(-) Depreciação acumulada (150,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital 5.700,00 
 Reservas de lucros 1.851,00 
 
TOTAL 9.074,00 TOTAL 9.074,00 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO EM 20X1 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 6.000,00 
 Vendas de mercadorias 6.000,00 
(-) DEDUÇÕES DAS VENDAS (1.572,00) 
 ICMS (972,00) 
 Devoluções e abatimentos (600,00) 
(=) Receita operacional líquida 4.428,00 
(-) CMV (1.476,00) 
 
(+) Lucro bruto 2.952,00 
(-) Despesas operacionais: (190,00) 
 Materiais de escritório (150,00) 
 Pessoal (sal, férias, 13º salário, Fgts, etc.) (290,00) 
 Lucro na venda de imobilizado 250,00 
 
(=) Resultado antes dos tributos 2.762,00 
 IR e CSLL (911,00) 
 
(=) Resultado líquido do ano 1.851,00 
 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 20X1 
1 RECEITAS 5.650,00 
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 5.400,00 
1.2 Lucro na venda de ativos imobilizados 250,00 
1.3 Receitas relativas à construção de ativos próprios 
1.4 
Provisões para créditos de liquidação duvidosa - 
reversão / (constituição) 
 
 
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2 
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluir os 
valores dos impostos - ICMS, IPI, PIS e COFINS) 1.950,00 
2.1 
Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços 
vendidos 1.800,00 
2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 150,00 
2.3 Perda / recuperação de valores ativos 
2.4 Outros (especificar) 
 
3 VALOR ADICIONADO BRUTO ( 1 - 2 ) 3.700,00 
 
4 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 0,00 
 
5 
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA 
ENTIDADE ( 3 - 4 ) 3.700,00 
 
6 
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM 
TRANSFERÊNCIA 0,00 
6.1 Resultado de equivalência patrimonial 
6.2 Receitas financeiras 
6.3 Dividendos recebidos 
 
7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 3.700,00 
 
8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 3.700,00 
8.1 Pessoal 290,00 
8.1.1 Remuneração direta 290,00 
8.1.2 Benefícios 
8.1.3 FGTS 
8.2 Impostos, taxas e contribuições 1.559,00 
8.2.1 Federais 911,00 
8.2.2 Estaduais 648,00 
8.2.3 Municipais 
8.3 Remuneração de capital de terceiros 0,00 
8.3.1 Juros 
8.3.2 Aluguéis 
8.3.3 Outras 
8.4 Remuneração de capitais próprios 1.851,00 
8.4.1 Juros sobre o capital próprio 
8.4.2 Dividendos 
8.4.3 Lucros retidos / prejuízo do exercício 1.851,00 
 
 Ajuste do custo das mercadorias vendidas: 
 CMV 1.476,00 
 (+) ICMS das compras do ano 360,00 
 (-) ICMS das mercadorias em estoque final (36,00) 
 TOTAL DO ICMS 324,00 
 
 
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 Mercadorias adquiridas de terceiros ajustadas 1.800,00 
 
 Composição do tributo estadual( ICMS): 
( + ) ICMS das vendas 1.080,00 
( - ) ICMS da devolução de vendas 108,00 
( - ) ICMS das compras 360,00 
( + ) ICMS do estoque final 36,00 
 
 Tributos estaduais 648,00 
 
 
 
Outro detalhe que podemos observar sobre as Demonstrações é que a 
Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos - DOAR foi substituída pela 
Demonstração do Caixa, e no caso, o acréscimo da Demonstração do Valor 
Adicionado. É importante lembrar também que a DOAR, apesar de não ser 
obrigatória, é uma ferramenta de grande relevância para o gerenciamento da 
empresa. 
 
Exercício 6 
 
1. Por definição, a Demonstração do Valor Adicionado – DVA: 
a) Representa as operações da empresa suficientes para gerar lucro. 
b) Trata-se de numerário em espécie, depósitos bancários, e aplicações a curto 
prazo. 
c) Representa a riqueza criada pela empresa geralmente medida pela diferença 
entre o valor das vendas e os insumosadquiridos de terceiros. 
d) Representa as vendas geradas pela empresa, deduzidos os custos fixos. 
e) Representa os valores oriundos de baixa do imobilizado, investimentos e de 
outros ativos não circulantes. 
 
2. Dos itens abaixo, qual a alternativa que contém a grande maioria de itens 
utilizados para a confecção da DVA? 
a) Receitas, provisão para créditos de liquidação duvidosa, insumos adquiridos por 
terceiros, depreciação, receitas financeiras, dividendos relativos a investimentos 
avaliados ao custo, aluguéis, direito de franquia. 
b) Receitas, provisão para créditos e liquidação duvidosa, despesas com salários, 
despesas com aluguéis, gastos com pessoal direto. 
c) Insumos adquiridos de terceiros, gastos com pessoal direto, despesas de pró-
labore. 
d) Despesas com FGTS, despesas com água, luz e telefone, e nenhuma receita. 
e) Custo fixo, custo variável, receita operacional, receita não operacional, as 
restituições de imposto de renda da pessoa física do proprietário da empresa. 
 
 
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UNIDADE 4 - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO 
 
Para Bond (2002), a medida de desempenho, tem por finalidade adequar, 
ajustar, proporcionar, ou regular alguma atividade. 
Para os autores Miranda e Silva (2002), a análise de desempenho pode 
ser identificada como um conjunto de indicadores e relatórios que a organização 
se utiliza para avaliar como determinada empresa está se comportando no 
mercado. Também, segundo este autor, as razões principais de investirem em 
medição de desempenho, são controlar as atividades operacionais da empresa, 
alimentar o sistema a funcionários, controlar o planejamento, criar, implantar e 
conduzir estratégias competitivas, identificar problemas que necessitem 
intervenção de gestores; verificar se a missão da empresa está sendo atingida. 
Para Guerreiro apud Pereira (2001), as verificações de desempenho são 
importantes para mensurar os objetivos e identificar as decisões a serem 
tomadas. Os indicadores podem estar centrados no cliente, nos resultados, no 
setor de recursos humanos, nos produtos ou serviços. 
Marion (2012), distingue as seguintes etapas, na análise prévia das 
demonstrações: 
 
1. Verificar se estamos de posse de todas as Demonstrações Contábeis 
(inclusive Notas Explicativas) de dois ou mais períodos, pois, quanto maior o 
período, mais dados serão coletados para análise. 
Com as publicações em colunas comparativas, como exige a Lei 6404/76, 
teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos: exercício atual e 
exercício anterior ou mais. 
2. Comprovar a confiabilidade e credibilidade das Demonstrações 
Contábeis por meio do parecer da auditoria nas Demonstrações Contábeis (DC), 
pois esta dá boa margem de confiabilidade para o analista. 
3. Preparar as DC de forma conveniente para a análise, reestruturando as 
demonstrações. 
 
Marion (2012), recomenda, para avaliar a qualidade e credibilidade das 
demonstrações a serem avaliadas, observar as situações abaixo e aproximar-se do 
ideal. 
 
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Apresentamos quatro situações como subsídios ao analista no julgamento 
das DC: 
a) As DC ideais: 
 Demonstrações Contábeis publicadas em jornais que atendam aos 
requisitos legais (Lei das Sociedades Anônimas). Assinadas por contador, 
com Relatório da Diretoria e Notas Explicativas completas. 
 Parecer da auditoria de Pessoa Jurídica que não tenha empresa-cliente 
que represente mais de 2% do seu faturamento e que não esteja auditando 
a empresa analisada por mais de quatro anos. 
b) Situações encontradas que requerem cuidados do analista: 
 DC em que há Relatório da Diretoria sucinto demais e/ou Notas Expli-
cativas incompletas. 
 DC com parecer da auditoria que não preencha todos os requisitos do 
item anterior. 
 DC publicadas que não atendam a todos os requisitos legais. 
c) Situações que requerem um cuidado especial do analista: 
 DC não publicadas em jornais. DC sem parecer da auditoria ou parecer 
com ressalva. 
 DC que não atende boa parte dos requisitos legais e outras situações não 
previstas nos dois itens anteriores. 
d) Situações em que não se deveria fazer análise com base nas DC: 
 Quando a empresa trabalha à base do Lucro Presumido, sem fazer 
Contabilidade (nesses casos, as DC podem ser montadas especialmente 
para a análise). 
 Quando há contradições nas DC ou "exageros" facilmente detectáveis. 
 Quando é facilmente identificado que a empresa não valoriza a Conta-
bilidade e/ou as DC não refletem a realidade. 
 
De posse destas Demonstrações, Ribeiro (2006), sugere a elaboração de 
análise em sete etapas: 
1ª etapa - Exame e Padronização das demonstrações financeiras: 
 Balanço Patrimonial. 
 Demonstração do Resultado do Exercício. 
 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
 
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 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 
 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. 
 Demonstração de Fluxo de Caixa. 
 Demonstração do Valor Adicionado. 
 Notas explicativas e outros que estiverem disponíveis como quadros, 
tabelas, etc. 
2ª etapa - Coleta de dados: extração de valores das demonstrações finan-
ceiras, como: 
 Total do Ativo Circulante. 
 Total do Ativo não Circulante. 
 Total do Patrimônio Líquido. 
 Valor das Vendas Líquidas; etc. 
3ª etapa - Cálculos dos indicadores: 
 Quocientes; 
 coeficientes e 
 números-índices. 
4ª etapa - Análise dos indicadores: analisar os indicadores calculados, 
interpretando cada quociente, coeficiente e índice, isto é, analisar o que revelam 
estes números acerca dos resultados da empresa em determinado período. 
5ª etapa - Análise Vertical e Horizontal: 
 Interpretação isolada e conjunta de coeficientes; e 
 Números-índices. 
6ª etapa - Comparação com Padrões: cálculos e comparações com quo-
cientes-padrão. 
7ª etapa - Relatórios: apresentação das conclusões da análise em forma de 
relatórios que possam ser entendidos por leigos. 
 
O quadro a seguir mostra resumidamente as contas detalhadas em cada 
demonstração e o que evidencia cada uma delas: 
 
 
 
 
 
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Quadro 12 - Demonstrações Financeiras 
 
 
 
 
 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo Passivo 
Circulante Ano 
1 
Ano 
2 
Circulante Ano 
1 
Ano 
2 
Disponível 
Caixa 
Xxx Xxx Fornecedor xxx xxx 
Dup. Rec. Xxx Xxx Banco Pg. xxx xxx 
Estoque Xxx Xxx Div. Pg. xxx xxx 
Total Xxx Xxx Total xxx xxx 
R.P.L. E.L.P. 
 R.E.F. 
Permanente P. Líquido 
Investimento Xxx Xxx Capital xxx xxx 
Imobilizado Xxx Xxx Reserva de cap xxx xxx 
(-) Depr. Ac. Xxx Xxx Ajuste aval Pat xxx xxx 
Intangível Xxx Xxx Res. Lucro xxx xxx 
Diferido Xxx Xxx Ações tesouraria xxx xxx 
 Prejuízos Acum. xxx xxx 
Total Xxx Xxx Total xxx xxx 
TOTAL Xxx Xxx TOTAL xxx xxx 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Marion (2012) 
 
 
A Lei 11.638/2007 mudou a estrutura das cinco Demonstrações Contábeis. Em 
função da obrigatoriedade da divulgação e publicação, amplia-se nosso universo de 
amostra, porque a nova legislação abrange não só as Sociedades Anônimas de Capital 
aberto e as obrigadas a tributação pelo Lucro Real, mas também as sociedades 
empresariais de grande porte. 
 
DVA Demonstração do Valor Adicionado Explica a distribuição da Renda 
Gerada Pela Empresa (PIB) 
Demonstrações dos 
Fluxos de Caixa 
Explica as Variações 
no caixa 
Demonstrações das 
Mutações do PL 
Explica as 
variações do PL 
Parecer da Auditoria: Atesta acredibilidade das Demonstrações PA 
Notas Explicativas: Explicam os critérios 
contábeis. NE 
Demonstração das 
Origens/Aplicações de 
Recursos 
Demonstração do 
Resultado do 
Exercício 
Explica como se 
obteve o Lucro 
Explica as variações 
no capital de giro 
Demonstração de 
Lucros ou 
Prejuízos 
Explica a variação 
do resultado 
acumulado 
 
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4.1 Indicadores 
 
Para Iudícibus (2015), 
 
É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e 
quocientes, de forma consistente, de período para período, e 
compará-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, 
tirar uma ideia de quais problemas merecem uma investigação 
maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem 
correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um 
enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes. 
 
Segundo Padoveze (2010, p. 131), 
 
[...] a grande utilidade dessa ferramenta é o acompanhamento 
mensal dos indicadores escolhidos... e da tendência que os 
mesmos irão evidenciar”, com isso teremos seguramente uma 
visão real das operações e do patrimônio empresarial e poderemos 
tomar medidas corretivas do rumo dos negócios, se as conclusões 
do acompanhamento analítico dos indicadores assim o exigir. 
A análise de balanço constitui-se num processo de meditação sobre 
os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da 
situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, 
patrimoniais e financeiros. 
 
Marion (2012), relaciona algumas técnicas de análise das demonstrações 
contábeis mais atuais, sendo: 
 
a) Indicadores Financeiros e Econômicos 
Segundo Marion (2005), os indicadores significam o resultado obtido da 
divisão de duas grandezas, no qual é informado o cálculo do índice, a 
interpretação dos dados, e a conceituação, a verificação do que o índice 
evidenciou. 
 
O analista deverá tomar uma série de precauções quanto à 
interpretação dos índices. Muitas vezes, podem dar falsa imagem 
de uma situação [...] Conceituar o índice, todavia, sem outros 
parâmetros, é uma atitude bastante arriscada, por isso 
desaconselhável (MARION, 2005). 
 
b) Análise Horizontal e Vertical 
Na visão de Assaf Neto (2014), na análise vertical se verifica a proporção 
de cada componente em relação ao total. Geralmente faz-se uma comparação 
 
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em coeficientes ou em porcentagem, já na análise horizontal, se avalia a 
variação de período a período de um determinado item do balanço. 
 
c) Outros indicadores gerenciais 
Mesmo nas empresas informais, os indicadores abaixo poderão ser utilizados, 
e Assaf Neto (2006), os indica como auxílio à tomada de decisão. 
 Lucratividade: Este indicador representa, em termos percentuais, o 
lucro do negócio. O cálculo é feito verificando o lucro em relação com as 
receitas calculadas. 
= Lucro Líquido x 100 
Receita Operacional 
 Prazo de Retorno do Investimento: Esta fórmula indica o tempo de 
retorno do valor que foi investido no negócio em relação ao lucro que ele 
proporcionou. 
= Investimento Total 
Lucro Líquido 
 
 Ponto de Equilíbrio: Indica o quanto deve ser vendido para que a 
empresa esteja em situação de equilíbrio, ou seja, quando alcançado este 
valor não está se verificando prejuízo, mas não está se verificando lucro. 
Assim, o ideal para a empresa é obter valores superiores ao ponto de 
equilíbrio. 
= Custo fixo x Receita 
Margem de Contribuição 
 
 Rentabilidade: Este indicador representa em termos percentuais o 
retorno dos recursos investidos no negócio. 
= ______Lucro Líquido _____ x 100 
 Investimento Total Inicial 
 
 Endividamento: Para Assaf Neto (2006), a relação capital de terceiros e 
capital próprio revela o nível de endividamento da empresa em relação a seu 
financiamento por meio de recursos próprios. 
Endividamento geral = (passivo circulante + passivo não circulante) 
 Ativo 
 
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Quanto menor o endividamento, menor é o risco frente a terceiros. 
Rentabilidade das vendas: Este indicador mede a eficiência de uma 
empresa em produzir lucro por meio de suas vendas. Pode ser apurado em 
termos operacionais e líquidos, sendo denominado, nesses casos, margem 
operacional e margem líquida, ou seja: 
 
Margem Operacional = Lucro Operacional 
 Vendas Líquidas 
 
Margem Líquida = Lucro Líquido 
 Vendas Líquidas 
 
Assaf Neto (2006), reporta alguns indicadores geralmente utilizados nas 
empresas formalizadas: 
 Liquidez corrente 
Refere-se à relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou 
seja, de R$ 1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores 
a receber e estoques, fundamentalmente), em relação a quanto deve a 
empresa a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições 
sociais, empréstimos a curto prazo, etc.). 
 
Liquidez Corrente = Ativo Circulante 
 Passivo Circulante 
 
Se a liquidez corrente for superior a 1, tal fato indica a existência de um capital 
circulante (capital de giro) líquido positivo; se igual a 1, pressupõe sua 
inexistência, e, finalmente, se inferior a 1, a existência de um capital de giro 
líquido negativo (ativo circulante menor que passivo circulante). 
 Liquidez seca 
 
Liquidez Seca = Ativo Circulante (-) Estoques 
 Passivo Circulante 
O índice indica, assim, o percentual das dívidas de curto prazo que pode 
ser resgatado mediante o uso de ativos circulantes de maior liquidez. 
 Liquidez imediata 
Constitui-se no índice de liquidez menos importante. É obtido mediante a 
relação existente entre o disponível e o passivo circulante, ou seja: 
 
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Liquidez Imediata = Disponível 
 Passivo Circulante 
 
Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que 
pode ser saldada imediatamente pela empresa, por suas disponibilidades de 
caixa. Evidentemente, quanto maior se apresentar esse índice, maiores serão 
os recursos disponíveis mantidos pela empresa. Pouco significado apresenta 
esse índice para os analistas externos. 
 Liquidez Geral 
Liquidez Geral = Ativo circulante + realizável a longo prazo 
 Passivo circulante + Passivo Não circulante 
 
Esse indicador financeiro retrata a saúde financeira a longo prazo da 
empresa. Da mesma forma que nos demais indicadores de liquidez, a 
importância desse índice para análise da folga financeira pode ser 
prejudicada se os prazos dos ativos e passivos, considerados em seu cálculo, 
forem muito diferentes. 
Recomenda-se que a análise da liquidez seja desenvolvida de maneira 
mais integrada, associando-se todos os indicadores financeiros para melhor 
interpretar a folga financeira da empresa (ASSAF NETO, 2014). 
 
 Retorno sobre o Ativo (ROA) 
Esta medida revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas 
por uma empresa em seus ativos. É calculada de acordo com a seguinte 
expressão: 
Retorno sobre o Ativo (ROA) = Lucro Líquido 
 Ativo Total 
 Retorno sobre o investimento (ROI) 
 
 Retorno Sobre o Investimento (ROI) = Lucro 
 Investimento 
 
O uso de quocientes tem como finalidade permitir ao analista extrair 
tendências e compararos quocientes com padrões 
preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o 
que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o 
que poderá acontecer no futuro (IUDÍCIBUS, 2015, p. 98). 
 
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 Retorno sobre o patrimônio líquido 
Para Assaf Neto (2014), este índice mensura o retorno dos recursos 
aplicados na empresa por seus proprietários. Em outras palavras, para 
cada unidade monetária de recursos próprios (patrimônio líquido) investidos 
na empresa, mede-se quanto os proprietários auferem de lucro. É obtido 
normalmente pela relação entre o lucro líquido (após o Imposto de Renda) e 
o patrimônio líquido (médio corrigido de acordo com os comentários 
efetuados anteriormente), ou seja: 
 
Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) = Lucro Líquido 
 Patrimônio Líquido 
 
Quadro 13 - Outros Índices 
SÍMBOLO ÍNDICE FÓRMULA INDICA 
1. CT/PL 
Estrutura de 
Capital 
Participação de 
Capitais de 
Terceiros 
(Endividamento) 
Capitais de Terceiros x 100 
 Patrimônio Líquido 
Quanto a empresa 
tomou de capitais de 
terceiros para cada R$ 
100,00 de capital 
próprio. 
Quanto 
menor, 
melhor 
2. PC/CT 
Composição do 
Endividamento 
Passivo Circulante x 100 
 Capitais de Terceiros (passivo total) 
Qual o percentual de 
obrigações a curto 
prazo em relação às 
obrigações totais. 
Quanto 
menor, 
melhor 
3. AP/PL 
Imobilização do 
Patrimônio 
Líquido 
Ativo Não Circulante x 100 
 Patrimônio Líquido 
Quantos Reais (R$) a 
empresa aplicou no 
Ativo Permanente para 
cada R$ 100,00 de 
Patrimônio Líquido. 
Quanto 
menor, 
melhor 
4. AP/PL + 
ELP 
Imobilização de 
recursos não 
Correntes 
Ativo Não Circulante x 100 
 PL + Exigível a L.P. 
Que percentual dos 
recursos não Correntes 
(PL e ELP) foi 
destinado ao Ativo 
Permanente. 
Quanto 
menor, 
melhor 
5. LG 
Liquidez 
Liquidez Geral 
Ativo Circulante+Realizável a L.P. 
Passivo Circulante + Passivo Não 
circulante 
Quanto possui a 
empresa de Ativo 
Circulante + Realizável 
a Longo Prazo para 
cada R$ 1,00 de dívida 
total. 
Quanto 
maior, 
melhor 
6. LC Liquidez 
Corrente 
Ativo Circulante 
Passivo Circulante 
Quanto a empresa 
possui de Ativo 
Circulante para cada 
R$ 1,00 de Passivo 
Circulante. 
Quanto 
maior, 
melhor 
7. LS Liquidez Seca 
Ativo Circulante - Estoques 
Passivo Circulante 
Quanto a empresa 
possui de Ativo Líquido 
Quanto 
maior, 
 
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para cada R$ 1,00 de 
Passivo Circulante 
melhor 
8. V/AT 
Rentabilidade 
(ou resultado) 
Giro do Ativo 
Vendas Líquidas 
Ativo Total 
Quanto a empresa 
vendeu para cada R$ 
1,00 de investimento 
total 
Quanto 
maior, 
melhor 
9. LL/V Margem Líquida 
 Lucro Líquido x 100 
 Vendas Líquidas 
Quanto a empresa 
obtém de lucro para 
cada R$ 100,00 
vendidos. 
Quanto 
maior, 
melhor 
10. LL/AT Rentabilidade do 
Ativo 
 Lucro Líquido x 100 
 Ativo Total 
Quanto a empresa 
obtém de lucro para 
cada R$ 100,00 de 
investimento total. 
Quanto 
maior, 
melhor 
11. LL/PL 
Rentabilidade do 
Patrimônio 
Líquido 
 Lucro Líquido x 100 
 Patrimônio Líquido 
Quanto a empresa 
obtém de lucro para 
cada R$ 100,00 de 
capital próprio investido 
no exercício. 
Quanto 
maior, 
melhor 
Fonte: Adaptado de Matarazzo, 2010. 
 
Quando se fala em indicadores, é importante mencionar o termo alavancagem: é o 
termo utilizado para designar qualquer técnica utilizada para aumentar a 
rentabilidade do empreendimento e pode ser alavancagem de ordem operacional ou 
financeira. 
Segundo Gitman (2010), a alavancagem financeira é “definida como a 
capacidade da empresa em usar encargos financeiros fixos para maximizar os 
efeitos de variações no lucro antes dos juros e imposto de renda sobre o lucro por 
ação”. 
Para Santos (2005), alavancagem pode ter ou não um efeito benéfico para a 
empresa, pois quando a taxa de retorno de investimento é maior que o custo do 
capital, a alavancagem é positiva, visto que, ao contrário, quando o custo do capital 
é superior ao gerado pelo próprio negócio, a alavancagem é negativa. 
Desta forma a administração financeira se faz presente: 
 
Gerenciar os recursos financeiros para obter lucros, dessa forma 
maximiza a riqueza dos acionistas. Ela pode ser exercida nas mais 
variadas organizações, tais como: indústrias, comércio ou serviços, 
empresas estatais ou privadas voltadas ou não para fins lucrativos 
(SILVA, 2013, p.3) 
 
Neste sentido, cabe ao gestor financeiro da empresa a busca de todos os 
dados possíveis, para que esta empresa se mantenha no mercado por muito tempo. 
 
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É necessário buscar a saúde financeira da empresa, otimizando todos os recursos 
da empresa. (ASSAF NETO, 2014). 
Desta forma, a contabilidade empresarial tem como objetivo atingir o sucesso 
da empresa. 
 
Exercício 7 
 
1. Considerando que a empresa Sonhos Ltda. teve um custo fixo de R$ 
62.024,00, custos variáveis de R$ 52.096,00, Receita de R$ 198.000,00 e 
investimento total de R$ 32.000,00, qual é o valor do ponto de equilíbrio? 
a) R$ 43.425,81 
b) R$ 84.170,08 
c) R$ 146.408,58 
d) R$ 13.603,25 
e) R$ 70.697,23 
 
2. Sobre endividamento, é correto afirmar que: 
a) É a parcela das receitas operacionais que representa o lucro do negócio. 
b) É o indicador de retorno dos recursos totais investidos no empreendimento. 
c) É a relação existente entre capital de terceiros e capital próprio. 
d) É a relação do custo fixo com o custo variável, e os investimentos verificados. 
e) É a relação entre custo unitário e a compra de mercadorias. 
 
3. A empresa Monteiro e Vasques Ltda., apresentou os seguintes dados: 
Receita de R$ 89.000,00, Investimento total de R$ 84.500,00, custo variável de 
R$ 53.200,00 e custo fixo de R$ 22.800,00. Qual a rentabilidade? 
a) 105,70% 
b) 15,38% 
c) 14,60% 
d) 42,37% 
e) 40,22% 
 
 
No link a seguir você encontra na íntegra um dos pronunciamentos efetuados 
pelo CPC 13, que traz alterações consideráveis para as práticas contábeis: 
http://www.cpc.org.br/pdf/Pronunciamento_CPC_13.pdf. Não deixe de ler!! 
 
 
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SILVA, J. Pereira. Análise Financeira das empresas. 12. ed. São Pulo: Atlas, 
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ANEXOS 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31/12/20X1 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
(-) DEDUÇÕES DAS VENDAS 
 
 
(=) Vendas líquidas 
 
 
 
(=) Lucro bruto 
 
 
 
 
(=) Resultado antes dos tributos 
(-) 
 
 
(=) Resultado líquido 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM xx/xx/x0 
ATIVO PASSIVO + PL 
Ativo Circulante CIRCULANTE 
 
 
 
 
 
 
 
Ativo Não circulante 
 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
TOTAL TOTAL 
 
 
 
 
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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 
31/12/20X1 
1 RECEITAS 
1.1 
1.2 
2 
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluir os valores dos 
impostos - ICMS, IPI, PIS e COFINS) 
2.1 
2.2 
3 VALOR ADICIONADO BRUTO ( 1 - 2 ) 
 
4 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 
 
5 
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 
(3 - 4 ) 
 
6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
6.1 
6.2 
7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 
 
8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
8.1 
8.1.1 
8.1.2 
8.1.3 
8.4.3 Lucros retidos / prejuízo do exercício 
 
 
 
PLANILHA PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS 
FLUXOS DE CAIXA 
 Saldo Saldo O/A Efeitos s/ Efeito 
Contas Inicial Final Variação F. de caixa Ajuste Ajustado class. 
Ativo 
 
 
 
 
Passivo 
 
 
 
 
Lançamentos 
adicionais 
 
 
 
 
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TOTAL DO FLUXO DE CAIXA 
LÍQUIDOCaixa no início 
Caixa no fim 
 
Variação 
 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DO 
EXERCÍCIO SOCIAL DE 1999 
 
ATIVIDADES 
OPERACIONAIS 
 
 
 
 
ATIVIDADES DE 
INVESTIMENTOS 
 
 
 
 
ATIVIDADES DE 
FINANCIMENTOS 
 
 
 
Total dos fluxos de 
caixa 
 
Caixa no início 
Caixa no fim

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