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Fenilcetonúria: Causas, Sintomas e Tratamento

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Enviado por Sara Amorim Gandra em

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O QUE É?
Os portadores de fenilcetonúria não conseguem metabolizar a fenilalanina, portanto o excesso dessas moléculas no sangue se transforma num ácido fenilpirúvico, que exerce ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.
Fenilcetonúria (PKU, na sigla em inglês) é uma doença decorrente de um erro inato do metabolismo de aminoácidos, que ocorre por herança autossômica recessiva. Isso significa que a criança precisa receber um gene alterado da mãe e outro do pai para desenvolver o distúrbio.
A mutação nesse gene provoca um defeito na codificação de uma enzima, a fenilalanina hidroxilase (PAH), necessária para transformar o aminoácido essencial fenilalanina – que o organismo não produz, mas retira dos alimentos proteicos – em tirosina, outro aminoácido importante para a estrutura das proteínas.
Como os portadores de fenilcetonúria não conseguem metabolizar a fenilalanina, o excesso dessas moléculas no sangue se transforma num ácido fenilpirúvico, que exerce ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.
Essa atividade enzimática deficiente ocasiona uma hiperfenilalaninemia permanente, o que vai determinar lesões importantes, em particular no sistema nervoso central, que culmina em retardo mental de intensidade variável, mas sempre irreversível.
A PKU não está clinicamente presente ao nascimento, tornando-se evidente entre 3 e 6 meses de vida do paciente quando, então já instalada, tem pior prognóstico. O exame de triagem neonatal possibilita diagnóstico e tratamento precoces da doença, o que impede o aparecimento das manifestações clínicas, com crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor adequados.
O tratamento – que deve ser iniciado até 21 dias de vida, no máximo –  é feito por meio de dieta especial, que controla a ingestão de alimentos naturais, diminuindo bastante a ingestão de fenilalanina. Associa-se a essa dieta um substituto proteico, que não contém o aminoácido, ou o contém em mínima quantidade, para suprir as necessidades diárias de proteína do paciente. É proibido o consumo de alimentos ricos em proteínas como carne, ovos, leite e derivados, feijão, soja e trigo, centeio, cevada, entre outros.
A fenilalanina é tóxica porque, apesar de estar presente naturalmente no organismo, a fenilalanina hidroxilase precisa atuar nela, para que esta seja transformada no aminoácido tirosina.
Logo, como os fenilcetonúricos nascem sem esta enzima ou com alterações que prejudicam seu bom funcionamento, a fenilalanina se acumula no sangue e é convertida em compostos tóxicos, como o ácido pirúvico. Este ácido é um componente encontrado na urina e no suor e, quando migra para o cérebro, afeta o sistema neurológico.
A FNC é o mais frequente erro inato do metabolismo dos aminoácidos(15). O alto nível sanguíneo leva à excreção urinária aumentada de FAL e de seus metabólitos, as fenilcetonas(16) - fenilacetato e fenilactato(1). Aproximadamente 75% do catabolismo da FAL da dieta é realizado via FAH, que catalisa sua conversão em tirosina. Na FNC, os níveis de FAL estão aumentados enquanto os de tirosina são praticamente normais ou baixos
Fenilcetonúria clássica
Na fenilcetonúria clássica, conhecida como a mais graves entre as variantes da doença, a atividade da enzima fenilalanina hidroxilase é quase ausente, ou seja, está abaixo de 1%. Como consequência disto, os níveis plasmáticos de fenilalanina encontram-se acima de 20mg/dL.
Fenilcetonúria leve
Na segunda variante da doença a atividade da enzima é de 1% a 3%, então os níveis plasmáticos de fenilalanina estão entre 10 a 20 mg/dL.
Hiperfenilalaninemia transitória ou permanente
Apesar do nome ser o mais complicado de se pronunciar, esta é a maneira mais branda da doença.
Ocorre quando a atividade enzimática está superior a 3% e os níveis de fenilalanina estão entre 4 a 10mg/dL. Por inúmeras vezes, não é implantada qualquer terapia aos pacientes, pois existem poucos estudos sobre ela, já que é considerada a maneira mais branda da doença.
Para meninas com hiperfenilalaninemia transitória, o ideal é que, ao iniciar a idade fértil, comecem a dieta para pacientes fenilcetonúricos pois, em caso de gestação, os seus filhos possuem maior chance de má formação do que os outros grupos.
AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos são moléculas orgânicas que servem como unidade fundamental na formação de proteínas.
Em sua estrutura molecular encontramos sempre um carbono central (C), chamado de α, ligado a um hidrogênio (H), a um grupo carboxila (COOH), a um grupo amina (NH2) e a um radical “R”, que muda de aminoácido para aminoácido. É esse radical que determinará as características de um aminoácido e o diferirá um do outro.
Existem dezenas de tipos de aminoácidos na natureza, mas apenas vinte aparecem no código genético, os quais chamamos de principais e alguns especiais que só aparecem em algumas proteínas. Dos vinte principais que formam as proteínas, dividimos em grupos:
Aminoácidos essenciais
São aqueles que não produzimos, sendo necessária a ingestão de determinados alimentos. São eles: triptofano, valina, fenilalanina, treonina, lisina, isoleucina, leucina, histidina e metionina. A maioria deles nós encontramos em alimentos de origem animal: carne, leite, ovos, etc.
Apesar dos vegetais conseguirem sintetizar todos os tipos de aminoácidos que precisam para sobreviver, não encontramos todos os essenciais em um só vegetal. Então é importante nas dietas vegetarianas a diversidade na alimentação, principalmente cereais, como trigo, aveia, quinoa; leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, soja e oleaginosas, como castanhas e nozes.
Existem ainda os aminoácidos essenciais ocasionais, o que significa que são produzidos por organismos saudáveis, mas em determinadas situações de patologias, nosso corpo pode não produzi-los. São eles: cisteína, glicina, prolina e tirosina.
Os aminoácidos podem ainda sofrer outras divisões, segundo o “R” de cada um deles:
Aminoácidos apolares: o grupo “R” é uma cadeia lateral apolar, ou seja, são hidrofóbicos. É o caso da alanina, leucina, valina, cisteína, glicina, prolina, isoleucina, metionanina, triptofano e fenilalanina.
Aminoácidos polares neutros: o grupo “R” é uma cadeia lateral polar sem carga elétrica, ou seja, neutra. São hidrofílicos e geralmente contêm hidroxilias, sulfidrilas e aminas. São os: Glicina, Serina, Treonina, Cisteína, Tirosina, Asparagina e Glutamina.
Aminoácidos polares ácidos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia lateral com carga negativa, normalmente possuem grupo carboxila, além daquela da estrutura geral. É o ácido glutâmico e ácido aspártico.
Aminoácidos polares básicos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia lateral básica, carregada positivamente, possuem grupo amino. São eles: Histidina, lisina e arginina.

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