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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO

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AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA 
_________________________________ 
 
Justiça Gratuita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[nome], [nacionalidade], [estado civil], 
[profissão], portadora da Cédula de Identidade n° [nº da 
identidade] e inscrita no CPF sob o n° [nº do cpf] (doc. 
01), residente e domiciliada na [endereço] (doc. 02), 
através de seu advogado e bastante procurador (doc.03), com 
endereço profissional na [endereço do escritório do 
patrono], vem à presença de Vossa Excelência propor a 
presente: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS 
DECORRENTES DE DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO 
Em desfavor de [nome do réu], pessoa 
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº [nº do 
cnpj], com sede na [endereço do réu], pelos fatos e 
fundamentos a seguir aduzidos: 
I. Dos Fatos: 
No dia 23 de maio de 2014, a Autora firmou 
contrato de promessa de compra e venda com a empresa Ré, 
cujo objeto era o imóvel situado à [...], no valor de R$ 
[...] (doc. 04). 
 
 
 
Pelo referido contrato a Autora 
comprometia-se em pagar diretamente à Ré o valor de [...], 
entre parcelas e intermediárias, e por meio de 
financiamento junto à Caixa Econômica Federal – CEF o saldo 
de [...]. 
Além do referido valor, a Autora ainda 
pagou [...] de despesas com cartório e [...] (três mil 
cento e trinta e cinco reais) referente ao ITBI. 
Posteriormente, no dia 18 de junho de 2014, 
após convocação realizada pela Ré, a Autora firmou contrato 
de financiamento com a CEF (doc. 05), tendo, portanto, 
adimplido com todas as suas obrigações junto à imobiliária 
(doc. 05 – 13). 
Convém apontar que a Autora, por meio do 
contrato de financiamento, também se comprometeu ao 
pagamento de Taxa de Construção, com valor variável mês a 
mês, até a conclusão e entrega da obra em favor da 
financiadora. 
Verifica-se porém que apesar de, como dito, 
ter adimplido todas as parcelas à que se comprometera, a Ré 
não procedeu com a entrega do imóvel à Autora na data 
aprazada, qual seja, maio de 2015, INEXISTINDO previsão de 
período de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, 
descumprindo portanto os termos do contrato por ela 
elaborado. 
Observa-se que a Ré procedeu com a entrega 
do imóvel somente no dia 15 de agosto de 2016, ou seja, 01 
(UM) ANO E 04 (QUATRO) MESES após o término do prazo 
estipulado, mesmo diante de qualquer escusa legal, atuando 
com total desprezo à pessoa da Autora. 
Durante todo este tempo a Autora esteve 
pagando a taxa de construção referida à CEF (doc. 09 – 13), 
obrigação que se manteve dada a desídia da Ré, uma vez que 
 
 
 
cessaria com a conclusão da obra e a consequente entrega do 
imóvel. 
Ademais, a Autora permaneceu morando de 
favor na casa de parentes e os móveis e eletrodomésticos 
por ela adquiridos danificaram-se pelo decurso do tempo e a 
falta de uso. 
Fatos que associados à frustração de após 
utilizar todas as suas reservas financeiras para adquirir 
sua casa, ter seu sonho impedido pela desídia exclusiva da 
Ré, sem contar a ausência de informações acerca do motivo e 
a definição de uma data fixa para o término de sua via 
crucis, causou-lhe abalos de natureza psíquica, que ferem 
sua dignidade, passando do mero dissabor e configurando 
Dano Moral. 
Por fim, deve-se ponderar que a Autora é 
pessoa de parcos recursos, que apesar de encontrar-se 
trabalhando não possui condições de arcar com os custos do 
presente processo sem o comprometimento do seu sustento, 
situação agravada pelo acúmulo de encargos oriundos da 
atuação da Ré (doc. 14). 
Tendo tentado de todas as maneira 
solucionar a contenda de maneira suasória, inclusive 
dirigindo-se por diversas vezes até a sede da Ré visando 
negociar uma solução, não restou a Autora alternativa senão 
a propositura da presente ação. 
II. DO DIREITO: 
A) DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA: 
O Direito de Ação é preceito fundamental 
previsto no art. 5º, XXXIV, “a” da Constituição Federal, 
não podendo ser tolhido em virtude da impossibilidade de 
realização do pagamento dos custos com o processo. 
 
 
 
Em decorrência disso, é que a Lei nº 
1.060/50 garante a Assistência Judiciária Gratuita a todo 
aquele que não puder, sem prejuízo ao sustento seu ou de 
sua família, arcar com tais despesas. 
Da mesma forma, o Código de Processo Civil 
regulamenta a concessão do referido benefício e determina 
em seu art. 98 que “a pessoa natural ou jurídica, 
brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos 
para pagar as custas, as despesas processuais e os 
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei”. 
Assim, verificando-se que a autora, apesar 
de se encontrar empregada, não dispõe de recursos para 
custear as referidas despesas, o que declara sob pena de 
lei através da Declaração de Hipossuficiência em anexo 
(doc. 14), mostra-se devida a concessão da gratuidade em 
seu favor. 
 
B) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
Verifica-se não restar dúvidas de que a 
relação firmada entre as partes afigura-se como relação de 
consumo, uma vez que as atividades desenvolvidas pela Ré 
consistem na construção e comercialização de bens imóveis, 
sendo a Autora a destinatária final do produto. 
Com base em previsão constitucional (art. 
5º, XXXII c/c art. 170, V) e nos preceitos da Política 
Nacional de Relações de Consumo resta configurado o dever 
do Estado a garantir a defesa do consumidor. 
Neste diapasão é que o legislador pátrio, 
através do art. 6º do Código de Defesa do Consumidor – CDC, 
possibilitou ao magistrado que conceda o benefício da 
inversão do ônus da prova quando restar configurada a 
 
 
 
verossimilhança das alegações ou a hipossuficiência do 
consumidor em relação ao fornecedor de bens ou serviços. 
“Art. 6 São direitos básicos do 
consumidor: 
[...] 
VIII – a facilitação da defesa de seus 
direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do 
juiz for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias de 
experiência;” (Grifos Nossos) 
 
Observa-se que a referida medida objetiva 
possibilitar o equilíbrio entre as partes e que a 
hipossuficiência aqui tratada não se limita a critérios 
financeiros, visando alcançar também a falta de acesso a 
meios técnicos que comprovem os fatos alegados. 
Assim, sendo a autora pessoa de parcos 
recursos e não dispondo de meios técnicos para comprovar as 
alegações aqui firmadas, estando estes todos em posse da 
Ré, mostra-se cabível a supracitada inversão. 
c) DA MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO CONTRATUAL: 
Conforme apontado em narrativas de fatos, o 
contrato firmado entre as partes é da modalidade de adesão, 
ou seja, fôra elaborado pela Ré sem que a Autora pudesse 
discutir ou modificar suas cláusulas. 
 Ocorre que, o referido instrumento, apesar 
de prever diversas cláusulas penais em relação ao 
descumprimento das obrigações assumidas pela autora, resta 
silente em relação ao não atendimento daquelas direcionadas 
a Ré, vejamos: 
Cláusula Terceira – Do Descumprimento da 
Obrigação: Fica desde já estabelecido que 
na hipótese de atraso no pagamento de 
qualquer das parcelas o(a) PROMITENTE 
COMPRADOR(A) pagará a parcela inadimplida 
com os seguintes acréscimos decorrentes da 
mora: 
 
 
 
a) Correção monetária com base na variação 
do IGPM-FGV a ser aplicada sobre as 
quantias em débito, a partir da data de 
seus vencimentos até a data de seus 
efetivos pagamentos, nos termosda 
legislação em vigor; 
b) juros de mora de 1% (um por cento) ao 
mês ou fração, calculados sobre o total 
das quantias em débito monetariamente 
corrigidas, da data de seus respectivos 
vencimentos à data de seus efetivos 
pagamentos; 
c) multa moratória de 2% (dois por cento) 
sobre o valor total da dívida e seus 
acréscimos; 
d) honorários de advogados no percentual 
de 20% (vinte por cento) sobre o total do 
débito, se houver cobrança judicial, purga 
judicial de mora, com intervenção de 
advogado para seu recebimento. Na hipótese 
de acordo amigável, este percentual será 
de 10% (dez por cento). 
 
Tal fato denota uma abusiva onerosidade em 
desfavor da Autora, criando um latente desequilíbrio entre 
as partes contratantes, não sendo aceitável que somente o 
consumidor seja penalizado pelo inadimplemento, sobretudo 
por afrontar aos princípios da Política Nacional de Defesa 
do Consumidor, sendo cabível a inversão da Cláusula penal 
supracitada de modo a estabelecer o equilíbrio do contrato. 
O artigo 51, inciso IV do Código de Defesa 
do Consumidor, impõe a nulidade de “cláusulas contratuais 
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que [...] 
estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que 
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam 
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. 
De outra banda, o artigo 422 do Código 
Civil prevê que “os contratantes são obrigados a guardar, 
assim na conclusão do contrato, como em sua execução os 
princípios de probidade e boa-fé”. 
Logo, da interpretação combinada dos 
referidos artigos, extrai-se a necessidade da manutenção, 
desde o início da relação firmada, do atendimento ao 
equilíbrio do contrato. 
 
 
 
Aponta-se que a tese ora defendida integra 
o teor da decisão recentemente exarada pelo Ministro do STJ 
Antônio Carlos Ferreira, nos autos do AREsp 678345 DF 
2015/005575-2, publicado em 05 de maio de 2015. No mesmo 
sentido: AREsp 703900 RS 2015/0089089-3 e AREsp 703900 RS 
2015/0089089-3. 
No âmbito da Corte Maranhense, cita-se o 
seguinte julgado: 
APELAÇÃO CÍVEL. Ação Cominatória de 
Obrigação de Fazer Cumulada com Pedido de 
Indenização por Danos Materiais/Morais e 
Concessão de Tutela Antecipada. ATRASO NA 
ENTREGA DE IMÓVEL. responsabilidade civil. 
provimento PARCIAL. 1. A não incidência da 
cláusula penal para ambas as partes do 
contrato implica em notório desequilíbrio 
contratual, haja vista que o mesmo ônus 
que o consumidor/comprador deva suportar 
em caso de inadimplemento nas prestações 
também deve ser imposto ao 
fornecedor/vendedor caso este não efetue a 
entrega do bem no prazo fixado. 2. A 
correção monetária do saldo devedor não 
impõe lucro algum à construtora ou ônus 
algum ao consumidor, tratando-se de medida 
que visa apenas recompor o valor 
aquisitivo da moeda, que sofre natural 
decréscimo com o tempo. 3. Como forma de 
reequilibrar a relação contratual, deve-se 
determinar a substituição do INCC pelo 
IPCA, salvo se o INCC for inferior, a 
partir do término do prazo de tolerância 
de 180 dias.4. 1º Apelo não conhecido por 
ser extemporâneo. 5. 2º Apelo conhecido e 
parcialmente provido, vencido o Relator 
apenas quanto ao congelamento do saldo 
devedor, entendendo a maioria pelo seu 
deferimento após o prazo de tolerância de 
180 (cento e oitenta) dias. 6. Por 
Maioria. (APELAÇÃO CÍVEL Nº 3029-
51.2013.8.10.0001,Relator:Desembargado
r RICARDO DUAILIBE) 
Pelo exposto, verifica-se devida a inversão 
da Cláusula Penal supracitada em favor da Autora, devendo 
esta incidir sobre o valor do imóvel, desde o prazo 
previsto para sua entrega, mantendo-se até que esta se 
efetive, recaindo também sobre os meses vindouros. 
Quanto aos débitos já consolidados 
apresenta-se a seguinte tabela: 
 
 
 
Valor do Imóvel Correção 
Monetária IPC-M 
Juros de 
1% a.m. 
Multa TOTAL 
 
D) DO DANO MATERIAL: 
D.1) DO ALUGUEL: 
Infere-se do caso em discursão que a 
Autora, com base em instrumento contratual, passou a fazer 
jus ao recebimento do imóvel em maio de 2015, não obstante, 
por desídia exclusiva da Ré, ao descumprir a obrigação 
assumida, restou impedida de fluir livremente do referido 
bem. 
Caracterizando, portanto, o dever de 
indenizar o valor que se deixou de aferir a título de 
alugueis na forma de lucros cessantes, conforme art. 6, VI 
do CDC e art. 186 c/c 927, 402 e 403, todos do Código 
Civil. 
Art. 6º São direitos básicos do 
consumidor: 
[...] 
VI - a efetiva prevenção e reparação de 
danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; 
 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito 
(arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente 
previstas em lei, as perdas e danos 
devidas ao credor abrangem, além do que 
ele efetivamente perdeu, o que 
razoavelmente deixou de lucrar. 
 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte 
de dolo do devedor, as perdas e danos só 
incluem os prejuízos efetivos e os lucros 
cessantes por efeito dela direto e 
imediato, sem prejuízo do disposto na lei 
processual. 
Bem como, as seguintes jurisprudências: 
 
 
 
[...] É o relatório. Decido. A 
irresignação não merece prosperar. 1. 
[...] 2. Quanto ao mérito recursal, 
vale afirmar, sobre a possibilidade de 
cumulação da multa contratual com os 
lucros cessantes, o Tribunal de origem 
consignou que "O atraso injustificado 
na entrega do imóvel dá ensejo à 
indenização pelo que a autora deixou 
de usufruir, porquanto deixou de 
auferir renda com os aluguéis que 
poderia ter recebido. Nesse caso, o 
prejuízo é presumido" (fl. 427, e-
STJ). [...] Referido entendimento 
coaduna-se com a jurisprudência desta 
Corte, orientada no sentido de que o 
atraso na entrega do imóvel enseja a 
presunção de configuração de lucros 
cessantes, consistentes nos aluguéis 
que o autor deixou de auferir no 
período. Nesse sentido, os seguintes 
precedentes: 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. RECURSO INCAPAZ DE 
ALTERAR O JULGADO. LUCROS CESSANTES. 
ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL. PRESUNÇÃO 
DE PREJUÍZO. PRECEDENTES. 1. Esta 
Corte Superior já firmou entendimento 
de que, descumprido o prazo para 
entrega do imóvel objeto do 
compromisso de compra e venda, é 
cabível a condenação por lucros 
cessantes, havendo presunção de 
prejuízo do promitente-comprador. 2. 
Agravo regimental não provido. (AgRg 
no Ag 1319473/RJ, Rel. Ministro 
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 25/06/2013, DJe 
02/12/2013) 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO. AÇÃO DE 
RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA 
C/C PERDAS E DANOS E LUCROS CESSANTES. 
PRODUÇÃO PROBATÓRIA. ALEGAÇÃO DE 
CERCEAMENTO DE DEFESA. LIVRE 
CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. REEXAME 
DE PROVA EM SEDE ESPECIAL. 
INVIABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. ATRASO NA 
ENTREGA DO IMÓVEL. LUCROS CESSANTES. 
PRESUNÇÃO. CABIMENTO. RESCISÃO 
CONTRATUAL. DESCUMPRIMENTO DE ADITIVO 
CONTRATUAL. CULPA DA PROMITENTE-
VENDEDORA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. 
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO 
REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg nos EDcl 
no AREsp 30.786/SC, Rel. Ministro 
PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 21/08/2012, DJe 
24/08/2012) 
 
 
 
(STJ - AREsp: 630819 DF 2014/0304964-
1, Relator: Ministro MARCO BUZZI, Datade Publicação: DJ 10/04/2015) 
 
 
PROCESSO CIVIL E CONSUMIDOR. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. ATRASO EM ENTREGA DE OBRA 
RESIDENCIAL. COMPROVAÇÃO DA CULPA. 
ATRASO RECONHECIDO. SALDO DEVEDOR. 
CONGELAMENTO DEVIDO. PAGAMENTO DE 
DESPESAS DE ALUGUEL. DEVIDO. AGRAVO 
IMPROVIDO. I. Presentes os requisitos 
para concessão da tutela antecipada, 
posto que comprovado o atraso na 
entrega do imóvel pela construtora por 
mais um ano. II. Precedentes desta 
Corte enunciam que atrasos como o que 
se apresenta, justificam a concessão 
liminar, para congelamento do saldo 
devedor nos valores referentes à data 
inicialmente ajustada para entrega do 
bem. III. Agravo improvido. 
(TJ-MA - AI: 0514792013 MA 0011469-
39.2013.8.10.0000, Relator: MARIA DAS 
GRAÇAS DE CASTRO DUARTE MENDES, Data 
de Julgamento: 09/06/2014, QUINTA 
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 
16/06/2014) 
 
APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA. 
ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL ADQUIRIDO 
NA PLANTA. ALUGUÉIS. LUCROS CESSANTES. 
APURAÇÃO EM SEDE DE LIQUIDAÇÃO. DANO 
MORAL. CONFIGURAÇÃO. QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. NÃO 
COMPROVAÇÃO DA DESPESA. CONSECTÁRIOS 
LEGAIS. FIXAÇÃO DE OFÍCIO. I. O atraso 
na entrega de imóvel adquirido na 
planta enseja pagamento de indenização 
por danos morais e lucros cessantes 
referentes aos aluguéis a que teria 
direito a parte se tivesse recebido o 
bem no prazo pactuado. II. [...] (TJ-
MA - APL: 0584202013 MA 0005667-
91.2012.8.10.0001, Relator: VICENTE DE 
PAULA GOMES DE CASTRO, Data de 
Julgamento: 14/10/2014, SEGUNDA 
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 
17/10/2014) 
Verifica-se que com base em pesquisa de 
preços, o aluguel que faz jus a requerente deve ser 
arbitrado no valor mensal de R$ 700,00 (setecentos reais), 
a contar do término da data para entrega, até a entrega do 
 
 
 
imóvel. Sendo valor consolidado devido o explicitado 
abaixo: 
Valor Mensal (R$) Número de Meses em 
Atraso 
TOTAL 
 
Portanto, com base no exposto, mostra-se 
devida a condenação da Ré à indenização por dano material, 
configurada com base em lucros cessantes, referente aos 
meses de aluguel vencidos no importe de R$ 10.500,00 (dez 
mil e quinhentos reais), bem como às prestações vincendas, 
até a entrega do imóvel. 
D.2) DO RESARCIMENTO DA TAXA DE CONSTRUÇÃO: 
Ainda com base na previsão do art. 6º, VI 
e do art. 186 c/c 927 do Código Civil, observa-se que o 
atraso na conclusão e entrega da obra fez incidir por um 
maior período de tempo a taxa de construção firmada em 
contrato entre a Autora e a instituição financiadora (doc. 
Xx), uma vez que essa cessa com a conclusão da obra. 
Logo, pode-se concluir que os valores pagos 
a título da referida taxa também devem ser ressarcidos na 
forma de indenização por dano material, uma vez que 
ampliaram a onerosidade da obrigação assumida pela autora 
em relação a terceiros. 
PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO 
- AÇÃO ORDINÁRIA - COMPRA E VENDA - 
ATRASO NA CONSTRUÇÃO DO IMÓVEL - 
PAGAMENTO DO ALUGUEL E DA TAXA DE 
EVOLUÇÃO DE OBRA - TUTELA ANTECIPADA - 
REQUISITOS CONFIGURADOS - 
POSSIBILIDADE Preenchidos os 
requisitos constantes no art. 273, I e 
II, do CPC, confirma-se a decisão que 
determinou o pagamento de aluguel 
mensal e da taxa de evolução de obra 
até a efetiva entrega do imóvel objeto 
de compra e venda. 
(TJ-MG - AI: 10000150574465001 MG, 
Relator: Saldanha da Fonseca, Data de 
Julgamento: 02/11/0015, Câmaras 
Cíveis / 12ª CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 10/11/2015) 
 
 
 
 
MÊS DE REFERÊNCIA VALOR PAGO (R$) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
Conclui-se pelo cabimento da condenação, a 
título de Dano Material, do valor dispendido em favor de 
terceiros no importe de [...]. 
E) DO DANO MORAL: 
Como apontado alhures, a Autora firmou 
contrato de promessa de compra e venda com a empresa Ré 
visando a aquisição de imóvel residencial, em verdade, seu 
primeiro imóvel, a realização do sonho da casa própria e da 
independência, tão caro a todos. 
Para isto, lançou mão de todas suas 
economias e do valor retido em seu FGTS, comprometendo boa 
parte de sua remuneração com parcelamentos, taxas e 
impostos. 
Não obstante, ante a desídia da Ré, 
caracterizada pelo atraso na entrega do imóvel, o referido 
sonho tornou-se um verdadeiro pesadelo, uma vez que é 
pessoa de parcos recursos que não pode arcar com o valor de 
um aluguel, obrigando-se a viver de favor na casa de 
parentes, tão pouco poderia desfazer o negócio referido, 
sob pena de perder o valor investido, ademais ante as 
condições de mercado dificilmente obteria outro 
financiamento. 
 
 
 
A condição imposta a Autora pela Ré a expos 
a situação degradante e abalos de ordem psicológica, 
atingindo a dignidade do contrato e até os preceitos 
constitucionais de garantia à dignidade humana. 
Não se confundindo, portanto, com o simples 
descumprimento de contrato e mera frustração ou dissabor, 
mas em verdadeiro dano moral in re ipsa, posto quê 
cristalino e presumido. 
Ademais, o fato da omissão de clausula 
penal em desfavor da Ré no contrato de adesão, denota o 
dolo de sua atuação, uma vez que figura como intensão de 
lesar sob expectativa da impunidade. 
O Código de Defesa do Consumidor prevê a 
indenização de danos em favor do consumidor, mesmo que de 
natureza moral, na forma de ser art. 6º, VI. 
Da mesma forma, o Código Civil também prevê 
a referida indenização em seu art. 186 c/c 927. 
A favor da tese, verifica-se unicidade na 
corte maranhense quanto ao entendimento da existência de 
dano moral nos referidos casos: 
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS. 
CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL 
NA PLANTA ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL. 
DANO MORAL.CONFIGURADOS. MANUTENÇÃO DO 
QUANTUM ARBITRADO PELO JUÍZO A QUO. 
ANÁLISE DO CASO CONCRETO. OBEDIÊNCIA 
DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E 
PORPORCIONALIDADE. TAXA DE 
ADMINISTRAÇÃO PAGA DIRETAMENTE À CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE 
DANO MATERIAL. APELO CONHECIDO E 
IMPROVIDO. I -É incontroverso nos 
autos o atraso na entrega do imóvel. 
sendo a controvérsia, apenas no 
tocante a responsabilidade da 
construtora no atraso da obra e o 
dever de indenizar. contudo, é cediço 
que o descumprimento contratual, por 
si só, não tem o condão de ensejar o 
dever de indenizar. contudo, no caso 
dos autos, não se verifica qualquer 
 
 
 
motivo plausível para o atraso na 
entrega do imóvel, ficando 
caracterizado os danos morais causados 
aos apelados. II – [...]. IV- Apelo 
conhecido e improvido. 
Unanimidade.(TJ-MA - APL: 0154732015 
MA 0026626-49.2013.8.10.0001, Relator: 
RAIMUNDO JOSÉ BARROS DE SOUSA, Data de 
Julgamento: 16/11/2015, QUINTA CÂMARA 
CÍVEL, Data de Publicação: 17/11/2015) 
 
APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS E MATERIAIS. ATRASO NA 
ENTREGA DO IMÓVEL. DEVER DE INDENIZAR. 
DANOS MORAIS. LUCROS CESSANTES. 
CONGELAMENTO SALDO DEVEDOR. I – [...] 
II - Verificado o atraso injustificado 
na entrega de imóvel residencial, por 
culpa exclusiva da 
construtora/incorporadora, viável ao 
consumidor adquirente pleitear as 
perdas e danos daí decorrentes. 
Jurisprudência do STJ e do TJMA. III - 
Primeiro apelo provido e segundo 
desprovido. Sem interesse do MP. (TJ-
MA - APL: 0178332015 MA 0046579-
96.2013.8.10.0001, Relator: MARCELO 
CARVALHO SILVA, Data de Julgamento: 
16/06/2015, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, 
Data de Publicação: 25/06/2015) 
 
PROCESSUALCIVIL. APELAÇÃO. 
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE 
IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA DO BEM. 
EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO. 
IMPUTAÇÃO DE INADIMPLENTE. DANOS 
MORAIS CARACTERIZADOS. DANOS MATERIAIS 
NÃO COMPROVADOS. 1. [..]. 3. O atraso 
injustificado na entrega de imóvel em 
conjunto com a imputação arbitrária da 
construtora em cobrar contraprestações 
de forma integral e improrrogável, 
mesmo flagrantemente inadimplida a 
cláusula de entrega do bem, ultrapassa 
o mero dissabor das relações 
obrigacionais e adentra à seara da 
dignidade do contratante, que, de modo 
geral, adquire um imóvel como sonho a 
se realizar. Consubstanciados os 
fatos, caracteriza-se o dano moral 
indenizável. Valor mantido, por se 
encontrar em patamar justo e coerente 
com a finalidade coercitiva da 
indenização. 4. [...] 5. Recurso 
parcialmente provido. 
(TJ-MA - APL: 0489262014 MA 0011877-
61.2012.8.10.0001, Relator: LOURIVAL 
DE JESUS SEREJO SOUSA, Data de 
Julgamento: 26/11/2015, TERCEIRA 
 
 
 
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 
03/12/2015) 
 
Importa, ainda trazer a baila o 
entendimento ventilado na jurisprudência pátria de que a 
indenização por dano moral deve-se revestir de 
característica didático-pedagógica, considerando o porte de 
quem a deve, de forma a impedir que o agressor conclua pela 
vantagem de perpetrar o ilícito pela modicidade da 
condenação. 
Neste sentido, cita-se ANTÔNIO JEOVÁ SANTOS: 
“a indenização do dano moral, além do 
caráter ressarcitório, serve também como 
sanção exemplar. A determinação do 
montante indenizatório deve ser fixado 
tendo em vista agravidade objetiva do dano 
causado e a repercussão que o dano teve na 
vida do prejudicado, o valor que faça com 
que o ofensor se evada de novas 
indenizações, evitando outras infrações 
danosas . Conjuga-se, assim, a teoria da 
sanção exemplar à do caráter 
ressarcitório, para que se tenha o esboço 
do quantum na mensuração do dano moral” 
(DANO MORAL INDENIZÁVEL, Lejus, 1997, p. 
58) (Grifo Nosso) 
 
Bem como as seguintes jurisprudências: 
“[...] a indenização por dano moral 
objetiva compensar a dor moral sofrida 
pela vítima, punir o ofensor e 
desestimular este e a sociedade a 
cometerem atos desta natureza ” (STJ, REsp 
nº 332.589/MS, 3ª T., rel. Min. Antônio de 
Pádua Ribeiro, DJU 14/04/2012, p. 216) 
(Grifo Nosso) 
 
 
“EMENTA DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
APELAÇÃO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 
PLANO DE SAÚDE. SUSPENSÃO DE ATENDIMENTO 
SOB ALEGAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA. 
APRESENTAÇÃO DOS PAGAMENTOS PELA USUÁRIA. 
CULPA DE TERCEIROS. DESCABIMENTO. SERVIÇO 
DEFEITUOSO CONFIGURADO. DANO MORAL. 
CABIMENTO. CONSTATAÇÃO DA OFENSA À 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INEXISTÊNCIA 
DO DÉBITO. DECRETAÇÃO. APELO DESPROVIDO. I 
[...] III - No dano moral, o valor 
indenizatório deve observar, além do 
caráter reparatório da lesão sofrida, o 
escopo pedagógico-punitivo da indenização 
 
 
 
, cabendo, assim, ao prudente arbítrio dos 
juízes a adoção de critérios e parâmetros 
que norteiem as indenizações. IV - [...].” 
(TJ/MA, Apelação Cível nº 22.808/2011, 
rel. Min. Marcelo Carvalho Silva)(Grifo 
Nosso). 
 
 
 
“DIREITO DO CONSUMIDOR. AGÊNCIA DE VIAGEM. 
ERRO NA EMISSÃO DE PASSAGEM AÉREA. 
FRUSTRAÇÃO DE VIAGEM INTERNACIONAL E DE 
COMPROMISSOS OFICIAIS. PARÂMETROS PARA O 
ARBITRAMENTO DO VALOR DO DANO MORAL 
SOFRIDO. I. Para o correto e justo 
arbitramento da compensação do dano moral 
devem ser ponderados, à luz das 
circunstâncias do caso concreto, a 
capacidade econômica e a situação pessoal 
das partes, a gravidade e repercussão do 
dano e o nível de reprovação do ato doloso 
ou culposo do fornecedor. II. Conquanto a 
responsabilidade civil gravite sob o 
princípio da indenidade e por isso seja 
vocacionada à completa reparação do 
prejuízo, nos domínios do dano moral 
agrega-se o perfil didático cujo propósito 
é coibir a repetição de atos incondizentes 
com os deveres de qualidade e segurança 
dos serviços ofertados no mercado de 
consumo. III. Deve ser majorado o valor da 
compensação que não interpreta a 
combinação dos elementos que balizam o seu 
arbitramento, máxime a intensa repercussão 
do dano moral e a considerável 
censurabilidade da desídia do fornecedor. 
IV. Recurso conhecido e provido.” (TJ/DF, 
Apelação Cível nº 200401.1.104944-3, 6ª 
T., rel. Min. James Eduardo 
Oliveira)(Grifo Nosso). 
 
 
DIREITO PROCEESSUAL CIVIL. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. DECISÃO QUE FIXOU VALOR A 
TÍTULO DE DANOS MORAIS. VALOR EXCESSIVO. 
PROVIMENTO DO AGRAVO. 1- A hipótese 
consiste em agravo de instrumento 
interposto contra decisão que fixou o 
valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a 
título de reparação por danos morais a ser 
pago pela ora agravante em sede de 
liquidação de sentença. 2- Alega a União 
que não seria possível a condenação de 
danos morais com fundamento punitivo, o 
que ofenderia o princípio da legalidade. 
Entretanto, considero que o “caráter 
punitivo” utilizado na quantificação do 
dano moral não tem natureza de sanção 
propriamente dita, funcionando apenas como 
mais um dos indicadores que devem ser 
levados em conta nadifícil tarefa de 
quantificar o dano moral. Desta forma, o 
caráter punitivo, ou educativo, tem por 
objetivo, como dito acima, evitar que o 
ofensor “saia lucrando”, ou seja, que este 
 
 
 
considere que perpetrar o ilícito não lhe 
trouxe qualquer incoveniente. Ademais, 
vem sendo reconhecido o caráter punitivo 
(ou pedagógico) da reparação do dano moral 
pela jurisprudência dos tribunais 
brasileiros, mormente em casos onde há a 
verificação da presença do elemento 
subjetivo para a consumação do dano. 3- 
[...]. (Grifo Nosso). 
 
Diante das determinações do art. 292, V do 
CPC, visando a definição de um valor que atenda aos 
preceitos da razoabilidade, mas também considere o porte da 
empresa referida, bem como, a lucratividade do negócio 
firmado entre as partes, mostra-se devida a condenação da 
Ré, no que tange aos danos de ordem moral vivenciados pela 
autora, o importe de R$ [...]. 
III. DO PEDIDO: 
Pelo exposto e visando restaurar a ordem 
jurídica passa-se a requerer o que segue: 
a) Seja deferido em favor da Autora o 
benefício da Assistência Judiciária Gratuita na forma do 
art. 98 do CPC; 
b) Seja concedida em favor da Autora a 
inversão do ônus da prova na forma do art. 6º, VIII do CDC; 
c) Cite-se a Ré para, caso queira, 
contestar a presente ação, sob pena de ser-lhe impostos os 
efeitos da revelia, admitindo-se como verdadeiros todos os 
fatos ora articulados; 
d) Seja ao final julgada totalmente 
PROCEDENTE a presente ação, reconhecendo-se a inversão da 
Cláusula Penal em desfavor da Ré e a consequente obrigação 
ao pagamento de [...], na forma descrita acima; seja a Ré 
condenada ao pagamento de indenização por danos materiais 
no importe de [...], [...] referente a aluguel e [...] a 
título de restituição da taxa de construção; seja ainda 
 
 
 
condenada ao pagamento de indenização por Danos Morais no 
valor de [...]. 
Protesta-se provar o alegado por todos os 
meios de prova admitidos em direito, sobretudo o depoimento 
pessoal das partes, provas documentais e testemunhais. 
Dar-se-á a causa o valor de [...]. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
São Luís, 21 de setembro de 2016. 
 
 
 
[nome doadvogado] 
OAB/MA nº [...]

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