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UNIVERSIDADE PAULISTA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE DIREITO
DIEGO SANTOS DA ROCHA – RA: N775AB-8
SARA IZABELA FERREIRA PINHEIRO – RA: C52JIB-2
WAGNER CORREIA DA SILVA – RA: N760HB-1
William Magalhães Gavaldão – RA: A05725-0
DEEP WEB 
SÃO PAULO, AGOSTO DE 2019. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 
2 DEEP WEB...........................................................................................................
 2.1 Submundo da internet................................................................................. 
2.2 Lados negro da forca.....................................................................................
2.3O alcance jurídico........................................................................................
3 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................
Deep Web
O que é Deep Web:
Deep web é o nome dado para uma zona da internet que não pode ser detectada facilmente pelos tradicionais motores de busca, garantindo privacidade e anonimato para os seus navegantes. É formada por um conjunto de sites, fóruns e comunidades que costumam debater temas de caráter ilegal e imoral.
Deep web é uma expressão inglesa e significa literalmente “Internet Profunda”. Também conhecida por Undernet ou Darknet, a deep web é considerada uma "internet invisível" porque todo o conteúdo disponível em seu interior não é de fácil acesso para a maioria dos internautas, e os produtores desses conteúdos optam por manter o seu anonimato, através de softwares que dificultam a sua identificação.
Os endereços eletrônicos que estão na deep web, ao contrário dos disponíveis na "internet convencional", não são construídos em um formato HTML, justamente para dificultar o acesso a estas páginas. Isso significa que os endereços na deep webnão são indexados e não são relacionados em motores de busca.
Para acessar estes conteúdos é necessária a instalação de programas específicos e o uso de "códigos secretos" para finalmente conseguir acessar alguns desses sites.
Os sites que estão na deep web buscam uma coisa em comum: a privacidade. Os internautas que navegam por lá não querem ser importunados por outros usuários ou simplesmente (e principalmente), são criminosos, assassinos, pedófilos, participantes de seitas satânicas ou demais grupos que pregam atividades imorais e de violência explícita contra o ser humano.
Surgimento da deep web
A deep web surgiu graças ao Laboratório de Pesquisas da Marinha dos Estados Unidos, que criou o The Onion Routing, um sistema de comunicações secreto que seria responsável por enviar dados e análises de sistemas através da internet anonimamente.
No entanto, em 2006, foi lançada uma versão do projeto para fins não-governamentais, intitulada de TOR (sigla de The Onion Routing). A palavra "onion" significa "cebola", em português, fazendo alusão às várias camadas que existem na cebola, semelhantes às camadas que um internauta deve atravessar para chegar ao conteúdo desejado em algum site da deep web.
O FBI, Federal Bureau of Investigation ("Agência Federal de Investigação", em português), une esforços com outras instituições para vigiar a deep web, tentando capturar criminosos ou solucionar crimes que são expostos nos fóruns da "internet invisível".
A deep web é ilegal?
De acordo com a legislação brasileira, acessar a deep web não é ilegal. O que pode ser considerado ilegal, em alguns casos, é o tipo de atividade ou interação que o indivíduo desenvolve neste local.
O que existe na 'deep web'?
A parte de anonimato da "deep web" (também chamada de "dark web") é atraente para ativistas políticos, hacktivistas e criminosos virtuais, além de pessoas que buscam compartilhar conteúdo censurado e ilegal.
Com ações policiais que derrubaram sites de abuso sexual infantil da web comum, parte desse conteúdo também passou a ser disponibilizado nessa rede.
Lá também se encontram lojas virtuais de mercadorias proibidas ou de difícil acesso, inclusive drogas (lícitas e ilícitas) e armas.
Várias dessas lojas, no entanto, já foram derrubadas pela polícia: o caso mais notório foi o do "Silk Road", cujo fundador, Ross Ulbricht, foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
A "deep web" também abriga muito conteúdo pirata, incluindo livros, programas e vídeos.
Quem pode acessar?
Qualquer pessoa. Quando o software específico é instalado no computador, a rede se torna acessível por meio dele. Além do "Tor", que é o mais popular, existem outros programas com funcionamento semelhante.
Esses programas podem ser facilmente encontrados na internet. Em alguns países ou redes, o uso pode estar bloqueado, mas existem mecanismos para burlar essas barreiras.
Muitos dos sites em redes de anonimato são abertos para visita, mas o endereço do acesso aos sites pode não ser muito divulgado. E nem todos os sites são abertos: alguns exigem convites ou cadastros. Há sites que só liberam parte do seu conteúdo para usuários veteranos.
Quais os riscos do acesso à 'deep web'?
Do ponto de vista técnico, os sites da "deep web" são normalmente mais simples que os da internet comum. É que muitos usuários dessas redes preferem navegar com o maior número possível de recursos desativado, tanto para acelerar o acesso como para reduzir o risco de rastreamento.
Por isso há um risco muito baixo de contaminação por vírus, softwares espiões e outros problemas dessa natureza apenas com a navegação na rede.
Por outro lado, qualquer conteúdo existente na "deep web" deve ser encarado com desconfiança.
Imagens podem ter sofrido edição, programas podem estar contaminados com vírus e grande parte das informações é imprecisa ou totalmente inventada.
É essa falta de sensibilidade sobre o conteúdo da rede que traz mais riscos, principalmente para adolescentes ou adultos não acostumados com este ambiente.
Para os pais que estiverem preocupados se os filhos estão acessando essas redes, é preciso verificar se algum dos programas envolvidos está instalado. Por exemplo: para acessar a rede mais comum, a "Tor", é preciso ter o "Tor Browser".
Presença do Tor Browser pode ser descoberta com uma simples pesquisa no menu Iniciar do Windows 10. No entanto, o programa também pode ser ocultado. — Foto: Reprodução
Em alguns casos, o programa pode ser identificado com uma pesquisa no menu iniciar do Windows 10 (basta digitar "Tor Browser"). No entanto, é possível esconder a presença do programa.
É válido lembrar que há muito conteúdo semelhante na internet regular, que crianças podem acessar a partir de qualquer computador, longe de qualquer monitoramento que os pais podem realizar no computador ou celular do filho.
Existe alguma regulamentação?
Não. O objetivo das redes de anonimato como o "Tor" é fugir de qualquer lei ou regra. Isso significa que o conteúdo dessas redes não é regulamentado.
Porém, como o acesso ocorre por meio da internet, é possível, em muitos casos, saber se alguém está usando o "Tor" e bloquear totalmente o acesso. A eficácia desses bloqueios é incerta, apesar do esforço necessário para impor esse tipo de barreira.
Segundo estatísticas do programa, o país com mais usuário em que internautas se conectam à rede por meios alternativos — um indício de que o método regular foi bloqueado — é a Rússia, responsável por 17,89% desses acessos. Em segundo lugar está o Irã (9,02%), seguido dos Estados Unidos (8,74%), da Turquia (6,51%) e da Índia (4,71%).
Como acontece o anonimato?
A internet só funciona graças a um grande acordo que existe na web: todos os sites, navegadores e sistemas operacionais "falam" um mesmo conjunto de "línguas" em comum, os chamados "protocolos de rede".
As redes de anonimato estabelecem uma camada de protocolo nova, que o computador não conhece. E, com isso, automaticamente, esses sites se tornam incomunicáveis.
O objetivo dessa camada adicionalé normalmente a garantia do anonimato dos usuários. Os detalhes técnicos variam em cada protocolo, mas a maioria estabelece uma série de intermediários em cada conexão.
Antes de o usuário se conectar ao destino final, ele se conecta a certos participantes da rede (que podem ser todos ou só alguns) e, com isso, qualquer visita ou acesso fica em nome desses usuários e não do verdadeiro internauta.
Dessa maneira, nem mesmo os próprios sites conseguem saber o endereço de IP verdadeiro de seus visitantes. Sem o endereço IP, é bastante difícil rastrear os acessos.
O próprio "Tor" nasceu com o nome de "The Onion Router". Em português, "onion" significa "cebola". O nome é uma alusão às diversas camadas (intermediários) da conexão antes de chegar ao destino final.
O programa foi criado pela Marinha dos Estados Unidos para ser usado em regimes autoritários com o intuito de proteger espiões e a comunicação secreta das Forças Armadas.
A rede hoje é mantida por uma organização sem fins lucrativos registrada no estado norte-americano de Massachusetts.
Qual o tamanho da 'deep web'?
Alguns sites que promovem o uso da "deep web" afirmam que a maior parte da web (às vezes, mais de 90%) está na lá. Porém, esse número deriva do conceito clássico do termo, ou seja, de páginas que não constam em mecanismos de busca.
Considerando só a parte anônima, a rede "Tor" realizou um levantamento em 2015 e estimou que que existiam 30 mil sites dentro dela. O tráfego na rede (que mede o uso da mesma para troca de dados) somava um volume de 150 terabytes por mês.
Em comparação, a internet regular tem quase 1,7 bilhão de sites (de acordo com o Internet Live Stats) e tráfego de mais de 7,5 milhões de terabytes por mês.
É possível rastrear ou monitorar a 'deep web'?
Rastrear acessos é bastante difícil, já que as redes são desenvolvidas com a finalidade de evitar o rastreamento, por causa das muitas camadas que existem entre o usuário e o site.
No entanto, o FBI já utilizou códigos semelhantes a vírus para se infiltrar nos computadores de visitantes de sites e colher informações para identificá-los.
Em geral, autoridades tentam infiltrar agentes nesses meios para conseguir ganhar a confiança dos outros participantes.
Foi o que o FBI fez no caso da loja "Silk Road": no momento da prisão de Ross Ulbricht, dono do site, o agente infiltrado estava conversando com ele por chat, para garantir que Ulbricht estivesse usando o computador. Isso permitiu a apreensão do notebook em flagrante, ligado e sem senha.
O que é um site 'chan'?
O fórum que pode ter sido usado pelos assassinos de Suzano é um de muitos sites existentes na internet (dentro e fora da "deep web") inspirados em um site japonês conhecido como "2channel" ("canal 2", de onde vem o "chan").
Em sua essência, os "chans" são fóruns de imagens cujo foco é compartilhar fotografias, desenhos ou memes e realizar comentários de qualquer natureza. No Ocidente, esse tipo de site foi popularizado pelo "4chan", fundado em 2003.
Qualquer pessoa que contribui com algum conteúdo nesses sites tende a ser identificada por um apelido. Ou seja, mesmo na internet normal, quem posta nesses sites tem alguma expectativa de anonimato, foi por isso que eles atraíram todo tipo de brincadeira duvidosa — os chamados "trolls" da internet.
Nos chans, os usuários têm um dialeto próprio. Alguns dos termos mais comuns são:
Anon: "anônimo", usuário que não se identifica no chan;
CP: "child porn", pornografia infantil;
Falho: pessoas consideradas "fracassadas" por terem pouca vida social ou habilidades de comunicação;
Incel: "involuntary celibacy", ou "celibato involuntário", são geralmente homens heterossexuais que criam rejeição a mulheres por não terem conseguido perder a virgindade;
Jorge: indivíduo que fracassa na tentativa de cometer atos terroristas;
Lulz: expressão que representa alegria pelo sofrimento de outras pessoas;
Raid: ataque hacker coordenado a um site ou fórum rival;
Sancto/sanctum/Sanctvm: usado como adjetivo para glorificar terroristas.
O alcance jurídico na Deep Web
Carência de Leis específicas
Acessar a Deep Web não é algo de outro mundo, principalmente para sites da rede TOR. Não existem leis que proíbam as pessoas de navegarem na Deep Web, principalmente na constituição brasileira e código civil. O que é ilícito são os atos praticados na rede, mas muitas coisas boas existem, só merece atenção ao navegar.
Por fim (ou ao menos é o início, apenas!) a deep web é a matrix virtual do mundo real, distante, talvez, do usuário comum.
Exemplo: existe diversos sites (o domínio são letras e números) com extensão “onion” (e não “. Com”) em que vende drogas, o valor/moeda é o bitcoin (moeda virtual).
Existe sites religiosos de grau profundo em suas crenças.
Venda de armamento de guerra, algo repreendido pelo código penal.
Seu Direito: Infelizmente não há regramento jurídico existente para tal ferramenta, concluindo-se que o direito ESPECÍFICO não alcança este mundo virtual, ao menos agora, quem sabe num futuro bem próximo? Por óbvio, destaca-se a legislação GERAL: CF/88, CC/02, Marco civil na internet e alguma leis internacional do direito comparado. Frisa-se, também, que a polícia federal investiga esses casos.
O direito digital vem se empenhando, através dos doutrinadores, numa construção acadêmica/jurídica facilitando a resolução do problema, embora temos um caminho árduo e vasto a se trilhar.
Leis utilizadas: CF/88, Código Civil, Código Penal, Marcos civil na internet e Leis internacionais.
Havendo dúvida, entre em contato conosco pela aba do site "contato" e deixe sua dúvida ou ligue para os números indicado, também contidos na mesma aba.
 Constituição Federal. Art. 5º (…) IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
Nos termos do artigo 302 do Código de Processo Penal, considera-se em flagrante delito quem está cometendo a infração penal; quem acabou de cometê-la; quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração; ou quem é encontrado, logo depois, instrumentos, armas objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Em conformidade com o artigo 5º do Código Penal, “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido em território nacional”.
BIBLIOGRAFIA 
http://www.suapesquisa.com/internet
http://www.robolaranja.com.br/quem-inventou-a-internet/
http://www.sulaovivo.com.br/blog/infografico-o-alcance-da-internet.html
http://www.ufrgs.br/vies/vies/internet-o-poder-ao-alcance-de-todos/
http://www2.uol.com.br/gisotriaviva/reportagens/o_nascimento_da_internet.html
http://www.viaki.com/home/internet/historia.php
http://www.superdownloads.com.br/materias/6136-deepweb-conheca-submundo-da-internet.htm
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/noticia/2014/11/guerras-dos-virus.html
http://gizmodo.uol.com.br/guerra-army-cyber-institute/
http://motherboard.vice.com/pt_br/read/um-passo-a-frente-pedofilos-na-deep-web