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FONÉTICA
Fonética é parte da gramática que estuda os sons da língua.
Fonema – menor unidade de som de uma palavra. São classificados em vogais, consoantes e semivogais.
Tipos de fonema
Vogais – fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar; constituem a base da sílaba. Cada sílaba apresenta apenas uma vogal.
Consoantes – fonemas pronunciados mediante algum obstáculo à passagem do ar; as consoantes sempre formam sílaba com vogais; sem as vogais, as consoantes são ruídos.
Semivogais – são os fonemas /y/ e /w/ quando juntos a uma vogal e formem sílaba com ela.
Encontros vocálicos
Ditongo – encontro de semivogal com vogal na mesma sílaba, ou vice-versa. pode ser crescente - semivogal + vogal (qual, freqüência, lingüiça) - ou decrescente - vogal + semivogal (pai, mau, muito) - ; oral - vogal base oral (pai, qual, mau) - ou nasal - vogal base nasal (freqüência, muito, porém).
Tritongo – encontro de semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba (Paraguai, Uruguai, saguão).
Hiato – seqüência de duas vogais (viúva, saúde, poeta). 
Obs.: Para efeito de nomenclatura, classificam-se os encontros de ditongo e vogal (papagaio, goiaba etc.) como hiatos.
Encontro consonantal
Encontro de consoantes numa mesma palavra. Pode ser separável (car-ta) ou inseparável (Bra-sil).
Dígrafo
Duas letras que representam um único fonema (quero, guerra, chave, pilha, manhã, exceto, nascer, campo, ponte etc.)
Sílaba
Fonema ou conjunto de fonemas emitidos em um só impulso expiratório.
Sílaba tônica – sílaba pronunciada com maior força expiratória dentro de uma palavra.
Prosódia – parte da gramática que estuda a posição correta da sílaba tônica.
Oxítonas – tonicidade na última sílaba.
Paroxítonas – tonicidade na penúltima sílaba.
Proparoxítonas – tonicidade na antepenúltima sílaba.
Obs.: As palavras monossílabas não se enquadram nesta classificação, dividindo-se simplesmente em “átonas” e “tônicas”.
Acento gráfico – mecanismo que, via de regra, indica a sílaba tônica não-natural de uma palavra. Sua colocação segue a seguinte regra:
Oxítonas terminadas em:
A(S) – vatapá, cajá, sabás, atrás;
E (S) – acarajé, café, canapés, através;
O(S) – bobó, avô, retrós, após;
EM(ENS) – alguém, também, reféns, parabéns.
Paroxítonas terminadas em:
I(S) – júri, táxi, lápis;
L – móvel, fácil, útil;
N – hífen (porém hifens, sem acento), íon;
PS – bíceps, fórceps;
US – Vênus, ônus, bônus;
X – tórax, látex;
UM – fórum, álbum;
ÃO – órgão, órfão;
à – ímã, órfã;
Ditongo – água, história, relógio.
Proparoxítonas
Todas são acentuadas graficamente – lâmpada, síndico, exército)
4. Monossílabos tônicos terminados em:
A(S) – pá, já, ás (subst.);
E(S) – pé, fé, mês;
O(S) – pó, dó, sós.
5. Ditongos abertos éi, éu, ói – idéia, colméia, chapéu, réu, herói, constrói.
6. As vogais I e U quando se constituírem na segunda vogal tônica de um hiato, desde que:
estejam sozinhas na sílaba ou a formem com “s”;
não estejam seguidas de “nh”
Viúva, saúde, raízes, país – porém raiz, juiz, rainha, bainha.
7. A primeira vogal dos hiatos ÔO, ÊE, quando tônicas – enjôo, vôo, vêem, crêem.
8. Os grupos “gue”, “gui”, “que”, “qui”:
recebem trema quando o “u” for pronunciado e átono (semivogal) – freqüência, ungüento, tranqüilo;
recebem acento agudo quando o “u” for pronunciado e tônico (vogal) – argúi, averigúe, obliqúe;
9. As terceiras pessoas de alguns verbos:
(ele) tem x (eles) têm
(ele) vem x (eles) vêm
(ele) contém x (eles) contém
10. Coloca-se acento circunflexo na forma pôde (pretérito perfeito do indicativo), em oposição à sua homógrafa pode (presente do indicativo)
11. Levam acento diferencial de intensidade, entre outras:
pára (v.) x para (prep.)
pélo, pélas, péla (v. pelar); pêlo, pêlos (cabelos); péla, pélas (bola) x pelo, pela, pelas, pelos (prep.)
pôr (v.) x por (prep.)
MORFOLOGIA
A morfologia estuda a estrutura e formação dos vocábulos, a flexão das palavras e sua classificação. Estuda, portanto, a forma das palavras na língua portuguesa. 
Morfemas
morfema - menor unidade de significação que constitui o elemento ou os elementos integrantes de um vocábulo. 
Estrutura das palavras
Radical
	É o elemento mórfico que contém o sentido básico da palavra, seu núcleo de significação externa. Duas ou mais palavras que apresentam um mesmo radical são denominadas palavras cognatas.
Vogal Temática
	É um morfema que serve para classificar as palavras em determinados grupos Quando acrescido ao radical, forma o tema.
Vogais temáticas nominais (sempre átonas) – estabelecem três grupos de nomes:
-a ( casa, mesa, rosa
-e ( mestre, padre, pobre
-o ( caderno, livro, novo
Vogais temáticas verbais (tônicas ou átonas) – configuram as três conjugações verbais:
-a ( cantar
-e ( vender
-i ( partir
Desinências
	Morfemas que têm a função de caracterizar as flexões que nomes e verbos podem apresentar.
Desinências nominais – exprimem as categorias de gênero e número
-a ( bela e magnífica aluna
-s ( magníficos alunos estidiosos
Desinências verbais – dão a noção de número/pessoa e modo/tempo
-mos ( cantamos, vendemos, partimos
-va ( cantava, amavas, sonhávamos
	Afixos
	São morfemas que se juntam ao radical para dar origem a novos vocábulos e modifcam, geralmente de maneira precisa, o sentido do radical a que se agregam. De acordo com sua posição na palavra, dividem-se em prefixos (antes do radical) e sufixos (depois do radical).
Vogal e consoante de ligação
	São elementos que não possuem qualquer valor lexical ou gramatical. São empregados para tornar a pronúncia das palavras mais fácil ou agradável.
Ex.:	gasômetro
	cafezal
Processos de formação de palavras
Composição
	É o processo pelo qual se cria uma palavra pela reunião de dois ou radicais, de tal sorte que o conjunto deles passe a formar um todo com significação nova. Existem dois tipos de composição: a justaposição e a aglutinação.
	Justaposição - associação de dois ou mais vocábulos sem qualquer prejuízo de sua autonomia fonética. Ex.: passatempo, girassol, Segunda-feira, pé-de-vento, madrepérola, beija-flor, bem-me-quer e criado-mudo são bons exemlos de palavras compostas por justaposição.
	Aglutinação - associação de radicais em uma única estrutura fônica, cuja fusão implica perda e/ou alteração dos elementos. Ex.: aguardente, agridoce, pernalta, boquiaberto, planalto e pernilongo são exemplos de palavras compostas por aglutinação.
Derivação
	É o processo pelo qual de uma palavra formam-se outras por meio da adição ou subtração de certos elementos que lhe alteram o sentido – referido sempre, contudo, à significação da palavra primitiva. São de cinco tipos: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética e regressiva.
	A derivação prefixal consiste somente no mero acréscimo de prefixos a um radical. Ex.: desleal, infeliz, antinuclear, imoral etc.
	Na derivação sufixal temos o simples acréscimo de sufixos a um radical. Ex.: lealdade, felicidade, moralidade, apendicite etc.
	A derivação prefixal e sufixal define-se por um acréscimo gradativo de prefixo e sufixo ao morfema lexical. Ex.: deslealdade, infelizmente etc.
	Já na derivação parassintética ou parassíntese temos a criação de palavras com auxílio simultâneo de prefixo e sufixo. Ex.: empobrecer, subterrâneo, enforcar, entristecer etc.
	A derivação regressiva consiste na supressão dos morfemas terminais de um vocábulo e sua substituição por uma vogal temática nominal. Forma principalmente substantivos a partir de verbos, chamados deverbais. Ex.: janta (jantar –ar + a), embarque (embarcar – ar + e).
Outros processos de formação de palavras
Derivação imprópria (conversão)
	Mudança da classe gramatical de uma palavra sem alteração de sua forma original. Ex.: Ele esperava um sim e recebeu um não.
Hibridismo
	Este processorepresenta uma condição singular de um novo vocábulo, cujos elementos provêm de diferentes línguas. Ex.: auto (grego) + móvel (português/latim), buro (“bureau”, francês) + cracia (grego) etc.
Reduplicação e onomatopéia
	A reduplicação ou duplicação silábica consiste na repetição de sílabas de uma palavra. A onomatopéia consiste em criar palavras imitativas que procuram reproduzir sons ou ruídos. Ex.: Juju, Zezé, tique-taque, teco-teco, zunzum, au-au, miau, cacarejar, cochichar, tilintar, bum!, pou!, zás-trás!, pimba! Etc.
Abreviação
	Redução pura e simples da palavra original sem a substituição de seus elementos fonéticos ou morfológicos. Ex.: pneu (pneumático), metrô (metropolitano), quilo (quilograma), foto (fotografia), moto (motocicleta) etc.
Siglas
	Redução de títulos às letras iniciais dos termos da expressão representada. As siglas podem se comportar como palavras primitivas, dando origem a novas palavras na língua. Ex.: OTAN, INPS, AIDS, PT, PMDB, PCB; podem dar origem a palavras como aidético, petista etc.
CLASSES DE PALAVRAS
São dez as classes de palavra: artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, conjunção e interjeição. Podemos diferenciar estas classes através de alguns critérios distintivos. 
O primeiro se refere à capacidade de um vocábulo em flexionar-se: 
Palavras variáveis
Palavras invariáveis
Artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome e verbo.
Advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
O segundo critério é semântico, isto é, a idéia expressa por determinadas palavras, como por exemplo: nomear seres e coisas (substantivo), dar características a seres (adjetivo) etc. 
O terceiro diz respeito a sua posição e função ao se relacionar com outras:
ARTIGO
É a palavra variável que se antepõe ao substantivo de modo a determiná-lo ou indeterminá-lo. São divididos em dois tipos, definidos e indefinidos:
Artigo definido (o, a, os, as) – Indica ser conhecido entre os da mesma espécie, maior grau de notoriedade; sinal de conhecimento prévio do ser ou objeto mencionado.
Artigo Indefinido (um, uma, uns, umas) – Menciona um ser qualquer entre outros da mesma espécie, indicando falta de notoriedade, de desconhecimento individualizado do ser ou objeto em questão.
O artigo indica ao substantivo gênero e número, se fazendo, em alguns casos, indispensável para esta tarefa. Ex.: o lápis – os lápis;	 o estudante – a estudante
Em outros casos o artigo define, inclusive, o sentido do substantivo usado, sendo ele o determinante de seu significado. Ex.: o Amazonas (rio) – as amazonas (mulheres que andam a cavalo).
SUBSTANTIVO
É a palavra variável com que se nomeiam os seres em geral, funcionando como núcleo de termos essencialmente nominais.
Substantivos concretos – representam “figuras”, isto é, designam seres de existência independente, ou que o pensamento apresenta como tal. Não importando se reais ou imaginários, materiais ou espirituais. Nomeiam pessoas, lugares, animais, vegetais, minerais e coisas. Ex.: alma, corpo, dragão, sereia, Brasil, Cuba, Deus, ar etc.
Substantivos Abstratos – designam seres de existência dependente. São aqueles que nomeiam uma qualidade, ação, estado, considerados como seres, imaginados independentemente dos seres que provém, ou em que se manifestam. Ex.: política, alegria, justiça, velhice, doença, amor etc.
Substantivos comuns – são aqueles que designam totalidade dos seres de uma espécie ou uma abstração (designação genérica). Ex.: homem, rio, urso etc.
Substantivos próprios – são aqueles que designam um determinado indivíduo da espécie (designação específica). Ex.: Roger, Amazonas, Catatau etc.
Gênero dos substantivos
Masculino – substantivo a que se pode antepor artigo masculino. Ex.: o amor, um sonho, o livro etc;
Feminino – substantivo a que se pode antepor artigo feminino. Ex.: a justiça, a esperança, uma ave, etc;
Comum de dois – substantivo uniforme a que se pode antepor artigo masculino ou feminino. Ex.: o/a artista. 
Sobrecomuns – substantivo uniforme que se refere a pessoas de ambos os sexos. Ex.: a criança (menino/menina). 
Epicenos - substantivo uniforme que se refere a animais ou vegetais de ambos os sexos. Ex.: a onça, a cobra.
Número dos substantivos
Formação do Plural
Os substantivos terminados em vogal ou ditongo são acrescido de -s a sua forma singular. Ex.: garoto – garotos, mesa – mesas, moça – moças
Os substantivos terminados em -ão apresentam três possibilidades:
A maioria (onde incluem-se todos os aumentativos) muda a terminação para -ões. Ex.: opinião – opiniões;
Outros fazem plural em -ães. Ex.: alemão – alemães, cão – cães, pão – pães;
Poucos oxítonos e todos os paroxítonos seguem a regra do acréscimo simples de -s. Ex.: cidadão – cidadãos, cristão – cristãos, bênção – bênção.
Os substantivos terminados em consoante formam plural acrescentando-se -es ao singular. Ex.: mar – mares, feliz – felizes, gravidez – gravidezes.
Alguns substantivos terminados em consoante possuem flexão diferente:
Paroxítonos terminados em -s e -x são invariáveis. Ex.: o lápis – os lápis, o atlas – os atlas, o tórax – os tórax;
Substantivos terminados em -al, -el, -ol, -ul substituem o -l por -is. Ex.: animal – animais, papel – papéis, farol – faróis;
– Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cônsul e seus derivados, que fazem plural respectivamente em males, réis e cônsules.
Substantivos oxítonos terminados em -il mudam o -l em -s. Ex.: barril – barris, fuzil – fuzis;
Substantivos paroxítonos terminados em -il substituem essa terminação por -eis. Ex.: fóssil – fósseis, réptil – répteis;
O monossílabo cais é invariável;
Plural dos substantivos compostos
Substantivos compostos sem hífen seguem a mesma regra dos substantivos. Ex.: girassol – girassóis.
Substantivos compostos por hífen, em regra geral, variam normalmente, os flexionando separadamente e posteriormente os reunindo. Ex.: amor-perfeito – amores-perfeitos; abaixo-assinado – abaixo-assinados.
Verbo, normalmente, permanece no singular. Ex.: beija-flor – beija-flores
Quando o 2º elemento limita o significado do 1º, isto é, lhe indica semelhança ou finalidade, somente o 1º elemento vai para o plural. Ex.: caneta-tinteiro – canetas-tinteiro (canetas do tipo tinteiro); banana-maçã – bananas-maçã (bananas do tipo maçã).
Quando a palavra composta é unida por preposição, somente o 1º elemento varia. Ex.: pé-de-moleque – pés-de-moleque; mula-sem-cabeça – mulas-sem-cabeça.
Em compostos de verbo + verbo, os dois flexionar-se-ão caso sejam repetidos. Ex.; pega-pega – pegas-pegas. Caso o 2º verbo seja o oposto do 1º, a palavra resta invariável. Ex.: o perde-ganha – os perde-ganha.
Em compostos que reproduzem sons, apenas o 2º elemento irá para o plural. Ex.: tique-taque – tique-taques.
ADJETIVO
É a palavra que modifica um substantivo, dando-lhe uma característica qualquer (qualidade, estado, aparência, modo de ser). Desta forma, restringe o sentido amplo e geral do substantivo.
Locução adjetiva - Expressão geralmente formada por preposição + substantivo, de valor equivalente ao de um adjetivo. Ex.: dias de hoje, céu de Brasília.
Em algumas expressões temos adjetivos que correspondem às formas da locução. Ex.: dias atuais, céu brasiliense.
Adjetivos pátrios - São aqueles que se referem a continentes, países, províncias, estados e cidades. Aqueles que se aplicam a raças e povos são denominados de gentílicos.
Gênero dos Adjetivos
O adjetivo assume o gênero do substantivo a que se refere, excetuando-se aqueles que se apresentam uniformes, quando não flexionados em grau. Ex.: menino bonito – menina bonita; moço pobre – moça pobre; homem paupérrimo – mulher paupérrima;
Número dos adjetivos
O adjetivo toma a forma singular ou plural do substantivo a que se liga. Ex.: aluno estudioso – alunos estudiosos.
Plural adjetivos compostos
Regra geral,apenas o 2º elemento da composição varia. Ex.: instituto afro-asiático – institutos afro-asiáticos.
Excetuam-se: 
A palavra surdo-mudo, que faz plural em surdos-mudos.
Adjetivos referentes a cores, que ficam invariáveis quando o 2º elemento da composição é um substantivo. Ex.: uniforme verde-oliva – uniformes verde-oliva.
Grau dos adjetivos
É a intensidade maior recebida pelo significado do adjetivo. O grau pode ser indicado analiticamente (com o apoio de outros termos e conectivos variados) ou sinteticamente (de caráter derivacional, com acréscimo de sufixos). Daí a existência de dois graus: comparativo e superlativo.
Grau comparativo
de igualdade: Monique é tão bela como Isabele.
de superioridade: Monique é mais bela do que Isabele.
de inferioridade: Monique é menos bela do que Isabele.
Grau superlativo
relativo
superioridade: Monique é a mais bela da escola.
inferioridade: Monique é a menos bela da escola.
absoluto
analítico: Monique é muito bela.
sintético: Monique é belíssima.
Concordância Nominal
Chama-se concordância ao fenômeno gramatical que consiste em o vocábulo determinante se adaptar ao gênero, número ou pessoa do vocábulo determinado. Artigos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos concordam em gênero e número com os substantivos a que se referem.
Adjetivo referentes a mais de um substantivo:
Anteposto ao substantivo – concorda com o elemento mais próximo
Ex.: Ele fez ótimas provas e trabalhos.
	Ele fez ótimos trabalhos e provas.
Posposto ao substantivo – vai para o plural (se forem gêneros diferentes, o masculino é sempre correto) ou concorda com o termo mais próximo.
Ex.: Comprei livro e apostila ilustrados.
	Comprei livros e apostilas ilustrados.
	Comprei apostilas e livros ilustrados.
	Comprei revista e apostilas ilustrada (ilustradas)
	Comprei livro e apostila ilustrada.
	Comprei apostila e livro ilustrado.
	Comprei livro e apostilas ilustradas.
Casos especiais:
Anexo e incluso – concordam com o nome a que se referem.
	Ex.:	 Os recibos vão anexos.
	 	As faturas seguiram inclusas.
Obs.: A expressão “em anexo” é invariável. – Vai em anexo a duplicata.
Alerta e menos – são sempre invariáveis.
	Ex.: 	Os seguranças estavam alerta.
		Há menos gente na praça hoje.
Bastante – quando pronome indefinido é variável, como advérbio, invariável. Recomenda-se a substituição pela palavra “muito”. Se muito varia em número, bastante também o fará.
	Ex.: 	A biblioteca do colégio tem bastantes livros.
		As provas serão bastante difíceis.
Caro e Barato – quando advérbios são invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se normalmente.
	Ex.: 	Comprou caro aquela amizade.
		Ele veste-se com roupas caras.
É necessário, é bom, é preciso, é proibido etc. – pode ficar invariável quando se deseja fazer uma referência de forma vaga.
	Ex.:	É necessário paciência.
		É proibido entrada.
		É proibida a entrada. (com artigo, a concordância é normal)
Meio – Quando numeral ou adjetivo (com sentido de “metade”, “parte de”) flexionam-se em gênero e número; quando advérbio é invariável.
	Ex.:	O veículo comporta meia tonelada de carga.
		Cheguei ao meio-dia e meia.
		Ela esta meio cansada.
		As pessoas eram meio chatas.
Mesmo, próprio e só – concordam com o substantivo a que se referem.
	Ex.:	Ela mesma fez isso!
		Elas próprias reconhecem seus erros.
Obrigado ​- Concorda com o sexo da pessoa que faz o agradecimento.
	Ex.:	Muito obrigado, disse o filho à mãe.
		Muito obrigada, disse a filha ao pai.
Quite – Concorda com o nome a que se refere.
	Ex.: 	O aluno está quite com os pagamentos do colégio.
		Os alunos estão quites com os pagamentos do colégio.
PRONOME
É a palavra que designa os seres, ou a eles se refere, em caráter estritamente gramatical, isto é, em jamais nomeá-los nem conferir-lhes um conceito determinado. O pronome determina a posição do ser no espaço comunicacional, denotando as três pessoas do discurso: 1º (quem fala), 2º (com quem se fala) e 3º (de quem se fala).
Pronomes pessoais
São aqueles que se referem diretamente às pessoas do discurso. Dividem-se em dois casos: o reto, possuindo função de sujeito ou predicativo; e o oblíquo, com função de complemento. Este último se divide em dois: os átonos, usados sem preposição; e os tônicos, sempre regidos de preposição.
Retos
Oblíquos
Átonos
Tônicos
Singular
1º
eu
me
mim, comigo
2º
tu
te
ti, contigo
3º
ele / ela
Se, o / a, lhe
si, consigo, ele / ela
Plural
1º
nós
nos
nós, conosco
2º
vós
vos
vós, convosco
3º
eles / elas
se, os / as, lhes
si, consigo, eles / elas
Pronomes de tratamento
Formas cerimoniosas destinadas a um interlocutor revestido de maior solenidade. Valem por verdadeiros pronomes pessoais. Embora designem a pessoa com quem se fala (2º), esses pronomes levam o verbo para a 3º pessoa.
Tratamento
Abreviatura
Usado para:
Vossa Alteza
V.A.
Príncipes, arquiduques, duques
Vossa Eminência
V.Em.ª 
Cardeais
Vossa Excelência
V.Ex.ª
Altas autoridades do governo e oficiais generais das Forças Armadas
Vossa Magnificência
V.Mag.ª
Reitores das universidades
Vossa Majestade
V.M.
Reis, imperadores
Vossa Reverência
V.Rev.ª
Sacerdotes em geral
Vossa Santidade
V.S.
Papa
Vossa Senhoria
V.S.ª
Funcionários públicos graduados, oficiais até coronel, pessoas de cerimônia
Pronomes possessivos
Estabelece uma relação de posse com as pessoas gramaticais, ou simplesmente denota uma referência a cada uma delas.
Pessoa
Forma Culta
Forma coloquial
Sg.
1º
meu, minha, meus, minhas
2º
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas, de você
3º
seu, sua, seus, suas
dele, dela
Pl.
1º
nosso, nossa, nossos, nossas
2º
vosso, vossa, vossos, vossas
seu, sua, seus, suas, de vocês
3º
seu, sua, seus, suas
deles, delas
Pronomes demonstrativos
Assinala a posição do objeto designado em relação às três pessoas do discurso.
Pessoa referida
Formas variáveis
Formas invariáveis
1º
este, esta, estes, estas
isto
2º
esse, essa, esses, essas
isso
3º
aquele, aquela, aqueles, aquelas
aquilo
Pronome indefinido
Refere-se sempre à 3ª pessoa gramatical, situada de forma vaga, imprecisa, ou exprimindo uma quantidade indeterminada.
Formas variáveis
Formas invariáveis
algum, alguma, alguns, algumas
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas
todo, toda, todos, todas
muito, muita, muitos, muitos
outro, outra, outros, outras
pouco, pouca, poucos, poucas
certo, certa, certos, certas
tanto, tanta, tantos, tantas
quanto, quanta, quantos, quantas
qualquer, quaisquer
algo, alguém
nada, ninguém
tudo
cada
outrem
que, quem
mais, menos
Pronomes Interrogativos
São aqueles que se empregam na formulação de uma interrogação direta ou indireta, referindo-se a algum ser ou objeto desconhecido. Ex.: que/o que, quem, qual/quais, quanto/quanta/quantos/quantas.
Pronomes relativos
O pronome relativo possui duplo papel dentro da frase: faz referência a um termo anteriormente expresso – chamado antecedente – substituindo-o na construção; ao passo que atua como um conectivo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva ao antecedente. Assume sempre uma função sintática dentro da oração que pertence, distinguindo-se, assim, das conjunções.
São pronomes relativos: que, quem, o qual/a qual/os quais/as quais, quanto (precedido de tudo), quantos (precedido de todos), cujo/cuja/cujos/cujas, onde. Ex.: O sol que brilha em Brasília é muito quente.
Verbo
É a palavra variável em tempo e modo que exprime basicamente o que se passa, isto é, é o acontecimento representado no tempo (ação, estado ou fenômeno). Sintaticamente o verbo não possui um papel exclusiva, mas possui função obrigatória de predicado, mesmo que não seja seu núcleo.
CANTÁ
VA
MOS
radical
vogal temática
desinência
modo-temporal
desinência
número-pessoal
tema
Pode-se fazer uma outra diferenciação, esta em relação à posição da sílaba tônica. Se a sílaba tônica recai sobre o radical verbal, dizemos que esta é uma forma rizotônica, caso a sílaba tônica não se localize no radical, teremos uma forma arrizotônica.
Classificação dos verbos
Regulares – possuem as desinências normais de sua conjugação e sua flexão nào provoca alterações no radical. Ex.: cantar, amar, vender, partir etc
Irregulares – apresentam alterações no radical ou nas desinências. Ex.: caber, dizer, fazer, cuspir, ferir etc.
Defectivos – não apresentam conjugação completa. nesse caso encontram-se todos os verbos que indicam fenômenos naturais. Ex.: abolir, falir, demolir, chover, trovejar etc.
Abundantes – são aqueles com mais de uma forma com o mesmo valor. Normalmente apresenta essa característica no particípio. Ex.: (ter / haver) morrido, (ser / estar) morto etc.
Anômalos – incluem mais de um radical em sua conjugação. Ex.: ser (sou / fui / era), ir (vou / fui / ia).
Modo verbal
O modo é a forma assumida pelo verbo para exprimir um fato. São três os modos verbais portugueses: 
Indicativo – expressa maior grau de certeza.
Subjuntivo – expressa possibilidade ou desejo, menor grau de certeza.
Imperativo – expressa ordem, advertência ou pedido.
Formas nominais
Formas do verbo que podem exercer funções de nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Infinitivo – se divide em pessoal ou impessoal
Impessoal – exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido.
Pessoal – infinitivo relacionado às três pessoas do discurso.
Gerúndio – expressa uma ação em curso.
Particípio passado – Quando não é empregado na formação de tempos compostos, indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Quando exprime somente estado, sem relação temporal, assume a função de adjetivo.
Tempos do indicativo
Presente – expressa um fato atual
Pretérito imperfeito – expressa um fato ocorrido no momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
Pretérito perfeito – expressa um fato ocorrido no momento anterior ao atual, completamente terminado.
Pretérito mais-que-perfeito – exprime um fato terminado ocorrido antes de outro igualmente passado.
Futuro do presente – enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente ao momento atual.
Futuro do pretérito – enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um tempo passado.
Tempos do subjuntivo
Presente – enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.
Pretérito imperfeito – exprime fato passado posterior a outro ocorrido, uma condição ou um desejo.
Futuro do presente – enuncia fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.
Tempos primitivos x Tempos derivados
São tempos primitivos o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo; isto significa dizer que, a partir destes três tempos são formados todos os outros.
Tempos derivados do presente do indicativo
Do radical da 1ª pessoa do singular terminado em -o conjuga-se o presente do subjuntivo. (excetua-se o verbo querer, que o faz em queira) O imperativo afirmativo faz-se a partir da 2ª pessoa do singular e do plural com a supressão do –s final (excetua-se o verbo ser: sê tu, sede vós) e o restante proveniente do presente do subjuntivo. O imperativo negativo é mera cópia do presente do subjuntivo.
Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo
A partir da 2ª pessoa do singular, com a supressão da desinência –ste, obtém-se o radical do pretério mais-que-perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
Tempos derivados do infinitivo
Com o radical do infinitivo fazemos o pretérito imperfeito do indicativo. (excetuam-se os verbos ser, ter, vir e pôr que fazem respectivamente era, tinha, vinha, punha). Com a forma completa do infinitivo fazemos o futuro do presente e do pretérito do indicativo (excetuam-se, neste caso, os verbos fazer, dizer e trazer que fazem respectivamente farei/faria, direi/diria e trarei/ traria).
Quadro de desinências número-pessoais
Singular
1ª
o / -
2ª
-s / -es
3ª
-
Plural
1ª
-mos
2ª
-is / -des
3ª
-m / em
Quadro de desinências modo-temporais
Indicativo
Presente
-
Pretérito
Perfeito
-
Imperfeito
1ª –va
2ª/3ª -ia
Mais-que-perfeito
-ra
Futuro
Presente
-ra/-re 
Pretérito
ria
Subjuntivo		
		
		
	
Presente
1ª e
2ª/3ª a
Pretérito
sse
Futuro	
r
Obs.: O pretérito perfeito é um tempo que possui desinências próprias que, por serem diferentes das outras, servem também como marcadoras de modo e tempo. A única desinência modo-temporal existente nesse tempo surge apenas na terceira pessoa do plural (-ra)
Pretérito perfeito – DNP
Singular
Plural
1ª
-i
1ª
-mos
2ª
-ste
2ª
-stes
3ª
-u
3ª
-m
Transitividade Verbal
1- Verbos de ação
2 - Verbos de ligação
1.1 - Transitivos
1.2 - Intransitivos
1.1.1 - diretos
1.1.2 - indiretos
1.1.3 - diretos e indiretos (bitransitivos)
Verbos de ação
São aqueles que expressam alguma noção. Podem ter seus significados complementados por substantivo ou não.
Transitivos
Exigem complemento substantivo.
1.1.1- Transitivos diretos
Pedem complemento não regido de preposição.
1.1.2- Transitivos indiretos
Pedem complemento regido por preposição ou termo equivalente (pronome oblíquo átono).
1.1.3- Transitivos diretos e indiretos
Pedem as duas espécies de complemento.
Intransitivos
Não exigem complemento substantivo.
Verbo de ligação
Mero elemento de conexão da construção, estabelecendo um vínculo entre sujeito e predicativo.
Regência 
	A regência verbal trata das relações entre o verbo e seus complementos, a forma como se constroem seus enunciados, a necessidade de preposições e, por fim, qual preposição e que tipo de construção é abonada pela norma culta. Seu estudo é dos mais complexos, visto que alguns verbos apresentam mais de uma regência dependendo de seus significados. Eis os mais comuns (entre parênteses a preposição exigida pelo verbo):
Abdicar
Constrói-se com objeto direto ou indireto.	“Não podia abdicar dos privilégios.”
						“O imperador abdicou o trono.”
Aspirar
sorver, cheirar = vtd 	“A menina aspirou o perfume das flores.”
almejar, pretender = vti (a)	“O candidato aspirava a um cargo elevado.”
Assistir
ver, presenciar = vti (a)	“Os cinéfilos assistiram ao filme alegres.”
prestar assistência = vtd	“A bela moça assistia os enfermos na casa de saúde.”
caber, pertencer = vti (a)	“Este é um direito que assiste ao réu.”
morar, residir = vi (em) 	“Os apóstolos assistiam em diversos lugares.”
Chamar
convocar, fazer vir = vtd	“O técnico da seleção chamou os jogadores “estrangeiros.”
apelidar, dar nome a alguém = vtd ou vti + predicativo (com oou sem preposição) 
Chamaram-no bobo.
Chamaram-no de bobo.
Chamaram-lhe bobo.
Chamaram-lhe de bobo.
Chegar/ ir
Constrói-se com adjunto adverbial introduzido pela preposição (a)
“O homem chegou ao bar e foi ao banheiro.”
Custar
ser difícil, custoso = vti	“Custou-me a elaboração (elaborar) da prova do exame.”
Constrói-se nas terceiras pessoas. Pode possuir como sujeito uma oração reduzida de infinitivo, precedida ou não pela preposição “a”.
Esquecer / lembrar
pronominais = vti (de)	“Não me esquecerei nunca de você.”
não-pronominais = vtd	“Esqueci meu casaco no carro.”
Implicar
a) envolver, requerer, tornar necessário = vtd 	“A construção de estradas implica vultosos recursos.”
Informar
Pede objeto direto de pessoa e indireto de coisa ou vice-versa.
		“O instituto informou a população dos índices inflacionários.”
		“O institutoinformou à população os índices inflacionários.”
Namorar
É verbo transitivo direto.	“A menina namorava todos os garotos da rua.”
Obedecer/ desobedecer
São verbos transitivos indiretos (a) 	“Obedeça ao regulamento e não terá problemas.”
Pagar/ Perdoar
Se constrói com objeto direto de coisa e objeto indireto de pessoa.
vtd (coisa)			“Pague suas contas em dia.”
vti (a) (pessoa)		“Perdoa a teus inimigos.”
Preferir
Constói-se com objeto direto e indireto. “Preferir” não admite a conjunção comparativa “(do) que” e expressões de reforço como “mais”, “menos” etc.
vtdi (a)			 “Prefiro futebol ao basquete.”
Proceder
ter fundamento = vi				“Seu argumento procede.”
originar-se, vir de algum lugar = vti (de)	“Isto procede do senhor?”
dar início, executar = (a)			“O secretário procedeu à leitura das atas.”
Querer
desejar = vtd		“Eu quero apenas olhar os campos.”
estimar, ter afeto = vti (a)	“Os filhos querem muito aos pais.”
Simpatizar / antipatizar
Pedem objeto indireto (com) e não são pronominais. 	“Simpatizei com seus projetos.”
Visar
mirar = vtd				“O arqueiro visou o alvo.”
dar visto = vtd			“O gerente do banco visou os cheques.”
ter em vista, objetivar = vti (a)	“O professor visava ao sucesso de seus alunos.”
Vozes verbais
Formas assumidas pelo verbo utilizadas para indicar a posição do sujeito frente ao processo que se enuncia. O sujeito pode ser agente ou paciente de uma ação verbal.
Voz ativa
O sujeito é o agente da ação verbal. 
Ele
fez
o trabalho.
sujeito (agente)
ação
objeto (paciente)
Voz passiva
O sujeito é o paciente da ação verbal, isto é, recebe a ação expressa pelo verbo. Pode ser analítica ou sintética. 
Analítica – formada por verbo auxiliar + particípio passado do verbo principal. 
O trabalho
foi feito
por ele.
sujeito (paciente)
ação
agente da passiva
Sintética – verbo na 3ª pessoa + se (partícula apassivadora)
Vendem-
se
carros
ação
partícula apassivadora
sujeito paciente
Freqüentemente o agente da passiva não vem expresso na voz passiva sintética.
Obs.: Somente verbos transitivos diretos podem fazer voz passiva. Alguns autores, no entanto, acham exceção nos verbos obedecer e desobedecer.
Voz reflexiva
O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e sofre a ação verbal.
Ele
feriu-
se
sujeito (agente)
ação
pronome reflexivo
Concordância verbal
Regra geral: verbo concorda com o seu sujeito em número e pessoa:
	A multidão aplaudia o candidato.
	Os povos antigos viviam felizes.
Concordância com sujeito composto:
Sujeito anteposto – normalmente vai para o plural
Pai e filho se estimam muito.
Carta e telegrama o cumprimentavam pela vitória.
Sujeito posposto – a concordância pode ser feita c/ o elemento mais próximo:
Vai falar o presidente e o ministro.
Vão falar o presidente e o ministro
Sendo o sujeito constituído de diferentes pessoas gramaticais irá para o plural na pessoa gramatical de preferência (1ª sobre a 2ª, 2ª sobre a 3ª)
Eu e tu passeamos.
Tu e ele passeais.
Sendo o sujeito resumido por pronome indefinido (tudo, nada, ninguém etc) o verbo concorda com o pronome que resume os núcleos.
Noticiários, filmes, novelas, desenhos tudo é atração na tevê.
Núcleos ligados pela conjunção ou:
com idéia de exclusão – verbo no singular – Fluminense ou Grêmio será o novo campeão.
referência possível para ambos os sujeitos – verbo no plural – o diretor ou a secretária poderão assinar o documento.
Sujeito é o pronome quem – verbo na 3ª pessoa do singular – Hoje sou eu quem lhe pede esse favor.
Sujeito é o relativo que – verbo concorda com o antecedente – Hoje sou eu que lhe peço esse favor.
Expressões do tipo um dos que, uma das que verbo pode ficar no singular ou plural – André foi um dos que reclamou.
reclamaram.
Sendo o sujeito um pronome interrogativo ou indefinido no plural seguido de pronome pessoal a concordância será feita com qualquer dos pronomes. Se o interrogativo vier no singular, o verbo concordará com esse. – Quais de vós sois (são) destemidos? / Qual de vós é destemido?
Nomes próprios que se usam exclusivamente no plural forçam o verbo a ir para o plural somente se estiverem precedidos de artigo. – (os) Estados Unidos é (são) uma potência mundial.
Sujeito formado por expressão partitiva (parte de, maioria de, grande parte de etc) seguida de plural – verbo no singular ou plural – A maioria dos gramáticos abona (abonam) esta construção.
Expressões aproximativas (mais de, menos de, cerca de etc.) seguidas de numeral – concordância com o numeral. – 	Mais de um aluno faltou à prova.
Mais de mil alunos faltaram à prova.
A expressão mais de um leva o verbo para oplural se estiver repetida ou se houver a indicação de ação recíproca. – 	Mais de uma revista, mais de um jornal 
denunciaram a farsa.
Mais de um manifestante se deram as mãos na praça.
Os verbos impessoais, assim como seus auxiliares nas locuções verbais ficam na 3ª pessoa do singular. – Há muitas coisas para estudar. / Está havendo muitas coisas para estudar.
Faz dias muito quentes no verão.
Deve fazer dias muito quentes no verão.
concordância do verbo ser
O verbo ser concorda com o predicativo:
nas orações impessoais:
Hoje são 11 de setembro.
se o predicativo for pronome pessoal:
Os interessados somos nós.
Obs.: se o sujeito e o predicativo forem pronomes pessoais, a concordância é feita com o sujeito:
Tu não és ele.
quando o sujeito for uma expressão de sentido coletivo:
O resto são lágrimas.
quando os pronomes tudo, isto, isso, aquilo etc funcionarem como sujeito:
Isso são problemas insolúveis.
nas orações introduzidas pelos pronomes substantivos que e quem:
Que são cem reais?
Quem são aqueles bobos?
O verbo ser concorda com o sujeito quando é nome de pessoa ou pronome pessoal:
Tu és as alegrias de tua mãe.
Gumercinda é as alegrias de sua mãe.
O verbo ser fica no singular quando seguido de expressões como muito, pouco, bastante etc.:
Dois quilos é muito.
Vinte reais é pouco.
o verbo ser permanece invariável na expressão de realce é que:
Nós é que vencemos a partida.
Advérbio
É a palavra de natureza nominal que serve, fundamentalmente, para modificar um verbo, ou ainda, dar ênfase ao sentido de um adjetivo, de um outro advérbio e, até mesmo, de toda uma frase, adicionando ao significado desses termos uma circunstância de tempo, modo, intensidade, afirmação, negação e dúvida.
afirmação
sim, certamente, realmente etc.
dúvida
acaso, porventura, provavelmente, talvez etc.
intensidade
bastante, bem, demais, mais, menos, meio, muito, pouco, quanto etc
lugar
abaixo, acima, aí, além, ali, aquém, atrás, dentro, forma, longe, perto etc.
modo
assim, bem, depressa, devagar, mal, melhor, pior, e quase a totalidade dos terminados em -mente
negação
não
tempo
agora, ainda, amanhã, antes, cedo, depois, hoje, já, logo, nunca, ontem, sempre, tarde etc.
Quando um advérbio modifica um adjetivo ou outro advérbio obrigatoriamente denota a circunstância de intensidade.
Locução adverbial
Expressão com valor adverbial composta por preposição + substantivo que tem possibilidade de demonstrar as mais variadas circunstâncias adverbiais. Ex.: Às vezes, às cegas, às pressas, de propósito, de repente, por atacado etc.
Expressão adverbial
São expressões com valor adverbial que possuem maior liberdade em sua formação, isto é, fogem da estrutura de preposição + substantivo. Estas expressões normalmente denotam circunstâncias adverbiais não relacionadas nos advérbios simples ou locuções. Ex.: morrer de fome, sair com os amigos, estudar para a prova, Escrever a lápis etc
Preposição
É a palavra invariável que relaciona dois termos da oração, de tal modo que o sentido do primeiro (antecedente) é explicadoou completado pelo segundo (conseqüente).
Sintaticamente atua conectando palavras de forma subordinada, introduzindo complementos verbais, complementos nominais e adjuntos.
Essenciais
Funcionam somente como preposições. São elas:
a
com
em
por (per)
trás
ante
contra
entre
sem
após
de
para
sob
até
desde
perante
sobre
Acidentais
São palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições.
afora
durante
mediante
como (= na condição de)
exceto
segundo
conforme (= de acordo com)
fora
visto
consoante
mais (= com)
senão
Locuções prepositivas
São duas ou mais palavras que desempenham o papel de preposição. Nestas locuções, o último elemento é sempre uma preposição. Ex.: Ao lado de, antes de, além de, acima de, abaixo de, com respeito a, junto a, a par de, apesar de, quanto a etc.
Contrações e combinações
Quando as preposições se ligam a outras palavras, constituindo uma única palavra, sofrendo esta a preposição uma redução de sua estrutura, estamos diante de uma contração. Ex.: à, àquele, dele, dela, pelo, pela, na, nos etc
Quando a preposição mantém sua estrutura original teremos uma combinação. Ex.: aonde, ao etc.
Crase
	É a fusão de a (preposição) com a (artigo feminino ou pronome demonstrativo) ou aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo.
Ocorre crase nos seguintes casos principais:
diante de palavra feminina, clara ou oculta, que não repele artigo. Ex.: Dirgia-se à Bahia.
diante de possessivo em referência a substantivo oculto. Ex.: Dirigiu-se àquela casa e não à sua.
diante das locuções adverbiais femininas. Ex.: à força, à faca, à noite, às escondidas, às vezes etc.
Não ocorre crase nos seguintes casos principais :
diante dos pronomes relativos que (quando o a anterior for uma preposição), quem, cuja;
diante de verbo;
diante de pronome pessoal e expressões de tratamento;
entre palavras repetidas;
diante da palavra casa quando desacompanhada de adjunto;
diante da palavra terra, quando usada no sentido oposto ao de água/ mar.
É facultativa a crase nos seguintes casos principais:
antes de pronome possessivo feminino com substantivo claro;
antes de nome próprio feminino.
Conjunção
Palavra ou expressão invariável, de valor puramente gramatical, servido para conectar duas orações ou termos de idêntica função, estabelecendo uma relação de coordenação ou subordinação.
Coordenativas
São aquelas que “coordenam” dois membros da oração, duas orações ou, até mesmo, dois períodos. São divididas em cinco tipos:
Aditivas
e, nem
Adversativas
mas, contudo, entretanto, no entanto, porém, todavia 
Alternativas
ou, ora...ora..., ou...ou..., quer...quer..., seja...seja...
Conclusivas
logo, pois (depois de verbo), portanto, por isso 
Explicativas
que, porque, pois (antes do verbo)
Subordinativas
São aquelas que têm por função “subordinar” uma oração a outra, ou a qualquer membro do período. São divididas em dez tipos:
Causais
como, porque, já que, visto que
Comparativas
mais/menos...que (do que), tal... qual, como
Concessivas
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que
Condicionais
se, caso, desde que, a não ser que
Conformativas
conforme, consoante, segundo, como
Consecutivas
tal/ tanto... que, de maneira que, de modo que
Finais
a fim de que, para que, que
Integrantes
que, se
Proporcionais
à proporção que, à medida que, quanto (mais/menos)
Temporais
quando, enquanto, mal, antes que, assim que, depois que, logo que
Palavras denotativas
São palavras que, por não exprimirem propriamente uma circunstância, classificam-se à parte, sem nome especial. Denotam inclusão (até, inclusive, mesmo, também, etc), exclusão (apenas, salvo, senão, só, somente etc), designação (eis), realce (cá, lá, é que, só etc), retificação (aliás, ou antes, isto é, ou melhor etc) ou situação (afinal, então etc).
Em uma análise, se nos depararmos com uma destas palavras que não modificam o verbo, nem o adjetivo, nem outro advérbio, convirá dizer somente: palavra ou locução denotadora de inclusão, exclusão etc.
Noções de Semântica
Polisemia 
É a capacidade de um termo em assumir diferentes siginificados, somente definidos dentro de um determinado contexto. Quando um termo se usa com várias acepções diz-se que há polissemia. É uma propriedade fundamental das línguas que, sem a polissemia não poderiam funcionar de forma eficiente. Seria impraticável dar um nome diferente a cada “coisa”, incluindo aquelas que nunca vimos.
Denotação x Conotação
Denotação – é o sentido concreto, literal. 
Conotação – sentido figurado, associado a outros elementos ou por eles sugeridos.
É essencial perceber no estudo da polissemia que:
- no ato de comunicação, há vocábulos que podem remeter a várias significações;
- a cada um desses vocábulos pode ser atribuída uma significação adequada ao seu contexto de uso;
- a polissemia é usada como recurso persuasivo em muitos atos de comunicação;
- a multiplicidade de sentido pode ser usada como recurso expressivo.
Ambigüidade (anfibologia)
É a propriedade de certas frases que apresentam vários sentidos. Esta ambigüidade pode ser lexical (quando é causada pela duplicidade de sentido de um morfema) ou sintática (quando a construção sintática gera a duplicidade).
Ex.: Ela estava em minha companhia. (ambigüidade lexical)
“minha companhia” pode significar “minha empresa” ou “comigo”
O magistrado julga as crianças culpadas. (ambigüidade sintática)
O magistrado julga que as crianças são culpadas.
O magistrado julga as crianças que são culpadas.
É necessário perceber quando esta ambigüidade é proposital, servindo ao espírito do texto e aos objetivos do autor, ou quando esta ambigüidade é fruto de equívoco e impercepção, prejudicando assim a compreensão do texto. 
Ex.: Os ciúmes da mulher levou-o ao suícidio. (Quem tinha ciúmes? a mulher ou o suicida?)
Vendi a mesa de comer velha. (Transposição do significado de um sintagma a outro – mudança da classe gramatical do adjetivo passando a substantivo)
Homônimos
	São palavras de igual grafia ou pronúncia que apresentam distintos significados. Se têm a mesma grafia são chamados homógrafos, caso tenham a mesma pronúncia, nomeiam-se homófonos.
SIGNIFICADO DE ALGUNS HOMÔNIMOS
acender (pôr fogo)
ascender (subir)
acento (sinal gráfico)
assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar)
asserto (afirmação)
caçar (perseguir animais)
cassar (tornar sem efeito)
cela (pequeno Quarto)
sela (arreio)
censo (recenseamento)
senso (entendimento, juízo)
cerração (nevoeiro)
serração (ato de serrar)
chá (bebida)
xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento)
Xeque (lance no jogo de xadrez)
concerto (sessão musical)
consertar (corrigir, reparar)
coser (costurar)
cozer (cozinhar)
espiar (observar)
expiar (pagar pena)
incipiente (principiante)
insipiente (ignorante)
ruço (pardacento, grisalho)
russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno)
taxa (tributo, imposto)
Parônimos
	Apesar de não reconhecidos pela NGB, os parônimos constituem-se em palavras de grafia parecidas e que causam algumas dúvidas.
 SIGNIFICADO DE ALGUNS PARÔNIMOS
absolver (perdoar, inocentar)
absorver (aspirar, sorver)
aprender (tomar conhecimento)
apreender (agarrar, prender)
arrear (pôr arreios)
arriar (descer, cair)
bebedor (aquele que bebe)
bebedouro (local nde se bebe)
cavaleiro (que cavalga)
cavalheiro (homem cortês)
comprimento (extensão)
cumprimento (saudação)
deferir (atender)
diferir (discordar, retardar)
delatar (denunciar)
dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever)
discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa)
discriminar (distinguir)
despensa (onde se guardam mantimentos)
dispensa (ato de dispensar)
emigrar (deixar um país)
imigrar (entrar numpais)
eminente (elevado)
iminente (prestes a ocorrer)
estada (permanência de pessoas)
estadia (permanência de veículos)
flagrante (evidente)
fragrante (perfumado)
imergir (afundar)
emergir (vir à tona)
inflação (alta de preços)
infração (violação)
infligir (aplicar pena)
infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial)
mandato (procuração, delegação)
peão (peça de xadrez, boiadeiro)
pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes)
procedente (proveniente)
ratificar (confirmar)
retificar (corrigir)
soar (produzir som)
suar (transpirar)
tráfego (trânsito)
tráfico (comércio ilegal)
Sintaxe
É a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica dessas e daquelas entre si.
Frase – é um enunciado de sentido completo. Pode ou não possuir verbo.
Oração – é o enunciado que se caracteriza pela presença do verbo.
Período – é um conjunto delimitado de orações. Caso apresente somente uma oração será classificado como período simples. Se apresenta mais de uma oração classificar-se-á como período composto.
Termos da oração
Essenciais
Sujeito
É o termo a que o verbo faz referência e com o qual, em princípio, este concordará. A Nomenclatura Gramatical Brasileira classifica os seguintes tipos de oração quanto ao sujeito:
Determinado simples – Quando apresenta um só núcleo.
Determinado composto – quando apresenta dois ou mais núcleos.
Obs.: O que é chamado de sujeito oculto – podendo também ser encontrado sob as designações de elíptico, desinencial ou contextual, visto não aparecer materialmente expresso – é tratado como sujeito determinado, dada a possibilidade de sua determinação, em lugar do conceito equivocado de sujeito oculto, pois o sujeito não é oculto, está oculto, podendo ser determinado e classificado.
Indeterminado – situação onde não se pode ou não se deseja especificar-se quem é o sujeito, apesar de constatar-se sua existência. Normalmente se caracteriza por:
verbo (intransitivo ou transitivo indireto) na 3ª pessoa do singular + se (índice de indeterminação do sujeito);
verbo na 3ª pessoa do plural sem referências no texto.
Oração sem sujeito – não há termo a que o verbo possa referir-se. Prefira-se esta denominação à sujeito inexistente. O verbo deste tipo de oração é chamado impessoal, permanecendo, em princípio, no singular. Eis os principais casos de impessoalidade verbal:
Haver, exprimindo existência ou ocorrência;
Haver e fazer, exprimindo tempo decorrido;
Ser, nas indicações de tempo;
Verbos que indiquem fenômenos da natureza.
Predicado
É o termo que encerra a declaração básica da oração. Caracteriza-se pela presença obrigatória do verbo. Classifica-se em:
Nominal – Quando possui núcleo nominal, ou seja, um predicativo, exprimindo estado, qualidade ou condição. Apresenta, sempre, verbo de ligação.
Verbal – Quando apresenta núcleo verbal, isto é, um verbo significativo (de ação). Não há, aqui, nenhuma espécie de predicativo.
Verbo-nominal – Quando possui dois núcleos, um verbal e outro nominal, isto é, um verbo significativo (de ação) e algum tipo de predicativo
Integrantes
Complementos verbais (objetos)
Complementam o sentido transitório de um verbo, representando o paciente da ação verbal.
Objeto direto
É o complemento obrigatório de um verbo transitivo direto, não exigindo a princípio, preposição.
Obs.: Por vezes, o objeto direto pode vir precedido por preposição não exigida pela regência do verbo. Isto ocorre por motivos estilísticos ou para evitar ambigüidade.
Objeto indireto
É o complemento obrigatório de um verbo transitivo indireto. Vem regido por preposição ou é representado por termo equivalente (pronome oblíquo átono)
Agente da Passiva
É o complemento que, na voz passiva (normalmente analítica), representa o ser que pratica a ação verbal.
Predicativo
É o termo que, através de verbo de ligação, relaciona-se ao sujeito ou ao objeto da oração, atribuindo-lhe uma característica ou estado.
Obs.: Quando se trata de predicativo do objeto deve-se atentar par ao fato de que o verbo de ligação não vem materialmente expresso na oração. Nesses casos, evita-se a classificação do termo como adjunto adnominal da seguinte forma:
Se o termo exprimir uma característica nova, casual ou momentânea do nome, será predicativo.
Se o termo exprimir uma característica constante ou anterior do nome, será adjunto adnominal.
Complemento nominal
Termo preposicionado que integra a significação transitória do núcleo substantivo. Se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. Representa, também, uma espécie de “paciente” quando consideramos o substantivo representativo de uma ação. Jamais indica posse.
Acessórios
Adjuntos
Adjunto Adnominal
Termo de valor adjetivo vinculado ao núcleo de expressão nominal, assumindo a função de qualificar, determinar ou especificar. Se liga a substantivos de qualquer espécie e pode vir preposicionado quando se tratar de locução adjetiva. Representa uma espécie de “agente” quando o substantivo permitir tal interpretação.
Adjunto Adverbial
Termo de valor adverbial que se acrescenta a um verbo, adjetivo, ou toda uma oração, indicando as mais variadas circunstâncias
Aposto
Termo de caráter substantivo que se acrescenta ao núcleo de um termo nominal a título de individualização, explicação, especificação, enumeração, recapitulação etc.
Vocativo
É o termo da oração usado para chamar – pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem se fala. Na escrita, o vocativo sempre aparece isolado por vírgulas.
Período Composto
É o período que se caracteriza pela presença de duas ou mais orações. Pode ser composto por Coordenação ou por Subordinação.
Período composto por coordenação
Caracteriza-se pela conservação da autonomia sintática de cada uma das orações, fazendo com que sejam, neste sentido, independentes entre si. A coordenação se estabelece entre duas orações por meio de conjunção (síndeto) coordenativa ou pela simples justaposição das orações. A presença ou não deste síndeto divide essas orações em dois grupos: assindéticas e sindéticas. 
Orações coordenadas assindéticas
	Não são introduzidas por nenhum tipo de conjunção.
Orações coordenadas sindéticas
	São introduzidas por conjunção coordenativa. A oração sindética leva o nome da conjunção quea introduz: aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa. 
Período composto por subordinação
Caracteriza-se pela dependência sintática entre as orações. Possui sempre uma oração principal que traz presa a si orações dependentes, que desempenha função sintática em relação à oração principal. Essas funções sintáticas são como os termos essenciais, integrantes ou acessórios, apresentando valores de substantivo, adjetivo ou advérbio.
Orações subordinadas substantivas
Exercem as funções de um substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto) em relação à oração principal. São introduzidas geralmente pelas conjunções integrantes que e se. Podem ser:
Subjetivas
Exercem a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. O verbo da oração principal sempre aparece na 3ª pessoa do singular. A oração sempre será subjetiva quando o verbo da oração principal:
estiver na voz passiva;
for constituído pelos verbos ser, estar ou ficar seguidos de substantivo ou adjetivo;
apresentar verbos do tipo acontece, parece, consta, convém, urge, corre, importa, satisfaz etc.
Objetivas diretas
Complementam o sentido do verbo transitivo direto da oração principal.
Objetivas indiretas
Complementam o sentido do verbo transitivo indireto da oração principal. A preposição que normalmente introduz o objeto indireto pode ser omitida no caso deste ser representado por uma oração.
Completivas nominais
Funciona como ocomplemento nominal de um termo da oração principal. Assim como as objetivas indiretas, pode também ter omitida a preposição por que normalmente é introduzida.
Predicativas
Caracteriza-se pela presença de verbo de ligação posposto ao sujeito na oração principal. 
Apositivas
Funciona como aposto de um termo da oração principal. Vem, normalmente, introduzida por pausa, em geral, representada por dois pontos. Pode ter omitida sua conjunção integrante.
Orações subordinadas adjetivas
Exercem a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal. Restringem ou explicam o significado de seu antecedente. São sempre introduzidas por pronome relativo. Classificam-se em:
Restritivas
Restringem, limitam, precisam a significação do antecedente. Se ligam ao antecedente sem pausa e dele não se separam, na escrita, por vírgulas.
Explicativas
Explicam, expandem, universalizam a significação de seu antecedente. Se ligam ao antecedente com pausa, separando-se, na escrita, por vírgulas.
Orações subordinadas adverbiais
Têm valor de advérbio, exercendo a função de adjunto adverbial. São de nove tipos e classificam-se pela conjunção que as introduz:
Causal
Indica o fato determinante (causa) da realização (ou não) daquilo que se declara na oração principal.
Consecutiva
Exprime o resultado da declaração feita na oração principal.
Condicional
Apresenta circunstância de que depende a realização do fato contido na oração principal.
Comparativa
Estabelece uma comparação em relação à oração principal. É comum neste tipo de construção a omissão do verbo na segunda oração.
Concessiva
Expressa um fato – real ou suposto – que poderia opor-se à realização do fato da principal, sem contudo frustrá-lo.
Conformativa
Traduz conformidade de um pensamento com aquele contido na oração principal.
Temporal
Traz à cena um acontecimento ocorrido num tempo relativo à oração principal.
Proporcional
Denotam o aumento ou diminuição que se faz paralelamente no mesmo sentido ou em contrário a outra dessas relações proporcionais.
Final
Representam a finalidade do fato expresso na oração principal.
Compreensão Textual
Veja o desenho abaixo e responda: quem vê melhor esta floresta? A mulher A, que está no alto da montanha ou o homem B que esta dentro da floresta?
Obviamente os dois têm uma visão diferente da floresta, mas complementares entre si. “A” vê a floresta do alto, em sua totalidade; ao passo que “B” enxerga e percebe os detalhes desta mesma floresta.
É desta forma que devemos ler um texto, percebendo-o como um todo, reproduzindo seu contexto e, depois, nos aproximando das principais idéias e percebendo seus detalhes. Tudo aquilo que vem no material escrito, seja ele lingüístico ou não, toda a bagagem que o próprio leitor traz consigo têm valor para a tarefa da compreensão textual. Leitor e texto devem interagir para que se possa extrair o máximo de informações possíveis.
Alguns elementos intervêm na tarefa de ler, como o autor, o leitor, o mundo do autor, a contextualização do leitor, o mundo representado pelo texto e os objetivos de cada elemento.
Isto tudo porque o autor cria um texto e, para fazê-lo, parte do que tem dentro de si e do que existe (ou que ele imagina existir) ao seu redor. O autor quer dizer algo, possui seus próprios objetivos ao idealizar sua obra.
O leitor se aproxima do texto. Ele també traz informações, experiências, sensações e sentimentos dentro de si. Também interage e é influenciado pelo mundo que o cerca. Como o autor, possui seus próprios objetivos ao pensar em ler alguma coisa.
O texto criado pelo autor é recriado em certa medida pelo leitor, mesmo que não completamente; sua essência permanece inalterada. O texto não existe ilhado da realidade em que foi feito, tampouco daquela na qual será lido.
Há múltiplas possibilidades de leitura, seguindo níveis distintos, conforme os objetivos do leitor, sua experiência lingüística e conhecimento de mundo. Isso, contudo, não significa que ler seja inventar um novo texto a cada leitura, mas é muito mais que mera decodificação lingüística.
Ler é viajar no texto em busca das informações nele contidas, é a procura por tudo o que ele pode nos oferecer e tudo aquilo que atende a nossos objetivos, para tal devemos usar todos os recursos disponíveis.
Aspectos textuais
O texto pressupõe a existência de um emissor (autor), um receptor (leitor), uma situação de comunicação, um contexto e um código (língua portuguesa, em nosso caso). Mas, vamos aos aspectos fundamentais:
Os aspectos internos dão conta das articulações que ocorrem entre os segmentos do texto propriamente dito, isto é, das relações de sentido e de utilização do código para dar aspecto único ao texto. São eles a unidade semântica, coesão e coerência.
A unidade semântica trata das relações de sentido entre as frases que compõe um texto. A coesão refere-se aos mecanismos utilizados para articular diferentes fragmentos de um texto. A coerência é a capacidade de dispor logicamente os argumentos apresentados, isto é, apresentá-los de forma não-contraditória.
Deve se dar grande importância aos elementos de coesão que podem ser pronomes, conjunções etc. pois eles demonstram relações que ocorrem dentro do texto, facilitando-nos sua compreensão. 
Já os aspectos externos vão tratar das relações que o texto mantém com outros elementos do ato de comunicação, tais quais a intenção, adequação e propriedade.
A intenção é, na verdade, o objetivo que o autor possui ao escrever determinado texto. A propriedade demonstra a capacidade do texto de se encaixar no que é proposto, provocando no leitor a resposta desejada. A adequação pode ser definida como o aspecto apresentado pelos textos bem formados de levar em consideração os conhecimentos da língua (e texto) exigidos pela situação.
Tipos de texto e discursos de base
Os textos são classificados, de acordo com suas características, em determinados tipos, que variam conforme a predominância da existência de figuras ou de idéias abstratas. Com isso temos dois tipos de texto e seus decorrentes discursos de base, conforme o exposto na tabela abaixo.
Assuntoo
Textos concretos
(figurados)
Descrição
Narração
Textos abstratos
Exposição
Argumentação
Dizemos que os textos são concretos quando apresentam palavras ou expressões que correspondem a algo existente (o que se imagina como tal) no mundo natural ou social (figuras). Os textos abstratos são aqueles que apresentam idéias que organizam e ordenam a realidade percebida pelos sentidos.
Já com relação aos discursos de base, os textos mais concretos apresentam-se como narrações ou descrições. Já aqueles mais abstratos, como exposições ou argumentações.
Descrição – discurso que apresenta, de um ponto de vista ou foco, objetos, paisagens, lugares, ambientes, personagens e seus estados emocionais.
Narração – apresenta episódios, acontecimentos, eventos e, normalmente, uma série de eventos.
Exposição – Apresenta ou explica idéias, esclarecendo-as, organizando-as, sem, entretanto, tomar uma posição.
Argumentação – apresentação de idéias e fatos que sustentem um ponto de vista a cerca de determinada questão; isto é, provar, defender uma visão particular sobre determinado assunto.
Coesão textual
Ligação, de natureza gramatical ou lexical, entre os elementos de uma frase ou de um texto. São elementos de coesão os pronomes, as conjunções e as expressões dêiticas endofóricas em geral.
Há formas de coesão realizadas através de mecanismos gramaticais, já expressos, e outras onde esta se constitui como uma relação semântica entre um elemento do texto e algum outro elemento crucial para sua interpretação, dando a possibilidade de, nesses casos haver referência exofórica.
Enfim, pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a todos os processos de seqüencialização que asseguram (ou tornam recuperável)uma ligação lingüística significativa entre os elementos que ocorrem no texto.
Dêixis
É a propriedade que têm alguns elementos lingüísticos, tais como pronomes pessoais e demonstrativos, de fazer referência ao contexto situacional ou ao próprio discurso, em vez de serem interpretados semanticamente por si próprios.
 
Anáfora
Elemento lingüístico cuja referência não é independente, mas ligada à de um termo antecedente. Em”João barbeou-se”, por exemplo, o reflexivo “se” só pode ser interpretado com referência a João.
Catáfora
Unidade lingüística que se refere a outra, enunciada mais adiante. 
Endófora
No discurso, o conjunto dos elementos que apontam para algo anteriormente expresso ou que virá a ser expresso, dando, assim, coesão ao texto. Em “O menino banhou-se”, o pronome “se” refere-se a o menino, anteriormente enunciado. Em “Ouça isto: o chefe viajou”, “isto” faz referência a toda a oração seguinte.
 
Exófora
O conjunto das classes de elementos que fazem referência a pessoa, lugar e tempo, tais como pronomes pessoais, advérbios de lugar e de tempo. Formas como “eu”, “esse”, “ali”, “agora” são decodificadas à medida que se sabe quem é o falante, onde se situa espacialmente e quando proferiu o enunciado.
Modalizadores
Elementos do discurso que indicam a atitude do sujeito em relação ao conteúdo de seu enunciado, como, por exemplo, expressões como “na minha opinião”, “eu acho”, “talvez”, “é possível” etc.

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