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Unidade III 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM DIREITO PRIVADO 
 
 
 
 
Profa. Célia Rosenthal 
Do estado atual do direito de filiação 
 Filiação: efeitos pessoais e patrimoniais. 
 
Origem da filiação 
 Relacionada à família e ao parentesco. 
 Criação e organização do status familiar, 
e a relação jurídica paterno-filial. 
 Direito Antigo, antes das codificações: dificuldade 
para alcance do vínculo com o pai. 
 Estado de filho atrelado à maternidade. 
Código Civil brasileiro de 1916 
(a tradição napoleônica do Código de 1804) 
 Filiação legítima e filiação ilegítima. 
 Casamento: válido ou putativo. 
 Presunção pater is est acoberta os 
filhos havidos dentro do casamento. 
 Fora do casamento: sentença ou reconhecimento. 
 Prazos máximo e mínimo da gravidez 
e estado civil dos genitores. 
 Influência das codificações alienígenas. 
Filiação ilegítima 
Relações extramatrimoniais: 
 naturais; 
 espúrios: a) adulterinos (a patre; a matre); b) incestuosos. 
 
Decreto-Lei nº 3.200/41 
Art. 14 – proibia que nas certidões de 
nascimento a categoria de filiação: 
 “Nas certidões de registro civil, não se mencionará 
a circunstância de ser legítima, ou não a filiação, salvo 
a requerimento do próprio interessado ou em virtude 
de determinação judicial”. 
Decreto-Lei nº 4.737/42: 
direito aos chamados “espúrios” 
 CC/1916: permitia o reconhecimento dos filhos naturais. 
 Vedava à filiação adulterina e incestuosa o reconhecimento. 
 Decreto-lei nº 4.737.42: “O filho havido pelo cônjuge fora do 
matrimônio pode, depois do desquite, ser reconhecido ou 
demandar que se declare sua filiação”. 
Interatividade 
Quanto ao reconhecimento de paternidade, 
no CC/1916, assinale a alternativa correta: 
a) Era admitido aos filhos adulterinos. 
b) Não era necessário para os filhos 
havidos fora do casamento. 
c) Era indispensável mesmo para os filhos 
havidos na constância do casamento. 
d) Era permitido o reconhecimento 
dos filhos “ilegítimos naturais”. 
e) O CC/1916 admitia o reconhecimento 
de filhos naturais e incestuosos. 
 
 
Resposta 
Quanto ao reconhecimento de paternidade, 
no CC/1916, assinale a alternativa correta: 
a) Era admitido aos filhos adulterinos. 
b) Não era necessário para os filhos 
havidos fora do casamento. 
c) Era indispensável mesmo para os filhos 
havidos na constância do casamento. 
d) Era permitido o reconhecimento 
dos filhos “ilegítimos naturais”. 
e) O CC/1916 admitia o reconhecimento 
de filhos naturais e incestuosos. 
 
 
Lei nº 883/49 
 Filho chamado incestuoso ou adulterino. 
 Trata das diversas hipóteses de dissolução da sociedade 
conjugal, as quais foram alijadas do anterior diploma legal. 
 Assim, se houvesse a dissolução da sociedade conjugal, 
por qualquer um dos motivos, seria permitido a qualquer 
dos cônjuges o reconhecimento do filho havido fora do 
matrimônio e, ao filho, a possibilidade de investigação 
do seu vínculo paterno-filial. 
 Alimentos – sucessão. 
Lei nº 6.515/77 
 Reconhecimento de paternidade ainda 
na constância da sociedade conjugal. 
O art. 51 da Lei nº 6.515/77 acrescentou um parágrafo 
único ao art. 1º da Lei nº 883, assim redigido: 
 “Ainda na vigência do casamento, qualquer dos 
cônjuges poderá reconhecer o filho havido fora 
do matrimônio, em testamento cerrado, aprovado 
antes ou depois do nascimento do filho, e, nessa 
parte, irrevogável”. 
Lei nº 7.250/84 
 Estabeleceu mais um caso de reconhecimento de filho 
adulterino, ainda durante a vigência da sociedade conjugal. 
 Ocorre que tratava-se de condição sine qua non o fato de 
o cônjuge estar separado de fato há mais de cinco anos. 
ECA – Lei nº 8.069/1990 
 Permite que os filhos havidos fora do casamento sejam 
reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no 
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante 
escritura ou outro documento público, qualquer que seja 
a origem da filiação (art. 26). 
 “O reconhecimento do estado de filiação é direito 
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo 
ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem 
qualquer restrição, observado o segredo de justiça” 
(art. 27). 
Lei nº 8.560/92 
 Art. 3º: proibiu o reconhecimento de filho na ata do casamento. 
 Regulamentou o procedimento da investigação de 
paternidade dos filhos havidos fora do casamento. 
Código Civil de 2002 
 Paternidade presumida. 
 Casamento. 
 Reprodução assistida – homóloga; 
heteróloga com autorização. 
 Art. 1597. 
 Princípio da dignidade da pessoa humana, artigo 1º., 
III da CF; e filiação social: paternidade socioafetiva. 
Interatividade 
O reconhecimento de paternidade consiste em ato: 
a) sempre voluntário. 
b) informal, quando voluntário. 
c) irrevogável. 
d) possível somente após o divórcio, pois 
trata-se de filiação fora do casamento. 
e) decorrente sempre de escritura pública. 
 
 
 
Resposta 
O reconhecimento de paternidade consiste em ato: 
a) sempre voluntário. 
b) informal, quando voluntário. 
c) irrevogável. 
d) possível somente após o divórcio, pois 
trata-se de filiação fora do casamento. 
e) decorrente sempre de escritura pública. 
 
Dos alimentos 
Conceito 
 Interesse do Estado. 
 Normas de ordem pública: cogentes. 
 Direito da personalidade: caracterização. 
 Imprescritibilidade e prescrição em dois anos. 
Espécies 
 Naturais ou necessários. 
 Civis ou côngruos: condição social. 
 Compensatórios: para evitar o desequilíbrio 
econômico do consorte dependente. 
 Legais: decorre do parentesco, casamento ou união estável. 
 Voluntários: decorrem da manifestação de vontade. 
 Indenizatórios: decorrem do ato ilícito. 
 Definitivos: em sentença ou acordo homologado pelo Juiz. 
 Provisórios: exigem prova pré-constituída 
do parentesco, casamento ou união estável. 
 
Dever alimentar 
 Ascendentes e descendentes. 
 Casamento – união estável. 
 Colaterais até o segundo grau. 
 
Características da obrigação alimentar 
 Transmissibilidade. 
 Divisibilidade: divisível e não solidária, 
pois não há texto legal nesse sentido. 
 Obs.: exceção – Estatuto do Idoso 
– solidariedade entre os filhos. 
 Condicionalidade: a eficácia depende de condição 
– binômio necessidade-possibilidade. 
 Reciprocidade. 
 Mutabilidade: alteração de valor. 
Pressupostos da obrigação alimentar 
 Sujeitos obrigados. 
 Necessidade. 
 Possibilidade. 
 Proporcionalidade: alimentos prestados 
na proporção das necessidades. 
Maioridade do filho credor de alimentos 
Súmula 358 do STJ: 
 “O cancelamento de pensão alimentícia de filho que 
atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, 
mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”. 
 Obrigação presumida: filhos incapazes, menores, 
interditados ou impossibilitados de trabalhar. 
Interatividade 
A obrigação de pagar alimentos não pode ser considerada: 
a) transmissível. 
b) divisível. 
c) solidária, salvo na hipótese do Estatuto do Idoso. 
d) condicionada ao binômio necessidade-possibilidade. 
e) recíproca. 
Resposta 
A obrigação de pagar alimentos não pode ser considerada: 
a) transmissível. 
b) divisível. 
c) solidária, salvo na hipótese do Estatuto do Idoso. 
d) condicionada ao binômio necessidade-possibilidade. 
e) recíproca. 
Pecúnia ou espécie 
 Moradia e subsistência. 
 Escolha do devedor. 
 Interesse do credor. 
Credores e devedores – nascituro – ascendentes 
Alimentos gravídicos. 
 Ascendentes: mais próximos. 
 A paternidade socioafetiva gera obrigação 
alimentar, equivalente a paternidade biológica. 
 
 
Alimentos ao cônjuge culpado 
 Culpa no divórcio: indenização por danos morais. 
 Alimentos necessários. 
Modos de pagamento 
 Ação de alimentos. 
 Execução por quantia certa. 
 Penhora em vencimentos. 
 Desconto em folha. 
 Reserva de aluguéis. 
 Prisão do devedor. 
Para a execução da obrigação 
alimentar – requisitos: 
 Atraso no pagamento. 
 Prescrição (prazo prescricional de dois anos anteriores). 
 Competência – foro de domicílio do alimentando. 
 Legitimidade – suprimento da capacidade, quando incapaz. 
 Alegações. 
 Pedidos. 
 Valor da causa – calculado 12 vezes 
o valor atual da pensão alimentícia. 
 
 
 
 
Execução da pensão alimentícia 
por quantia certa – critérios: 
 Débito superior anterior aos três últimos meses. 
 Cálculo – incluir o demonstrativo. 
 Cópia da sentença (título executivo 
judicial) ou decisão liminar. 
 Pedido de penhora on-line em caso de não pagamento. 
Prisão civil por dívida alimentar 
 Artigo 5º., inciso LXVII da Constituição Federal. 
 Débito que autoriza a prisão civil: três prestações anteriores 
à citação e as que vencerem no curso do processo. 
 
 
 
 
Interatividade 
É correto afirmar, quanto aos alimentos, que: 
a) estes podem ser pagos em dinheiro ou em espécie. 
b) a prisão civil do alimentante somente pode ser 
requerida pelos últimos seis meses sem pagamento. 
c) O desconto em folha não pode ser alternativa 
para o pagamento de alimentos. 
d) O culpado pelo divórcio não tem 
direito de exigir os alimentos. 
e) A paternidade socioafetiva leva somente à 
obrigação de custear os alimentos indispensáveis 
para a subsistência. 
Resposta 
É correto afirmar, quanto aos alimentos, que: 
a) estes podem ser pagos em dinheiro ou em espécie. 
b) a prisão civil do alimentante somente pode ser 
requerida pelos últimos seis meses sem pagamento. 
c) O desconto em folha não pode ser alternativa 
para o pagamento de alimentos. 
d) O culpado pelo divórcio não tem 
direito de exigir os alimentos. 
e) A paternidade socioafetiva leva somente à 
obrigação de custear os alimentos indispensáveis 
para a subsistência. 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA!

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