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Processo de Calibração de Instrumentos + Determinação Incerteza de Medição Prof. Leonel Poltosi 1 Objetivos Apresentar o processo de calibração de um instrumento de medição, isto e determinação da exatidão. Apresentar o processo de determinação da incerteza de medidas conforme G.U.M – Inmetro. Exercitar alguns exemplos de calibração de instrumentos com variáveis não correlacionadas e correlacionadas. 2 Processo de Calibração - Glossário • MP = medidor padrão (referencia com exatidão inferior a 1/10 da pretendida. • MC = medidor em calibração • K = fator de abrangência = coeficiente t de Student para 95% de certeza. • IM = incerteza de medição. • Erro Total = | erro | + | IM | • Uc = incerteza padrão ou combinada • U = incerteza expandida = k. Uc = IM; este é o valor que deve ser correlacionado com a exatidão. • Resultado = VM +/- U normalmente para 95% de confiança. 3 Processo de Calibração - Glossário • Cc = Correção Combinada = Σ erros sistemáticos de todas as incertezas de medição. • Veff = graus de liberdade efetivo = combinação dos graus de liberdade (tamanho das amostras para tipo A) de todas as incertezas. • SMC = Sistema de Medição a calibrar • SMP = Sistema de Medição Padrão (referência) • VVC = Valor Verdadeiro Convencional. 4 Nomeclatura em Metrologia • O Inmetro foi signatário da norma JCGM 200-2008 emitindo uma Portaria com a versão luso- brasileira desta norma em 2012. • Denominada como “VIM”, trata do Vocábulo Internacional de Metrologia. • Toda e qualquer publicação técnica na área de metrologia deve estar alinhada com a nomenclatura convencionada nesta norma. 5 G.U.M. • O Inmetro é signatário da norma G.U.M. - JCGM 100:2008 Guia para Expressão da Incertezas de Medição. Disponível no site do Inmetro. Esta norma que define a metodologia adotada neste tópico. 6 Nomeclatura 7 Inmetro 1996 Aferição Calibração Calibração Ajuste Alguns conceitos: Erro (E) é a diferença do valor da Indicação do Sistema de Medição ( I) e o Valor Verdadeiro (VV). E = I - VV • Na prática o valor verdadeiro é desconhecido, então adota-se o Valor Verdadeiro Convencional (VVC), isto é, uma valor conhecido com um erro menor de 1/10 do valor esperado. E = I - VVC 8 Critérios de Arredondamento: • Incerteza deve ser expressa com o mesmo número de algarismos significativos que a leitura feita – o método não pode melhorar matematicamente a resolução. • Os cálculos devem ser efetuados com maior número possível de casas decimais. No mínimo dois algarismos significativos a mais que os que aparecerão no resultado final. • O arredondamento é no final do cálculo da incerteza: = 5, soma +1 se o número significativo imediato for impar apenas <5, não se efetua a soma de +1. >5, soma +1 sempre. Exemplos: 534,532 -> 523,5 ; 327,551 -> 327,6 ; 224,457 -> 224,4 ; 485,473 -> 485,5 9 Medição 10 Medição - Propagação de Erros Para leituras indiretas, isto é, que empregam vários instrumentos para obtenção do valor a partir dos valores experimentais e de uma equação de definição, emprega-se o método de Kleine e McClintock para obtenção da estimativa do erro resultante. O resultado do cálculo do erro é uma função das variáveis independentes Xi, ou seja: Xi representa as variáveis que determinam o valor de medição Z. ΔZ trata da incerteza da medição correspondente. Medição - Propagação de Erros • O que são variáveis independentes ? • São independentes quando podem variar sem se correlacionar alterações das demais variáveis. • Num espaço de domínio n dimensional são representadas por eixo ortogonais ( 90o). A projeção de um eixo com relação aos outros é nula. • A contribuição de cada variável independente é considerado um cateto num espaço n dimensional. • A soma dos quadrados dos catetos é o quadrado da hipotenusa. ΔU2 = ΔX12 + ΔX22 + ΔX32 ... Medição - Propagação de Erros . Medição - Propagação de Erros Chamando de ΔZ o erro do resultado e sendo ΔXi os erros da variáveis independentes, tem-se: Chamada de Equação de Kleine e McClintock O termo ( 𝜕𝑍 𝜕𝑥𝑖 ) é chamado de coeficiente de sensibilidade de cada variável xi que influencia na incerteza da medição. A sensibilidade de um transdutor é a inclinação da curva de transferência, logo a derivada de primeira ordem. Calibração 15 Alguns conceitos: Calibração: Conjunto de operações que estabelece, sob condições específicas, a relação entre valores indicados por um instrumento ou sistema de medição, ou dos valores representados por um material de referência ou de medição, e dos valores correspondentes de uma grandeza determinada por um padrão de referência. Depende: • das incertezas envolvidas. • das condições de reprodutividade (ambiente, operador, técnica de medição). • do tamanho da amostragem. 16 Método de Calibração 17 Número de Medições-Comparações (amostragem) e Pontos : • Deve-se se efetuar o maior numero de medições possíveis numa mesma condição (ponto de calibração) para que o grau de liberdade (N) seja significativo. • Recomenda-se 30 medições por ponto de calibração. • Um baixo número de graus de liberdade irá incorrer a uma maior incerteza de medição, devido a ao grau de confiança atribuído pela distribuição t de Student. • O item 7.1.1 do DOQ-CGCRE-018 (INMETRO, 2011) recomenda “pelo menos” três pontos de calibração bem distribuídos dentro da faixa, como por exemplo, 10%, 50% e 95% do valor da faixa. 18 Método de Calibração Direta 19 Método de Calibração Indireta 20 Método de Calibração Indireta 21 • Equipamento para calibração de manômetros com método de calibração indireta, utilizando manômetro de referencia, disponível na UNISINOS: • Uma das fontes de incerteza trata da exatidão do instrumento do SMP – Sistema de Medição Padrão. Incertezas de Medição : Propagação Variáveis de entrada Uc = incerteza padrão combinada associadas a incertezas • Padrões de transferência são variáveis com incertezas associadas. 22 Xi Yi Uc Incertezas de Medição • Incertezas tipo A: avaliadas por análise estatística de uma série de observações (tipo de distribuição, desvio padrão, número amostras). Exemplo: diâmetro de parafusos obtidos em 25 amostras. • Incertezas tipo B: avaliação por julgamento cientifico baseado em outros métodos não estatísticos (dados de medições, especificações fabricantes, experiências ou conhecimento gerais. Exemplo: variação da aceleração da gravidade no Brasil. 23 Incertezas de Medição : Propagação Variáveis de entrada Uc = incerteza padrão combinada associadas a incertezas 24 Xi, tipo A Yi, tipo B Uc Variáveis Associadas a Incerteza. • Por um diagrama de causa e efeito (espinha de peixe), busca-se relacionar todas as variáveis associadas ao mensurando. • A cada uma das variáveis é correlacionado a incerteza (tipo A ou tipo B) e o grau de liberdade associado (número de amostras representativas) 25 Exemplo de Incertezas (1) 26 • Calibração de Balança de Pressão: • Usa-se uma bancada de calibração de pressão do tipo estático, onde a pressão é obtida por um conjunto de pesos. Os pesos são postos em movimento para evitar o atrito estático. Exemplo de Incertezas (2) 27 Variáveis Associadas a Incerteza. • Exemplo de componentes de incerteza de medidas com micrometro de contato: Alinhamento do instrumento: a incerteza pode ser obtida de várias medidas de espessura de um mesmo ponto. Corte da peça: a incerteza pode ser obtida do desvio padrão de varias medidas de espessura de pontos diferentes. Repetitividade das medidas. Coeficiente de Temperatura: espessura corrigida pelo coeficiente de dilatação da peça. Gradiente de temperatura: variação de temperatura ao longo da peça. Resolução da leitura. 28 Determinação da Incerteza das variáveis • A quantificação de uma fonte de incerteza inclui a fixação de um valor e a determinação da distribuição a qual se refere este valor. • As distribuições mais comuns são : Normal (N) Retangular (R) Triangular (T) Estas incertezas podem ser do tipo A (estatísticas) ou tipo B. Por exemplo: a variação da temperatura em Porto Alegre pode ser caracterizada por uma distribuição triangular com valor mínimo de 0oC; média em 20oC e valor máximo em 40oC. (tipo B) 29 Normal (N) • A distribuição normal (N) expressa com boa aproximação os resultados de uma medição influenciada por variações aleatórias. A distribuição normal geralmente abrange a incerteza indicada em certificados de calibração. • A incerteza é obtida pelo desvio padrão: 30 Normal (N) • Esta é calculada dividindo a incerteza padrão (desvio) pela raiz quadrada de “n”, o número de medições repetidas usadas para cálculo do desvio padrão: 𝒖 𝒚 = 𝒔(𝒚) 𝒏 31 Retangular (R) • A distribuição de probabilidade retangular (R) expressa para cada valor em um intervalo a mesma probabilidade. No caso de ser conhecido somente o limite superior e inferior da variabilidade da grandeza de entrada, considera-se uma distribuição retangular. • A incerteza padrão baseada na distribuição de probabilidade retangular é dada por : 32 Retangular (R) • De onde vem a relação da incerteza da distribuição retangular 𝑢 𝑥𝑖 = 𝑎/ 3 ? Foi acordado que para distribuição retangular existe 100% da probabilidade de xi estar dentro do intervalo [-a,+a] e nula de estar fora deste intervalo. Então: média = 𝑥 = 𝑎−+𝑎+ 2 ; Variança estimada : 𝑠2 𝑥𝑖 = (𝑎−+𝑎+)2 12 = 𝑎2 3 ; Incerteza padrão será : 𝑠 𝑥𝑖 = (2.𝑎)2 12 = 𝒂 𝟑 onde a = erro máximo. 33 Exemplo Distribuição Retangular (R) A resolução de um instrumento: trata do menor valor representativo que pode ser feita a leitura. Na figura ao lado a resolução é “1”. O valor do ponteiro pode está numa faixa de 3 a 4 -> (4-3)=1. Numa distribuição retangular -> 2.a = 1 -> a =1/2 Então a incerteza será: 𝑈𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 𝑎 3 = 1/2 3 O mesmo raciocínio é feito para medição digital. Definir a resolução; dividir por 2; dividir por raiz de 3. Incerteza tipo B é claro !! 34 3 4 5 6 Triangular (T) • A distribuição de probabilidade triangular (T) pode ser utilizada para basear a estimação de incerteza em casos onde a probabilidade é mais alta para valores no centro do intervalo e se reduz próximo ao limite superior e inferior. • A incerteza é dado por: 35 Exemplo de Distribuição Triangular (T) • Um frasco volumétrico grau A de 10 ml é certificado em uma faixa de +/- 0,2 ml, mas as verificações internas de rotina mostram que os valores extremos são raros. Então considerando uma distribuição triangular, a incerteza padrão é de: 𝑢 𝑥𝑖 = 0,2/ 6 ml. 36 Como enquadrar uma distribuição Tipo A? • Como não se sabe o formato da distribuição (normal, triangular ou quadrada), deve-se plotar o histograma dos resultados de medição obtidos. Dele será possível efetuar a identificação e calcular a média e desvio padrão. • Histograma está disponível no Excel e no MatLab. 37 Histograma • Na abscissas, distribua as classes • Na ordenada da esquerda, as frequências absolutas • Construa um gráfico de barras para as frequências. • O histograma nos indica a forma de distribuição da população de resultados – tipo A. • Tanto o Excel quanto o MATLAB possuem recursos para plotar o histograma. 38 Como enquadrar uma distribuição Tipo B? • As variáveis tipo B, não obtidas de experimentos estatísticos, podem ser enquadradas no tipos Normal, Retangular ou Triangular. • A Normal será obtida caso haja algum certificado de calibração do instrumento utilizado como padrão de referencia. Neste caso a incerteza será a incerteza expandida (U) publicada no certificado, dividida pelo fator de abrangência K, também publicado no certificado: μ = U/K. 39 Números de Grau de Liberdade • Número de Graus de Liberdade: para incertezas tipo A , o numero de graus é N -1.. Se N>= 30, a amostragem torna-se estatisticamente representativa e pode-se considerar o número de graus de liberdade = N. • Tratando-se de uma função continua, as incertezas tipo B, tem o grau de liberdade infinito (∞). 40 Incertezas de Medição : Propagação Variáveis de entrada Uc = incerteza padrão combinada associadas a incertezas • Todas as incertezas das variáveis são expressas para um desvio padrão e na unidade da incerteza do mensurando (Uc). 41 Xi, u(xi), tipo A, N Yi, u(yi), tipo B, ∞ Uc Erro Sistemático O erro sistemático (Ci) é obtido dos certificados de calibração de todas as fontes de incertezas. O erro sistemático combinado (Cc) é a soma de todos os erros sistemáticos de todas as fontes de incerteza, incluído o padrão de comparação. Cuidar com o sinal do erros sistemático ( + ou -). 𝐶𝑐 = 𝑖=1 𝑛 𝐶𝑖 42 Correção Combinada (Cc) • A correção combinada resulta da ação simultânea de todas as fontes de incerteza, deve ser calculada a partir da soma algébrica de todas as correções das variáveis, individualmente determinadas para cada fonte de n incertezas (variáveis), quando existirem. 𝑪𝒄 = 𝑪𝟏+ 𝑪𝟐+ 𝑪𝟑 + …+ 𝑪𝒏 • A Correção Combinada trata do erro sistemático. Deve ser publicada no certificado de calibração. • Quando tratarmos de um padrão ou instrumento de referencia, o erro sistemático deve ser colhido no certificado de calibração do mesmo. • Muitas vezes o erro sistemático está referenciado nem certificados de calibração como “correção”. 43 Incertezas de Medição : Propagação Variáveis de entrada Uc = incerteza padrão combinada associadas a incertezas e Correções • Todas as incertezas das variáveis são expressas para um desvio padrão e na unidade da incerteza do mensurando (Uc). • Cx e Cy são as correções sistemáticas das variáveis, quando existirem. 44 Xi, u(xi), tipo A, N, Cx Yi, u(yi), tipo B, ∞, Cy Uc Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas • Efeito da Incerteza: 𝑦 = 𝑓 𝑥1± 𝑢1, 𝑥2 ± 𝑢2, … , 𝑥𝑘 ± 𝑢𝑘,… ui = incerteza de cada variável (desvio padrão) • Expandindo a função pela Série de Taylor em torno de sua esperança • 𝑃𝑛 𝑥 = 𝑓 0 + 𝑓′ 0 . 𝑥 + 𝑓′′(0) 2! . 𝑥2 +⋯+ 𝑓𝑛(0) 𝑛! . 𝑥𝑛 • 𝑦 = 𝑓 𝑥1, 𝑥2, 𝑥3, … + 𝑘 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑘 |𝑥1, 𝑥2, 𝑥3, . . . (±𝑢𝑘) +... O segundo termo (Σ) é a Uc , ou incerteza combinada. Geralmente a Série de Taylor é truncada na primeira derivada, apenas para variáveis não correlacionadas e para funções que não tenham grandes não linearidades. 45 Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas • O que é um sistema com variáveis não correlacionadas? Trata de um sistema que a alteração do valor de uma variável não altera o valor de outra variável. Neste caso, vamos considerar com variável uma fonte de incerteza. 46 Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas • A incerteza padrão combinada uc(y) é o resultado da combinação de incerteza de todas as fontes. • O coeficiente de sensibilidade ci é um coeficiente relacionado com a estimativa de entrada xi. Este coeficiente representa a influência que as variações da estimativa de entrada xi exercem sobre a estimativa de saída y. O coeficiente de sensibilidade é expresso por: • A incerteza padrão combinada é determinada pela equação 47 Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas - As condições para que a expansão por Taylor até a primeira ordem da derivada é que os termos de 2ª em diante sejam desprezíveis. - As derivadas devem ser calculadas para o ponto central Xk - As derivadas 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 são denominadas de coeficientes de sensibilidade. 48 Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas • A incerteza combinada é: 𝑈𝑐2 𝑦 = ( 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 . 𝑢 𝑥𝑖 )2 𝑈𝑐 𝑦 = ( 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 . 𝑢 𝑥𝑖 )2 Lembram? Equação de Kleine & McClintock!! 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 . 𝑢 𝑥𝑖 deve estar na mesma unidade física que o necessitamos determinar a incerteza de uma medição ou classe de exatidão de um instrumento. 49 Incerteza Combinada (Uc) para variáveis não correlacionadas • Para estimar a incerteza combinada (Uc) de n fontes de incerteza, estatisticamente independentes (não correlacionadas) deve ser utilizado a equação abaixo: 𝑢𝑐 2 = 𝑢1 2 + 𝑢2 2 + 𝑢3 2 + …+ 𝑢𝑛 2 ou 𝑢𝑐 = 𝑢1 2 + 𝑢2 2 + 𝑢3 2 + …+ 𝑢𝑛 2 Quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos, considerando que estamos navegando num espaço n dimensional. 50 Determinação da Incerteza de Medição • A incerteza de uma estimativa de entrada, xi, é denotada por u(xi). • A incerteza padrão de uma estimativa de saída, y, determinada pela propagação da incerteza, é chamada de incerteza padrão combinada, e é denotada por Uc(y). • Uc(y) considera apenas um desvio padrão na incerteza de cada variável. • Multiplique a incerteza padrão combinada, Uc(y), por um número k, chamado fator de cobertura para obter a incerteza expandida, U. Ou U = K. Uc • K é chamado de coeficiente de abrangência, ele considera os graus de liberdade de todas as variáveis, o coeficiente de confiança (65%, 95% ou 99% por exemplo) e graus de liberdade 51 Incertezas de Medição Expandida Uc = incerteza padrão combinada K = coeficiente de abrangência Variáveis de entrada U = incerteza expandida associadas a incertezas 52 Xi, u(xi), tipo A, N, Cx Yi, u(yi), tipo B, ∞, Cy Uc . K = U Veff – Graus de Liberdade Efetivo • Incertezas tipo A (estatísticas) possuem grau de liberdade igual ao numero de amostras consideradas. • Incertezas tipo B possuem grau de liberdade infinito, pois são normalmente continua (não amostradas). • Graus de Liberdade Efetivo (Veff) é obtido pela equação de Welch-Satterthwaite, que relaciona o peso da incerteza de cada n variável (Ui) com seus graus de liberdade (vi) e a incerteza combinada (Uc). • 𝑈𝑐4 𝑣𝑒𝑓𝑓 = 𝑢1 4 𝑣1 + 𝑢2 4 𝑣2 + 𝑢3 4 𝑣3 + … .+ 𝑢𝑛 4 𝑣𝑛 • Lembrando : vi é a incerteza da variável i = desvio padrão da curva de distribuição. 53 Veff – Graus de Liberdade Efetivo • Representa o peso na Incerteza Combinada Uc devido a amostragem das incertezas individuais tipo A e tipo B • Número de graus de liberdade de incertezas tipo A é N – 1 • Número de graus de liberdade de incertezas tipo B é ∞. • Veff = número de graus de liberdade da Incerteza Composta Uc, dado pela equação de Welch-Satterthwaite: 𝑈𝑐4 𝑦 𝑉𝑒𝑓𝑓 = 𝑈14 𝑣1 +⋯+ 𝑈𝑖4 𝑣𝑖 • O que é Veff : é o número de graus de liberdade (N) considerando todas as variáveis tipo A e B incidentes na incerteza de medição. Veff que deve definir o “t “ de Student. 54 Veff – Graus de Liberdade Efetivo • Graus de Liberdade Efetivo (Veff) • Assim a equação de Welch-Satterthwaite simplifica-se para: 𝑉𝑒𝑓𝑓 = 𝑈𝑐4 𝑦 𝑈𝑖4 𝑣𝑖 • Observe na equação a influência na determinação dos Graus de liberdade efetivo para incertezas do tipo B, com Vi = infinito = ∞ é nula. O que pesa trata das incertezas tipo A. Desta forma, para a penalidade não ser grande na determinação da incerteza para dois desvios padrões, o número de medições das incertezas tipo A deve ser o maior possível. 55 K – Coeficiente de Expansão (ou fator de cobertura) • Ele aumenta o valor da incerteza combinada Uc, considerando o intervalo de confiança desejado e o número de graus de liberdade efetivos Veff . O valor de K é obtido na tabela da distribuição t-Student. Determina-se o intervalo de confiança desejado (normalmente 95% ou 2 sigmas) e o grau de liberdade efetivo N = Veff • Na verdade a determinação da incerteza combinada Uc é obtida considerando ± 1 (um) desvio padrão. A incerteza combinada considera a representatividade do número de amostras de cada variável. Para tipo A é o numero de amostras (N) utilizadas para determinação da incerteza estatística. Para tipo B o número de amostras é considerado infinito (ꝏ) 56 Intervalo de Confiança • A probabilidade que o intervalo y ±U contém o valor do mensurando é chamada de nível de cobertura ou nível de confidência ou de confiança. • A probabilidade que o intervalo y ±U contém o valor do mensurando é chamada de nível de cobertura ou nível de confidência ou de confiança. • P(L1 <ϕ < L2) • Distribuição Normal -> 57 K – Coeficiente de Expansão Tabela t-Student para diferentes Graus de Confiança: K=t Student Graus de Liberdade = Graus de Liberdade efetivo = Veff O Inmetro obriga a publicação da incerteza expandida e o coeficiente de expansão K nos certificados de calibração. Caso o grau de liberdade não esteja definido na tabela, faça interpolação linear (não é regra de três). Nota : ver tabela na página 78 do G.U.M. 2008 58 Incerteza Expandida • A incerteza padrão expandida (U) é a multiplicação da incerteza padrão combinada (Uc) por um coeficiente de Student chamado fator de abrangência (k). A incerteza padrão combinada é apenas um desvio padrão da combinação de várias fontes de incerteza e a multiplicação pelo fator (k) é necessária para a incerteza garantir um determinado nível de confiança. • Incerteza Expandida U é o intervalo dentro do qual para uma probabilidade de 95% espera-se encontrar a componente aleatória dos erros de um processo de medição, portanto ± dois desvios padrões • Incerteza Expandida: 𝑼 = 𝑲.𝑼𝒄 Esta é a incerteza do SM no ponto determinado.!!! 59 Resultado da Calibração • A norma GUM exige a publicação das seguintes informações no certificado de calibração: 1- Condições ambientais da calibração, visando obter repetitividade. 2- Incerteza Expandida (U). 3- Coeficiente de Expansão ou fator de cobertura (K) 4- Erro sistemático quando houver. As informações 2, 3 e 4 devem ser apresentadas numa tabela para cada ponto de calibração. Opcionalmente pode ser informado o numero de graus de liberdade (Veff) efetivo resultante da análise. 60 Roteiro para Determinação da Incerteza Passo 1 – Análise do Processo de Medição e levantamento de todas os fenômenos envolvidos e fatores que podem ter alguma influência. (ver manuais, catálogos). Diagrama de espinha de peixe (causa e efeito). Passo 2 – Identificar as fontes de incerteza. Na duvida, deve-se incluir uma fonte de incerteza. O símbolo e a descrição clara devem ser escritos nos campos corresponde da tabela. Passo 3- Quantificar os efeitos sistemáticos na unidade de medida do mensurando. Passo 4- Quantificar os efeitos aleatórios (incertezas) na unidade do mensurando, tipo de distribuição, e graus de liberdade. 61 Roteiro para Determinação da Incerteza Passo 4 continuação – Na duvida deve-se adotar o tipo de distribuição mais rigorosa (retangular). Passo 5 – efetuar o cálculo da correção combinada dos erros sistemáticos (passo 3). Passo 6 – calcular a incerteza combinada (Uc) e o número de graus de liberdade efetivo (Veff). Passo 7 – cálculo da incerteza expandida: para o grau de confiança determinado (geralmente 95%) buscar na tabela t- Student o coeficiente de expansão (k) e multiplica-lo pela incerteza combinada (Uc) para obtenção da incerteza expandida (U): U = Uc . K 62 Roteiro para Determinação da Incerteza Passo 8 – Calcular a Correção combinada (Cc) pela soma de todas as correções devido a erros sistemáticos observadas. Passo 9 - Apresentar o resultado da incerteza de medição. Deve ser apresentado tanto o resultado-base quanto a incerteza de medição (incerteza expandida U). Quando erros sistemáticos são compensados, a correção combinada deve ser somada à indicação ou à média das indicações. 63 Organizando os processo de determinação da Incerteza Todo o processo de determinação da incerteza de medição pode ser facilmente organizado numa tabela como a do slide seguinte. Todas as informações são desta forma apresentadas de forma objetiva e transparente. Com a tabela não é necessário a apresentação de todos os cálculos do desenvolvimento. 64 Tabela Incertezas de entrada Fonte Estimativa xi Tipo Distribuição Divisor Incerteza Ui (y) GL Repetibilidade Valor medio A ou B Normal/Retangula r/Triangular ou outra. (N-1) ou infinito Incerteza 1 A ou B “ Incerteza 2 A ou B “ Incerteza 3 A ou B “ Incerteza do Sistema Padrão B Retangular Incerteza Combinada (Uc) Graus de Liberdade Efetivo (Veff) Fator de Abrangência (K) = t Student para Veff graus liberdade e confiabilidade de 95% ( 2 sigmas). Incerteza Expandida (U) = K. Uc Correção Combinada (Cc) 65 Incertezas Comumente Verificadas (1) Repetibilidade : dispersão da leitura feita num padrão de medição ou instrumento de referência. Tolerância de valores de componentes e sensibilidade com variação da temperatura ambiente (ppm). Muitas vezes é possível simular utilizando o método de Monte Carlo, disponível no Altium. Incerteza do padrão ou do instrumento de referência: neste caso adota-se a incerteza publicada em certificado de calibração, porém para um desvio padrão (dividir por K publicado) Variação de temperatura ambiente. Variação da aceleração da gravidade. 66 Incertezas Comumente Verificadas (2) Dilatação Térmica. Incerteza da referencia de tensão do conversor AD. Incerteza da base de tempo com a temperatura (Cristal). ... 67 Exemplo (1) A massa de uma peça foi determinada em uma balança eletrônica. Foram realizadas 12 medições, obtendo-se os seguintes valores (grama): 19,85 ; 20,00 ; 20,05 ; 19,95 ; 20,00 ; 19,85 19,90 ; 20,05 ; 19,95 ; 19,85 ; 19,90 ; 20,05 A balança tinha um certificado de calibração com os seguintes dados: -Tcalibração = 20 °C; -Estabilidade Térmica: 0,025 g/°C; -Estabilidade Temporal: ± 0,02 g/mês; (-Calibração foi realizada há 5 meses.) 68 Exemplo (2) Certificado de Calibração da balança: Balança com indicação digital: Resolução R = 0,05 g; Temperatura de medição: 24,0 ≤ T ≤ 26,0 0C; Qual a incerteza de medição na determinação da massa? 69 Indicação Correção U (K=2,00) 0 0 ± 0,05 5,00 -0,015 ± 0,06 ... ... ... 20,00 -0,12 ± 0,08 Exemplo (3) Identificação das variáveis de causa e efeito para medição de massa: 70 Exemplo (4) 1- Incerteza da Repetitividade na Medição das Amostras: • Trata-se de uma distribuição normal. Ver histograma • N =12 • Média = 19,95 g • δ2 = 0,00636 • δ = 0,07977 • 𝑢 𝛿 = 0,07977 12 = 0,02302 Nota: consultar a bibliografia de referencia pois existem diversas formas de determinar a incerteza amostral, conforme cada caso. Por exemplo, a incerteza obtida de amostras que representam n medições é dada por: 𝑢 𝛿 = δ / 𝑛 71 Exemplo (5) 2- Incerteza da Variável Térmica: A balança foi calibrada a 20oC. Tem-se a informação da variação da temperatura ambiente entre 24 e 26oC. A estabilidade térmica é de +/- 0,025 g/oC. A deriva da indicação da massa em decorrência da temperatura é dada por: Considerando uma distribuição retangular com temperaturas entre 24 e 26 oC ; Temperatura média da temperatura de medição = (26 + 24) / 2 = 25oC; Erro sistemático devido a tendência = +/-0,025 g/oC x desvio temperatura da temperatura média da faixa = 0,025 g/oC . (25 – 20) oC = +/- 0,125 g Erro aleatório (distribuição retangular) 𝑈𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜 = 0,125 3 = 0,07217 𝑔 72 Exemplo (6) 3 – Incerteza da Variável Temporal Estabilidade temporal = +/- 0,02 g/mês. Considerando que a calibração foi realizada há cinco meses. δtempo = +/- 0,02 g/mês . 5 meses. = +/- 0,1 g Considerando uma distribuição retangular: 𝑈𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 0,1 3 = 0,05773 g Note, estamos empregando um farta resolução, números significativos após a virgular, para facilitar o processo final de arredondamento. 73 Exemplo (7) 4 – Incerteza da Resolução do Instrumento Resolução R = 0,05 g A incerteza devido a resolução finita da escala, numa distribuição retangular é dada por: 𝑈𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 0,05 2 3 = 0,01443g 5 – Incerteza Calibração do Instrumento Conforme certificado de calibração da balança para 20 g: Ue = 0,08 com K = 2 -> U = 0,04 g 74 Exemplo (8) Incertezas de entrada Fonte Estimativa xi Tipo Distribuição Divisor Incerteza Ui (y) GL Repetibilidade 19,95 (média) A Normal 1 0,02302g (12-1) = 11 Estabilidade Temporal (3) 0 B Retangular 3 0,05773 g infinito Calibração (5) -0,12 B Normal 1 0,04000 g infinito Estabilidade Termica (2) 0 B Retangular 3 0,07217 g infinito Resolução (4) 0 B Retangular 3 0,01443 g infinito Incerteza Combinada (Uc) 0,1043 g Graus de Liberdade Efetivo (Veff) 4.636 Fator de Abrangência (K) = t Student para Veff graus liberdade e confiabilidade de 95% ( 2 sigmas). 2 Incerteza Expandida (U) = K. Uc 0,2086 Correção Combinada (Cc) - 0,12 g 75 Exemplo (9) Incerteza Combinada: 𝑈𝑐 = 𝑈12 + 𝑈22…+ 𝑈𝑁 2 = 0,1043 g Graus de Liberdade: estimados pela equação de Weich- Satterhwaite: 𝑉𝑒𝑓𝑓 = 𝑈𝑐4 𝑦 𝑖=1 𝑁 𝑈𝑖 4 𝑦 𝑣𝑖 = 4.636 K95% = t(4.636) = 2 ; onde 95% é o nível de confiança U = K95% . Uc = 2 . 0,1043 -> 0,2086 g portanto 0,21 g Aplicando a correção combinada: massa 19,95 – 0,12 = 19,83 g Resultado: a massa possui : 19,83 ± 0,21 g A resolução do resultado deve ser a mesma de medição. 76 Na Calibração Deve ser desenvolvido uma tabela para cada ponto de calibração elencado. Para cada ponto, deve ser publicado: - Correção (C) - Incerteza Combinada (U) - Fator de Abrangência (K) 77 Mais exemplos? O livro “Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial” de Armando Albertazzi Jr, disponível em • http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfeIQAE/fundamento s-metrologia-cientificaindustrial-armando-albertazzi • https://drive.google.com/open?id=0B5tUIJh9trZCUmdheEtsek tuVVE possui diversos exemplos de determinação de incertezas de medição nas páginas 209 a 228. São eles: 6.8.1 Exemplo de determinação da incerteza de uma calibração. 6.8.2 Exemplo de determinação do resultado de medição de uma pedra preciosa. 6.8.3 Exemplo de determinação do resultado da medição de um mensurando variável. 78 Quando saber se um instrumento está OK? Um instrumento foi selecionado para ser utilizado num processo pois a exatidão do mesmo, na escala de trabalho, é inferior a 1/10 da tolerância do processo. Desta forma, mesmo que o instrumento não atenda o requisito de exatidão publicado originalmente pelo fabricante, mas atenda este requisito, ele pode ser liberado para utilização. Caso haja uma exceção como a mencionada, que habilite o uso de um determinado instrumento apenas para uma escala especifica, cabe incluir na etiqueta de “validade de calibração” do instrumento, instruções quanto a escala liberada para uso. 79 Variáveis Correlacionadas 80 • O grau de correlação entre duas variáveis é caracterizado pelo coeficiente de correlação estimado r(xi,yi). 𝑟𝑥𝑦 = 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝑋 . (𝑦𝑖 − 𝑌) 𝑖=1 𝑛 (𝑥𝑖 − 𝑋)2. 𝑖=1 𝑛 (𝑦𝑖 − 𝑌)2 Onde X e Y são medias de xi e yi. Variáveis Correlacionadas 81 Exemplo: Tabela H.2 do G.U.M Incerteza de Medições com Variáveis Correlacionadas. Valores na tabela do slide anterior, considerando par de variáveis “q” e “r”. Desvio padrão experimental da média = 𝑆 𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 = 𝑠(𝑣)2 𝑛 Covariância = 𝑠 𝑞, 𝑟 = 1 𝑛(𝑛 − 1) . 𝑖=1 𝑛 𝑞𝑖 − 𝑞𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 . (𝑟𝑖 − 𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜) Coeficiente de correlação = 𝑟 𝑞, 𝑟 = 𝑠(𝑞,𝑟) 𝑠 𝑞 .𝑠(𝑟) -1 < r(q,r) < +1 82 Incerteza de Medições com Variáveis Correlacionadas. Conforme visto anteriormente, as variáveis de entrada do processo de medição não sendo correlacionadas, a incerteza de medida é definida por: Onde a função f descrita no modelo que define a propagação da incerteza. Com as variáveis correlacionadas, a incerteza é definida por: 83 Incerteza de Medições com Variáveis Correlacionadas. O que é isto? Quando expandimos a equação da função na Série de Taylor (ver slide Incertezas Combinadas para variáveis não correlacionadas), a mesma foi truncada para o termo de derivada de primeiro grau. Para variáveis correlacionadas, a equação é truncada na derivada de segundo grau. 84 Incerteza de Medições com Variáveis Correlacionadas. Um exemplo de cálculo da incerteza combinada com duas variáveis correlacionadas u(x1) e u(x2) 𝑢𝑐 2 𝑦 = 1 2( 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 )2 . 𝑢 𝑥𝑖 + 2. 𝑖=1 1 𝑗=2 2 ( 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑖 . 𝜕𝑓 𝜕𝑥𝑗 . 𝑢 𝑥𝑖 . 𝑢 𝑥𝑗 . 𝑟(𝑥𝑖, 𝑥𝑗) O primeiro termo trata das incertezas individuais, o segundo termo trata do número de variáveis correlacionadas. 85 O que fazer quando os resultados da determinação da incerteza for pior que esperado? O método do GUM é racional. Não se deve manipular os critérios para obter bons resultados. Nunca altere a distribuição elencada para variáveis do tipo B. O critério deve ser o mais conservador possível: na dúvida considerar a pior distribuição (retangular). Para incertezas do tipo A, pode-se aumentar o número de amostras de forma a diminuir o peso do coeficiente de abrangência, obtido na tabela t-Student para um grau de liberdade Veff. Aumentando o número de amostras, o valor da informação será mais representativo. Por sinal, o emprego de número de amostras grande (>30) sempre foi a recomendação dada. 86 O que fazer quando os resultados da determinação da incerteza for pior que esperado? Retorne para a etapa de “ajuste”; a que deve ser efetuada antes da etapa de “calibração”. Faça uma análise crítica. Fontes de não linearidades? Possibilidade de compensar não linearidades com “curvas de ajuste”. Quando um instrumento não possui recursos de eletrônica analógica ou digital para ajustes da resposta, o projetista pode adotar curvas de ajustes desenhadas e impressas, disponibilizadas no manual do instrumento. Também pode empregar equações de ajustes. Lembre-se que a nível de usuário, esta interface de leitura é indesejável... mas se for para uso acadêmico...pode ser empregado. 87 Procedimento Geral de Calibração (1) • Desenvolvido em oito etapas : • Etapa 1 : Definição dos Objetivos: Ajustes e regulagens: apenas alguns poucos pontos. Levantamento da curva de erros: grande número de pontos. Verificação: número intermediário de pontos definido por normas. Avaliação completa do Sistema de Medição a Calibrar (SMC): compreende a verificação completa em diferentes condições operacionais. 88 Procedimento Geral de Calibração (2) • Etapa 2 : Identificação do Sistema de Medição a Calibrar: Identificar as características metrológicas. Conhecer o modo de operação do Sistema de Medição. Documentar o Sistema de Medição (marca, modelo, número de série ). • Etapa 3 : Selecionar o Sistema de Medição Padrão (SMP) Verificar a incerteza do SMP ( máximo 1/10 do SMC). Faixa do SMP... se necessário empregar vários SMP para cobrir a faixa do SMC. 89 Procedimento Geral de Calibração (3) • Etapa 4 : Preparação do Experimento: Executar calibração conforme norma especifica. Na inexistência de normas, fazer estudos junto laboratórios e fabricantes. Estudo do SMP para correta operação. Especificar a montagem a ser realizada. Preparar planilha apropriada. Montagem do experimento. 90 Procedimento Geral de Calibração (4) • Etapa 5 : Execução dos Ensaios: Seguir o roteiro estabelecido. Registrar as condições de ensaios (condições ambientais e operacionais). • Etapa 6 : Processamento e Documentação dos Dados Fazer uso de tabelas e gráficos, mantendo registro de todos dados e resulta • Etapa 7: Analise dos Resultados. Determinam-se os parâmetros para comparação com os fornecidos pelo fabricante. Atesta ou não a conformidade e restrições para uso do SMC. 91 Procedimento Geral de Calibração (5) Etapa 8 : Emissão do Certificado de Calibração: 92 Roteiro para Calibração – Registros (1) • Identificação e descrição individual do item a ser calibrado (marca, modelo, número de série, etc.); • Data da calibração; • Descrição das faixas e grandezas a serem calibradas; • Definição dos pontos de medição dentro da faixa de calibração; • Identificação e descrição individual do padrão utilizado (marca, modelo, número de série e demais características), bem como data e entidade executora da sua calibração, sua incerteza e demais aparatos; • Descrição com detalhes das ligações e dispositivos utilizados 93 Roteiro para Calibração – Registros (2) • Identificação do método de medição e do princípio de calibração empregados; • Condições ambientais (temperatura e umidade) no início e no fim da calibração, que devem ser obtidas de um equipamento com certificado de calibração. 94 Condições Ambientais. • As normas DOQ-CGRE-018 (INMETRO, 2011) e ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 (ABNT, 2006) não especificam exatamente quais são as condições de temperatura e umidade do ambiente onde devem ser calibrados os instrumentos de medições elétricas. Apenas sugerem que estas grandezas sejam monitoradas e controladas. Os laboratórios acreditados pelo INMETRO efetuam as calibrações com temperatura de 23°C ± 3°C e umidade relativa do ar de 55% ± 15% para fins de comparações interlaboratoriais. As condições ambientais por ocasião da calibração devem ser registradas. O impacto na incerteza de medição deve ser correlacionado se necessário. 95 Frequência de Calibração 96 Frequência de Calibração 97 Frequência de Calibração (1) 98 • Calibração de instrumentos é um processo que representa um custo ($) considerável e a indisponibilidade do instrumento durante um periodo de tempo. • O aumento da periodicidade mitiga este desconforto. • Alguns métodos são empregados para justificar o aumento do periodo entre calibração de instrumentos. O mais conhecido é o Método de Schumacher. • O Método de Schumacher consiste na utilização de alguns conceitos e tabelas que relacionam o comportamento do instrumento em calibrações anteriores e o seu intervalo de calibrações. Frequência de Calibração (2) 99 • Pelo método necessita-se classificar os instrumentos conforme a condições em que se encontram, levando-se em consideração a ficha histórica onde são registradas as condições da revalidação. • A (Avaria): designa problema que possa prejudicar um ou mais parâmetros do instrumento. • C (Conforme): designa a conformidade comprovada durante a revalidação. • F (Fora de Exatidão – Não Conforme): o instrumento funciona bem mas fora da exatidão especificada. Frequência de Calibração (3) 100 • Fica intuitivo notar que uma sequencia de registro C (Conforme) indica que periodicidade da calibração deve ser aumentada. • Também pode-se intuir que sequencias de A (Avaria) ou F (Fora de Exatidão) deve ser diminuída a periodicidade de calibração. Frequência de Calibração (4) 101 • Inicialmente considera-se as condições de recebimento do equipamento e suas duas ou três calibrações anteriores. • D : indica que o período deve diminuir; • E : indica que o período deve aumentar (estender). • P : indica que o caso é duvidoso e o período não deve ser alterado (permanecer).