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1 LISTA DE QUESTÕES – CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS (SEMANA 1) História- História Antiga: Grécia e Roma 1. (Unesp 2019) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] – Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade? (Platão. A República, 1987.) O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. b) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria. c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes. e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana. 2. (Ufpr 2019) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354- 430) em 410, sobre a devastação de Roma: Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolar- nos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade. (Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: <http://www.hottopos.com/mp5/agostinho 1.htm#_ftn2>. Acesso em 11 de agosto de 2018.) Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto histórico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua consequência para o Império, entre os séculos IV e V. a) Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo uma das causas do final do Império Romano do Oriente. b) Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano-Germânico. c) Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, sendo uma das causas do final do Império Bizantino. d) Trata-se do contexto das incorporações de povos vikings, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano do Oriente. e) Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo uma das causas do final do Império Romano do Ocidente. Anotações: 2 3. (Fuvest 2019) (…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções. PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81. Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada a) no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos considerados bárbaros. b) nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos. c) nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o estabelecimento do sistema escravista. d) na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana. e) nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações monásticas. 4. (Uel 2019) Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi realizado, o que levou à produção de narrativas sobre esses episódios, com consequências também para os seus vizinhos macedônicos. Com base nos conhecimentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a seguir. I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os grandes navios de combate. II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no decorrer dos conflitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a função de unificar os tributos e a frota. III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu mundo. IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno na conquista e unificação dos povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cultural e do incentivo às artes e às ciências. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Anotações: 3 5. (Espm 2018) Era considerada a engrenagem essencial para assegurar o bom funcionamento do regime. A tradição afirma que sua ori- gem remeteria a Sólon. A partir de Clístenes passou a contar com quinhentos membros sorteados anualmente, à razão de cinquenta por tribo, entre todos os cidadãos, a partir de listas estabelecidas em cada demo, a principal função do órgão consistia em preparar os decretos a serem submetidos ao voto da Assembleia. (Claude Mossé. Dicionário da Civilização Grega) O órgão em questão, tratado pelo texto é: a) a Eclésia, órgão soberano da democracia ateniense; b) a Helieia, órgão responsável pela justiça na democracia ateniense; c) a Boulé, órgão que preparava decretos votados pela Assembleia dos Cidadãos na democracia ateniense; d) a Gerúsia, ou Conselho dos Anciãos, órgão decisório em Esparta; e) a Ápela, órgão encarregado de preparar projetos, órgão consultivo em Esparta. 6. (Upe-ssa 1 2018) “(...) o teatro trágico usava histórias e personagens que todos conheciam e mostrava o que acontecia a esses personagens, de tal forma que, no final, os espectadores entendessem que as histórias da carochinha que lhes contavam, quando eram crianças, expressavam uma espécie de coerência interna no destino do homem, uma experiência simuladora, cujo objetivo era mostrar o caráter necessário de tudo aquilo que acontecera a um tipo de indivíduo socialmente definido (herói, rei, etc.)”. Eyler, Flávia Maria Schlee. História Antiga: Grécia e Roma: a formação do Ocidente. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 106. (Adaptado).O trecho fala da função social do teatro trágico em Atenas, que tinha como principal objetivo a a) diversão dos cidadãos. b) incorporação dos estrangeiros à cidade. c) educação cívica por meio da performance. d) evolução econômica dos metecos. e) destruição da moral dos espartanos. 7. (Uefs 2018) Leia o trecho de Odisseia, poema grego composto no final do século VIII a.C. Tenho uma serva velha, muito compreensiva, que amamentou e criou o meu pobre marido, recebendo-o nos braços no dia em que a mãe o deu à luz. [...] Anda lá, ó sensata Euricleia, levanta-te agora: lava os pés de quem tem a idade do teu amo. (Homero. Odisseia, 2011.) O trecho apresenta as palavras da rainha Penélope no momento da chegada de Ulisses ao palácio da ilha de Ítaca. Considerando o conteúdo do trecho e a organização social na Grécia Antiga, pode-se sustentar a a) predominância do poder político feminino nas cidades monárquicas. b) existência de relações escravistas no interior das famílias nobres. c) natureza pacífica das relações entre gregos e bárbaros. d) tendência à libertação dos escravos depois da Guerra de Troia. e) resistência passiva dos trabalhadores estrangeiros nos palácios dos reis. Anotações: 4 8. (Fuvest 2018) Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente. P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982. Na região das formações sociais gregas, a) a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores helenísticos. b) essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C. c) a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas. d) o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental. e) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado. 9. (Unesp 2018) O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis. (Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.) A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores, a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis. c) pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural. d) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade. e) pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro. 10. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) Com o surgimento das primeiras cidades – que remontam 12 mil anos atrás – na convivência social e política, começaram a se destacar algumas pessoas, grupos ou famílias em cargos de liderança, surgindo as primeiras instituições políticas, religiosas e administrativas com a função de coordenar os estoques de alimentos, as práticas e cultos religiosos e a defesa da cidade. Com o passar dos anos, esta organização tornou-se mais complexa e assumiu diferentes formas de atuação e modelos políticos. Sobre as formas políticas desenvolvidas no Ocidente ao longo de sua história, assinale a alternativa CORRETA. a) O significado da palavra democracia atualmente é o mesmo desde a Grécia antiga. b) A democracia ateniense, diferente das democracias modernas, era excludente, pois, metecos, escravos, mulheres e crianças não eram considerados cidadãos. c) A República romana se formou com a ascensão de Júlio Cesar ao cargo de imperador. d) A construção da modernidade envolveu mudanças na maneira de pensar as relações de poder e a política. As teorias de Bodin e Hobbes defendiam um governo democrático e participativo. e) Entre os séculos XVII e XVIII, alguns soberanos europeus, por ideologia e pelas crescentes pressões da população, adotaram como prática de governo, uma postura liberal e democrática. 5 11. (Uefs 2018) Uma opinião aceita amplamente é a de que os gregos receberam o alfabeto dos povos fenícios. O nosso próprio alfabeto é derivado do alfabeto grego. Os intermediários foram os etruscos, cuja escrita foi transmitida aos romanos. (John F. Healey. “O primeiro alfabeto”. In: Lendo o passado, 1996. Adaptado.) O excerto explicita a existência de a) igualdades culturais, linguísticas e políticas entre as sociedades das antiguidades Oriental e Clássica. b) desenvolvimentos paralelos e independentes dos povos mesopotâmicos, semitas, africanos e greco-romanos. c) encontros intercivilizacionais e políticos decorrentes da formação do antigo Império Egípcio na Europa e na Ásia. d) diálogos e trocas culturais transcorridos na região do Mar Mediterrâneo na Antiguidade. e) vínculos necessários entre difusão de regimes democráticos e formação cultural dos cidadãos. 12. (Ufpr 2018) Leia o texto a seguir: Foi a República Romana que primeiro uniu a grande propriedade agrícola com a escravidão em grupos no interior em maior escala. O advento da escravidão como um modo de produção organizado inaugurou – como na Grécia – a fase clássica que distinguia a civilização romana, o apogeu de seu poder e de sua cultura. Mas enquanto na Grécia isso havia coincidido com a estabilização da pequena agricultura e de um compacto corpo de cidadãos, em Roma foi sistematizado por uma aristocracia urbana a qual já gozava de um domínio social e econômico sobre a cidade. O resultado foi a nova instituição rural do latifundium escravo extensivo. A mão de obra para as enormes explorações que emergiam do século III a.C. em diante era abastecida pela espetacular série de campanhas que deu a Roma o poder sobre o mundo mediterrâneo. (ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 58.) Tendo como alvo a República Romana, assinale a alternativa correta. a) A desestruturação agrária em Roma, que estabeleceu sistemas de latifúndios, beneficiou os grupos empobrecidos, uma vez que estes podiam abandonar o campo e se estabelecer em cidades. b) As guerras constantes ajudaram as classes dominantes da Roma republicana a desviar a atenção dos problemas fundiários derivados do latifundium nos séculos seguintes. c) Foi por meio da intervenção dos irmãos Graco que o problema da reforma agrária foi resolvido no século II, pois os poderes políticos foram transplantados ao senado e, assim, Roma viu mais um século de paz. d) Os tribunos da plebe tiveram um papel importante no processo da reforma agrária romana, possibilitando a transformação do modo de vida de maneira a permitir que todo pequeno agricultor transformasse sua propriedadeem um Domus. e) O domínio social e econômico das cidades provinha de delicada relação entre a manutenção de sistemas agrários em que a mão de obra escrava era aproveitada de forma esporádica e a utilização ocasional de grandes extensões de terra. Anotações: 6 13. (Imed 2018) Gladiador é um filme de 2000, dirigido por Ridley Scott e estrelado por Russell Crowe, que interpreta o General Máximus Décimus Meridius, chamado de Espanhol no filme, que é traído quando o ambicioso filho do imperador, Cómodo, mata seu pai e toma o trono de Roma. Reduzido a um escravo, Máximo ascende através das lutas de gladiadores para vingar a morte de sua família e do antigo Imperador, Marcus Aurelius. A partir da sinopse acima e de seus conhecimentos de História, marque a alternativa correta: a) O filme é ambientado à época da Monarquia Romana, fase do auge da expansão territorial de Roma e dos conflitos com os cartagineses, conhecidos como Guerras Púnicas. b) A obra de Ridley Scott trata da fase da República Romana, período em que o Senado era a principal instituição e era responsável pela realização da política externa do Estado. c) Gladiador trata da transição da Pax Romana, fase do auge do Império Romano, que se encerra com o governo de Marcus Aurelius, o imperador filósofo, para um período de sucessivas crises, o qual culminou com a queda do Império Romano Ocidental no século V. d) A película narra o cotidiano de gladiadores na Grécia Antiga, época marcada pela organização política em pólis, ou seja, cidades-Estado que não se submetiam à autoridade de um Império, daí os sucessivos atritos entre gregos e romanos. e) Gladiador retrata o Egito Antigo e seus tradicionais combates de gladiadores, sendo que estes eram integrantes da nobreza, que acreditava que a morte em batalha lhes garantia uma posição privilegiada após a morte. 14. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2018) Leia abaixo o trecho escrito por Tácito acerca do Império Romano. Aos que pereciam, acrescentaram-se zombarias. Alguns, cobertos por peles de animais, foram estraçalhados por cães e pereceram; ou eram pregados a cruzes, e por vezes queimados, para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo e ofereceu jogos de circo, misturando- se entre o povo em trajes de condutor de carro, ou conduzindo o carro. Por isso, embora a condenação fosse contra culpados e merecedores dos piores castigos, entre o povo surgiu pena para com eles, como se não estivessem morrendo por utilidade pública, mas devido à crueldade de um só indivíduo. BONI, Luis Alberto de. O estatuto jurídico das perseguições dos cristãos no Império Romano. In: Trans/Form/Ação. Vol.37, Marília, 2014. Esse texto expõe atitudes polêmicas de Nero que teriam sido direcionadas contra a) escravos, mortos em lutas de gladiadores e outros espetáculos públicos dentro de sua nova política de pão e circo, como forma de alienar a população de seus problemas cotidianos. b) povos bárbaros, que continuavam a adorar seus deuses familiares e não aceitavam o culto ao imperador e aos deuses do panteão romano. c) estrangeiros, vistos como uma ameaça pelos romanos graças às constantes invasões e saques que proporcionavam contra o império. d) rebeldes, cidadãos romanos que foram condenados por delitos contra os órgãos estatais e punidos exclusivamente com a violência pública como forma de expirar seus crimes. e) cristãos, perseguidos por não aceitarem a divindade do imperador e por recusarem o uso da escravidão, tão importante dentro do sistema econômico romano. 7 15. (Upf 2018) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna.” (TÁCITO, Cornelius. Anais. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1964). Sobre o tratamento dado aos cristãos pelo Estado Romano, é correto afirmar: a) A perseguição violenta desencadeada contra os seguidores do cristianismo foi praticada até a queda do Império Romano. b) A violência contra os cristãos foi decorrente da fraqueza doutrinária da sua religião, o que facilitava a aplicação da justiça por parte do Estado Romano. c) As perseguições aos cristãos foram circunstanciais, motivadas pelo fanatismo de alguns governantes, pois o Estado Romano tolerava a presença de todas as religiões. d) Apenas os principais líderes cristãos foram perseguidos, pois o Estado Romano se caracterizava pela tolerância religiosa. e) As razões da violenta perseguição ao cristianismo no Império Romano têm relação com o fato de que os cristãos não aceitavam que o Imperador fosse adorado como um deus. Anotações: 8 GABARITO: Resposta da questão 1: [B] Somente a alternativa [B] está correta. O grande filósofo grego Platão foi um crítico da democracia e defensor da “Sofocracia”, o governo dos sábios, dos reis filósofos vinculados ao “Mundo das Ideias”. Resposta da questão 2: [E] Somente a alternativa [E] está correta. Santo Agostinho, 354-430, viveu no contexto de uma profunda crise que contribuiu para o fim do Império Romano do Ocidente no ano de 476. O cenário foi caracterizado por uma crise econômica, política, escravista, êxodo urbano, etc. Entre tantos problemas, o Império Romano sofreu com uma intensa onda de invasões bárbaras marcadas por muita violência. Exatamente isso que Agostinho de Hipona estava retratando. Resposta da questão 3: [C] O militarismo teve papel central na consolidação da República romana. A sociedade criou o costume de celebrar as vitórias militares – e as consequentes expansões territoriais – em uma cerimônia batizada de triunfo que, ao longo do tempo, acabou levando à construção de edificações em forma de arco. Daí a expressão arco do triunfo. Resposta da questão 4: [E] Somente a proposição [E] está correta. As Guerras Médicas, 500-475 a.C, foram um conflito travado entre o Império Persa e os Gregos. As colônias gregas na Ásia Menor entraram em conflito com o expansionismo dos Persas na região da Jônia. Atenas organizou a Liga de Delos, uma união entre diversas cidades estados visando agregar forças contra os Persas. Tucídides, general e historiador grego, em sua obra “Guerra do Peloponeso”, narrou o conflito entre a Liga de Delos liderada por Atenas contra a Liga do Peloponeso liderada por Esparta. Neste livro, Tucídides apontou para a importância das pestes que assolaram a cidade de Atenas contribuindo para a dissolução de acordos sociais. Plutarco em sua obra “Vidas Paralelas” comentou sobre a importância de Alexandre Magno na construção de um grande império provocando uma fusão entre a cultura grega com a cultura oriental Persa incentivando as artes e as ciências. Resposta da questão 5: [C] Estabelecida provavelmente por Sólon, a boulé, cujas reuniões aconteciam no buletório, era uma reunião de cidadãos atenienses previamente escolhidos com a função de deliberar sobre assuntos de interesse comum para Atenas. Resposta da questão 6:[C] O teatro, e várias outras formas de arte, tinha função social educativa na GréciaAntiga. Através de “lições” aprendidas pelos personagens nas peças teatrais, ensinava-se ao público noções de moral, cidadania e política. Resposta da questão 7: [B] A sociedade grega antiga era dividida em, basicamente, três segmentos: cidadãos (eupátridas), metecos e escravos. Esses últimos, geralmente obtidos através de guerras, faziam trabalhos diversificados (agricultura, construções, comércios e domésticos). A “serva”, citada no texto, era uma escrava de uma família rica. Resposta da questão 8: [D] A partir da crise do Império Romano, a conhecida Crise do Século III, a preponderância de Roma concentrou- se na sua parte Oriental, uma vez que os efeitos da crise foram mais sentidos no lado Ocidental do Império, que acabou por sucumbir às invasões bárbaras pouco tempo depois. 9 Resposta da questão 9:[D] Sendo a Filosofia o amor pela sabedoria e a busca pelo conhecimento do mundo real, o surgimento da pólis grega e as discussões oriundas desse surgimento, em especial sobre a formação e a organização da vida em sociedade, contribuíram para o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga. Resposta da questão 10:[B] A democracia escravista ateniense era excludente porque se baseava na cidadania como critério para a participação política na polis. Porém, poucos eram aqueles considerados cidadãos em Atenas: homens, maiores de 21 anos e atenienses natos. Logo, nascidos em outras cidades, filhos de nascidos em outras cidades, mulheres, escravos e crianças não eram cidadãos e não participavam da democracia. Resposta da questão 11: [D] Na Antiguidade, vários povos viveram na região do Mar Mediterrâneo, ou próximos a ela: gregos, romanos, fenícios, etruscos, babilônicos, dentre outros. O que texto mostra é que havia uma troca sociocultural constante entre esses povos. Dessa troca, surgiu, por exemplo, uma mistura alfabética que originou várias escritas. Resposta da questão 12: [B] Uma das principais marcas da República romana foi a expansão territorial. Tal expansão foi realizada através de conquistas bélicas e trouxe, para Roma, a ampliação territorial e, principalmente, a ampliação da utilização do escravo de guerra. Esse uso impulsionou o latifúndio agrícola romano, ajudando no desenvolvimento econômico em Roma. Resposta da questão 13: [C] Marcus Aurelius foi o último dos chamados bons imperadores, termo criado por Nicolau Maquiavel para descrever os Imperadores que governaram Roma a partir da Pax Romana iniciada por Otávio Augusto. Após a morte de Marcus Aurelius, Roma passou por dinastias que compuseram governos ruins e isso, ao fim e ao cabo, levou Roma ao declínio. Resposta da questão 14:[E] A historiografia tradicional atribuiu a Nero o incêndio em Roma para punir os cristãos. As ideias cristãs abalaram as estruturas do Império Romano uma vez que criticou a escravidão, a desigualdade social, o politeísmo e o culto a imagem do imperador. Somente a alternativa [E] está correta. Resposta da questão 15: [E] Somente a alternativa [A] está correta. As ideias cristãs abalaram as estruturas do Império Romano culminando na crise e fim do mesmo. Diferente da religião romana, os cristãos eram monoteístas e não aceitavam que os imperadores fossem cultuados como divindades. CORRETAS ERRADAS TOTAL 10 GEOGRAFIA – Cartografia 1. (Uerj 2019) É impossível representar, sem distorções, uma superfície esférica em um plano. A área e a forma são atributos espaciais frequentemente alterados nos mapeamentos, conforme a projeção cartográfica utilizada. Na imagem, verifica-se a representação de uma mesma área circular ao longo dos paralelos e meridianos, como a que ocorre na projeção cartográfica denominada: a) Peters b) Mercator c) Robinson d) Mollweide 2. (Unesp 2019) A generalização cartográfica é o processo que permite reconstruir em um mapa a realidade, mantendo seus traços essenciais. Um fator importante nesse processo de generalização cartográfica é a) a orientação, pois os elementos do mapa devem se manter proporcionalmente distantes entre si. b) a topografia, pois a precisão na análise das informações depende de relevos pouco acidentados. c) a escala, pois sua diminuição promove restrições que geram a perda de informações. d) a simbolização, pois elementos naturais e antrópicos devem ser representados em mapas diferentes. e) a altimetria, pois a determinação das curvas de nível é influenciada pelo ponto de observação do cartógrafo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o trecho da letra da música Civilização Fluvial, composta por Fauzi Beydoun e gravada pela banda Tribo de Jah, para responder à(s) questão(ões). Logo além de Belém Ao longo do curso dos rios Floresce um novo universo Às margens do ano 2000 Ilhas, istmos, igarapés Império Verde Dominando o horizonte Da costa do Amapá Ao pé da cordilheira distante Nova realidade se configura Dentro da mesma nação Nasce uma nova cultura Nova civilização... Fluvial Tropical flutuante Fluvial Ocidental verdejante Fluvial Setentrional navegante Fluvial Regional universalizante <https://tinyurl.com/y8br779m> Acesso em: 08.10.2018. Adaptado. 3. (G1 - cps 2019) As palavras escritas em negrito, na quarta estrofe, podem ser substituídas correta e respectivamente pelos termos a) leste e sul. b) leste e norte c) leste e oeste. d) oeste e norte. e) oeste e sul. 11 4. (Ufrgs 2018) Observe o quadro abaixo. Data Nascer do Sol Pôr do Sol 16-jul 7:23 17:38 16-ago 7:01 17:57 16-set 6:24 18:15 Fonte: <http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/ NascerPorSolAno.html>. Acesso em: 18 set. 2017. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do enunciado abaixo. Examinando os horários de nascer e pôr do Sol em Porto Alegre, constata-se que o dia aumenta em número de minutos. Isso acontecerá até o dia __________, quando então começará a decrescer. a) 10 de fevereiro b) 21 de março c) 21 de junho d) 23 de setembro e) 21 de dezembro 5. (Upf 2018) Observe os mapas e, com base em seus conhecimentos sobre o tema, analise as afirmações que seguem. I. O primeiro mapa é conhecido como Projeção de Mercator, e o segundo, Projeção de Peters. II. Ambos os mapas, utilizam como base de projeção o modelo cilíndrico. III. O mapa de Mercator utiliza projeção cilíndrica enquanto o de Peters utiliza a projeção cônica. IV. O mapa de Peters distorce as formas dos continentes, mas preserva suas dimensões relativas. V. O mapa de Mercator destaca os países setentrionais, refletindo o contexto de eurocentrismo. Está correto apenas o que se afirma em a) I, II, IV e V. b) I, III e V. c) II e IV. d) II e V. e) III. 6. (G1 - cftmg 2018) O uso das geotecnologias é corrente na sociedade contemporânea. É fácil perceber como os aparelhos eletrônicos que disponibilizam sistema de posicionamento global – conhecido como GPS – ultrapassaram a fronteira do meio acadêmico e empresarial para alcançarem e influenciarem as atividades cotidianas do cidadão. Disponível em: <https://www.embrapa.br/tema- geotecnologias/sobre-o-tema>. Acesso em: 16 set. 2017 (adaptado). A atividade que NÃO se relaciona diretamente ao uso das geotecnologias é a a) integração de dadosespaciais. b) gestão da agricultura de precisão. c) automação da atividade industrial. d) orientação de rotas de transporte. 12 7. (Espcex (Aman) 2018) Em uma competição de corrida de orientação, ou simplesmente orientação - esporte em que o atleta, geralmente com um mapa e uma bússola, precisa se deslocar no terreno, passando por alguns pontos de controle, e chegar ao final em menor tempo -, dentre os pontos que os participantes deverão encontrar, dois deles (Ponto A e Ponto B) possuem as seguintes coordenadas: PONTOS COORDENA DAS PONTO A PONTO B LATITUDE 28 46'00''N 28 50'30''N LONGITUDE 58 54'30''L 58 53'00''L Após atingirem o Ponto A, os grupos deverão seguir para o Ponto B e, para tanto seguirão na direção a) oeste. b) leste. c) sudoeste. d) noroeste. e) nordeste. 8. (Uefs 2018) Uma empresa anunciou que a partir de 2018 celulares deverão ter um GPS (Sistema de Posicionamento Global) com precisão de até 30 centímetros. Essa situação vai ser benéfica principalmente para quando estamos sendo guiados em ruas que ficam lado a lado, caso de grandes avenidas em que existe uma pista local, uma expressa e uma central. Os GPS atuais raramente acertam em qual das três você está. (https://tecnologia.uol.com.br, 08.10.2017. Adaptado.) O funcionamento do GPS é possível devido ao emprego de a) sensores de aerofotogrametria. b) satélites naturais de precisão. c) radares de sensoriamento remoto. d) satélites globais de localização. e) sensores de energia eletromagnética. 9. (Mackenzie 2018) Considerando que a distância real entre Moscou e Sochi, duas importantes sedes da Copa do Mundo da Rússia 2018, é de aproximadamente 1.620 km, em um mapa, na escala de 1:10.000.000, essa distância seria de a) 16,2 cm b) 1,62 cm c) 1,62 m d) 6,2 cm e) 0,62 m 10. (Espcex (Aman) 2018) Os jogos da próxima Copa do Mundo, na Rússia, que se iniciarem às 20 horas na cidade de Moscou, situada três horas adiantadas em relação à hora de Greenwich, iniciar-se-ão a que horas na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos da América, situada no fuso 118 de longitude oeste? a) 7 horas b) 9 horas c) 10 horas d) 12 horas e) 13 horas 11. (Mackenzie 2018) Considerando que o segmento AB possui 2 cm no mapa acima e equivale a 565 km (distância real), a escala do mapa é a) 1: 28.250.000 b) 1:113.000.000 c) 1: 56.500.000 d) 1: 2.825.000 e) 1: 282,5 13 12. (Ufpr 2018) Sobre a projeção plana ou azimutal, assinale a alternativa correta. a) Na referida projeção, a partir da seleção de um ponto de interesse, próximo do qual haverá as maiores distorções no mapa, o cartógrafo representa os demais locais de interesse. Com o distanciamento do ponto central, que tangencia a superfície de referência terrestre, as distorções são cada vez menores. b) Essa projeção, comumente utilizada para navegação, guarda ângulos de azimutes e seus meridianos passam pelo centro da projeção, sendo representados como retas. c) É uma projeção classificada como plano-polar quando tangencia médias latitudes. d) É uma projeção adequada para representar zonas de baixas latitudes e com poucas variações altimétricas, sendo evitada em regiões com altas latitudes. e) É uma projeção classificada como plano-oblíqua quando tangente à linha do Equador. 13. (Fgv 2018) Observe o gráfico a seguir. Os eixos X e Y que compõem a construção do perfil topográfico dizem respeito, respectivamente, a) à altitude e à distância. b) à longitude e à latitude. c) à distância e à altitude. d) à altitude e à latitude. e) à distância e à longitude. 14. (Uerj 2018) Naquele Império, a arte da cartografia alcançou tal perfeição que o mapa de uma única província ocupava uma cidade inteira, e o mapa do Império uma província inteira. Com o tempo, estes mapas desmedidos não bastaram e os colégios de cartógrafos levantaram um mapa do Império que tinha o tamanho do Império e coincidia com ele ponto por ponto. Menos dedicadas ao estudo da cartografia, as gerações seguintes decidiram que esse dilatado mapa era inútil e não sem impiedade entregaram-no as inclemências do sol e dos invernos. Nos desertos do oeste perduram despedaçadas ruinas do mapa habitadas por animais e por mendigos. BORGES, J. L. Sobre o rigor na ciência. No conto de Jorge Luís Borges, apresenta-se uma reflexão sobre as funções da linguagem cartográfica para o conhecimento geográfico. A compreensão do conto leva à conclusão de que um mapa do tamanho exato do Império se tornava desnecessário pelo seguinte motivo: a) extensão da grandeza do território político b) imprecisão da localização das regiões administrativas c) precariedade de instrumentos de orientação tridimensional d) equivalência da proporcionalidade da representação espacial 15. (Acafe 2017) Sobre escala geográfica e escala cartográfica é correto afirmar, exceto: a) A representação da realidade no mapa é estabelecida por uma correspondência entre as dimensões dos objetos representados e as do papel, dadas por uma escala, que expressa quanto os elementos do espaço foram reduzidos. b) A escala geográfica define um recorte espacial, seja local, regional, nacional ou mundial; enquanto a escala cartográfica delimita a escala de representação no mapa, isto é, a proporcionalidade entre o objeto real e a representação. c) As representações em escalas grandes mostram áreas maiores em que aparece com dificuldade o detalhamento das áreas projetadas como, por exemplo, 1:10.000. d) A escala é considerada pequena quando se reduzem muito os elementos a serem representados para que possam caber numa folha ou mapa, como é o caso de 1: 24.000.000. 14 GABARITO: Resposta da questão 1: [A] A alternativa [A] está correta porque a projeção cilíndrica equivalente de Peters busca a preservação da área dos continentes em detrimento da forma. As alternativas incorretas são: [B], porque a projeção de Mercator é cilíndrica conforme, buscando a preservação da forma em detrimento da área; [C], porque a projeção de Robinson é afilática, não preservando nenhuma propriedade geométrica e sendo assim, buscando representar com maior fidelidade a área e a forma dos continentes; [D], porque a projeção de Mollweide é uma correção da projeção de Mercator, achatando o planisfério. Resposta da questão 2: [C] A alternativa [C] está correta porque o diferencial apresentado pelos mapas é a escala cartográfica que permite maior ou menor detalhamento do espaço representado. As alternativas seguintes são incorretas porque orientação, topografia, simbolização e altimetria não foram o fator de generalização dos mapas. Resposta da questão 3: [D] Conforme os pontos cardeais, ocidental é sinônimo de oeste (a referência é o pôr do Sol). E setentrional é sinônimo de norte (a referência é o polo norte geográfico). Resposta da questão 4: [E] O dia aumenta em número de minutos progressivamente até o dia 21 de dezembro que corresponde ao solstício de verão no hemisfério sul, isto é, quando a radiação solar posiciona-se na perpendicular sobre a linha do Trópico de Capricórnio.Resposta da questão 5: [A] O item [III] está incorreto, a projeção de Mercator é cilíndrica e conforme, isto é, preserva as formas dos continentes, é indicada para a navegação marítima, mas distorce as áreas proporcionais. A projeção de Arno Peters é cilíndrica equivalente, uma vez que preserva as áreas, mas distorce as formas. Resposta da questão 6: [C] A alternativa [C] está incorreta porque a automação das industrias não está relacionada ao uso do GPS. As alternativas seguintes estão corretas porque o GPS é utilizado para integrar dados do espaço geográfico, executar a agricultura de precisão e orientar rotas de deslocamentos. Resposta da questão 7: [D] As coordenadas geográficas são fundamentais para a orientação no espaço geográfico. Considerando as coordenadas de latitude e longitude, partindo o Ponto A em direção ao Ponto B, toma-se a direção noroeste (ponto colateral). Resposta da questão 8: [D] A alternativa [D] está correta porque o GPS funciona a partir da orientação gerada pelos satélites de localização. As alternativas incorretas são: [A] e [C], porque aerofotogrametria e sensoriamento remoto são processos de obtenção de imagens; [B], porque os satélites utilizados não são naturais; [E], porque capturam energia emitida de um objeto. Resposta da questão 9: [A] A escala numérica do mapa é de 1:10.000.000, portanto, 1cm no mapa equivale a 10.000.000 cm ou 100 km. Como 1cm no mapa equivale a 100 km e a distância entre Moscou e Sochi é de 1.620 km, a distância no mapa seria de 16,2 cm. 15 Resposta da questão 10: [B] Na hipótese de jogos da Copa do Mundo de Futebol na Rússia (2018) acontecerem às 20 horas em Moscou, capital do país, em Los Angeles (Estados Unidos) os jogos vão ser vistos às 9 horas. Tem-se 3 horas em relação ao Meridiano de Greenwich, depois se acrescenta 8 horas (até Los Angeles), a diferença horária é de 11 horas. Como Moscou está com o horário adiantado, 20 horas – 11 horas, equivale a 9 horas (20 11 9).− = Resposta da questão 11: [A] A alternativa [A] é correta porque, se 2 cm corresponde a 565 km, então 1cm corresponde a 282,5 km. Como a escala numérica é dada em cm, 282,5 km corresponde a 28.250.000 cm e, portanto, a escala será 1: 28.250.000. Resposta da questão 12: [B] A projeção azimutal ou plana é obtida com um plano tangente a superfície terrestre. Muitas delas são equidistantes, isto é, mantém a distância em relação ao ponto central. Neste tipo de projeção, os meridianos passam pelo centro da projeção. Muitos mapas azimutais são utilizados com finalidade geopolítica, a exemplo do logotipo utilizado pela ONU. Resposta da questão 13: [C] A alternativa correta é [C] porque o perfil topográfico é a representação do corte de uma superfície cujo objetivo é representar a topografia do terreno utilizando, para tanto, planos cartesianos que representam a distância/X e a altitude/Y do corte. As alternativas seguintes são incorretas porque latitude e longitude são cálculos das coordenadas geográficas e não do perfil topográfico. Resposta da questão 14: [D] A alternativa [D] está correta porque o mapa do tamanho do Império perde a importante função que é a proporcionalidade do espaço. As alternativas incorretas são: [A], porque o território pode ser representado independentemente de sua extensão; [B], porque o mapa no tamanho real é bastante preciso para a localização de qualquer região; [C], porque o texto não aborda a instrumentalização, mas a equivalência da proporção. Resposta da questão 15: [C] As escalas grandes representam maior quantidade de detalhes em relação a realidade local, a exemplo de escalas como 1:1.000,1: 5.000 e 1:10.000. Nestas escalas, é possível observar ruas e avenidas em plantas de zonas urbanas. Também são escalas ideais para propriedades rurais como chácaras e sítios. CORRETAS ERRADAS TOTAL 16 FILOSOFIA - Introdução à Filosofia 1. (Upe-ssa 2 2018) Sobre a singularidade do pensamento filosófico, atente ao texto a seguir: O autor na citação acima sinaliza, com clareza e distinção, que a) o pensamento filosófico aprende a pensar, declinando da realidade. b) o aprender a pensar promove a dimensão acrítica. c) o pensamento crítico substitui a realidade. d) o pensamento filosófico está dissociado da realidade. e) aprender a pensar fomenta o entendimento da realidade na sua inteireza. 2. (Upe-ssa 3 2018) Leia o texto a seguir: Mesmo quando se pretendeu a política, a filosofia sempre teve significado político. Filosofando, o homem chega a si mesmo e encontra razão para moldar e julgar politicamente sua associação com os outros homens. (JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, São Paulo: Cultrix, 1999, p. 55. Adaptado) O texto acima retrata, com clareza, a dimensão do saber filosófico no âmbito da política. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA. a) No âmbito da política, a filosofia tem valor secundário no julgar politicamente. b) Julgar politicamente é declinar do filosofar no moldar a experiência coletiva. c) A filosofia e a política estão ligadas ao julgar e moldar a esfera dos assuntos públicos. d) A política e a filosofia dão ênfase ao espaço do individual em detrimento do coletivo. e) No julgar politicamente, a esfera do individual se sobrepõe ao valor da significância do coletivo. 3. (Upe-ssa 2 2018) Sobre o conhecimento filosófico, considere o texto a seguir: O saber é infinito e difuso; dele se valendo, procura a filosofia aquele centro a que fazíamos referência. O simples saber é uma acumulação; a filosofia é uma unidade. O saber é racional e igualmente acessível a qualquer inteligência. A filosofia é o modo de pensamento, que termina por constituir a essência mesma de um ser humano. (JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix, 1999, p. 13) O autor enfatiza a singularidade do conhecimento filosófico. No alinhamento dessa reflexão, tem-se como CORRETO que a) o conhecimento filosófico se adquire sem ser procurado, surge espontânea e naturalmente, no âmbito da razão. b) a filosofia é um saber de acumulação, bastando tão somente adquiri-lo. c) o conhecimento filosófico é a posse do saber racional no âmbito existencial. d) o saber filosófico é infinito e difuso, valendo-se da sensação para se constituir em essência do ser humano. e) o conhecimento filosófico caracteriza-se pela sua dimensão crítica e sonda a essência mesma das coisas. 17 4. (Unioeste 2018) Referindo-se à Filosofia, Montaigne escreve: “É singular que em nosso século as coisas sejam de tal forma que a filosofia, até para as pessoas inteligentes, seja um nome vão e fantástico, que se considera de nenhum uso e de nenhum valor, tanto por opinião como de fato. Creio que a causa disso são esses ergotismos [que significa abuso de silogismos na argumentação] que invadiram seus caminhos de acesso. É um grande erro pintá-la inacessível às crianças e com um semblante carrancudo, sobranceiro e terrível. Quem a mascarou com esse falso semblante, lívido e medonho? Não há nada mais alegre, mais jovial, mais vivaz e quase digo brincalhão. Ela só prega festa ebons momentos. Uma fisionomia triste e inteiriçada mostra que não é ali sua morada” (MONTAIGNE I, 26, p. 240). Depois de ler o texto acima, atentamente, assinale a alternativa CORRETA. a) Montaigne entende que a filosofia destina-se somente a algumas pessoas muito inteligentes, pois é inacessível para a maioria delas. b) Montaigne considera que a filosofia é carrancuda e triste porque é crítica e precisa assustar as pessoas. c) Montaigne concorda que a filosofia é um nome vão e fantástico: não tem nenhum uso e nenhum valor para as pessoas inteligentes. d) Montaigne argumenta que a filosofia é brincalhona e jovial, aberta a muitos, inclusive para as crianças. e) Montaigne julga que a filosofia deve ser sempre terrível e se contrapor à festa e à alegria. 5. (Ueg 2015) A cultura grega marca a origem da civilização ocidental e ainda hoje podemos observar sua influência nas ciências, nas artes, na política e na ética. Dentre os legados da cultura grega para o Ocidente, destaca-se a ideia de que a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais que podem ser plenamente conhecidos pelo nosso pensamento. b) nosso pensamento também opera obedecendo a emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos ajudam a distinguir o verdadeiro do falso. c) as práticas humanas, a ação moral, política, as técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria a existência de uma vontade livre. d) as ações humanas escapam ao controle da razão, uma vez que agimos obedecendo aos instintos como mostra hoje a psicanálise. 6. (Unicamp 2014) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) A partir do texto, é correto afirmar que: a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes. b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico. c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes. d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno. 18 7. (Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos. b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos. d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando- se apenas com causas abstratas. 8. (Ueg 2013) O surgimento da filosofia entre os gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente processo de racionalização da vida na cidade, em que o ser humano abandona a verdade revelada pela codificação mítica e passa a exigir uma explicação racional para a compreensão do mundo humano e do mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se: a) a concepção política expressa em A República, de Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar sob um regime político oligárquico. b) a criação de instituições universitárias como a Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles. c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos como legado a recusa de uma fé inabalável na razão humana e a crença de que sempre devemos acreditar nos sentimentos. d) a recusa em apresentar explicações preestabelecidas mediante a exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um fundamento racional. 9. (Ufu 2013) A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional”. SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32. Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta. a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens. b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia. c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático fundamental para a vida cotidiana. d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos. Anotações: 19 10. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões. b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão. c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão. d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica. Anotações: GABARITO: Resposta da questão 1: [E] A partir da charge, identifica-se que pensamento filosófico busca o entendimento da realidade a partir da reflexão do sujeito sobre si mesmo e sobre sua existência em todos os seus aspectos, transcendendo o senso comum para alcançar o entendimento da realidade em sua inteireza, como indicado pela alternativa [E]. Resposta da questão 2: [C] A partir da análise do texto e da imagem, o aluno deve compreender a relação entrea atitude filosófica e a política. Segundo o texto, a prática filosófica implica um ato político, haja vista o caráter crítico da reflexão filosófica acerca de todos os aspectos que fazem parte da existência humana, o que inclui a vida em sociedade e os assuntos públicos associados a ela. Nesse sentido, para o autor, a filosofia tem sempre uma dimensão política, uma vez que tem como objeto de reflexão e questionamento a relação do homem com outros indivíduos. Resposta da questão 3: [E] A partir da reflexão levantada pela questão, infere-se o caráter crítico do pensamento filosófico. O texto destaca como fundamento do pensamento filosófico o entendimento do mundo a partir do questionamento de todas as formas de conhecimento, rejeitando formulações baseadas no senso comum, o que levaria à reflexão acerca da essência de todas as coisas, como corretamente apontado pela alternativa [E]. Resposta da questão 4: [D] Montaigne apresenta uma visão da Filosofia na qual essa forma de entendimento do mundo é, em sua essência, alegre, jovial, vivaz e brincalhona, o que a torna acessível a diversos grupos de indivíduos, inclusive o das crianças, ideia apresentada pela alternativa [D]. 20 Resposta da questão 5: [A] A forma proposta pelos gregos para compreender o universo, não foi algo que surgiu espontaneamente, ela foi impulsionada por fatores como: as navegações, o desenvolvimento da moeda, da escrita, a invenção do calendário e principalmente o surgimento da “polis” (cidade). Estes fatores possibilitaram a estes primeiros pensadores, concentrar suas reflexões sobre a “phisys” (natureza) a fim de encontrar o “arché” (princípio) por meio de um “logos” (discurso) que pudesse compreender racionalmente o “cosmos” (universo). A busca por explicações mais gerais, que conseguissem dar respostas mais duradouras e definitivas acerca realidade (mundo, natureza e ser humano) mostrou que poderia ser apreendida pelo pensamento. Desta forma a compreensão da natureza e de sua constituição permitiu o entendimento racional de leis pelas quais a natureza opera, sendo assim perfeitamente possíveis de serem compreendias e expressas de forma racional por meio de nosso pensamento. Resposta da questão 6: [D] O período moderno da filosofia se caracterizou por dois movimentos, a saber, a dúvida e o método. A dúvida colocou em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale ressaltar que a filosofia moderna tem seu início geralmente demarcado no século XVII – e o método buscou reconstruir o conhecimento de modo que não se pudesse dele duvidar. Porém, esta ausência de dúvida não significa dogmatismo, mas sim o esforço da dedicação à filosofia, ao estudo da sabedoria, ao bem aplicar o espírito. “Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás utilizar. Pois não te recomendo o meu, apenas o proponho. Contudo, qualquer que seja o método que empregares, gostaria muito de recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo da sabedoria, por falta do qual todos sofremos recentemente muitos males”. (T. Hobbes. Do Corpo – Cálculo ou Lógica. Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15). “O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá- lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, e os que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam”. (R. Descartes. Discurso do método. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29). Resposta da questão 7: [A] Primeiramente, o ponto de partida da filosofia socrática não é a afirmação “sei que nada sei”, mas sim a palavra do oráculo de Delfos (dedicado a Apolo) que afirmou para Sócrates ser ele o homem mais sábio de todos. Sócrates não duvidou da palavra do Deus e partiu em busca da compreensão das palavras divinas. Interrogando outras pessoas, Sócrates percebeu que apesar de ele não possuir conhecimento sobre as coisas, possuía conhecimento sobre sua própria ignorância, algo que todos os outros homens não possuíam. A ignorância sobre o que significava a palavra divina o fez ir atrás do conhecimento sobre si mesmo. 21 Resposta da questão 8: [D] No período em questão, as cidades passam a se organizar de uma maneira distinta, livrando-se de uma centralização na figura de um rei (anax) e estabelecendo a figura de vários líderes (basileus). Nesta nova ordem, o rei não é capaz de dar a ordem para ser obedecido incondicionalmente e os vários líderes devem ser convencidos da ação necessária pela racionalidade do argumento, e não pela coerção. Essa necessidade de argumentar racionaliza os procedimentos deliberativos da cidade e acabam por estabelecer uma ordem na qual a tradição passa a ser afastada de pouco em pouco por sua inaptidão em atender problemas de ordem prática com eficiência. Resposta da questão 9: [C] A Filosofia difere fundamentalmente do mito, pois este é um discurso baseado na autoridade religiosa e aquela é um discurso baseado na racionalidade de todo e qualquer cidadão. O desenvolvimento da Filosofia está muitíssimo próximo do desenvolvimento das cidades-estados gregas que deixavam de tomar decisões concordantes com os aconselhamentos dos oráculos e passavam a tomar suas decisões através do diálogo entre homens igualmente racionais. De todo modo, a narrativa mítico-religiosa possuía sua importância por garantir a sobrevivência de tradições, que definiam a cultura dos povos e mantinham os cidadãos convivendo de modo relativamente harmonioso. Resposta da questão 10: [D] A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida social, consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o auxílio de entes inalcançáveis. CORRETAS ERRADAS TOTAL