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Demonstrações Contábil-Financeiras
É CONHECER E APRESENTAR AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO DE
ACORDO COM AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE E CONFORME O QUE ESTÁ PREVISTO NA
LEI 4.320/1964 QUE ESTABELECE CONCEITOS, ABRANGÊNCIA E PROCEDIMENTOS PARA AS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO SETOR PÚBLICO.
Demonstrações Contábeis
Conceito
Demonstração contábil é o conjunto de informações que devem ser divulgadas anualmente pela
administração pública representando a prestação de contas. É uma técnica contábil que evidencia, em
período determinado, as informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza
orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio de entidades do setor público e suas mutações.
As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público
são:
(a) Balanço Patrimonial: estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, evidencia qualitativa e
quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública
(b) Balanço Orçamentário: evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis
relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando
o resultado orçamentário
(c) Balanço Financeiro: evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios
extra orçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o
início do exercício seguinte
(d) Demonstração das Variações Patrimoniais: evidencia as variações quantitativas, o resultado patrimonial
e as variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária.
(e) Demonstração dos Fluxos de Caixa: permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e
elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular
financiamento dos serviços públicos.
(f ) Demonstração do Resultado Econômico: evidencia o resultado econômico de ações do setor público.
As demonstrações contábeis devem ser acompanhadas por anexos, por outros demonstrativos exigidos por
lei e pelas notas explicativas, nas quais apresentam informações extraídas dos registros e dos documentos
que integram o sistema contábil da entidade.
As demonstrações contábeis devem:
conter a identificação da entidade do setor público, da autoridade responsável e do contabilista.
ser divulgadas com a apresentação dos valores correspondentes ao período anterior.
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Nas demonstrações contábeis, as contas semelhantes podem ser agrupadas; os pequenos saldos podem ser
agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 10% (dez por cento) do valor do respectivo
grupo de contas, sendo vedadas a compensação de saldos e a utilização de designações genéricas.
Para fins de publicação, as demonstrações contábeis podem apresentar os valores monetários em unidades
de milhar ou em unidades de milhão, devendo indicar a unidade utilizada.
Os saldos devedores ou credores das contas retificadoras devem ser apresentados como valores redutores
das contas ou do grupo de contas que lhes deram origem.
 
Divulgação das Demonstrações Contábeis
A divulgação das demonstrações contábeis e de suas versões simplificadas é o ato de disponibilizá-las para
a sociedade e compreende, entre outras, as seguintes formas:
(a) publicação na imprensa oficial em qualquer das suas modalidades;
(b) remessa aos órgãos de controle interno e externo, a associações e a conselhos representativos;
(c) a disponibilização das Demonstrações Contábeis para acesso da sociedade em local e prazos indicados;
(d) disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso público.
 
Balanço Orçamentário
Definido no artigo 102, da Lei Complementar nº 4.320/1964, o Balanço Orçamentário apresenta as receitas
previstas e as despesas fixadas no Orçamento, em confronto, respectivamente com as receitas executadas
(arrecadas e recolhidas aos cofres públicos) e com as despesas executadas (empenhadas).
Demonstra também, o resultado orçamentário do período, que pode ser superávit, se a execução da receita
for maior que a da despesa, ou déficit, se, ao contrario, a execução da despesa for maior que a da receita.
A seguir um modelo de Balanço Orçamentário previsto no Anexo 12 da Lei Complementar nº 4.320/1964.
 
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
                            RECEITA                            DESPESA
TITULOS PREVISTA EXECUTADA DIFERENÇA TITULOS FIXADA EXECUTADA DIFERENÇA
Correntes
  Capital
       A          B     (B – A)   Correntes  
    Capital
    C         D    (D – C)
 SOMA           SOMA      
 DEFICIT       SUPERAVIT      
 TOTAL           TOTAL      
 
Informações fornecidas pelo Balanço Orçamentário
O Balanço Orçamentário oferece as seguintes informações ao usuário da Contabilidade Pública:
Excesso de arrecadação é quando a receita executada é maior que receita prevista. FORMULAS – (RE >RP),
ou seja, (B - A) > 0;
Frustração de arrecadação é quando a receita executada é menor que a receita prevista. FORMULAS – (RE
< RP), ou seja, (B – A) < 0;
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Economia orçamentaria é quando a despesa executada é menor do que a despesa prevista. FORMULAS –
(DE < DF), ou seja, (D –C) < 0;
Superávit orçamentário é quando a receita executada é maior que a despesa executada. FORMULAS – (RE
> DE), ou seja, (B – D) > 0;
Déficit orçamentário é quando a receita executada é menor que a despesa executada. FORMULAS – (RE <
DE), ou seja, (B –D) < 0.
As receitas executadas também podem ser denominadas receitas arrecadadas e as despesas executadas
também podem ser denominadas despesas realizadas.
A execução da despesa orçamentaria não poderá exceder o limite dos créditos disponíveis, constituindo-se
sua pratica um crime previsto na legislação vigente. Isto está previsto no art. 59, da Lei Complementar nº
4.320/1964, com redação dada pela Lei nº 6.397/1976 e art. 167 da Constituição Federal/1988.
 
Objetivos do Balanço orçamentário
O principal objetivo do balanço orçamentário é de servir a administração publica como um instrumento de
auxilio e controle da legalidade e eficiência das operações realizadas, bem como fornecer aos órgãos
fiscalizadores condições para verificar de forma global, o desempenho da administração pública e o
emprego dos recursos públicos.
Desta forma, o balanço orçamentário objetiva basicamente de:
Registrar os elementos do orçamento público, nos termos em que o mesmo foi aprovado pelo poder
legislativo;
Registrar a execução do orçamento e as alterações orçamentarias ocorridas no exercício;
Registrar a posição final dos valores executados quando do encerramento do exercício, comparando com
as previsões iniciais do orçamento.
O Balanço Orçamentário apresenta as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie,
especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a
realizar. Demonstra também as despesas por categoria econômica e o grupo de natureza da despesa
empenhada, as despesas liquidadas, o crédito pago e o saldo da dotação.
 
Balanço Patrimonial
Definido pelo artigo 105, da Lei Complementar nº 4.320/1964, o Balanço Patrimonial demonstra os
componentes patrimoniais do ente público (ativo, passivo e saldo patrimonial).
Objetivando facilitar o entendimento do Balanço Patrimonial, apresenta-se a seguir o modelo previsto no
Anexo 14, da Lei Complementar nº 4.320/1964 para o Balanço Patrimonial. O Balanço Patrimonial
demonstra os componentes patrimoniais classificadosnos seguintes grupos:
 
BALANÇO PATRIMONIAL
                      ATIVO                            PASSIVO
ATIVO FINANCEIRO
ATIVO PERMANENTE
PASSIVO FINANCEIRO
PASSIVO PERMANENTE
RESULTADO PATRIMONIAL
TOTAL TOTAL
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Informações fornecidas pelo Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial demonstra as informações dos componentes patrimoniais classificados nos
seguintes grupos:
Ativo Financeiro apresenta as disponibilidades, créditos e valores realizáveis.Exemplos: Caixa, Bancos,
responsabilidades de servidores.
Ativo Permanente apresenta os bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de
autorização legislativa.Exemplos: bens móveis, bens imóveis, dívida ativa, almoxarifado, títulos e valores
mobiliários.
Passivo Financeiro apresenta as dívidas flutuantes e outros compromissos de curto prazo. Exemplos:
restos a pagar, serviços da divida a pagar, depósitos, consignações, cauções e garantias diversas, operações
de credito por antecipação de recitas.
Passivo Permanente apresenta dividas contraídas junto a credores nacionais e internacionais cuja
amortização ocorra a longo prazo, mediante execução de despesa orçamentaria.
Saldo Patrimonial apresenta o resultado apurado que pode ser positivo com saldo patrimonial liquido,
quando o valor do ativo for maior que o valor do passivo; ou negativo quando apresentar um passivo real
descoberto, ou seja, quando o passivo for maior que o ativo,
Contas de Compensação apresentam registros de valores que direta ou indiretamente possam vir a afetar o
patrimônio público, constituindo-se em um controle à parte dos sistemas orçamentários, financeiro e
patrimonial.
 
Objetivos do Balanço Patrimonial
O objetivo principal do Balanço Patrimonial é apresentar informações sobre a situação patrimonial do ente
público em determinado período de tempo. Fornecendo informações aos gestores públicos e a sociedade
como um todo sobre a situação do patrimônio público em determinada data. Como está se comportando o
conjunto de bens, direitos e obrigações que pertencem ao Estado.
Outro objetivo do Balanço Patrimonial é possibilitar a comparação de resultados entre diversos períodos,
geralmente elaborado anualmente conforme prevê a legislação. No entanto, pode ser elaborado a qualquer
momento pela administração pública para facilitar o planejamento e a tomada de decisão.
 
Balanço Financeiro
Definido pelo artigo 103, da Lei Complementar nº 4.320/1964, o Balanço Financeiro apresenta as receitas e
despesas orçamentarias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra orçamentárias
assim como os saldos iniciais e finais das disponibilidades.
Objetivando facilitar o entendimento do Balanço Financeiro, apresenta-se a seguir o modelo previsto no
Anexo 13, da Lei Complementar nº 4.320/1964 para o Balanço Financeiro.
 
BALANÇO FINANCEIRO
                     RECEITA                         DESPESA
ORÇAMENTARIA
EXTRA- ORÇAMENTARIA
SALDOS DO EXERCICIO ANTERIOR
ORÇAMENTARIA
EXTRA ORÇAMENTARIA
SALDOS PARA O EXERCICIO SEGUINTE
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TOTAL TOTAL
 
Informações fornecidas pelo Balanço Financeiro
O Balanço Financeiro é uma síntese do registro do antigo sistema financeiro que atualmente passou a
integrar o subsistema patrimonial, é demonstrado em duas colunas, uma de receita e outra de despesa.
Na coluna de receitas, considera-se:
Receita orçamentaria realizada, que se subdividem em receitas próprias, vinculadas, as de previdência
social, de convenio, de operações de credito e alienação de bens, demonstrando ainda as deduções destas;
As transferências financeiras recebidas de outros órgãos;
As receitas extra orçamentárias, incluindo-se a inscrição extra orçamentaria de restos a pagar processados
e não processadas. Depósitos, débitos de tesouraria e outros movimentos que faça parte da divida
flutuante;
Saldo financeiro disponível no exercício anterior (caixa e equivalentes de caixa)
Na coluna despesas, considera-se:
A despesa orçamentaria realizada por meio de recursos próprios, vinculados, as de previdência social, de
convênios e de operações de credito;
As transferências financeiras de outros órgãos;
As despesas extra orçamentarias, subdivididas em pagamentos de restos a pagar, depósitos e demais
contas que compõem a divida flutuante;
Saldo financeiro disponível para o exercício seguinte (caixa e equivalentes de caixa).
Ressalta-se que todas as contas do Balanço Financeiro apresentar-se-ão por seus totais de valores ou
operações realizadas. Há outros relatórios que permitem a análise individualizada por conta, durante o
exercício.
 
Objetivos do Balanço Financeiro
O objetivo do Balanço Financeiro é apresentar os valores empenhados e não pagos até o final de
determinado exercício, inscritos como “restos a pagar” e como “serviços da dívida a pagar”, além das
receitas extra orçamentárias para fins de compensação junto ao montante das respectivas despesas
orçamentárias executadas.
Os pagamentos de restos a pagar e de serviços da dívida ativa a pagar devem ser considerados no grupo das
despesas extra orçamentárias. Os registros dos restos a pagar devem ser feitos por exercício e por credor,
distinguindo-se as despesas liquidadas das não liquidadas.
 
Demonstração das Variações Patrimoniais
Definida pelo artigo 104, da Lei Complementar nº 4.320/1964, a Demonstração das Variações Patrimoniais
que evidencia as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução
orçamentária, apresentando o resultado patrimonial do exercício.
A seguir, é apresentado um modelo da Demonstração das Variações Patrimoniais, conforme Anexo 15, da
Lei Complementar nº 4.320/1964.
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
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            VARIAÇÕES ATIVAS            VARIAÇÕES PASSIVAS
ORÇAMENTARIAS
- receitas correntes
- receitas de capital
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS
- aquisição de bens
RESULTADO EXTRA ORÇAMENTÁRIO
- inscrição dívida ativa
RESULTADO PATRIMONIAL
Déficit
ORÇAMENTARIAS
- despesas correntes
- despesas de capital
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS PASSIVAS
- venda de bens
RESULTADO EXTRA ORÇAMENTÁRIO
- cancelamento dívida ativa
RESULTADO PATRIMONIAL
Superávit
TOTAL TOTAL
 
Informações fornecidas pela Demonstração das Variações Patrimoniais
A demonstração das Variações Patrimoniais contem informações sobre os valores totais das receitas e
despesas orçamentarias, correntes e de capital, executadas no exercício, deve informar respectivamente
como variações ativas e variações passivas os resultantes da execução orçamentaria.
As mutações patrimoniais ativas e passivas devem informar os valores correspondentes, respectivamente
das receitas e despesas de capital executadas no exercício.
As receitas de capital e despesas de capital, ou receitas por mutações patrimoniais, são aquelas que em
nada afetam o patrimônio do ente público que as realiza, pois elas se constituem quando as receitas de
capital, em operações de credito, alienação de bens, amortização de empréstimos concedidos e outras
receitas de capital. As despesas de capital em investimentos, inversões financeiras, amortização da divida e
outras despesas de capital.
Enquanto as receitas correntes e despesas correntes sempre representam aumento ou diminuição do
patrimônio público em valores exatamente iguais ao ingresso do recurso nos cofres públicos (receitas) ou
ao pagamento realizado ou compromisso assumido (despesas), as receitas de capital e as despesas de
capital, em regra, proporcionamrespectivamente mutações patrimoniais ativas ou mutações patrimoniais
passivas, também em valores equivalentes aos ingressos de recursos financeiros ocorridos ou aos
desembolsos realizados ou compromissos assumidos, representados por aumentos ou diminuições no ativo
ou no passivo.
Deve informar também as variações ativas e variações passivas independentes da execução orçamentaria
não decorrentes de operações envolvendo movimentação financeira de dinheiro. São variações ativas as
superveniências ativas e as insubsistências passivas, enquanto são denominadas variações passivas as
superveniências passivas e as insubsistências ativas.
Deve informar também o resultado patrimonial, apontando a ocorrente de déficit ou superávit na gestão do
patrimônio público dentro de determinado período de tempo. Superávit caso as variações passivas forem
menores que as variações ativas, ou déficit caso as variações ativas forem menores que as variações
passivas.
 
Objetivos da Demonstração das Variações Patrimoniais
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O principal objetivo da Demonstração das Variações Patrimoniais é evidenciar as alterações verificadas no
patrimônio público, resultantes ou independentes da execução orçamentaria, apresentando o resultado
patrimonial do exercício.  Essas alterações devem ser evidenciadas no transcurso de um exercício no
patrimônio e que ao seu final evidenciara o resultado patrimonial deste exercício.
Outro objetivo é de acompanhar o desenvolvimento do patrimônio público dentro de determinado período
de tempo com o intuito de ajudar a administração pública na tomada de decisões e servir como instrumento
para prestação de contas da gestão pública tanto para as autoridades competentes como para a sociedade
como um todo.
 
Outros demonstrativos financeiros
A Lei 4.320/64, além de estabelecer os modelos dos balanços Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais (anexos, 12, 13, 14 e 15, respectivamente), apresenta outros
demonstrativos financeiros como obrigatórios para compor a prestação de contas anuais ou de gestão, a
saber:
Anexo 01: Demonstração da receita e despesas, segundo as categorias econômicas;
Anexo 02: especificação da receita e das despesas;
Anexo 06: Programas de trabalho, por órgão e unidade orçamentaria;
Anexo 07: Programa de trabalho – demonstrativo de funções, subfunções e programas por projetos e
atividades;
Anexo 08: Demonstrativo da despesa por funções, subfunções e programas conforme o vinculo como os
recursos;
Anexo 09: Demonstrativo da despesa por órgãos e funções;
Anexo 10: Comparativo da receita orçada com a arrecadada;
Anexo 11: Comparativo da despesa autorizada com a realizada;
Anexo 16: Demonstração da divida fundada interna;
Anexo 17: Demonstração da divida flutuante;
Anexo 18: Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC;
Anexo 19: Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido - DMPL - obrigatória apenas para as
empresas estatais dependentes e para os entes que as incorporarem no processo de consolidação das
contas.
Anexo 20: Demonstração do Resultado Econômico - de elaboração facultativa pelos entes da federação.
A constituição de 1988 tornou obrigatória a publicação pelo poder executivo, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, de relatório resumido da execução orçamentaria.
A Lei de Responsabilidade Fiscal instituiu o Relatório de Gestão Fiscal, a ser publicado até trinta dias após
o encerramento de cada quadrimestre pelos titulares dos poderes executivo, legislativo e judiciário da
União, Estados, Distrito Federal e municípios, Ministérios Públicos e Tribunais de Contas.
A Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, como órgão central do sistema de
Contabilidade Federal, nos termos do decreto 3.589/2000 e Lei 10.180/2001, vem editando normas de
procedimento para a consolidação das contas da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios.
Desde a publicação da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal vem sendo editadas pelo Governo Federal, além
das normas citadas anteriormente, portarias voltadas a harmonização de regras e procedimentos contábeis
aplicáveis a todas as esferas do governo.
 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária
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As principais características do Relatório Resumido da Execução Orçamentária são:
1 – Prazo de publicação de até trinta dias após o encerramento da cada bimestre.
2 – Composição:
Balanço orçamentário;
Demonstrativo da execução das receitas por categoria econômica e fonte;
Demonstrativo da execução das despesas, por categorias econômicas e fonte;
Demonstrativo da execução das despesas por função e subfunção.
Segundo o artigo 53, da LRF, também acompanham os seguintes demonstrativos: 
Apuração da receita corrente líquida, sua evolução e previsão de seu desempenho até o final do exercício;
Receitas e despesas previdenciárias;
Resultado nominal e resultado primário;
Despesas com juros;
Restos a pagar.
Além dos demonstrativos citados a seguir apresentamos todos os anexos que compõem o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária, que são:
Anexo I – Balanço Orçamentário;
Anexo II – Demonstrativo da Execução das despesas por função/subfunção;
Anexo III – Demonstrativo da Receita Corrente Líquida;
Anexo IV – Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social
– União;
Anexo V – Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores
Públicos;
Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal;
Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário – Estados, Distrito Federal e Municípios;
Anexo VIII – Demonstrativo do Resultado Primário da União;
Anexo IX – Demonstrativo dos Restos a Pagar por poder e órgão;
Anexo X – Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino;
Anexo XI – Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital;
Anexo XII – Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Geral de Previdência Social;
Anexo XIII – Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos servidores
públicos;
Anexo XIV – Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos;
Anexo XV – Demonstrativo das Despesas com Saúde;
Anexo XVI – Demonstrativo da Receita Líquida de Impostos e das Despesas Próprias com Saúde – Estados,
Distrito Federal e Municípios;
Anexo XVII – Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
 
Relatório de Gestão Fiscal
As principais características do Relatório de Gestão Fiscal são as seguintes:
Prazo de publicação até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre;
Assinaturas do chefe do poder ou órgão e do responsável pela administração financeira e pelo controle
interno do respectivo poder ou órgão;
Composição:
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- comparativo com os limites previstos na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal;
- medidas adotadas ou a adotar, se ultrapassar os limites;
- demonstrativo, no ultimo quadrimestre de cada ano do montante das disponibilidades,
restos a pagar, despesas liquidadas, empenhadas e não liquidadas.
São anexos do Relatório de Gestão Fiscal:
Anexo I – Demonstrativo da Despesa Com Pessoal;
Anexo II – Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida;
Anexo III – Demonstrativo das Garantias e Contra garantias de Valores;
Anexo IV – Demonstrativo das Operações de Crédito;
Anexo V – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa;
Anexo VI – Demonstrativo dos Restos a Pagar;
Anexo VII – Demonstrativo dos Limites.Notas Explicativas
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes, complementares ou suplementares
àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis.
As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis, as
informações de naturezas patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física, social e de
desempenho e outros eventos não suficientemente evidenciados ou não constantes nas referidas
demonstrações.
VALE A PENA CONFERIR:
Site do CFC - CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE o aluno poderá encontrar a NBC T 16.6
que apresenta as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.  
http://www.cfc.org.br/uparq/NBCT16_6.pdf (http://www.cfc.org.br/uparq/NBCT16_6.pdf)
ATIVIDADE FINAL
Qual dos itens a seguir deve ser informado como variações ativas
resultantes da execução orçamentária? 
A. Receitas correntes 
B. Aquisição de bens 
C. Despesas correntes 
D. Despesas de capital 
E. Inscrição na divida ativa  
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A inscrição de um tributo na divida ativa deve ser classificado na
Demonstração das Variações Patrimoniais como: 
A. Mutações patrimoniais ativas 
B. Mutações patrimoniais passivas 
C. Resultado patrimonial ativo 
D. Resultado patrimonial passivo 
E. Superávit ou déficit 
A venda de um bem patrimonial deve ser classificada na demonstração
das Variações Patrimoniais como:  
A. Mutações patrimoniais ativas  
B. Mutações patrimoniais passivas
C. Resultado patrimonial ativo 
D. Resultado patrimonial passivo
E. Superávit ou déficit 
Os restos a pagar processados e não processadas são lançados no
Balanço Financeiro como: 
A. Receita extra orçamentária 
B. Receita orçamentária
C. Despesa orçamentária 
D. Despesa extra orçamentária
E. Déficit orçamentário
Uma receita tributária é classificada no Balanço Financeiro como: 
A. Receita extra orçamentária 
B. Receita orçamentária
C. Despesa orçamentária 
D. Despesa extra orçamentária
E. Déficit orçamentário
Os pagamentos de restos a pagar, depósitos e demais contas que
compõem a divida flutuante são classificados no Balanço Financeiro
como: 
A. Receita extra orçamentária 
B. Receita orçamentária
C. Despesa orçamentária 
D. Despesa extra orçamentária
E. Déficit orçamentário
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Qual grupo do Balanço Patrimonial apresenta as disponibilidades,
créditos e valores realizáveis?  
A. Ativo Financeiro 
B. Ativo Permanente
C. Passivo Financeiro 
D. Passivo Permanente
E. Saldo Patrimonial 
Qual grupo do Balanço Patrimonial apresenta os bens, créditos e
valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização
legislativa?   
A. Ativo Financeiro 
B. Ativo Permanente
C. Passivo Financeiro 
D. Passivo Permanente
E. Saldo Patrimonial 
Qual grupo do Balanço Patrimonial apresenta as dívidas flutuantes e
outros compromissos de curto prazo?   
A. Ativo Financeiro 
B. Ativo Permanente
C. Passivo Financeiro 
D. Passivo Permanente
E. Saldo Patrimonial 
Qual grupo do Balanço Patrimonial apresenta dividas contraídas junto
a credores nacionais e internacionais cuja amortização ocorra a longo
prazo, mediante execução de despesa orçamentaria? 
A. Ativo Financeiro 
B. Ativo Permanente
C. Passivo Financeiro 
D. Passivo Permanente
E. Saldo Patrimonial 
O pagamento de uma Despesa de custeio é classificado no Balanço
Financeiro como: 
A. Receita extra orçamentária 
B. Receita orçamentária
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C. Despesa orçamentária 
D. Despesa extra orçamentária
E. Déficit orçamentário
REFERÊNCIA
ANGÉLICO, J. Contabilidade pública. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
Cruz, Flávio da. Auditoria governamental São Paulo : Atlas, 1997, c1996.
Kohama, Helio.. Contabilidade pública teoria e prática. 6º edição; São Paulo : Atlas, 1998, c1987.
PISCITELLI, R. B. et al. Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública. 7 ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 5 ed. São Paulo: Atlas,
2002. 
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