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1. INTRODUÇÃO. 
 
 
Qualquer atividade humana, independente da sua natureza, tem como resultado, a 
geração de resíduos sólidos. A quantidade de resíduos gerada relaciona-se diretamente 
ao crescimento populacional ao grau de desenvolvimento da sociedade e de 
industrialização. Parte destes resíduos, hoje em dia, pode ser reaproveitada em diversos 
ramos industriais e aqueles que não têm uma finalidade útil, são encaminhados para 
uma destinação final adequada, onde uma das técnicas mais utilizadas para a disposição 
dos resíduos sólidos é o aterro sanitário (Souza, 2005). 
Os resíduos industriais, muitas vezes podem ser comparados com os Resíduos 
Sólidos Urbanos (RSU), por apresentar uma composição bastante variável e possuírem 
substâncias a base de metais pesados como pilhas, baterias, enlatados, tintas, 
eletroeletrônicos, entre outros, os quais são tóxicos e apresentam riscos à saúde e ao 
meio ambiente, quando dispostos de forma incorreta. No entanto, além dos metais 
pesados, os subprodutos gerados pela própria decomposição dos resíduos sólidos 
também podem causar toxicidade ao meio, a exemplo da amônia que em função dos 
elevados teores e das características do ambiente em que esta inserida pode torna-se 
tóxica (Silva, et. al, 2015). 
Os efluentes líquidos de algumas indústrias apresentam traços de metais nocivos que 
possuem propriedade de acumular em altas concentrações, nos corpos receptores, o que 
contribui para o aumento de sua toxicidade. Tendo em vista o crescimento industrial, e o 
consequente aumento de emissões de contaminantes em efluentes líquidos, a variação 
dessa concentração está entre as operações aplicadas para diminuir as concentrações dos 
metais a fim de atender a regulamentação ambiental vigente (Ferreira, et.al, 2015). 
O chorume é bem mais agressivo que esgoto e precisa de um tratamento adequado. 
Sendo esse tratamento uma medida de proteção ambiental, de manutenção da 
estabilidade do aterro e uma forma de garantir uma melhor qualidade de vida para a 
população local (Serafim, 2003). 
Um dos maiores desafios do século é o desenvolvimento de tecnologias que 
possibilite o uso ou reuso de efluentes, para fins, onde se consome grandes quantidades 
de água e que o mesmo não exija requisitos tão rígidos quanto sua portabilidade. A 
destilação solar tem se mostrado uma alternativa de tecnologia limpa para 
dessalinização de águas salinas e salobras. Devido ao fato de causar o mínimo de 
prejuízo possível ao meio ambiente, aproveita a energia solar como fonte energética, 
além de ser gratuita (Bezerra, 2004). 
Este é o objetivo principal do presente trabalho, realizar um tratamento de efluente 
industrial de Classe I a partir da destilação solar e verificar sua eficiência como técnica 
de tratamento de efluente. 
 
 
 
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2. JUSTIFICATIVA. 
 
 
Tendo em vista o crescimento industrial, e o consequente aumento de emissões 
de contaminantes de alta toxicidade como metais em efluentes líquidos, a retirada destes 
componentes requer demandas operacionais sofisticadas, a fim de atender a 
regulamentação ambiental vigente. ​A proposta é de estudar a combinação de um 
processo de tratamento, utilizando como efluente o chorume industrial de classe I, 
então, após uma sequência de tratamento composta por tratamento primário (processo 
físico-químico) seguido pela destilação, um método ou processo físico de separação de 
uma mistura de líquidos ou de sólidos dissolvidos em seus componentes, 
comparando-se a redução de custo e a eficiência e levando em conta que o uso da 
energia solar é apresentada como uma alternativa significativa, já que se utiliza de uma 
fonte de energia gratuita e inesgotável, não produz poluente e é eficiente no tratamento 
de água. Considerando que o Brasil possui um grande potencial desta fonte energia com 
grandes índices anuais de radiação solar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. OBJETIVO GERAL. 
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Realizar tratamento de efluente industrial de Classe I a partir da destilação solar 
e verificar a eficiência do processo. 
 
 
 
 
3.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS. 
 
 
● Construir um destilador solar; 
● Analisar DBO, DQO e Oxigênio Dissolvido e especificações físico-químicas no 
efluente pré e pós-processo de destilação solar; 
● Analisar o lodo após a destilação solar do efluente; 
● Comparar os resultados com outros processos de tratamentos de efluentes; 
● Propor forma de tratar e reutilizar os compostos resultantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 
 
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4.1 RESÍDUOS SÓLIDOS. 
 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da Norma 
Brasileira, define resíduos sólidos e semissólidos os que resultam de atividades da 
comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de 
serviços de variação. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistema 
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de 
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu 
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água. 
E ainda classifica a norma da seguinte forma: 
RESÍDUOS PERIGOSOS. (CLASSE I) - São aqueles que por suas características 
podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados 
perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Os resíduos que recebem 
esta classificação requerem cuidados especiais de destinação. 
RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS ​(CLASSE II): Não apresentam nenhuma das 
características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos: 
CLASSE II A – NÃO INERTES- São aqueles que não se enquadram no item 
anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma 
dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. 
CLASSE II B – INERTES - Quando submetidos ao contato com água destilada ou 
deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes 
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de portabilidade da água, com 
exceção da cor, turbidez, dureza e sabor (NBR 10004, 2004). 
Resíduo sólido industrial é todo o resíduo que resulte de atividades industriais e 
que se encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso e líquido, cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou 
exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviável em face da melhor 
tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de 
sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de 
controle de poluição (CONAMA, 2002). 
Para Nascimento (2017), alguns resíduos industriais podem ser caracterizados 
como recicláveis ou não recicláveis, ou seja, os recicláveis são considerados aqueles que 
podem passar por processo, portratamentos, gerando um novo produto ou uma menor 
quantidade do mesmo, já os não recicláveis são direcionados a uma disposição final, os 
chamados aterros industriais. 
O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos industriais no Brasil é desafiado 
com grandes problemas para a destinação de tais materiais. A disposição dos resíduos é 
a efetivamente praticada pelas indústrias de grande porte, devido às grandes quantidades 
de materiais gerados nos processos (Pereira, et. al 2008). 
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Nascimento et. al (2006), os aterros industriais e sanitários, têm sido os destinos 
preferenciais de resíduos, procurando captá-los em menor área e reduzi-los ao menor 
volume possível. Um aspecto fundamental para a implantação de um aterro é o cuidado 
em relação ao uso e ocupação do solo e seus arredores, uma vez que os poluentes como 
metais pesados ou contaminantes podem ser transportados, propagando-se por 
diferentes vias, através de águas superficiais e subterrâneas. 
No Brasil, encontra-se um grande desafio, pois poucos são os casos de 
destinação final correta dos resíduos sólidos industriais. Apesar de haver legislações e 
regulamentações propostas para o gerenciamento de resíduos com uma definição geral 
de resíduos sólidos ou resíduos perigosos onde se usa critérios como a origem e a 
presença de substâncias ou compostos tóxicos e suas propriedades (Lima, 2007). 
Segundo Kraemer (2005), as indústrias são tradicionalmente as maiores 
responsáveis pela produção de resíduos perigosos são as metalúrgicas que descarta 
refugos, as indústrias de equipamentos eletroeletrônicos, as fundições, a indústria 
química além de sobras de carvão mineral e gás e fumaça lançados pelas chaminés das 
fábricas. O resíduo industrial é um dos maiores responsáveis pelas agressões fatais ao 
ambiente. Nele estão incluídos produtos químicos, metais pesados e solventes químicos 
que ameaçam os ciclos naturais onde são despejados. 
 
 
 
4.2 LIXIVIADO DE RESÍDUOS CLASSE I. 
 
 
Ferreira & Coraiola, (2008), dizem que, a destinação final dos esgotos e suas 
consequências no meio ambiente, na qualidade das águas e aos seus usos e benefícios, 
são uma das maiores preocupações da atualidade. Ter em conta esses aspectos, estudos, 
critérios, projetos relativos ao tratamento e disposição final dos resíduos, assim como a 
manutenção e melhoria de uso e qualidade dos corpos receptores. 
As águas residuárias com características não domésticas transportam poluentes 
que provocam interferências físicas e operacionais no sistema de esgotamento sanitário, 
tais como rompimento de coletores, devido à corrosão, e diminuição da seção, por causa 
do assoreamento e incrustação. Esses problemas estão associados ao lançamento de 
efluentes ácidos ou alcalinos, contendo sulfetos e sulfatos, óleos e graxas e também por 
excesso de sólidos sedimentáveis (Junior & Morita, 2007). 
Silva et. al, (2006), resume em geral, que as preocupações ambientais em relação 
aos metais pesados estão associadas à absorção e acúmulo desses elementos pelas 
plantas, no processo de perdas desses elementos por lixiviação e à possibilidade de 
liberação, ao longo do tempo, de metais pesados retidos nos constituintes orgânicos e 
minerais do solo, o que poderia comprometer a saúde humana e animal. 
Ano após ano os avanços tecnológicos permitem que as áreas de pesquisa e da 
indústria compreendam melhor os fenômenos físicos químicos. Esse conhecimento pode 
ser utilizado para melhorar as técnicas, equipamentos e processos, que por si cria 
inevitáveis danos ao meio ambiente ou os intensificam principalmente nos efluentes 
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líquidos com elevado teor de metais pesados ou tóxicos. Portanto, nos anos atuais há 
uma extrema importância, de pesquisa de métodos para diminuir a poluição e 
contaminações ocasionadas pela presença de metais pesados e radionuclíudeos em 
efluentes líquidos, adequando-se assim a legislação ambiental vigente (Calfa & Torem, 
2007). 
Desse modo, a crescente preocupação com as questões ambientais, faz-se 
inevitável, que, tecnologias ecologicamente corretas sejam criadas e viabilizadas para 
recuperação de resíduos industriais. É evidente o interesse das ciências exatas e 
engenharia para os variados métodos de recuperação de águas residuais, focando-se 
especificadamente na efetividade de remoção e degradação dos compostos prejudiciais, 
cumprindo assim as legalidades estabelecidas e a diminuição nos custos de instalação e 
operação, tornando-se um atrativo para os setores industriais (Araújo et. al, 2016). 
Considerando que a produção de lodos de esgoto é um processo normal no 
sistema de tratamento de esgotos e correspondem a um grande fator de risco à saúde 
pública e ao ambiente, pois favorece a proliferação de vetores de moléstias e 
organismos nocivos, além, de poder conter metais pesados. O uso agrícola do lodo de 
esgoto, nos princípios de reutilização de forma adequada desses resíduos é uma 
alternativa que apresenta vantagens ambientais quando comparado a outras práticas de 
destinação final (CONAMA, 2006). 
Entretanto, vários projetos de tratamento de esgotos não contemplam o destino 
final do lodo produzido e com isso anulam-se parcialmente os benefícios da coleta e do 
tratamento dos efluentes. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de alternativas 
seguras e mais fáceis para que esse resíduo não se transforme em novo problema 
ambiental. Entre as diversas alternativas existentes para a disposição final do lodo de 
esgoto, aquela para fins agrícola e florestal apresenta-se como uma das mais 
convenientes, pois, como o lodo é rico em matéria orgânica e em macro e 
micronutriente para as plantas é recomendada a sua aplicação como condicionador de 
solo e ou fertilizante. Porém, o lodo de esgoto apresenta em sua composição, diversos 
poluentes como: metais pesados, compostos orgânicos persistentes e organismos 
patogênicos ao homem, atributos que devem ser ministrados com muito cuidado (Bettiol 
& Camargo, 2006). 
 
 
4.3 CARACTERÍSTICAS FISÍCO-QUÍMICAS DE UM LIXIVIADO DE 
CLASSE I. 
 
 
O resíduo líquido gerado pela decomposição de uma matéria apodrecida é 
denominado chorume, também conhecido como lixiviado ou perclorado. Para alguns 
autores, todas as denominações para o resíduo proveniente da decomposição são 
semelhantes. Porém muitos defendem que chorume é o líquido vindo apenas da 
decomposição da matéria orgânica presente no lixo, e, os lixiviados e perclorados são a 
solução do chorume e as águas de origem superficial como da chuva ou escoamento e 
águas subterrâneas, no caso de infiltração no solo, carregando consigo materiais 
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dissolvidos ou suspensos, que flui pela massa do lixo após atingir sua capacidade de 
campo ou de retenção (Rocha, 2005). 
A poluição provinda da deposição de resíduos sólidos urbanos é crescente e um 
dos maiores contribuintes são os líquidos percolados. Fazendo assim com que o 
tratamento deste percolado seja de suma importância ambiental. Recentes pesquisas 
apontam vários meios de tratamento paraeste percolado de aterros. Ter em mente que 
para ter um tratamento adequado, é fundamental terem conhecimento qualitativo e 
quantitativo das características deste líquido que apresenta uma rica variedade de 
componente e grande demanda de oxigênio (DQO) assim como compostos orgânicos e 
substâncias tóxicas (Silva & Segato, 2002). 
Sá. et. al, (2012), defende que o impacto gerado por um lixiviado no meio 
ambiente é relativamente relacionado com a sua fase de decomposição. Em um aterro 
novo, o lixiviado recebe boa quantidade de água pluvial e apresenta pH ácido, altas 
concentrações de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO​5​) e de Demanda Química de 
Oxigênio (DQO) e outros diversos compostos com alto potencial tóxico, além de 
microrganismos patogênicos. Com o passar dos anos há uma redução significativa da 
biodegradabilidade devido à conversão em gás metano e CO​2 de parte dos componentes 
biodegradáveis. 
Segundo Medeiros, existe uma grande dificuldade na determinação laboratorial 
dos diversos componentes da matéria orgânica nas águas residuárias, devido à 
multiplicidade de formas e compostos em que a mesma pode se apresentar. 
Ferreira & Coraiola, (2008), define a metodologia de análise de DBO​5 e DQO, 
como: 
DBO​5 ​é um parâmetro mais usual para definir a carga orgânica biodegradável 
poluidora de um esgoto doméstico ou industrial. Por definição significa a quantidade de 
oxigênio utilizada por uma população de vários microrganismos aeróbios, na oxidação 
dessa carga orgânica biodegradável na temperatura de 20 °C ± 1°C. O teste consiste em 
diluir uma quantidade conhecida de efluente com água preparada com solução tampão 
de fosfatos, sulfatos de magnésio, cloreto de cálcio e cloreto férrico, sendo ela saturada 
de oxigênio dissolvido, e, em seguida, colocá-la em um frasco de 300 ml. O efluente é a 
fonte de carbono para os microrganismos e a água de diluição tem a função de fornecer 
nutrientes através das soluções acrescentadas e oxigênio necessário. A primeira reação é 
a metabolização do substrato orgânico o que causa um consumo de oxigênio pelas 
bactérias, liberando gás carbônico (CO​2​) e aumentando a população das bactérias. A 
segunda reação é o resultado da utilização do oxigênio pelos protozoários que se 
alimentam das bactérias. A redução de oxigênio dos frascos de incubação é diretamente 
relacionada com a quantidade de substratos orgânicos biodegradável presente na 
amostra. 
Para realizar o teste de DQO, adiciona-se uma quantidade conhecida de solução 
padrão de dicromato de potássio (K ​2​Cr​2​O​7​) em excesso e ácido sulfúrico (H​2​SO​4​), 
contendo o sulfato de prata como catalisador (HgSO ​4​) e uma quantidade conhecida de 
amostra em um frasco. Essa mistura é aquecida durante 2 horas, sendo que a maior parte 
do material orgânico biodegradável e não biodegradável serão destruídos no 
aquecimento dessa mistura. Após a mistura esfriar, o íon cromo (Cr​2​O​7​
2-​) remanescente 
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é titulado com uma solução padrão de sulfato ferroso amoniacal ((NH ​4​)​2​Fe(SO ​4​)​2 · 6 
H​2​O), usando o ferro dessa solução como indicador. O íon ferroso ou íon de ferro II 
(Fe ​2+​) reage com o íon dicromato (Cr​2​O​7​
2-​), mudando da cor azul esverdeado para 
vermelho tijolo, indicando o final da titulação. Esse teste de DQO apresenta 
interferências como o íon cloreto (Cl​-​), para evitar esta interferência se utiliza o nitrato 
de prata (AgNO​3​), pois o íon de prata (Ag​
+​) precipita as concentrações de íons cloreto 
(Cl​-​), o que, provocam interferências positivas nos resultados, proporcionalmente à 
concentração de cloretos na amostra, reduz os erros causados por este interferente. 
Aquino, et. al, (2006), define outro método indireto da determinação da matéria 
orgânica, como a DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO). O teste de Demanda 
Química de Oxigênio baseia-se no fato de que todos os compostos orgânicos, com 
poucas exceções, podem ser oxidados pela ação de um agente oxidante forte em meio 
ácido. Uma das limitações, entretanto é o fato de que o teste não diferencia matéria 
orgânica biodegradável e matéria orgânica não biodegradável, a primeira determinada 
pelo teste de DBO. A vantagem é o tempo de teste, realizado em poucas horas, enquanto 
o teste de DBO requer no mínimo 5 dias (período de incubação). A DQO de amostras 
de águas residuárias pode ser determinada pelos métodos titulométrico e colorimétrico. 
A principal vantagem do método titulométrico é a possibilidade de sua utilização em 
amostras de elevada turbidez e cor residuais após a digestão com dicromato. A DQO 
mede, indiretamente, os equivalentes redutores (elementos com baixo número de 
oxidação, ou seja, reduzidos) presentes na amostra em questão. Dessa forma, causará 
DQO à amostra que contiver substâncias orgânicas e ou inorgânicas passíveis de 
oxidação pelo dicromato de potássio (K ​2​Cr​2​O ​7​) em meio ácido. Em se tratando de 
esgotos tipicamente domésticos, a fração orgânica, em geral, supera a fração inorgânica 
reduzida, e a DQO pode ser utilizada, sem maiores problemas, para quantificar 
diretamente a matéria orgânica oxidável presente. Entretanto, alguns efluentes 
industriais podem conter significativas concentrações de substâncias inorgânicas 
reduzidas, que podem ser oxidadas pelo dicromato e causar DQO. 
Giordano (2004) define dois respectivos conceitos das características 
físico-químico que pode apresentar em efluentes: 
MATÉRIA INORGÂNICA. A matéria inorgânica é toda àquela composta por 
átomos que não sejam de carbono (exceto no caso do ácido carbônico e seus sais). Os 
poluentes Inorgânicos são os sais, óxidos, hidróxidos e os ácidos. A presença excessiva 
de sais, mesmo sais inertes tais como o cloreto de sódio pode retardar ou inviabilizar os 
processos biológicos. Em casos extremos podem inviabilizar o uso das águas por 
salinização. Os sais não inertes são também analisados separadamente, sendo os 
principais: os sulfatos que podem ser reduzidos aos sulfetos; os nitratos e nitritos que 
podem ser desnitrificados; sais de amônia que podem ser nitrificados. 
METAIS ​PESADOS. São analisados de forma elementar. Metais pesados são 
elementos químicos que apresentam número atômico superior a 22. Também podem ser 
definidos por sua singular propriedade de serem precipitados por sulfetos. Entretanto, a 
definição mais difundida é aquela relacionada com a saúde pública: metais pesados são 
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aqueles que apresentam efeitos adversos à saúde humana. Os que apresentam toxicidade 
são os seguintes: alumínio, cobre, cromo, chumbo, estanho, níquel, mercúrio, vanádio, 
zinco. A toxicidade dos metais é função também de seus números de oxidação (cromo 
trivalente e hexavalente). Outros metais tais como o sódio, cálcio, magnésio, e potássio 
são analisados principalmente em casos de reuso de águas ou em casos nos quais a 
salinidade do efluente influencie significativamente em processos de corrosão, 
incrustação e osmose. 
O pH (potencial hidrogeniônico) é uma grandeza físico-químicaque indica a acidez, 
neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer. Sua escala varia entre 0 e 14, sendo 
que o pH 7 a 25°C indica um pH neutro, abaixo desse valor refere-se a um meio ácido e 
acima de 7 indica um meio alcalino/básico (Pilch & Schmidt). 
A condutividade é uma medida da concentração total de sais dissolvidos na água, 
seu valor é dado em Siemens de acordo com o Sistema Internacional (SI), embora não 
expresse a quantidade exata de determinado íon presente, ela fornece a salinidade total 
da amostra. Embora não exista um parâmetro estabelecido do valor que se deve 
encontrar a condutividade da água da chuva, considera-se totalmente poluídos locais 
que apresentam condutividade igual a 100 μS/cm. A determinação da condutividade 
elétrica é realizada pelo método condutivimétrico, que se baseia na medição da 
resistência da amostra e dado em condutância específica. Este equipamento mede em 
tempo real a resistência elétrica de um volume constante de líquido formado entre a área 
de dois eletrodos de platina condutivímetro e é expressa em μS cm-1 ou mS cm-1 
(Pereira & Martins). 
Macêdo,(2005), Sólidos Sedimentáveis é a porção de sólidos em suspensão que se 
sedimenta sob a ação da gravidade durante um período de uma hora, a partir de 1 Litro 
de amostra mantida em repouso em um Cone Inhoff, já Sólidos Suspensos é a porção 
dos sólidos totais que fica retida em um filtro que proporciona a retenção de partículas 
de diâmetro maior ou igual a 1,2 μm. 
 
 
4.4 DESTILAÇÃO POR EVAPORAÇÃO SOLAR. 
 
 
Os processos de tratamento dos esgotos são formados por uma série de operações 
unitárias empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para transformação 
destas substâncias em outras de forma aceitável. Remover os poluentes no tratamento é 
uma forma de adequar o efluente para um lançamento, que tenha uma qualidade 
desejada ou ao padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente, está associada 
aos conceitos de nível e eficiência de tratamento. O tratamento dos esgotos é 
usualmente classificado através dos seguintes níveis: preliminar, primário, secundário e 
terciário. O tratamento preliminar objetiva principalmente a remoção de sólidos 
grosseiros e de areia, por meio de mecanismos básicos de ordem física. O tratamento 
primário destina-se, por meio de mecanismos básicos de ordem física, à remoção de 
sólidos flutuantes (graxas e óleos) e à remoção de sólidos em suspensão, sedimentáveis 
e, em decorrência, parte da matéria orgânica. No tratamento secundário, predominam os 
mecanismos biológicos, onde o objetivo é principalmente a remoção de matéria 
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orgânica e, eventualmente, nutriente (nitrogênio e fósforo). O tratamento terciário 
objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda remoção complementar de 
poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário. A remoção de 
nutrientes e de organismos patogênicos pode ser considerada como integrante do 
tratamento secundário ou do tratamento terciário, dependendo do processo adotado 
(COPASA, 2007). 
Contudo, existe também a classificação dos processos de tratamento em físicos, 
químicos e biológicos. Onde processos que envolve a predominância de atividades de 
decantação, gradeamento, filtração, incineração, diluição ou homogeneização podem ser 
classificados em processos físicos de tratamento. A adição de produtos químicos 
caracteriza uma etapa de tratamento químico. Quando há necessidade da ação de 
microrganismos para que o processo possa ocorrer, temos um processo biológico (Vale, 
2007). 
Fonseca, (2005), mostra a eficiência de remoção em % , para os processos de 
tratamento: ​No Tratamento Preliminar ​- Na remoção de DBO = Eficiência de 5- 10%. 
Na remoção de Sólidos Suspensos = Eficiência de 5-20%. Na remoção de Nutrientes = 
Não é suficiente. Na Remoção de Bactérias = 10- 20%. ​No Tratamento Primário ​- Na 
remoção de DBO = Eficiência de 25- 30%. Na remoção de Sólidos Suspensos = 
Eficiência de 40-50%. Na remoção de Nutrientes = Não é suficiente. Na Remoção de 
Bactérias = 25- 75%. No Tratamento Secundário ​- Na remoção de DBO = Eficiência 
de 80- 95% . Na remoção de Sólidos Suspensos = Eficiência de 80-95%. Na remoção de 
Nutrientes = Não é suficiente. Na Remoção de Bactérias = 70- 90%. ​No Tratamento 
Terciário ​- Na remoção de DBO = Eficiência de 95- 99% . Na remoção de Sólidos 
Suspensos = Eficiência de 95-99%. Na remoção de Nutrientes = até 99%. Na Remoção 
de Bactérias = até 99,999%. 
A escolha de técnica para tratar um lixiviado baseia-se em avaliação criteriosa de 
aspectos técnicos e econômicos, uma vez que o resíduo possui alto teor de poluentes. 
70% do volume do lixiviado pode ser reduzido através da evaporação, podendo ser 
realizado em um equipamento denominado evaporador, tendo como fonte de energia 
calorífica os gases formados nos aterros. Contudo este processo gera dois tipos de 
resíduos (pastoso e gasoso) o que gera estudos mais cautelosos (Bahe et. al.). 
O uso da energia solar é apresentado como uma alternativa significativa, levando 
em conta que se utiliza de uma fonte de energia gratuita e inesgotável, não produz 
poluente e é eficiente no tratamento de água. Considerando que o Brasil possui um 
grande potencial desta fonte energia com grandes índices anuais de radiação solar, 
principalmente no nordeste do país. Existem inúmeras formas de se usar a energia solar 
para este fim, se beneficiando principalmente da radiação solar em destiladores solares 
como fonte térmica, para a evaporação e condensação da água poluída, apresentando 
água destilada no final do processo. O intuito desta operação é imitar em menor escala o 
ciclo natural da água, mas existem limitações, apesar de sua grande eficácia, como a 
baixa produtividade e eficiência energética, resultando em uma necessidade de ocupar 
grandes áreas externas para uma maior produtividade de água destilada (Ramos, 2009). 
O funcionamento principal de um destilador solar não envolve aspectos 
complexo, o que deve ser discutidos são os parâmetros no qual será construído, com um 
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funcionamento baseado em destilação, consistindo na evaporação da água poluída em 
um recipiente lacrado seguindo de sua condensação purificada, onde será recolhida 
(Vargas et. al, 2012). 
Sá. et. al, (2012), conceitua o processo de destilação solar como um sistema 
simples, onde utiliza a radiação solar para promover o aquecimento e mudança de fase 
do líquido, permitindo assim a remoção de contaminantes. O processo natural de 
purificação do líquido, por meio de evaporação, condensação e precipitação, é 
reproduzido em pequena escala. Esse equipamento, chamado de destilador solar, 
consiste basicamente em um tanque raso com um tampo de vidro transparente, 
formando um sistema estanque. O processo se realiza da seguinte forma: a radiação 
solar atravessa o vidro e aquece o líquido, promovendo a sua evaporação. O vapor sobe 
e condensa ao entrar em contato com o vidro mais frio. Olíquido condensado escorre 
pela superfície interna do vidro até ser coletado nas caneletas, deixando para trás os sais, 
outros minerais e a maioria das impurezas, incluindo microrganismos nocivos à saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. MATERIAIS E MÉTODOS. 
 
 
5.1 AMOSTRAGEM. 
 
 
 
O efluente utilizado para a realização dos experimentos proveio do Aterro 
(xxxxxx),o qual recebe diariamente em média, (xxxxxx) t/dia de resíduos. Ele ocupa 
uma área de (xxxx) hectares e localiza-se (xxxxxxxxxx) a uma distância de (xxx) Km da 
capital Belo Horizonte/MG. O lixo que chega ao aterro é composto por ​(XXX) % de 
matéria orgânica, ​% ​de metais e % de outros. 
O lixiviado foi coletado e armazenado em um recipiente de 5 litros devidamente 
limpo e não reutilizado, para que no processo de avaliação da eficiência do sistema não 
seja alterado a qualidade do efluente tratado, por possíveis contaminações do recipiente. 
 
 
 
5.2 PROCESSO DE DESTILAÇÃO. 
 
 
 
O destilador solar que servirá como ponto de apoio do processo,foi construído com 
as seguintes características: o tanque raso que é a base do destilador foi confeccionado 
com uma cuba de plástico,que funcionará como tanque, onde possui uma cobertura de 
vidro, que é inclinada do centro até as bordas para que o líquido se condense na 
superfície interior e escoe por gravidade até a calha. Para vedação entre os cantos do 
vidro e o tanque, foi utilizado silicone. As dimensões da unidade piloto são as seguintes: 
caixa de base: (xxx) m de largura x (xx) m de comprimento x (xxx) m de altura; altura 
da base para o solo: (xxxx) m; calhas (xxx) m de largura x (xxx) m de comprimento; 
vidro: (xxx) m de largura x (xxx) m de comprimento; inclinação da placa de vidro: 45º. 
O destilador solar, foi instalado para teste na área de pátio da Escola Técnica 
Municipal de Sete Lagoas com uma das faces voltadas ao nascente e a outra ao poente, 
de modo que aproveitou melhor a incidência dos raios solares. Além disso, a facilidade 
de acesso ao experimento, uma vez que o mesmo, sendo realizado dentro da área do 
prédio da Escola, viabilizou a coleta de uma maior variedade de dados e um 
monitoramento mais intenso do experimento. 
Foi depositado na cuba (xx) litros do efluente, durante um período de (xx) dias, sob 
monitoramento diário, após esse período foram coletadas amostras do efluente tratado 
da calha, que recebe o líquido evaporado que foi condensada na cobertura de vidro. 
 
 
 
 
18 
 
5.3 PRINCIPAIS ANÁLISES. 
 
 
 
Castilhos et al, (2003) afirmam que as principais análises realizadas no 
monitoramento de águas subterrâneas e superficiais, com o objetivo de detectar 
possíveis contaminações por líquidos percolados são a DBO, DQO, sólidos, OD, pH, 
metais, fósforo e nitrogênio total e amoniacal. 
Adotaremos para prática das principais análises no presente projeto, a metodologia 
de Macêdo, 2005, seguindo o Procedimento Operacional Padrão-POP, do Laboratório 
de Análise Ambiental da Escola Técnica Municipal de Sete Lagoas- ETMSL. Com 
base neste, realizaremos análises de pH, CONDUTIVIDADE ELÉTRICA, DQO, DBO, 
SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS E SÓLIDOS SUSPENSOS. 
 
 
 
5.4 POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH. 
 
 
 MATERIAIS: 
 
● 1 Béquer de 250 ml; 
● pH-metro ou potenciômetro. 
 
 
REAGENTES: 
 
● Água deionizada. 
 
 
 PROCEDIMENTO: 
 
Todas as leituras de pH, deste projeto serão realizadas através de potenciômetro 
analógico ou digital (pH-metro) que, onde o eletrodo, devidamente limpo com água 
deionizada, será mergulhado na solução da amostra, depositada no béquer, onde o 
pH-metro mostra diretamente os respectivos valores. 
 
 
 
 
5.5 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA. 
 
 
MATERIAIS: 
 
● 1 Béquer de 250 ml; 
● Condutivímetro. 
19 
 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Mergulhar o sensor do eletrodo do condutivímetro, na amostra do efluente, 
depositado no béquer e fazer a leitura, dada pelo condutivímetro. 
 
 
 
5.6 DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO- DQO. 
 
 
 
MATERIAIS: 
 
● 2 Erlenmeyers 250 ml; 
● 2 Tubos de Ensaio; 
● 2 Buretas 250 ml. 
 
 
REAGENTES: 
 
● Amostra do Efluente; 
● H​2​O Deionizada; 
● H​2​SO​4​ (ácido sulfúrico) 1:3; 
● KMnO​4​ (permanganato de potássio) 0,0125 N; 
● Na​2​C ​2​O​4 ​(oxalato de sódio) 0,8375 g/L. 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
 Tubo para o Branco. 
 
● Em um Erlenmeyer de 250 ml adicionar 300ml de H ​2​O Deionizada; 
● Em seguida 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N); 
● Por último 10 ml de H​2​SO​4​ (1:3); 
 
Tubo para a amostra. 
 
● Em um Erlenmeyer de 250 ml adicionar 10ml da Amostra; 
● 40 ml de H​2​O Deionizada; 
● Em seguida 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N); 
● Por último 10 ml de H​2​SO​4​ (1:3); 
 
● Deixar os Tubos de Ensaio, com as soluções, em banho-maria por 1 hora, (obs.: 
colocar o tubo de ensaio com a água deionizada, preso com um prendedor, caso 
haja descoloração, adicionar 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N)). 
20 
 
● Depois de 1 hora em banho-maria, acrescentar 300 ml de Na​2​C​2​O ​4 ​(0,8375 g/L) 
no Erlenmeyer. 
● Titular, ainda quente com KMnO​4​ (0,0125 N) até coloração rósea permanente. 
 
 
CÁLCULOS: 
 
DQO (mg O​2​/L) = [Fc KMnO ​4 ​. ​(Vg + 10) - 30] ​.​ 10 + 100 n 
 
 
Onde: 
Fc KMnO​4 ​= Fator de Correção do Permanganato de Potássio; 
 
Fc KMnO​4 ​= 30 
 Vb + 10 
 
Vb = Volume gasto de Permanganato de Potássio na titulação do branco; 
Vg = Volume gasto de Permanganato de Potássio em cm​3 ​na titulação da amostra; 
N = Nº de adição de Permanganato de Potássio; 
DQO (mg O​2​/L) = Demanda Química de Oxigênio dada em mg de Oxigênio necessário 
para oxidar em Litro de amostra. 
 
 
 
 
5.7 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO-DBO. 
 
 
 
MATERIAIS: 
 
● Garrafa BOD; 
● 2 Erlenmeyers; 
● Béquer; 
● Proveta; 
● Bureta; 
● Pera; 
● Pipeta; 
● Incubadora. 
 
 
REAGENTES: 
 
● Amostra do Efluente; 
● H​2​O Deionizada; 
● H​2​SO​4​ (ácido sulfúrico) 1:3; 
● KMnO​4​ (permanganato de potássio) 0,0125 N; 
● Na​2​C ​2​O​4 ​(oxalato de sódio) 0,8375 g/L. 
21 
 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Incubação: 
● Colocar a Amostra na Garrafa BOD, deixando-a transbordar; 
● Tampar a Garrafa limpando o excedente; 
● Incubar por 5 dias a temperatura de 20 ºC. 
 
Tubo para o Branco. 
 
● Em um Erlenmeyer de 250 ml adicionar 50 ml de H​2​O Deionizada; 
● Em seguida 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N); 
● Por último 10 ml de H​2​SO​4​ (1:3); 
 
Tubo para a amostra. 
 
● Em um Erlenmeyer de 250 ml adicionar 10 ml da Amostra; 
● 40 ml de H​2​O Deionizada; 
● Em seguida 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N); 
● Por último 10 ml de H​2​SO​4​ (1:3); 
 
● Deixar os Tubos de Ensaio, com as soluções, em banho-maria por 1 hora, (obs.: 
colocar o tubo de ensaio com a água deionizada, preso com um prendedor, caso haja 
descoloração, adicionar 10 ml de KMnO​4​ (0,0125 N)). 
● Depois de 1 hora em banho-maria, acrescentar 300 ml de Na​2​C​2​O ​4 ​(0,8375 g/L) 
no Erlenmeyer . 
● Titular, ainda quente com KMnO​4​ (0,0125 N) até coloração rósea permanente. 
 
 
 
CÁLCULOS: 
 
DBO (mg O​2​/L) = DQO inicial – DQO final 
 
 
 
 
5.8 SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS. 
 
 
 
MATERIAIS: 
 
● Cone Inhoff. 
 
REAGENTES: 
 
22 
 
● Amostra do Efluente.PROCEDIMENTO: 
 
● Transferir 1000 ml (1L) da Amostra para o Cone Inhoff; 
● Deixar em repouso por 60 minutos (1 h); 
● Depois de 1 hora de repouso anotar o volume dos sólidos sedimentado no fundo 
do Cone Inhoff. 
 
 
5.9 SÓLIDOS SUSPENSOS. 
 
 
MATERIAIS: 
 
● Cone Inhoff; 
● Membrana Lisa; 
● Swinnex; 
● Seringa; 
● Dessecador. 
 
REAGENTES: 
 
● Amostra do Efluente sedimentado na prática anterior. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
● Após anotar o volume dos Sólidos Sedimentáveis; 
● Pesar a membrana e anotar o valor da massa; 
● Recolher 60 ml da amostra contida no Cone Inhoff com uma seringa, e 
acoplando o swinnex à seringa, passe a amostra pela membrana que está no suporte de 
filtração; 
● Coloque a membrana com a amostra em um papel alumínio identificada com o 
nome da amostra no Dessecador por 24 hrs. 
● Depois de secar por 24 hrs, pese a membrana novamente e anote a massa final. 
 
 
 
CÁLCULOS: 
 
[ Peso final – Peso inicial ​. ​1000] / 60​ .​ 1000 
 
 
 
 
 
 
 
6. ORÇAMENTO DETALHADO. 
23 
 
 
 
 
ANÁLISE 
 
VALOR DA 
ANÁLISE 
(R$) 
 
DUPLICATA DE 
ANÁLISE 
 
VALOR 
TOTAL 
(R$) 
 
 
● Montagem do 
Destilador Solar. 
 
Placa de 
vidro = 
 
Cuba de 
suporte para 
o efluente = 
 
 
● Análise de Ph 
(POTENCIAL 
HIDROGENIÔNICO). 
 
 
 15,00 
 
 15,00 
 
 30,00 
 
● Análise de 
Condutividade Elétrica. 
 
 
 15,00 
 
15,00 
 
 30,00 
 
● Análise de Sólidos 
Sedimentáveis. 
 
 
 15,00 
 
 15,00 
 
 30,00 
 
● Análise de Sólidos 
Suspensos. 
 
 
 15,00 
 
 15,00 
 
 30,00 
 
● Análise de DBO 
(DEMANDA 
BIOQUÍMICA DE 
OXIGÊNIO). 
 
 
 15,00 
 
 15,00 
 
 30,00 
 
● Análise de DQO 
(DEMANDA 
QUIÍMICA DE 
OXIGÊNIO). 
 
 
 15,00 
 
15,00 
 
 30,00 
 
● Análise o lodo após o 
processo de Destilação 
Solar, através método 
de RX. 
 
 
 
 25,00 
 
 
 
 
 ​VALOR FINAL (R$) 
 
 
 ​205,00 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
7. CRONOGRAMA. 
 
 
 
 
JULHO/2018 
 
4/5ª semana: 
● Montagem do Destilador Solar; 
 
 
 
 
 
AGOSTO/2018 
 
1ª semana: 
● Coleta do Efluente de Classe I. 
 
2ª semana: 
● Análise de pH do Efluente; 
● Análise de Condutividade Elétrica do Efluente; 
● Análise de Sólidos Sedimentáveis do Efluente; 
● Análise de Sólidos Suspensos do Efluente. 
 
3ª semana: 
● Análise de DBO do Efluente; 
● Análise de DQO do Efluente; 
● Colocar o Efluente para destilar, através da 
Destilação Solar. 
 
 
 
SETEMBRO/2018 
 
 
● Acompanhar e verificar eficiência do Destilador 
Solar. 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
OUTUBRO/2018 
 
1ª semana: 
● Análise de pH do Efluente pós-processo de 
Destilação Solar; 
● Análise de Condutividade Elétrica do Efluente 
pós-processo de Destilação Solar; 
● Análise de Sólidos Sedimentáveis do Efluente pós- 
processo de Destilação Solar; 
● Análise de Sólidos Suspensos do Efluente pós- 
processo de Destilação Solar. 
 
3ª semana: 
● Análise de DBO do Efluente pós- processo de 
Destilação Solar; 
● Análise de DQO do Efluente pós- processo de 
Destilação Solar. 
 
4ª semana: 
● Analisar o lodo após o processo de Destilação Solar, 
através método de RX. 
 
 
NOVEMBRO/2018 
 
1ª semana: 
● Comparar os resultados das análises do processo de 
Destilação Solar com outros processos de tratamentos 
existentes. 
 
2ª a 4ª semana: 
● Propor forma de tratamento e reutilização dos 
compostos pós Destilação Solar. 
 
 
DEZEMBRO/2018 
 
 
2ª a 3ª semana: 
● Entrega dos resultados. 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. DISPONIBILIDADE DE INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO. 
 
 
 
A Escola Técnica Municipal de Sete Lagoas, pela dispõe de materiais, de um 
laboratório Análise Química e outro de Análise Ambiental que será o suporte da análise, 
o mesmo está adaptado com equipamentos, reagentes e materiais, suficientes para a 
demanda. Contando, com apoio técnicos de professores, orientadores e responsáveis 
pelos laboratórios da ETMSL, além de estagiários do curso técnico em Química e Meio 
Ambiente que poderão nos auxiliar. 
Quanto à análise de raio RX, contaremos com o apoio da Fábrica de Fertilizantes, 
Multitécnica, que disponibilizará seu equipamento para um membro do grupo que 
estagia na mesma para que realize o procedimento. 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. REFERÊNCIAS. 
 
 
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