Buscar

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
CENTRO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, CONTÁBEIS E COMÉRCIO 
INTERNACIONAL 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
NATAN LOVATEL BOEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA BAYER S.A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VACARIA 
2014 
 
NATAN LOVATEL BOEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA BAYER S.A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito para a obtenção 
do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da 
Universidade de Caxias do Sul, Campus de Vacaria. 
 
Orientador: Prof. Ms. Cleusa Marli Gollo Bitencourt. 
 
 
 
 
 
VACARIA 
2014 
 
NATAN LOVATEL BOEIRA 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA: 
UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA BAYER S.A. 
 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito para a obtenção 
do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da 
Universidade de Caxias do Sul, Campus de Vacaria. 
 
Orientador: Prof.Ms. Cleusa Marli Gollo Bitencourt. 
 
 
 Aprovado (a) em ____/_____/_____ 
 
Banca Examinadora: 
 
Presidente 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof. Ms. Cleusa Marli Gollo Bitencourt 
Universidade de Caxias do Sul - UCS 
 
Examinadores: 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof.Examinador 
Universidade de Caxias do Sul - UCS 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof.Examinador 
Universidade de Caxias do Sul - UCS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a todos os professores, a minha 
família, minha namorada, que sempre 
estiveram ao meu lado me incentivando, em 
especial a Profª. Cleusa Marli Gollo Bitencourt 
que muito contribuiu para que este trabalho 
atingisse seus objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Quero expressar meus agradecimentos 
primeiramente a Deus por me dar forças em 
todos os momentos que precisei, por ter 
colocado no meu caminho todas as pessoas 
que, de uma forma ou de outra, colaboraram 
para que este trabalho fosse realizado. 
Em especial a minha orientadora Profª. 
Ms. Cleusa Marli Gollo Bitencourt, pela sua 
competência, paciência e orientação durante 
todo o desenvolvimento desta monografia. 
Agradeço de forma toda especial, ao 
meu pai Gilmar, minha mãe Ivete, meu irmão 
Nicolas e minha namorada Mariane que me 
deram muito apoio, carinho, incentivo e 
compreensão para o desenvolvimento desse 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ninguém vai bater mais forte do que a vida. 
Não importa como você bate e sim o quanto 
aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto 
pode suportar e seguir em frente. É assim que 
se ganha.” 
(Sylvester Stallone) 
 
 
RESUMO 
 
A realização da presente pesquisa foi feita com a utilização dos métodos de 
pesquisa bibliográfica e documental, onde se explica o conceito de cada indicador, 
seus cálculos e os relatórios dos resultados. O presente trabalho teve por objetivo 
mostrar a situação econômico-financeira e as variações ocorridas nas 
demonstrações contábeis, no período de 2010 a 2012, da empresa Bayer S.A. que 
atua no ramo de fabricação e comercialização de produtos químicos. As 
demonstrações contábeis têm um papel muito importante para as empresas, além 
de mostrar os pontos fortes e fracos da organização, o seu acompanhamento e 
análise ajudam o gestor na tomada de decisão. Dentre as demonstrações contábeis 
obrigatórias, no trabalho realizado foram utilizados o balanço patrimonial e a 
demonstração de resultado, para a análise econômico-financeira dos indicadores de 
liquidez, endividamento, rentabilidade e estrutura de capitais. Após a realização das 
análises propostas, conclui-se que a empresa vem melhorando crescentemente no 
período verificado, sendo rentável para os seus acionistas/quotistas. 
 
Palavras-chave: Demonstração de resultado. Balanço patrimonial. Situação 
Econômico-financeira. 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Ativo do Balanço Patrimonial – em milhares de reais ............................. 31 
Quadro 2 - Passivo do Balanço Patrimonial – em milhares de reais ......................... 32 
Quadro 3 - Demonstrações do Resultado – em milhares de reais ............................ 33 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................................ 11 
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................ 12 
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 12 
1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................. 12 
1.3.2 Objetivos específicos....................................................................................... 12 
1.4 METODOLOGIA ................................................................................................. 12 
1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO ............................................................................... 13 
 
2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .............................................. 14 
2.1 BREVE HISTÓRICO .......................................................................................... 14 
2.2 CONCEITO ........................................................................................................ 16 
2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BASE DE ANÁLISE .................................... 17 
2.4 ALGUMAS TÉCNICAS DE ANÁLISE ................................................................. 17 
2.4.1 Análise Vertical e Horizontal ............................................................................ 17 
2.4.1.1 Análise Horizontal......................................................................................... 18 
2.4.1.2 Análise Vertical ............................................................................................. 18 
2.4.2 Análise através de índices ............................................................................... 18 
2.4.2.1 Índices de Liquidez ....................................................................................... 19 
2.4.2.1.1 Liquidez Geral ........................................................................................... 20 
2.4.2.1.2 Liquidez Corrente ...................................................................................... 20 
2.4.2.1.3 Liquidez Seca ............................................................................................ 21 
2.4.2.1.4 Liquidez Imediata ...................................................................................... 21 
2.4.2.2 Índices de Endividamento ............................................................................ 22 
2.4.2.2.1 Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais ............. 22 
2.4.2.2.2 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros ................................ 22 
2.4.2.3 Índices de Rentabilidade .............................................................................. 23 
2.4.2.3.1 Giro do Ativo .............................................................................................. 23 
2.4.2.3.2 Margem Líquida.........................................................................................23 
2.4.2.3.3 Rentabilidade do Ativo ............................................................................... 24 
2.4.2.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ......................................................... 24 
2.4.2.4 Índices de Estrutura de Capitais ................................................................... 25 
2.4.2.4.1 Participação do Capital de Terceiros ......................................................... 25 
2.4.2.4.2 Composição do Endividamento ................................................................. 26 
2.4.2.4.3 Imobilização do Patrimônio Líquido ........................................................... 26 
2.4.2.4.4 Imobilização dos Recursos Não Correntes ............................................... 27 
 
3 A COLETA E ANÁLISE DE DADOS DA EMPRESA OBJETO DO ESTUDO ..... 29 
3.1 A BAYER E SUA TRAJETÓRIA NO BRASIL ..................................................... 29 
3.2 AS DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS BASE DA ANÁLISE ................................. 31 
3.3 OS INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA ..................... 33 
3.3.1 Índice de Liquidez ........................................................................................... 33 
3.3.1.1 Índice de Liquidez Geral ............................................................................... 33 
3.3.1.2 Índice de Liquidez Corrente .......................................................................... 34 
3.3.1.3 Índice de Liquidez Seca ............................................................................... 35 
3.3.1.4 Índice de Liquidez Imediata .......................................................................... 35 
 
 
3.3.2 Índice de Endividamento ................................................................................. 36 
3.3.2.1 Participação dos Capitais de Terceiro sobre os Recursos Totais ................ 36 
3.3.2.2 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros .................................... 37 
3.3.3 Índice de Rentabilidade ................................................................................... 37 
3.3.3.1 Giro do Ativo ................................................................................................. 37 
3.3.3.2 Margem Líquida ........................................................................................... 38 
3.3.3.3 Rentabilidade Do Ativo ................................................................................. 39 
3.3.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ............................................................ 39 
3.3.4 Índice de Estrutura de Capitais ....................................................................... 40 
3.3.4.1 Participação do Capital de Terceiros ............................................................ 40 
3.3.4.2 Composição do Endividamento .................................................................... 41 
3.3.4.3 Imobilização do Patrimônio Líquido .............................................................. 41 
3.3.4.4 Imobilização dos Recursos Não Correntes .................................................. 42 
 
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 44 
 
REFERENCIAS ........................................................................................................ 46 
 
ANEXOS .................................................................................................................. 46 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Desde o seu surgimento a contabilidade é utilizada para controlar o 
patrimônio das empresas. Hoje com as constantes mudanças no cenário econômico 
mundial, os gestores estão utilizando a Contabilidade no processo de gestão, 
planejamento, execução e controle com o objetivo de obter melhores resultados. 
Segundo Braga (2012) o desenvolvimento tecnológico do mundo moderno 
vem tornando cada vez mais difícil a consecução de vários objetivos por meio de 
iniciativas individuais. A necessidade de se atingirem os objetivos sociais com maior 
eficácia implicou no aperfeiçoamento de métodos e processos administrativos, 
criando-se as especializações. Nenhum individuo domina todas as áreas de 
administração há uma coordenação de elementos que detêm conhecimentos de 
campos distintos de forma a obter um conjunto de informações necessárias à 
tomada de decisões. 
Ainda Braga (2012) a contabilidade, como instrumento para as funções de 
controle e planejamento da administração, é projetada no sentido de fornecer dados 
suplementares de maneira sistemática e oportuna, para facilitar a avaliação, seleção 
e subsequente análise dos planos. 
Silva (2010) nos ensina que a análise das demonstrações contábeis é uma 
técnica que consiste na coleta de dados constantes nas respectivas demonstrações, 
com vistas à apuração de indicadores que permitam avaliar a situação financeira, 
conhecer a situação patrimonial e descobrir a potencialidade da entidade em gerar 
bons resultados. 
Segundo Iudícibus (2009) a necessidade de analisar demonstrações 
contábeis é pelo menos tão antiga quanto à própria origem de tais peças. 
Com isso, o presente trabalho fará a análise das demonstrações contábeis de 
uma empresa do ramo de fabricação e comercialização de químicos. Serão 
coletados dados das demonstrações contábeis do período de 2010 á 2012, os quais 
serão utilizados para calcular os índices econômico-financeiros. Com o resultado dos 
cálculos será analisada a situação da empresa nos referentes períodos. 
 
 
11 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Segundo Matarazzo (2010) a análise de balanços surgiu e se desenvolveu 
dentro do sistema bancário que foi até hoje seu principal usuário. Iudícibus (2008) 
complementa que a análise das demonstrações contábeis é tão antiga quanto à 
contabilidade. Como a contabilidade, era feita de forma rudimentar. No final do 
século XIX com o aparecimento dos banqueiros, houve a necessidade de 
informações mais claras e exatas para a concessão de empréstimos e 
financiamentos. 
Conforme Matarazzo (2010) a análise de balanços objetiva extrair 
informações das demonstrações contábeis financeiras para a tomada de decisões. 
As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a 
empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanços transforma esses 
dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações 
produzir. 
Segundo Assaf Neto (2002, p.48), “a análise de balanços visa relatar, com 
base nas informações fornecidas pelas empresas, à posição econômica financeira 
atual, as causas que determinam a evolução apresentada e as tendências futuras”. 
Braga (2012) ensina que as demonstrações contábeis, também denominadas 
de demonstrações financeiras na legislação societária, são utilizadas, 
principalmente, pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos 
públicos de responsabilidade da empresa, perante acionistas, credores, 
empregados, governo e a comunidade em geral. Têm, portanto, por objetivo, revelar, 
a todas as pessoas interessadas, as informações sobre o patrimônio e resultados da 
empresa, a fim de possibilitar o conhecimento e a análise de sua situação 
patrimonial, econômica e financeira. 
Já Silva (2010), afirma que o trabalho do analista começa quando termina o 
trabalho do profissional contábil, que faz a interpretação e registro dos fatos 
econômicos, seguidos da elaboração das demonstrações contábeis. Através da 
análise dessas demonstrações o analista vai emitir um parecer econômico 
efinanceiro da empresa. 
 
 
12 
 
1.2 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA 
 
O tema proposto para o presente trabalho é a analise das demonstrações 
contábeis dos períodos de 2010 a 2012, de uma empresa queatua no ramo de 
fabricação e comercialização de produtos químicos: Bayer S.A. 
Através deste tema, questiona-se: qual a situação econômica e financeira 
desta empresa nos exercícios sociais de 2010 a 2012? 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo geral 
 
Estudar e analisar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do 
Exercício, do período de 2010 a 2012, da empresa Bayer S.A. com a finalidade de 
identificar sua situação econômico-financeira e as variações ocorridas no período 
estudado. 
 
1.3.2 Objetivos específicos 
 
 Pesquisar na literatura existente autores sobre o tema proposto; 
 Analisar as demonstrações contábeis da empresa objeto do estudo, no 
período de 2010 a 2012, no que se refere ao seu desempenho econômico-
financeiro, através de cálculos de índices, como de liquidez, rentabilidade, 
endividamento e estrutura de capitais. 
 
1.4 METODOLOGIA 
 
Para Lakatos e Marconi (2001), define-se pesquisa como uma atividade 
voltada à solução de problemas para as questões propostas, através da utilização 
de métodos científicos. Existem vários tipos de pesquisa. As principais são o estudo 
de caso, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e a pesquisa experimental. 
Segundo Beuren (2004), optou-se por enfocar tipologias de delineamentos de 
pesquisas, que se acredita serem mais aplicáveis a esta área do conhecimento, 
agrupadas em três categorias: pesquisa quanto aos objetivos, que contempla 
13 
 
pesquisa exploratória, descritiva e explicativa; pesquisa quanto aos procedimentos, 
que aborda o estudo de caso, o levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental, 
participante e experimental. 
Então para desenvolver este trabalho, utilizar-se-á pesquisa bibliográfica, a 
qual segundo Beuren (2004) baseia-se no material consultado que abrange o 
referencial já tornado público em relação ao tema do estudo, desde publicações 
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, 
teses, entre outros; a pesquisa documental, que de acordo com ensinamentos 
proporcionados por Silva e Grigolo (2002), vale-se de materiais que ainda não 
receberam nenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, 
selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair dela algum 
sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo desse modo, contribuir com a 
comunidade científica a fim de que outros possam voltar a desempenhar 
futuramente o mesmo papel, eo estudo de caso, que para Martins e Lintz (2000), 
trata-se de uma técnica de pesquisa cujo objetivo é o estudo de uma unidade 
especifica que se analisa profunda e intensamente. 
 
1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO 
 
Este trabalho está dividido em três capítulos. Fazem parte do primeiro 
capítulo, o tema da pesquisa, o problema da pesquisa, os objetivos e a metodologia. 
No segundo encontram-se o conceito das demonstrações contábeis, um breve 
histórico, suas principais características, os métodos de análise, os indicadores e a 
sua importância para uma boa gestão empresarial. No terceiro capítulo,está 
apresentado o histórico da empresa Bayer S.A. no Brasil, os indicadores propostos 
para a análise das demonstrações contábeis e um relatório referente a cada cálculo 
e resultado obtido. Por fim a conclusão finaliza a pesquisa. 
 
 
 
 
 
14 
 
2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
2.1 BREVE HISTÓRICO 
 
Segundo Matarazzo (2010) a Análise de Balanços surgiu e desenvolveu-se 
dentro do sistema bancário que foi até hoje o seu principal usuário. Seu inicio foi no 
final do século XIX, quando os banqueiros americanos passaram a solicitar balanços 
às empresas tomadoras de empréstimos. À medida que ganhou aceitação, em 9 de 
fevereiro de 1895, o Conselho Executivo da Associação dos Bancos no Estado de 
New York resolveu recomendar aos seus membros que solicitassem aos tomadores 
de empréstimo declarações escritas e assinadas de seus ativos e passivos. 
Em 1900, essa mesma associação divulgou um formulário de proposta de 
crédito que incluía espaço para o balanço, era possível que os balanços fossem 
examinados superficialmente, sem nenhuma técnica analítica ou tentativa de 
medição quantitativa. 
A literatura contábil do começo do século atual menciona a importância de 
comparações de dados das demonstrações financeiras, porém as ideias eram vagas 
em relação ao que comparar. 
Segundo Matarazzo (2010) Com o decorrer dos anos e os sucessivos 
recebimentos de balanços foi-se desenvolvendo a noção de comparação de 
diversos itens, sendo a mais comum a do Ativo Circulante com o Passivo Circulante. 
Em 1915, determinava o Federal Reserve Board (o Banco Central dos 
Estados Unidos) que só poderiam ser redescontados os títulos negociados por 
empresas que tivessem apresentado seu balanço ao banco, medida que consagrou 
definitivamente o uso de demonstrações financeiras como base para a concessão 
de crédito. 
Entretanto, as demonstrações financeiras na época não eram preparadas 
adequadamente para os fins aque se destinavam, não havia uniformidade nas 
disposições e na terminologia, nem na classificação de rubricas, de acordo com 
Matarazzo (2003). 
Importante contribuição para a melhoria da forma de apresentação das 
demonstrações financeiras foi feita pelo Federal Reserve Board, em 1918 através de 
um livreto que incluía formulários padronizados para Balanço e Demonstrações de 
15 
 
Lucros e Perdas, bem como um esboço de procedimentos de auditoria e princípios 
de preparação de demonstrações financeiras. 
Alexandre Wall1, considerado por Dante Matarazzo como o pai da Análise de 
Balanços, apresentou, em 1919, um modelo de análise de balanços, através de 
índices, e demonstrou a necessidade de considerar outras relações, além do Ativo 
Circulante contra Passivo Circulante. Desenvolveu, posteriormente, em parceria com 
outros autores, fórmulas matemáticas de avaliação de empresas, ponderando 
diversos índices de balanço. 
Tendo adotado o método de computar vários coeficientes, sentiam os 
analistas, a necessidade de padrões de referência que os auxiliassem em suas 
avaliações. 
Em 1923, afirmava-se no prefácio da obra Financial and Operatingratios in 
management, de James H. Biss, que em todos os ramos de atividades há certos 
coeficientes parecidos que podem ser obtidos através de médias, conforme 
Matarazzo (2003). 
Em 1925, Stephen Gilman, realizando algumas críticas à análises de 
coeficientes, propôs que fosse substituída pela construção de índices encadeados 
que indicassem as variações havidas nos principais itens em relação a um ano-base 
(iniciando o que se chama hoje de análise horizontal). 
A partir de 1931, a Dun&Bradstreet2 passou a elaborar e divulgar índices 
padrões para diversos ramos de atividades, nos Estados Unidos. 
Na década de 30, surgiu dentro da empresa Du Pont, de Nemours, um 
modelo de análise da rentabilidade da empresa que decompunha a taxa de retorno 
em taxas de margem de lucro e giro dos negócios, chamado análise do ROI 
(Returnon Investment ou retorno do investimento ). 
Assim, em cerca de 40 anos, assentaram-se bases das técnicas de análise de 
balanços. 
No Brasil, até 1968, a Análise de Balanços era ainda um instrumento pouco 
utilizado na prática. Foi criada, nesse ano, a SERASA, empresa que passou a operar 
 
1
Alexandre Wall é considerado o pai da análise de balanços, apresentou em 1919, um modelo de 
análise de balanços, através de índices e demonstrou a necessidade de considerar outras relações, 
além de Ativo Circulante contra Passivo Circulante. Em parceria com outros autores, Alexandre Wall, 
desenvolveu fórmulas matemáticas de avaliaçãode empresas, ponderando diversos índices de 
balanço, de acordo com Matarazzo (2003). 
2
Dun&Bradstreet é líder mundial, de fornecimento na área de crédito, marketing, compras e áreas de 
suporte a serviço. Fonte: Sitewww.dnb.com.br 
16 
 
como central de Análise de Balanços de bancos comerciais, organizada pelo 
professor Dante C. Matarazzo, autor de vários livros, dentre eles, o que utilizamos 
para esta pesquisa, denominado Análise Financeira de Balanços, 6ª edição, São 
Paulo, Editora Atlas, 2003, 460 páginas. 
 
2.2 CONCEITO 
 
A análise das demonstrações contábeis é um procedimento muito importante 
para a administração de uma organização, não importando o ramo de atuação, 
tendo em vista que as análises usam os dados obtidos para gerar informações, e 
essas informações, são utilizadas pelo gestor para melhorar os pontos fracos da 
empresa e aperfeiçoar o que já está bom. 
Segundo Assaf Neto, 
 
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis 
fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as 
causas que determinam a evolução apresentada e as tendências futuras. 
Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre 
a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa. (ASSAF 
NETO, 2002, p. 48) 
 
Para Matarazzo (2003, p.39), “a análise das demonstrações visa extrair 
informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado de 
cada conta facilita a busca de informações precisas”. 
A Conceituação de Análise de Balanços segundo Iudícibus, 
 
Arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos 
em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e 
detalhamentos, se for o caso. Consideramos que a análise de balanços não 
existe forma cientifica ou metodologia comprovada de relacionar os índices 
de maneira a obter um diagnóstico preciso. Ou, melhor dizendo, cada 
analista poderia, com o mesmo conjunto de informações e de quocientes, 
chegar a conclusão ligeira ou até completamente diferenciadas. É provável, 
todavia, que dois analistas experimentados, conhecendo igualmente bem o 
ramo de atividade da empresa, cheguem a conclusão bastante parecidas 
sobre a situação atual da empresa, embora quase sempre apontariam 
tendências diferentes, pelo menos em grau, para o empreendimento. 
(IUDICIBUS, 2008) 
 
 
17 
 
2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BASE DE ANÁLISE 
 
Existe diversas tipo de demonstrações contábeis, entre elas umas das 
principais são Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado, estas mesmas 
foram utilizadas para a análise do trabalho. 
Segundo Matarazzo (2007), o Balanço Patrimonial é uma demonstração de 
todos os bens, direitos e obrigações de uma empresa com o propósito de apresentar 
a posição financeira e patrimonial da organização em determinada data. 
De acordo com Marion (2003, p.127) “a DRE é extremamente relevante para 
avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado 
positivo. O lucro é objetivo principal das empresas”. 
 
2.4 ALGUMAS TÉCNICAS DE ANÁLISE 
 
Analisar os demonstrativos financeiros é uma forma importante de 
medirodesempenhoda organização. E neste meio existem diversastécnicas tais 
como os indicadoresou índices, para facilitar e aperfeiçoar a gestão na tomada de 
decisão. 
 
2.4.1Análise Vertical e Horizontal 
 
Segundo Matarazzo (2010) a análise vertical e horizontal presta-se 
fundamentalmente ao estudo de tendências. 
Continuando o autor afirma que a elevada inflação que se tem vivido no 
Brasil, as alterações de procedimentos contábeis em função de legislação comercial, 
fiscal ou mercado de capitais e a própria dinâmica da economia brasileira não têm 
estimulado os analistas a usarem mais seguidamente os benefícios da Analise 
Vertical e Horizontal. 
Poucos estudos têm sido feitos com base nesse tipo de análise, seja em 
função de sua utilização relativamente pequena, seja em função do trabalho de 
cálculo que se exige. 
Entretanto, pesquisas efetuadas recentemente com insolvência de pequenas 
e médias empresas têm ressaltado a utilidade da Análise Vertical e Horizontal como 
instrumento de análise. 
18 
 
2.4.1.1 Análise Horizontal 
 
Iudícibus (2008, p.83) afirma que, “A finalidade da análise horizontal é apontar 
o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados (bem 
como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar 
tendências”. 
Segundo Braga (2012) com a utilização deste método, determina-se a 
tendência dos valores absolutos ou relativos das diversas grandezas monetárias, 
apurando-se o percentual de crescimento ou declínio de valores de uma mesma 
conta ou grupo de contas, entre datas ou períodos considerados. 
De acordo com Matarazzo (2010) este método baseia-se na evolução de cada 
conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração 
anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais 
antiga da série. 
 
2.4.1.2 Análise Vertical 
 
Conforme Iudícibus (2008) a análise vertical é um tipo de análise importante 
para avaliar a estrutura de composição de itens das demonstrações contábeis e sua 
evolução no tempo. 
Segundo Braga (2012) este método consiste no relacionamento dos valores 
das contas de cada grupo com o montante do respectivo grupo, bem como, do 
montante de cada grupo com o total do ativo ou do passivo e patrimônio líquido. 
Matarazzo (2010) ensina que a análise vertical baseia-se em valores 
percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de 
cada conta em relação a um valor-base. 
 
2.4.2 Análise através de índices 
 
Conforme já visto e de acordo com Matarazzo (2010) a análise de balanços 
surgiu por motivos eminentemente práticos e mostrou-se desde logo instrumento de 
grande utilidade. 
Alguns dos índices praticados inicialmente permanecem em uso até hoje. 
Com o passar do tempo, porém, seguindo a tendência natural da sociedade 
19 
 
moderna, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e tornaram-se 
objetivo de estudo das universidades, fazem parte delas, hoje, avançados 
conhecimentos de estatística e matemática. 
Matarazzo (2010) explica que merecem muita atenção os estudos sobre o uso 
de Análise de Balanços na previsão de insolvência. 
Em função dessas experiências, tem-se podido chegar a alguns resultados 
objetivos sobre o grau de eficiência de certos índices de balanços na previsão de 
insolvência, com isso tem-se atribuído diferentes pesos aos índices que representam 
a importância relativa de cada índice. 
Assim, a técnica empírica de extração de índices de balanços ganhou 
embasamento cientifico e teve a sua utilidade comprovada. Hoje, no entanto, sabe-
se muito mais sobre o que informa cada índice e quais são os índices mais 
importantes. 
A conjugação do uso de índices-padrões e de pesos possibilita chegar-se a 
uma avaliação global da empresa analisada, o que é de extrema utilidade nas 
decisões de crédito, principalmente se for levado em conta que os responsáveis por 
essas decisões em geral não são técnicos em análise de balanços. 
 
2.4.2.1 Índices de Liquidez 
 
Segundo Braga (2012) é também denominada análise de curto prazo, em 
vista de interessar principalmente aos credores a curto prazo. Com efeito, a liquidez 
é o principal parâmetro a ser considerado para se julgar a conveniência de um 
empréstimo a curto prazo a uma empresa. 
Conforme afirmam Martins, Diniz e Miranda (2012) os indicadores de liquidez 
evidenciam aos compromissos financeiros assumidos. 
Marion (2012) ressalta que a técnica é utilizada paraavaliar a capacidade de 
pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem 
capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode 
ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato. 
Segundo Matarazzo (2003), os índices desse grupo mostram a base da 
situação financeira da empresa. São índices que confrontam os ativos circulantes 
com as dividas, procurando medir a solidez da sua base financeira. Uma empresa 
com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas 
20 
 
dívidas, mas não estará, necessariamente, pagando suas dividas em dia em função 
de outras variáveis como prazo ou renovação de dividas. 
 
2.4.2.1.1 Liquidez Geral 
 
Conforme Silva (2010), esse índice mostra a capacidade de pagamento da 
empresa a longo prazo, considerando tudo que ela pode converter em dinheiro 
(curto e longo prazo), relacionando-se com tudo que a mesma já assumiu de dívida 
(a curto e longo prazo). 
Segundo Matarazzo (2003), esse índice indica quanto a empresa possui no 
Ativo Circulante e Realizável a longo prazo, para cada R$ 1,00 de divida total, 
portanto, quanto maior esse índice melhor, pois mostra a capacidade da empresa 
dequitar suas dividas a longo prazo. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.1.2 Liquidez Corrente 
 
Silva (2010), afirma que este índice mostra quanto a empresa possui em 
dinheiro, em bens e em direitos realizáveis a curto prazo, comparando com suas 
dividas a serem pagas no curto prazo. 
Complementa Matarazzo (2003), esse índice indica quanto à empresa possui 
no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante, portanto, quanto maior 
este índice melhor, dessa forma mostra que a empresa tem capacidade de pagar 
suas dividas a curto prazo. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2.4.2.1.3 Liquidez Seca 
 
Conforme Silva (2010), através deste indicador é possível ver a capacidade 
de pagamento da empresa em situações em que a mesma tem uma rotação de 
estoque baixa, o que pode ser consequência de uma má gestão sobre o volume de 
compras de material para revenda ou industrialização. 
Segundo Matarazzo (2003), esse índice indica quanto à empresa possui de 
Ativo Liquido para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante, portanto, quanto maior o 
resultado, melhor, por que significa que a empresa consegue cumprir com suas 
obrigações, mesmo quando for baixa a rotação de estoque. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.1.4 Liquidez Imediata 
 
Explica Silva (2010), que esse índice tem maior acepção quando for analisado 
de forma conjunta com o fluxo mensal de caixa da empresa, ou quando, for utilizada 
a média dos saldos mensais, evitando situações anormais que tenham ocorrido à 
véspera do levantamento do balanço. 
Complementa Braga (2009), ratificando que: para que os recursos não fiquem 
ociosos, sem gerar qualquer remuneração e sujeitos à corrosão inflacionária, as 
empresas normalmente costumam aplicar parte deles no mercado financeiro. 
Ainda de acordo com Silva (2010), este índice indica a capacidade da 
empresa quitar suas dividas imediatamente, considerando apenas caixa, saldos 
bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata. 
Conforme Matarazzo (2003), quanto maior o resultado melhor, pois trará a 
evidencia que a empresa tem capacidade de saldar suas dividas imediatamente. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
22 
 
2.4.2.2 Índices de Endividamento 
 
Segundo Marion (2012) é por meio desses indicadores que se consegue ver o 
nível de endividamento da empresa. Também são os indicadores de endividamento 
que informam se a empresa se utiliza de recursos de terceiros ou de recursos dos 
proprietários. Indica se os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte 
a Curto Prazo ou a Longo Prazo. 
Segundo Braga (2012) esses quocientes servem para indicar o grau de 
utilização dos capitais obtidos pela empresa. 
Assim Iudícibus afirma que, 
 
Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando 
retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de 
terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de 
dependência da empresa com relação a capital de terceiros. (IUDÍCIBUS, 
2009, p. 97) 
 
2.4.2.2.1Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais 
 
Para Iudícibus (2009) este índice é de grande importância, relaciona o 
exigível total, com os fundos totais providos, expressa a porcentagem que o 
endividamento representa sobre os fundos totais. Também identifica qual a 
porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.2.2 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros 
 
Segundo Iudícibus (2009), este índice é um dos mais utilizados para retratar o 
posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros. 
Conforme Marion (2012) este índice indica quanto à empresa possui de 
Capital Próprio, para cada R$ 1,00 de Capital de Terceiros. 
 
 
 
 
 
23 
 
2.4.2.3 Índices de Rentabilidade 
 
Segundo Iudícibus (2009) devemos relacionar o lucro de um empreendimento 
com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar quão 
bem se saiu à empresa em determinado período. 
Conforme Silva (2010), com os índices de rentabilidade é possível analisar o 
desempenho global de uma empresa através do estudo das taxas de retorno. Esta 
análise busca identificar o retorno sobre o investimento total, o retorno sobre as 
vendas e o capital próprio, portanto, uma avaliação não apenas da produtividade, 
mas, também, da lucratividade do negócio. 
Para Matarazzo (2003), os índices de rentabilidade são compostos com giro 
do ativo, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido. 
 
2.4.2.3.1 Giro do Ativo 
 
Conforme Silva (2010), este indicador apresenta a relação entre as vendas do 
período e os investimentos totais efetuados pela empresa, apresentando o nível de 
eficiência com que são utilizados os recursos aplicados, ou seja, produtividade dos 
investimentos totais (ativo total). 
Para Matarazzo (2003), este índice mede o volume de vendas da empresa 
em relação ao capital total investido. 
Ainda Silva (2010), afirma que este índice indica quanto à empresa vendeu 
para cada R$ 1,00 de investimento total, portanto, quanto maior o resultado deste 
índice melhor, pois significa que a empresa tem alto volume de vendas em relação 
ao capital investido. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.3.2 Margem Líquida 
 
Conforme Silva (2010), este índice compara o Lucro Líquido com as Vendas 
Líquidas do período, apresentando o percentual de lucratividade gerado. 
24 
 
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2012), este índice indica quanto à 
empresa obtém de lucro para cada R$ 1,00 vendidos. 
Ainda Silva (2010), conclui que quanto maior o resultado deste índice melhor, 
pois maior vai ser o lucro em relação às vendas. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula:2.4.2.3.3Rentabilidade do Ativo 
 
Para Matarazzo (2003), este índice mostra quanto à empresa obteve de Lucro 
Líquido em comparação ao Ativo. É um índice importante de geração de lucro da 
parte da empresa. 
Conforme Martins, Diniz e Miranda (2012), este índice indica quanto à 
empresa obtém de lucro para cada R$ 1,00 de investimento total, portanto, quanto 
maior o resultado deste índice melhor, por que mostra quanto à empresa obteve de 
lucro líquido em relação ao ativo. 
Silva descreve que, 
 
[...] este indicador tem por objetivo medir a EFICIÊNCIA global da alta 
direção da empresa na geração de lucros com seus investimentos totais. 
Não havendo variações significativas nos saldos do Ativo, o analista poderá 
optar por mediar à relação direta entre o Lucro Líquido do Exercício e o 
Saldo do Ativo [...]. (SILVA, 2010, p. 145) 
 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
Explica Matarazzo (2003), que este índice apresenta qual a taxa de 
rendimentos do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros 
rendimentos do mercado, como a Caderneta de Poupança, Ações, Fundos de 
25 
 
Investimentos, etc. Com isso a empresa pode avaliar se sua rentabilidade é superior 
ou inferior a essas opções. 
Conforme Martins, Diniz e Miranda (2012), este índice indica quanto à 
empresa obteve de lucro para cada R$ 1,00 de Capital Próprio investido. 
Assim Silva (2010), complementa que este indicador mostra o retorno que os 
acionistas e/ou quotistas da empresa estão recebendo em relação aos seus 
investimentos. Portanto, quanto maior o resultado deste índice melhor, pois maior vai 
ser o lucro em relação ao capital próprio investido. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.4 Índices de Estrutura de Capitais 
 
Conforme Silva (2010), estes índices estão relacionados à composição dos 
capitais e indicam os níveis de imobilização de recursos, que procuram identificar 
diversas relações na estrutura da dívida da empresa. 
Conclui Silva, que a análise de estrutura de capital deverá levar em conta o 
custo dos recursos de terceiros, pois empresas com o mesmo perfil de indicadores 
de terceiros podem ser avaliadas de forma diversa em razão de fatores com taxa de 
juros e moeda em que os recursos forem captados, assim, os reflexos são visíveis 
na demonstração do resultado do exercício e no estudo de alavancagem financeira. 
 
2.4.2.4.1Participação do Capital de Terceiros 
 
Conforme Silva (2010), os capitais de terceiros compreendem o somatório do 
passivo circulante e exigível a longo prazo, representando o endividamento da 
empresa. Com isso, Silva explica que quanto menor o resultado melhor, pois quanto 
maior o resultado, a empresa terá menos liberdade de decisões financeiras e maior 
será sua dependência de capital de terceiros. 
Complementando Braga (2009), afirma que quando há maior intensidade na 
utilização de capitais de terceiros, é importante verificar o grau de endividamento a 
26 
 
curto prazo, a fim de se conhecer até que ponto a estrutura da empresa esta 
comprometida de imediato. 
Para Matarazzo (2003), este índice apresenta quanto à empresa utilizou de 
Capitais de Terceiros para cada R$ 1,00 do capital próprio investido. É indicador de 
risco ou de dependência de terceiros, por parte da empresa. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.4.2 Composição do Endividamento 
 
Conforme Matarazzo (2003), após verificar o grau de participação de capitais 
de terceiros, o próximo passo é saber qual a composição dessas dividas. As dividas 
podem ser de curto prazo, que precisam ser pagas com os recursos possuídos de 
imediato, mais aqueles gerados a curto prazo. As dividas de longo prazo, a empresa 
dispõe de tempo para gerar recursos (normalmente lucro + depreciações). Esse 
índice mostra qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
Conclui Silva (2010), que quanto menor o resultado melhor, pois as dívidas a 
curto prazo referem-se às que precisam ser pagas com recursos já disponíveis ou 
que venham a ser gerados a curto prazo. 
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2012), este índice indica qual o percentual 
de obrigações a curto prazo em relação às obrigações totais. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.4.3Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
Para Silva (2010), quanto mais à empresa investir no Ativo Permanente com 
seu capital próprio, mais ela se torna dependente de capitais de terceiros para o seu 
capital de giro. 
27 
 
Paralelamente Matarazzo (2003), comenta que o índice de imobilização do 
Patrimônio Líquido indica quanto à empresa aplicou no Ativo Permanente para cada 
R$ 1,00 de Patrimônio Líquido. 
Assim Silva (2010), conclui que quanto menor o resultado melhor, pois mostra 
que a empresa é menos dependente de capitais de terceiros para o seu próprio 
capital de giro. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
2.4.2.4.4 Imobilização dos Recursos Não Correntes 
 
Conforme Silva (2010), este indicador permite identificar qual o percentual de 
Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente, evidenciando o 
quanto a empresa possui de Capital Circulante Próprio. 
Para Matarazzo, 
 
Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2, 5,10 ou 
50 anos. Assim, não é necessário financiar todo o imobilizado com recursos 
próprios. É perfeitamente possível utilizar de recursos de longo prazo, desde 
que o prazo seja compatível com o de duração do imobilizado ou então que 
o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar 
as dividas de longo prazo. (MATARAZZO, 2003, p. 160) 
 
Ainda Silva (2010), conclui que quanto menor este índice melhor, assim terá a 
evidencia de que a empresa vem financiando seu capital de giro com recursos a 
longo prazo. 
Para calcular este índice, usa-se a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
Os índices econômicos são de grande importância para a gestão empresarial, 
mostrando a realidade econômico-financeira das empresas objeto, e assim 
ajudando na tomada de decisão. Com base no estudo apresentado neste capítulo, 
28 
 
serão realizados os cálculos e os relatórios das conclusões chegadas, após a 
análise das demonstrações contábeis da empresa Bayer S.A, no próximo capítulo. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3 A COLETA E ANÁLISE DE DADOS DA EMPRESA OBJETO DO ESTUDO 
 
3.1 A BAYER E SUA TRAJETÓRIA NO BRASIL 
 
A empresa foi Fundada em 1863 na Alemanha, o Grupo Bayer consolidou-se 
como uma das mais importantes e respeitadas indústrias internacionais, oferecendo 
ao mercado uma ampla gama de produtos e serviços, que abrange os campos da 
saúde, agricultura e materiais inovadores. 
No Brasil, sua história é conhecida por mais de 117 anos de tradição. Tudo 
começou em 1896, quando dois consultores técnicos da Bayer desembarcaram no 
Rio de Janeiro com a missão de levantar as possibilidades comerciais da jovem 
República. Nesse mesmo ano foi fundada a primeira representante dos produtos 
Bayer no Brasil, a WaltyLindt& Cia. 
A primeira firma de representaçãocomercial própria da Bayer foi fundada em 
fevereiro de 1911. A Frederico Bayer& Cia., com sede no Rio de Janeiro, passou a 
responder por toda a distribuição dos produtos no país. 
Devido ao grande sucesso dos produtos, em 1921 foi fundada a Chimica 
Industrial Bayer Weskott& Cia, que, além de importar e comercializar os produtos da 
Bayer alemã, iniciou a produção local de medicamentos, alavancada por Aspirina® e 
CafiAspirina®. 
O crescimento da Empresa sempre foi constante, tornando-se uma das mais 
expressivas indústrias alemãs no Brasil. 
Desde a década de 30, as campanhas publicitárias da Bayer tornaram-se 
peças fundamentais e arrojadas, contribuindo de forma decisiva para o sucesso no 
mercado brasileiro. Notável publicitário e poeta, Bastos Tigre criou em 1922 um dos 
slogans mais conhecidos da propaganda brasileira: "Se é Bayer, é bom", mensagem 
que atravessou gerações de brasileiros e é usada até os dias de hoje no Brasil e em 
países de língua espanhol: "Si es Bayer, es bueno". 
Somente após a 2ª Guerra, a Bayer voltou a investir no Brasil. Assim, em 
1956, adquiriu uma antiga fábrica de ácidos, instalada em um terreno no distrito de 
Belford Roxo - Baixada Fluminense (RJ). A unidade foi inaugurada em junho de 
1958, dando origem ao moderno Parque Industrial da Bayer de hoje, ocupando 1,9 
milhão de m2. Nesse mesmo ano, a Bayer chegou ao bairro do Socorro, na cidade 
de São Paulo, para onde transferiu sua sede administrativa em 1973. 
30 
 
Em 1992, depois de várias mudanças, o nome da Empresa passou para 
Bayer S.A. 
Na cidade de São Paulo, em 1999, foi inaugurada uma nova fábrica de 
produtos farmacêuticos, com investimentos na ordem de US$ 25 milhões, que 
trouxeram para o Brasil modernas tecnologias e equipamentos, atendendo 
exigências internacionais de “Boas Práticas de Produção” (GMP) e com capacidade 
para abastecer todo o Mercosul3. 
Em 2002, o Grupo Bayer deu início à maior reestruturação mundial de sua 
história. Foi criada uma holding estratégica que controlava quatro empresas 
comerciais: Bayer Health Care, Bayer Crop Science, Bayer Chemicalse Bayer 
Polymers. No Brasil, a Companhia passou a ser formada por apenas três empresas 
comerciais: Bayer S.A., Bayer Crop Science Ltda e Bayer Seeds Ltda. 
No mesmo ano, os negócios de inseticidas domésticos (p.ex. Baygon), 
repelentes (p.ex. Autan), produtos de limpeza e purificadores de ar foram vendidos à 
SC Johnson e a subsidiária Haarmann&Reimer passou para o controle do grupo 
sueco EQT Northern Europe Private Equity Funds. 
A Bayer AG definiu, em 2003, a criação de uma nova empresa química, a 
Lanxess, resultado da junção entre os negócios da Bayer Chemicals com cerca de 
um terço da Bayer Polymers. Com essa mudança, a Bayer Polymers passou a ser 
conhecida no ano seguinte como Bayer Material Science. 
Em meados de 2004, a Lanxess começou a funcionar mundialmente como 
uma companhia independente pertencente ao Grupo Bayer. A Bayer, a BASF e a 
Hoechst assinaram no mesmo período um acordo de venda da DyStar com a 
Platinum Equity. 
Ainda como parte da estratégia de reestruturação, o Grupo Bayer comprou a 
área de Consumer Health da Roche em janeiro de 2005. 
O ano de 2006 também foi marcado pelo gerenciamento estratégico do 
portfólio do Grupo. A compra da Schering, por 17 bilhões de euros, foi a maior 
aquisição da história do Grupo Bayer. Outra mudança importante no segmento de 
saúde foi à venda da área de Produtos Diagnósticos para a Siemens. 
 
3
Mercosul é o nome dado ao Tratado de Assunção assinado por Argentina, Brasil, Paraguai e 
Uruguai, o Mercado Comum do Sul tem por objetivo principal é a integração dos quatro Estados 
Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de 
uma Tarifa Externa Comum, fonte: www.mercosul.gov.br 
Informações disponíveis no site: www.bayer.com.br 
31 
 
A Bayer Material Science também passou por importantes mudanças em 
2006. A subsidiária H.C Starck, que produz pós-metálicos e cerâmicos, produtos 
químicos especiais, componentes cerâmicos para engenharia e metais refratários, 
foi adquirida pela Advent International e o Carlyle Group. A Wolff Walsrode, que atua 
no segmento de produtos de celulose, foi vendida para a Dow Química. 
Com o objetivo de fortalecer ainda mais sua imagem e presença no Brasil, no 
início de 2007, o Grupo Bayer concluiu a incorporação da Bayer S.A. pela Bayer 
Crop Science e hoje atua apenas com uma única empresa legal no País: a Bayer 
S.A. 
 
3.2 AS DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS BASE DA ANÁLISE 
 
Os quadros 1 e 2 mostram o Balanço Patrimonial da empresa Bayer S.A. do 
período de 2010 a 2012, que foram utilizadas para o cálculo dos índices econômico-
financeiros. 
 
Quadro 1 - Ativo do Balanço Patrimonial – em milhares de reais 
Ativo 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012 
Circulante 
 
 
Caixa e equivalente de caixa 25.728 62.465 37.874 
Contas a receber 1.776.420 2.198.977 2.804.140 
Estoques 542.407 571.281 764.482 
Impostos a Recuperar 57.810 94.216 130.776 
Instrumentos financeiros derivados 33.184 5.185 48.233 
Outros ativos 48.063 54.459 75.928 
Total do Ativo Circulante 2.483.612 2.986.583 3.861.433 
Não circulante 
 
 
Realizável a Longo Prazo 
 
 
Aplicação financeira vinculada 4.285 1.217 5.268 
Contas a receber 34.214 15.500 20.004 
Impostos a recuperar 12.440 15.354 49.446 
Imposto de renda e contribuição social diferidos 435.527 315.472 410.039 
Depósitos Judiciais 58.703 113.168 146.265 
Plano de pensão 93.526 79.350 - 
Total do Ativo não Circulante 638.695 540.061 631.022 
Investimentos 2.158 22.215 21.393 
Imobilizado 437.947 483.346 503.274 
Intangível 21.760 33.506 34.305 
Total de Permanente 461.865 539.067 558.972 
Total do ativo 3.584.172 4.065.711 5.051.427 
Fonte: www.bayer.com.br adaptado pelo autor 
 
32 
 
 
Quadro 2 – Passivo do Balanço Patrimonial – em milhares de reais 
Passivo e Patrimônio Líquido 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012 
Circulante 
 
 
Fornecedores 
 
 
No País 86.794 143.295 175.546 
No Exterior 7.086 4.500 48.14 
Sociedades ligadas 243.127 927.265 1.136.011 
Empréstimos e Financiamentos 158.092 188.268 87.296 
Salários e encargos sociais 116.228 145.661 175.344 
Demais impostos e contribuição a recolher 18.184 33.688 118.225 
Provisão diversas 148.031 213.798 331.959 
Parcelamento de débito fiscais-REFIS - 35.465 35.465 
Instrumentos financeiros derivados 166.466 16.421 33.270 
Outros passivos 35.689 29.317 32.084 
Total do Passivo Circulante 979.697 1.737.678 2.130.014 
Não circulante 
 
 
Provisão para contingências 96.218 39.634 97.822 
Parcelamento de débito fiscais-REFIS 168.768 65.018 29.553 
Previsão plano de pensão - - 48.913 
Provisão para assistência médica 155.907 171.827 166.772 
Empréstimos obtidos nas sociedades ligadas 1.103.499 421.117 473.597 
Arrendamento mercantil - - 4.486 
Demais contas a pagar 4.665 220 - 
Total do Passivo não Circulante 1.529.057 697.816 821.143 
Patrimônio líquido 
 
 
Capital Social 1310141 1777897 1.777.897 
Ajustes de avaliação patrimonial -46.278 -57.284 -133.257 
Prejuízos acumulados -188.445 -903.96 - 
Reserva de lucros - - 455.630 
Total do Patrimônio Líquido 1.075.418 1.630.217 2.100.270 
Total do passivo e do patrimônio líquido 3.584.172 4.065.711 5.051.427 
Fonte: www.bayer.com.br adaptado pelo autor 
 
O quadro 3 mostra a Demonstração do Resultado dos exercícios, da empresa 
Bayer S.A. do período de 2010 a 2012, que foram utilizadas para a realização dos 
cálculos dos índices econômico-financeiros. 
 
 
33Quadro 3 – Demonstrações do Resultado – em milhares de reais 
Demonstração do resultado - Exercícios 
Findos em 31 de Dezembro 2010 2011 2012 
Receitas com vendas e serviços 3.637.722 4.292.533 5.495.896 
Custos dos produtos e dos serviços prestados -2.417.806 -2.711.243 -3.004.876 
Lucro bruto 1.219.916 1.581.290 2.491.020 
Receitas (despesas) operacionais 
Com vendas -744.309 -851.713 -1.074.117 
Gerais e administrativas -383.851 -384.328 -444.955 
Depreciações e amortizações -35.824 -58.531 -30.199 
Outras receitas operacionais líquidas 61.382 -55.677 -150.308 
Total das despesas operacionais -1.102.602 -1.350.249 -1.699.579 
Lucro operacional antes das participações 
societárias e do resultado financeiro 117.314 231.041 791.441 
Resultado de equivalência patrimonial 6.124 -1.650 -822 
Resultado financeiro 
Despesas financeiras -297.014 -382.211 -126.924 
Receitas financeiras 135.220 299.581 74.409 
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e 
da contribuição social -38.356 146.761 738.104 
Imposto de renda e contribuição social 
Do exercício 3.046 - -247.507 
Diferidos -31.757 -48.712 55.429 
Lucro líquido (prejuízo) do exercício -67.067 98.049 546.026 
Lucro líquido (prejuízo) por lote de mil ações do 
capital social no final do exercício - R$ -46,61 47,08 262,18 
Fonte: www.bayer.com.br adaptado pelo autor 
 
3.3 OS INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 
 
3.3.1 Índice de Liquidez 
 
Este índice mostra a capacidade que uma empresa tem para pagar as suas 
dívidas. Ela pode ser avaliada em longo prazo, médio prazo e curto prazo. 
 
3.3.1.1 Índice de Liquidez Geral 
 
Este indicador mostra a capacidade que a empresa tem de saldar suas 
dívidas a longo e curto prazo. Conforme os cálculos a seguir, a liquidez geral da 
empresa é a seguinte: 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice mostra que houve um aumento na capacidade de pagamento de 
realizáveis a curto e longo prazo no período, de R$1,24 em 2010 para R$1,52 em 
2012, para cada R$1,00 de dívida a empresa dispõe de R$1,52, isto mostra que a 
empresa consegue pagar suas dívidas e ainda sobra R$0,52. 
 
3.3.1.2 Índice de Liquidez Corrente 
 
Este indicador mostra a capacidade que a empresa tem para saldar suas 
dividas a curto prazo. Conforme os cálculos a seguir, a liquidez corrente da empresa 
é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice indica uma queda do ano de 2010 para 2011, e aumento para 2012, 
porém comparando o último exercício analisado com 2010 percebe-se que ocorreu 
uma baixa, entretanto, mesmo com a queda, a empresa tem R$1,81 para cada 
R$1,00 de dívida, isto é, ela pode saldar suas dívidas a curto prazo e ainda tem uma 
folga de R$ 0,81. 
35 
 
3.3.1.3 Índice de Liquidez Seca 
 
Este indicador mostra a capacidade que a empresa tem para saldar suas 
dívidas sem a conta do estoque. Conforme os cálculos a seguir, a liquidez seca da 
empresa é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice mostra uma queda do ano de 2010 para 2011 e aumento para 2012, 
entretanto mesmo com a queda a empresa tem R$1,45 para cada R$1,00 de dívida, 
isto é, ela não precisa contar com o estoque para saldar suas dívidas e ainda tem 
folga de R$ 0,45. 
 
3.3.1.4 Índice de Liquidez Imediata 
 
Este indicador mostra a capacidade que a empresa tem de saldar suas 
dívidas a curto prazo, imediatamente, contando apenas com o Caixa e equivalentes 
de Caixa. Conforme os cálculos a seguir, a liquidez imediata da empresa é a 
seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Este índice mostra que a empresa tem capacidade de pagar apenas R$ 0,017 
em 2012 das suas dívidas imediatas contando apenas com suas disponibilidades, 
teve uma queda comparando 2010 com 2012, à justificativa é que a conta mais 
significativa do ativo circulante é duplicatas a receber (vendas a prazo). 
 
3.3.2 Índice de Endividamento 
 
Este índice tem por finalidade mostrar o nível de endividamento da empresa, 
também ter por objetivo mostrar se a organização utiliza os recursos de terceiros ou 
dos proprietários. 
 
3.3.2.1 Participação dos Capitais de Terceiro sobre os Recursos Totais 
 
Este indicador tem por finalidade mostrar quanto de dividas a empresa tem 
com terceiros, em relação ao total das obrigações. Conforme os cálculos a seguir, o 
endividamento dos capitais de terceiros sobre os recursos totais é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice revela que houve uma queda de 2010, R$0,70 para 2012 R$0,58 
sobre a participação dos capitais de terceiros sobre os recursos totais da empresa, é 
um notícia boa quando se fala em queda, pois assim a empresa consegue cada vez 
mais ficar independente de terceiros, porém mesmo com a redução, a empresa tem 
para cada R$1,00 de exigível total R$0,58 de terceiros. 
 
37 
 
3.3.2.2 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros 
 
Este indicador é utilizado para retratar o posicionamento das empresas em 
relação ao capital de terceiros. Conforme os cálculos a seguir, a garantia do capital 
próprio ao capital de terceiros é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice teve um aumento comparando de 2010, R$0,43 até 2012, R$0,71, 
o que é positivo, pois quanto maior este indicador melhor, porém, mesmo com essa 
elevação a empresa tem R$0,71 de patrimônio líquido para cada 1,00 de exigível 
total. 
 
3.3.3 Índice de Rentabilidade 
 
Este índice tem por objetivo mostrar o desempenho global da empresa 
através de estudos de taxas de retorno. 
 
3.3.3.1 Giro do Ativo 
 
Este indicador mostra a comparação das vendas líquidas com o total do ativo, 
para identificar o nível de eficiência com que são aplicados os recursos da empresa. 
Conforme os cálculos a seguir, o giro do ativo é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice mostra o aumento que a empresa teve no período de 2010, 
R$1,01 até 2012, R$1,09, isto é, a empresa vendeu R$1,09 para cada R$1,00 de 
investimento total, ou seja, a empresa teve uma eficiência de 9% de vendas líquidas 
comparada com o seu ativo total. 
 
3.3.3.2 Margem Líquida 
 
Este indicador compara os lucros líquidos com as vendas líquidas da 
empresa, apresentando se a mesma obteve lucro relativo à suas vendas no 
determinado período. Conforme os cálculos a seguir, a margem líquida é a seguinte:Este índice teve um bom aumento, em 2010 para cada R$1,00 vendido a 
empresa teve R$0, 018 de prejuízo, em 2011 já foram melhor, subindo para R$0,02, 
isto é, 2,28% já tendo uma margem positiva, e em 2012 melhoraram ainda mais com 
R$0,09. 
 
 
39 
 
3.3.3.3 Rentabilidade Do Ativo 
 
Este indicador tem por finalidade mostrar quanto à empresa obteve de lucro 
líquido em comparação ao ativo, é importante quando se deseja ter uma ideia da 
lucratividade como um todo, independente de onde vieram os recursos. Conforme os 
cálculos a seguir, a rentabilidade do ativo é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice mostra em 2010 a empresa teve R$0,02 de prejuízo para cada 
R$1,00 vendido, nos outros anos teve um considerável aumento, em 2012 foi para 
R$0,10 para cada R$1,00 vendido, ou seja, 10,80% de retorno líquido sobre seu 
ativo total investido. 
 
3.3.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
Este indicador representa quanto à empresa obteve de lucro líquido em 
comparação ao seu capital próprio investido, mostra também o retorno que os 
acionistas/quotistas irão receber em relação ao seu investimento. Conforme os 
cálculos a seguir, a rentabilidade do patrimônio líquido é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Este índice mostra que em 2010 decorrentes ao seu resultado líquido a 
empresa obteve um prejuízo de R$0,062, ou seja, 6,23% para cada R$1,00 de 
capital próprio investido, porém este indicador negativo transformou-se em positivo 
nos anos sub sequentes, 2011 foi para 6% e em 2012 ficou em 26% a sua 
rentabilidade, a empresa obteve êxito econômico, pois ela teve um bom retorno em 
comparação com o seu capital próprio investido, e também este indicador apresenta 
o retorno que os acionistas/quotistas terão, comparado, por exemplo, com a 
caderneta de poupança que hoje é de 0,5% (www.bcb.gov.br) ao mês totalizando 
11% ao ano, é bem mais vantajoso os 26% ao ano que a Bayer S.A. teve de 
rentabilidade. 
 
3.3.4 Índice de Estrutura de Capitais 
 
Este índice tem por objetivo representar a composição dos capitais, o nível de 
endividamento e da imobilização da empresa. 
 
3.3.4.1 Participação do Capital de Terceiros 
 
Este indicador compara quanto à empresa tem de capital de terceiros em 
relação ao seu capital próprio, quanto menor melhor, pois assim a empresa não será 
tão dependente de recursos de terceiros. Conforme os cálculos a seguir, a 
participação do capital de terceiros é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice mostra que em 2010 para cada R$ 1,00 de capital próprio a 
empresa tinha R$ 2,33 de capital de terceiros, este índice decresceu nos outros dois 
41 
 
anos, R$ 1,49 em 2011 e R$ 1,40 em 2012, muito bom pois enquanto menor melhor, 
pois a empresa fica cada vez menos dependente de capital de terceiros, mas ainda 
assim com esta queda a empresa continuou com o capital de terceiro maior em 
relação ao seu patrimônio líquido. 
 
3.3.4.2 Composição do Endividamento 
 
Este indicador tem como proposta apresentar a estruturação das dívidas, 
mostra quanto representa o passivo circulante em relação ao Passivo Total. 
Conforme os cálculos a seguir, a composição de endividamento é a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice apresentou que a empresa em 2010 tinha 39,05% de passivo 
circulante em relação ao exigível total, porém em 2011 e 2012 praticamente dobrou, 
subindo para 72,17%, de maneira geral não é bom, pois a empresa tem a maior 
parte de suas dívidas e curto prazo, entretanto, o índice de liquidez corrente mostra 
que a empresa tem verba o suficiente para saldar suas dívidas a curto prazo, 
contando apenas com seu ativo circulante. 
 
3.3.4.3 Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
Este indicador representa quanto à empresa tem de permanente comparado 
ao seu patrimônio líquido, quanto mais ela investir no seu permanente, mais ela 
dependerá dos capitais de terceiros. Conforme os cálculos a seguir, a imobilização 
do patrimônio líquido é o seguinte: 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice mostra que em 2010 a empresa tinha quase metade do seu 
patrimônio líquido investido em ativo permanente, 42,94%, entretanto este índice 
baixou para 33,06% em 2011 e 26,6% em 2012, isto é um ótimo sinal, pois mostra 
que a empresa é menos depende de capital de terceiros. 
 
3.3.4.4 Imobilização dos Recursos Não Correntes 
 
Este indicador mostra qual a porcentagem que o Patrimônio Líquido e o 
Passivo não circulante representam sobre a aplicação do Ativo permanente. 
Conforme os cálculos a seguir, a imobilização dos recursos não correntes é a 
seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este índice mostra que em 2010 a empresa estava com 17,7% de 
imobilização dos recursos não correntes, aumentando para 23,15% em 2011 e em 
2012 voltou a baixar para 19,13%, este índice quanto menor melhor, pois quanto 
43 
 
menos a empresa investir em ativo permanente, mais recursos próprios sobram para 
outros investimentos, diminuindo a necessidade de financiamento de terceiros. 
Conclui-se que a empresa Bayer S.A. apresentou uma constante evolução, as 
análises apresentadas foram satisfatórias, pois além do seu crescimento em volume 
a empresa pode dar o retorno aos seus acionistas. 
 
 
 
 
44 
 
CONCLUSÃO 
 
O mercado cada vez mais competitivo força os gestores a tomarem decisões 
mais rápidas e eficazes para a organização poder se manter ativa. Por motivo destas 
necessidades, e, para a concessão de crédito, é que foi criada a técnica de análise 
das demonstrações contábeis, que visa estudar detalhadamente cada conta da 
empresa, combinadas e transformadas em indicadores para assim, poder se 
identificar onde se deve melhorar e o que pode ser aperfeiçoado. 
Na empresa Bayer S.A. foram realizados as análises de indicadores, 
compostos por índice de liquidez, endividamento, rentabilidade e estrutura de 
capitais. 
Os índices de liquidez mostram que a empresa consegue saldar suas dívidas 
no longo e no curto prazo, com sobra. 
Nos indicadores de endividamento é possível identificar que a empresa vem 
ficando cada vez menos dependente de capitais de terceiros, e quase tem garantia 
total de quitar suas dívidas apenas com o seu patrimônio líquido. 
O índice de rentabilidade também foi bastante satisfatório, teve crescimento 
constante, e principalmente, os acionistas/quotistas tiveram retorno conforme osseus investimentos. 
Nas contas de estruturas de capitais, se tem um bom resultado, a empresa 
tem a maior parte das suas dívidas a curto prazo, porém não é um problema pois 
através dos cálculos apresentados a mesma consegue saldar estas dívidas e ainda 
lhe sobra saldo, tem baixo ativo permanente comparado ao patrimônio liquido e 
recursos não correntes em comparação ao seu patrimônio líquido e passivo não 
circulante que se torna favorável pois sobra mais recursos próprios para outros 
investimentos. 
Conclui-se que nos anos que foi feita a pesquisa e consequente análise: 
2010, 2011 e 2012, a empresa teve um resultado satisfatório, justificado pelo fato de 
que a empresa teve prejuízo em 2010 e reverteu à situação para lucro nos outros 
anos seguintes. A empresa gerou rentabilidade para os seus acionistas/quotistas, de 
26%, em. 2012, se comparado, por exemplo, com a caderneta de poupança, cujo 
rendimento está em torno de 11% ao ano é vantajoso o investimento na Bayer S.A. 
Neste contexto, a sua situação econômico-financeira é boa, mostra que a empresa 
45 
 
está em condições de se manter no mercado, além do que está evoluindo a cada 
período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
REFERENCIAS 
 
ASSAF, Alexandre Neto. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-
financeiro, comércio, e serviços, industriais, balanços comerciais e múltiplos. 7ª. ed. 
São Paulo: Atlas, 2002. 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderneta de poupança. Disponível em: 
www.bcb.gov.br, acesso em 15/05/2014. 
 
BAYER. Crop Science. História no Brasil. Disponível em: 
http://www.bayer.com.br/scripts/pages/pt/grupo_bayer/histria/index.php>, acesso em 
16/05/2014. 
 
BEUREN, Isla Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: 
teoria e prática. 2ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações Contábeis: estrutura, análise e 
interpretação. 6ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2009 
 
_____. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. 7ª. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2012. 
 
DECISE WITH CONFIDENCE. Histórico. Disponível emwww.dnb.com.br, acesso 
em 12/05/2014. 
 
FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanço. 13ª. ed. São 
Paulo: Atlas, 1978. 
 
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
IUDICIBUS, Sérgio de. Análise de Balanço. 9ª. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
_____. Análises de Balanço. 10ª. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho 
Cientifico: Procedimento básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, 
publicações e trabalhos científicos. 5ª.ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade 
empresarial. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
47 
 
_____. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
MARTINS, Eliseu; DINIZ, Josedilton Alves; MIRANDA, Gilberto José. Análise 
avançada das demonstrações contábeis: uma abordagem crítica. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
 
MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de 
Monografias e Trabalhos de Conclusão de Curso. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanço: Abordagem 
Gerencial. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
_____. Análise Financeira de Balanços. 6ª. ed. Atlas: São Paulo, 2007. 
 
_____. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 6ª. ed. 
São Paulo: Atlas, 2003. 
 
MERCOSUL. Conceito. Disponível em: www.mercosul.gov.br, acesso em 
18/05/2014. 
 
SAVYTZKY, Taras. Análise de balanços. 4ª. Ed. Curitiba: Juruá, 2007. 
 
SILVA, Alexandre Alcântarada.Estrutura, análise e interpretação das 
demonstrações contábeis. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
SILVA, Marise Borba de; GRIGOLO, Tânia Maris. Metodologia para iniciação 
cientifica à prática de pesquisa e da extensão II. Caderno Pedagógico. 
Florianópolis: Udesc, 2002. 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS

Mais conteúdos dessa disciplina