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FERNANDA REGIS FREITAS MARTINS
AS manifestações culturais/artísticas na Educação Infantil
FERNANDA REGIS FREITAS MARTINS
AS manifestações culturais/artísticas na Educação Infantil
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogial (4/5 Período) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplinas: Educação e Artes, Letramentos e Alfabetização, Ludicidade e Educação, Práticas Pedagógicas em Pedagogia, Praticas de Alfabetização e Letramento, Estágio Curricular em Pedagogia I, Educação Infantil. Prof: Andressa Aparecida Lopes;Edneia de Cássia Santos Pinho;Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro;Natália Gomes dos Santos;Tatiane Mota Sabtis Jardim, Luciane Batistella Bianchini.
Rio Verde
2019
SUMÁRIO
3INTRODUÇÃO	�
4DESENVOLVIMENTO	�
7PROPOSTA DE TRABALHO E ENSINO	�
9CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
�REFERÊNCIAS.....................................................................................................................10
�
INTRODUÇÃO
	
	O trabalho em questão discorre sobre a importância de se trabalhar a interdisciplinaridade juntamente com a matéria de artes, alfabetização e letramento e Literatura na educação Infantil tendo como objetivo analisar a forma como a mesma pode auxiliar no desenvolvimento das crianças. Os textos disponibilizados para nossa fonte de pesquisa e entendimento, bem como o vídeo, nos mostra a necessidade de nos mediadores estarmos, cientes de forma que serão sucesso em nossa caminha na sala de aula. Sabemos que as crianças já chegam em sala com uma certa bagagem de conhecimentos, e que a nossa função e media-las para o conhecimento. É sabido que as crianças aprendem mais quando gostam do professor e sabem que o professor está somando para o seu aprendizado com amor e carinho. Trabalhar de uma forma criativa, lúdica e acima de tudo amorosa faz toda diferença na educação. Segue ainda uma proposta de trabalho interdisciplinar. O objetivo deste estudo é de identificar a importância da leitura, com ênfase na Educação Infantil, de forma que esta contribua no diálogo entre a teoria e a prática. O contexto mostra o quanto o hábito de ler ajuda na formação psicológica, cognitiva e psicomotora daquele que a pratica. A leitura por sua vez proporciona a criança viajar pelo mundo do faz de conta, pois o universo infantil é cheio de ludicidade e por meio desta prática professor e alunos se integram para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça satisfatoriamente.
 DESENVOLVIMENTO
	A literatura infantil é considerada uma fonte inesgotável de conhecimento e informação, dispondo aos seus pequenos leitores momentos de grande alegria e aprendizado, fazendo que esses estejam cada dia mais interessados em ler. Instrumento essencial na sala de aula, a literatura infantil é importante no processo da aprendizagem da leitura, despertando na criança o gosto por leitura. É importante destacar que o professor é peça essencial para despertar o interesse da criança em relação à literatura infantil, pois ele será o responsável por criar um ambiente propício e de interesse para que essa criança desenvolva seu querer em relação a esse tipo de aprendizado. 
	A definição de literatura não necessariamente precisa ser uma palavra sem complemento, nesse contexto não depende do adjetivo que receba, assim, dessa maneira, a expressão infantil que vem junto da palavra literatura não tem o significado dela ser somente para crianças. A literatura infantil tem por finalidade ser aquela que satisfaz de certo modo, aos desejos de quem está lendo e que se iguale com ele (LOPES; NAVARRO, 2014). A expressão é destacada como sendo um conjunto de publicações relacionadas às crianças com teor divertido e didático. Porém, diversos estudos em relação ao assunto prelecionam que essas definições são limitadas, porque destacam que bem antes da produção de algum material escrito, a literatura para criança fazia parte da tradição falada em exposições que relatavam e explicavam sua maneira de explicar a realidade (TORTELLA et al, 2016).
	O aprendizado da língua escrita pela criança e a sua participação no universo letrado, propiciado pela escola, continua sendo um desafio para a pedagogia e um problema para as professoras alfabetizadoras. O insucesso nesse tipo de aprendizagem resulta, freqüentemente, do desconhecimento do professor de como, ao mesmo tempo, alfabetizar e letrar as crianças em todas as áreas do conhecimento. 	Ler é um conjunto de habilidades e comportamentos, é decodificar silabas ou palavras evoluindo até a leitura de um texto, dentro de um contexto. Escrever são habilidades e comportamentos, que vão desde escrever o próprio nome até a evolução da escrita de uma monografia. Alfabetizar pressupõe conhecimento reflexivo da escrita, para além da fala; exige, como já aponta etimologicamente a palavra alfabetizar, o agrupamento de alfa e beta, as duas primeiras letras gregas para o domínio do sistema da escrita. O sucesso da alfabetização depende do dinamismo do contexto social, que é referenciado pelo trabalho, ciência, participação popular e cultura. O indivíduo alfabetizado é o sujeito que sabe ler e escrever. O indivíduo letrado, não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, questionando as demandas sociais de leitura e de escrita. “A condição de sujeito letrado se constrói nas experiências culturais com práticas de leitura e escrita que os indivíduos têm oportunidade de viver, mesmo antes de começar sua educação formal” (Morais e Albuquerque, 2004).
	A escrita tem uma função social, que traz consigo a idéia de representação. Alfabetizar é trabalhar a leitura e a escrita em suas diferentes funções. Quando trabalhamos a leitura e a escrita de maneira interdisciplinar, temos a oportunidade de introduzir o aluno no mundo da produção da leitura e escrita em situação real de uso, há a veiculação de idéias completas e a compreensão e o uso da mesma como ato interativo. Então, nessa seqüência de ações, o aluno tem oportunidade de participar, de pertencer, de estar junto, de somar e de agir. Portanto, alfabetizar letrando é orientar o ato de ler e de escrever no contexto das práticas sociais. Não é suficiente ensinar o sistema de leitura e escrita ou a escrita correta das palavras, mas, é preciso orientar os alunos a ler e a produzir textos, o que estabelece também uma intervenção pedagógica ordenada. 
	O ingresso no mundo da leitura e escrita é viável através da assimilação do sistema alfabético (alfabetização) e do desenvolvimento das capacidades de ler e produzir diversos gêneros textuais (letramento). Os gêneros textuais são instrumentos culturais e, portanto, se organizam e se transformam nas práticas de linguagem. As situações que favorecem a aprendizagem da leitura resumem-se na compreensão da linguagem escrita através do uso, da experiência em situações específicas, em contextos reais de aprendizagem e utilização simultâneas, lendo e escrevendo textos coerentes, significativos e interessantes, em verdadeira linguagem interdisciplinar e contextualizada, como textos de jornais e revistas; contos de fadas; histórias do mundo; lendas, enfim todo o imaginário infantil. Quando essa aprendizagem acontece, o aluno é capaz de produzir e criar novas idéias alicerçadas na fala e na escrita, que lhe são peculiares. 
	A leitura significativa, feita de maneira interdisciplinar, favorece a memória; o conhecimento sobre a própria leitura do mundo; o conhecimento a respeito de como se escreve; a experiência das emoções. O aluno, através do trabalho interdisciplinar, vivencia experiências para a vida pela interação da linguagem falada e escrita, que não pode ficar restrita apenas a alfabetização, pois é necessário conhecer aspectos distintos existentes entre diferentes linguagens, sem o qual não se dá o efetivoexercício da cidadania. A interdisciplinaridade é uma abordagem filosófica, carregada de significados científicos, culturais e sociais que visa, no momento atual, amparar o processo de educação, dando-lhe novo contexto, através da transformação de práticas pedagógicas A necessidade de intervenções pedagógicas de cunho interdisciplinar tem sido preocupação crescente entre educadores de diferentes níveis, sendo que nas últimas décadas a interdisciplinaridade tem ocupado papel de destaque nos estudos e pesquisas realizados na área da educação. É experimental porque há um espírito de novidade, de criatividade, de ir mais a fundo, porque há interesse, gozo na produção do conhecimento, más ao mesmo tempo há sistematização há transmissão, há compromisso com o que se sabe sobre os conteúdos, há conservação das experiências passadas. Conceito de interdisciplinaridade, hoje comum na literatura educacional, tem sido objeto de inúmeras interpretações. 
	Para Rios (2002), “disciplina” enquanto “ramo do conhecimento” e ensino “implica condutas, valores, crenças, modos de relacionamento, que incluem tanto modos de relacionamento humano (interpessoal), quanto o relacionamento do sujeito com o conhecimento Interdisciplinaridade envolve relações de interação dinâmica entre as disciplinas.” As transformações promovidas da interdisciplinaridade podem ser entendidas como um “convite” à revisão da nossa relação com o conhecimento. Interdisciplinaridade compreende a busca constante de novos caminhos, outras realidades, novos desafios, a ousadia da busca e do construir. Quando em uma sala de aula todos se encaixam num todo maior, ocorre o envolvimento expresso através do respeito e da responsabilidade, a obrigação é alternada pela satisfação, a arrogância pela humildade, a solidão pela cooperação, a especialização pela generalidade, o grupo homogêneo pelo heterogêneo, a reprodução pelo questionamento. Segundo Fazenda, (1994) “Em síntese, numa sala de aula interdisciplinar há ritual de encontro – no início, no meio e no fim.” A importância da atitude interdisciplinar pode ser constatada pela ousadia na busca de novas soluções, da transformação das práticas docentes, da pesquisa e da construção dos projetos fundamentados na participação de todos, que levem o grupo a rever suas crenças a respeito da educação, da escola, do papel do professor e do papel dos alunos.
	Proposta de Trabalho de Ensino
	Identificação da escola: SITIO DO PICA PAU AMARELO
Período de realização: 06-05 a 10-05-2019
Turma: jardim II
	Título/tema da atividade: Festa das Nações
Objetivo geral de a atividade; Despertar no aluno o interesse de conhecer o esporte, a cultura e a economia das nações envolvidas para desenvolver o senso crítico em uma visão global da sociedade contemporânea.
	Objetivos específicos da atividade:
 
Conhecer a cultura, costumes e comidas típicas de todos os pais envolvidos.
Resgatar a importância de cada Nação;
Repassar os valores culturais;
Ampliar o contato com as diversas influências de diferentes Nações na formação do povo brasileiro e da sua cultura;
Desenvolver a criatividade, o gosto por músicas e danças folclóricas, habilidades de pesquisa, como também a linguagem oral e escrita.
	Percurso metodológico O evento oferece a oportunidade dos alunos conhecerem outras culturas, seus costumes, sua história. Cada turma pesquisará sobre um determinado país ou nação e definir o que ira apresentar ao público, como dados históricos, vestimentas, religião, cultura, música, personagens, artistas e gastronomia.  O primeiro momento será de encantamento, e envolvimento de toda a comunidade escolar, através do desafio proposto pela coordenadora, onde cada sala estará representando um país. O segundo momento, cada turma escolherá um país para apresentar durante a festa. Deverá ser pesquisado: Usos e costumes; Língua falada ; Trajes ; Músicas ; Principais cidades ; Comidas típicas ; Religião ;Dança ; Localização geográfica. O trabalho será feito de uma forma interdisciplinar e a professora estará trabalhando durante o período proposto todas as atividades a fim de que as crianças possam compreender de uma forma lúdica e prazerosa a importância de conhecer outros costumes. Trabalhando com este tipo de atividade na escola dá um novo colorido e significado para o aprendizado. As crianças têm interesse em aprender a ler e a escrever, haja vista que abrange não somente a educação infantil, mas todo o fundamental também e desta forma, se mostram entusiasmadas para saber mais. A curiosidade é a grande motivação para a aprendizagem.
Além do intercâmbio de experiências culturais, da leitura de mundo, que desde cedo aprendem de forma tão significativa, eles desenvolvem também habilidades mais acadêmicas para tratar o conhecimento. A leitura de histórias de crianças tão parecidas e, ao mesmo tempo, tão distantes dos alunos, contribui para desenvolver atitudes de respeito às diferenças e também para que possam constituir uma ampla visão de mundo.
	Recursos: 
textos diversos, livros, revistas, jornais, periódicos, cartolina, papel sulfite, pincel atômico, etc..
	Avaliação: Os alunos serão avaliados conforme a sua participação e envolvimento nas etapas do projeto.
	Referências: 
BAJARD, Elie. Ler e Dizer: compreensão e comunicação do texto escrito. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção questões da nossa época; v 28).
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 7. Ed. São Paulo: Editora Ática, 2002.
FERREIRA, Liliana Soares. Produção de leitura na escola. Ijuí: Unijuí; 2001
SILVA, Ezequiel Theodoro. Leitura na escola e na biblioteca: 8. Ed. Campinas: Papirus, 2003.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É na Educação Infantil, que a criança passa a conhecer a leitura de maneira formal. Se o mesmo traz de casa o hábito de leitura se torna mais fácil, caso contrário é necessário todo um processo de conquista e de sedução em prol de uma leitura prazerosa, e que tenha sentido para a criança. Esta fase do ensino exige muita ludicidade, pois a crianças em seu processo de desenvolvimento se dispersa muito rápido. Para tanto, deve-se fazer uso das estratégias corretas, e planejamentos adequados, para que o aprendizado torne-se uma tarefa cheia de brilho e de prazer para o aluno. Os autores abordados neste estudo mostram o quanto à leitura e o trabalho com a interdisciplinaridade é importante para o dia a dia do ser humano, com as questões referentes à vida doméstica, tanto quanto, as questões intelectuais e profissionais. A interdisciplinaridade é uma ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre si. É importante porque abrange temas e conteúdos permitindo dessa forma recursos ampliados e dinâmicos, onde as aprendizagens são entendidas. Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito implica valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, parcialmente, com a escola. Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais os alunos e professores co-participam, ambos com um influencia decisiva para o êxito do processo.
REFERÊNCIA
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 1993.
LOPES, C. L.; NAVARRO, E.C.. A importância da literatura na educação infantil para a formação de leitores letrados. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR. v. 1, n. 11, p. 15-19. Araguaia, 2014.
RIOS, T. A. Compreender e ensinar. São Paulo: Cortez, 2002.
TORTELLA, J. C. B.; KOIDE, A. B. S.; FARIA, A. P.; RIBEIROS, C. C.. Histórias e memórias na educação infantil: um elo entre literatura infantil, PNBE e prática pedagógica. Nuances: estudos sobre Educação. v. 27, n. 2. Presidente Prudente, 2016. Acesso em 30 ago 2017
CURSO DE PEDAGOGIA
Rio Verde
2019