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PAPEL DO PROFESSOR NA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO AUTONOMO

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PAPEL DO PROFESSOR NA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO AUTONOMO
Gabriel Xavier Pereira D396FJ6 Ciências Biológicas
São José dos Campos - SP
Introdução
Neste trabalho, irei dissertar sobre o papel do professor na construção do sujeito autônomo, moral e intelectual. Citarei também Jean Piaget que foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano.
Desenvolvimento 1ª Parte
Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na construção de seu conhecimento, de modo que o termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho.
O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação.
Quando na assimilação, a mente não se modifica.
Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, podem ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.
Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando no processo de desenvolvimento cognitivo.
Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação.
O que fazer então par provocar o processo de acomodação? Para modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrados sucessivas nos alunos.
De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
O conhecimento real e concreto é construído através de experiências.
Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências.
O papel do professor é então aquele de criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo das crianças ocorre em quatro fases: 1° SENSÓRIO-MOTOR (até os 2 anos), 2° PRÉ-OPERACIONAL (dos 3 aos 7 anos), 3° OPERATÓRIO CONCRETO (dos 8 aos 11 anos) e 4° OPERATÓRIO FORMAL (a partir dos 12 anos).
O professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir.
Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o professor dever adotar passos intermediários para adequá-los às estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.
O aluno, dessa forma, exerce um papel ativo e constrói seu conhecimento, sob orientação constante do professor.
O professor deve propor atividades que possibilitem ao aluno a busca pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão.
O conhecimento é construído por informações advindas da interação com o ambiente, tocando esta teoria com aquela proposta por Vygotsky, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior.
De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na construção de seu conhecimento, de modo que o termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho. O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação. Quando na assimilação, a mente não se modifica.
Aprendizagem é uma forma pessoal de compreender o mundo, um processo que é desenvolvido por experiências.
- Desenvolvimento do ser humano, sendo assim, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvido é o indivíduo.  À medida que a criança vai aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos.
Papel do Professor:
- Criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.
- Provocar um desequilíbrio na mente do aluno, para que ele, buscando o equilíbrio, tenha chances de agir e reagir.
- Impulsionador do desenvolvimento cognitivo da criança.
- Apresentar às crianças novas formas de pensamentos e conceitos, mas antes saber quais condições ela tem que aprender.
- Observação sistemática da capacidade e das necessidades de seus alunos.
- Sua ação educativa deve ser fundamentada pelo conhecimento da natureza e do desenvolvimento da criança.
 Desenvolvimento 2ªParte
Quando falamos de escola, a figura do professor é uma das primeiras imagens que vem a nossa memória. Isso nos leva a refletir sobre as ações desses tantos que já nos ensinaram; seus métodos, didática, manias, avaliações, aprovações e reprovações. O sujeito social autônomo é aquele que circula e atua no conjunto da vida social de forma independente e participativa. Para isso, requer-se que ele também seja capaz de estabelecer juízos de valor e assumir responsabilidades pelas escolhas. O fundamento ético da humanidade se assenta no tripé constituído pelo reconhecimento de si mesmo como sujeito (individualidade), na liberdade e na autonomia. A consciência deste tripé se frutifica pela ação educativa, que constrói no ser humano a capacidade para incorporar estes valores.
Atualmente o conceito de professor mudou muito, hoje não é mais visto sob um prisma diferenciado, ele é conhecido como educador. Ser educador é o professor que reflete em suas ações, o que busca aperfeiçoamento e preocupa-se com a formação contínua, para que possa contribuir cada vez mais para que os seus estudantes possam descobrir o conhecimento que os tornem autônomos e críticos. O objetivo desse texto é refletir sobre o papel do professor na formação de sujeitos críticos na sociedade contemporânea e ressaltar os desafios dessa educação transformadora. A sociedade atual exige das pessoas a capacidade de reflexão, de raciocinar, de duvidar, de questionar; pois muitas ideologias foram transformando e moldando a nossa sociedade ao longo da história. Para quebrar esses paradigmas da sociedade o professor tem grandes desafios e a educação é uma arma para transformação da sociedade, além de motivar e mediar os saberes nas relações com os estudantes para que possam construir o conhecimento. Ser professor é mostrar aos discentes que o futuro depende do agora, e que é no presente que se constrói nossa identidade, nossa ética, nossos valores quanto cidadão, pois as ideologias que dominam nossa sociedade foram postas nesse lugar por nós mesmos na construção da sociedade e no calor de nossas vozes
Vivemos em uma sociedade que exige do cidadão um sujeito que saiba pensar, saiba questionar, saiba duvidar, saiba raciocinar para que assim possa ser um construtor e formador de conceitos e princípios nos aspectos políticos, econômicos, culturais e educacionais. Porém essa nova ordem social contemporânea nos leva a uma transformação que não têm se dado de maneira direta e nem sem conflitos. O Homem educado é aquele que atingiu a sua maioridade, que se emancipou de todos os que foram os condutores dos seus primeiros passos.13 Ao se emancipar, torna-se o condutor do próprio processo de reformação, de autodesenvolvimento.
Consideremos, a título de exemplo, o ato de ensinar alguém a ler e escrever. Essa ação se desdobra a partir de procedimentos considerados impositivos e externos ao aprendiz. Quem ensina determina os passos a seremseguidos por quem aprende, desde o reconhecimento de símbolos gráficos até a identificação de palavras, frases e de sua significação. Do mesmo modo lhe são determinados os movimentos mecânicos, tais como o modo de segurar o lápis ou a caneta, o ritmo e a direção a ser seguida no ato da escrita. O que, no entanto, se coloca como alvo para o aprendiz? Por certo que ele adquira independência em relação ao seu pedagogo. Espera-se que, após um certo nível de aprendizado, ele escreva o que deseja escrever e leia o texto de sua escolha. Ao se tornar competente para operar tais escolhas, ele adquiriu autonomia, libertou-se de quem lhe orientou os primeiros passos. Essa é a diretriz básica da educação: educa-se para a emancipação, para a autonomia.
E que aspectos podem ser destacados para que seja reconhecida a situação de autonomia nos sujeitos? Podemos indicar que, pelo menos três: o da autonomia da vontade, o da autonomia física e o da autonomia intelectual. O sujeito se torna autônomo, no primeiro plano, quando capaz de estabelecer relações de equilíbrio racional entre suas emoções e paixões. Igualmente, ao se tornar capaz para assumir a responsabilidade pelo próprio corpo e as relações equilibradas com o mundo natural. E, acima de tudo, quando determinar e escolher livremente os meios e os objetivos de seu crescimento intelectual e as formas de inserção no mundo social. Preenchidas essas condições, ele pode ser reconhecido como sujeito social.
Poderíamos demonstrar, por exemplo, algumas situações que auxiliam a compreensão dos aspectos acima colocados. No caso do equilíbrio entre emoções, paixões e disciplina da vontade, é bastante inteligível o comportamento infantil e como ele se diferencia do adulto. As crianças, geralmente, não têm paciência para esperar que sua vontade seja atendida nas mínimas coisas, e na adolescência ocorre a tendência para se imaginar que toda e qualquer vontade poderá ser realizada. Isto torna o comportamento dos adolescentes incômodo aos adultos. Quase sempre eles expressam de modo irritado a sua insatisfação diante de qualquer interdição a seus desejos e querem alcançar seus objetivos ainda que com o uso da força. Têm dificuldade para negociar, adiar ou alterar a sua inclinação inicial.
Ora, tais comportamentos, quando permanecem na fase adulta dos indivíduos, denunciam que estes indivíduos não ultrapassaram a sua fase infantil ou adolescente, isto é, não atingiram sua maioridade. Comportam-se como crianças ou adolescentes porque não desenvolveram uma das condições da autonomia: disciplinar à vontade e articular paixões, necessidades e racionalidade.
No outro plano, o da autonomia física, ocorrem situações semelhantes. Ao nascer, todos desconhecemos o funcionamento próprio do corpo e, por isso, agimos por reação e segundo os limites e movimentos naturais. É assim que qualquer criança é capaz de se alimentar, ingerir líquidos, expelir excrementos e manifestar desconforto como dor, frio, medo. Não sabe, de início, cuidar do corpo físico e desconhece as necessidades ligadas à higiene, ao descanso, ao manuseio das mãos, e mesmo das potencialidades escondidas na mente e nos sentidos. Ora, a educação deve abrir tais possibilidades aos indivíduos. Inicialmente, orientamos as crianças a evitar o perigo, a executar atos de higiene, a se alimentar adequadamente, enfim, insistimos no desenvolvimento de hábitos considerados sadios e moderados. O que esperamos? Certamente que as crianças, na medida em que vão se tornando adultas, adquiram autonomia. E quando a terão adquirido? A partir do momento em que puderem dirigir o seu próprio corpo para uma relação saudável consigo mesmo e com o mundo natural. Isto vai levá-la a tomar decisões sobre a própria higiene, alimentação, descanso, preservação da natureza e de relações sociais, operar escolhas em relação ao uso do corpo etc.
E, por último, a autonomia intelectual. Esta é a mais fundamental e complexa, porque é ponto de partida e ponto de retorno de todo o processo de desenvolvimento dos fundamentos da autonomia, aí incluídos os da autonomia física e da vontade. O modo como o ser humano se relaciona com o mundo, já o dissemos, tem um ponto de inflexão sobre o qual tudo o mais é construído: a transformação da experiência sensível em experiência simbólica. Por certo tiveram os gregos sobejas justificativas para usarem um mesmo vocábulo - Logos - para expressar duas ideias distintas, mas profundamente articuladas: a racionalidade e a expressão discursiva do mundo, enfim, Razão e Linguagem. O ser humano, produto da racionalidade, desenvolve as diversas formas de linguagens com o que incorpora e produz o mundo natural e cultural, bem como cria meios e fins para disciplinar e para organizar seu modo de existir. Esses meios e fins são identificados nas regras da vida social, nas formas institucionais criadas para agregar e promover a vida social nos projetos de futuro que desenha para si e para a humanidade. Encontramos estes produtos nas instituições religiosas, na família, no Estado, nas leis, nas regras morais, nas instituições punitivas, nas empresas, nas instituições científicas e tecnológicas, nas organizações internacionais e corporativas.
O sujeito social autônomo é aquele que circula e atua no conjunto da vida social de forma independente e participativa. Para isso, requer-se que ele também seja capaz de estabelecer juízos de valor e assumir responsabilidades pelas escolhas. O fundamento ético da humanidade se assenta no tripé constituído pelo reconhecimento de si mesmo como sujeito (individualidade), na liberdade e na autonomia. A consciência deste tripé se frutifica pela ação educativa, que constrói no ser humano a capacidade para incorporar estes valores.
Não se pode desconhecer, no entanto, as enormes dificuldades para que o ser humano atue na vida social norteado por essa regulação. O mundo humano não é um mundo pré-determinado. Não sendo pré-determinado, ele é um produto que resulta da confluência de fatores diversos como os da vontade, da autonomia dos sujeitos, e de como se articulam os projetos que ultrapassam os limites individuais. Tudo isso ainda precisa ser combinado com um quadro de valores que orienta as escolhas de cada um e que pode se alterar em função dos mais diversos fatores, como os conjunturais, os dos espaços sociais em que os indivíduos vivem, as relações de gênero, as expectativas sociais dos indivíduos ou de grupos com os quais os indivíduos
Conclusão
Papel da escola é socializar o conhecimento seu dever é atuar na formação moral dos alunos, é essa soma de esforço que promove o pleno desenvolvimento o indivíduo como cidadão. A escola é o lugar onde a criança deverá encontrar os meios de se prepara para realizar seus projetos de vida, a qualidade de ensino é, portanto, condição necessária tanto na sua formação intelectual quanto moral, sem formação de qualidade a criança poderá ver seus projetos frustrados no futuro.
Os professores e toda a comunidade escolar, a forma de avaliação são transmissores de normas e valores que norteiam e preparam o indivíduo para viver coletividade. Assim, é importante que a questão de vida em sociedade faça parte, com clareza, da organização curricular, levando a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania.
A convivência deve ser organizada de modo que os conceitos como justiça, respeito e solidariedade que sejam compreendidos, assimilados e vividos, com esse proposto à escola se desafiam a instalar uma atitude crítica, que levará o aluno a identificar possibilidades de reconhecer seus limites nas ações e nos relacionamentos a partir dos valores que os orientam.