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UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA ICSC- INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS BRUNA MARIA BAIA CARDOSO- RA: D347GE-1 DIOGO FERNANDO RODRIGUES MACHADO- RA: T3980A-6 GABRIEL GONZAGA SOUSA DE MENEZES- RA: N1340D-5 APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 2º SEMESTRE DO PERÍODO LETIVO 2017/1º SEMESTRE BRASÍLIA 2017 SUMÁRIO Introdução.................................................................................................................................03 Resumo da matéria contida na Exame Digital..........................................................................04 Privatização do sistema prisional no Brasil..............................................................................06 Argumentos favoráveis e contra à privatização dos presídios no Brasil...................................08 Considerações Finais.................................................................................................................09 Referências................................................................................................................................10 INTRODUÇÃO O Manual aqui apresentado tem como objetivo fornecer orientações para a realização das APS - Atividade Prática Supervisionada do curso de Direito. Trata-se de um trabalho semestral, interdisciplinar, extraclasse e em equipe, visando assim o aprendizado da importância de um trabalho realizado em grupo. Como consta no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) as APS - Atividade Prática Supervisionada, constituíram-se em um meio ou instrumento pedagógico para poder dar início ao aperfeiçoamento dos conhecimentos via interdisciplinaridade - integração e relacionamento dos conteúdos de disciplinas que compõem os semestres do curso – e, práxis - integração teoria e prática por meio da aplicação do conhecimento adquirido em sala de aula à realidade. As APS - Atividades Práticas Supervisionadas visam, por um lado, contribuir para desenvolver nos alunos as competências requeridas aos cargos jurídicos ou relacionados a advocacia, na expectativa de que, no mercado de trabalho, poderão atuar em funções executivas e especializadas relativas às muitas práticas de gestão requeridas pelas organizações (concursos), como empreendedoras (de negócios próprios, como escritórios) e, por outro, a favorecer um meio de reflexão crítica da realidade a partir dos fundamentos teóricos das disciplinas do semestre letivo e da observação, descrição e análise de importantes temas e desafios, que cercam a área do Direito, em uma situação real. A APS - Atividade Prática Supervisionada é uma disciplina, que o aluno deve cursar normalmente dentro de cada semestre. RESUMO O índice de tortura nos presídios brasileiros é um fato absurdo e totalmente desumano. A impunidade dos agentes públicos que praticam estes atos é gritante e nítido. Viola totalmente os princípios dos Direitos Humanos. Não há nenhum esforço das autoridades maiores para investigar e dar um ponto final nestas atrocidades. O representante do O Alto das Nações Unidas Para Os Direitos Humanos (ACNHUDH), Amerigo Incalcaterra, vem fazendo denuncias sobre o descumprimento dos direitos humanos nas penitenciarias do país. O Subcomitê Sobre a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes (SPT) visitou diversos locais de detenção em todo o país e elaborou um relatório sobre todos os abusos que ocorreram nas prisões e o entregou ao governo. O mesmo chamava atenção para os casos de crueldade e possibilidade de rebeliões. Um local que deveria servir para a reeducação dos detentos acaba se tornando uma “fábrica de monstros”, cada vez mais violentos. Após a entrega deste documento, que ocorreu no dia 24 de novembro de 2016, foi estipulado um prazo de seis meses para que o Brasil preste conta das ações estatais. De acordo com especialistas, essas violências incidem em maior número com presos negros e de classe sociais mais baixas. Eles também afirmam que esses detentos são coagidos e represados a não fazerem denuncias sobre os fatos ocorridos. A capacitação dos agentes públicos, adoção de regras sobre o uso da força, investigação mais rígida são exemplos de ideia de medidas que os especialistas propõe para serem colocadas em práticas. A superlotação das penitenciarias, condições precárias na saúde e educação, excesso de violência entre os detentos e falta de vigilância correta, foram os principais problemas averiguados pelo SPT. Alguns presos fizeram relatos sobre o controle que outros presos possuem sobre os presídios e fações criminosas. Diversas descrições sobre uma variedade de torturas com o intuito de obter confissões, pagamento de suborno e forma de castigo/intimidação também foram entregues ao Subcomitê. Pesquisas informam que em 2014, metade dos 565 detentos mortos foi por assassinato. A falta de investigação no país só gera o crescimento da violência e da impunidade dos autores desses crimes. Os artigos 12 e 13 da referida Convenção, visa que o Estado deve assegurar que suas autoridades competentes deverão proceder imediatamente a uma investigação imparcial. Porém o sistema é falho e isso não ocorre. A Organização das Nações Unidas recomenda que as autoridades brasileiras devam se comprometer para encarar os transtornos e problemas que o sistema prisional vem sofrendo durante anos. Outros órgãos envolvidos também indicam a formulação de certas politicas e sistema de combate e prevenção à tortura. Um exemplo disso é o já criado Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura. PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL Existem no mundo aproximadamente 200 presídios privados, sendo metade deles nos Estados Unidos. O modelo começou a ser implantado naquele país ainda nos anos 1980, no governo Ronald Reagan, seguindo a lógica de aumentar o encarceramento e reduzir os custos, e hoje atende a 7% da população carcerária. Quando o debate é acerca do sistema carcerário brasileiro quase que imediatamente associamos – por vezes, instintivamente – a palavra: crise. Nosso sistema carcerário está em crise há décadas e as buscas por soluções, opiniões, debates, políticas em volta deste assunto são diversas. Como uma destas soluções há a possibilidade de que as penitenciárias públicas tornem-se privadas. A primeira penitenciária privada no Brasil foi inaugurada, em Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Já existiam cerca de vinte e duas outras prisões, porém terceirizadas. Cabe ressaltar que terceirização e privatização são ações diferentes. Segundo Souto: “A privatização é a simples transferência dos direitos do Poder Público para outrem (SOUTO, 2001, p. 30), enquanto na terceirização, o Estado tem a obrigação, o dever de fiscalizar os parceiros privados.” (SOUTO, 2001, p. 372) Nas outras vinte e duas localidades de modelo terceirizado, boa parte dos serviços são terceirizados como: alimentação, saúde, atendimentos psicológicos; nestas, o Estado é o responsável pela administração da prisão. Entretanto, o modelo de Ribeirão das Neves a administração é essencialmente privada. Como muitas políticas, existem prós e contras no que tange as privatizações. Em países como Estados Unidos e Inglaterra, respectivamente com Ronal Reagan e Margareth Thatcher esta politica carcerária obteve relativo sucesso. No Brasil, o atual senador Aécio Neves, na época (2009) governador de Minas Gerais, assinou o contrato de privatização em 2009. Ao considerarmos, que o Brasil possui cerca de quinhentos anos de existência e o registro de prisões no Brasil vai desde o Brasil Colônia, esta é uma realidade historicamente nova no sistema carcerário brasileiro e até mesmo mundial ao considerarmos a implantação desta política nos países estrangeiros. Como tudo o que é novo, criticaspositivas e negativas são feitas, mais aceitas por uns do que outros. Como aspectos positivos podem ressaltar a melhoria no atendimento ao preso, extremamente, ligada ao fato da melhora na infraestrutura das prisões. ARGUMENTOS FAVORÁVEIS E CONTRA À PRIVATIZAÇÃO DOS PRESIDIOS NO BRASIL ASPCETOS POSITIVOS: as unidades prisionais privadas podem preservar a dignidade do preso, de modo especial, se houver qualquer irregularidade, corrupção ou outro desvio, o funcionário é demitido, resolvendo-se o problema. Diferentemente do espaço estatal, onde tudo depende de sindicância, processo etc. Todos os presos trabalham, muitos estudam e todas as condições de higiene e saúde são garantidas pelo Estado e fornecidas pela administradora privada. A comida é servida de forma que o preso abastece seu prato à vontade, terminando com o deplorável expediente, que nutre a corrupção, de se ter que comprar um bife ou duas batatas a mais. ASPECTOS NEGATIVOS: são inúmeros pontos negativos para a privatização dos presídios no Brasil, tais interpretações são em peso originadas de análises superficiais e preconceitos infundados, pois o dever constitucional de punir e recuperar delinquentes é exclusivo do Estado. Eles estão absolutamente corretos e assegurados pela Constituição da República, pois tal dever de forma alguma, nem por meio de emenda constitucional, deve ser alterado. A preocupação da iniciativa privada é o lucro e não o interesse na reinserção social do delinquente e muito menos o bem-estar da comunidade; Perigo de prisão controlada por empresa que tem negócios com crime organizado, Como já excessivamente esposado, a iniciativa privada não tem respaldo constitucional e legal algum em controlar (administração, gerência ou direção) a prisão no Brasil. Mas, se, ainda assim, houver algum envolvimento do crime organizado, tal falha e responsabilidade serão do Estado que não teve meios suficientes para prevenir. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao decorrer da execução da APS (ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA) com a junção dos conteúdos mencionados e estudados em sala, é nítido o fato de que o governo brasileiro deve ter mais cuidados e tomar medidas de melhoria para com os seus presídios e presos . No caso da privatização dos presídios, para quem investe em determinado produto, no caso o produto humano, o preso, será interessante ter cada vez mais presos. Ou seja, segue-se a mesma lógica do encarceramento em massa. A mesma lógica que gerou o caos, que justificou a privatização dos presídios. Com isso, sendo de grande valor e relevância as informações aos alunos, futuros advogados e profissionais da área jurídica, que irão se formar. Dando ênfase a carreira profissional, no qual os alunos irão escolher seguir. REFERÊNCIAS https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/273587/ONU-condena-Brasil-por-caos-nos-pres%C3%ADdios.htm Acesso em 28/10/2017 às 17:37 horas. http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38492771 Acesso em 28/10/2017 às 21:03 horas http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?%20n_link=%20revista_artigos_leitura&%20artigo_id=5206 Acesso em 02/11/17 às 10:50 horas