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METODOLOGIA DA PESQUISA Profª. Ms. Cynthia Cândida Corrêa Curso: GESTÃO EM AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL ALTA FLORESTA - MT 2012 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 2 SUMÁRIO 1. CIÊNCIA E CONHECIMENTO................................................................................................04 2. ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA...................................................................................07 3. ESTRUTURA DO PROJETO....................................................................................................08 3.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................................08 3.2 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................09 3.3 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................09 3.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.......................................................................................... 09 3.5 CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES.............................................................................................09 3.6 ESPECIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS......................................................................................10 3.6.1 Objetivo geral...........................................................................................................................10 3.6.2 Objetivos específicos................................................................................................................10 3.7 METODOLOGIA........................................................................................................................10 3.7.1 Pesquisa científica....................................................................................................................10 3.7.1.1 Quanto a Finalidade.............................................................................................................11 3.7.1.2 Quanto Natureza .................................................................................................................11 3.7.1.3 Quanto ao objetivo...............................................................................................................12 3.7.1.4 Quanto ao local de realização..............................................................................................13 3.7.1.5 Quanto aos Procedimentos..................................................................................................14 3.7.2 População e Amostra..............................................................................................................16 3.7.3 Instrumentos de coletas de dados..........................................................................................16 3.7.3.1 Tipos de entrevistas..............................................................................................................17 3.7.3.2 Questionário..........................................................................................................................18 3.7.4 Método de análise de dados....................................................................................................20 3.8 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................................21 3.9 CRONOGRAMA........................................................................................................................21 3.10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................21 4. ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO.............................................................22 4.1 RESUMO.....................................................................................................................................22 4.2 ABSTRACT.................................................................................................................................22 4.3 SUMÁRIO...................................................................................................................................23 4.4 ELEMENTOS TEXTUAIS.........................................................................................................23 4.4.1 Introdução................................................................................................................................23 4.4.2 Desenvolvimento...................................................................................................................23 4.5 CONCLUSÃO...........................................................................................................................23 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 3 4.6 ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS.................................................................................................23 4.7 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS......................24 4.7.1 Formato.................................................................................................................................24 4.7.2 Margem.................................................................................................................................24 4.7.3 Espaçamento.........................................................................................................................24 4.7.4 Paginação..............................................................................................................................24 4.7.5 Citação...................................................................................................................................24 REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................25 ANEXOS...........................................................................................................................................27 ANEXO A – MODELO DE PROJETO DE PESQUISA.................................................................28 ANEXO B - MODELOS DE REFERÊNCIAS................................................................................35 ANEXO C – APRESENTAÇÃO DE CITAÇÃO EM DOCUMENTOS........................................42 ANEXO D - EXEMPLO DE SUMÁRIO..........................................................................................48 ANEXO E - EXEMPLOS DE QUADROS, FIGURAS, TABELAS E GRÁFICOS.......................49 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 4 1. CIÊNCIA E CONHECIMENTO • Empírico: conhecimento prático, popular, vulgar ou de senso comum, construído com base em experiências subjetivas; • Filosófico: Compreende os estudos das relações com todo o universo, baseia-se no uso da razão para chegar a conclusões ou hipóteses sobre as coisas. • Teológico: Está relacionado com a fé e a crença divina, apóia-se em fundamentos sagrados, portanto, valorativos; • Científico: resulta de uma investigação metódica e sistemática da realidade, buscando as causas dos fatos e as leis que os regem. Tem a característica de verificabilidade, isto é, suas hipóteses podem ser comprovadas. Foco dessa disciplina. SENSO COMUM CIENTÍFICO FILOSÓFICO RELIGIOSO Valorativo Reflexivo Assistemático Verificável Falível Inexato Real Contingente Sistemático Verificável Falível provável Valorativo Racional Sistemático Não verificável Infalível Exato Valorativo Inspiracional Sistemático Não verificável Infalível Exato Quadro 01: Tipos de conhecimento científico Segundo Galliano (1979, p.16), ciência “é o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade”. Portanto, pode-se dizer que o motivo básico da ciência é a curiosidade intelectuale a necessidade que o homem tem de compreender-se e o mundo em que vive. Ciência é o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. O conhecimento científico depende de investigação metódica da realidade, por isso, emprega procedimento e técnicas para alcançar resultados. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 5 Atualmente, a sociedade vive a chamada era da informação e do conhecimento, resultado da evolução e acumulação de competência científica e tecnológica. Conhecimento é a relação entre quem conhece e o que passa a ser conhecido. Segundo os metodólogos existem quatro tipos de conhecimento: QUAL O MOTIVO DA CIÊNCIA Para Koche (1997), o que leva o homem a produzir ciência é a busca por respostas dos problemas que levem a compreensão de si e do mundo em que ele vive. O papel das ciências é: Pesquisa é o conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou práticos que tenham como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, a invenção de novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades (KOURGANOFF,1990). A metodologia, segundo Thiolent (2001, p.25), pode ser vista como “conhecimento geral e habilidade necessária ao pesquisador para orientar-se no processo de investigação, tomar decisões oportunas, selecionar conceitos, hipóteses, técnicas e dados adequados”. Busca resolver 2 problemas: ▫ Arquivamento e acesso à informação ▫ Continuidade de investigação Cada pesquisa, dependendo do tema e do problema de estudo, segue um caminho específico. Ou seja, exige um método próprio. Méthodos (gr) = pesquisa, busca (Metá = atrás, através e hodos = caminho). Dentre os métodos consolidados da pesquisa científica estão o dedutivo e o indutivo (GIL,1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). DEDUTIVO INDUTIVO Parte do geral para o particular; Explica o conteúdo dos enunciados e não amplia o conhecimento; Se as premissas forem verdadeiras a conclusão será verdadeira; Parte do particular para o geral; A conclusão apresenta informações que não estavam nos enunciados. Amplia o conhecimento; Se as premissas forem verdadeiras a conclusão é provável; Quadro 02: Médotos Dedutivo e Indutivo METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 6 É POSSÍVEL PENSAR, INVESTIGAR OU ATUAR CIENTIFICAMENTE DE UMA FORMA QUALQUER “Método significa um conjunto de regras e procedimentos que, se respeitados em uma investigação, conduzem a conhecimentos válidos” (LALANDE, 1999. p. 155). EXERCÍCIO PARA REVISÃO 1 - A seguinte dedução está incorreta, por quê? Todas as rosas daquele jardim são brancas. (premissa maior) Essas rosas são brancas. (premissa menor) Essas rosas são daquele jardim. (conclusão) a) As rosas brancas não são daquele jardim. b) A premissa maior deveria ser a conclusão. c) A premissa menor deveria ser a conclusão e a conclusão deveria ser a premissa menor. d) Pensando bem, essa dedução está correta! 2 - O conhecimento cujo objeto é real, verificável e experimentável chama-se: a) Filosófico b) Teológico c) Popular d) Científico METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 7 2. ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA Existem sim momentos ou etapas comuns a todas as pesquisas: toda pesquisa inicia com seu planejamento, segue sua execução e, por fim, a comunicação dos resultados, mas cada investigação segue seu próprio caminho. Planejamento: nessa etapa, deve-se fazer uma reflexão sobre o assunto a ser investigado, Koche (1997) chama esse momento de “etapa preparatória”. Trata-se de uma etapa em que as atividades que envolvem a investigação devem ser bem pensadas e articuladas, visando a garantir melhor a execução do processo. As decisões tomadas são expressas em um documento chamado projeto de pesquisa Execução do projeto de pesquisa: essa fase tem início quando o pesquisador entra no campo de pesquisa, combinando os instrumentos de coletas de dados disponíveis. Após o levantamento dos dados, inicia-se a análise e interpretação desses dados, conforme a abordagem de pesquisa estipulada. Comunicação dos resultados: momento de relatar a sociedade os resultados, as dificuldades e as limitações da investigação. Os resultados de uma pesquisa podem ser expressos por meio de trabalho de conclusão de curso (graduação e especialização), de artigo científico, dissertação (mestrado), tese (doutorado), dentre outros. O início de uma pesquisa sem projeto é uma improvisação, tornado o trabalho confuso, dando insegurança ao mesmo, reduplicando esforços inutilmente. Agir desta maneira, é motivo de muita pesquisa começada e não terminada, num lastimoso esbanjamento de tempo e recursos. Além disto, para uma pesquisa, geralmente é obrigatória a aprovação anterior de um projeto como condição para aceitá-la. Fazer um projeto de pesquisa é traçar um caminho eficaz que conduza ao fim que se pretende atingir, livrando o pesquisador do perigo de se perder, antes de o ter alcançado. O objetivo de um planejamento é organizar a ação de tal maneira que nos leve a evitar surpresas, pois, organizando bem o que vamos faz e com antecedência, evitam-se surpresas desagradáveis. Um projeto serve essencialmente para responder as seguintes perguntas: • O que fazer? • Por que, para que e para quem fazer? • Onde fazer? • Como, com que, quanto e quando fazer? • Com quanto fazer? • Como pagar? • Quem vai fazer? METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 8 3. ESTRUTURA DO PROJETO (ANEXO A) • Capa • Folha de rosto • Sumário • Introdução • Justificativa e Problematização (hipóteses) • Objetivos o Objetivo geral o Objetivos específicos • Referencial teórico • Metodologia • Cronograma • Referências 3.1 APRESENTAÇÃO A apresentação do projeto de pesquisa inicia-se com a capa, onde são indicados os elementos essenciais à compreensão do estudo que se pretende realizar, sob os auspícios de quem ou para quem e ao conhecimento do responsável pelo trabalho. Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar, ele deve ser preciso, bem determinado e específico. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Dotado necessariamente de um sujeito e de um objeto, o tema passa por um processo de especificação. O processo de delimitação do tema só é dado por concluído quando se faz a limitação geográfica e espacial do mesmo, com vistas na realização da pesquisa. Na delimitação do tema é preferível o aprofundamento à extensão. O título de uma pesquisa NÃO corresponde ao tema, nem à delimitação do tema, mas emana aos objetivos geral e específicos, quase como uma “síntese” dos mesmos. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 9 Exemplo: A influência do desarmamento da população para a melhoria dos índices de violência urbana em Cuiabá-MT. 3.2 INTRODUÇÃO Introdução é a apresentação rápida do assunto abordado e seu mérito. É uma seção na qual se aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta vender-lhe o projeto. 3.3 JUSTIFICATIVA É o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa. Consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa. A justificativa difere da revisão bibliográfica e, por este motivo, não apresenta citações de outros autores. • Deve procurar responder: Qual a relevância da pesquisa? Que motivos a justificam? Quais contribuições para a compreensão, intervenção ou solução que a pesquisaapresentará? 3.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Problema é uma dificuldade teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução. A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que pretende resolver por intermédio da pesquisa. Deve ser formulado, de preferência em forma interrogativa e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si. O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sob o aspecto de sua valoração: • Viabilidade: pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa. • Relevância: deve ser capaz de trazer conhecimentos novos; • Novidade: estar adequado ao estágio atual da evolução científica. • Exeqüibilidade: pode chegar a uma conclusão válida. • Oportunidade: atender a interesses particulares e gerais. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese central. Exemplo: O limão é eficaz no combate ao resfriado? 3.5 CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES Hipótese é uma proposição que se faz numa tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. A função da hipótese, na pesquisa científica, é propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informações. Os resultados finais da pesquisa poderão comprovar ou rejeitar as hipóteses: neste caso, se forem reformuladas, outros testes terão de ser realizados para sua comprovação. 1) Hipótese Alternativa – é derivada de um marco teórico, referencial. Em geral, é esperada como verdadeira pelo pesquisador. H1:O uso prolongado de álcool não está associado a perda de memória. 2) Hipótese Nula – é o inverso da hipótese alternativa. Usada para rejeitar ou negar as colocações da hipótese alternativa. H0:O uso prolongado de álcool está associado a perda de memória. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 10 3.6 ESPECIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS 3.6.1 Objetivo geral Está ligada a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco quer dos fenômenos e dos eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. O verbo utilizado deve estar no infinitivo, por exemplo: identificar, levantar, descobrir, caracterizar, descrever, traçar, analisar, explicar, etc. Exemplo: Verificar a eficácia do limão no combate ao resfriado. 3.6.2 Objetivos específicos Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária a instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares. Por exemplo: classificar, aplicar, distinguir, enumerar, exemplificar, selecionar, etc. Exemplo: • Pesquisar sobre o surgimento e ações do resfriado • Identificar as propriedades do limão • Verificar alternativas no combate ao resfriado. 3.7 METODOLOGIA 3.7.1 Pesquisa científica A Pesquisa Científica visa conhecer cientificamente um ou mais aspectos de determinado assunto. Para tanto deve ser sistemática, metódica e crítica. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 11 A especificação do objetivo de uma pesquisa responde às questões para quê? E para quem? Apresenta: Nesse item, deve ser especificados quais serão os métodos utilizados para a execução da pesquisa. Como se procederá a pesquisa? Caminhos para se chegar aos objetivos propostos • Qual o tipo de pesquisa? • Qual o universo da pesquisa? • Será utilizado a amostragem? • Quais os instrumentos de coleta de dados? • Como foram construídos os instrumentos de pesquisa? • Qual a forma que será usada para a tabulação de dados? Figura 01: Tipos de Pesquisa Científica 3.7.1.1 Quanto a Finalidade Pesquisa Científica pura: Objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Incorporação e superação daquilo que já se encontra produzido. Pesquisa Aplicada: Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos a solução de problemas específicos. Envolve verdades de interesses locais. 3.7.1.2 Quanto Natureza Pesquisa qualitativa: Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados. O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e objeto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo. Neste caso, as questões são estudadas no ambiente em que eles se apresentam sem qualquer manipulação intencional do pesquisador. A utilização deste tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo fato de não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades. Os dados coletados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito mais com o processo do que com o produto. Na análise dos dados coletados não há preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas, porém não eliminam a existência de um quadro teórico que direcione a coleta, a análise e interpretação dos dados. Pesquisa quantitativa: Este tipo de abordagem está relacionado ao emprego de recursos e técnicas estatísticas que visem quantificar os dados coletados. No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativa devem-se formular hipóteses e classificar a relação entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de análise e interpretação. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 12 Figura 02: Diferenças das pesquisas Qualitativa e Quantitativa. É importante ressaltar que as pesquisas Quantitativas e Qualitativas oferecem perspectivas diferentes, mas não são opostas. QUANTITATIVA QUALITATIVA • Homens de 20 a 40 anos – 40% da amostra • Porcentagem de homens casados entre 20 e 40 anos – 18% • Homens de 20 a 40 anos com renda superior a 20 sal. mínimos – 21% • Homens casados entre 20 e 40 anos com renda de até 5 sal. mínimos – 17% • Homens de 20 a 40 anos com nível superior – 16% • Homens casados entre 20 a 40 com nível superior – 2% • Os homens de nível superior que ganham mais de 20 salários mínimos estão solteiros. • A razão disso pode estar expressa em outros dados da pesquisa. • Se o nível de emprego das empregadas domésticas caiu e constata-se que cresceu o volume de consumo de eletrodomésticos, pode ser que uma coisa esteja relacionada à outra. • Pode ser ainda que, o fato de as empregadas domésticas terem adquirido alguns direitos trabalhistas, tenha relação com o fenômeno. Veja que as informações, muitas delas quantitativas, não foram produzidas pelo pesquisador, mas conhecidas por ele através de verificação de elementos ligados ao problema estudado. Então são “informações” qualitativas para a pesquisa. Quadro 03: Exemplos de pesquisas Quantitativa e Qualitativa 3.7.1.3 Quanto ao objetivo Exploratória: Primeira aproximação com o tema. Visa conhecer os fatos e fenômenos relacionados ao tema. Proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipótese. Recuperar as informações disponíveis. É feita através de: Levantamentos bibliográficos, Entrevistas com profissionais da área, Visitas à instituições, empresas, etc, Web sites, etc. Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis. Levantamento das características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/processo. Éfeita na forma de levantamentos ou observações sistemáticas do fato/fenômeno/processo escolhido. Não há interferência do investigador, que apenas procura perceber a freqüência com que o fenômeno acontece. Explicativa: Visa explicar e criar uma teoria a respeito de um fato/fenômeno/processo. Propicia aprofundar o conhecimento da realidade. Se ocupa com o porquê do fato/fenômeno/processo (identificação dos fatores que determinam a ocorrência ou a forma que ocorre). METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 13 3.7.1.4 Quanto ao local de realização a) Pesquisa de campo A pesquisa de campo é uma forma de coleta que permite a obtenção de dados sobre um fenômeno de interesse, da maneira como este ocorre na realidade estudada. Consiste, portanto, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes, diretamente da realidade, para ulteriores análises. A pesquisa de campo abrange: • pesquisa bibliográfica; • determinação das técnicas de coleta de dados e determinação da amostra; • registro dos dados e de análises. A grande vantagem da pesquisa de campo é a obtenção de dados diretamente na realidade. Sem em nenhum momento desmerecer a pesquisa teórica, em uma ciência factual, é na pesquisa de campo que as teorias propostas podem ser validadas ou refutadas. Assim, com a utilização de técnicas de amostragem estatística, a pesquisa de campo permite o acúmulo de conhecimento sobre determinado aspecto da realidade, conhecimento esse que pode ser comprovado e utilizado por outros pesquisadores. A principal desvantagem da pesquisa de campo é o pequeno grau de controle sobre a coleta de dados e a possibilidade de que fatores, desconhecidos para o investigador, possam interferir nos resultados. No caso de pesquisas baseada em questionários, formulários e entrevistas, outro limitador seria o procedimento apresentar menor grau de confiabilidade pela possibilidade de os indivíduos falsearem as respostas. Há, entretanto, vários recursos que podem ser utilizados para aumentar as vantagens (e diminuir as desvantagens) desse método, como lançar mão dos pré-testes, utilizar instrumental mais completo etc. b) Laboratório: Caracterizada por interferir artificialmente na produção do fato/ fenômeno/ processo ou artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepção para que o fato/fenômeno/processo seja produzido/percebido adequadamente. Permite: Estabelecer padrão desejável de observação. Captar dados para descrição e análise. Controlar o fato/fenômeno/processo. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 14 3.7.1.5 Quanto aos Procedimentos A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos. Nesta pesquisa é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas necessitam de um referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica é interessante utilizar as fichas de leitura que facilitam a organização das informações obtidas. Caracterizam-se como fontes desse tipo: - imprensa escrita: em forma de jornais e revistas, deve ser independente, ter conteúdo e orientação sem tendência, bem como difusão e influência – a análise deve ser feita de forma independente e, por fim, deve-se verificar se há grupo de interesse envolvido; - meios audiovisuais: esta mídia deve ser analisada com base nos mesmos itens especificados para a imprensa escrita; - material cartográfico: estes meios bibliográficos são específicos, de acordo com a linha de pesquisa e atualização no projeto, não havendo grandes restrições quanto a seu emprego; - publicações: livros, teses, dissertações, monografias, publicações avulsas, pesquisas, entre outros, formam o conjunto de publicações básicas para pesquisas científicas. b) Pesquisa experimental Este tipo de pesquisa é mais utilizado nas ciências naturais, por utilizarem o método experimental. Requer uso de equipamentos, laboratórios, técnicas e instrumentos que possam indicar um resultado concreto. Porém, são utilizadas em estudos de grupos selecionados, assim como, possibilita o levantamento de situações econômicas de uma determinada faixa do mercado consumidor. A pesquisa experimental se caracteriza por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e efeitos de um determinado fenômeno. Através da criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente. (CERVO; BERVIAN, 2004, p.68). A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Os objetos de estudo podem ser líquidos, bactérias, ratos ou grupos sociais, estudo de comportamento, aprendizagem e produtividade. c) Pesquisa documental Pesquisa documental é a forma de coleta de dados em relação a documentos, escritos ou não, denominados fontes primárias. Livros, revistas jornais, publicações avulsas e teses são fontes secundárias. Assim, documento é uma fonte de dados, fixada materialmente e suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova. Quanto à forma, os documentos podem ser classificados como: (a) manuscritos; b) impressos sem periodicidade: livros, folhetos, catálogos, processos, METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 15 a) Pesquisa bibliográfica Esta pesquisa tem como objetivo explicitar e construir hipóteses acerca do problema evidenciado, aprimorando as idéias, fundamentando o assunto em questão abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um levantamento bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes, buscando consultar obras respeitáveis e atualizadas. pareceres, enfim, uma vasta gama de fontes; (c) periódicos: revistas, boletins, jornais. anuários e demais documentos de divulgação periódica; (d) microfilmes e vídeos que reproduzem outros documentos; e mapas, planos, documentos fotográficos, documentos magnéticos, informatizados. Fontes de documentos: − Os arquivos públicos abrangem documentos oficiais, tais como leis, ofícios, relatórios, publicações parlamentares: atas, debates, projetos de leis; documentos jurídicos, oriundos de cartórios: registros de nascimentos e mortes, desquites e divórcios, escrituras de compra e venda, falências e concordatas e outros. − Os arquivos particulares correspondem aos domicílios particulares: memórias, autobiografias, diários etc.; instituições de ordem privadas, tais como bancos, empresas, partidos políticos, igrejas, associações, em que se encontram: atas, registros, memórias, comunicados, etc. As fontes estatísticas são efetuadas por órgãos específicos e especializados, como IBGE, o Instituto Gallup, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Devemos considerar também órgãos específicos que mantêm banco de dados especializados, como a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Juntas Comerciais e outras, como os Conselhos federal e regionais de atividades profissionais regulamentadas e as Universidades.d) Estudo de caso O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou mais objetos. O estudo de caso pode permitir novas descobertas de aspectos que não foram previstos inicialmente. Restringe-se o estudo a um objeto que pode ser um indivíduo, família, grupo. Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação (‘olho clínico’), além de parcimônia (moderação) quanto à generalização dos resultados. e) Pesquisa-ação A pesquisa – ação acontece quando há interesse coletivo na resolução de um problema ou suprimento de uma necessidade (...). Pesquisadores e pesquisados podem se engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos, etc., interagindo em função de um resultado esperado. Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvem-se no trabalho de forma cooperativa. A pesquisa-ação não se refere a um simples levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados. 1 - A pesquisa bibliográfica é fundamental em todo trabalho científico. Nesse sentido é correto afirmar que: a) A pesquisa bibliográfica é o exame de documentos, a documental utiliza bibliografias que receberam o tratamento analítico. b) A pesquisa bibliográfica é o levantamento da bibliografia, a documental utiliza documentos que não receberam o tratamento analítico. c) A pesquisa bibliográfica é o exame histórico, a documental utiliza documentos que não receberam o tratamento analítico. d) A pesquisa bibliográfica é o exame casos concretos, a documental utiliza documentos que não receberam o tratamento analítico. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 16 3.7.2 População e Amostra Segundo Barbetta (2005, p.25), “população é o conjunto de elementos que formam o universo de nosso estudo e que queremos abranger no nosso estudo. São os elementos para os quais desejamos que as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas”. A escolha de determinada população depende dos objetivos da pesquisa, das características a serem levantadas e dos recursos disponíveis. Em grandes populações é necessário extrair uma amostra. Conforme Lakatos e Marconi (1995) amostra é uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do universo (população). A amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população). Há duas grandes divisões no processo de amostragem: Amostra probabilística: cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado para compor a mostra. Os tipos de amostras probabilísticas são as a) amostras aleatória simples: consiste em selecionar a amostra por meio de um sorteio, sem restrição; b) aleatória estratificada: consiste em separar os elementos da população em grupos mutuamente exclusivos, denominados estratos, podendo ser proporcional ou uniforme; e c)amostra de conglomerados: utilizado um agrupamento de elementos da população do qual é extraída uma amostra. Amostra não-probabilística: a seleção dos elementos da população para compor a amostra depende, ao menos em parte, do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo. Para determinar o tamanho da amostra, é preciso especificar: a) o nível de confiança: “é o erro que o pesquisador está disposta a aceitar no estudo. [...] o pesquisador normalmente irá escolher um nível de confiança de 95% (5% de chance de erro) ou de 99% (1% de chance de erro) e; o intervalo de confiança: determina o nível de precisão da amostra. 3.7.3 Instrumentos de coletas de dados Os métodos e as técnicas a serem empregados na pesquisa científica podem ser selecionados desde a proposição do problema, da formulação das hipóteses e da delimitação do universo ou da amostra. Para obtenção de dados podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos diretos. A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. Antes de iniciar qualquer pesquisa de campo, o primeiro passo é a análise minuciosa de todas as fontes documentais, que sirvam de suporte à investigação projetada. Os contatos diretos, pesquisa de campo ou de laboratório são realizados com pessoas que podem fornecer dados ou sugerir possíveis fontes de informações úteis. São vários os procedimentos para a realização da coleta de dados, que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais as técnicas de pesquisa são: • Coleta documental: a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, tendo como fonte arquivos públicos e fontes estatísticas. Envolve a investigação de documentos internos ou externos. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 17 DISTINÇÃO ENTRE DADOS E INFORMAÇÕES Dados: são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor. Informações: representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão. • Observação direta: o pesquisador utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade em que se observam os fenômenos que se deseja estudar. Essa técnica torna-se útil para fornecer informações adicionais sobre o tópico que está sendo estudado, e foi utilizada na identificação de evidencias nos recursos naturais existentes no município, assim como nos agentes privados. • Entrevista: Conforme Dencker (1998, p. 137) “a entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais pessoas com um grau de estruturação previamente definido, cuja finalidade é a obtenção de informações de pesquisa”. As entrevistas podem ser estruturadas, com perguntas determinadas, ou semi-estruturadas, permite maior liberdade do pesquisador. • Questionário: tem por finalidade obter, de maneira sistemática e ordenada, informações sobre as variáveis que intervém em uma investigação, em relação a uma população ou amostra determinada. Os questionários são impressos e respondidos pelos entrevistados. 3.7.3.1 Tipos de entrevistas a)padronizada ou estruturada: É aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas. Ela se realiza de acordo com um formulário elaborado e é efetuada de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um plano. O motivo da padronização é obter, dos entrevistados, respostas às mesmas perguntas, permitindo que todas elas sejam comparadas com o mesmo conjunto de perguntas. pesquisador não é livre para adaptar suas perguntas a determinada situação, de alterar a ordem dos tópicos ou de fazer outras perguntas. b) despadronizada ou não estruturada: O entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas. e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. A função do entrevistador é de incentivo, levando o informante a falar sobre determinado assunto, sem, entretanto, forçá-lo a responder. c) semi-estruturada: É aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido, entretanto, o entrevistador tem liberdade para desenvolver as questões conforme cada situação. Como técnica de coleta de dados, a entrevista oferece várias vantagens e limitações: VANTAGENS LIMITAÇÕES a) Pode ser utilizada com todos os segmentos dapopulação: analfabetos ou alfabetizados. b) Fornece uma amostragem muito melhor da população geral: o entrevistado não precisa saber ler ou escrever c) Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de estar sendo compreendido. d) Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações, gatos etc. e) Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e que sejam relevantes e significativos. f) Há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser comprovadas, de imediato, as discordâncias. g) Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico. a) Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes b) Incompreensão, por parte do informante, do significado das perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretação. c) Possibilidade de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo questionador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, idéias, opiniões etc. d) Disposição do entrevistado em dar as informações necessárias. e) Retenção de alguns dados importantes, receando que sua identidade seja revelada. f) Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de dados. g) Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada. Quadro 04: Vantagens e limitações da entrevista A preparação da entrevista é uma etapa importante da pesquisa: requer tempo (o pesquisador deve ter uma idéia clara da informação de que necessita) e exige algumas medidas: a) Planejamento da entrevista: deve ter em vista o objetivo a ser alcançado. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 18 b) Conhecimento prévio do entrevistado: objetiva conhecer o grau de familiaridade dele com o assunto. e) Oportunidade da entrevista: marcar com antecedência a hora e o local, para assegurar-se de que será recebido. d) Condições favoráveis: garantir ao entrevistado o segredo de suas confidências e de sua identidade. e) Contato com líderes: espera-se obter maior entrosamento com o entrevistado e maior variabilidade de informações. g) Preparação específica: organizar roteiro ou formulário com as questões importantes. A entrevista, que visa obter respostas válidas e informações pertinentes, é uma verdadeira arte, que se aprimora com o tempo, com treino e com experiência. Exige habilidade e sensibilidade; não é tarefa fácil, mas é básica. Quando o entrevistador consegue estabelecer certa relação de confiança com o entrevistado, pode obter informações que de outra maneira talvez não fossem possíveis. Para maior êxito da entrevista, deve-se observar algumas normas: a) Contato Inicial. O pesquisador deve entrar em contato com o informante e estabelecer, desde o primeiro momento, uma conversação amistosa, explicando a finalidade da pesquisa, seu objeto, relevância e ressaltar a necessidade de sua colaboração. E importante obter e manter a confiança do entrevistado, assegurando-lhe o caráter confidencial de suas informações. Criar um ambiente que estimule e que leve o entrevistado a ficar à vontade e a falar espontânea e naturalmente, sem tolhimentos de qualquer ordem. A conversa deve ser mantida numa atmosfera de cordialidade e de amizade (rapport). O entrevistado pode falar, mas principalmente deve ouvir, procurando sempre manter o controle da entrevista. b) Formulação de perguntas. As perguntas devem ser feitas de acordo com o tipo da entrevista: padronizadas, obedecendo ao roteiro ou formulário preestabelecidos; não padronizadas, deixando o informante falar à vontade e, depois, ajudá-lo com outras perguntas, entrando em maiores detalhes. Para não confundir o entrevistado, deve-se fazer uma pergunta de cada vez e primeiro, as que não tenham probabilidade de ser recusadas. Deve-se permitir ao informante restringir ou limitar suas informações.Toda pergunta que sugira resposta deve ser evitada. c) Registro de Respostas. As respostas, se possível, devem ser anotadas no momento da entrevista, para maior fidelidade e veracidade das informações. O uso do gravador é ideal, se o informante concordar com a sua utilização. A anotação posterior apresenta duas inconveniências: falha de memória e/ou distorção do fato, quando não se guardam todos os elementos. O registro deve ser feito com as mesmas palavras que o entrevistado usar, evitando-se resumi-las. Outra preocupação é manter o entrevistador atento em relação aos erros, devendo-se conferir as respostas, sempre que puder. Se possível, anotar gestos, atitudes e inflexões de voz. Ter em mãos todo o material necessário para registrar as informações. d) Término da Entrevista. A entrevista deve terminar como começou, isto é, em ambiente de cordialidade, para que o pesquisador, se necessário, possa voltar e obter novos dados, sem que o informante se oponha a isso. Uma condição para o êxito da entrevista é que mereça aprovação por parte do informante. 3.7.3.2 Questionário É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse do recebedor, no sentido de que ele preencha e METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 19 devolva o questionário dentro de um prazo razoável. Em média, os questionários expedidos pelo pesquisador alcançam 25% de devolução. Como toda técnica de coleta de dados, o questionário também apresenta uma série de vantagens e desvantagens: VANTAGENS DESVANTAGENS a) Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados. b) Atinge maior número de pessoas simultaneamente. c) Abrange uma área geográfica mais ampla. d) Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo. e) Obtém respostas mais rápidas e mais precisas. f) Há maior liberdade nas respostas em razão do anonimato. g) Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas. h) Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador. i) Há mais tempo para responder e em hora mais favorável. j) Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento. k) Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis. a) Percentagem pequena dos questionários que voltam. b) Grande número de perguntas sem respostas. e) Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas. d) Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas. e) A dificuldade de compreensão. por parte dos informantes, leva a uma uniformidade aparente. f) Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma questão influenciar a outra. g) A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização. h) O desconhecimento das circunstâncias em que foram preenchidos torna difícil o controle e a verificação. i) i) Nem sempre é o escolhido quem responde ao questionário, invalidando. portanto. as questões. j) exige um universo mais homogêneo. Quadro 05: Vantagens e limitações do questionário Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três categorias: abertas, fechadas e de múltipla escolha. a) Perguntas abertas. Também chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões. Possibilita investigações mais profundas e precisas;entretanto, apresenta alguns inconvenientes: dificulta a resposta ao próprio informante, que deverá redigi-la, o processo de tabulação, o tratamento estatístico e a interpretação. A análise é difícil, complexa. cansativa e demorada. Exemplos: 1) Qual é sua opinião sobre a legalização do aborto? 2) Em sua opinião, quais são as principais causas da delinqüência no Brasil? b) Perguntas fechadas ou dicotômicas. Também denominadas limitadas ou de alternativas fixas, são aquelas que o informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim e nulo. Exemplos: 1) Os sindicatos devem ou não formar um partido político? 1. Sim ( ) 2. Não ( ) 2) Você é favorável ou contrário ao celibato dos padres? 1. favorável 2. contrário Este tipo de pergunta, embora restrinja a liberdade das respostas, facilita o trabalho do pesquisador e também a tabulação: as respostas são mais objetivas. Há duas formas de fazer perguntas dicotômicas: a primeira seria indicar uma das alternativas, ficando implícita a outra; a segunda, apresentar as duas alternativas para escolha. A maior eficiência desta segunda forma está METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 20 diretamente relacionada a dois aspectos: em primeiro lugar, não induzir a resposta e, em segundo, ao fato de uma pergunta enunciada de forma negativa, receber, geralmente, uma percentagem menor de respostas do que a de forma positiva (BOYDE; WESTFALL, 1978). c) Pergunte de múltipla escolha: São perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. Perguntas com mostruário (perguntas leque ou cafeterias). As respostas possíveis estão estruturadas junto à pergunta, devendo o informante assinalar uma ou várias delas. Têm a desvantagem de sugerir respostas. (Explicitar, quando se deseja uma só resposta.) Exemplos: 1) Você escolhe um livro para ler, pelo: a. Assunto b. Autor c. Capa e apresentação d. Recomendação de amigos A técnica da escolha múltipla é facilmente tabulável e proporciona uma exploração em profundidade quase tão boa quanto à de perguntas abertas. A combinação de respostas de múltipla escolha com as respostas abertas possibilita mais informações sobre o assunto, sem prejudicar a tabulação. 1) Você escolhe um livro para ler, pelo: a. Assunto b. Autor c. Capa e apresentação d. ‘Iexto da orelha e. Recomendação de amigos f. Outro ( ) Qual?__________________________________________________ 3.7.4 Método de análise de dados O processo de análise de conteúdo é definido por Kerlinger (1980, p.353) como “a categorização, ordenação, manipulação e sumarização de dados”. Tem por objetivo reduzir grandes quantidades de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável. Podem ser: a) Análise estatística: mostra a relação entre variáveis por meio de gráficos, classificados por categorias e medidos por cálculos de parâmetros de média, mediana, quartis etc. b) Análise de conteúdo: para Roesch (1999, p.156) essa técnica tem como “propósito contar a freqüência de um fenômeno e procura identificar relações entre os fenômenos, sendo que a interpretação dos dados se socorre de modelos conceituados definidos a priori”. Segundo Bardin (1977), a organização da análise de conteúdo envolve três fases: pré-análise; exploração do material, também chamada de descrição analítica; e análise e interpretação dos resultados. c) Análise de discurso: tem como foco a linguagem utilizada nos textos escritos ou falados. Assim, essa técnica pode ser utilizada tanto para análise dos depoimentos e das falas dos entrevistados. Essa técnica segue os seguintes passos: identificação do repertório que envolve a transcrição das entrevistas, o isolamento das similaridades ou diferenças nas respostas e a classificação das abordagens por títulos. O passo seguinte é a análise e o exame dos repertórios, isto é, o texto e o conteúdo. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 21 3.8 REFERENCIAL TEÓRICO Em uma pesquisa é de fundamental importância que seja realizado um estudo a respeito do assunto que será abordado na pesquisa. Este pode ser baseado em livros, jornais, revistas, artigos, dissertações, teses, entre outros. 3.9 CRONOGRAMA Desde que se tenha tomado a decisão de realizar uma pesquisa, deve-se pensar na elaboração de um esquema que poderá ser ou não modificado e que facilite sua viabilidade. O esquema auxilia o pesquisador a conseguir uma abordagem mais objetiva, imprimindo uma ordem lógica do trabalho. Para que as fases da pesquisa se processem normalmente, tudo deve ser bem estudado e planejado, inclusive a obtenção de recursos materiais, humanos e de tempo. Deve ser elaborado um cronograma, determinando as etapas da pesquisa e o tempo necessário para cada uma delas. ATIVIDADES/PERÍODOS J F M A M J J A S O 1 Levantamento de literatura x 2 Elaboração do projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do relatório final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X 3.10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aqui deverão ser listados todo o material consultado, utilizado para a elaboração do trabalho. Elaboradas conforme a NBR 6023:2000. O ANEXO B apresenta as principais formas de referências. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 22 • Análise de pesquisas anteriores • Familiarização com o assunto • Reafirmação de alguma coisa • Leitura do material ▫ identificar as informações ▫ estabelecer relações com o problema proposto ▫ analisar consistência das informações 4. ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO ESTRUTURA ELEMENTO Pré-textuais Capa (obrigatória) Folha de Rosto (obrigatória) Ficha catalográfica (Obrigatória) Impressa no ante verso da folha de rosto Banca examinadora (obrigatória apenas nos trabalhos de conclusão de curso das graduações) Agradecimento (opcional) Dedicatória (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo (obrigatório) Listas (Gráficos, tabelas, símbolos, quadros, figuras, abreviaturas) (opcional) Sumário (obrigatório) Textuais Introdução Desenvolvimento Conclusão Pós-Textuais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Quadro 06: Estrutura e elementos do trabalho de conclusão de curso Um trabalho de conclusão de curso deve seguir as seguintes normas: • ABNT NBR 6023:2002 - Informação e documentação - Referências - Elaboração • ABNT NBR 6024:1989 - Numeração progressiva das seções de um documento - Procedimento • ABNT NBR 6027:1989 - Sumário - Procedimento • ABNT NBR 6028:1990 - Resumos - Procedimento • ABNT NBR 6034:1989 - Preparação de índice de publicações - Procedimento • ABNT NBR 10520:2002 - Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos • ABNT NBR 12225:1992 - Títulos de lombada - Procedimento • CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. 2. ed. São Paulo: FEBAB, 1983-1985. • IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993 4.1 RESUMO Item obrigatório, constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas, não ultrapassando 300 palavras. Trata-se da apresentação dos motivos que levaram à escolha do tema, objetivo do trabalho, o tratamento metodológico e os resultados alcançados. Contém as palavras-chave: palavras representativas do conteúdo do trabalho, sendo de 3 à 5 palavras, conforme ABNT NBR 6028. 4.2 ABSTRACT Elemento opcional, com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês ABSTRACT, em espanhol RESUMEN, em francês RÉSUMÉ, por exemplo). Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho,isto é, palavras- chave e/ou descritores, na língua. 4.3 SUMÁRIO METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 23 Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas do (s) respectivo (s) número (s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho, conforme a ABNT NBR 6027. O ANEXO D demonstra um exemplo de sumário. 1 SEÇÃO PRIMÁRIA Maiúscula com Negrito 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA Maiúscula sem negrito 1.1.1 Seção terciária Inicial maiúscula com negrito 1.1.1.1 Seção quaternária Inicial maiúscula sem negrito 1.1.1.1.1 Seção quinária Inicial maiúscula sem negrito Quadro 07: INDICATIVO DE SEÇÕES 4.4 ELEMENTOS TEXTUAIS 4.4.1 Introdução A Introdução deve estar apresentando o trabalho ao leitor, para isso deve conter os seguintes itens relatados: Contextualização, problematização, hipóteses, objetivos geral e específicos, justificativa, estrutura do trabalho. 4.4.2 Desenvolvimento Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. • CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A fundamentação teórica tem por base a pesquisa bibliográfica. • CAPÍTULO II – METODOLOGIA: Nesta etapa do trabalho científico, descrevem-se, principalmente, os métodos e os procedimentos que foram utilizados na pesquisa, permitindo aumentar a compreensão do estudo realizado e assegurando a réplica científica. • CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS: Elaboração dos dados, Análise e interpretação dos dados. Representação dos dados: tabelas, quadros ou gráficos. Verificar ANEXO E. 4.5 CONCLUSÃO A conclusão representa a parte final do texto, na qual verifica-se o alcance dos objetivos, respostas a problematização e a veracidade ou não das hipóteses estipuladas. Deve ser realizada de maneira objetiva e concisa. As recomendações convertem-se em sugestões práticas para a solução do problema de pesquisa, além de indicações para novas pesquisas que poderão ser realizadas para complementar o estudo em questão. 4.6 ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS • Referências: elemento obrigatório, elaborado conforme a ABNT NBR 6023 • Glossário: elemento opcional, explicação de palavras, elaborado em ordem alfabética • Apêndices: texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. • Anexos: texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 24 4.7 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS 4.7.1 Formato • Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm), digitados na cor preta. • No desenvolvimento do trabalho utilizar alinhamento justificado, recuo especial primeira linha, 1,5 cm, entre linhas 1,5. • Parágrafo: 6 pt depois de um para outro. • Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte Arial tamanho 12 para o texto 4.7.2 Margem • As folhas devem apresentar margem: • esquerda e superior de 3 cm; • direita e inferior de 2 cm. 4.7.3 Espaçamento • Todo o texto deve ser digitado com 1,5 de entrelinhas. • As citações longas, as notas, as referências e os resumos devem ser digitados em espaço simples. • Os títulos das seções devem ser separados do texto que os sucede por uma entrelinha dupla ou dois espaços simples. • As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço duplo. 4.7.4 Paginação • Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas. • A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual, ou seja, a partir da introdução, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha. 4.7.5 Citação Menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. Existem quatro definições para citação: • Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte; • Citação direta: transcrição textual do autor consultado; • Citação indireta: transcrição livre do autor consultado; • Citação de citação: transcrição direta ou indireta em que a consulta não tenha sido no trabalho original. As citações devem ser indicadas de acordo com o método autor-data ou numérico. A escolha fica a critério do pesquisador, que deverá escolher um desses métodos e adotá-lo consistentemente ao longo de seu trabalho. DIRETA INDIRETA CITAÇÃO DA CITAÇÃO • As transcrições com até três linhas permanecem no corpo do parágrafo; • As transcrições com mais de três linhas são destacadas com um recuo em relação à margem da esquerda; • Trata-se de um texto baseado na obra de um autor consultado. • Não é necessário o emprego das aspas duplas; • Paráfrase. • Ocorre quando há a referência a uma citação direta ou indireta de um texto do qual não se teve acesso ao original. • Apud. EXERCÍCIO PARA REVISÃO Observe as citações abaixo e correlacione as colunas: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 25 1. Citação direta; 2. Citação indireta; 3. Citação de citação. ( ) Severino (2010, p.15) aponta que: “Quando se pede o resumo de um texto, o que se tem em vista é a síntese das idéias do raciocínio e não a mera redução de parágrafos”. ( ) Minicucci (1987) define seminário como o lugar onde germinam as idéias lançadas. ( ) Segundo Warde (1990 apud ALVES-MAZZOTTI, 2003, p. 35) “o conceito de pesquisa se ampliou tanto que hoje tudo cabe: “os folclores, os sensos comuns, os relatos de experiência, para não computar os desabafos emocionais e os cabotinismos.” ( ) Eco (2009) esclarece em sua obra Como se faz uma tese, que existem alguns tipos de fichamento, como: o fichamento bibliográfico e o de leitura. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 26 BOM TRABALHO A TODOS FAÇAM COM ATENÇÃO E DEDICAÇÃO E ....... NÃO SE DESESPEREM.... ESTAMOS AQUI PARA TE AJUDAR!!!! ATIVIDADE Desenvolver citações utilizando o texto “Como Fazer um TCC nota 10”: • Citação indireta - no começo da frase • Citação direta longa - usado no final de frases. • Fazer referencia do artigo. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1995. LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de filosofia. SP: Martins Fontes, 1999. p. 155. SOARES, José Joaquim. Metodologia do trabalho científico. Disponível em: <www.jjsoares.com/ media/.../Pesquisa%20_Científica_novo.doc> METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 27 ANEXOS METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 28 ANEXO A – Modelo de Projeto de Pesquisa MODELO PROJETO TCC 2010 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 29 AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA CURSO: ........................................................................................ (fonte Arial, tamanho 12, maiúsculo, em negrito) TÍTULO DO TRABALHO (colocado a 11,7 cm da borda superior) (fonte Arial, tamanho 12, maiúsculo, em negrito) Autor (colocado a 14,6 cm da borda superior) Orientador (a): (fonte Arial, tamanho 12, em negrito) CIDADE/ANO (fonte Arial, tamanho 12, maiúsculo, em negrito) METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 30 AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENACURSO: ........................................................................................ (fonte Arial, tamanho 12, maiúsculo, em negrito) TÍTULO DO TRABALHO (colocado a 11,7 cm da borda superior) (fonte Arial, tamanho 12, maiúsculo, em negrito) Autor (colocado a 14,6 cm da borda superior) Orientador (a): “Trabalho apresentado como avaliação da disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica”. (fonte Arial, tamanho 12, sem negrito, alinhamento justificado, deslocamento de 8 cm da margem esquerda) CIDADE/ANO METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 31 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 2. JUSTIFICATIVA, PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES....................... 3. OBJETIVOS....................................................................................................... 3.1 GERAL........................................................................................................ 3.2 ESPECÍFICOS............................................................................................. 4. METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................. 5. REFERENCIAL TEÓRICO 6. CRONOGRAMA............................................................................................... REFERÊNCIAS..................................................................................................... (Tamanho 12, fonte Arial em negrito os títulos – subtítulo sem negrito) METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 32 1. INTRODUÇÃO (Tamanho 12, em negrito, fonte Arial para todos os Títulos) Introdução é a apresentação rápida do assunto abordado e seu mérito. É uma seção na qual se aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta vender-lhe o projeto. A introdução constitui-se no primeiro capítulo do trabalho, onde é contextualizado o tema de estudo. O tema é o assunto que se deseja revisar, investigar, comprovar, etc. 2. JUSTIFICATIVA, PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES Justificar é oferecer razão suficiente para a construção de um determinado trabalho. Responde a pergunta por que fazer o trabalho, procurando os antecedentes do problema e a relevância do assunto/tema, argumentando sobre a importância prático teórica, colocando as possíveis contribuições esperadas. É adequado terminar com a formulação do problema, sob a forma de pergunta. Problematização é a transformação de uma necessidade humana em problema. Segundo Popper (1975), toda discussão científica deve surgir com base em um problema ao qual se deve oferecer uma solução provisória a que se deve criticar, de modo a eliminar o erro. É uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa. 3. OBJETIVOS Refere-se a indicação do que é pretendido com a realização do estudo ou pesquisa e quais os resultados que se pretende alcançar. Define o que se quer fazer na pesquisa. Os objetivos devem ser redigidos com verbos no infinitivo, exemplo: caracterizar, identificar, compreender, analisar, verificar. 3.1 GERAL (sem negrito tamanho 12) Procura dar uma visão global e abrangente do tema, definindo de modo amplo, o que se pretende alcançar. Quando alcançado dá a resposta ao problema. 3.2 ESPECÍFICOS (sem negrito tamanho 12) METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 33 Tem função intermediária e instrumental, ou seja, tratam dos aspectos concretos que serão abordados na pesquisa e que irão contribuir para se atingir o objetivo geral. É com base nos objetivos específicos que o pesquisador irá orientar o levantamento de dados e informações. 4. METODOLOGIA DA PESQUISA Metodologia significa estudo do método. Método é um procedimento, ou um conjunto de processos necessários para alcançar os fins de uma investigação. Envolve a definição de como será realizado o trabalho. Nesta etapa do trabalho científico, descrevem-se, principalmente, os métodos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa, permitindo aumentar a compreensão de estudo a ser realizado e assegurando a réplica científica. Em um trabalho teórico - empírico a metodologia deve apresentar: 4.1 TIPO DE PESQUISA 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA Nesta etapa deve ser definida a população e a mostra. População é entendida como um conjunto de elementos que possui as características desejáveis para o estudo. A amostra é uma parte escolhida, segundo critérios de representatividade, na população. 4.3 PROCEDIMENTO DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS Na coleta de dados, deve-se informar como se pretende obter os dados necessários para a pesquisa. Deve-se correlacionar os objetivos aos meios para alcançá-los, bem como justificar a adequação de um e outro. 4.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Neste ponto do trabalho científico, para assegurar a validade dos instrumentos de coleta de dados, durante sua elaboração, deve ser verificada a compatibilidade dos objetivos específicos de pesquisa. 4.5 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS Neste item, os dados coletados na pesquisa de campo devem ser apresentados, demonstrados, discutidos e argumentados. Pode-se relacionar, ligar ou integrar esses comportamentos, sem ainda concluir. Os resultados da pesquisa normalmente são apresentados na METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 34 mesma ordem dos objetivos específicos Deve-se cuidar para não fazer conclusões, isto é, não diagnosticar e prescrever, visto que este procedimento deve figurar na conclusão. 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica tem por base a pesquisa bibliográfica. Segundo Macedo (1996, p.13): “Trata-se do primeiro passo em qualquer tipo de pesquisa científica, com o fim de revisar a literatura existente e não redundar o tema de estudo ou experimentação.” Portanto, a “revisão bibliográfica” ou “revisão de literatura” consiste numa espécie de “varredura” do que existe sobre um assunto e do conhecimento dos autores que tratam desse assunto, a fim de que o estudioso “não reinvente a roda”. Nesta fundamentação, devem-se considerar, principalmente, as teorias clássicas ou de base e os últimos cinco anos da produção científica nacional e internacional. 6. CRONOGRAMA REFERÊNCIAS Nessa parte são exibidos os livros, sites, revistas, enfim, todo o material que foi consultado para elaboração do trabalho. Deve ser elaborado de acordo com as normas da ABNT, verificar manual de TCC 2010. Exemplos: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR NBR 14724 Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. SEVERINO, Antonio Joaquim. 22º ed. Ver. E ampl. De acordo com a ABNT – São Paulo: Cortz, 2002. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 35 ANEXO B: MODELOS DE REFERÊNCIAS LIVROS (NO TODO) a) Um autor SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Edição (se houver). Local: editora, ano. Exemplo: OLIVEIRA, P. S.de. Introdução à sociologia. 18. ed. São Paulo: Ática, 1998. b) Até três autores Procede-se da mesma forma, separando os nomes por vírgula. Exemplo: SÁTIRO, A; WUENSCH, A. M. Pensando melhor: iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 1997. c) Mais de três autores Menciona-se o primeiro seguido da expressão et al. Exemplo: ALTAMIRO, J. S. et al. A metodologia do ensino na graduação. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1988. d) Entidades coletivas Em geral entra-se pelo nome da entidade em caixa alta. Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. BibliotecaCentral. Normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 2000 CONSIDERADOS EM PARTE a) Quando o autor do capítulo destacado é o mesmo da obra SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título da parte. In: Título da obra. Edição. Local: Editora, ano. Capítulo, pag. inicial – final da parte. Exemplo: CATANI, D. B. et al. História, memória e autobiografia na pesquisa educacional e na formação. In: Docência, memória e gênero. São Paulo: Escrituras, 1997. p. 13-24. b) Autor da obra difere do autor do capítulo SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE, Prenomes. Título da parte. In: SOBRENOME DO AUTOR da obra, prenomes. Título da obra. Local: Editora, ano. pág. inicial-final da parte. O volume, se houver, é indicado após a referência do ano. Exemplo: SAMANTHA, J. M. A vida dos silvícolas no sul do Brasil. In: GOMES, L. A. Antropologia brasileira. 11. ed. Rio de Janeiro: Cultura, 1981. p. 30-40. c) Obra em vários volumes em que se referencia apenas um METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 36 No caso de obra em vários volumes e sendo referenciado apenas um volume, que tenha título próprio, este deve ser transcrito após a indicação do número dos volumes. Exemplo: RODRIGUES, S. Direito civil. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 1989. 7 v. v. 5: Direito das coisas. d) O título da parte não é destacado Exemplo: FERNANDES, F. Mudanças sociais no Brasil. São Paulo: Difusão Européia, 1974. p. 117-164. DICIONÁRIOS Exemplo: AULETE, C. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5 v. ATLAS Exemplo: MOURÃO, R. R. de F. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984. 175 p. TESES, DISSERTAÇÕES, MONOGRAFIAS E TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Local, ano. Tese, dissertação, monografia ou trabalho acadêmico (grau e área) - Unidade de ensino, Instituição. OBS: por grau entende-se: doutorado, mestrado, especialização ou graduação. Por área entende-se: saúde, educação, tecnologia ... Exemplo: TRAJANO, J. Avaliação de fatores que interferem nas cheias da bacia do Vale do Rio Itajaí . Blumenau, 1994. Dissertação (Mestrado em Engenharia ambiental). Coordenadoria de Pós-Graduação, Universidade Regional de Blumenau. REVISTAS E JORNAIS Em revistas e jornais não se coloca a editora; porém, quando houver, coloca-se depois da cidade, separada por dois pontos, a instituição ou órgão responsável. É o caso de publicações de universidades, do IBGE e de órgãos públicos. a) Considerados no todo Exemplo 1: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1980. Exemplo 2: VEJA. São Paulo: Abril, v. 31, n. 1, jan. 1998. Exemplo 3: FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo, out. 1997. b) Artigos de revistas • Com autor SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial-final do artigo, data. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 37 Exemplo: RODRIGUES, M. A estrutura do conhecimento. Enfoque. São Paulo, v. 11, n.1, p. 51-59, jan. 1983. • Sem autor Inicia-se com o título do artigo, colocando-se a primeira palavra em letras maiúsculas. Os demais elementos como no caso anterior, com autor. Exemplo: METODOLOGIA do índice nacional de preços ao consumidor – NPC. Revista brasileira de estatística, Rio de Janeiro: IBGE, v. 41, n. 162, p. 323-330, abr/jun. 1980. c) Artigos de jornal • Com autor SOBRENOME, Prenome do autor do artigo. Título do artigo. Título do jornal, local, data (dia, mês, ano). Caderno, seção ou suplemento e, página inicial – final do artigo. Exemplo: NASSIF, L. A Modernização da construção civil. Folha de São Paulo, 3 out. 1997. Cad. 2, p. 3, c. 1. • Sem autor Mesmo procedimento usado para artigos de revista sem autor. Exemplo: EMPRESAS reduzem tarifas em Brasília. Folha de São Paulo, 3 out. 1997. Cad. 2, p. 3. CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, SIMPÓSIOS, WORKSHOP, JORNADAS E OUTROS EVENTOS CIENTÍFICOS. NOME DO CONGRESSO. n.º , ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título. Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volume. NOTA: Quando se tratar de mais de um evento, realizados simultaneamente, deve-se seguir as mesmas regras aplicadas a autores pessoais. • Jornadas Exemplo: JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18, JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL, 8, 1996, Rio de Janeiro. Livro de Resumos do XVIII Jornada de Iniciação Científica e VII Jornada de Iniciação Artística e Cultural. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. 822 p. • Reuniões Exemplo: ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF INTERNACIONAL LAW, 65, 1967, Washington. Proceedings... Washington: ASIL, 1967. 277 p. • Conferências Exemplo: CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 11, 1986, Belém. Anais... [s.1.]: OAB, [1986?]. 924 p. • Workshop Exemplo: WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO, 1, 1995, São Paulo. Anais... São Paulo: ICRS, USP, 1995. 39 p. METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 38 • Relatórios oficiais Exemplo: COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Departamento de Pesquisa Científica e Tecnológica. Relatório. Rio de Janeiro, 1972. Relatório. Mimeografado. • Relatórios técnico-científicos Exemplo: SOUZA, U. E. L. de; MELHADO, S. B. Subsídios para a avaliação do custo de mão-de-obra na construção civil. São Paulo: EPUSP, 1991.38p. (Série Texto Técnico, TT/PCC/01). RELATÓRIOS Exemplo: UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU. Relatório da Reitoria – 1997. Blumenau, 1998. PALESTRAS, CONFERÊNCIAS Exemplo: BARUFFI, H. Epistemologia jurídica. Conferência proferida na Faculdade de Direito de Dourados, 17 ago. 1997. ATAS Exemplo: UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU. Conselho Universitário. Ata da reunião realizada no dia 14 de agosto de 1997. Livro n.º 04, p. 1-3. ENTREVISTAS a) Não publicadas Exemplo: GADOTTI, M. Entrevista concedida pelo Diretor do Instituto Paulo Freire. São Paulo. Balneário Camboriú, 1997. b) Publicadas Exemplo: SANTOS, R. Mendicância. Veja. São Paulo, n. 45, 4 abr. 1993. Entrevista. REFERÊNCIA LEGISLATIVA a) Acórdãos, decisões e sentenças das cortes ou tribunais NOME DO LOCAL (País, Estado ou Município). Nome da Corte ou Tribunal. Ementa ou Acórdão. Tipo e número do recurso (agravo de instrumento, de petição, apelação civil, criminal, embargos, habeas-corpus, mandado de segurança...), partes litigantes. Nome do relator. Data do acórdão (quando houver). Indicação da publicação que divulgou o acórdão, decisão...). Voto vencedor e voto vencido. Exemplo: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição n.º 410. Estados Unidos da América e José Antônio Fernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. 21 de março de 1984. Revista trimestral de jurisprudência, [Brasília], v. 109, p. 870-879, set. 1984. b) Leis, decretos, portarias METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA 39 NOME DO LOCAL (País, Estado ou Município). Título (especificação da legislação, n.º e data). Ementa. Indicação da Publicação Oficial. Exemplo: BRASIL. Decreto-Lei n.º 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial [da União], Brasília, 8 abr. 1988, v. 126, n. 66, p. 6009. c) Pareceres, resoluções, ... INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL. Parecer, resolução...data. Ementa. Relator ou consultor: Nome. Referência da publicação. Exemplo: BRASIL. Consultoria Geral da República. Parecer n.º H – 837