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ELIANA MENDES DA SILVA – RA 01530005220 ISAC BERNARDO DE ARAÚJO – RA 61010003711 GENEROSO BARROS DE ARRUDA – RA 61010003590 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 5º/ 6º SEMESTRE DOSIMETRIA DA PENA CAMPO GRANDE – MS Novembro/2017 ELIANA MENDES DA SILVA -- RA 01530005220 ISAC BERNARDO DE ARAÚJO – RA: 61010003711 GENEROSO BARROS DE ARRUDA – 61010003590 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 5º/ 6º SEMESTRE DOSIMETRIA DA PENA Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina de APS do curso de Direito na Faculdade Campo Grande – FCG. Prof. Drº CAMPO GRANDE – MS Novembro/2017 QUANTO AO RÉU JOSÉ DA SILVA “ZÉ PEQUENO” FIXAÇÃO DA PENA BASE- Art.59 CPB Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE A PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL deduzida na denúncia para CONDENAR JOSÉ DA SILVA devidamente qualificado nos autos, como incurso nas penas do artigo 121, § 1º e § 2º, inciso III do Código Penal. Atento às diretrizes dos artigos 59 e 68 do CPB, passo à individualização da pena: Em análise da culpabilidade, concluo que o resultado estava dentro da esfera de previsibilidade do réu, sendo pessoa imputável. Sua conduta foi deveras reprovável uma vez que planejou o crime dissimuladamente, agindo de uma maneira que impossibilitou qualquer chance de defesa da vítima encurralando-a e empregando gasolina na mesma. Sobre os Antecedentes criminais, existe registro de que o réu é acusado de um furto cominado com tráfico de drogas, porém o processo ainda não terminou, e estando o processo ainda em andamento, ele não tem antecedentes criminais. Portanto o réu é portador de antecedentes neutros. A conduta social do réu é favorável, poiso mesmo é bem quisto por seus familiares e conhecidos, tratando-os bem, prestativa e cordialmente, e sendo o mesmo formado em engenharia presta serviços voluntários no Asilo da cidade. A sua personalidade é boa, pois sua esposa descreve-o como pessoa pacífica e gentil, sendo também o réu conhecido por seus colegas por ter um temperamento calmo. O Motivo do crime é neutro, tendo em vista que tal fato é inerente ao dolo do tipo, e por si só não justifica a exasperação da pena. As Circunstâncias não são favoráveis ao réu, o crime possui 2 qualificadoras, uma delas é que o mesmo agiu com dolo intenso ao cometer o crime ateando fogo no seu cunhado enquanto ria loucamente de alegria. As Consequências do crime é neutro, pois, há desconhecimento de desamparo material da família da vítima. O Comportamento da vítima é neutro, pois tal fato é característico do crime. Como a maioria das circunstâncias judicias neutras deve-se aproximar do termo médio, porém o resultado da pena base deu bem próximo da média que é de 4 anos 2ª FASE DA DOSIMETRIA DA PENA Agravantes e Atenuantes I) - Atenuantes: 1) O réu é menor de 21 anos. 2) O agente é réu confesso, pois durante o interrogatório ele confessou, espontaneamente, a prática de furto e informou também, que já foi definitivamente condenado por receptação em 29-02-2010 (antes da prática do presente delito), cumprido em regime aberto e que ainda responde a dois processos por furto, sendo que foi condenado definitivamente por um deles em 01-02-2011(após a prática do presente delito). E conforme consta no art. 65, caput, CP: São circunstâncias que sempre atenuam a pena: Inciso I- Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato. Inciso III- Ter o agente: d- Confessado espontaneamente, perante a autoridade a autoria do crime; II) - Agravantes: 1) O réu é irmão da vítima, e conforme consta no art. 61, caput, II,"e" Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: II - Ter o agente cometido o crime: e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 2) O réu é reincidente porque conforme consta no seu depoimento o mesmo já foi definitivamente condenado por receptação em 20-02-2010 (antes da prática do presente delito), o qual cumpriu em regime semiaberto. Reincidência consta no art. 61, inciso I e art. 63 caput, CPB Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: I - A reincidência Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Desse modo fixada a pena-base e após avaliação das atenuante e agravantes, verifica-se: Ambrosino tem: Duas atenuantes, sendo uma simples e outra preponderante, nas quais são: 1- Menoridade (preponderante) 2- Confissão (simples) Duas agravantes uma simples e outra preponderante que são: 1- Irmão da vítima (simples) 2- Reincidência (preponderante) III) - Agravante simples x atenuante simples: a pena não deve sofrer alteração na 2ª fase Agravante simples x atenuante preponderante: a atenuante anula a agravante a pena deve ser reduzida se possível na 2ª fase. Agravante preponderante x atenuante simples: a agravante anula a atenuante a pena deve ser elevada se possível na 2ª fase. Atenuante preponderante x Agravante preponderante: anulam-se = a pena não deve sofrer alteração na 2ª fase. Após observados e analisados todos os elementos necessários para aplicação da 2ª fase da Dosimetria da pena presentes no caso concreto concluem-se que: a fixação da pena do réu Ambosino não deve sofrer alteração na 2ª fase. Permanecendo a pena base de 5 anos. FIXAÇÃO DA PENA DEFINITIVA MAJORANTES E MINORANTES Observando as causas de aumento do parágrafo segundo do art. Art.155, em que o crime foi praticado durante repouso noturno, motivos pelo que a pena aumenta de um terço até a metade, a tornando definitiva em 6 (seis) anos 6 (seis) meses e 6 (seis) dias de reclusão e 10 (dez) dias-multas na razão de 1/30 do salário mínimo por dia-multa. 60:3=20 ------------- 60+20=80--------------80:12= 6.66 Para regime de cumprimento da pena privativa de liberdade acima aplicada, fixo o fechado considerando as circunstâncias judiciais favoráveis ao acusado, nos termos do art. 33, §1º, a, do CPB. Não é cabível, na espécie A SUBSTITUIÇÃO POR PENA RESTRITIVA DE DIREITOS E O SURSIS, nos termos do art. 77 e 44 do CPB, em face à quantidade da pena. Atendendo ao disposto no art. 33, caput, §1º, alínea “a” fixo a pena no regime fechado a execução da pena em estabelecimento de Segurança máxima ou média. Levando em consideração a situação econômica do réu, sendo ele pobre, fixo o valor mínimo da pena de multa. Condeno o réu ao pagamento de 10 dias multa: R$ 880,00 divido por 10 dias = R$ 29,3 x10 = R$ 293,30 (duzentos e noventa e três reais e trinta centavos), num total equivalente a R$ 2.933,00, a serem recolhidos aos cofres do FUPEN, sendo possível dividir esse valor em 10 (dez) parcelas mensais, tendo em vista a situação econômica do condenado. BIBLIOGRAFIA: NUCCI, Guilherme de Souza. Página 469 Código Penal Brasileiro: artigos