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VERTEBRADOS ATIVIDADE CONTINUADA RECURSO DE ESTUDO

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO SUPERIOR EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ATIVIDADE CONTINUADA – RECURSO DE ESTUDO
Zoologia de Vertebrados
Prof.: Alexandre Christoff
AMANDA JANINE PETRY
Canoas, 2018.
1) Qual o mecanismo de percepção de som encontrado em Osthariophysi? Descreva brevemente este sistema e que nome recebe?
O aparelho de Weber. Esse aparelho consiste na modificação das primeiras vértebras e a conexão de ossículos na bexiga natatória, transmitindo qualquer vibração para o ouvido interno e com isso melhorando bastante a audição dos peixes desse grupo.
2) As nadadeiras representam elementos hidrofólicos importantes que aplicam pressão sobre a água. Considerando os diferentes tipos de nadadeiras, qual a função exercida por cada nadadeira citada abaixo.
	A) impares na linha mediana (dorsal e anal) - Proporcionam direção e equilibro. 
	B) pares - Proporcionam “remo”, puxam a água para trás.
	C) caudal Proporciona impulso e dá velocidade aos movimentos do peixe.
3) Cite três sinapomorfias de Amphibia (Lissamphibia).
 	Opérculo ­ elemento ósseo ligado à columela e cintura peitoral ­ ouvido médio;
	Glândulas de veneno na pele;
	Dentição pedicelada;
4) Que traços relacionados à locomoção saltatorial vista nos anuros atuais já podem ser evidenciadas em Triadobatracos sp. grupo irmão de Anura?
	Um corpo mais comprido com mais vértebras e vértebras separados na sua cauda (enquanto que nas rãs modernas, as vértebras da cauda são fundidas). A tíbia e a fíbula não estão fundidas, mas separadas, o que torna provável que Triadobatrachus não tenha sido um saltador eficiente. A presença do uróstilo nos anuros é uma adaptação esquelética para a fixação da musculatura adaptada para o salto.
5) Como se pode distinguir um Pleurodira de um Cryptodira quando se compara o esqueleto do crânio, considerando a posição do tendão adutor externo?
	Nos Cryptodira, o processo troclear é formado pela superfície cranial da própria cápsula ótica, enquanto nos Pleurodira é formado por um processo lateral do pterigóide. A fusão da cintura pelvina à carapaça e ao plastrão distingue ainda mais os Pleurodira dos Cryptodira, que têm uma sutura ligando o casco à cintura.
6) Qual a espécie de Dipnóico que ocorre na América do Sul?
	Lepidosiren paradoxa – popularmente conhecido como Piramboia
7) Os Testudines são amplamente reconhecidos como um grupamento monofilético com registro fóssil no final do Triásico. Cite sinapomorfias de Testudines?
	Costelas fundidas ao casco, membrana limitante posterior, ausência de dentes e patas localizadas dentro das costelas, o crânio considerado anapsida, sem fenestras ou aberturas temporais, mandíbula e maxila são recobertas por lâmina córnea, algumas espécies possuem palato secundário parcial, vértebras soldadas na carapaça e costelas fusionadas no esqueleto pós-crânio axial, todos são ovíparos e nenhum exibe cuidados parentais aos filhotes.
REFERÊNCIA
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B.. A vida dos vertebrados. Coordenação editorial da edição brasileira Ana Maria de Souza; tradutores Ana Maria de Souza, Paulo Auricchio. — 4. ed. — São Paulo : Atheneu Editora, 2008.
SQUAMATA – “Lagartos”
Os Squamata empregam uma variedade de sinais visuais, auditivos, químicos e táteis nos comportamentos que utilizam para manter os territórios e para escolher os parceiros sexuais. Cite exemplos para cada uma dos comportamentos, identificando o grupo e o modo de identificação.
Os lagartos são animais adaptáveis que ocupam habitats que variam de pântanos a desertos e até mesmo acima da faixa de florestas, em algumas montanhas. Muitas espécies são arborícolas e as mais especializadas, freqüentemente, são achatadas lateralmente e, muitas vezes, possuem projeções peculiares do crânio e do dorso, que ajudam a obscurecer seu contorno. Os camaleões do Velho Mundo (Chamaeleonidae) são os lagartos arborícolas mais especializados; suas mãos e pé zigodáctilos (dígito unido) agarram-se firmemente nos galhos e a cauda preênsil proporciona uma segurança adicional. A língua e o aparelho hióideo são especializados e a língua pode ser projetada para a frente, a uma distância superior ao comprimento do corpo,para capturar insetos que aderem à sua extremidade pegajosa. Esse mecanismo de alimentação requer boa visão. Os olhos do camaleão estão elevados em pequenos cones e são movidos de forma independente. Quando o lagarto está em repouso tem uma visão de sua vizinhança, um inseto é localizado, ambos os olhos se fixam nele e uma aproximação cautelosa leva o lagarto a uma posição de captura. Muitas espécies de lagartos vivem em praias, mas poucas espécies realmente entram na água. Uma exceção é o Iguana marinho das ilhas de Galápagos que alimentam-se de algas. A maioria dos lagartos de grande porte é herbívora. Tendo como exceção Varanidae são predadores ativos que se alimentam de uma variedade de vertebrados, incluindo aves e mamíferos, e invertebrados,
SERPENTES
Os diferentes tipos de dentição em serpentes possibilitam a diferenciação das espécies peçonhentas das não-peçonhentas. As serpentes podem apresentar quatro tipos de dentição: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa.
Dentição áglifa - dentição que apresenta os dentes iguais, não apresenta nenhum sulco ou canal para inoculação de veneno. Não apresentam perigo algum. Serpentes com esse tipo de dentição não são peçonhentas e matam suas presas por meio de constrição. Esses dentes são especializados para segurar a presa para que não escape na hora que vai se alimentar.
Exemplos: jibóia, sucuri.
Dentição opistóglifa - tipo de dentição que apresenta o dente inoculador posicionado na região posterior do maxilar
Superior. O dente não possui um canal interno e sim uma parte escavada, como uma calha por onde o veneno escorre penetrando na vitima ou presa. Este tipo de serpente com este tipo de dentição são chamadas de semi-peconhentas. Em caso de acidentes elas provocam uma sintomatologia, semelhante ao da jararaca, apresentando edema importante, como tempo de coagulação não se altera.
Exemplos: cobracipó, cobra verde, coral falsa.
Dentição proteróglifa - dentição não muito eficiente, o dente inoculador não possui um orifício bem definido e assemelhasse a uma agulha hipodérmica. Esta localizada na parte anterior do maxilar superior sendo pequeno e fixo.
Exemplo: as corais verdadeiras, as najas, mambas e serpentes marinhas.
Dentição solenòglifa - tipo de dentição de serpente peçonhenta sendo altamente especializado. O mais eficiente dos dentes das peçonhentas. O dente inoculador possui um canal interno por onde o veneno passa, sendo introduzido pra dentro da vitima, como uma injeção intramuscular. Esse dente é projetado pra frente na hora do bote devido a sua estrutura craniana, onde em alguns ossos existe articulações que direciona a presa para frente, sendo retraídoquando o animal volta a sua posição normal.
ExemploS: jararaca ,surucucu, cascável.
Caracterizar a anatomia craniana de Serpentes. Verifique a posição dos dentes inoculadores, qual sua posição com relação ao osso maxilar?
Mudanças relacionadas com as estruturas do crânio e das maxilas. Ocorreu a perda da barra temporal inferior e do osso quadradojugal, essas modificações contribuíram para o desenvolvimento de um grau considerável de cinetismo. A fenda entre o quadrado e o julgal alargou-se e a sutura entre os ossos frontal e parietal do teto do crânio, tornou-se mais reta mais parecida com uma articulação. A flexibilidade do crânio foi aumentada ainda mais por meio da perda da segunda barra temporal, conectava os ossos pósorbital e esquamosal. Serpentes possuem crânios extremamente cinéticos que permitem movimentos amplos ligações pareadas que atuam independentes. Os dois ramos da mandíbulas são conectadas apenas por músculos e tegumento, podem expandir-se lateralmente e mover-se para frente e paratrás independentes.
 Mandíbulas frouxamente conectadas e tegumento flexível da garganta permitem que extremidades das mandíbulas se separem ,assim a parte mais larga da presa passa ventralmente à articulação da mandíbula. Os dentes mandibulares e pterigóideos de umdos lados da cabeça são cravados na presa e a cabeça sofre rotação, deslocando a maxila oposta para frente, em quanto à mandíbula é protraída e prende a presa ventralmente. Esse processo repete-se até puxar toda a presa para dentro da boca. Tipo de dentição opistoglifa que apresenta o dente inoculador posicionado na região posterior do maxilar superior.
As especializações locomotoras das serpentes refletem diferenças em sua morfologia, associadas com diferentes modos de predação (discutidos na seção seguinte) e com as propriedades dos substratos sobre os quais se movem. Caracterize os tipo de especializações locomotoras registradas em serpentes.
As especializações locomotoras das serpentes refletem diferenças em sua morfologia, associadas com diferentes modos de predação (discutidos na seção seguinte) e com as propriedades dos substratos sobre os quais se movem. 
Locomoção serpentina ou ondulação lateral – o corpo se move em uma série de curvas. As curvas podem ser irregulares, como mostrado na ilustração de uma serpente rastejando através de uma prancha dotada de pinos fixos. Cada curva é pressionada para trás; os pinos contra os quais a serpente está exercendo força estão indicados por pontos pretos. As linhas numeradas de 1 a 7 estão separadas por intervalos de 3 polegadas (7,6 centímetros) e a posição da serpente está mostrada em intervalos de um segundo. 
Locomoção retilínea – é utilizada primariamente por serpentes de corpo pesado. Seções alternadas da superfície ventral são levantadas do solo e puxadas para frente por músculos que se originam nas costelas e se inserem
Reprodução em SQUAMATA
Os Squamata apresentam uma variedade de modos reprodutivos, desde a oviparidade (o desenvolvimento ocorre fora do corpo da fêmea e é sustentado inteiramente pelo vitelo lecitotrofia) até a viviparidade(os ovos são retidos nos ovidutos e o desenvolvimento é sustentado pela transferência de nutrientes da mãe para os embriões - matrotrofia). Condições intermediárias incluem a retenção dos ovos por um período após terem sido fertilizados e a produção de filhotes precociais nutridos primaria mente pelo material vitelínico ( A Vida dos Vertebrados, 2008). A viviparidade é, geralmente, uma estratégia e produtiva de alto investimento. Em geral, as fêmeas de Squamata vivíparos produzem números relativamente pequenos de jovens de grande porte, embora existam exceções a essa generalização. A viviparidade não está uniformemente distribuída entre as linhagens dos Squamata. Quase metade das origens da viviparidade no grupo ocorreu na família Scincidae, enquanto é desconhecida nos lagartos Teiidae e ocorre em apenas dois gêneros de Lacertidae. Como modo de reprodução, a viviparidade tem vantagens e desvantagens. O benefício mais comumente mencionado da viviparidade é a oportunidade que ela oferece, a uma fêmea de serpente ou lagarto, de utilizar seu próprio comportamento de termorregulação para controlar a temperatura dos embriões durante o desenvolvimento.
Geralmente, as espécies de Squamata de grande porte produzem mais ovos ou embriões que as espécies de pequeno porte e, dentro de uma espécie, os indivíduos maiores, frequentemente, têm mais ovos/filhotes por ninhada que os menores. Nos Squamata, espécies em que todos os indivíduos são fêmeas (partenogenéticas) foram identificadas em seis famílias de lagartos e uma de serpente. O fenômeno é particularmente comum nos Teiidae (especialmente em Aspidoscelis, anteriormente Cnemidophorus) e nos Lacertidae (Lacerta) e ocorre em várias espécies de lagartixas. Espécies partenogenéticas são conhecidas ou suspeita-se da sua ocorrência entre os Chamaeleonidae, Agamidae, Xantusiidae e Typhlopidae. Entre tanto, a partenogênese, provavelmente, está mais difundida entre os Squamata do que essa lista indica porque espécies partenogenéticas não apresentam diferenças conspícuas das espécies bissexuadas.
Acredita-se que seja resultado de hibridização, na maioria dos caso determinação de sexo dependente de temperatura e genética. Serpentes apenas determinação genética.
REFERÊNCIA
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B.. A vida dos vertebrados. Coordenação editorial da edição brasileira Ana Maria de Souza; tradutores Ana Maria de Souza, Paulo Auricchio. — 4. ed. — São Paulo : Atheneu Editora, 2008.
1) Construam uma breve argumentação sobre a capacidade de voo em Archaeopteryx sp.
Archaeopteryx lithographica 
Archaeopteryx foi o último sobrevivente relicto que era contemporâneo de muitas espécies típicas de aves, e se a finagranulometria da argila da formação Solnhofen não tivesse preservado de modo fidedigno a impressão das penas de Archaeopteryx esse poderia realmente ser confundido com um pequeno dinossauro. No entanto, muitas evidências sugerem que Archaeopteryx era capaz de voar: as proporções do seu esqueleto eram semelhantes às de algumas aves amais que voam; o número de rêmiges primárias e secundárias era idêntico ao das aves atuais; a assimetria de suas rêmiges é como aquela observada nas aves voadoras amais; e a fúrcula era grande. O sétimo espécime de Archaeopteryx revela uma característica, não visível nos fósseis conhecidos anteriormente - um esterno retangular que era associado, provavelmente, a fortes músculos de vôo. Resumindo, estas características são consistentes com a idéia de que Archaeopteryx era uma ave voadora (Martin 1983; Rayner 1988).
2) Utilizando o material enviado construa um resumo sobre a origem do voo.
O Objetivo dessa atividade é de estabelecer uma leitura de seu material de estudo, visando ampliar nosso conhecimento sobre essa característica nas aves.
De acordo com essa visão, os ancestrais do Archaeopteryx eram trepadores arborícolas, que pulavam de galho em galho e de árvore em árvore, de modo muito semelhante ao utilizado por alguns esquilos, lagartos e macacos. 
De acordo com essa hipótese, a evolução de formas voadoras passou de estágios planadores, seguidos de estágios intermediários - tal como Archaeopteryx, no qual o planeio era auxiliado por um débil vôo batido - até os voadores com vôo batido totalmente desenvolvido. A hipótese arbórea recebe um impulso a partir de descrição de um novo dromeosauro da China, Microraptor gui, com penas sobre os membros dianteiros e traseiros e um tufo de penas na extremidade da cauda (Xu et al. 2003). O fato mais marcante é que as penas eram assimétricas semelhantes às penas das aves viventes. Xu propôs que Microraptor tinha uma cintura e que as penas dos membros traseiros eram um caráter ancestral dos dromeossauros proto-aves e que foram perdidas posteriormente na evolução das aves. (As aves viventes têm as extremidades). Um espécime de Archaeopteryx, que foi erroneamente identificado como um Coelurosauria proto-ave, por mais de 100 anos, revelou alguns detalhes da mão e do pé, desconhecidos anteriormente, o que levou a uma modificação da teoria cursora. Alguns elementos da mão estão extremamente bem preservados nesse espécime e mostram as garras córneas nos dedos 1 e 3. Essas garras assemelham-se às de uma ave de rapina. 
As similaridades na morfologia de mão, metacarpo, antebraço, úmero e aparelho peitoral de Archaeopteryx e de vários dromeossauros podem mostrar que ambos usavam os membros dianteiros para capturar as presas. O membrodianteiro e o ombro de Archaeopteryx não foram muito modificados estruturalmente em relação à condição esquelética dos dromeossauros, e Archaeopteryx difere de todas as outras aves conhecidas pela ausência de diversas características críticas para o vôo batido - carpometacarpo fundidos, articulações do punho e do cotovelo limitadas, coracóides modificados e um esterno laminar com quilha (Jenkins 1993). Na verdade, as únicas características esqueléticas do Archaeopteryxque sugere o vôo é a fúrcula bem desenvolvida (osso da sorte) e a posição lateral da fossa glenóide que permite os movimentos para-cima e para-baixo dos membros peitorais. Essas duas características estão presentes nos dromeossauros proto-aves, e os Archaeopteryx parecem ter sido melhor adaptados para a predação do que para o vôo.
REFERÊNCIA
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B.. A vida dos vertebrados. Coordenação editorial da edição brasileira Ana Maria de Souza; tradutores Ana Maria de Souza, Paulo Auricchio. — 4. ed. — São Paulo : Atheneu Editora, 2008.