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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. JÁ SABE O QUE É UMA OPÇÃO? 3. AS FORÇAS QUE MOVEM AS OPÇÕES 3-1. AS GREGAS 3-2. Delta 3-3. Gama 3-4. Theta 3-5. Vega 3-6. Rô 4. A VARIAÇÃO DAS GREGAS 5. ESTRATÉGIAS 5-1. Compra a Seco 5-2. Lançamento Coberto 5-3. Travas 5-3-1. Trava de Alta com Call 5-3-2 . Trava de Baixa com Call 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 01 Introdução 02 Nesse eBook você vai conhecer algumas estratégias para começar a operar Opções e obter ganhos com suas montagens. Aqui, você vai entender como as Gregas influenciam no preço das Opções, além de simulações. E vai aprender ainda a montar as seguintes estratégias: Compra a seco, Lançamento Coberto, Travas de Alta e de Baixa. Com essas estratégias, você poderá criar as suas simulações, de acordo com a ferramenta que escolheu, e poderá ainda aplicá- las no mercado de Opções, para obter lucro. As estratégias apresentadas aqui são “simples”, de fácil compreensão, porém “ferramentas poderosas” para a atuação no mercado de Opções. Vamos lá!? JÁ SABE O QUE É OPÇÃO? 03 Opção é um contrato de direitos e obrigações entre duas partes, que é negociado na Bolsa de Valores. As negociações dos contratos de Opções, de compra ou de venda, acontecem por um determinado período, e são atreladas a um lote de ações, por um preço fixado, chamado de Preço de Exercício ou Strike. As Opções são derivativos e as negociações desses contratos dependem de outros ativos. A principal função desses contratos é o de gerenciar os riscos dos ativos, por um certo valor, chamado de Prêmio. Você sabia que a primeira relação de Opções não se deu no mercado, mas sim no mundo real? Para entender, veja o exemplo a seguir. Suponha que, ao ser convidado para um jantar no sábado à noite, você responda “se der, eu vou”. Nessa situação, você tem a Opção de ir, e não a obrigação! Agora, se você disser “eu vou, pode me esperar”, você tem a obrigação de ir. E se a pessoa disser: “Venha, estou te esperando”, ela tem a obrigação de recebê-lo. Entendeu? E não para por aí. Até mesmo os macacos têm uma relação de Opções. Eles, por exemplo, trocam uma banana por 04 um favor! Tudo isso faz parte do mundo da OPCIONALIDADE! AS FORÇAS QUE MOVEM AS OPÇÕES 05 As Opções são classificadas em dois tipos, em linhas gerais: Opções de Compra (chamadas de CALLs) e Opções de Venda (chamadas de PUTs). Há outras classificações, e vamos abordá- las ao longo do tempo. Existem ainda duas distinções quanto às características do mercado: a Opção Americana e a Opção Europeia, e as diferenças não se devem à posição geográfica, mas sim com relação aos direitos que elas oferecem. Se você ainda não está tão familiarizado com essa parte, pode ler o artigo sobre os tipos das Opções. Nosso foco, daqui para a frente, será entender o comportamento dos preços das Opções. Ao dominar esse assunto, você será capaz de vislumbrar claras oportunidades de ganhos no mercado de Opções e com alta margem de segurança. Mas e o preço das Opções? Como se define? Bem, para entender o preço de uma Opção, é importante conhecer as 5 variáveis que afetam seu preço: Preço do Ativo objeto, Preço de Exercício ou Strike, Tempo – Dias úteis, Taxa de Juros e Volatilidade. Isso significa que esse preço da Opção ou “prêmio” tem o seu preço de equilíbrio dinâmico definido pela atuação da força dessas 5 variáveis. 06 É como se houvesse um cabo de guerra para definir esse preço e em cada ponta houvesse uma dessas forças/variáveis. O preço final da Opção quem define é o próprio mercado, ao fechar os negócios. Vai depender de qual dessas forças irá fazer mais pressão sobre esse preço, de modo a fazê-lo subir, cair ou até mesmo ficar parado. No final, o preço que vemos piscar na tela da Bolsa de Valores é a resultante da ação dessas 5 forças e, como esse equilíbrio é dinâmico, o preço das Opções está sempre mudando. Para entender e medir melhor cada uma dessas forças, foram criados 5 parâmetros matemáticos indicadores, que têm nomes de letras gregas. São eles: Delta, Gama, Theta, Vega (que, no caso, nem é uma letra grega) e Rô. São medidores, tipo velocímetros ou termômetros, que observamos para ter uma ideia de potencial ganho e risco de perda de Opções e estratégias. Para ter uma ideia do que pode acontecer com a Opção, medem- se e simulam-se essas Gregas. Ao estimar cenários possíveis, é possível definir se uma estratégia pode gerar lucro e com qual risco. E dessa forma, definir pontos ideais de entradas e saídas, maximizando os resultados e gerando um fluxo contínuo e crescente de lucro a longo prazo. AS GREGAS Nesse tópico, quero apresentar a você as Gregas, como cada uma se comporta e seus gráficos. Ter essas curvas em mente e entendê-las, cada vez melhor, irá ajudar nas simulações e no do dia a dia do mercado de Opções. 07 DELTA O Delta de uma Opção representa a mudança no preço da Opção em relação à alteração no preço da ação objeto. Sugiro que releia essa última frase muitas vezes até você conseguir compreendê-la. Acredito que mais de 95% das pessoas que operam Opções não entendem o Delta nem sabem como usá- lo. Se você dominar essa parte, estará em enorme vantagem sobre outros traders. O Delta é responsável por indicar quando uma Opção irá subir ou cair, de acordo com a variação, imediata e mínima, sofrida por uma Ação num curto espaço de tempo. Como foi descrito inicialmente, o Delta pode ser considerado como a probabilidade de uma Opção ser exercida. Uma vez que, bem dentro do dinheiro apresenta Delta próximo de 100%, temos a chance de haver exercício (nesse caso, maior). Porém, não se pode considerar essas probabilidades para fazer escolhas, uma vez que ela é calculada por um modelo simplista que não representa a real complexidade em seu infinito número de interações e interdependências. Isso considerado, tira-se muito proveito desse número em simulações e operações. No entanto, as Opções no dinheiro têm cerca de 50% de Delta. Isso significa que é uma pequena variação no preço do papel, ou seja, vai fazê-la andar a metade dessa variação do preço. Esta medida, assim como o velocímetro de carro, está em constante mudança. O Delta é móvel à medida que o mercado sobe e cai. 08 Então, se a PETR4 subir 0,10 centavos e as Opções que você tem possuírem 20% de Delta, espera-se que ela suba 0,02. Pode parecer pouco, mas se o preço dela era 0,02, ela pode subir 100% com esse Delta de 20%. Quanto mais fora do dinheiro e mais barata for uma Opção, menor será o seu Delta. Essa é a lei das compensações agindo: quanto menos você pagar por uma Opção, menor o Delta e, assim, mais velocidade ela terá, de maneira que o Delta pode chegar a zero. Entenda que o Delta não fica nem ficará parado, porque, na medida que o valor da Ação sobe ou desce, o Delta da Opção também sofre com o sobe e desce. Logo, o Delta pode ser compreendido como a velocidade com que o preço de uma Opção muda em relação ao preço da Ação. Faz sentido? Valores do Delta segundo a posição nas Opções. Fonte: Professor Luiz Maurício Moneyness Delta Call (+) Delta Put (-) In the Money (dentro do dinheiro) +0,5 a +1,0 -0,5 a -1,0 At the Money (no dinheiro) +0,5 -0,5 Out of the Money (fora do dinheiro) 0 a +0,5 0 a -0,5 09 GAMA O Gama é a taxa de variação do Delta em referência ao deslocamento do preço da Ação. É um termo matemático que representa a curvatura do Delta. Ele representa a velocidade com que o Delta mudará. Lembra-se que falei que o Delta sobe e desce? Então, é o Gama que mede isso. Se o Delta é a velocidade do preço de uma Opção, o Gama é a aceleração dessa velocidade. Isso é uma afirmação que se baseia na física, onde a aceleraçãoé a primeira derivada da velocidade, ou seja: para obter o Gama, calculamos a primeira derivada do Delta. Em outras palavras, enquanto o Delta é a velocidade, o Gama é o giro do motor. Para um grande movimento, é necessária que a operação tenha a junção dessas duas medidas. Não se preocupe em como calcular essas medidas. As boas plataformas de mercado, atualmente, fazem esses cálculos e projetam tudo da maneira certa para você. Exemplo: Se uma Opção tem Delta de 50% e Gama de 10%, isso significa que, se o papel subir R$ 1,00, e tudo mais se mantiver, o Delta subirá de 50% para 60%, de modo aproximado. A Opção com maior Gama é a Opção no dinheiro que tem Delta próximo de 50%. Nesse caso, o seu Delta diminui para 30% ou aumenta para 70% a qualquer alta ou baixa que o ativo sofrer. A Opção no dinheiro é a com mais aceleração. É lá que 10 os processos ficam mais explosivos. A física explica os processos de mudança das Opções. Quando se encontra um Gama neutro, basicamente zero, é quando a Opção está bem dentro do dinheiro, com um Delta próximo a 100%. Observa-se que é como um carro que já se encontra em velocidade máxima. Nenhuma Opção pode ter Delta valendo mais que 100%. Desse modo, não há aceleração para algo que já está em alta velocidade. Cada vez mais você vai perceber que operar Opções é como pilotar um carro. Tem direção, pedal de velocidade e freios, uma vez que algo sem “controle” remete a riscos. Valores dos Gamas segundo a posição nas Opções. Fonte: Professor Luiz Maurício GAMA CALL (+) Titular ou comprado Lançadora ou vendedora Lançadora ou vendedora Titular ou comprado PUT (-) Sinal da posição Em Opções = C (+) e V (-) + +- - --+ +Gama das Opções 11 THETA O Theta mede a taxa de desvalorização de uma Opção ao longo do tempo, à medida que ela se aproxima da data de exercício. Se todas as demais variáveis permanecerem inalteradas, conforme o tempo passa e o vencimento se aproxima, as Opções se desvalorizam. Existe uma verdade curiosa e também assustadora sobre as Opções: se nada se alterar, todos os dias as Opções caem. Parece cruel, mas é realidade. Existe um prêmio de risco que paga-se nas Opções chamada de VE (Valor Extrínseco), que é o prêmio (preço da Opção) menos o VI (Valor Intrínseco da Opção Strikes (preço do papel). Nesse prêmio de risco está embutida uma certa expectativa de alta no preço do papel. Com o valor parado, o Prêmio de Risco diminui, fazendo com que o preço (prêmio) que você pagou pela Opção caia. Esse é o ganho do lançador de uma Opção. É o quanto uma Opção pode perder de VE num determinado período, se todas as outras forças permanecerem inalteradas. Exemplo: Se uma Opção tem um Theta de -0,04, isso significa que ela cairá, mais ou menos, 4 centavos entre hoje e amanhã. As Opções no dinheiro são as que apresentam Theta mais elevado, pois são as que possuem mais VE. As Opções mais dentro e fora do dinheiro têm Theta menor, devido ao menor valor extrínseco nominal. VEGA O Vega de uma Opção é a taxa da mudança do valor da Opção em relação a uma mudança na volatilidade. O Vega será sempre positivo para quem comprou a Opção e negativo para quem vendeu, independentemente se a Opção for de compra ou de venda. Exemplo: Se uma Opção tem um Vega de 0,10 centavos, isso quer dizer que uma variação de 1% para cima na volatilidade elevará o preço da Opção em 0,10 centavos, se todas as outras variáveis se mantiverem estáveis. Você vai entender melhor sobre o Vega e sobre a dinâmica da volatilidade acompanhando os vídeos no meu canal. Da mesma maneira que o Theta e o Gama, a Opção no dinheiro 12 Valores do Theta segundo a posição nas Opções Fonte: Professor Luiz Maurício THETA CALL (+) Titular ou comprado Lançadora ou vendedora Lançadora ou vendedora Titular ou comprado PUT (-) Sinal da posição Em Opções = C (+) e V (-) + +- - ++- -Gama das Opções 13 é a que possui o maior Vega, é a que tem maior expectativa em seu valor, tem mais VE. Rô O Rô representa a variação no preço da Opção, se houver uma mudança na taxa de juros. A taxa de juros de uma economia é importante para o preço de uma Opção, porque parte do Prêmio de Risco (VE) ganho pelo lançador da Opção está indexado à taxa. Uma vez que, quando se compra o ativo para lançá-lo, deixa-se de obter o ganho sem risco, de modo que este dinheiro usado renderia mais se estivesse na Renda Fixa. Como no Brasil a taxa de juros se tornou estável, a observação Valores do Vega segundo a posição nas Opções Fonte: Professor Luiz Maurício VEGA CALL (+) Titular ou comprado Lançadora ou vendedora Lançadora ou vendedora Titular ou comprado PUT (-) Sinal da posição Em Opções = C (+) e V (-) + +- - --+ +Vega das Opções 14 do Rô não é mais importante entre as Gregas. Também não faz muito sentido investir na análise do Rô, pois as Opções no Brasil são muito curtas. No entanto, para que você entenda, o Rô faz uma estimativa do prêmio de uma Opção, sendo, assim, uma variação da taxa de juros quando se move para um ponto percentual. A VARIAÇÃO DAS GREGAS Quando você vende uma Opção de compra (Call): O Delta é negativo, uma alta no papel é prejudicial. O Gama é negativo, uma alta deixa o delta mais Delta, negativo é prejudicial. O Theta é positivo, a passagem no tempo é favorável. O Vega é negativo, pois o aumento da volatilidade torna a Opção que você vendeu mais cara. Quando você compra uma Opção de compra (Call): O Delta é positivo, uma alta no papel é favorável. O Gama é positivo, uma alta no Delta é favorável. O Theta é negativo, a passagem do tempo é prejudicial. O Vega é positivo em uma compra, pois aumento da volatilidade 15 torna as Opções mais caras. Quando você vende uma Opção de compra (Put): O Delta é positivo, uma alta no papel é favorável. O Gama é positivo, na queda o Delta fica mais positivo. O Theta é positivo, a passagem no tempo é favorável. O Vega é negativo, pois o aumento da volatilidade torna a Opção que você vendeu mais cara. Quando você compra uma Opção de compra (Put): O Delta é negativo, uma queda no papel é favorável. O Gama é negativo, numa queda o Delta fica mais negativo. O Theta é negativo, a passagem do tempo é prejudicial. O Vega é positivo, pois o aumento da volatilidade torna as Opções mais caras. Para simular as gregas, tem uma plataforma chamada Oplab que você precisa conhecer! ESTRATÉGIAS 16 Nesse tópico, vou apresentar algumas estratégias para você começar a operar no mercado de Opções. Claro que você ainda deve sentir aquele receio de iniciar uma operação, por isso, acompanhe algumas simulações antes de partir para a execução em uma corretora. Vale a pena também você fazer suas próprias simulações. Isso vai te dar bastante segurança na hora da execução real. Para iniciarmos, vamos conhecer estratégias “simples”. Aqui, você vai encontrar: • Compra a seco • Lançamento Coberto • Travas de Alta e de Baixa 17 COMPRA A SECO A Compra a Seco é uma operação na qual o investidor compra uma Call ou uma Put. Nesse caso, ao comprar uma Opção, tanto Call quanto Put, se estará contando com a movimentação do mercado. Ao comprar a Call, acredita-se numa alta do mercado, e Put, na queda. O risco que se corre é o mercado não ir na direção da aposta e a Opção comprada se desvalorizar. A perda máxima para quem compra uma Opção é o valor pago pelo prêmio. Isso ocorre no caso da Opção não dar exercício na data de vencimento e ainda perder todo o valor. Quando isso acontece, se diz que a Opção “virou pó”. Se a Opção tiver uma valorização, fica-se com a diferençaentre o valor pago e o valor pelo qual vendeu a Opção. O ganho máximo que se pode ter quando uma Opção de compra Call sobe é ilimitado. Já no caso da Put o ganho máximo é quando o papel cai para zero. No caso do valor das ações do ativo objeto caírem para zero ou próximo a isso, o ganho é o valor de Exercício Strike menos o valor pago na Opção. Exemplo: Compra da Put: Papel 26,00. Strike 28,00. Prêmio de compra 2,80 (VI = 2 e VE = 0,80) Venda da Put: Papel 00,00. Strike 28,00. Prêmio de venda 28,00 Lucro: 28,00 - 2,90 = 25,10 ou ganho de 765% Veja como é o gráfico de uma compra a seco: LANÇAMENTO COBERTO O Lançamento Coberto é uma operação bem tradicional do mercado financeiro. A estratégia é a compra de lotes de Opções de uma empresa. Essa compra permite que o investidor faça a venda de uma Opção de compra na mesma proporção que de Opções. Ao vender as Opções de compra recebe-se o valor do prêmio. Este crédito serve para diminuir o preço de compra do ativo. Ter ações com menores custos que se compra no mercado é ótimo, pois se pode ganhar dinheiro com essas ações mesmo que o mercado fique parado no mesmo lugar. 18 19 É uma operação de fácil entendimento. Quando bem utilizada, pode trazer muitos benefícios, seja para quem possui ações e deseja uma certa proteção ou para quem quer diminuir o custo pelo qual o papel foi adquirido. O lançador coberto deve vender uma Call de um papel que já possui ou, então, caso deseje começar uma nova posição, comprar o papel e vender a Call simultaneamente. Lembre-se que uma Opção de compra é como o sinal de compra de um apartamento. A pessoa que faz um lançamento coberto está fazendo o mesmo papel do proprietário de um imóvel, que recebe um prêmio para dar o direito ao titular da Opção decidir se exerce ou não o seu direito de compra. A única diferença é que, em vez de um apartamento, os objetos do direito e da obrigação são as Ações. Veja esse exemplo: Compra de um lote de 1000 ABCD3 a R$ 51,00 e venda imediata de 1000 ABCDF52 a R$ 2,00. Nesse caso, o fluxo de caixa é: - R$ 51.000,00 para comprar as Ações + R$ 2.000,00 do Lançamento Coberto. O custo dessa operação é, portanto, de R$ 49.000,00. O risco de perda dessa compra é limitado ao preço da ação adquirida menos o prêmio recebido, ou seja, R$ 49.000,00, no caso da Ação perder todo seu valor, passando a valer zero. O lucro máximo dessa operação está limitado no prêmio recebido pelos lançamentos, somado ao lucro do papel que será exercido a R$ 52,00. Sendo assim, R$ 2.000,00 pelo prêmio, mais R$ 1.000,00 de lucro do papel comprado por R$ 51,00, 20 gerando um ganho de R$ 3.000,00. Veja que é importante refletir mais sobre o risco dessa operação. Vender Call não é seguro e você está diretamente “casando” com a empresa. Portanto, só pode fazer isso se aceitar ficar com ela, mesmo que caia muito ou, então, coloque um stop de perda no caso do papel cair. Porém, você terá que desmontar toda a operação e, provavelmente, terá perdas. Veja como é um gráfico de lançamento coberto: TRAVAS Comprar e vender Opções são estratégias que, se bem aplicadas, podem fazer toda a diferença na sua busca pela riqueza e pela liberdade financeira. Mas as Opções são ferramentas tão poderosas que, se o lote for grande e a operação for mal planejada, pode levar a resultados negativamente traumáticos. Ninguém fala disso, só se lê e vê por aí sobre lucros e facilidade, 21 mas a verdade é que um novato só pode comprar Opções a seco num volume que não comprometa seu patrimônio e o seu futuro. Tem que ser o dinheiro do risco e não o da segurança. Fazer vendas a seco e descoberto? Isso jamais é indicado. Como uma alternativa a compra ou venda de uma Opção, existem operações compostas com ao menos duas Opções. Essas operações com mais de uma Opção são chamadas de travas. As Travas estabilizam a energia e o risco das Opções que, sozinhas, são muito fortes. Esta estabilização permite que o investidor faça operações bem maiores, com risco controlado. Além disso, com as travas pode-se escolher os tipos de risco/ gregas/variáveis a que se quer estar exposto. Combinando Opções ao número de combinações e estratégias possíveis, acompanhe agora as mais simples operações de travadas direcionais: Travas de Alta e as Travas de Baixa. A estratégia das travas direcionais, de alta ou baixa, é caracterizada pelo uso de duas pontas, fazendo a compra e venda simultânea de Opções de Strikes diferentes do mesmo vencimento. Ela é de fácil compreensão e montagem. Muitos investidores utilizam essa operação, tanto na baixa quanto na alta do mercado. Eu mesmo sempre faço e mostro nos meus vídeos as melhores travas de Alta e de Baixa. Nos tópicos a seguir, vou apresentar essas estratégias e como funcionam no mercado de Opções. 22 Trava de Alta com Call A Trava de Alta é uma operação na qual o investidor compra uma Call e vende outra Call com preço de exercício maior e, ainda, mais fora do dinheiro e com prêmio menor, ambas com a mesma data de vencimento. Compra-se uma Opção de prêmio mais caro e vende-se uma Opção com prêmio mais barata. Nessa situação, o investidor paga para montar a trava. Mas como ganhar com essa operação? O ganho máximo nessa operação é a diferença entre os preços de exercício das Calls. Já a perda máxima é o spread da venda e da compra no momento em que a operação foi montada. O interessante dessa estratégia é realizá-la quando se espera que o mercado suba, mas saber quando isso vai acontecer não é fácil. Uma ótima alternativa é usar o método apresentado nos programas A Hora das Opções e Papo de Opções. A estratégia é comprar todos os meses travas bem baratas e fora do dinheiro, mesmo que elas possuam uma baixa chance de ganho, porque, quando o mercado sobe, elas dão um lucro muito maior do que a perda, gerando um fluxo positivo de longo prazo. Para entender melhor essas travas fora do dinheiro... Quanto mais dentro do dinheiro for essa trava, maior é a chance de sucesso e, quanto mais fora do dinheiro, menor é a chance de conseguir lucro com ela. Porém, quando se lucra, o ganho é muito maior. 23 Travas de Alta dentro do dinheiro têm chances bem maiores de serem exercidas e, assim, gerar lucros mais constantes e poucas perdas. Por serem bem mais caras, só se deve montar dentro do dinheiro com uma estratégia clara e predefinida de stop, no caso de um cenário adverso. Veja como é uma trava de alta com Call: Trava de Baixa com Call A Trava de Baixa é uma estratégia que busca ganhar com a queda do mercado. A operação consiste em vender uma Call no dinheiro ou até mesmo fora do dinheiro e, em seguida, comprar outra Call mais barata, recebendo, assim, algum valor para montar essa trava. A data de vencimento das Calls deve ser a mesma. Diferentemente da Trava de Alta com Calls, o ganho nessa estratégia corresponde ao spread recebido no momento que 24 a operação é montada, e a perda máxima é dada na diferença entre os preços de exercício das Calls, menos o spread recebido na montagem da estratégia. A montagem da Trava de Baixa deve ocorrer quando esperamos uma queda no mercado e, como as travas de alta que vimos, segue a lógica do acompanhamento dos nossos métodos. A intenção é que o spread caia. Sendo assim, no limite, essa estratégia não precisa ser desmontada, uma vez que a queda do preço do ativo leva as Opções envolvidas a perderem todo o seu valor, “virando pó”. Quanto mais fora do dinheiro você montar, menos recebe e mais pode perder, se o mercado for contra. Por outro lado, quanto mais dentro do dinheiro a trava, menores as chances de ganho. Porém, maiores são as possibilidades de ganhos, se o mercado cair bastante. CONSIDERAÇÕES FINAIS03 É possível fazer Travas de Alta e Baixa com Puts. Para isso, basta inverter a lógica. Porém, essas estratégias serão tema de próximos conteúdos. Por enquanto, é importante focar nas travas de Alta e Baixa com Calls. Dominando essas operações, você já pode começar a operar e ganhar dinheiro. Não há nada melhor do que evoluir e aumentar os lotes e a sofisticação das operações usando o lucro obtido no próprio mercado. Nesse eBook, vimos: o que são Opções, as forças que movem as Opções, as Gregas, as Operações a seco, o lançamento coberto, as travas de alta e baixa. Muita coisa que vai te ajudar a conhecer melhor o universo das Opções e dar os primeiros passos no sentido de se tornar um mestre em Opções e atingir a liberdade financeira. Conte com o meu apoio para acelerar sua evolução. Seja participante da nossa comunidade e fique ligado nos nossos conteúdos de aprendizado. Grande abraço e até a próxima!