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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 
2. JÁ SABE O QUE É UMA OPÇÃO? 
3. AS FORÇAS QUE MOVEM AS OPÇÕES
 3-1. AS GREGAS 
 3-2. Delta
 3-3. Gama
 3-4. Theta 
 3-5. Vega
 3-6. Rô 
4. A VARIAÇÃO DAS GREGAS 
5. ESTRATÉGIAS 
 5-1. Compra a Seco
 5-2. Lançamento Coberto 
 5-3. Travas
 5-3-1. Trava de Alta com Call
 5-3-2 . Trava de Baixa com Call
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
01
Introdução
02
Nesse eBook você vai conhecer algumas estratégias para 
começar a operar Opções e obter ganhos com suas montagens. 
Aqui, você vai entender como as Gregas influenciam no preço 
das Opções, além de simulações. E vai aprender ainda a montar 
as seguintes estratégias: Compra a seco, Lançamento Coberto, 
Travas de Alta e de Baixa. 
Com essas estratégias, você poderá criar as suas simulações, de 
acordo com a ferramenta que escolheu, e poderá ainda aplicá-
las no mercado de Opções, para obter lucro. As estratégias 
apresentadas aqui são “simples”, de fácil compreensão, porém 
“ferramentas poderosas” para a atuação no mercado de Opções. 
 
Vamos lá!?
JÁ SABE O QUE É OPÇÃO? 
03
Opção é um contrato de direitos e obrigações entre duas 
partes, que é negociado na Bolsa de Valores.
As negociações dos contratos de Opções, de compra ou de 
venda, acontecem por um determinado período, e são atreladas 
a um lote de ações, por um preço fixado, chamado de Preço de 
Exercício ou Strike.
As Opções são derivativos e as negociações desses contratos 
dependem de outros ativos. A principal função desses contratos 
é o de gerenciar os riscos dos ativos, por um certo valor, 
chamado de Prêmio.
Você sabia que a primeira relação de Opções não se deu 
no mercado, mas sim no mundo real? Para entender, veja o 
exemplo a seguir.
Suponha que, ao ser convidado para um jantar no sábado à 
noite, você responda “se der, eu vou”. Nessa situação, você tem 
a Opção de ir, e não a obrigação!
Agora, se você disser “eu vou, pode me esperar”, você tem 
a obrigação de ir. E se a pessoa disser: “Venha, estou te 
esperando”, ela tem a obrigação de recebê-lo.
Entendeu? E não para por aí. Até mesmo os macacos têm uma 
relação de Opções. Eles, por exemplo, trocam uma banana por 
04
um favor!
Tudo isso faz parte do mundo da OPCIONALIDADE!
AS FORÇAS QUE MOVEM AS OPÇÕES
05
As Opções são classificadas em dois tipos, em linhas gerais: 
Opções de Compra (chamadas de CALLs) e Opções de Venda 
(chamadas de PUTs). Há outras classificações, e vamos abordá-
las ao longo do tempo. Existem ainda duas distinções quanto 
às características do mercado: a Opção Americana e a Opção 
Europeia, e as diferenças não se devem à posição geográfica, 
mas sim com relação aos direitos que elas oferecem.
Se você ainda não está tão familiarizado com essa parte, pode 
ler o artigo sobre os tipos das Opções. 
Nosso foco, daqui para a frente, será entender o comportamento 
dos preços das Opções. Ao dominar esse assunto, você será 
capaz de vislumbrar claras oportunidades de ganhos no 
mercado de Opções e com alta margem de segurança.
Mas e o preço das Opções? Como se define?
Bem, para entender o preço de uma Opção, é importante 
conhecer as 5 variáveis que afetam seu preço: Preço do Ativo 
objeto, Preço de Exercício ou Strike, Tempo – Dias úteis, Taxa 
de Juros e Volatilidade. 
Isso significa que esse preço da Opção ou “prêmio” tem o seu 
preço de equilíbrio dinâmico definido pela atuação da força 
dessas 5 variáveis.
06
É como se houvesse um cabo de guerra para definir esse preço 
e em cada ponta houvesse uma dessas forças/variáveis. O preço 
final da Opção quem define é o próprio mercado, ao fechar os 
negócios. Vai depender de qual dessas forças irá fazer mais 
pressão sobre esse preço, de modo a fazê-lo subir, cair ou até 
mesmo ficar parado.
No final, o preço que vemos piscar na tela da Bolsa de Valores 
é a resultante da ação dessas 5 forças e, como esse equilíbrio é 
dinâmico, o preço das Opções está sempre mudando. 
Para entender e medir melhor cada uma dessas forças, foram 
criados 5 parâmetros matemáticos indicadores, que têm nomes 
de letras gregas. São eles: Delta, Gama, Theta, Vega (que, no 
caso, nem é uma letra grega) e Rô. 
São medidores, tipo velocímetros ou termômetros, que 
observamos para ter uma ideia de potencial ganho e risco de 
perda de Opções e estratégias.
Para ter uma ideia do que pode acontecer com a Opção, medem-
se e simulam-se essas Gregas. Ao estimar cenários possíveis, é 
possível definir se uma estratégia pode gerar lucro e com qual 
risco. E dessa forma, definir pontos ideais de entradas e saídas, 
maximizando os resultados e gerando um fluxo contínuo e 
crescente de lucro a longo prazo. 
AS GREGAS
Nesse tópico, quero apresentar a você as Gregas, como cada 
uma se comporta e seus gráficos. Ter essas curvas em mente e 
entendê-las, cada vez melhor, irá ajudar nas simulações e no do 
dia a dia do mercado de Opções.
07
DELTA 
O Delta de uma Opção representa a mudança no preço da 
Opção em relação à alteração no preço da ação objeto. Sugiro 
que releia essa última frase muitas vezes até você conseguir 
compreendê-la. Acredito que mais de 95% das pessoas que 
operam Opções não entendem o Delta nem sabem como usá-
lo. Se você dominar essa parte, estará em enorme vantagem 
sobre outros traders.
O Delta é responsável por indicar quando uma Opção irá subir 
ou cair, de acordo com a variação, imediata e mínima, sofrida 
por uma Ação num curto espaço de tempo. 
Como foi descrito inicialmente, o Delta pode ser considerado 
como a probabilidade de uma Opção ser exercida. Uma vez 
que, bem dentro do dinheiro apresenta Delta próximo de 100%, 
temos a chance de haver exercício (nesse caso, maior). 
Porém, não se pode considerar essas probabilidades para fazer 
escolhas, uma vez que ela é calculada por um modelo simplista 
que não representa a real complexidade em seu infinito número 
de interações e interdependências.
Isso considerado, tira-se muito proveito desse número em 
simulações e operações. No entanto, as Opções no dinheiro 
têm cerca de 50% de Delta. Isso significa que é uma pequena 
variação no preço do papel, ou seja, vai fazê-la andar a metade 
dessa variação do preço. Esta medida, assim como o velocímetro 
de carro, está em constante mudança. O Delta é móvel à medida 
que o mercado sobe e cai. 
08
Então, se a PETR4 subir 0,10 centavos e as Opções que você 
tem possuírem 20% de Delta, espera-se que ela suba 0,02. Pode 
parecer pouco, mas se o preço dela era 0,02, ela pode subir 
100% com esse Delta de 20%.
Quanto mais fora do dinheiro e mais barata for uma Opção, 
menor será o seu Delta. Essa é a lei das compensações agindo: 
quanto menos você pagar por uma Opção, menor o Delta e, 
assim, mais velocidade ela terá, de maneira que o Delta pode 
chegar a zero. 
Entenda que o Delta não fica nem ficará parado, porque, na 
medida que o valor da Ação sobe ou desce, o Delta da Opção 
também sofre com o sobe e desce. Logo, o Delta pode ser 
compreendido como a velocidade com que o preço de uma 
Opção muda em relação ao preço da Ação. Faz sentido?
Valores do Delta segundo a posição nas Opções.
Fonte: Professor Luiz Maurício
Moneyness Delta Call (+) Delta Put (-)
In the Money (dentro 
do dinheiro) +0,5 a +1,0 -0,5 a -1,0
At the Money (no 
dinheiro) +0,5 -0,5
Out of the Money 
(fora do dinheiro) 0 a +0,5 0 a -0,5
09
GAMA
O Gama é a taxa de variação do Delta em referência ao 
deslocamento do preço da Ação. É um termo matemático que 
representa a curvatura do Delta. Ele representa a velocidade 
com que o Delta mudará.
Lembra-se que falei que o Delta sobe e desce? Então, é o Gama 
que mede isso.
Se o Delta é a velocidade do preço de uma Opção, o Gama é 
a aceleração dessa velocidade. Isso é uma afirmação que se 
baseia na física, onde a aceleraçãoé a primeira derivada da 
velocidade, ou seja: para obter o Gama, calculamos a primeira 
derivada do Delta. 
Em outras palavras, enquanto o Delta é a velocidade, o Gama é 
o giro do motor. Para um grande movimento, é necessária que 
a operação tenha a junção dessas duas medidas.
Não se preocupe em como calcular essas medidas. As boas 
plataformas de mercado, atualmente, fazem esses cálculos e 
projetam tudo da maneira certa para você. 
Exemplo: Se uma Opção tem Delta de 50% e Gama de 10%, isso 
significa que, se o papel subir R$ 1,00, e tudo mais se mantiver, 
o Delta subirá de 50% para 60%, de modo aproximado.
A Opção com maior Gama é a Opção no dinheiro que tem Delta 
próximo de 50%. Nesse caso, o seu Delta diminui para 30% 
ou aumenta para 70% a qualquer alta ou baixa que o ativo 
sofrer. A Opção no dinheiro é a com mais aceleração. É lá que 
10
os processos ficam mais explosivos.
A física explica os processos de mudança das Opções. Quando 
se encontra um Gama neutro, basicamente zero, é quando a 
Opção está bem dentro do dinheiro, com um Delta próximo a 
100%. Observa-se que é como um carro que já se encontra em 
velocidade máxima. Nenhuma Opção pode ter Delta valendo 
mais que 100%. Desse modo, não há aceleração para algo que 
já está em alta velocidade.
Cada vez mais você vai perceber que operar Opções é como 
pilotar um carro. Tem direção, pedal de velocidade e freios, uma 
vez que algo sem “controle” remete a riscos. 
Valores dos Gamas segundo a posição nas Opções.
Fonte: Professor Luiz Maurício
GAMA CALL (+)
Titular ou 
comprado
Lançadora 
ou 
vendedora
Lançadora 
ou 
vendedora
Titular ou 
comprado
PUT (-)
Sinal da posição
Em Opções = 
C (+) e V (-) + +- -
--+ +Gama das Opções
11
THETA 
O Theta mede a taxa de desvalorização de uma Opção ao longo 
do tempo, à medida que ela se aproxima da data de exercício. Se 
todas as demais variáveis permanecerem inalteradas, conforme 
o tempo passa e o vencimento se aproxima, as Opções se 
desvalorizam.
Existe uma verdade curiosa e também assustadora sobre as 
Opções: se nada se alterar, todos os dias as Opções caem. 
Parece cruel, mas é realidade. 
Existe um prêmio de risco que paga-se nas Opções chamada de 
VE (Valor Extrínseco), que é o prêmio (preço da Opção) menos o 
VI (Valor Intrínseco da Opção Strikes (preço do papel).
Nesse prêmio de risco está embutida uma certa expectativa de 
alta no preço do papel. Com o valor parado, o Prêmio de Risco 
diminui, fazendo com que o preço (prêmio) que você pagou 
pela Opção caia. Esse é o ganho do lançador de uma Opção. 
É o quanto uma Opção pode perder de VE num determinado 
período, se todas as outras forças permanecerem inalteradas. 
Exemplo: Se uma Opção tem um Theta de -0,04, isso significa 
que ela cairá, mais ou menos, 4 centavos entre hoje e amanhã.
As Opções no dinheiro são as que apresentam Theta mais 
elevado, pois são as que possuem mais VE. As Opções mais 
dentro e fora do dinheiro têm Theta menor, devido ao menor 
valor extrínseco nominal. 
VEGA
O Vega de uma Opção é a taxa da mudança do valor da Opção 
em relação a uma mudança na volatilidade. O Vega será sempre 
positivo para quem comprou a Opção e negativo para quem 
vendeu, independentemente se a Opção for de compra ou de 
venda. 
Exemplo: Se uma Opção tem um Vega de 0,10 centavos, isso 
quer dizer que uma variação de 1% para cima na volatilidade 
elevará o preço da Opção em 0,10 centavos, se todas as outras 
variáveis se mantiverem estáveis. 
Você vai entender melhor sobre o Vega e sobre a dinâmica da 
volatilidade acompanhando os vídeos no meu canal.
Da mesma maneira que o Theta e o Gama, a Opção no dinheiro 
12
Valores do Theta segundo a posição nas Opções
Fonte: Professor Luiz Maurício
THETA CALL (+)
Titular ou 
comprado
Lançadora 
ou 
vendedora
Lançadora 
ou 
vendedora
Titular ou 
comprado
PUT (-)
Sinal da posição
Em Opções = 
C (+) e V (-) + +- -
++- -Gama das Opções
13
é a que possui o maior Vega, é a que tem maior expectativa em 
seu valor, tem mais VE.
Rô 
O Rô representa a variação no preço da Opção, se houver uma 
mudança na taxa de juros. 
A taxa de juros de uma economia é importante para o preço 
de uma Opção, porque parte do Prêmio de Risco (VE) ganho 
pelo lançador da Opção está indexado à taxa. Uma vez que, 
quando se compra o ativo para lançá-lo, deixa-se de obter o 
ganho sem risco, de modo que este dinheiro usado renderia 
mais se estivesse na Renda Fixa.
Como no Brasil a taxa de juros se tornou estável, a observação 
Valores do Vega segundo a posição nas Opções
Fonte: Professor Luiz Maurício
VEGA CALL (+)
Titular ou 
comprado
Lançadora 
ou 
vendedora
Lançadora 
ou 
vendedora
Titular ou 
comprado
PUT (-)
Sinal da posição
Em Opções = 
C (+) e V (-) + +- -
--+ +Vega das Opções
14
do Rô não é mais importante entre as Gregas. 
Também não faz muito sentido investir na análise do Rô, pois 
as Opções no Brasil são muito curtas.
No entanto, para que você entenda, o Rô faz uma estimativa do 
prêmio de uma Opção, sendo, assim, uma variação da taxa de 
juros quando se move para um ponto percentual. 
A VARIAÇÃO DAS GREGAS 
Quando você vende uma Opção de compra (Call):
O Delta é negativo, uma alta no papel é prejudicial.
O Gama é negativo, uma alta deixa o delta mais Delta, negativo 
é prejudicial. 
O Theta é positivo, a passagem no tempo é favorável. 
O Vega é negativo, pois o aumento da volatilidade torna a Opção 
que você vendeu mais cara.
Quando você compra uma Opção de compra (Call): 
O Delta é positivo, uma alta no papel é favorável. 
O Gama é positivo, uma alta no Delta é favorável. 
O Theta é negativo, a passagem do tempo é prejudicial. 
O Vega é positivo em uma compra, pois aumento da volatilidade 
15
torna as Opções mais caras. 
Quando você vende uma Opção de compra (Put):
O Delta é positivo, uma alta no papel é favorável. 
O Gama é positivo, na queda o Delta fica mais positivo. 
O Theta é positivo, a passagem no tempo é favorável. 
O Vega é negativo, pois o aumento da volatilidade torna a Opção 
que você vendeu mais cara.
Quando você compra uma Opção de compra (Put): 
O Delta é negativo, uma queda no papel é favorável. 
O Gama é negativo, numa queda o Delta fica mais negativo. 
O Theta é negativo, a passagem do tempo é prejudicial. 
O Vega é positivo, pois o aumento da volatilidade torna as 
Opções mais caras. 
Para simular as gregas, tem uma plataforma chamada Oplab 
que você precisa conhecer!
ESTRATÉGIAS 
16
Nesse tópico, vou apresentar algumas estratégias para você 
começar a operar no mercado de Opções. 
Claro que você ainda deve sentir aquele receio de iniciar uma 
operação, por isso, acompanhe algumas simulações antes de 
partir para a execução em uma corretora. 
Vale a pena também você fazer suas próprias simulações. Isso 
vai te dar bastante segurança na hora da execução real.
Para iniciarmos, vamos conhecer estratégias “simples”. Aqui, 
você vai encontrar: 
• Compra a seco 
• Lançamento Coberto 
• Travas de Alta e de Baixa
17
COMPRA A SECO
A Compra a Seco é uma operação na qual o investidor compra 
uma Call ou uma Put. Nesse caso, ao comprar uma Opção, tanto 
Call quanto Put, se estará contando com a movimentação do 
mercado. Ao comprar a Call, acredita-se numa alta do mercado, 
e Put, na queda. 
O risco que se corre é o mercado não ir na direção da aposta e 
a Opção comprada se desvalorizar. A perda máxima para quem 
compra uma Opção é o valor pago pelo prêmio. 
Isso ocorre no caso da Opção não dar exercício na data de 
vencimento e ainda perder todo o valor. Quando isso acontece, 
se diz que a Opção “virou pó”. 
Se a Opção tiver uma valorização, fica-se com a diferençaentre 
o valor pago e o valor pelo qual vendeu a Opção.
O ganho máximo que se pode ter quando uma Opção de 
compra Call sobe é ilimitado. Já no caso da Put o ganho máximo 
é quando o papel cai para zero. 
No caso do valor das ações do ativo objeto caírem para zero ou 
próximo a isso, o ganho é o valor de Exercício Strike menos o 
valor pago na Opção.
Exemplo: Compra da Put: Papel 26,00. Strike 28,00. Prêmio de 
compra 2,80 (VI = 2 e VE = 0,80) 
Venda da Put: Papel 00,00. Strike 28,00. Prêmio de venda 28,00 
Lucro: 28,00 - 2,90 = 25,10 ou ganho de 765% 
Veja como é o gráfico de uma compra a seco:
LANÇAMENTO COBERTO 
O Lançamento Coberto é uma operação bem tradicional do 
mercado financeiro. A estratégia é a compra de lotes de Opções 
de uma empresa. Essa compra permite que o investidor faça a 
venda de uma Opção de compra na mesma proporção que de 
Opções.
Ao vender as Opções de compra recebe-se o valor do prêmio. 
Este crédito serve para diminuir o preço de compra do ativo. 
Ter ações com menores custos que se compra no mercado é 
ótimo, pois se pode ganhar dinheiro com essas ações mesmo 
que o mercado fique parado no mesmo lugar.
18
19
É uma operação de fácil entendimento. Quando bem utilizada, 
pode trazer muitos benefícios, seja para quem possui ações e 
deseja uma certa proteção ou para quem quer diminuir o custo 
pelo qual o papel foi adquirido. 
O lançador coberto deve vender uma Call de um papel que 
já possui ou, então, caso deseje começar uma nova posição, 
comprar o papel e vender a Call simultaneamente.
Lembre-se que uma Opção de compra é como o sinal de compra 
de um apartamento. A pessoa que faz um lançamento coberto 
está fazendo o mesmo papel do proprietário de um imóvel, que 
recebe um prêmio para dar o direito ao titular da Opção decidir 
se exerce ou não o seu direito de compra. A única diferença 
é que, em vez de um apartamento, os objetos do direito e da 
obrigação são as Ações.
Veja esse exemplo: Compra de um lote de 1000 ABCD3 a R$ 
51,00 e venda imediata de 1000 ABCDF52 a R$ 2,00. 
Nesse caso, o fluxo de caixa é: - R$ 51.000,00 para comprar as 
Ações + R$ 2.000,00 do Lançamento Coberto. O custo dessa 
operação é, portanto, de R$ 49.000,00.
O risco de perda dessa compra é limitado ao preço da ação 
adquirida menos o prêmio recebido, ou seja, R$ 49.000,00, no 
caso da Ação perder todo seu valor, passando a valer zero. 
O lucro máximo dessa operação está limitado no prêmio 
recebido pelos lançamentos, somado ao lucro do papel que 
será exercido a R$ 52,00. Sendo assim, R$ 2.000,00 pelo prêmio, 
mais R$ 1.000,00 de lucro do papel comprado por R$ 51,00, 
20
gerando um ganho de R$ 3.000,00. 
Veja que é importante refletir mais sobre o risco dessa operação. 
Vender Call não é seguro e você está diretamente “casando” 
com a empresa. Portanto, só pode fazer isso se aceitar ficar 
com ela, mesmo que caia muito ou, então, coloque um stop de 
perda no caso do papel cair. Porém, você terá que desmontar 
toda a operação e, provavelmente, terá perdas.
Veja como é um gráfico de lançamento coberto:
TRAVAS 
Comprar e vender Opções são estratégias que, se bem aplicadas, 
podem fazer toda a diferença na sua busca pela riqueza e 
pela liberdade financeira. Mas as Opções são ferramentas 
tão poderosas que, se o lote for grande e a operação for mal 
planejada, pode levar a resultados negativamente traumáticos.
Ninguém fala disso, só se lê e vê por aí sobre lucros e facilidade, 
21
mas a verdade é que um novato só pode comprar Opções a 
seco num volume que não comprometa seu patrimônio e o seu 
futuro. Tem que ser o dinheiro do risco e não o da segurança. 
Fazer vendas a seco e descoberto? Isso jamais é indicado.
Como uma alternativa a compra ou venda de uma Opção, 
existem operações compostas com ao menos duas Opções. 
Essas operações com mais de uma Opção são chamadas de 
travas.
As Travas estabilizam a energia e o risco das Opções que, 
sozinhas, são muito fortes. Esta estabilização permite que o 
investidor faça operações bem maiores, com risco controlado. 
Além disso, com as travas pode-se escolher os tipos de risco/
gregas/variáveis a que se quer estar exposto.
Combinando Opções ao número de combinações e estratégias 
possíveis, acompanhe agora as mais simples operações de 
travadas direcionais: Travas de Alta e as Travas de Baixa. 
A estratégia das travas direcionais, de alta ou baixa, é 
caracterizada pelo uso de duas pontas, fazendo a compra e 
venda simultânea de Opções de Strikes diferentes do mesmo 
vencimento.
Ela é de fácil compreensão e montagem. Muitos investidores 
utilizam essa operação, tanto na baixa quanto na alta do 
mercado. 
Eu mesmo sempre faço e mostro nos meus vídeos as melhores 
travas de Alta e de Baixa. Nos tópicos a seguir, vou apresentar 
essas estratégias e como funcionam no mercado de Opções.
22
Trava de Alta com Call
A Trava de Alta é uma operação na qual o investidor compra 
uma Call e vende outra Call com preço de exercício maior e, 
ainda, mais fora do dinheiro e com prêmio menor, ambas com a 
mesma data de vencimento. Compra-se uma Opção de prêmio 
mais caro e vende-se uma Opção com prêmio mais barata. 
Nessa situação, o investidor paga para montar a trava. 
Mas como ganhar com essa operação?
O ganho máximo nessa operação é a diferença entre os preços 
de exercício das Calls. Já a perda máxima é o spread da venda e 
da compra no momento em que a operação foi montada.
O interessante dessa estratégia é realizá-la quando se espera 
que o mercado suba, mas saber quando isso vai acontecer não 
é fácil.
Uma ótima alternativa é usar o método apresentado nos 
programas A Hora das Opções e Papo de Opções. A estratégia é 
comprar todos os meses travas bem baratas e fora do dinheiro, 
mesmo que elas possuam uma baixa chance de ganho, porque, 
quando o mercado sobe, elas dão um lucro muito maior do que 
a perda, gerando um fluxo positivo de longo prazo. 
Para entender melhor essas travas fora do dinheiro...
Quanto mais dentro do dinheiro for essa trava, maior é a chance 
de sucesso e, quanto mais fora do dinheiro, menor é a chance 
de conseguir lucro com ela. Porém, quando se lucra, o ganho é 
muito maior.
23
Travas de Alta dentro do dinheiro têm chances bem maiores 
de serem exercidas e, assim, gerar lucros mais constantes e 
poucas perdas. Por serem bem mais caras, só se deve montar 
dentro do dinheiro com uma estratégia clara e predefinida de 
stop, no caso de um cenário adverso.
Veja como é uma trava de alta com Call:
Trava de Baixa com Call
A Trava de Baixa é uma estratégia que busca ganhar com a 
queda do mercado. A operação consiste em vender uma Call 
no dinheiro ou até mesmo fora do dinheiro e, em seguida, 
comprar outra Call mais barata, recebendo, assim, algum valor 
para montar essa trava. A data de vencimento das Calls deve 
ser a mesma. 
Diferentemente da Trava de Alta com Calls, o ganho nessa 
estratégia corresponde ao spread recebido no momento que 
24
a operação é montada, e a perda máxima é dada na diferença 
entre os preços de exercício das Calls, menos o spread recebido 
na montagem da estratégia. 
A montagem da Trava de Baixa deve ocorrer quando esperamos 
uma queda no mercado e, como as travas de alta que vimos, 
segue a lógica do acompanhamento dos nossos métodos.
A intenção é que o spread caia. Sendo assim, no limite, essa 
estratégia não precisa ser desmontada, uma vez que a queda 
do preço do ativo leva as Opções envolvidas a perderem todo o 
seu valor, “virando pó”.
Quanto mais fora do dinheiro você montar, menos recebe e 
mais pode perder, se o mercado for contra. Por outro lado, 
quanto mais dentro do dinheiro a trava, menores as chances 
de ganho. Porém, maiores são as possibilidades de ganhos, se 
o mercado cair bastante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS03
É possível fazer Travas de Alta e Baixa com Puts. Para isso, 
basta inverter a lógica. Porém, essas estratégias serão tema 
de próximos conteúdos. Por enquanto, é importante focar nas 
travas de Alta e Baixa com Calls.
Dominando essas operações, você já pode começar a operar e 
ganhar dinheiro. Não há nada melhor do que evoluir e aumentar 
os lotes e a sofisticação das operações usando o lucro obtido 
no próprio mercado.
Nesse eBook, vimos: o que são Opções, as forças que movem 
as Opções, as Gregas, as Operações a seco, o lançamento 
coberto, as travas de alta e baixa. Muita coisa que vai te ajudar 
a conhecer melhor o universo das Opções e dar os primeiros 
passos no sentido de se tornar um mestre em Opções e atingir 
a liberdade financeira.
Conte com o meu apoio para acelerar sua evolução. Seja 
participante da nossa comunidade e fique ligado nos nossos 
conteúdos de aprendizado. 
Grande abraço e até a próxima!

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