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Bahia [=] 100 anos de cinema

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BAHIA 100 anos de cinerma 45
anos de cinema 
BA
H
IAanos de cinema 
BA
H
IA
Um dia na rampa 
Vadiação 
Bahia de Todos os Santos 
A morte das velas do recôncavo 
Pátio 
Barravento
Catálogo de meninas
Boi Aruá
Sob o ditame de Rude Almajesto (sinais de chuva)
Diamante bruto 
Eu me lembro
10 centavos
A grande feira
Anil
O mágico e o delegado
Gato / Capoeira
Meteorango Kid - herói intergaláctico 
O capeta Carybé 
Samba Riachão
Na Bahia ninguém fica em pé 
Caveira my friend 
Brabeza 
Memória de Deus e do Diabo em Monte Santo e Cocorobó 
O Guarani 
Redenção
Adeus Rodelas
Comunidade do Maciel – há uma gota de sangue em cada poema 
Bahia
Mr. Abrakadabra! 
Superoutro
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anos de cinema 
BA
H
IA
12 DVDs • 30 filmes
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Bahia: 100 anos de Cinema, em uma Caixa
Juca Ferreira
Ministro da Cultura
Tornar obras raras, e distantes do mercado, acessíveis ao grande público, é um 
tipo de ação que assegura a preservação da memória do cinema brasileiro e, com 
isso, contribui para a formação artística e cultural de todos os brasileiros. É algo 
verdadeiramente digno de elogios. Elogios especialmente destinados àqueles que, 
de um modo ou de outro, vêm dando um tanto de si para a realização de sonhos 
como este, que aos poucos se tornam realidade.
Nesta coletânea de filmes importantes ausências serão notadas, certamente. 
Toda seleção, aliás, sempre corre esse risco. Mas é inegável a representatividade do 
que aqui se reuniu. O que se disponibiliza, através destes 12 DVDs, é um material 
que traça largo e rico panorama da cinematografia baiana, revelada em 30 obras, 
entre curtas, médias e longas-metragens de temáticas bem variadas, que registram 
e constroem a identidade da Bahia. Este conjunto de filmes, digitalizados, ajuda a 
suprir uma grande lacuna, permitindo que nos aproximemos de produções pouco 
conhecidas e comemoremos os 100 anos da atividade cinematográfica na Bahia 
com maior conhecimento dessa história.
O que se sabe pela obra de pesquisadores como Maria do Socorro Carvalho é 
que são de 1909 os primeiros filmes baianos, feitos por Diomedes Gramacho e José 
Dias da Costa. Esses filmes, lamentavelmente, se perderam no tempo. Hoje, o que 
temos daquela produção baiana das primeiras décadas do século 20, em condições 
de restauro, são os filmes de Alexandre Robatto Filho, autor do curta-metragem 
BAHIA 100 anos de cinerma 5
mais antigo desta coletânea: Vadiação, de 1954. Robatto realizou suas primeiras 
filmagens nos anos 1930. Foi um pioneiro. De 1952 a 1953 filmou e editou Entre o mar 
e o tendal, obra que teve influência sobre filmes como Barravento, de Glauber Rocha, 
por exemplo. No ano passado, a Bahia celebrou o centenário de Robatto, mas sua 
obra – assim como a de muitos de seus contemporâneos – ainda carece de atenção 
e cuidado maior.
A recuperação da memória e da produção cinematográfica baiana, mesmo que 
parcial ou incompleta, é uma ação cultural de grande relevância por muitos motivos. 
Possui importância mais do que meramente local. Conforme se sabe, no ambiente 
cinematográfico soteropolitano dos anos 1950, circulou e gestou-se não apenas 
o baiano Glauber Rocha, uma das mais importantes personalidades do cinema 
mundial da segunda metade do século 20, mas toda uma geração de cineastas 
como Luiz Paulino dos Santos, Trigueirinho Neto e Roberto Pires, entre outros. Ali 
plasmou-se uma significativa vertente do Cinema Novo brasileiro. O ambiente 
cinematográfico de Salvador, àquela altura, era marcado por uma efervescente 
atividade de cineclubes, pelo Clube de Cinema, dominado pela figura lendária do 
crítico Walter da Silveira. Foi notável a fertilidade daqueles anos. Uma fertilidade 
que se faz sentir nesta coletânea.
É igualmente interessante acompanhar, através dessas obras, a renovação da 
“novíssima onda”, nas criações de Edgard Navarro, Jorge Alfredo e Póla Ribeiro, 
por exemplo. E raridades do cinema “udigrudi” baiano, pérolas da cinematografia 
brasileira, como Meteorango Kid, de André Luiz de Oliveira e Caveira my friend, de 
Álvaro Guimarães. Com muitas das obras aqui recolhidas, a Bahia industrializada e 
fortemente urbanizada invade o nosso horizonte, trazendo alegria e preocupação, 
no olhar de renovadas gerações. Nestes filmes, salta aos olhos também uma Bahia 
literalmente teimosa, que insiste em fazer cinema de qualidade. Os muitos méritos 
desta caixa aumentam mais ainda com a certeza de que um número significativo 
destes filmes tiveram público restrito, jamais foram vistos fora de um certo perímetro 
local ou jamais foram revistos por aqueles que de fato puderam apreciá-los, na época 
em que foram produzidos.
Estão de parabéns a Bahia, o cinema brasileiro e todos os que se empenharam em 
mais este projeto de resgate da nossa memória audiovisual.
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100 % Bahia 100% Brasil
Cinemateca Brasileira
O ciclo cinematográfico baiano, de apogeu tardio em relação a seus congêneres 
regionais, foi sem dúvida o que mais fecundou a cultura brasileira. Apesar das 
tentativas iniciais nas décadas de 1910 e 1920, foi na década de 1950 que o cinema 
baiano revelou toda sua multiplicidade. A cultura baiana, que desde a transferência 
da capital do País para o Rio de Janeiro ficou circunscrita às fronteiras locais, na 
década de 1950 explodiu com a modernização do ciclo desenvolvimentista, tendo o 
cinema como divulgador de uma civilização iorubá, jeje, lusa e ameríndia. Marcado 
pelo debate cultural em torno da Universidade Federal da Bahia, o cinema realizado 
na década de 1950 promoveu um salto qualitativo em toda a cultura, passando 
aceleradamente do naturalismo mais cru ao realismo, para em seguida se tornar 
vanguarda e se expor na alegoria de Glauber Rocha. Dos diversos filmes documentais 
de Alexandre Robatto Filho, filmes sobre fatos históricos e culturais, passando pelo 
emblemático A grande feira, de Roberto Pires, pelo vanguardista Pátio até culminar 
em Barravento, espécie de síntese estética, com a fusão de naturalismo, realismo 
e alegoria, o filme baiano e a cultura cinematográfica que lhe segue inauguraram 
novas formas de visibilidade da cultura nacional, destacando suas riquezas e 
contradições. Esse cinema fez do atraso uma mola propulsora para o acúmulo e a 
superação de formas, o que resultou na produção artística cinematográfica de peso, 
tornando-se referência de experimentação, coragem e inconformismo.
BAHIA 100 anos de cinerma 7
E para que esse sopro continue seu curso de transformação, a Cinemateca 
Brasileira em parceria com a Secretaria de Cultura da Bahia, devolve as imagens 
e os sons desse centenário que tanto contribuiu para a compreensão da cultura 
brasileira. São trinta títulos da filmografia baiana que compõem um conjunto 
de DVDs, cuja preparação envolveu as mais diversas operações técnicas, como a 
telecinagem de longas e curtas metragens, a recuperação de materiais em vídeo 
e a reprodução de fotogramas de vários títulos, para confecção de material de 
divulgação. São ações que possibilitam que as novas gerações renovem suas 
referências e reconheçam essa história que, assim, continuará a pulsar.
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Bahia: um século de cinema!
Marcio Meirelles
Secretário de Cultura da Bahia
Mais do que uma coleção especial que celebra o primeiro século do cinema baiano, 
Bahia, 100 anos de cinema é resultado de um trabalho conjunto da Cinemateca 
Brasileira e da Secretaria de Cultura, através da Diretoria de Audiovisual (Dimas) da 
Fundação Cultural do Estado da Bahia.
O projeto nasceu de uma demanda da sociedade; é fruto de um desejo expresso 
pelos cineclubes, estudantes, cinéfilos, pesquisadores em conhecer os filmes feitos 
na Bahia, muitos dos quais, até então, inacessíveis ao público.
Essa coleção especial reúne 30 filmes em 12 programas, que totalizam mais de 
20 horas de sons e imagens em movimento. Aqui vemos Salvador, a cores e em 
preto e branco. Vemos o recôncavo baiano, o sertão e o mar.Vemos a força das 
águas da Chapada Diamantina, no coração da Bahia. Aqui nos vemos como somos: 
multifacetados, negros, miscigenados, ricos, miseráveis, tristes e alegres, pessimistas, 
niilistas, santos e guerreiros, crentes, de fé inabalável. E assim nos apresentamos ao 
mundo, na visão de cineastas de distintos perfis e gerações.
BAHIA 100 anos de cinerma 9
Bahia, 100 anos de cinema nos revela que temos uma cinematografia pujante, 
diversa, viva, mas muito pouco conhecida. Boa parte das obras integrantes dessa 
coleção permanece, de certa forma, inédita. Agora poderão sair do anonimato e 
circular pelo país.
Sem a Cinemateca Brasileira não conseguiríamos realizar este projeto. Não 
somente pelos recursos financeiros investidos, mas, sobretudo, pela efetiva adesão 
à proposta e pelo zelo e competência com a qual a instituição conduziu o processo. 
Bahia, 100 anos de cinema vem também selar uma parceria que o Estado da Bahia 
vem mantendo desde 2007 com a Cinemateca, que a cada ano se revela estratégica 
para o fortalecimento e desenvolvimento do campo da preservação audiovisual 
no país. Por isso, vimos nos empenhando para ter a Cinemateca Brasileira cada vez 
mais próxima, cada vez mais presente em nosso estado e na nossa região.
Com o lançamento de Bahia, 100 anos de cinema estamos promovendo e 
difundindo o audiovisual brasileiro feito na Bahia e contribuindo para a salvaguarda 
deste patrimônio, fundamental para a compreensão do nosso tempo e para a (re)
construção de nossa identidade.
BAHIA 100 anos de cinerma10
documentários, por exemplo
Carlos Alberto Mattos
Dadas as limitações técnicas, jurídicas, de preservação e de prazo que se impuseram 
à composição desse recorte dos 100 anos do cinema baiano, os filmes aqui reunidos 
cobrem um período (1954 a 2008) na verdade pouco maior que 50 anos. Trata-se de 
uma fase que corresponde à modernização e afirmação de identidade do cinema 
brasileiro. Nesse processo, o documentário teve papel importante também na 
Bahia – o que se reflete na presença significativa de 12 filmes com características 
documentais evidentes entre os 30 títulos incorporados. 
Com sua exposição frontal (e teatral) da capoeira dos Mestres Waldemar e 
Bimba, Vadiação representa o documentário tradicional, de feições didáticas, mas 
inspiradoras para quem viria depois. Barravento, aliás, foi um dos vários filmes 
que beberiam nas águas dos documentários sobre pesca realizados pelo mesmo 
Alexandre Robatto Filho, tido como o primeiro grande cineasta local.
O berço baiano do Cinema Novo foi construído também pela visão fluente e 
poética que Luiz Paulino dos Santos nos deu do ancoradouro do Mercado Modelo 
em fins dos anos 1950. Um dia na rampa, sonorizado por Glauber Rocha, cria uma 
coreografia conjugando o trabalho dos homens e o movimento dos barcos num 
cenário extremamente sugestivo. É um desses filmes que estão a um passo de 
exalar o cheiro forte de Salvador e ajudaram a criar uma certa imagem da cidade. 
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Tomem-se o curta O capeta Carybé, de Agnaldo “Siri” Azevedo, e o longa Samba 
Riachão, de Jorge Alfredo, para melhor entender essa formulação da Bahia através 
do cinema. Os perfis desses dois artistas carregam, cada um a sua maneira, as 
cores, as sinestesias todas e uma maneira de estar no mundo que, sem medo dos 
estereótipos, fixou-se como uma ideia de baianidade. Não mais a Bahia coletiva da 
capoeira e dos portuários, mas a do indivíduo peculiar que – mesmo vindo de fora, 
como o argentino Carybé – acaba personificando traços da terra. 
O mito do baiano bem sucedido que retorna à terrinha, cristalizado na Tieta de 
Jorge Amado, foi revisitado por Orlando Senna no seu Diamante bruto, história da 
volta de um ator famoso a Lençóis. Esse filme foi um dos marcos da miscigenação 
entre documentário e ficção que germinou no cinema brasileiro dos anos 1970, no 
rastro de Iracema, uma transa amazônica, que Senna codirigiu com Jorge Bodanzky 
em 1974. 
Numa vertente mais etnográfica, estimulada pela Caravana Farkas, situam-se os 
filmes de Guido Araújo (A morte das velas do recôncavo), Olney São Paulo (Sob o 
ditame de Rude Almajesto: sinais de chuva) e mesmo o “Siri” de Adeus, Rodelas. Perda 
e permanência jogam dialeticamente nesses filmes, que tratam das vicissitudes do 
clima e do progresso quando afetam a paisagem do sertão e do litoral baianos. 
Por fim, dois documentários dessa coletânea assumem caráter de reflexividade, 
tematizando o próprio cinema da Bahia. O Guarani faz um inventário da cinefilia 
e do pensamento cinematográfico em torno da mítica sala da Praça Castro Alves. 
Na Bahia ninguém fica em pé, integrante do movimento superoitista, flagra uma 
discussão antológica, porque bem-humorada, sobre a vida nada fácil dos cineastas 
baianos na virada dos anos 1980. 
Outros tantos documentários mereceriam lugar nesse conjunto de filmes, fossem 
eles de produção local, como os de Rex Schindler, por exemplo, ou frutos do interesse 
de documentaristas vindos de fora. Desde que a Bahia faz cinema, é num balanço 
fértil entre realidade e imaginação que vem temperando a sua imagem.
Carlos Alberto Mattos é crítico e pesquisador de cinema, autor de livros sobre os cineastas 
Walter Lima Jr., Eduardo Coutinho, Carla Camurati, Jorge Bodanzky, Maurice Capovilla e 
Vladimir Carvalho.
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100 anos de cinema na Bahia – a retomada
Joel de Almeida
Nos anos de 1980, fazer cinema era atividade de burguês! Essa afirmação era 
corriqueira nas calorosas discussões após as sessões dos filmes no Cineclube da 
Residência Universitária da UFBA. Soava mal e era um choque naquela juventude 
que sonhava com sua primeira experiência em Super 8. Mesmo assim, liam 
Christian Metz, Walter da Silveira, Paulo Emílio Sales Gomes Jean-Claude Bernardet. 
Esperavam ansiosos por setembro, e com ele a Jornada de Cinema da Bahia. Viajavam 
nos estranhos mas contagiantes filmes do Instituto Goethe, e, mais, se jogavam 
com ou sem função nos esporádicos sets de filmagens de amigos ex-superoitistas 
que ingressavam agora como profissionais na bitola 16 ou 35 mm. Eram projetos de 
curtas, vencedores dos editais da antiga Embrafilme.
 
Havia apenas um longa em produção, Boi Aruá, filme de animação de Chico Liberato 
que foi lançado em 1983. O próximo, só em 2001,Três Histórias da Bahia, edital do 
Governo do Estado e administrado pela Truq Produtora de Cinema TV e Vídeo. 
Mas o ambiente cinematográfico na passagem do século XX viveu uma verdadeira 
revolução. E essas mudanças foram estabelecidas pelas novas tecnologias, a Cultura 
Digital, deflagrando cada vez mais a produção e a difusão de filmes e vídeos. O novo 
BAHIA 100 anos de cinerma 13
tempo de cinema fixa o status de democratização do uso e da expressão através 
da linguagem audiovisual. Políticas públicas de fomento à cadeia produtiva, há 
muito desejadas pela classe cinematográfica, projetam o já conhecido Cinema da 
Retomada ou A Nova Onda como foi batizado aqui na Boa Terra.
Cineastas tarimbados, jovens estudantes, revelam suas experiências e levam 
às telas uma imagem plural e comprometida com as principais causas sociais da 
atualidade. Uma gama de curtas e longas de ficção e documentários, e filmes de 
animação representam dignamente a expressão audiovisual da boa terra onde quer 
que sejam exibidos.
Nomeamos alguns deles, que, imaginamos, podem representar a atmosfera 
cinematográfica da chamada Retomada: já em 1996, Mr. Abrakadabra, faz uma 
homenagem ao centenário do cinema, como se estivesse inaugurando uma nova 
era; os documentários O capeta Carybé, experimenta uma narrativa que põe fim aos 
limites entre o artista plástico, seu cotidiano e sua obra, enquanto o longa Samba 
Riachão, que também homenageia outro grande artista, desta vez da música, de 
maneira livre, narra a carreira do sambista Riachão, trajetória essa que se confunde 
com a própria história do samba no século XX; Catálogo de meninas, trabalho de 
animação e 10 centavos,ambos são dedicados à oportuna discussão dos problemas 
da infância e adolescência no país; o longa Eu me lembro, filme poético, que mostra 
os desafios de uma geração que viveu num Brasil entre a modernização e a repressão 
da Ditadura Militar de 1964; Cães, expõe o coronelismo dos primórdios da República, 
com uma estética moderna; por fim, O Guarani, documentário de curta-metragem 
que resgata de maneira realista e nostálgica, a memória da mais antiga e tradicional 
sala de cinema de Salvador. 
O movimento audiovisual na Bahia parece mesmo ter se solidificado, e essa 
conquista é um forte motivo para comemoração.
Joel de Almeida é professor de História, pesquisador, cineasta, realizador dos filmes: Penitência, 
Preto no branco, A resistência do sonho, Calumbis, pífanos e zabumbas, Penitentes do São 
Francisco e Hansen Bahia.
BAHIA 100 anos de cinerma14
2x50 anos de cinema na Bahia
Maria do Socorro Carvalho
100 anos de cinema na Bahia. Ou, à maneira de Godard, 2 x 50 anos de cinema 
na Bahia. Os primeiros cinquenta anos dos pioneiros – com Diomedes Gramacho e 
José Dias da Costa inaugurando a tomada de pequenas fitas, em 1910, e culminando 
com os filmes de Alexandre Robatto Filho, entre 1930 e 1960. Os cinquenta anos 
seguintes, que ainda são nossos contemporâneos, têm início com o Ciclo do Cinema 
Baiano (1959–1964), para logo testemunharem o experimentalismo dos anos 1970 
e certo vazio da época posterior até a retomada da produção em meados da década 
de 1990, batizada “a novíssima onda baiana”.
Se os registros centenários estão perdidos para sempre no fundo da baía de To-
dos os Santos, onde foram jogados como prevenção contra os temidos incêndios do 
celuloide, parte da obra pioneira de Alexandre Robatto Filho, aquele que primeiro 
filmou de maneira sistemática na Bahia, encontra-se em processo de restauração 
na Cinemateca Brasileira. Seus documentários curtos constroem um rico panorama 
de aspectos diversos da cultura baiana, como se pode ver em Vadiação, um olhar 
sobre a capoeira em 1954, portanto o filme mais antigo desta coletânea.
Essa produção documental será referência para os jovens cineastas ao iniciarem 
a realização de filmes, sobretudo de ficção, no fim da década de 1950. É desse mo-
mento o primeiro longa-metragem baiano, filmado entre 1957 e 1958, Redenção, de 
BAHIA 100 anos de cinerma 15
Roberto Pires – um semipolicial melodramático, segundo o crítico Glauber Rocha. E 
os curtas-metragens Um dia na rampa, documentário de Luís Paulino dos Santos 
sobre um dia de trabalho na então famosa rampa do Mercado Modelo, e o filme-
poema Pátio, o ensaio cinematográfico que marca a estréia de Glauber Rocha na 
direção. Todos três exibidos pela primeira vez, em Salvador, em março de 1959. 
Além dos filmes fundadores, esse importante surto apresenta-se aqui com sua 
“trilogia da fome”: Bahia de Todos os Santos (Trigueirinho Neto, 1960), Barravento 
(Glauber Rocha, 1960-62) e A grande feira (Roberto Pires, 1961). Embora com con-
cepções distintas, eles se ligam pela discussão em torno da fome e suas formas de 
representação, revelando preocupações comuns dos realizadores e indicando pro-
postas estéticas que anteciparão o cinema da fome e da violência que explodirá 
com o Cinema Novo ao longo dos anos 1960. Frutos do “desenvolvimentismo” local, 
os filmes tratam da fome em meio ao mundo do abastecimento – o transporte, a 
produção e a distribuição de alimentos – a partir de personagens famintos que de-
vem matar a fome da cidade. 
A “nova onda baiana”, na qual se destaca o cineasta Glauber Rocha, constituiu-se 
um marco dessa cinematografia hoje centenária. É notável que em um lugar sem 
história de produção fílmica surja um movimento não apenas realizador de filmes, 
mas antes de crítica, com formação de técnicos, produtores, atores e diretores, que 
permanecerá como referência ou inspiração para a multiplicidade de temas, abor-
dagens e formatos da produção que se seguiu. Assim, da experiência “marginal” de 
Meteorango Kid – Herói intergaláctico (André Luiz Oliveira, 1969) ao balanço gera-
cional de Eu me lembro (Edgard Navarro, 2005); ou do sertão de Sob o ditame de Rude 
Almajesto: sinais de chuva (Olney São Paulo, 1976) à crônica da cidade de 10 centavos 
(César Fernando Oliveira, 2008), esboça-se um complexo (embora necessariamente 
parcial) painel da memória audiovisual baiana para celebrar o primeiro século do 
cinema na Bahia.
Maria do Socorro Carvalho é professora e pesquisadora do cinema brasileiro, autora de livros 
sobre a história do cinema na Bahia – A Nova Onda Baiana (Edufba, 2003) e Imagens de um 
Tempo em Movimento (Edufba, 1999).
BAHIA 100 anos de cinerma16
a experimentação Baiana
Rubens Machado Jr.
Forasteiros, podemos ter às vezes a impressão de que o cinema baiano traz sem-
pre um caráter inventivo ao longo de sua história. Algo como uma inquietação 
própria, não só a de vanguarda, ou experimental. Se não nos enganamos, ainda 
quando não se pretende uma criação original, restaria disseminada pelos filmes al-
guma sugestão remota de jogo, em ponta de ironia, ou qualquer resíduo inquieto 
de expressão que não quer calar por sobre as convenções pesadas que se fizeram 
impor. 
Ilusão de ótica? Viagem metafísica? Contágio de uma decantada verve discursiva 
que distingue o emblemático falar baiano? Imposição urbana da antiga capital do 
país, velhas persuasões da sua arquitetura barroca balizando exigências do nosso 
olhar? Mesmo os habitantes mais fugazes da cidade de Salvador parecem captar 
esse complexo feitiço. Como talvez o que veio se fixar no magnetizante Aqueles 
que... (1981) de Miguel Rio Branco, nessa exata condição de morador pouco demo-
rado. Nele, o bairro do Maciel nos fala de um país protelado e fascinante, violento e 
generoso. Uma Baixa do Sapateiro medonha e bela que tantos filmes de antes e de 
depois adotaram como uma coordenada inspiradora, matriz visual com uma densa 
experiência de tradição, base documentária de pulsações decisivas da sociedade 
– registros de Vito Diniz, Tuna Espinheira e tantos outros; ficções incontáveis do 
Pelourinho, epicentro de dores e risos, vibrações cinematográficas baianas. Reflete-
se este cataclismo nas lonjuras do sertão, do litoral baiano? – ou ao contrário, esse 
BAHIA 100 anos de cinerma 17
tremor seria deles um consequente reflexo tectônico? Em todo caso, domar con-
vulsões, ou sublimá-las apenas, é algo que também acontece, basta ver a serenidade 
do centro histórico em Gato/Capoeira (1979), de Mario Cravo Neto; a busca plácida 
de harmonias na Arembepe de José Agrippino de Paula, em Céu sobre água (1978).
O certo é que o convívio de tanta diferença vai desafiar uma visão conjunta, um 
esforço de totalizar que ganhou no cinema pelo menos dois precoces filmes de 
reflexão sobre o próprio cinema baiano, o coletivo superoitista Na Bahia ninguém 
fica em pé (1980), de Araripe Jr., Pola Ribeiro e Edgard Navarro e, desse último, 
Talento demais (1994), um cineasta cuja percepção das diferenças produzira o “cult” 
Superoutro (1989). Este viés do diferente, aliás, já teria estruturado o magnífico 
surto de experimentalismo superoitista nos anos 1970, precedido de pouco pelas 
experiências de André Luiz Oliveira, Álvaro Guimarães e José Umberto. Mas a 
sensibilidade das diferenças nos levaria mais longe, às origens da modernidade e do 
cinema experimental na vanguardista década de 1950 baiana.
Já anunciam muito do que se verá mais tarde os filmes Um dia na rampa (1955-
1960), de Luiz Paulino, e Pátio (1957-1959), de Glauber, como bem intuiu na época o 
atento crítico paraibano Wills Leal, com mínima inclinação para o primeiro. O con-
traponto dos dois estreantes já nos traz uma configuração lapidar de Povo e Elite, 
fundamento básico da imagem movente baiana. No primeiro filme, um novo escan-
dir rítmico de imagens populares do trabalho diário em montagem singular no seu 
humor e riqueza de associações. No segundo, mudam atores e coreografia no construir 
abstrato de uma tensamelancolia de mirantes tropicais privilegiados. Como numa 
esplanada de fortificações, podemos ali esquadrinhar o horizonte oceânico da boca 
da Baía de Todos os Santos, por onde uma elite vislumbraria vínculos seguros com 
outros portos, do país e d’além-mar. Já no filme de Paulino, como num contracampo 
voltado para a terra do Recôncavo encontraremos a vibração do centro popular, mer-
cados de sobrevivência e de vitalidade baiana.
Rubens Machado Jr. é pesquisador, curador e professor titular de Teoria e História do Cinema da 
ECA-USP. É vice-presidente do Conselho de Orientação Artística do MIS-SP e integra a editoria 
das revistas Cine- Olho, Infos Brésil, Praga, Sinopse e Significação.
BAHIA 100 anos de cinerma18
Bahia de Todos os Santos
Um dia na rampa
Vadiação1
Um dia na rampa
1960, documentário, 16mm, 10 min.
[Sinopse]
Um dia na rampa do Mercado Modelo de 
Salvador, onde chegavam os saveiros voltando 
do Recôncavo trazendo produtos para 
comercializar na capital. 
Tradição da capoeira, do candomblé e outros 
costumes são apresentados no 
decorrer do filme rodado em 1955.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Luiz Paulino dos Santos
Produção: E. R. Fonseca e Primo Carbonari
Direção de produção: Marinaldo Nunes
Diretor de fotografia: Waldemar Lima, Marinaldo 
da Costa Nunes e David da Costa Nunes
Montagem: Luiz Paulino dos Santos
Música original: Berimbau e Bugalho
Vadiação 
1954, documentário, 16mm, 8 min.
[Sinopse]
A capoeira na Bahia, ao som de berimbaus, 
evolui de luta de guerra para forma popular 
de dança. Com os mestres Bimba e Valdemar. 
[Ficha Técnica]
Direção: Alexandre Robatto Filho
Com a colaboração de Carybé, Paulo Jatobá, Manoel Ribeiro e Silvio Robatto. 
Berimbau e cantores do Mestre Bimba e jogadores do Mestre Valdemar.
Duração aproximada 120 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 19
Bahia de Todos os Santos
1960, ficção, 35mm, 102 min.
[Sinopse]
A trama gira em torno de um grupo de amigos inconformados com o marasmo e 
a vida monótona da capital baiana, na época da ditadura de Getúlio Vargas. Tonho, 
um mulato rejeitado pelos pais que vive de pequenos furtos no porto de Salvador, 
vive conflitos sociais, políticos e religiosos. Sua amante inglesa quer afastá-lo dos 
companheiros, mas ele se envolve num atrito entre grevistas e a polícia, terminando 
por roubar a amante para ajudar os perseguidos. Insatisfeita, ela o denuncia, 
comprometendo-o politicamente. Ele é preso e, quando volta para a família, 
seu drama permanece.
[Ficha Técnica]
Direção, roteiro e produção: Trigueirinho Neto
Empresa produtora: Ubayara Filmes
Produção executiva: Lorenzo Serrano
Diretor de fotografia: Guglielmo Lombardi
Montagem: Maria Guadalupe
Direção de arte: José Pedreiras
Figurino: Maria Augusta Teixeira
Técnico de som direto: Ernst Hack
Efeitos especiais de som: Paolo Giolli, Thomaz Farkas e Vinício Callia
Trilha musical: Antonio Bento da Cunha
Fotografia de cena: Bruno Furrer
Elenco: Jurandir Pimentel, Lola Brah, Arassary de Oliveira, Geraldo d’el Rey, Eduardo 
Waddington, Antonio Victor, Sadi Cabral, Milton Gaúcho e Clube Barão do Barão 
do Desterro
Apresentando: Antonio Luís Sampaio (Pitanga), Ana Maria Fraga, Francisco Contreiras, 
Waldemar Gomes, Mãi Masú, Nelson Lana, Flaviana Silva, Neusa Barreto, Antonio 
Carlos dos Santos, Jota Luna, Manoel Assunção, José de Almeida, Manoel José dos 
Reis, Plinio de Souza, Aroldo Lázaro e José Fonseca Filho
BAHIA 100 anos de cinerma20
2
A morte das velas do recôncavo
1976, documentário, 16mm, 23 min.
[Sinopse]
O filme documenta o desaparecimento do 
saveiro, a mais típica embarcação à vela da 
Bahia de Todos os Santos. Esta desempenhava 
uma importante função econômica além de 
estética na cidade. Este documentário aborda 
problemas sócio-econômicos com o propósito 
de tentar preservar esta memória.
Pátio 
1956, ficção, 16mm, 13 min.
[Sinopse]
Duas figuras humanas jogadas sobre um 
pátio em preto e branco, compondo um 
jogo de metamorfoses, símbolos e monta-
gens dialéticas. 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Glauber Rocha
Produção: Luiz Paulino dos Santos e 
Glauber Rocha
Diretor de fotografia: José Ribamar de 
Almeida e Luiz Paulino dos Santos
Montagem: Souza Junior
Elenco: Sólon Barreto e Helena Ignez
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Guido Araújo
Empresa produtora: Embrafilme S.A.
Produção executiva: Gloria Varela, 
Eduardo Tadeu
Diretor de fotografia: Thomaz Farkas
Montagem: Peter Pryzgodda
Direção de arte: Chico Liberato
Técnico de som direto: Timo Andrade
Canção: Calabar, o Elogio da Traição, 
de Chico Buarque e Ruy Guerra
Narração: Chico Drumond
Barravento
A morte das velas do recôncavo
Pátio Duração aproximada 117 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 21
Barravento
1961, ficção, 35mm, 81 min.
[Sinopse]
Numa aldeia de pescadores de xaréu, cujos 
antepassados vieram da África como escravos, 
permanecem antigos cultos místicos ligados 
ao candomblé. A chegada de Firmino, antigo 
morador que se mudou para Salvador fugindo 
da pobreza, altera o panorama pacato do local, 
polarizando tensões. 
[Ficha Técnica]
Direção, roteiro e produção: Trigueirinho Neto
Direção: Glauber Rocha
Roteiro: Glauber Rocha e José Telles 
de Magalhães
Empresa produtora: Iglu Filmes
Produção: Rex Schindler e Braga Neto
Produção executiva: Roberto Pires
Direção de produção: José Telles de Magalhães
Diretor de fotografia: Tony Rabatoni
Montagem: Nelson Pereira dos Santos
Direção de arte: Calazans Neto
Edição de som e mixagem: Hélio Barrozo Netto
Fotografia de cena: Élio Moreno Lima
Elenco: Antonio Pitanga, Aldo Teixeira, Luiza 
Maranhão, Lucy Carvalho, Lídio Silva, Alair 
iguori, João Gama, Flora Vasconcelos, Jota Luna, 
Élio Moreno Lima, Francisco dos Santos Brito, 
Antonio Carlos dos Santos, Rosalvo Plínio e Zezé
BAHIA 100 anos de cinerma22
3
Catálogo de meninas
2002, animação, 35mm, 13 min.
[Sinopse]
Dalvinha é uma menina de 14 anos que mora
com a mãe e o padrasto. Durante o dia, dentro 
de casa, ela é tratada como uma empregada 
doméstica até que conhece o Cabaré Tropical 
e muda o rumo de sua vida.
 
[Ficha Técnica]
Direção, roteiro, storyboard e animação: Caó Cruz Alves
Empresa produtora: Studio Caó
Esboços animados: Adriano Luís, Patrícia Braga e Caó Cruz Alves
Montagem: Nivaldo Costa
Direção de arte: Adriano Luís, Patrícia Braga e Caó Cruz Alves
Técnico de som: Júlio Cézar
Edição de som e mixagem: Miriam Biderman
Trilha musical: Alan Verhine, Adelmo Oliveira, Augusto Vasconcelos, Alex Mercês Alves 
e Caó Cruz Alves
Dublagem: Nilda Spencer, Gideon Rosa, Waldemar Nobre, Jorge Washington, Paloma 
Carvalho e Galvão Bueno
Técnica: Animação 2D e 3D
Boi Aruá
Catálogo de meninas Duração aproximada 72 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 23
Boi Aruá 
1984, ficção, 35mm, 59 min.
[Sinopse]
História de um fazendeiro cujo poder é desafiado pela fantástica aparição do Boi 
Aruá, até o derradeiro confronto, quando se despoja das máscaras e celebra a 
vitória sobre si mesmo.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Francisco Liberato
Empresas produtoras: Seriarte Planejamento Visual e Programa de Educação 
Básica SEC/MEC
Empresa co-produtora: Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Produção executiva: Regina Machado e Maria Augusta São Paulo
Diretor de fotografia: Celso Campinho e Francisco Liberato
Montagem: Tuna Espinheira
Animadores: Chico Liberato, Antonio José Cassiano e Paulo Ricardo Xavier
Cenografia: Edy Guimarães, Ana Silvia Liberato, Núbia Espinheira, Paulo Carvalho, 
Cezar Nunes, Tereza Perez, Robério e Rita Andrade
Edição de som e mixagem: Timo de Andrade
Trilha musical: Ernst Widmer, Elomar Figueira e Carlos Pita
BAHIA 100 anos de cinerma24
4
Sob o ditame de Rude Almajesto (sinais de chuva)
1976, documentário, 16mm, 13 min.
[Sinopse]
As diversas experiências do homem do campo na maneira de pressagiar a chuva na 
região nordestina.
 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Olney São Paulo
Inspirada em crônica de Eurico Alves Boaventura
Empresa produtora: Pilar Filmes Ltda.
Produção: Maria Augusta; Regina Machado, Hermínio Lemos eValdener São Paulo
Diretor de fotografia: Edgar Moura
Montagem: João Ramiro Mello
Direção de arte: Edgar Moura
Técnico de som direto: Lael Rodrigues
Elenco: Valdener São Paulo, Roque e Edgard Tolete
Diamante bruto
Sob o ditame de Rude Almajesto (sinais de chuva)
Duração aproximada 114 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 25
Diamante bruto 
1977, ficção, 35mm, 101 min.
[Sinopse]
Após 20 anos de ausência, o astro de TV José de Castro retorna à sua terra natal, Lençóis, 
e reencontra Bugrinha, seu amor de infância. Ela se recusa a firmar um compromisso e 
José reage a esta atitude mantendo encontro secretos com Rita, casada com Tibúrcio, um 
ex-matador profissional.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Orlando Senna
Empresas produtoras: Pilar Filmes e Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Produção: Ignácio Gerber, Orlando Senna, Olney São Paulo e Maria Augusta São Paulo
Produção executiva: Maria Augusta São Paulo
Direção de produção: João Neiva
Diretor de fotografia: João Carlos Horta
Montagem: Roberto Pires
Técnico de som direto: Esmeraldo Alves
Edição de som e mixagem: Carlos Della Riva, Antonio Cesar
Trilha musical: Regional da Chapada Diamantina
Elenco: José Wilker, Gilda Ferreira, Conceição Senna, Wilson Melo, Ademário Rufino, 
Flora, Gilma Natália, Grimaldo Veiga, Iraildes Martins, Oscar Semieixo, Pocino, 
Raimundo Nonato, Salvador do Remanso e Povo de Lençóis
BAHIA 100 anos de cinerma26
5
Eu me lembro
2005, ficção, 35mm, 111 min.
[Sinopse]
Uma investida poética de inspiração autobiográfica
em que o realizador mistura realidade e ficção para
traçar um painel de memória coletiva e, na tentativa
 de compreender a gênese de seus próprios conflitos,
termina fornecendo pistas sobre algumas das buscas
essenciais de sua geração.
 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Edgard Navarro
Empresa produtora: Truque Produtora de Cinema
Produção: Sylvia Abreu e Moisés Augusto
Produção executiva: Moisés Augusto, Diana Gurgel e Tenille Bezerra
Direção de produção: Taissa Grisi e Macarra Viana
Diretor de fotografia: Hamilton Oliveira
Montagem: Jerfferson Cysneiros
Direção de arte: Moacyr Gramacho e Shell Jr.
Figurino: Moacyr Gramacho
Técnico de som direto: Nicodeme de Renesse
Edição de som e mixagem: Beto Ferraz, José Luis Sasso e Pedro Sérgio
Trilha musical: Tuzé de Abreu
A voz de Caetano Veloso na música Eu me lembro foi gentilmente cedida pela Universal Music.
Fotografia de cena: Henrique Andrade
Elenco: Lucas Valadares, Arly Arnaud, Fernando Neves e Valderez Freitas Teixeira
Eu me lembro
Duração aproximada 111 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 27
BAHIA 100 anos de cinerma28
6
10 centavos
2007, ficção, 35mm, 19 min.
[Sinopse]
Um dia na vida de um garoto que mora no 
subúrbio ferroviário de Salvador e trabalha 
como guardador de carros no centro histórico.
 
[Ficha Técnica]
Direção e produção: Cesar Fernando 
de Oliveira
Roteiro: Reinofy Duarte
Empresa produtora: Santo Forte Imagem 
e Conteúdo
Produção executiva: Amadeu Alban 
Direção de produção: Maria Cristina
Diretor de fotografia: Matheus Rocha
Montagem: Cesar Fernando de Oliveira 
e Amadeu Alban
Direção de arte: Miniusina de Criação
Técnico de som direto: Richard Meyer
Edição de som e mixagem: Richard Meyer 
e Tchairousky
Trilha musical: Richard Meyer
Elenco: Jorge Júnior, Fernando Fulco, Narcival 
Rubens, Paulo Prazeres e Frank Magalhães
A grande feira
10 centavos Duração aproximada 111 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 29
A grande feira 
1961, ficção, 35mm, 92 min.
[Sinopse]
Uma empresa imobiliária ameaça de despejo os feirantes de Água de Meninos, em 
Salvador, que se organizam para resistir. Um marinheiro se vê envolvido nessa luta 
e se divide entre o amor de Maria da Feira, irmã de um bandido, e de Ely, moça da 
alta sociedade.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Roberto Pires
Empresa produtora: Iglu Filmes
Produção: Rex Schindler e Braga Neto
Produção executiva: Glauber Rocha
Direção de produção: Braga Neto 
Diretor de fotografia: Hélio Silva
Montagem: Roberto Pires e Glauber Rocha
Direção de arte: José Teixeira de Araújo
Trilha musical: Remo Usai
Fotografia de cena: Élio Moreno Lima
Elenco: Geraldo D’El Rey, Helena Ignez, Luiza Maranhão, Antonio Luis Sampaio 
(Pitanga), Milton Gaúcho, Roberto Ferreira, David Singer e Sante Scaldaferri
Participação especial: Roberto Pires, Rennot, José Cavalcante, Orlando Senna, 
Glauber Rocha, Riachão e Walter Webb
BAHIA 100 anos de cinerma30
7
Anil
1990, experimental,16mm, 8 min.
[Sinopse]
Durante uma semana, regidos pelos signos 
negros da cultura baiana, os varais contam 
histórias de exploração. O trabalho da mulher, 
cânticos e cores se reúnem delicadamente 
para denunciar.
 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Fernando Bélens
Empresa produtora: Lumbra Cinematográfica
Produção executiva: Fafá Pimentel 
e Laura Bezerra
Direção de produção: Luciano Floquet
Diretor de fotografia: Vito Diniz
Montagem: Edgard Navarro
Direção de arte: José Araripe Jr.
Trilha musical: Walter Smetak
Música original: Bira Reis e Ilú-Batá Banda
O mágico e o delegado
Anil Duração aproximada 111 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 31
O mágico e o delegado 
1983, drama, 35mm, 103 min.
[Sinopse]
Um mágico e sua partner chegam a uma pequena cidade do interior da Bahia para apresen-
tar um espetáculo de variedades. Comovida pela pobreza local, Paloma sugere ao mágico um 
grande truque que traga a fartura onde existe a miséria. No entanto, a mágica dura pouco.
[Ficha Técnica]
Direção: Fernando Coni Campos
Roteiro: Fernando Coni Campos e Mário Carneiro
Com a colaboração de Fred Souza Castro e José Roberto Noronha
Empresa produtora: Sani Filmes Ltda.
Produção e produção executiva: Oscar Santana 
Direção musical e músicas compostas: Nelson Jacobina
Arranjos e Regência: Zezinho Moura
Execução: Banda Palmares
Direção de produção: Maria Augusta São Paulo
Diretor de fotografia: Mário Carneiro 
Montagem: Roberto Pires e Eunice Gutman
Figurino: Lúcia Cunha
Edição de som e mixagem: Roberto Leite
Fotografia de cena: Paulo Souza
Elenco: Nelson Xavier, Mario Gadelha, Tânia Alves, Cacilda Alves, Luthero Luis, Fredy Ribeiro, 
Maria Silvia, Jurema Pena, Adilson Costa, Carlos Sampaio, Helber Rangel, André Toretta, Lia 
Mara, Walter Webb, Vera Setta, Arthur Dantas, Sônia Dias, José Magalhães, Marília Araújo, 
César Pires, Lena Gomes, Marcus Vinícius, Ivan Setta, Wilson Grey e Nonato Freire
Dublagem: Tabula Abramo
BAHIA 100 anos de cinerma32
8 Meteorango Kid - herói intergalácticoGato / Capoeira Duração aproximada 97 min.
Gato / Capoeira
1979 , documentário, S8, 13 min.
[Sinopse]
Cenas do capoeirista-bailarino pelas ruas de 
Salvador. O protagonista passa por diversas 
situações que envolvem o mundo popular 
da cidade e as tradições afro-brasileiras, com 
um fenomenal cuidado plástico aliando 
a coreografia e o realismo das relações 
corpo-espaço.
[Ficha Técnica]
Direção: Mario Cravo Neto
BAHIA 100 anos de cinerma 33
Meteorango Kid - herói intergaláctico 
1969, ficção, 35mm, 84 min.
[Sinopse]
O filme narra, de maneira anárquica e irreverente as aventuras de Lula, um 
estudante universitário, no dia do seu aniversário. De forma absolutamente 
despojada mostra, sem rodeios, o perfil de um jovem desesperado, representante 
de uma geração oprimida pela ditadura militar e pela moral retrógrada de uma 
sociedade passiva e hipócrita. O anti-herói intergaláctico atravessa este labirinto 
cotidiano através das suas fantasias e delírios libertários, deixando atrás de si um 
rastro de inconformismo e um convite à rebelião em todos os níveis. 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: André Luiz Oliveira
Empresa produtora: A.L.O. Produções Cinematográficas
Produção executiva: Milton Oliveira 
Direção de produção: Márcio Cury
Diretor de fotografia: Vito Diniz
Montagem: Márcio Cury 
Direção de arte: Mário Cravo Neto e José Wagner
Figurino: José Wagner 
Música: Moraes Moreira e Galvão
Intérpretes/músicos: Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor
Elenco: Antônio Luis Martins, Milton Gaúcho, Nilda Spenser, Manuel Costa Jr. 
Caveirinha,José Vieira, Carlos Bastos, Ana Lúcia Oliveira e Adelina Marta
BAHIA 100 anos de cinerma34
9
O capeta Carybé
1996, documentário, 35mm, 22 min.
[Sinopse]
O filme revela a enorme integração da vida e 
da obra de Carybé com a cidade de Salvador 
e o que a Bahia tem em sua essência, bem 
registrada em seus quadros e murais. A 
trajetória e a vida do artista plástico desde 
que se fixou na capital baiana em 1938, a 
partir do texto homônimo de Jorge Amado.
 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Agnaldo Siri Azevedo
Empresa produtoras: R.R. Filme e Vídeo 
Produção executiva: Roman Stulbach
Direção de produção: Chico Drummond
Direção de fotografia: Vito Diniz
Direção de arte: Ronald Palatnik
Montagem, edição de som e mixagem: 
Roman Stulbach e Severino Dadá
Técnico de som direto: Rômulo Drummond
Trilha musical: Walter Queiroz
Narração: Harildo Deda e Nelson Dantas
Samba Riachão
O capeta Carybé Duração aproximada 106 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 35
Samba Riachão 
2001, documentário, 35mm, 84 min.
[Sinopse]
Aos 80 anos de idade, Riachão é o cronista musical da cidade de Salvador, tendo 
vivenciado todas as transformações pelas quais passou a música popular brasileira 
e os meios de comunicação no decorrer do século 20. É por meio das histórias deste 
personagem, um dos mais populares compositores baianos, que o filme apresenta 
um relato histórico da MPB.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Jorge Alfredo
Empresa Co-produtora: Truque Cine TV e Vídeo e Braskem
Produção executiva: Moisés Augusto
Diretor de fotografia: Pedro Semanovschi
Montagem: Tina Saphira
Direção de arte: José Araripe Jr.
Trilha musical: Jorge Alfredo
Depoimentos: Dorival Caymmi, Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Armandinho, 
Carlinhos Brown, Bule Bule, Daniela Mercury, Tuzé de Abreu, Dona Edith do Prato, 
Chula de São Brás, Gerônimo, Clarindo Silva, Cid Teixeira e Antonio Risério
BAHIA 100 anos de cinerma36
10Caveira my friendNa Bahia ninguém fica em pé Duração aproximada 107 min. 
Na Bahia ninguém fica em pé
1980, documentário, S8, 22 min.
[Sinopse]
Reflexão desenvolvida coletivamente em 
reportagem-ensaio bem-humorada sobre 
as agruras do cinema baiano na virada 
da década.
 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Edgard Navarro, 
José Araripe Jr. e Pola Ribeiro
Produção: C.I.S da F.C.E.B
Diretor de fotografia: Edgard Navarro 
e Pola Ribeiro
Entrevistas: Edgard Navarro, José Araripe Jr. 
e Pola Ribeiro
 
BAHIA 100 anos de cinerma 37
Caveira my friend 
1970, experimental, 35mm, 85 min.
[Sinopse]
Uma proposta radical de rompimento com os postulados do Cinema Novo, num 
filme de estrutura narrativa bastante livre. A partir da ação de um grupo de 
assaltantes, o diretor costura cenas que propõem a iconoclastia e o desbunde 
como formas de contestação à opressão da ditadura militar.
[Ficha Técnica]
Direção: Alvaro Guimarães
Roteiro: Alvaro Guimarães, Ivan Leão e Léo Amorim
Empresa produtora: R.P.I. e Lauper Filmes
Produção: Joaquim Guimarães
Produção executiva: Orlando Senna
Direção de produção: Zé Américo
Diretor de fotografia: Sérgio Maciel
Montagem: Luiz Martins e Jovita Pereira Dias
Técnico de som direto: Júlio Perez Calabar e Orlando Macedo
Trilha musical: Galvão Moraes
Elenco: Manoel da Costa, Maria da Conceição Senna, Gó Muniz, Sônia Dias, Paula 
Martins, Orlando Senna, Ivan Reis, Nilda Spencer, Luiz Antônio Cunha, Ricardo 
Petraglia, Roberto Duarte e outros
Apresentando: Nonato Freire
BAHIA 100 anos de cinerma38
Brabeza
Memória de Deus e do Diabo em Monte Santo e Cocorobó
O Guarani
Redenção11
Brabeza
1978, ficção, S8, 22 min.
[Sinopse]
Ecos cinemanovistas estilizados em ex-
perimentos compositivos fotográficos e de 
montagem, no encontro de uma retirante 
com um homem que carrega um fuzil nas 
ruas da cidade grande.
 
[Ficha Técnica]
Direção e produção: José Umberto Dias e 
Robinson Roberto Sales Barreto
Roteiro: José Umberto Dias
Diretor de fotografia: Robinson Roberto
Sales Barreto
Montagem: José Umberto Dias
Figurino: Rosa
Elenco: Márcia Cristina, José Umberto Dias, 
Marcos Sergipe e Svetlana
Memória de Deus e do Diabo 
em Monte Santo e Cocorobó
1984, documentário, 35mm, 11 min.
[Sinopse]
Evocação dos caminhos percorridos por 
Glauber Rocha em Monte Santo e Cocorobó, 
Serra de Canudos, Bahia, quando filmava 
Deus e o Diabo na Terra do Sol. Paralelismo 
entre vigor e o rigor místico dos propósitos de 
Antônio Conselheiro e do cineasta, dirigidos 
pela ânsia de despertar a consciência dos 
homens e promover a liberdade.
[Ficha Técnica]
Direção: Agnaldo Siri Azevedo
Roteiro: Agnaldo Siri Azevedo e Timo Andrade
Empresas produtoras: Siri Produções e 
RA Arte e Comunicação
Direção de produção: Chico Drummond
Diretor de fotografia: Nonato Estrela
Técnico de som direto: Timo Andrade
Edição de som e Mixagem: Roman Stulbach
Duração aproximada 114 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 39
O Guarani
2008, documentário, 35mm, 20 min.
[Sinopse]
Espaço de encontro e formação para 
cinéfilos e cineastas de diversas gerações, 
o Cine Guarani foi um dos mais importantes 
endereços de Salvador durante mais de 
setenta anos. O Guarani é um filme de 
memórias e celebração.
 
[Ficha Técnica]
Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes
Roteiro: Cláudio Marques
Empresa produtora: Coisa de Cinema
Produção executiva e direção de produção: 
Cláudio Marques
Diretor de fotografia: Nicolas Hallet
Montagem: Marília Hughes e Cláudio Marques
Técnico de som direto: Simone Dourado
Edição de som e mixagem: Cláudio Marques 
e Damião Lopes
Redenção
1958, ficção, 16mm, 61 min.
[Sinopse]
Um psicopata estuprador é contido por 
dois jovens fazendeiros, um dos quais está 
envolvido com a polícia e que, ao proteger 
uma jovem ameaçada, encontra a ‘redenção’. 
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Roberto Pires
Empresa produtora: Iglu Filmes
Produção: Elio Moreno de Lima
Diretor de fotografia: Hélio Silva
Montagem: Mario Del Rio
Trilha musical: Alexandre Gnatalli
Elenco: Geraldo H. D’el Rey, Braga Neto, 
Maria Caldas, Fred Jr., Milton Gaúcho, 
Alberto Barreto, Normand F.Moura, Jackson 
O.Lemos, Raimundo Andrade, José de Matos, 
Costa Jr., Rodi Luchesi, Jorge Cravo, Orlando 
Rego, Oscar Santana, Leonor de Barros, Elio 
Moreno Lima, Waldemar Brito, Roberto 
Pires, Kuiaus – Kuiaus e Jorge Ernesto
BAHIA 100 anos de cinerma40
Adeus Rodelas
1990, documentário, 16mm, 20 min.
[Sinopse]
Filmado antes da cheia do Lago de 
Itaparica, aborda o reassentamento da 
população agrícola, o choque e as saudades 
antecipadas dos moradores.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: Agnaldo Siri Azevedo
Empresa produtora: Siri Produções 
Cinematográficas
Fotografia: Vito Diniz
Montagem: Roman Stulbach
Edição de som e Mixagem: Rômulo Drummond
Trilha musical: Pajé Armando Gomes
Comunidade do Maciel – 
há uma gota de sangue 
em cada poema
1973, documentário, 16mm, 20 min.
[Sinopse]
Uma comunidade formada por prostitutas, 
homossexuais, ladrões, traficantes e grupos 
de famílias em pleno centro da cidade de 
Salvador. O baixo meretrício situado na área 
do Pelourinho ocupava uma arquitetura 
outrora pertencente à elite.
[Ficha Técnica]
Direção, roteiro, produção e montagem: Tuna 
Espinheira
Empresa produtora: Pilar Filmes
Diretor de fotografia: Roberto Gaguinho
Técnico de som direto: Pedro Juraci de Almeida
Edição de som e mixagem: Jorge Rueda
Narração: Jorge Dias
Adeus Rodelas
Comunidade do Maciel – há uma gota de sangue em cada poema
Bahia
Mr. Abrakadabra!
Superoutro
12
Duração aproximada 125 min.
BAHIA 100 anos de cinerma 41
Mr. Abrakadabra!
1997, ficção, 35mm, 14 min.
[Sinopse]
Um mágico em fim de carreira encontra 
dificuldades em fazer funcionar seus 
truques e resolve por fim à vida.
[Ficha Técnica]
Direção e roteiro: José Araripe Jr.
Empresa produtora: Truq Cine Tv e Vídeo
Produção: Marcelo Costa
Produção executiva: Pola Ribeiro
Direção de produção: Moisés Augusto
Diretor de fotografia: Rene Persin
Montagem: H.D. Junior e Jorge Alfredo
Direção de arte: Ewald Hacler
Figurino: Márcio Meirelles e Ligia Aguiar
Edição de som e Mixagem: LaércioFélix 
e Pedro Nóbile
Trilha musical: Luisinho Assis
Fotografia de cena: Valéria Simões
Elenco: Jofre Soares, Babá, Mr. Yesus Moreira, 
Caco Monteiro, Fernando Marinho e 
Hebe Alves
Bahia
1999, documentário, vídeo, 25 min.
[Sinopse]
Um documentário sobre a cidade de 
Salvador abordando alguns temas que 
estão presentes no nosso cotidiano: gente, 
arquitetura, comida, meios de transporte, 
luz, cor e ícones; com uma trilha sonora 
recheada de sons e ritmos locais e músicas 
de compositores baianos contemporâneos 
do erudito ao experimental. 
[Ficha Técnica]
Direção e produção musical: Mônica Simões
Roteiro: Anderson Rosemberg, André Ratto, 
Carolina Strach, Léo Meirelles, Lobo Jr. , 
Maoma Faria, Marcelo Portugal, Mônica 
Simões, Renato Café, Ricardo Linhares, 
Valnice Paiva
Produção: Diretoria de Imagem e Som 
da Fundação Cultural do Estado da Bahia 
e X-Filmes
Diretor de fotografia: Maoma Faria
Montagem: Marcelo Rodrigues
BAHIA 100 anos de cinerma42
Superoutro
1989, ficção, 35mm, 46 min.
[Sinopse]
Um louco na rua tenta libertar-se da 
miséria que o assedia e acaba por 
subverter a própria lei da gravidade.
[Ficha Técnica]
Direção, roteiro e produção: Edgar Navarro
Empresa Co-produtora: Lumbra Cinematográfica
Diretor de fotografia: Lázaro Faria
Direção de arte: José Araripe Jr.
Trilha musical: Celso Aguiar
Elenco: Bertrand Duarte, Inaldo Santana, 
Fernando Fulco, Kal Santos, Wilson Mello, 
Frieda Gutman, Ives Framand, Edneas Santos, 
Fafá Pimentel, Jorge Reis, Iracema Santos 
e Edísio Patriota
Participação Especial: Nilda Spencer e 
Deolindo Checucci
Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
Ministério da Cultura
Juca Ferreira
Ministro
Alfredo Manevy
Secretário Executivo
Governo do Estado da Bahia
Jaques Wagner
Governador
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Marcio Meirelles
Secretário
Fundação Cultural do Estado da Bahia
Gisele Nussbaumer
Diretora
Diretoria de Audiovisual - DIMAS
Sofia Federico
Diretora
Assessoria Técnica: Daniel Carneiro
Gerência de Planejamento 
e Produção: Tatiana Carvalho
Coordenação do Núcleo 
de Memória: Simone da Invenção 
Assistente de Produção: Armando Lídio
Cinemateca Brasileira
Carlos Magalhães
Olga Futemma
Patricia de Filippi
Diretores
Curadoria convidada
Carlos Alberto Mattos
Joel de Almeida
Maria do Socorro Carvalho
Rubens Machado Jr.
Coordenação de produção: Moema Müller
Equipe de produção: Camila Fink, Elton 
Campos, Marina Kagan
Laboratório de Imagem e Som 
Coordenação: Patricia de Filippi
Processos Digitais: Adriana Cardoso, Francine 
Tomo, Frederico Arelaro, Rodrigo Mercês, 
Thiago Dell´ Orti
Produção: Arthur Sens
Telecine: Flavia Barretti
Análise técnica das matrizes: Andréa Senna, 
Danilo Tamashiro, Thiago Jodas
Revisão de matrizes: Cinara Dias, Pamella 
Cabral, Priscila Cavichioli
Central Técnica: Elisa Ximenes
Estagiários: Adriano Campos, Caio Figueira
Equipe de Fotografia: Fernando Fortes, 
Karina Seino, Sylvia Carolina Cruxen
Administração: Dimas Kubo, Débora 
Ferreira, Bruno Feitosa dos Santos, 
Valquíria Carmo Cestrem
Designer gráfico: Arthur Fajardo
Assistente de Arte: Ana Piscirillo e 
Bruno Castro Rodrigues
Autoração dos DVDs: Teleimage
Gráfica: Stilgraf
Prensagem dos DVDs: Sony DADC Brasil
Sociedade Amigos da Cinemateca
Maria Dora Genis Mourão
Presidente 
Leopold Nosek
Vice-Presidente da Diretoria Executiva
Andréa K. Lopes
Coordenadora administrativa
Secretaria
do Audiovisual
Ministério
da Cultura

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