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89 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Unidade IV Agora iremos estudar o planejamento dos setores, quais são os fatores necessários para que um projeto de edificação hospitalar atenda a todos os requisitos legais para aprovação dos órgãos competentes. Vamos estudar também o papel da arquitetura hospitalar e a hotelaria hospitalar. Nesse contexto, a arquitetura hospitalar tem papel fundamental no que se refere ao conforto de seus clientes e à melhoria de produtividade no trabalho da equipe de saúde em geral. É evidente que, com o uso de técnicas como a cromoterapia, a utilização de luz natural, formas amenas e um estilo construtivo mais hoteleiro que hospitalar, tem-se um local mais agradável para o trabalho, tanto para funcionários quanto para acompanhantes e pacientes. O ambiente torna-se menos agressivo que a imagem convencional de um hospital 7 PLANEJAMENTO DOS SETORES 7.1 Requisitos de desempenho do sistema construtivo quanto à segurança estrutural O subsistema estrutural em sua totalidade, ou os elementos deste, deve ser apropriadamente dimensionado, construído e unido de forma que garanta que no seu uso não ocorram perturbações tensionais, capazes de comprometer a edificação. Deve ser garantido que os elementos estruturais não atinjam limites que correspondam à perda de estabilidade, à ruptura nem à deformação acima das permitidas. Também deve ser garantido não ultrapassar o limite das cargas de utilização compatíveis, quando os elementos estruturais deixarão de satisfazer plenamente, comprometendo a durabilidade, seja por excessiva fissuração, seja por deformações que perturbem também outros subsistemas construtivos. Finalmente, o subsistema estrutural é um item no qual a observância às normas exige o maior rigor. 7.1.1 Segurança ao fogo Uso criterioso dos materiais visando à limitação da possível influência destes na alimentação e na propagação de um foco acidental de incêndio interna ou externamente à edificação. Os materiais e as disposições destes devem levar à resistência temporária à exposição ao fogo, e, para tanto, é essencial o emprego de materiais que apresentem altos índices de resistência e reação a focos de incêndio. 7.1.2 Estanqueidade Essa exigência se apresenta sob três aspectos: permeabilidade a ar, água e fluidos das instalações. No primeiro caso, a exigência refere-se às limitações da permeabilidade ao ar nas fachadas, vedação, 90 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV aberturas e coberturas de maneira que seja controlável a passagem do ar. No caso de estanqueidade à água, os requisitos visam à garantia da impermeabilidade dos elementos da edificação, seja à água de chuva, ao solo ou àquelas provenientes do uso de operações de limpeza e manutenção. Em terceiro lugar, é essencial o cuidado com vazamentos ocorrentes nas instalações. A construção das passagens das instalações deverá prevenir a propagação de vazamentos em forros, paredes ou pisos. 7.1.3 Conforto higrotérmico A forma e os materiais do conjunto de elementos da edificação hospitalar deverá promover a adequada satisfação às exigências do usuário em qualquer época do ano relativas à temperatura no interior dos espaços habitados, prevenir o risco de condensação sobre as superfícies muito frias, bem como a ocorrência de superfícies quentes produtoras de desconfortável calor radiante. As variáveis que devem ser controladas para alcançar o conforto térmico referem-se a temperatura, umidade relativa e velocidade do ar. 7.1.4 Conforto acústico Do ponto de vista acústico será sempre desejável a ocorrência de ambientes com baixa transmissão acústica e baixa reverberação. Os aspectos básicos a serem considerados sobre o aspecto acústico envolvem localização e orientação do hospital em relação às fontes externas de ruído (principalmente o causado pelo tráfego), dimensionamento e posição das janelas, isolamento das paredes e características acústicas dos materiais de construção. A ocorrência de fontes internas de geração de ruído deve ser examinada e eliminada dentro do possível. 7.1.5 Durabilidade Esse requisito de desempenho visa estabelecer a limitação de degradação dos materiais e componentes, em razão de detalhamento inadequado, ou seja, por incompatibilidade físico-química entre materiais empregados associadamente. Os materiais utilizados e seu emprego associado deverão garantir a estabilidade das propriedades físico-químicas dos elementos componentes do sistema construtivo ao longo do tempo, no mínimo, durante o período estabelecido pelas normas técnicas brasileiras. O critério de durabilidade está intimamente relacionado com a manutenção do edifício, fornecendo indicadores do desempenho dos materiais, detalhamentos e associações que permitem não só aumentar a vida útil da edificação, mas também planejar as operações e etapas de manutenção. Nos revestimentos de pisos e paredes cabe especial cuidado, em razão da forte ação dos desinfetantes, detergentes e outros produtos químicos utilizados na manutenção na e assepsia. 91 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR 7.1.6 Manutenção O requisito de manutenção deve orientar e contribuir para a redução de seus custos, não significando a aplicação indiscriminada de recursos na instalação inicial. São dois aspectos a considerar: a conservação da construção em si e a manutenção do complexo de instalações. O sistema construtivo e a disposição dos elementos deverá propiciar amplamente a manutenção das instalações por meio de dispositivos de visitação e acesso para este fim. 7.2 Requisitos de construção – construtibilidade 7.2.1 Compatibilidade Os diferentes subsistemas da construção deverão conciliar-se mutuamente. Dentre estes, quatro são especialmente críticos: Estrutura Instalações Cobertura VedaçõesCompatibilidade Figura 22 – Subsistemas da construção No projeto e na definição do sistema construtivo os diversos subsistemas deverão formar um conjunto associado organicamente, que promova a compatibilidade construtiva da edificação. A compatibilidade deve assegurar o maior grau de harmonização entre os elementos da construção, levando em conta tanto a realização inicial do processo de construção quanto as eventuais reformas, ampliações ou adaptações futuras, quando novos elementos serão postos em cotejo. Na montagem inicial, como para garanti maior vida útil ao edifício hospitalar, é de fundamental importância a compatibilidade dos elementos do sistema construtivo. As características físico-químicas, dimensionais, associativas, modulares e de ensamblagem poderão facilitar a montagem, a durabilidade e a adaptabilidade requeridas. Observação O significado de ensamblagem é unir perfeitamente duas peças de madeira devidamente entalhadas; encaixar. 92 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Os materiais postos a trabalhar conjuntamente requerem o maior cuidado na compatibilidade das características físico-químicas. Nos aspectos dimensionais, essa compatibilidade promoverá a racionalidade e a padronização das dimensões, bem como a modulação estrutural e espacial. Decorrem daí características de capacidade associativa capazes de favorecer a flexibilidade e a adaptação já referidas. 7.2.2 Tempo de construção Contribuição para a rapidez da execução de obras, sem prejuízo da segurança e da qualidade. O tempo de execução deveestar previsto no projeto de execução da obra e vinculado ao desembolso e às medições para faturamento. 7.2.3 Tecnologia de construção Incorporação de técnicas e materiais de construção de aplicação consagrada e simples, sempre que não existirem estudos mais aprofundados. Busca de ampliação das técnicas a partir de materiais e técnicas testados no mercado e no controle de laboratório. 7.2.4 Custos Favorecimento à redução de custos globais de obra, sem prejuízo das exigências gerais de qualidade construtiva. O objetivo deste item se resume em identificar as decisões a serem tomadas com relação ao sistema construtivo ao longo do desenvolvimento do projeto, aplicando-se os critérios estabelecidos no Capítulo V do Manual. Devem ser levados em consideração os tipos de materiais e instalações que serão utilizados no projeto, de acordo com as especificações estabelecidas em normas. Os custos envolvidos na construção de uma edificação hospitalar devem levar em conta os custos diretos, os custos indiretos, os custos de mão de obra etc. Essas decisões deverão obedecer à sequência definida para o desenvolvimento de projeto que, segundo as Práticas Dasp, dão-se em três etapas básicas. Estudo preliminar Projeto executivo Projeto básico Figura 23 – Etapas básicas das Práticas Dasp 93 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Lembrete Estudo preliminar: estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica a partir dos dados levantados no Programa de Necessidades, bem como de eventuais condicionantes do contratante. Projeto básico: conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para caracterizar serviços e obras elaborado com base no Estudo Preliminar e que apresente o detalhamento necessário para a definição e a quantificação dos materiais, equipamentos e serviços relativos ao empreendimento. Projeto executivo: conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e todos os detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras. A definição do sistema construtivo deverá atender à seguinte legislação e às normas que seguem: • Lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986. • Resolução nº 92.100, de 10 de dezembro de 1985. • Lei nº 92.100, de 10 de dezembro de 1985. Estabelece as condições básicas para a construção, conservação e demolição de edifícios públicos a cargo dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – SISG, e dá outras providências. • Anexo ao Decreto nº 92.100, de 10 de dezembro de 1985. • Discriminação de serviços técnicos para construção de edifícios. • PNB-144 ABNT. Saiba mais Conheça as etapas do projeto arquitetônico conforme as condições básicas estabelecidas nas Práticas Dasp e definido pela Resolução nº 361, de 10/12/91, do Confea, em relação ao Projeto Básico. WEIDLE, E. P. S. Sistemas construtivos na programação arquitetônica de edifícios de saúde. Brasília: Secretaria de Assistência à Saúde, 1995. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/sistemas. pdf>. Acesso em: 26 ago. 2014. 94 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Observação As atividades de recebimento, descontaminação, lavagem e separação de materiais são consideradas “sujas” e, portanto, devem ser, obrigatoriamente, realizadas em ambiente(s) próprio(s) e exclusivo(s), e com paramentação adequada, com a colocação dos seguintes EPIs: avental plástico, botas, óculos e luvas (não cirúrgica). Entretanto, deve permitir a passagem direta dos materiais entre esse(s) ambiente(s) e os demais ambientes “limpos” por meio de guichê ou similar. Outro ponto importante a ser analisado é a questão dos níveis de Biossegurança. A norma prevê no Item B.7.1 o Nível de Segurança NB-1, conforme pode ser visto a seguir: O Nível de Biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se baseia nas práticas padrões de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos. As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, e de professores de técnicas laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde o trabalho, com cepas definidas e caracterizadas de microrganismos viáveis e conhecidos por não causarem doenças em homens adultos e sadios, é realizado. O Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, vírus da hepatite canina infecciosa e organismos livres sob as Diretrizes do NIH de DNA recombinantes são exemplos de microrganismos que preenchem todos estes requisitos descritos acima. Muitos agentes que geralmente não estão associados a processos patológicos em homens são, entretanto, patógenos oportunos e que podem causar uma infecção em jovens, idosos e indivíduos imunossupressivos ou imunodeprimidos. As cepas de vacina que tenham passado por múltiplas passagens in vivo não deverão ser consideradas não virulentas simplesmente por serem cepas de vacinas (BRASIL, 2012). O Nível de Biossegurança 2 prevê: As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios-escolas e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com um maior espectro de agentes nativos de risco moderado presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Usados de maneira segura em atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, 95 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR uma vez que o potencial para a produção de borrifos e aerossóis é baixo. O vírus da hepatite B, o HIV, a salmonela e o toxoplasma são exemplos de microrganismos designados para este nível de contenção. O nível de Biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecido. Embora os organismos rotineiramente manipulados em um Nível de Biossegurança 2 não sejam transmitidos através de aerossóis, os procedimentos envolvendo um alto potencial para a produção de salpicos ou aerossóis que possam aumentar o risco de exposição destes funcionários devem ser conduzidos com um equipamento de contenção primária ou com dispositivos como a CSB ou os copos de segurança da centrífuga. Outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos, proteção facial, aventais e luvas, devem ser utilizadas. As barreiras secundárias como pias para higienização das mãos e instalações para descontaminação de lixo devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação potencial do meio ambiente (BRASIL, 2012). O Nível de Biossegurança 3 (NB-3) determina que: As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para laboratórios clínicos, de diagnósticos, laboratório-escola, de pesquisa ou de produções. Nestes locais realiza-se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuam um potencial de transmissão via respiratória e que podem causar infecções sérias e potencialmente fatais. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burnetii são exemplos de microrganismos determinados para este nível. Os riscos primários causados aos trabalhadoresque lidam com estes agentes incluem a autoinoculação, a ingestão e a exposição a aerossol infeccioso. No Nível de Biossegurança 3, enfatizamos mais as barreiras primárias e secundárias para protegermos os funcionários de áreas contíguas, a comunidade e o meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma CSB (Cabine de Segurança Biológica) ou em um outro equipamento de contenção como uma câmara hermética de geração de aerossóis. As barreiras secundárias para esse nível incluem o acesso controlado ao laboratório e sistemas de ventilação que minimizam a liberação de aerossóis infecciosos do laboratório (BRASIL, 2012). 96 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Por sua vez, o Nível de Biossegurança 4 (NB-4) prevê que: As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que representam um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Estes agentes podem ser transmitidos via aerossóis e até o momento não há nenhuma vacina ou terapia disponível. Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes do Nível de Biossegurança 4 também deverão ser manuseados neste nível. Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com esses agentes deve continuar neste nível ou em um nível inferior. Os vírus como os de Marburg ou da febre hemorrágica Crimeia-Congo são manipulados no Nível de Biossegurança 4. Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada às gotículas infecciosas e a autoinoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico, potencialmente infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente. O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positiva. A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente (BRASIL, 2012). Saiba mais Recomendamos a leitura do documento a seguir: BRASIL. Ministério da Saúde. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. Brasília: Funasa, 2001. Disponível em: <http://portal. anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/802ba4804798d25d9f4ebf11eefca640/ Biosseguranca_em_laboratorios_biomedicos_e_de_microbiologia. pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 26 ago. 2014. 97 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR De acordo com o nível de biosssegurança exigido são definidos os requisitos recomendados e obrigatórios que se classificam em barreiras de contenção primárias e secundárias. São considerados como barreiras primárias as cabines de segurança biológica (CSB) ou outros equipamentos projetados para remover ou minimizar exposições aos materiais biológicos perigosos. A cabine de segurança biológica (CSB) é o dispositivo principal utilizado para proporcionar a contenção de borrifos ou aerossóis infecciosos provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos. Três tipos de cabines de segurança biológica (Classe I, II e III) [são]usadas em laboratórios de microbiologia. As cabines de segurança biológica Classe I e II, que possuem a frente aberta, são barreiras primárias que oferecem níveis significativos de proteção para a equipe do laboratório e para o meio ambiente quando utilizadas com boas técnicas microbiológicas (BRASIL, 2012). Entendem-se como Barreiras Secundárias algumas soluções físicas presentes nos ambientes devidamente previstas nos projetos de arquitetura e de instalações prediais, e construídas de forma que contribuam para a proteção da equipe do estabelecimento de saúde, proporcionando uma barreira de proteção para as pessoas que se encontram fora do laboratório contra agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente pelo ambiente. As barreiras secundárias recomendadas dependerão do risco de transmissão dos agentes específicos. Quando o risco de contaminação através da exposição aos aerossóis infecciosos estiver presente, níveis mais elevados de contenção primária e barreiras de proteção secundárias poderão ser necessários para evitar que agentes infecciosos escapem para o meio ambiente. Estas características do projeto incluem sistemas de ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado, sistemas de tratamento de ar para a descontaminação ou remoção do ar liberado, zonas de acesso controlado, câmaras pressurizadas como entradas de laboratório, separados ou módulos para isolamento do laboratório (BRASIL, 2012). Na elaboração do Projeto Executivo deve ser descrito todo tipo de material: acabamento de paredes, pisos, tetos e bancadas, requisitos de limpeza. Devem-se destacar as áreas críticas e também as semicríticas. Deve ocorrer também a descrição dos tipos de rodapés, forros, banheiras, elevadores, tubulações e instalações ordinárias e especiais. A NBR 13.534 divide as instalações de emergência em três classes, de acordo com o tempo de restabelecimento da alimentação. 98 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV São elas: Classe 0.5: Trata-se de uma fonte capaz de assumir automaticamente o suprimento de energia em no máximo 0,5 s e mantê-la por no mínimo 1 h. Essa classe destina-se à alimentação de luminárias cirúrgicas. Classe 15: Equipamentos eletromédicos utilizados em procedimentos cirúrgicos, sustentação de vida (por exemplo, equipamentos de ventilação mecânica) e aqueles integrados ao suprimento de gases devem ter sua alimentação chaveada automaticamente para a fonte de emergência em no máximo 15 s, quando a rede elétrica acusar queda superior a 10% do valor nominal por um período superior a 3 s, devendo garantir o suprimento por 24 horas. Classe > 15: Equipamentos eletroeletrônicos não ligados diretamente a pacientes, por exemplo, equipamentos de lavanderia, esterilização de materiais e sistemas de descarte de resíduos, admitem um chaveamento automático ou manual para a fonte de emergência em um período superior a 15 s, devendo garantir o suprimento por no mínimo 24 h. CL AS SE 0 .5 CL AS SE 1 5 CL AS SE > 15 Figura 24 – Classificação das instalações de emergência A norma também classifica as instalações quanto ao nível de segurança elétrica e garantia de manutenção de serviços, dividindo-a em três grupos, conforme a atividade realizada no ambiente. São eles: Grupo 0 Grupo 1 Grupo 2 • Tipo de equipamento eletromédico: sem parte aplicada. • Tipo de equipamento eletromédico: • a) parte aplicada externa; • b) parte aplicada a fluidos corporais, porém não aplicada ao coração. • Tipo de equipamento eletromédico: parte aplicada ao coração. Adicionalmente, equipamentos eletromédicos essenciais à sustentação de vida do paciente. Figura 25 – Níveis de segurança das instalações 99GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Para as instalações fluidomecânicas (F), são adotadas como complementares as seguintes normas: Quadro 6 NBR 12.188 Sistemas centralizados de oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e vácuo para uso medicinal em estabelecimento de saúde. NBR 13.932 Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto e execução. NBR 13.933 Instalações Internas de gás natural (GN) – Projeto e execução. NBR 14 570 Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – Projeto e execução. NBR 14.024 Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Sistema de abastecimento a granel. NBR 13.523 Central predial de gás liquefeito de petróleo. NBR 13.587 Estabelecimento Assistencial de Saúde – Concentrador de oxigênio para uso em sistema centralizado de oxigênio medicinal. A seguir vamos observar os requisitos exigidos para instalação de gás a vapor e gás combustível. Os ambientes onde estão instaladas as centrais de reservação e usinas concentradoras devem ser exclusivos para elas, não podendo ter ligação direta com locais de uso ou armazenagem de agentes inflamáveis. O seu piso deve ser de material não combustível e resistente ao oxigênio líquido e/ou ao óxido nitroso líquido. Caso haja declive nesse piso, deve ser eliminada a possibilidade de o escoamento do oxigênio líquido atingir as áreas adjacentes que tenham material combustível. Quando o sistema de abastecimento estiver localizado em área adjacente, no mesmo nível ou em nível mais baixo que depósitos de líquidos inflamáveis ou combustíveis, tornar-se-ão necessários cuidados especiais utilizando-se diques, canaletas e outros, para evitar o fluxo desses líquidos para a área da central de gases. Devem ser obedecidas as seguintes distâncias mínimas entre tanques e/ou cilindros de centrais de suprimento de oxigênio e óxido nitroso e adjacências: Tabela 2 – Distâncias mínimas Local Distância Edificações 5,0 m Materiais combustíveis ou armazenamento de materiais inflamáveis 5,0 m Local de reunião de público 5,0 m Portas ou passagem sem visualização e que dão acesso à área de armazenamento 3,0 m Tráfego de veículos 3,0 m Calçadas públicas 3,0 m Essas distâncias não se aplicarão onde houver estrutura contra fogo com resistência mínima de 2 horas ao fogo, entre tanques e/ou cilindros de centrais de suprimento de oxigênio e óxido nitroso 100 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV e adjacências. Em tais casos, os tanques e/ou cilindros devem ter uma distância mínima de 0,5 m (ou maior, para a manutenção do sistema) da estrutura de proteção. No quadro a seguir destacamos as normas ABNT que regulam os procedimentos para instalações de climatização. Quadro 7 – Normas ABNT para instalações de climatização Norma Descrição ABNT/NBR 6401 Instalações Centrais de Ar-Condicionado para Conforto – Parâmetros Básicos de Projeto ABNT/NBR 7256 Tratamento de Ar em Unidades Médico-Assistenciais ABNT/NBR 14518 Sistema de Ventilação para Cozinhas Profissionais Complementam as normas a Portaria do Ministério da Saúde/GM nº 3523 de 28/08/98 publicada no DO de 31/08/98, e a Recomendação Normativa 004-1995 da SBCC – Classificação de Filtros de Ar para Utilização em Ambientes Climatizados. Outro ponto importante a ser observado são as condições de segurança contra incêndio. Da mesma forma, devem-se observar o estudo preliminar, o projeto básico e o executivo, bem como as questões de acessibilidade, setorização e compartimentação dos ambientes. Os setores de risco especial devem ser autossuficientes em relação à segurança contra incêndio, isto é, devem ser compartimentados horizontal e verticalmente de modo que impeçam a propagação do incêndio para outro setor ou resistam ao fogo do setor adjacente. A compartimentação horizontal permite a transferência da população (em especial do paciente) entre setores de incêndio no mesmo pavimento; a compartimentação vertical permite a transferência da população entre setores de incêndio em diferentes pavimentos. Quadro 8 – Elementos dos sistemas de proteção contra incêndio Dispositivos de entrada Detectores automáticos, acionadores automáticos e acionadores manuais Centrais de alarme Painéis de controle individualizados, no mínimo, por setor de incêndio Dispositivos de saída Indicadores sonoros, indicadores visuais, painéis repetidores, discagem telefônica automática, desativadores de instalações, válvulas de disparo de agentes extintores, fechamento de portas corta-fogo e monitores Rede de interligação Conjunto de circuitos que interligam a central com os dispositivos de entrada, de saída e as fontes de energia do sistema Deve ser observada a normatização brasileira referente à segurança contra incêndio em edificações urbanas, conforme quadro a seguir: 101 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Quadro 9 – Normas de segurança contra incêndio em edificações urbanas Norma Descrição NBR 9441 Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio NBR 8674 Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência NBR 9441 Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio — procedimento NBR 14432 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações NBR 5628 Componentes construtivos estruturais. Determinação da resistência ao fogo NBR 6125 Chuveiros automáticos para extinção de incêndio NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios NBR 11785 Barra antipânico — especificação NBR 11742 Porta corta-fogo para saídas de emergência NBR 11711 Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais NBR 13714 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndios; NB 98 — Armazenamento e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis NBR 10897 Proteção contra incêndio por chuveiro automático NBR 12693 Sistemas de proteção por extintores de incêndio NBR 13434 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Formas, dimensões e cores NBR 13435 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico NBR 13437 Símbolos gráficos para sinalização contra incêndio e pânico NBR 11836 Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio 8 A ARQUITETURA E A HOTELARIA HOSPITALAR No decorrer dos estudos observamos a importância das edificações hospitalares para garantir não apenas a segurança dos pacientes, mas também o bem-estar, o que contribui para a cura e a recuperação desses pacientes. Com uma nova abordagem sobre o conceito de hotelaria hospitalar, os pacientes são considerados hóspedes enfermos; por isso, requerem atenção especial que concilie a saúde com o ato de hospedar-se bem, tornando o ambiente mais acolhedor para o paciente e sua família, humanizando, dessa forma, o ambiente e seu atendimento. Outro fator importante é que, com a utilização de fluxos corretos de entrada de material infectante e não infectante (roupas, lixo, equipamentos etc.) em lavanderias, centros cirúrgicos, centro obstétrico, UTIs, entre outros, a infecção hospitalar pode ser controlada em hospitais já existentes e novas instalações hospitalares onde o planejamento arquitetônico é uma tendência forte e irreversível. Outro fator que comprova essa tendência é a existência de empresas de arquitetura especializadas no desenvolvimento de projetos hospitalares. Muitos desses projetos levam em consideraçãoa operacionalização da hotelaria pelo prédio. 102 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Muitos serviços poderão ser pensados na concepção do prédio, já prevendo ponto de água, ponto de ramal telefônico e acessos adequados para serviços diversos que refletem o conforto na infraestrutura, tais como: • banco 24 horas; • telefones públicos; • máquinas de refrigerantes; • achados e perdidos; • restaurantes e lanchonetes; • lojas de conveniências; • floricultura; • fraldário; • espaço ecumênico; • fitness center. Entende-se que a humanização do edifício hospitalar comece na elaboração e concepção do projeto, desde a escolha do local e do terreno, levando-se em conta seus acessos, dados do terreno (dimensionamento, ocupação, declividade, entorno, possibilidades de acesso) e local com baixo nível de ruído e poluição. O planejamento arquitetônico influencia diretamente não só a operação, mas também a gestão da hotelaria hospitalar, podendo ser considerado um fator decisivo entre o sucesso e o fracasso do empreendimento, de acordo com Tappan (1976). [...] as necessidades do paciente serão mais facilmente satisfeitas se, por exemplo, o desenho arquitetônico do estabelecimento for apropriado às suas funções, contribuindo para a eficiência terapêutica (TAPPAN, 1976, p. 6). O dimensionamento, a localização e o uso dos espaços físicos de qualquer hospital têm muito a ver com a humanização do atendimento ao paciente. De fato, a segurança e o conforto estão intimamente relacionados com o fluxo e a flexibilidade da planta física, com os móveis utilizados e com a própria manutenção geral do edifício. As possibilidades de repouso do paciente também são afetadas pela arquitetura do hospital conforme esta lhe garante, ou não, o controle sonoro e a privacidade tantas vezes necessária. 103 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Erros cometidos no projeto arquitetônico terão um preço alto na operacionalização hospitalar. Muitas vezes os erros ocorrem pela não participação da equipe operacional em reuniões de obras; ela será o usuário das instalações e estará em contato direto com o paciente; portanto, conhece melhor suas necessidades. Outras vezes, os usuários não compreendem o projeto e improvisam soluções diferentes por não entenderem as intenções do arquiteto e não poderem aplicá-las. Detalhes como tamanho projetado para a porta do apartamento e ângulos necessários para entrada e saída de macas e cadeiras de rodas podem ser decisivos para o sucesso ou o fracasso de um projeto de hotelaria hospitalar. A hotelaria deve estar incorporada aos serviços hospitalares, mas também muito pode contribuir para o desenvolvimento estético do hospital, fazendo, por exemplo, a recepção do hospital se parecer muito com a de um hotel. O mesmo se aplica a todas as áreas sociais, como corredores de apartamentos, hall de elevadores, restaurantes etc. A utilização do espaço no que se refere aos apartamentos pode ser fundamental para a valorização de um dos principais produtos da hotelaria hospitalar a unidade de internação (UI). Preocupações com a vista que o cliente terá da janela ou varanda de seu apartamento podem tornar sua estada mais agradável (deve-se lembrar que, em um hospital, o paciente não sai do apartamento durante sua estada, como ocorre num hotel; portanto, detalhes como esses são até mais valorizados que em um apartamento de hotel, onde o hóspede usufrui mais das áreas comuns se comparado com o tempo gasto em seu quarto). Mesmo a preocupação com o teto de corredores e do apartamento deve merecer maior atenção, pois o paciente está constantemente olhando para cima. Percebe-se uma preocupação muito maior com o piso do que com o teto, até mesmo nos novos projetos. É também interessante criar espaços especiais e relaxantes para acompanhantes e visitantes, onde eles possam descansar, conversar e trocar ideias, sem necessariamente estar na presença do paciente para, por exemplo, tratar de assuntos delicados sobre o tratamento dele, e também para a família poder conversar sem perturbar o sono e o descanso do paciente. Os apartamentos devem também seguir alguns conceitos e premissas básicas por estarem dentro de um hospital. O design arredondado (maçanetas, pias, mesas etc.) é bastante recomendado, uma vez que seus clientes podem, eventualmente, necessitar apoiar-se em móveis e, por não estarem em sua melhor condição física, acabar machucando-se. Um mobiliário moderno também deve dar a impressão de o cliente estar em um apartamento de hotel e não lembrar que está internado em um hospital. Como exemplo podemos citar o Hospital Sírio-Libanês, que oferece infraestrutura completa a seus pacientes, familiares e visitantes. 104 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Além disso, possui um serviço de hospitalidade que auxilia no atendimento de todas as necessidades, por exemplo, fornecendo informações sobre uso da capela, referências de hotéis, flats, horários de visitas, bancos, internet, conveniências, dentre outros. As paredes podem ser pintadas em tom pastel, e o banheiro pode ser revestido com tinta à base de água, lavável, evitando dessa forma o uso de azulejos e, assim, as famosas emendas entre as lajotas, que podem ser foco de sujeira e proliferação de bactérias, o que resulta, em proporções maiores, até em infecção hospitalar. Ainda no banheiro, deve-se evitar a instalação de boxe de vidro ou de plástico, por exigir emendas, trilhos, maçanetas e dobradiças, que dificultam a higienização. Todas essas peças, com formatos de difícil acesso à limpeza, podem tornar-se foco de proliferação de sujeira e incrementar a infecção hospitalar. Além disso, os trilhos dos boxes de plástico criam um obstáculo para o acesso da cadeira de banho usada por pacientes dependentes desse equipamento. O boxe de vidro, apesar de ser o mais parecido com a hotelaria convencional e interessante do ponto de vista estético, pode tornar-se um risco, no caso de o paciente desmaiar, cair ou bater contra o vidro, podendo sofrer ferimentos graves. Há ocorrências de acidentes em hotéis que, mesmo utilizando os temperados, tiveram seus vidros estourados em virtude de oscilação da temperatura. O uso de cortina de plástico descartável fixada com ganchos é uma tendência nos hospitais, pois, além de dar ao cliente uma sensação de limpeza e a certeza de sua higiene, tem custo bastante reduzido. Essa cortina costuma ter o logotipo da empresa estampado e deve ser substituída a cada nova internação. Alguns hospitais mantêm a cortina embalada em sacos plásticos para que não haja dúvida, por parte do paciente, de que ela está sendo utilizada pela primeira vez. A relação dos espaços entre o centro cirúrgico e o apartamento, ou mesmo entre os apartamentos de uso de maternidade e o berçário, pode valorizar muito a unidade de internação. O acesso à edificação, bem como aos espaços, equipamentos e componentes que ela abriga, é fundamental, sobretudo, para permitir que essa edificação seja utilizada por pessoas portadoras de necessidades especiais temporárias ou permanentes. Para tanto, deve ser lembrada a NBR 9050, que trata da acessibilidade dos portadores de deficiência física. As portas de acesso dos pacientes devem ter de 0,80 m a 2,10 m. Em vários hospitais pesquisados, a própria cama torna-se maca e, por possuir rodas, é utilizada para transporte de pacientes em casos de transferência de quarto, exames externos e transferência para UTI ou centro cirúrgico.Essa prática torna-se mais comum ainda no caso de pacientes dependentes, ou com dificuldade de manuseio por dor ou por obesidade. 105 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Figura 26 – Sala cirúrgica Muitas vezes, instalam-se equipamentos após o projeto de arquitetura estar pronto, o que dificulta o uso pelo cliente. Um exemplo comum é a colocação de rack de televisor na parede atrás da porta de entrada. A cada abertura da porta, certamente o rack danificará tanto ela quanto o televisor. Outro detalhe importante é o cuidado com a porta de acesso a ambientes onde forem instalados equipamentos de grande porte ou entradas para abastecimento (laboratório, radiologia clínica, almoxarifado, farmácia, que têm de possuir folhas removíveis com largura compatível com o tamanho do equipamento, permitindo, assim, sua saída). As portas de banheiros e sanitários de pacientes devem abrir para fora do ambiente ou permitir a retirada da folha pelo lado de fora. As portas devem ser dotadas de fechaduras que permitam facilidade de abertura em caso de emergência. Isso se dá para facilitar a entrada de pacientes em cadeiras de rodas, ou para possíveis desmaios do paciente com a porta do banheiro trancada. A utilização das escadas para acesso de pacientes deve ser evitada. Todavia, em construções verticais, onde o acesso por escadas é indispensável, recomenda-se dispor no pavimento térreo os ambientes de ambulatório destinados ao atendimento de pacientes debilitados fisicamente, assim como banheiros equipados para atender esse público. A construção das escadas deve obedecer aos critérios referentes à prevenção de incêndio e a outras exigências legais, como largura mínima, corrimão contínuo e outras, por exemplo, revestimento do piso de cada degrau com material antiderrapante. Os elevadores devem ser divididos entre “cargas” e “expurgo”; não se deve misturar suas funções. Também deve haver elevadores exclusivos para pacientes, visando à sua rapidez e disponibilidade, além da assepsia. Os hospitais costumam ter graves problemas com suas circulações verticais. Nem sempre a 106 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV presença de ascensoristas ou a utilização dos elevadores mais modernos, chamados de “inteligentes”, é suficiente para resolver os problemas. Outra forma de melhorar a utilização é realizar campanhas de conscientização para que os funcionários utilizem as escadas ao descer dois pisos ou subir um, ou administrar as paradas de cada equipamento que servem determinados andares, dividindo dessa forma o uso. Outra maneira muito utilizada é ter horários para a retirada de lixo, para transporte de móveis, como camas e berços, abastecimento de roupas nos estoques fixos nos andares etc. Para esse tipo de utilização, muitas vezes, usa-se o turno da noite, por haver menos tráfego e menor uso dos elevadores. Alguns hospitais optam por reservar o elevador em determinados horários, visando atender à retirada de lixo ou casos de emergência com pacientes, em seus respectivos equipamentos. As áreas de espera também são grandes oportunidades de impacto com uma arquitetura mais hoteleira e devem dispor de boas condições de ventilação e insolação que garantam conforto aos pacientes, acompanhantes e visitantes. O tempo de espera para a internação é um problema grave em grande parte dos hospitais e uma das principais reclamações de clientes. O dia da alta dos pacientes e o horário de alta médica não são padronizados como o vencimento de uma diária em hotelaria convencional, pois dependem da reação do organismo desse paciente a cada tipo de medicação, o que torna quase impossível projetar a data de sua saída. A espera do paciente torna-se angustiante e um problema para a equipe de atendimento. Muitos pacientes estão estressados com a internação, sentindo dores, alguns em jejum, e conseguir minimizar a espera com conforto e entretenimento pode ajudar a torná-la, para o cliente de saúde, um fato menos traumático. Esperas externas em varandas cobertas podem ser consideradas elegantes e funcionais, pois favorecem a circulação de pacientes e funcionários de forma distinta e propiciam um ambiente agradável quanto à ventilação e à insolação. Podem estar localizadas em áreas próximas a jardins ou em áreas destinadas à recreação infantil. As áreas de espera devem ser contíguas aos consultórios ou agrupadas conforme o tipo de atendimento, e seu dimensionamento deve levar em consideração o fluxo de atendimentos/dia e a especialidade. O uso de vidros em locais altos deve ser evitado, em virtude da dificuldade na higienização. Os banheiros e lavatórios merecem destaque por se tratar de instituições de saúde. A lavagem das mãos é item obrigatório e imprescindível nos locais de manuseio de insumos, medicamentos, alimentos e até mesmo de pacientes. Da mesma forma, deve-se ter um lavatório em diversos outros ambientes, como lactário, cozinha, copas e quaisquer outros compartimentos destinados ao preparo e à cocção de alimentos e/ou mamadeiras. Os diferentes tipos de ambientes podem ser classificados quanto ao risco de transmissão de infecções como áreas críticas, semicríticas e não críticas. Os materiais especificados devem obedecer a esta classificação, e para as áreas críticas e semicríticas devem ser utilizados acabamentos que tornem as superfícies lisas, com o menor número possível de ranhuras ou frestas e utilizando materiais que não absorvam água, para evitar a proliferação de microrganismos. Sempre que possível, devem-se evitar 107 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR as juntas, não só pela assepsia, mas também pela trepidação, pelo incômodo e pelo desconforto que podem provocar sobre macas, cadeiras de rodas, carrinhos e equipamentos. Os papéis da arquitetura dos hospitais na prevenção das infecções hospitalares estão relacionados a pessoas, ambientes, circulações, práticas, equipamentos, instalações, materiais e fluidos. O projeto arquitetônico é fator fundamental para os fluxos e técnicas adotadas nas rotinas diárias do atendimento ao paciente. Os problemas básicos do planejamento do hospital incluem os padrões de circulação, os sistemas de transporte de materiais, equipamento e refugos, os sistemas de ventilação e controle das correntes de ar e as facilidades de limpeza de superfícies e materiais. Outro ponto importante a ser considerado é que a planta hospitalar deve eliminar todas as possibilidades de contágio, principalmente, por contato entre os materiais infectantes, podendo estes ser roupas, lixo e materiais de uso médico. Lembrete Os papéis da arquitetura dos hospitais na prevenção das infecções hospitalares estão relacionados a pessoas, ambientes, circulações, práticas, equipamentos, instalações, materiais e fluidos. O projeto deve considerar as áreas críticas, semicríticas e não críticas na definição das necessidades da unidade hospitalar. 8.1 O uso de cores O uso da cor deve ser visto como um aspecto particular no projeto arquitetônico em hospitais. Apesar de algumas controvérsias, a cromoterapia vem se firmando como um campo de estudo capaz de orientar a melhor utilização das cores na organização do ambiente construído. Em hospitais, a cromoterapia vem sendo utilizada como recurso auxiliar no estímulo ao tratamento e à promoção do bem-estar dos pacientes. Os estudos sobre o assunto indicam que a correta escolha das cores pode agir positivamente sobre estados depressivos, situações de tensão e o estado geral de saúdedos pacientes. A cromoterapia pode orientar a escolha das cores de paredes, pisos, tetos, mobiliário, portas e componentes da edificação. Essa preocupação é extensiva aos uniformes e enxovais utilizados nas unidades de saúde. O branco, além de ser uma cor consagrada dentro da área médica, contribui para o controle da assepsia do ambiente, pela facilidade que oferece à identificação de sujeira. Além disso, o branco pode contribuir para a boa luminosidade do ambiente. Recomendam-se, sobretudo, para os espaços internos dos edifícios de saúde, além do branco, tons claros de bege, verde, azul e violeta. Cores como marrom, vermelho, verde, azul, amarelo ou laranja não são necessariamente condenadas, caso utilizadas em elementos de identificação visual ou componentes específicos da edificação. 108 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV O correto uso das cores pode ser um poderoso auxiliar de comunicação visual nos edifícios de saúde. A comunicação visual tem como função básica orientar e direcionar os usuários quanto aos acessos e fluxos e à localização dos diversos ambientes, facilitando a movimentação no edifício. A utilização de produtos especiais para as instalações hospitalares proporciona a impermeabilização perfeita de paredes e pisos sem os odores característicos de tintas convencionais, além de facilitar a manutenção de tais instalações. A iluminação pode contribuir também para valorizar algumas cores, determinando acessos e criando ambientes. Também contribui para a autoestima do paciente, usando luzes que reflitam mais os tons de vermelho da pele, por exemplo. Isso deve ser usado na iluminação de dentro do banheiro, próximo à pia, refletindo o rosto do paciente de forma mais corada e menos pálida do que quando se usa iluminação branca. Nas salas cirúrgicas, deve ser evitado o predomínio de azul ou mesmo de vermelho. Sempre que possível, deve ser evitado o preto nos pisos e o branco nas paredes. No teto, devem ser utilizadas cores mais próximas do branco, pois isso auxilia na distribuição da iluminação do ambiente. A unidade de internação, comumente, assemelha-se a um apartamento de hotel. Podem ser utilizadas cores que façam o cliente ter a sensação de não estar em um apartamento de hospital, como tons em salmão, amarelo, bege e azul-claro. As áreas sociais permitem um uso bastante livre das cores, uma vez que a influência que exercem sobre os usuários está mais na imagem que se deseja passar aos visitantes. Por exemplo, para se criarem ambientes alegres e mais descontraídos, podem-se usar cores como amarelo ou mesmo azul, verde, vermelho, desde que em tons claros. Caso a intenção seja criar um ambiente mais sofisticado, o ideal é a utilização de cores menos saturadas e “misturadas”, ou seja, que não se aproximem do azul puro, do vermelho puro e do amarelo puro. As cores serão definidas conforme o estilo de arquitetura, do público a ser atendido e da imagem que a instituição deseja passar a seus usuários. É imprescindível entender que hotelaria não é sinônimo de luxo, mas de conforto e qualidade, acima de tudo. O conceito está baseado na ideia de bem receber, de acolher. Dentro de um hospital, a gestão hoteleira deve respeitar as regras e funções hospitalares, adaptando-se a elas. Em contrapartida, as funções hoteleiras devem ser vistas como a tradução da qualidade pela prestação de serviços de atendimento e acolhimento, com base em princípios operacionais e de gestão que devem ser aceitos, entendidos, absorvidos e efetivamente exercidos por todo o corpo hospitalar. Já é possível perceber que a arquitetura hospitalar e os serviços criativos têm papel decisivo sobre as operações da hotelaria dentro de uma instituição hospitalar. Porém, existem setores que estão incorporados aos serviços do hospital, e que proporcionam conforto direto ao cliente. Pretende-se abordar, neste tópico, a área de atendimento, a área de governança, a área de nutrição e dietética e o 109 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR setor de segurança patrimonial. Pressupõe-se que essas quatro áreas em conjunto criem a estrutura principal da hotelaria em uma instituição de saúde. Nem todos os hospitais que implantaram a hotelaria hospitalar criaram uma estrutura como essa, porém se percebe a importância da centralização dessas áreas sob a mesma diretoria, gerência ou cluster, em que o processo de tomada de decisões parte do mesmo ponto, minimizando eventuais conflitos existentes entre esses próprios serviços. 8.2 Hospitalidade Os hospitais, assim como os hotéis, fazem parte de um mesmo grupo, que é chamado de meio de hospedagem. A definição oficial brasileira para hotel, conforme a Resolução CNTUR nº 1.118, de 23 de outubro de 1978, art. 11, é a seguinte: Estabelecimento comercial de hospedagem, que fornece aposentos mobiliados, com banheiro privativo, para ocupação eminentemente temporária, oferecendo serviço completo de alimentação, além dos demais serviços inerentes à atividade hoteleira. Pode-se perceber, no entanto, que o acolhimento e o ato de receber bem seus visitantes deve ser inerente a qualquer prestadora de serviços que hospede seus clientes. Hospitalidade, no entanto, é o ato ou efeito de hospedar, é a qualidade do hospedeiro, ou, ainda, bom acolhimento, liberalidade, amabilidade e afabilidade no modo de receber os outros. Tal conceito, unido com a indústria de hospitalidade dos tempos atuais, transmite a ideia de grandeza desse serviço, não só requisitado em hotéis e restaurantes, mas também em clubes, cruzeiros, universidades e escolas, e, por que não, em hospitais. 8.3 Atendimento Nessa área, a principal tarefa é a de atender o cliente em um balcão de atendimento ou via telefone. Mas, diferentemente de um hotel, onde o balcão da recepção é o principal e, muitas vezes, único contato do cliente para receber os serviços de hospedagem em sua entrada e saída, em um ambiente hospitalar pode haver inúmeros balcões para tipos de serviços diferentes. O saguão de recepção deve oferecer ao cliente uma atmosfera agradável em suas dimensões, decoração adequada e profissional treinado em acolhimento e humanização. Além disso, o ambiente deve estar protegido contra excesso de ruídos, possuir boa iluminação, climatização e placas de sinalização de fácil visualização e entendimento. Cada balcão deve ser proporcional em tamanho e adequado para o que se destina, conforme o volume de público atendido. Outro setor que pode estar ligado a essa área é a Central de Atendimento, realizando seu trabalho por telefone, porém com um objetivo mais específico de encantar os clientes, suprindo suas necessidades e centralizando diversas operações de solicitações e até mesmo reclamações dos diversos serviços do hospital, conforme veremos a seguir. 110 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV A Central de Atendimento, já conhecida em diversos hotéis, também pode ser uma ferramenta de auxílio à boa gestão da hotelaria no empreendimento. Conhecido por diversos nomes, como Hot Line, Disque-Conforto, Central de Serviços ou Hospitality Express, dentre outros, esse serviço, embora não reverta em receita direta para a empresa como outro ponto de venda produtivo, pode ser a diferença na finalização de tarefas rotineiras, imprevistos ou mesmo solicitações e desejos de clientes, que percebem a possibilidade de serem contemplados com um serviço rápido e eficaz, somente utilizando o ramal telefônico de seu apartamento. A Central de Atendimento nos hospitais faz o papelde Concierie e Guest Relation ao mesmo tempo que presta serviços para as áreas de Nutrição, Governança, Enfermagem e Manutenção, na resolução de tarefas e na antecipação de necessidades e desejos dos clientes. A conclusão que se pode ter, focando o cliente, é a de que a implantação desse serviço é bastante econômica perto das soluções que ela traz para a empresa. 8.4 Governança O Setor de Governança de um hospital normalmente envolve supervisão e responsabilidade operacional sobre as seguintes atividades: • limpeza das unidades de internação e áreas restritas; • limpeza das áreas sociais; • destinação de resíduos infectantes; • circulação de material perfurocortante; • uniformes; • lavanderia; • costura e rouparia. Essa área também está bastante incorporada aos serviços de hotelaria dos hospitais. Em muitas instituições de saúde que ainda não têm a área de hotelaria implantada, uma enfermeira é destacada para ser a responsável pela área de higienização e controlar a limpeza das áreas, utilizando-se também dos conhecimentos técnicos de infecção hospitalar para gerenciar esses serviços. Nos hospitais que já têm a hotelaria hospitalar implantada, é comum o papel de governança centralizar esses serviços. Segundo a biomédica Denise Helena Salles Simoni Toallari: “A arrumação dos quartos e o atendimento direto aos seus pacientes e familiares são muito importantes e representam cerca de 80% da formação de opinião e da imagem da empresa hospitalar.” 111 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR 8.5 Setor de Nutrição e Dietética Seguindo um conceito elaborado e desenvolvido pela nutricionista Audrey de Castro, responsável pelo Setor de Nutrição e Dietética do Hospital Sírio-Libanês, em sua palestra na Fundação Getúlio Vargas em 2002: A gastronomia hospitalar é a arte de integrar a patologia do paciente com uma dieta individualizada junto a técnicas culinárias e gastronômicas de uma forma interativa com o processo de escolha, tornando assim um prazer o momento da alimentação, otimizando todos os recursos disponíveis. Essa área também demonstra grandes possibilidades de encantamento do cliente. O Setor de Nutrição e Dietética, tradicionalmente entendido nos hospitais como uma área assistencial, focou tanto seus esforços na recuperação de seus pacientes que se esqueceu do glamour da gastronomia e, por conta desse entendimento, a comida hospitalar ganhou fama de uma comida sem tempero, sem criatividade e sem cor. Na linguagem mais popular, transformou-se em uma expressão ao se referir a uma comida ruim e sem graça. Observando os motivos que levam os hospitais a terem tão terrível imagem no que se refere a sua alimentação, pode-se perceber que são três os principais motivos: • O paciente muitas vezes está com seu paladar alterado em razão do uso de remédios e drogas, sendo possível e comum a alteração em seu apetite, olfato e paladar. • O estresse da internação ou de uma futura cirurgia atua sobre seu humor e apetite, pois está em situação de perda de saúde, hábitos modificados e perda de sua individualidade. • Por prescrição médica, é comum haver dietas especiais, tornando o alimento obrigatoriamente sem tempero; ou dietas restritas a líquidos ou a alimentos pastosos. Entretanto, muitos hospitais parecem esquecer que existem pacientes em dieta geral, em que é permitido qualquer tipo de refeição, e que a alimentação dos acompanhantes e visitantes não requer nenhum cuidado do ponto de vista médico. Saiba mais Ao final do documento a seguir (página 136) encontra-se um glossário com termos referentes ao nosso estudo: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Brasília: 2002. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/ rdcs/RDC%20N%C2%BA%2050-2002.pdf >. Acesso em: 22 ago. 2014. 112 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV Resumo Nesta unidade vimos em detalhes as exigências que devem ser observadas no planejamento de todos os setores de uma edificação hospitalar, o Estudo Preliminar, o Projeto Básico e o Projeto Executivo. Conhecemos os detalhes que devem ser considerados para atender às normas de Biossegurança, evitando, dessa forma, a contaminação de ambientes e pacientes, eliminando os riscos hospitalares e preservando, dessa forma, os profissionais que atuam na área de saúde. Vimos a questão da acessibilidade para a circulação e movimentação de pessoas e equipamentos, bem como os tipos de instalações elétricas, hidráulicas e normas de segurança contra incêndio. A compreensão desses procedimentos se faz necessária para garantir a qualidade das edificações e a manutenção da segurança do público-alvo das EAS. O conhecimento das Normas e Regulamentos é fundamental para a execução de projetos para edificação hospitalar. Vimos também a importância da arquitetura hospitalar na hospitalidade e no atendimento aos pacientes/clientes. Sabemos da importância do bem-estar no cuidado à saúde, e ser bem-atendido, nos dias de hoje, é um diferencial nas redes hospitalares. Pensando nessa questão, as edificações hospitalares procuram adotar padrões de qualidade que nos levam às grandes redes de hotelaria, com a prestação de serviços que satisfaçam os desejos e necessidades dos seus clientes. As redes privadas procuram diversificar a prestação de serviços, bem como na rede pública existem padrões de atendimento de excelência; a melhoria contínua deve fazer parte das políticas governamentais nesse segmento de atendimento à sociedade. Sem perder de vista o serviço essencial, que é o cuidado à saúde, a manutenção de instalações adequadas para o atendimento se faz necessária tanto na rede privada quanto na pública. 113 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR O custo de manutenção e construção de estabelecimentos de saúde deve ser monitorado pelos gestores no intuito de alocar os recursos de forma adequada para atender às necessidades de ampliar a capacidade instalada de leitos. Ao término desta unidade, podemos observar a importância desses itens na elaboração de projetos de arquitetura hospitalar. A questão das instalações físicas aliada às de conforto, praticidade e segurança deve fazer parte do estudo preliminar na identificação de necessidades na área hospitalar. Exercícios Questão 1. Uma das principais mudanças que ocorreram nas últimas décadas dentro do ambiente hospitalar foi a humanização do espaço e dos serviços prestados aos pacientes. O objetivo tornou-se comum a diversos tipos de EAS: contribuir para o bem-estar da pessoa que está em tratamento, dos que a acompanham e também da equipe que trabalha no local. Um ambiente melhor, do ponto de vista do conforto, da estética e do dimensionamento dos espaços pode contribuir significativamente para um melhor desempenho. Uma das maneiras de tornar o ambiente hospitalar mais humano tem sido a reprodução, na arquitetura do EAS, de diversas soluções espaciais e construtivas que se encontram em um tipo de edifício que possui outra finalidade. Que edificações são essas? A) Indústrias de equipamentos hospitalares. B) Hotéis. C) Escritórios. D) Depósitos de alimentos e de roupas. E) Shopping centers. Resposta correta: alternativa B. Análise das alternativas Justificativa geral: os edifícios que estão sendo usados como referência arquitetônica para os novos hospitais, e também nas reformasde EAS mais antigos, são os hotéis. A razão disso é que esses edifícios têm alguns ambientes – áreas destinadas à hospedagem e ao bem-estar do hóspede – que possuem semelhanças com os espaços de internação de pacientes. Nos hospitais o paciente tem de ficar por um período dentro de um quarto e, muitas vezes, acompanhado. Esse período pode ser de alguns dias, de 114 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Unidade IV alguns meses e até mesmo de anos. Percebeu-se que tornar esse ambiente mais humano é fundamental para a recuperação do paciente, além de valorizar o hospital. Nesse sentido, os hotéis têm uma longa tradição, que já há algum tempo vem sendo explorada pelos arquitetos que projetam hospitais e utilizam soluções típicas da hotelaria para melhorar o ambiente dos EAS. Questão 2. Leia a charge e a reportagem para responder à questão. Figura 27 Ministério diz que verba enviada deixou de ser entregue à Santa Casa Governo Federal diz que R$ 74 milhões repassados não foram alocados. Secretaria Estadual da Saúde afirma que está rigorosamente em dia. O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (24) ter verificado que parte do dinheiro que o Governo Federal enviou em 2013 e neste ano para a Santa Casa de Saúde de São Paulo não chegou aos cofres da instituição. Segundo o Ministério, em 2013 foram cerca de R$ 54,1 milhões que deveriam ter sido repassados para o hospital e não foram alocados para a entidade. Ainda segundo o Ministério, neste ano, o total chega a R$ 20,6 milhões. Segundo a nota, os recursos do Ministério da Saúde chegam à entidade por meio do Governo Estadual. Procurada por telefone, a assessoria do Ministério disse que a responsabilidade [pela não alocação] das verbas deve ser investigada e evitou responsabilizar diretamente o Governo Estadual. O Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde analisam as planilhas da Santa Casa após a entidade fechar o Pronto-Socorro por 28 horas nesta semana por não ter dinheiro para pagar os fornecedores. Na quarta-feira (23), o Governo Estadual anunciou um socorro de R$ 3 milhões e a entidade reabriu o Pronto-Socorro. Procurada pelo G1, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo esclareceu que não procede, de maneira nenhuma, a informação do ministro da Saúde sobre o suposto não repasse de R$ 74 milhões à Santa Casa de São Paulo pela pasta. Segundo a nota, o Governo do Estado de 115 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR São Paulo está rigorosamente em dia com a entidade e não deixou de repassar um centavo sequer dos recursos do SUS encaminhados pelo Ministério da Saúde. Fonte: Ministério... (2014). Comparando a charge com o texto jornalístico, é possível afirmar: A) A charge e a reportagem confirmam que o problema da saúde pública é somente a falta de investimento financeiro. B) A charge e a reportagem não são concordantes entre si, pois uma coloca a culpa na gestão dos recursos para a saúde, e a outra, na falta total de dinheiro para investir. C) Há dinheiro disponível, porém a má gestão dos recursos impede que eles cheguem ao seu destino, como ressalta a charge e destaca o texto jornalístico. D) Tanto a charge quanto o texto jornalístico ressaltam que os recursos financeiros chegaram ao seu destino, mas foram mal-administrados. E) A charge destaca a boa qualidade da gestão da saúde pública, mas a reportagem demonstra que não é isso o que ocorre na realidade. Resolução desta questão na plataforma. 116 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 3 4DC8C1FC-BCA3-4C3E-BD89-AC92F4E32256.JPG. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ saude/2013/06/santas-casas-de-misericordia-tem-recuperacao-anunciada-pelo-governo-federal/ santa-casa/@@images/4dc8c1fc-bca3-4c3e-bd89-ac92f4e32256.jpeg>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 5 HGNI-FACHADA-1-300X196.JPG. Disponível em: <http://www.hgni.saude.gov.br/wp-content/ uploads/2010/10/HGNI-fachada-1-300x196.jpg>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 6 UE.JPEG. Disponível em: <http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/upload/ue.jpeg>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 7 003.JPG. Disponível em: <http://www.hospitaldocancer.org.br/wp-content/gallery/construcao- hospital-do-cancer/003.jpg>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 9 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Manual do Programa de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Metodologia para o Estudo e Análise de Problemas (EAP). São Paulo: USP [s.d.]. Anexo 1 – Ferramentas de Qualidade. Figura 10 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Manual do Programa de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Metodologia para o Estudo e Análise de Problemas (EAP). São Paulo: USP [s.d.]. Anexo 1 – Ferramentas de Qualidade. Figura 11 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Manual do Programa de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Metodologia para o Estudo e Análise de Problemas (EAP). São Paulo: USP [s.d.]. Anexo 1 – Ferramentas de Qualidade. Figura 12 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Manual do Programa de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Metodologia para o Estudo e Análise de Problemas (EAP). São Paulo: USP [s.d.]. Anexo 1 – Ferramentas de Qualidade. 117 GH OS P - Re vi sã o: M ar ia E . - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 5/ 09 /1 4 Figura 13 SLIDE_28.JPG. Disponível em: <http://images.slideplayer.com.br/1/79640/slides/slide_28.jpg>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 14 IMAGES.JPG. Disponível em: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQW44EQkWV VaT7GxtmGVEya2NWway2EJZy_PB0KJNHxW6EJTZ8I0w>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 15 PREVIEW_HTML_3C0E812B.GIF. Disponível em: <http://dc358.4shared.com/doc/I6Hm2-PH/preview_ html_3c0e812b.gif>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 16 FIGURA-3_POSTNOVEMBRO1.JPG. Disponível em: <https://qualidadeonline.files.wordpress. com/2009/11/figura-3_postnovembro1.jpg?w=468&h=321>. Acesso em: 3 set. 2014. Figura 17 2G1.GIF. 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