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1 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY TRYPANOSSOMA POSIÇÃO SISTEMÁTICA E CARACTERIZAÇÃO DO PARASITO • Trypanosoma cruzi é um flagelado da família Trypanosomatidae, que parasita mamíferos e tem como hospedeiros invertebrados numerosas espécies de hemípteros hematófagos da família Reduviidae. • A transmissão do inseto ao homem resulta, em geral, de processo contaminativo da conjuntiva, das mucosas ou de lesões cutâneas (inclusive o local de picada do inseto) com as fezes do inseto. • Nos hospedeiros vertebrados, o parasito multiplica-se habitualmente sob a forma amastigota intracelular. Em Hospedeiros Vertebrados • Em seu ciclo vital, o parasito exibe formas amastigota, epimastigota e tripomastigota, ou de transição entre elas. • Nos hospedeiros vertebrados ocorrem os tripomastigotas de tipo sangüícola e os amastigotas intracelulares • Nos hospedeiros invertebrados e em meios de cultura predominam as formas epimastigotas, que passam depois a tripomastigotas metacíclicos. RESUMO DO CICLO Há multiplicação de formas epimastigotas no intestino posterior (A) do inseto; na ampola retal (B) Os parasitos transformam-se em tripomastigotas metacíclicos que são eliminados com as fezes (C) ao penetrar no hospedeiro vertebrado, os flagelados invadem células do SFM cutâneo (D) onde, sob a forma amastigota, voltam a multiplicar-se; daí passam para o sangue, como tripomastigotas (E), e disseminam-se pelo organismo, atacando músculos e outros tecidos (F) O ciclo fecha-se quando o paciente é sugado por outro triatomíneo (G) e as formas sangüícolas chegam ao intestino do inseto. CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS GRUPO ESTERCORÁRIA • A contaminação ocorre através da urina e fezes do vetor após a alimentação do mesmo. • A picada gera incômodo no local, e ao coçar, a pessoa permite a entrada do parasito. GRUPO SALIVÁRIA • Contaminação ocorre pela inoculação através da saliva. OUTRAS FORMAS DE CONTAMINAÇÃO • Infecção clássica • Infecção vertical • Infecção por transfusão, transplante ou acidentes laboratoriais. • Infecção por ingestão de triatomíneos ou excretas em alimentos • Infecção por ingestão de carne crua ou mal cozida de mamíferos infectados • Infecção por contaminação de alimentos ou utensílios através do contato de baratas ou moscas contaminadas com fezes frescas de triatomíneos SINTOMAS SINAL DE ROMAÑA CHAGOMA Ocorre no local da picada, se for na mucosa. Ocorre no local da picada, se for na pele. • Linfadenite • Febre • Edema generalizado DISCIPLINA PARASITOLOGIA AULA TRYPANOSSOMA PROFESSOR ROBERTO/HELOÍSA/LILIAN 2 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY • Hepatoesplenomegalia • Alterações cardíacas e neurológicas • Pode ocorrer de os sintomas e as parasitemias desaparecerem, logo, deve-se fazer o diagnóstico pelo ECG, pois ele estará alterado. • Causa “os megas”, sendo esses, os sintomas mais devastadores da doença: o Megacólon o Megaesôfago o Hepatomegalia o Esplenomegalia • Dentre outros, devido ao ataque do parasito a esses órgãos. MORFOLOGIA DO PARASITO AMASTIGOTA EPIMASTIGOTA TRIPOMASTIGOT A É a forma de estágio parecida com um cisto. O protozoário apresenta um flagelo reduzido, justamente porque essa forma é intracelular, ou seja, vai se reproduzir dentro das células. Apresenta um núcleo grande e rizonema (que dará origem ao flagelo), além disso, apresenta a mitocôndria rica em material genético. Apresenta um flagelo que se projeta para frente, e tem origem na porção lateral do protozoário. Apresenta cinetoplasto anterior ao núcleo e tem uma forma alongada. O flagelo tem origem na parte de trás do protozoário. Possui uma membrana ondulante em sua lateral, núcleo central e cinetoplasto posterior ao núcleo, próximo ao início da membrana ondulante. APENAS A FORMA TRIPOMASTIGOT A METACÍCLICA É INFECTANTE. FORMAS DA DOENÇA FASE AGUDA ▪ Alta parasitemia, fácil diagnóstico. ▪ Como citado, o parasito deixa o SMF, e vai para as células musculares lisas ou sistema cardíaco e nervoso. ▪ Os sintomas são inespecíficos ou o paciente é assintomático. ▪ Febre ▪ Edema ▪ Hepatoesplenomegalia ▪ Anorexia ▪ Anemia ▪ Diarreia ▪ A transmissão vetorial é detectada pelo Chagoma ou Sinal de Romaña. ▪ As manifestações graves se dão em crianças: o Meningoencefalite o Miocardite o Óbito ▪ Se a resposta imune for ativada, a parasitemia diminui e os sintomas desaparecem. ▪ Em seguida, pode haver remissão espontânea, ser assintomática indeterminada ou tornar-se crônica. FASE CRÔNICA ASSINTOMÁTICA SINTOMÁTICA ▪ Forma indeterminada. ▪ 10 a 30 anos sem sintomas. ▪ Exames parasitológicos e sorológicos podem diagnosticar a patologia, assim como um ECG. ▪ Devido à falta de sintomas, o coração, esôfago e cólon estarão normais ao raio-x. ▪ Pode haver uma cardite discreta. ▪ Mesmo nessa fase, pode haver denervação do SN e morte. ▪ Entre 60 e 70% não apresentam sintomas por longos períodos, porém, pode haver uma intensa reativação do processo inflamatório em vários órgãos. ▪ A parasitemia é baixa. ▪ Há risco, mesmo que baixo, de complicações cardíacas, megaesôfago, megacólon e comprometimento do SN. ▪ Também há risco de morte súbita. 3 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY DIAGNÓSTICOS PROFILAXIA Como medidas eficientes, as casas da população devem ser melhoradas, com paredes lisas e sem rachaduras/entulhos. A criação de animais deve manter uma distância mínima segura da casa, e o uso de inseticidas é essencial. DOENÇA DO SONO ▪ Assim como a doença de Chagas, a doença do Sono é um importante caso de saúde pública, com mais de 20 mil casos anuais. ▪ É uma doença causada por subespécies do Trypanossoma Brucei (Gambiense e Rhodiense), que acomete animais e humanos. ▪ É uma doença restrita à África. ▪ A transmissão é feita por insetos do gênero Glossina (moscas Tsé-Tsé). ▪ Quando a patologia é nos animais não é chamado de Doença do Sono, e sim, Nagana. MORFOLOGIA DO PARASITO Forma Aguda Forma Crônica T. Brucei Rhodiense T. Brucei Gambiense ▪ A morfologia dos parasitos é igual, se diferenciam do T. cruzi, pelo cinetoplasto puntiforme. ▪ Núcleo central ▪ Flagelo posterior para motilidade ▪ Membrana Ondulante TRANSMISSÃO ▪ Como dito, se dá pela mosca Tsé-Tsé, do gênero Glossina. Além dela, mais 2 espécies transmitem. ▪ Infecção vertical, por contato com sangue contaminado, transplante de órgãos e contato sexual. CICLO ▪ A infecção humana, se inicia pela mosca, e transmite pela saliva, o tripanossoma metacíclico. ▪ No local da picada, multiplica-se na forma epimastigota e produz o cancro primário. ▪ Em seguida, continuam a se multiplicar no sangue e na linfa, e chegam ao SNC. ▪ A mosca torna-se infectada pela ingestão do sangue infectado. ▪ No intestino da mosca, os tripanossomos se transformam em tripomastigotos procíclicos, que se multiplicam por 10 dias ▪ Por fim, migram para as glândulas salivares e se transformam em epimastigota e então novamente em tripomastigotos metacíclicos, fechando o ciclo. SINTOMAS ▪ Os sintomas surgem na fase de parasitemia. ▪ Apesar dos esforços dos anticorpos, o alto poder proliferativo confere evasão ao sistema imune, o que pode gerar um processo de cronificação.▪ Além disso, os imunocomplexos podem lesar os capilares renais, e vasos do cérebro, gerando sérias complicações. ▪ Os sintomas incluem, além da lesão local, febre, tremores, cefaleia, dores musculares e articulares, linfadenopatia, mal-estar, anemia e trombocitopenia. Infecção pelo T. rhodiense Infecção pelo T. gambiense Pode resultar em insuficiência cardíaca e piora do quadro neurológico em algumas semanas. O quadro se agrava após 6 meses de infecção. Ocorrem convulsões, sonolência e apatia, evoluindo para o coma, e então, para a morte. A pessoa, basicamente, “dorme” até morrer. DIAGNÓSTICOS Fase aguda Fase crônica Através da detecção, por microscopia óptica do parasito no sangue ou liquor. Inoculação do sangue em cobais, com detecção de DNA por PCR. FASE AGUDA FASE CRÔNICA ▪ Esfregaço sanguíneo de sangue periférico ▪ Imprint de biópsias ▪ ELISA ▪ Imunoflorescência ▪ ELISA ▪ Hemaglutinação ▪ Cultura ▪ PCR ▪ Xenodiagnóstico