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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO 
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA 
PDE 2013 
 
 
Título: Mapas Conceituais e produção escrita como ferramentas para o ensino e 
aprendizagem de grandezas e medidas 
Autora Giselli Mocelin Martins 
Disciplina/Área Matemática 
Colégio de Implementação CE Dr. Osvaldo Cruz - EFM 
Município do Colégio Campo Mourão 
Núcleo Regional de Educação Campo Mourão 
Professor Orientador Me. Amauri Jersi Ceolim 
Instituição de Ensino Superior UNESPAR / FECILCAM 
Resumo 
Este material visa explorar os mapas conceituais e a 
produção de texto como ferramentas para o ensino e 
aprendizagem de grandezas e medidas numa turma de 
6º ano para que os alunos possam refletir sobre os 
conteúdos matemáticos e consigam atingir uma 
aprendizagem mais significativa, além de incentivar a 
prática da escrita nas aulas de matemática e abrir 
espaço para discussão e representação dos conceitos 
matemáticos. Para tanto, serão realizadas 40 aulas 
envolvendo os conteúdos de medidas de comprimento, 
perímetro e área, divididas em várias atividades 
relacionadas com os mapas conceituais e produção 
escrita. Em cada atividade os estudantes construirão 
mapas, individuais e em grupo, explorando os conteúdos 
matemáticos abordados e reforçando os conceitos dos 
mesmos no momento da construção. E, após cada 
atividade desenvolvida, produzirão textos reforçando o 
seu entendimento sobre os conceitos matemáticos 
estudados e aprimorando a prática da escrita. O material 
prevê também a utilização das tecnologias, através do 
editor de slides Impress, para construção dos mapas 
conceituais, e de um blog para postagem dos mapas e 
das produções escritas. 
Palavras-chave 
Mapas Conceituais, grandezas e medidas, comprimento, 
área. 
Formato do Material Didático Unidade Didática 
Público Alvo Alunos do 6o ano 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 
 
UNIDADE DIDÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mapas Conceituais e produção escrita como 
ferramentas para o ensino e aprendizagem de 
grandezas e medidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa PDE: Giselli Mocelin Martins 
Profo Orientador: Me. Amauri Jersi Ceolim 
 
 
 
CAMPO MOURÃO 
2013
Apresentação 
 
A unidade didática que aqui se apresenta é parte integrante da proposta de 
intervenção pedagógica desenvolvida no Programa de Desenvolvimento 
Educacional – PDE. 
Buscando uma alternativa para promover uma aprendizagem com mais significado 
para o aluno, elaboramos este material, focando o uso da ferramenta mapas 
conceituais, criada por Novak, e fundamentada na teoria da Aprendizagem 
Significativa, proposta por Ausubel, e também a produção escrita após cada 
atividade de mapeamento, com base em Santos (2005), que afirma a importância da 
linguagem escrita nas aulas de Matemática, de forma a mediar e integrar as 
experiências individuais e coletivas com vistas a construção e apropriação dos 
conceitos abstratos estudados. 
A repetição mecânica de exercícios matemáticos, em que os alunos decoram o 
processo sem compreender a lógica das operações realizadas, dificulta o 
estabelecimento de relações entre os conceitos e a visão integrada do conteúdo. Em 
razão deste cenário, buscamos uma alternativa que possa contribuir para mudar 
esta realidade, promovendo uma aprendizagem com maior significância para o 
aluno, de modo que ele possa compreender os conceitos estudados e fazer relações 
entre os mesmos, consolidando seus conhecimentos da disciplina. 
Para que esse objetivo seja alcançado, acreditamos que seja necessário lançar mão 
de metodologias diferenciadas em sala de aula, visando a participação mais efetiva 
do aluno durante as atividades. A proposta da utilização de Mapas Conceituais para 
a sistematização e estudo dos conteúdos matemáticos vem ao encontro dessa 
necessidade, além de permitir uma avaliação qualitativa da aprendizagem do aluno e 
da evolução dos seus conhecimentos. 
O processo de elaboração de um Mapa Conceitual demanda reflexão sobre o 
conteúdo em estudo, busca-se elencar os conceitos principais e suas relações de 
modo a permitir uma visão ampla, que possa superar a fragmentação dos 
conteúdos. 
Escolhemos o conteúdo Grandezas e Medidas, focando o trabalho nas medidas de 
comprimento e área. As atividades são direcionadas aos alunos do 6o ano do Ensino 
Fundamental. A unidade didática está dividida em cinco partes, da seguinte forma: 1a 
 
 
 4 
parte: fundamentação teórica; 2a parte: introdução ao uso dos mapas conceituais; 3a 
parte: conceituação de grandezas e medidas; 4a parte: medidas de comprimento; 5a 
parte: medidas de superfície. 
Todas as atividades possuem como foco a construção de mapas conceituais e a 
valorização da produção de texto, seja de forma individual, em grupo ou com o 
auxílio do professor. O objetivo destas produções é que o aluno reflita sobre o 
assunto e expresse o seu entendimento do conteúdo, tanto de forma gráfica quanto 
textual, contribuindo para que ele estabeleça vínculos entre os conceitos estudados. 
Em algumas atividades, sugerimos o uso do editor de slides Impress ou do software 
Cmap Tools para criação dos mapas conceituais, e também, a criação de um blog 
para postar as produções, para que a turma tenha acesso a todos os mapas e faça 
comentários sobre as atividades dos colegas. Veja mais detalhes nas orientações 
metodológicas, ao final da unidade didática. 
 
 
Parte 1 – Fundamentação Teórica 
 
Desde os primeiros anos de escolaridade a matemática está presente nos currículos 
escolares juntamente com a linguagem natural, como uma disciplina básica. Esse 
fato mostra que seu ensino é indispensável, sem ele é como se a alfabetização 
estivesse incompleta (PARANÁ, 2008). 
 
Embora seja quase uma unanimidade o reconhecimento das aplicações da 
Matemática nas ciências e na vida social, o que, em sua maioria, nos é 
revelado diariamente através dos meios de comunicação oral e escrita, a 
Matemática é tida socialmente como uma ciência fria, difícil, abstrata e 
inumana (CORRÊA, 2005, p.93). 
 
O excerto acima nos revela o contrassenso existente em torno da Matemática 
enquanto disciplina escolar e sua presença habitual na vida dos indivíduos. Essa 
contradição pode ser justificada pela maneira como a disciplina vem sendo 
trabalhada nos ambientes acadêmicos, não somente na Educação Básica como no 
Ensino Superior. 
O distanciamento entre os conceitos teóricos e sua aplicação em situações reais, 
aliado à linguagem simbólica específica da disciplina, produz nos educandos esta 
visão de que a Matemática é difícil e abstrata. Ernest, apud Corrêa (2005, p. 94), 
afirma que “o encontro do aprendiz com o conhecimento matemático necessita ser 
humanizado, e, para tal, torna-se necessário voltar a atenção para a linguagem 
matemática e desvelar seus aspectos coercitivos”. 
Acreditamos que essa humanização, proposta por Ernest, pode ser concretizada 
através do emprego de metodologias e recursos que aproximem a Matemática à 
realidade do educando. As Diretrizes Curriculares de Matemática reforçam que: 
 
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para 
que o estudante tenha condições de constatar regularidades, 
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e 
interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento 
(PARANÁ, 2008, p. 49). 
 
Para articular os conteúdos matemáticos, é proposta, nas DCE, a abordagem dos 
mesmos por meio de tendências metodológicasda Educação Matemática que 
fundamentam a prática docente, quais sejam: resolução de problemas; modelagem 
matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da Matemática e 
investigações matemáticas. Essas tendências são complementares entre si, ou seja, 
 
 
 6 
podem ser trabalhadas de forma integrada. De acordo com as DCE, “uma prática 
docente investigativa pressupõe a elaboração de problemas que partam da vivência 
do estudante e, no processo de resolução, transcenda para o conhecimento aceito e 
validado cientificamente” (PARANÁ, 2008, p. 68). 
Reforçando a afirmação acima sobre a prática docente, Moysés (1997) aborda a 
questão sociocultural da educação, afirmando que o professor deve estar atento à 
tarefa de recontextualizar e reconceitualizar o conhecimento que o aluno já possui, 
dando novos significados e ampliando os conceitos já conhecidos, sem negar a 
validade dos significados que o aluno já traz consigo. 
Marriott (2007, p. 155) ressalta que hoje o desafio é transformar informação em 
conhecimento, ou seja, “encontrar meios que auxiliem nesse processo de migração 
de um ensino memorístico para um ensino significativo”. Reitera que nesse momento 
“o papel do professor é de ajudar os alunos a explorarem o conteúdo a seu alcance 
e se desenvolverem, construindo o seu conhecimento” (MARRIOTT, 2007, p.155). 
Para contribuir nesse processo, buscamos nos Mapas Conceituais uma ferramenta 
que possibilite ao aluno refletir, pesquisar, analisar e sistematizar o seu 
conhecimento de forma contextualizada e não linear objetivando uma aprendizagem 
mais significativa. 
O mapeamento conceitual é uma técnica de ensino e aprendizagem que foi criada 
por Joseph Novak em 1972 e tem como base a Teoria da Aprendizagem Significativa 
de David Ausubel. Segundo Aragão, Ausubel “preocupa-se [...] com a construção de 
um modelo teórico de aprendizagem que explica como os alunos adquirem 
conceitos e generalizações que são ensinados na escola, e como resolvem 
problemas inerentes às tarefas escolares” (1976, p. 11). 
Para Moreira, 
 
Aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova 
informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária 
e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. É no curso da 
aprendizagem significativa que o significado lógico do material de 
aprendizagem se transforma em significado psicológico para o sujeito 
(MOREIRA, p. 1). 
 
A ocorrência da aprendizagem significativa implica que sejam satisfeitas as 
seguintes condições: 
a) Intenção do aluno para aprender significativamente, isto é, disposição para 
relacionar o novo material de forma não arbitrária; 
b) Disponibilidade de elementos relevantes na estrutura cognitiva, para poder 
 
 
 7 
relacionar de forma substantiva o material a ser aprendido; e 
c) Que o material a ser aprendido seja potencialmente significativo para o aluno 
(ARAGÃO, 1976). 
Para Ausubel, aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já 
existentes na estrutura mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar novos 
conteúdos. De acordo com sua teoria, a aprendizagem significativa somente é 
possível quando um novo conhecimento se relaciona de forma substantiva e não 
arbitrária a outro já existente. 
 
A aprendizagem por recepção significativa é, por inerência, um processo 
activo, pois exige, no mínimo: (1) o tipo de análise cognitiva necessária para 
se averiguarem quais são os aspectos da estrutura cognitiva existente mais 
relevantes para o novo material potencialmente significativo; (2) algum grau 
de reconciliação com as ideias existentes na estrutura cognitiva – ou seja, 
apreensão de semelhanças e de diferenças e resolução de contradições 
reais ou aparentes entre conceitos e proposições novos e já enraizados; e 
(3) reformulação do material de aprendizagem em termos dos 
antecedentes intelectuais idiossincráticos e do vocabulário do aprendiz em 
particular (AUSUBEL, 2003, p. 6). 
 
Os Mapas Conceituais podem ser entendidos como “diagramas bidimensionais que 
procuram mostrar relações hierárquicas entre conceitos de um corpo de 
conhecimento e que derivam sua existência da própria estrutura conceitual desse 
corpo de conhecimento” (MOREIRA, 2006, p. 10). Os Mapas Conceituais são 
formados por conceitos conectados entre si por frases de ligação (expressas por 
verbos) a esse conjunto: Conceito 1 – frase de ligação – Conceito 2, dá-se o nome 
de proposição. A figura 1 sintetiza uma definição de Mapas Conceituais. 
 
 
 8 
Conceitos mais gerais e inclusivos 
 
 
 
 
Conceitos intermediários 
 
 
 
 
Conceitos pouco inclusivos, exemplos 
 
Figura 1 – Mapa Conceitual sobre Mapas Conceituais. 
Fonte: DUTRA. 
 
Existem várias formas de se construir um Mapa Conceitual, a figura 2 ilustra um 
modelo de estrutura de acordo com o princípio ausubeliano da diferenciação 
conceitual progressiva. 
 
Figura 2 – Modelo de Mapa Conceitual conforme o princípio ausubeliano. 
Fonte: A autora. 
 
Nesta estrutura os conceitos mais gerais se encontram na parte superior do mapa, e 
os menos inclusivos, na parte inferior. Este modelo propõe uma hierarquia vertical, 
contudo, ressaltamos que não existem regras fixas a serem observadas na 
construção de um Mapa Conceitual. Para Moreira, “[...] esse modelo se presta a 
confusões, pois facilmente leva à ideia, errada, de que mapas conceituais são 
 
 
 9 
quadros sinóticos ou organogramas conceituais” (2006, p. 11). 
Há estudos, como o de Safayeni et al (2003), que defendem que os mapas 
conceituais cíclicos, isto é, não hierárquicos, podem ser mais eficazes para uma 
representação mais dinâmica do conhecimento permitindo uma maior possibilidade 
de configurações de um mapa conceitual. O exercício de criação do mapa não deve 
restringir-se a um ou outro modelo, seja ele hierárquico ou não, o que importa é o 
processo de construção e a validade das proposições estabelecidas. 
Moysés afirma que: 
 
[...] ao estabelecer uma relação entre uma dada situação envolvendo 
cálculo e uma representação – seja ela formada por imagens mentais 
diferentes ou mais ricas, seja mediante diagramas, esquemas, descrições 
verbais mais evocativas, gestos, simulações –, o raciocínio contextualizado 
favorece à articulação das variáveis em jogo e contribui para o sucesso do 
processo de resolução do problema matemático envolvido (1997, p. 76). 
 
Isso vem reforçar a importância de se explorar diferentes recursos gráficos no 
ensino da matemática, Santos (2005) cita a utilização de mapas conceituais 
acompanhados de textos para o acompanhamento e verificação da aprendizagem. 
Essa complementação dos mapas conceituais com textos explicativos colabora para 
a reflexão sobre o que foi representado e reforça a validade das ligações e 
proposições feitas pelo aluno. 
Ainda segundo a autora, “[...] a linguagem escrita nas aulas de Matemática atua 
como mediadora, integrando as experiências individuais e coletivas na busca da 
construção e apropriação dos conceitos abstratos estudados” (SANTOS, 2005, p. 
129). O uso da escrita, seja textual ou em forma de mapas e diagramas, pode 
colaborar para ampliar a aprendizagem, pois favorece a capacidade de se 
estabelecer vínculos a partir da descoberta dos conhecimentos. 
 
Um mapa conceitual é como um retrato instantâneo de um aluno num 
determinado momento, ou seja, é a imagem mental que o aluno tem sobre 
um assunto naquele instante. Esta imagem pode e deve evoluir com as 
aulas de Matemática. Por isso o professor pode e deve utilizar esta 
estratégia de uma forma sistemática e continuada para que os alunospossam beneficiar-se do uso deste instrumento de ensino (SANTOS, 1997 
apud SANTOS, 2005, p. 133). 
 
O Mapa Conceitual pode ser utilizado de várias maneiras no processo de ensino e 
aprendizagem: como instrumento de avaliação, como recurso para apresentação de 
um conteúdo, como atividade individual/grupo e como estratégia de estudo. O 
objetivo do trabalho com esse recurso é proporcionar ao estudante uma reflexão 
 
 
 10 
sobre o seu conhecimento de forma que consiga compreender os conceitos 
estudados e fazer relações com outros conceitos em diferentes contextos. De 
acordo com Zabala: 
 
Não podemos dizer que se aprendeu um conceito ou princípio se não se 
entendeu o significado. Saberemos que faz parte do conhecimento do aluno 
não apenas quando este é capaz de repetir sua definição, mas quando sabe 
utilizá-lo para a interpretação, compreensão ou exposição de um fenômeno 
ou situação; quando é capaz de situar os fatos, objetos ou situações 
concretos naquele conceito que os inclui. [...] Uma das características dos 
conteúdos conceituais é que a aprendizagem quase nunca pode ser 
considerada acabada, já que sempre existe a possibilidade de ampliar ou 
aprofundar seu conhecimento, de fazê-la mais significativa (ZABALA, 1998, 
p.43). 
 
A aprendizagem é um processo dinâmico e em constante construção, e os mapas 
conceituais nos permitem visualizar essa evolução e reconstrução do conhecimento 
através dos novos conceitos que são integrados/modificados no mapa com o passar 
do tempo. De acordo com Powell (2006), a escrita permite a alunos e professores 
examinarem o desenvolvimento do pensamento matemático, pois oportuniza o 
trabalho com conceitos e termos. A reflexão sobre o que estão aprendendo promove 
confiança e motivação para fazer e entender matemática. 
 
 
 
 
 11 
Parte 2 – Iniciando a prática do mapeamento 
 
 
Sugerimos as atividades seguintes para iniciar o trabalho com os Mapas 
Conceituais. Por ser uma turma de 6o ano acreditamos que seja melhor não entrar 
nos detalhes formais de um Mapa Conceitual. Será apenas um “mapa de palavras”, 
ou um “esquema”, que terá obrigatoriamente conceitos e frases de ligação, mas não 
é necessário utilizar estes termos com os alunos, pode-se adotar por exemplo 
“palavras-chave” e “frases” para identificar estes elementos do Mapa Conceitual. 
O objetivo das atividades propostas nesta unidade didática é que o aluno seja capaz 
de refletir de forma lógica sobre o conteúdo matemático que está estudando, que 
consiga identificar as relações entre os conceitos e representá-los graficamente 
através de um Mapa Conceitual. 
 
 
Atividade 1: Texto e Mapa Conceitual 
 
Duração: 2 aulas. 
Recurso: texto impresso. 
 
Texto para reprodução: 
 
 
 
Como surgiram os números? 
 
 
Será que algum matemático os inventou? Ou será que existiam antes de nós? 
O que sabemos sobre os números é que surgiram quando o homem teve a 
necessidade de contar e registrar animais e objetos. Naquele tempo os homens, 
mulheres e crianças viviam em cavernas e grutas, eles não tinham a ideia de 
números, nem moradia fixa, mas tinham a necessidade de contar seus animais e 
outras coisas. 
 
Era comum os homens saírem para pescar ou caçar para trazer comida para suas 
famílias. Quando iam atrás de alimento eles levavam pedaços de ossos ou de 
madeira e para cada animal ou fruto que conseguiam, eles faziam uma marca no osso 
ou no pedaço de madeira. 
 
Com o passar do tempo, esses homens foram evoluindo e começaram a criar 
pequenas aldeias, ou seja, deixaram de ser nômades, construíram moradias fixas. 
Com essa mudança, eles começaram a fazer outras coisas além de caçar, pescar e 
colher frutos, estes homens começaram a plantar suas hortas e a domesticar os 
animais. Com todas essas mudanças, surgiu uma nova necessidade: eles precisavam 
arranjar um jeito de controlar os seus animais, um jeito de contar que fosse prático e 
fácil. 
 
 
 12 
 
O homem passou, então, a utilizar pedras: cada animal representava uma. Para cada 
animal que ia pastar, ele colocava uma pedra dentro de um saco. Ao final do dia, 
para cada animal que entrava no cercado, ele retirava uma pedra. Dessa forma, era 
possível manter o controle e saber se algum animal havia sido devorado por um 
animal selvagem ou apenas se perdido do rebanho. Uma outra forma de registrar as 
quantidades era fazer nós em cordas. 
 
 
Fonte: A autora. 
 
Encaminhamento: 
 
Entregue o texto aos alunos e realize a leitura coletiva. 
Após a leitura, peça para grifarem de 10 a 15 palavras-chave e escrevê-las no 
caderno na forma de uma lista. 
Peça para que eles falem quais palavras foram escolhidas e escreva uma lista no 
quadro. Em seguida, juntamente com os alunos, organize a lista começando das 
palavras mais gerais para as mais específicas. 
Agora, comece a ordenar estas palavras no quadro de forma a construir ligações 
entre elas para formar o Mapa Conceitual. Coloque duas palavras e questione os 
alunos: estas duas palavras tem alguma ligação? o que poderia ser escrito para 
conectar essas palavras? (Tendo o texto como referência). 
A partir daí, siga questionando os alunos sobre a ordem das palavras e quais frases 
construir, com base no texto, até concluir o mapa. 
 
Neste momento é importante deixar claro para os alunos que 
podem ser feitos outros tipos de frases, de acordo com o pensamento de cada um e, 
desta forma, podem surgir mapas diferentes para o mesmo texto, não caracterizando 
que um esteja certo e o outro errado, pois existem várias maneiras de representar o 
conhecimento. Também pode ser necessária a inclusão ou exclusão de palavras da 
lista. 
Para deixar a atividade um pouco mais descontraída, alguns conceitos podem ser 
representados por figuras. 
 
Depois de pronto, peça aos alunos que reproduzam o mapa do quadro em seus 
cadernos e escrevam um pequeno parágrafo explicando o mapa. Powell (2006) 
aponta que o exercício da escrita é importante para reforçar o entendimento do 
conteúdo e permite aos alunos (e professor) examinarem o desenvolvimento do 
pensamento matemático. 
Questione: como seria um mundo sem números, seria possível? 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
Para o texto sugerido, podem ser listadas as palavras: 
 Números;  Homem; 
Curiosidade: 
Cálculo vem do latim e significa: pequena pedra. 
 
 
Professor… 
 
 
 13 
 Cavernas; 
 Contar; 
 Animais; 
 Aldeias; 
 Nômades; 
 Hortas; 
 Pedras; 
 Cordas. 
 
 
Figura 3 - Mapa Conceitual: Como surgiram os números? 
Fonte: A autora. 
 
 
 
 14 
Atividade 2: Vídeo e Mapa Conceitual 
 
Duração: 2 aulas. 
Recursos: 
 Vídeo: Largando os bets1; 
 Cartolina colorida (1 por grupo); 
 30 retângulos de papel sulfite por grupo (sugestão: 15 de 12cmx4cm para os 
conceitos e 15 de 10cmx2cm para as frases de ligação); 
 Caneta, lápis ou canetinhas; 
 Fita crepe. 
 
Encaminhamento: 
 
Antes de exibir o vídeo, passar as orientações da atividade aos alunos: 
 A atividade será em grupo de 3 ou 4 alunos; 
 Cada grupo deverá prestar atenção no vídeo e anotar as palavras-chave (de 8 
a 12); 
 Depois de assistir o vídeo, cada grupo deverá representar o que 
compreendeu através de um “mapa de palavras”; 
 O mapa será construído com a cartolina e os retângulos de sulfite; 
 Eles terão 30 minutos para construir o mapa; 
 Cada grupo irá apresentar e explicar o seu mapa para a turma (5 minutos). 
 
Após estas orientações, peça que organizem os grupos, enquanto prepara a 
tv/computador para exibir o vídeo. 
 
Depois de assistirem, verifique se todos os grupos conseguiram identificar as 
palavras chave, se necessário, passe o vídeo novamente.Distribua os materiais para os grupos (cartolina, papéis, pedaços de fita crepe) e 
marque o tempo para o término da atividade. 
Neste momento, pode-se orientar os alunos a primeiro escreverem as palavras-
chave nos retângulos maiores e tentar organizá-los na cartolina (sem colar), para, 
em seguida, elaborar as frases e montar o mapa. 
No momento da apresentação do mapa, questione os demais grupos se eles 
concordam com o mapa exposto. 
Ao final de todas as apresentações, é provável que os mapas apresentados tenham 
tido algumas partes parecidas e outras diferentes, questione os grupos: 
 Por que os mapas são diferentes? 
 Eles ajudam a entender o vídeo? 
 Se você fizesse o seu mapa sozinho, como ele seria? 
 O que podemos concluir a partir desses vários tipos de mapas? 
 A matemática está presente no jogo de bets? Justifique. 
 
Os mapas podem ser colados na parede da sala ou expostos no mural. 
 
1 Vídeo disponível em: http://goo.gl/nlVaKr. Acesso em: 07 nov. 2013. 
Sinopse: Pai encontra os filhos jogando videogame e conta a eles como era a época em que ele jogava 
bets na rua de sua casa, fazendo um resgate das antigas brincadeiras de rua com um comparativo entre 
aquela época e os dias atuais. Incentivados pelo pai, os jovens vão jogar bets com amigos em um 
parque, e percebem como jogos e brincadeiras, além de fazer bem ao corpo, podem ser muito 
divertidas. 
 
 
 15 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
Poderiam ser listadas as palavras: 
 
 Bets; 
 Brincadeira; 
 Rua; 
 Praça; 
 Carros; 
 Bola; 
 Taco; 
 Lata; 
 Jogadores. 
 
E ser construído um mapa como este: 
 
Figura 4 – Mapa Conceitual: O jogo de Bets. 
Fonte: A autora. 
 
 
Após a construção do mapa, peça aos alunos que elaborem um pequeno texto 
mostrando sua compreensão do mapa e sua relação com o vídeo trabalhado. 
 
 
Na maioria das vezes, durante a construção, é necessário 
acrescentar novas palavras-chave para formar as proposições e dar sentido ao 
mapa. Isso depende do raciocínio e interpretação do grupo. Por isso é bom ter 
retângulos de sulfite de sobra. 
 
 
Professor… 
 
 
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Parte 3 – Medidas e Grandezas 
 
 
Atividade 1: Medidas, onde estão? 
 
Duração: 7 aulas. 
Recursos: texto impresso; laboratório de informática; pendrive. 
Objetivo: refletir sobre a presença das medidas no dia a dia. 
 
 
 
 
Medidas, onde estão? 
 
Sempre ouvimos dizer que a matemática está em tudo, será que as medidas 
também estão a nossa volta? Vamos acompanhar o dia de Mariana para verificar 
quais tipos de medidas estão presentes na sua rotina. Vamos lá? 
 
Texto para reprodução: 
O DIA DE MARIANA 
 
 Mariana acorda às 6h:30min da manhã, graças ao seu despertador. Logo levanta e vai 
escovar os dentes, utiliza o creme dental de 90g da sua marca preferida, em seguida pega o 
enxaguante bucal de 500 ml e utiliza metade da tampa medidora de 20 ml para finalizar sua 
higiene matinal. 
 Ao lavar o rosto com seu sabonete líquido observa que a embalagem de 250 ml está quase 
vazia, abre o armário para pegar o refil, mas percebe que aquele era o último, ao mesmo 
tempo observa que a reserva de papel higiênico de 30mx10cm também está no fim, 
acrescenta mais este item à sua lista de compras. Neste intervalo de tempo, Mariana esquece 
a torneira aberta, lá se foram alguns litros de água tratada pelo ralo, que vão constar nos 
metros cúbicos de sua conta de água, com certeza. 
 Já na cozinha, pega 1 litro de leite na geladeira e a lata de achocolatado de 400g, coloca 300 
ml num copo e aquece por 1 minuto e meio no micro-ondas. Separa um pão francês de 25g e 
passa a margarina que está num pote de 500g. Toma o seu café da manhã. 
 Pega sua bolsa e segue para o trabalho. Ao funcionar o carro percebe que o tanque está 
quase vazio, passa no posto de combustíveis que fica a 200m de sua casa e coloca 20 litros de 
gasolina, observa que o preço subiu: R$ 3,00 o litro. Zera o hodômetro do carro e segue para 
o trabalho. 
 Na hora do almoço vai a um restaurante por quilo, faz seu prato e, na balança, observa que 
deu 730g, vê no cartaz o preço: R$ 21,90 o quilo. Pede um suco de laranja de 200 ml que custa 
R$ 2,00, paga com uma nota de R$ 50,00 e vai para a mesa. Olha no relógio e percebe que tem 
1 hora e 10 minutos para voltar a trabalhar. Almoça tranquilamente, sabendo que do 
restaurante até o seu trabalho gastará 1/6 de hora, logo ainda terá tempo para passar no 
mercado e comprar o que colocou na lista, já que o mercado é a 100 m dali e na mesma 
direção do seu trabalho. 
 Saindo do mercado, passa na farmácia para conferir o seu peso: 57 kg, percebe que está 
com 1,5 kg a mais do que pesou no início do mês, ao sair, resolve contar os passos até a 
 
 
 17 
entrada da loja onde trabalha, ao chegar contabiliza 290 passos. 
 Ao final do dia, depois de 8h de trabalho, volta para casa com seu carro e observa 
novamente o hodômetro: 9800m. Isso significa que Mariana rodou quase 10 km! Levando em 
conta o rendimento do seu carro, que é de 10 km por litro, podemos dizer que ela gastou 
praticamente 1 litro de gasolina para ir e voltar do trabalho. 
Fonte: a autora. 
Fonte: A autora. 
 
Encaminhamento: 
 
Após a leitura: 
 
 Peça aos alunos que grifem todos os itens relacionados a medidas que 
aparecem no texto; 
 Questione sobre a função do hodômetro, explique como funciona e sugira que 
pesquisem no dicionário o significado da palavra; 
 Proponha questões para explorar as medidas e realizar conversões, como: 
 
 Qual a quantidade de enxaguante bucal que Mariana utilizou? 
 Quantos enxágues Mariana poderá fazer com um frasco desse enxaguante se 
utilizar sempre esta mesma quantidade? Se ela utilizar 2 vezes por dia, um 
frasco será suficiente para o mês todo? Irá faltar ou sobrar? Quanto? 
 O que significam as medidas 30mx10cm do rolo de papel higiênico? 
 Quanto Mariana pagou pelos 20 litros de gasolina? Quanto pagaria se tivesse 
colocado somente 10 litros? 
 Quanto Mariana gastou no seu almoço? Quanto recebeu de troco? 
 Quantos minutos Mariana gasta do restaurante até o seu trabalho? 
 Quanto Mariana pesava no início do mês? 
 Levando em conta que Mariana começa trabalhar às 07h30min e tem 
01h30min de intervalo para almoço, a que horas ela encerra o seu 
expediente? 
 Se Mariana for trabalhar todos os dias de carro, quanto ela gastará de 
combustível em 4 semanas, sabendo que ela trabalha de segunda a sexta? 
 
Peça que cada um faça um mapa descrevendo onde as medidas estão presentes na 
sua rotina, escolha alguns voluntários para apresentar o seu mapa para a classe. 
Solicite aos alunos que elaborem um texto a partir do mapa, relacionando o que 
surgiu de diferente e semelhante entre o seu mapa e o dos colegas. 
 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 Blog! 
 
 
 
Figura 5 – Mapa Conceitual: As medidas no cotidiano. 
Fonte: A autora. 
 
 
Como forma de divulgar e valorizar os mapas produzidos pelos alunos, 
alguns deles serão construídos no editor de slides Impress e postados 
em um blog criado para este fim. 
Este mapa será o primeiro a ser editado e postado. Para facilitar este trabalho, 
elaboramos um tutorial que está disponível no apêndice desta unidade didática, é 
importante que o professor realize todos os passos e verifique como o programa 
funciona antes de levar os alunos para a atividade. 
Depois do mapa pronto no papel, leve os alunos ao laboratório de informática e 
oriente como devem proceder para construir os mapas no slide, salve os arquivos 
num pendrive para depois postar no blog. 
Numa próxima aula,já com os mapas postados no blog, cada aluno deverá localizar 
o seu mapa e postar o texto que produziu em sala, utilizando o campo de 
comentários. Depois disso, peça que escolha o mapa de um colega e faça um 
comentário. 
Ao realizar estas atividades, a turma utilizará a tecnologia de uma forma diferente da 
que estão acostumados, explorarão outra possibilidade de representação do mapa, 
mais dinâmica e atrativa, além de poderem interagir com os colegas e professor 
através dos comentários postados no blog e também divulgar o trabalho para amigos 
e familiares. 
 
Obs: Para a edição do mapa no Impress sugerimos utilizar duas aulas seguidas e, 
para a postagem dos comentários, uma aula. Este tempo dependerá da agilidade 
dos alunos com as ferramentas, acreditamos que seja suficiente, mas fica a cargo do 
professor adequar o tempo de acordo com sua realidade. Estas orientações também 
se aplicam às próximas atividades que envolvam edição de mapas e postagem de 
comentários no blog. 
 
 
 
 19 
Atividade 2: Identificando grandezas e unidades de medida 
 
Duração: 4 aulas 
Recursos: texto impresso; imagens de: relógios, fita métrica, trena, régua, 
termômetro, balanças, velocímetro; pacote de bolacha, tira de tecido, garrafa de 
água, pacote de leite, etc. 
Objetivo: identificar os tipos de grandeza e unidades de medida presentes em 
objetos e imagens. 
 
Encaminhamento: 
 
Nesta atividade o aluno poderá (através das imagens e embalagens) identificar 
algumas grandezas e medidas que são utilizadas no cotidiano. 
Pode-se iniciar a aula com questões para que a turma se manifeste sobre o que já 
conhece em relação ao tema, como por exemplo: 
 Intuitivamente, pode-se dizer que sabemos o que é uma medida, certo? 
 Mas, o que é mesmo uma medida? E uma grandeza, o que é? 
 Como se diferencia uma grandeza de uma medida? 
 O que é o ato de medir? 
 
Outras questões podem ser levantadas para aprofundar e direcionar a discussão: 
 
 É possível medir a altura da sala de aula utilizando a unidade quilogramas? Por 
quê? Que unidades poderiam ser utilizadas? 
 Posso medir a quantidade de água de uma garrafa utilizando uma fita métrica? 
 Que unidade de medida devo utilizar para medir: 
 O comprimento do quadro; 
 A área da sala; 
 A distância entre a escola e minha casa; 
 O “peso” de uma dúzia de laranjas; 
 A espessura do livro de matemática; 
 A quantidade de água num copo; 
 A duração de uma aula. 
 
Pode ser que neste momento sejam feitas colocações equivocadas 
em relação a algumas medidas e grandezas, cabe questionar e pedir a opinião dos 
outros colegas para que todos reflitam sobre a questão. 
 
Após este debate inicial, realize a leitura do texto abaixo com a turma (cada 
parágrafo pode ser lido por um aluno). 
 
 Texto para reprodução: 
 
 
 
 
 
 
Professor… 
 
 
 20 
GRANDEZAS E MEDIDAS 
 
Todos têm certa noção do que é medir e o que é uma medida. 
O dono de uma quitanda não pode realizar seus negócios se não medir: com uma balança 
mede a quantidade de farinha ou de feijão pedida. Um lojista, com o metro, mede a 
quantidade de tecido que lhe solicitaram. Em uma fábrica mede-se com o relógio, o tempo 
que os operários trabalham. 
Há diferentes coisas que podem ser medidas: o dono da quitanda mede "pesos", o lojista 
"comprimentos", a fábrica "tempos". Também podem ser medidos volumes, áreas, 
temperaturas, velocidades, etc. 
Tudo aquilo que pode ser medido chama-se "grandeza", assim, o peso, o comprimento, o 
tempo, o volume, a área, a temperatura, são "grandezas". Ao contrário, visto que não podem 
ser medidas, não são grandezas a Verdade ou a Alegria. 
Medir é comparar uma quantidade de uma grandeza qualquer com outra quantidade da 
mesma grandeza que se escolhe como "unidade". 
Ninguém, mesmo que esteja louco, pretenderá medir a extensão de um terreno em 
quilogramas, ou o comprimento de uma rua em litros. 
O fundamental é medir, e o resultado da medição é um número e o nome da unidade que se 
empregou. Assim, cada quantidade fica expressa por uma parte numérica e outra literal. 
Exemplos: 10 km; 30 km/h; 8 h; 5 Kg. 
 
Fonte: Adaptado de Física Experimental. Disponível em http://goo.gl/8Oyl6n. Acesso em 03 
dez. 2013. 
 
Depois da leitura, questione os alunos sobre o que eles entenderam por 
“grandezas”, peça exemplos, faça o mesmo em relação a “medidas”. Se necessário 
retome partes do texto. 
 
 Leve alguns itens (ex: garrafa de água, pacote de bolacha, pedaço de barbante, 
tira de tecido), peça que os alunos identifiquem quais grandezas e unidades de 
medida eles identificam no item e, em seguida, desenhem no caderno e 
registrem as respostas; 
 
 Entregue aos alunos algumas imagens de relógios, fita métrica, trena, régua, 
termômetro, balanças, velocímetro e peça para que identifiquem as grandezas 
que cada instrumento mede e também as unidades de medida que cada um 
utiliza. Peça que colem no caderno e registrem as respostas; 
 
A partir da leitura do texto e das atividades anteriores, construa, juntamente com os 
alunos, o mapa conceitual a seguir, mostrando os tipos de grandeza, instrumentos e 
unidades de medida. Peça a turma para escrever um texto sobre essa atividade, 
mostrando a forma como eles entenderam os conceitos de grandezas e medidas. 
 
 
 
 
 21 
 
Figura 6 – Mapa Conceitual: Grandezas e medidas. 
Fonte: A autora. 
 
 
Ao construir este mapa com a turma, eles terão uma visão geral do 
assunto, isso contribui para que percebam a relação entre os conceitos e também 
suas características principais. Este mapa poderá ser retomado ao iniciar o trabalho 
com cada uma das medidas, para que a turma relacione novamente a parte com o 
todo e amplie as relações do mapa inicial. 
 
 
 
 
Professor… 
 
 
 22 
Parte 4 – Medidas de Comprimento 
 
 
Atividade 1: Medidas e estimativas 
 
Duração: 5 aulas. 
Recursos: folha impressa com as tarefas, trena, metro, fita métrica, palitos, canetas. 
Objetivos: realizar medições utilizando o seu próprio corpo e outros instrumentos, 
estimar comprimentos, fazer conversões de medidas, utilizar medidas não 
padronizadas / não convencionais. 
Atividade: Medindo e estimando 
a) Medir o comprimento do quadro (cada um decide o que utilizará para medir). 
Comprimento =_____________________________________ 
 
b) Utilizando o pé como unidade de medida, medir o comprimento e a largura da 
sala de aula. 
Comprimento = _____ pés. 
Largura =______ pés. 
 
c) Utilizando o palmo como unidade de medida, medir o comprimento e a largura 
da mesa do refeitório do colégio. 
Comprimento = _____ palmos. 
Largura =______ palmos. 
 
d) Utilizando o passo como unidade de medida, medir o comprimento e a largura 
da quadra do colégio (utilizar a linha que limita o campo de jogo). 
Comprimento = _____ passos. 
Largura =______ passos. 
 
e) Utilizando a sua altura como unidade de medida, estimar o comprimento do 
banco do refeitório. 
Comprimento = ______________ 
 
f) Utilizando uma trena, metro, régua ou fita métrica, meça o seu pé, o seu palmo e 
o seu passo e encontre as medidas aproximadas dos itens a, b, c e d. 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
 
 
 
 23 
 
Encaminhamento: 
 
As atividades acima devem ser realizadas de forma individual para que todos os 
alunos possamvivenciar a experiência de realizar a medição. Imprima as tarefas, 
entregue a cada aluno e peça que cole em seu caderno. 
Leia cada uma das atividades com a turma para que fique claro o que eles devem 
fazer, se preciso demonstre o que eles farão em cada tarefa. Depois, libere para as 
medições, estipule um tempo para isso, por exemplo, 30 minutos. 
 
Imprima o mapa conceitual abaixo sobre as medidas de comprimento não 
padronizadas e peça que cada um tente completar o seu mapa colocando palavras 
nos espaços em branco. 
 
 
Figura 7 – Mapa Conceitual: Medidas não convencionais. 
Fonte: A autora. 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
g) Compare os resultados obtidos nos itens e) e f) com seus colegas. Vocês 
chegaram aos mesmos resultados em todos os itens? Explique. 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________ 
 
h) Agora que você já sabe quanto mede o seu passo, estime a distância da sua 
carteira até a porta da sala de aula. Primeiro faça isso só olhando e imaginando 
quantos passos daria, depois comprove, medindo com seus próprios passos e 
fazendo os cálculos. 
Distância estimada:______________________ 
Distância calculada: 
 
 
 24 
 
 
Figura 8 – Mapa Conceitual: Medidas não convencionais. 
Fonte: A autora. 
 
 
Faça um fechamento da atividade em sala, lendo novamente o mapa, para verificar 
o que cada um registrou e discuta com a classe. Peça que façam um texto 
relacionando as medições realizadas e o mapa construído, a fim de reforçar o 
entendimento sobre unidades de medida não convencionais. 
 
 
Ao final dessa atividade, os alunos devem concluir que podem 
medir utilizando vários instrumentos de medida, inclusive partes do corpo, porém, 
quando utilizam esses padrões para medir, não há uma uniformidade nos resultados, 
devido às diferenças entre os instrumentos utilizados e, por este motivo, fica difícil 
fazer comparações, daí a necessidade de se criar uma unidade padrão. 
 
 
 
 
 
 
Professor… 
 
 
 25 
Atividade 2: Padronizando as medidas 
 
Duração: 5 aulas. 
Recursos: vídeo: “Matemática em toda parte: Sistema Métrico Decimal2” e texto “O 
Sistema Métrico Decimal3”. 
Objetivos: compreender como surgiu o Sistema Métrico Decimal, conhecer os 
múltiplos e submúltiplos do metro e fazer transformações de unidade. 
 
Encaminhamento: 
 
No início da aula, faça uma retomada da aula anterior, relembrando as medidas que 
eles fizeram e as diferenças entre elas, discutindo a importância e a necessidade de 
um padrão de medida. Após essa retomada, passe o vídeo sobre o Sistema Métrico 
Decimal: esse vídeo é bem curto e conta como surgiu o Sistema Métrico Decimal. 
Para complementar o vídeo, deve ser feita a leitura do texto, que aprofunda um 
pouco mais o contexto histórico, relatando como foi a adoção do sistema aqui no 
Brasil. 
Após a leitura, faça um debate sobre a importância de se ter um sistema único de 
medidas, como isso facilita a vida das pessoas e também o comércio entre os 
países. 
Peça para que cada um represente com um mapa o surgimento do Sistema Métrico 
Decimal e que façam um texto sobre o mapa construído onde apresentem sua 
opinião sobre a importância do sistema métrico decimal e seu conhecimento sobre 
essa história. 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
Figura 9 – Mapa Conceitual: O surgimento do Sistema Métrico Decimal. 
Fonte: A autora. 
 
 
2 Vídeo disponível em: http://goo.gl/cA2dE4. Acesso em: 07 nov. 2013. 
3 Texto disponível em: http://goo.gl/Que8e4. Acesso em: 07 nov. 2013. 
 
 
 26 
 
 Blog! 
 
 
É importante que os alunos consigam perceber as facilidades da 
utilização de um sistema de medidas padrão. Que eles vejam como foi o processo 
para se chegar a esta medida padronizada, os esforços feitos na época para se 
instituir o metro como unidade básica de medição e a importância dos matemáticos 
neste acontecimento histórico. Que notem quantos anos se passaram desde o início 
dos trabalhos de medição até a instituição da obrigatoriedade do uso do Sistema 
Métrico Decimal na França e mais tarde no Brasil. A construção do mapa é uma 
atividade para o aluno organizar as ideias e sintetizar os pontos principais do texto e 
do vídeo. Além de exercitar a escrita de um texto formal, a produção textual permite 
que o aluno repense os conceitos matemáticos, reforce os conteúdos abordados e 
estruture seu pensamento matemático sobre o tema estudado. 
 
 
 
Este mapa também será postado no blog. Cada aluno deverá editar o 
seu mapa no Impress e, posteriormente, postar o seu texto na forma de 
comentário, ficando livre para comentar os mapas dos colegas. 
 
 
Professor… 
 
 
 27 
Atividade 3: Qual a melhor unidade? 
 
Duração: 3 aulas. 
Objetivo: refletir sobre as unidades de medida de comprimento mais utilizadas. 
 
Encaminhamento: 
 
Esta atividade pode ser feita individualmente e depois discutidas as respostas com a 
turma. 
 
 Qual a unidade mais apropriada para medir? 
 
 A espessura de uma folha de papel. 
 O comprimento de um carro. 
 A altura de um prédio. 
 A distância entre Campo Mourão e Peabiru. 
 A altura de uma ponte. 
 O diâmetro da ponta de uma caneta. 
 O tamanho de um palmo. 
 
Após o término das discussões, construa com os alunos um mapa conceitual sobre 
esta atividade, relacionando as unidades de medida utilizadas com os múltiplos e 
submúltiplos do metro. Peça aos alunos que elaborem um texto sintetizando as 
discussões e dando outros exemplos de objetos que podem ser medidos utilizando 
as unidades de medida citadas no mapa. 
 
 
Para confirmar a utilização das medidas indicadas, pode-se levar 
embalagens de papel sulfite e caixas de canetas ou lapiseiras onde aparece a 
indicação de milímetros. A altura de um prédio e de uma ponte podem ser 
comparadas com a largura da quadra, por exemplo. O tamanho do carro pode ser 
comparado com o tamanho de um passo, para verificar que é maior que um metro. A 
distância entre duas cidades pode ser comparada com o comprimento da quadra, 
onde podem perceber que seriam necessários muitos “comprimentos de quadra”, 
logo o metro já não seria uma boa opção para medir essa distância. 
Estas comparações, por mais que sejam simples, contribuem para que o aluno faça 
outras conexões que lhe permitam visualizar, imaginar a situação, e perceber se a 
sua resposta foi coerente ou não. Ao construir o mapa com a turma, eles poderão 
visualizar as unidades que utilizaram e classificá-las como múltiplos ou submúltiplos 
do metro. 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
 
Professor… 
 
 
 28 
 
 Blog! 
 
 
 
Figura 10 – Mapa conceitual: A melhor unidade para medir. 
Fonte: A autora. 
 
 
O mapa construído com a turma será editado e postado no blog pelo 
professor, sugerimos uma aula para que os alunos postem, na forma de 
comentário, os textos produzidos em sala. 
 
 
 
 29 
Atividade 4: Concluindo... 
 
Duração: 2 aulas. 
Recursos: folha com o mapa em branco impresso, conceitos impressos e 
recortados, fita crepe ou cola. 
Objetivo: retomar o conteúdo estudado num mapa conceitual. 
 
Mapa conceitual para impressão: 
 
 
Figura 11 – Mapa Conceitual: Medidas de comprimento. 
Fonte: A autora.
 
Conceitos para impressão: 
 
 
 
 30 
 
Tabela 1 – Conceitos 
instrumentos 
de medida 
grandesdistâncias 
pequenos 
comprimentos 
trena fita 
métrica 
ponta da 
caneta 
mundo múltiplos França quilômetro 
submúltiplos pessoa metro tamanho régua 
Terra até a Lua centímetro, 
milímetro 
pé, palmo, 
passo, cúbito 
medir corpo 
padronizadas tamanho 
Fonte: A autora. 
 
Encaminhamento: 
 
Divida a turma em pequenos grupos e distribua o mapa em branco e os conceitos, 
peça para que eles completem o mapa conceitual utilizando todas as palavras que 
foram entregues. Depois de montado, sugira que eles façam mudanças, 
acrescentando ou mudando palavras e frases do mapa. Questione se há outras 
informações importantes que poderiam ser adicionadas ao mapa. Peça para que 
cada grupo apresente para a turma o resultado de seu trabalho. 
 
 
Apesar de apresentar um mapa já formatado, nesta atividade o 
objetivo é que o aluno organize o mapa de forma lógica, que ele consiga identificar 
os conceitos através das frases de ligação e perceber as relações entre os mesmos. 
O processo de montagem deste mapa demanda leitura, interpretação, discussão 
(grupo) e organização, e estas ações influem positivamente no aprendizado do 
aluno. 
 
Após completarem e apresentarem o mapa, peça que façam um texto sobre as 
medidas de comprimento abordando desde as medidas utilizando partes do corpo 
até o surgimento do sistema métrico decimal, citando as possíveis vantagens de se 
ter um sistema único de medidas. 
 
 
Mapa completo: 
 
Professor… 
 
 
 31 
 
Figura 12 – Mapa Conceitual: Medidas de comprimento. 
Fonte: A autora. 
 
 
 32 
Parte 5 – Medidas de Superfície 
 
 
Atividade 1: Medindo perímetros 
 
Duração: 3 aulas. 
Recursos: geoplano e barbante ou malha pontilhada. 
Objetivos: construir polígonos, identificar e medir seu perímetro. 
 
 
 
Figura 13 – Malha pontilhada. 
Fonte: Adaptado de Pavani. 
 
Encaminhamento: 
 
Discuta com a turma sobre o conceito de perímetro, questione o que eles entendem 
como perímetro e faça relações com perímetro urbano. Distribua as folhas com o 
geoplano impresso ou utilize o geoplano de madeira, e peça que façam as figuras a 
seguir com o lápis ou barbante. Após isso, peça para que encontrem o comprimento 
de cada lado e calculem o perímetro de cada uma delas com o auxílio de uma 
régua, ou convencionando a distância vertical e horizontal entre dois pontos como 1 
unidade de comprimento. Peça que registrem os valores dos lados e do perímetro 
encontrado. 
Depois das medições, socialize no quadro as medidas encontradas para cada figura 
 
 
 33 
e o seu perímetro, verifique se todos chegaram aos mesmos resultados. Chame a 
atenção da turma para o caso específico do quadrado onde o perímetro é quatro 
vezes o lado e também do retângulo, onde o comprimento pode ser diferente da 
largura. Questione se é necessário medir todos os quatro lados no quadrado e no 
retângulo para conseguir encontrar o perímetro. Questione como eles fariam para 
medir o perímetro da sala de aula, qual unidade de medida seria mais adequada 
para essa medição (cm, m, km), e para medir o perímetro urbano de Campo Mourão, 
o que utilizariam? Proponha que eles calculem o perímetro da sala de aula e, como 
tarefa, o perímetro de um cômodo de sua casa, desenhando e anotando as medidas 
no caderno. 
 
Exemplos de figuras a serem construídas no geoplano para o cálculo do perímetro: 
 
 
Figura 14 – Figuras para o cálculo do perímetro. 
Fonte: Adaptado de Pavani. 
 
 
Para esta atividade convém estabelecer uma unidade de medida 
para o comprimento, pois às vezes a distância entre dois pontos (horizontal ou 
vertical) não é exatamente 1cm. Pode-se convencionar que a distância entre dois 
pontos ou dois pregos na horizontal ou vertical representará 1 unidade de 
comprimento. 
 
 
Professor… 
 
 
 34 
 
 
Para encontrar a medida dos lados que não são verticais e horizontais, pode-se 
utilizar o barbante para medir e comparar com a fileira de pontos ou pregos para 
encontrar o valor aproximado da medida. 
 
Sistematize junto com a turma um mapa conceitual definindo o que é um perímetro e 
como é feito o seu cálculo nos polígonos. Peça aos alunos que escrevam um texto 
relatando como foi a realização da atividade e o que entenderam sobre o perímetro 
de uma figura. 
 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
Figura 15 – Mapa Conceitual: Medindo o perímetro. 
Fonte: A autora. 
 
 
 
 
 35 
Atividade 2: O conceito de área 
 
Duração: 3 aulas. 
Recursos: quadrados de cartolina medindo 1cm x 1cm, folhas de jornal, fita adesiva, 
fita métrica ou trena, giz. 
Objetivos: compreender o conceito de área e unidade de área, conhecer o m2. 
 
Encaminhamento: 
 
Divida a turma em grupos de 3 alunos, entregue 15 quadradinhos, peça que 
desenhem numa folha um retângulo de 4cm de comprimento e 3cm de largura, um 
quadrado de 3cm de lado e outro retângulo de 2cm de largura e 7cm de 
comprimento. Peça que eles preencham a primeira figura utilizando os 
quadradinhos, sem sobreposição. Questione: quantos quadrados foram utilizados? 
O que esse número significa? Comente que o número encontrado é chamado de 
área da figura, representa o espaço que ela ocupa (a sua “parte de dentro”) e que 
cada quadradinho é uma unidade de área. 
Com uma régua, meça o lado do quadradinho e represente no quadro essas 
medidas, mostre que cada quadrado tem um centímetro de lado, ou seja, temos 1 
centímetro quadrado e representamos por 1cm2, que chamamos de unidade de 
área, logo a figura possui 12 cm2 de área. 
 
 
 
Considerando cada quadradinho como 1cm2, peça que completem as outras figuras 
e descubram qual a área de cada uma delas. 
Questione: quantos quadradinhos seriam necessários para cobrir todo o piso da 
sala? Como poderíamos fazer para medir a área da sala? Que tal se utilizássemos 
um quadrado maior como unidade de área? Justifique que, assim como nas medidas 
de comprimento temos o centímetro, metro e o quilômetro como unidades, para 
medir a área também temos unidades que são mais adequadas para espaços 
grandes ou pequenos, como o metro quadrado e o quilômetro quadrado. Questione: 
como seria 1 metro quadrado? E 1 quilômetro quadrado? 
Utilizando folhas de jornal ou cartolinas, construa com cada grupo o metro quadrado. 
Questione: quantos quadradinhos de 1cm de lado cabem dentro deste 1m2? O que é 
mais fácil de usar para medir a área da sala: o m2 ou o cm2? Espera-se que a turma 
perceba que dependendo do tamanho do espaço a ser medido o m2 é mais 
conveniente que o cm2 como unidade de medida. 
Construa no chão da sala o metro quadrado com giz, peça que alguns alunos 
entrem no quadrado e questione: quantas pessoas cabem em pé, aproximadamente, 
em 1m2? Neste momento contextualize o assunto citando como é feito o cálculo para 
saber a quantidade de pessoas numa passeata ou num show, por exemplo. 
 
Após estas atividades, solicite que cada grupo sistematize um mapa conceitual 
explicando o conceito de área. Peça para que cada um faça um texto explicando o 
conceito de área, dando exemplos com base nas atividades realizadas em sala. 
 
 
 
 36 
 
 Blog! 
 
 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
Figura 16 – Mapa Conceitual: Conceito de área. 
Fonte: A autora. 
 
 
Os mapas produzidos deverão ser editados pelos grupos no Impress e 
postados no blog pelo professor, sugerimos duas aulas para esta tarefa. 
Numa próxima aula, depois que o professor publicar os mapas, cada aluno deverá 
localizar o mapa do seu grupo no blog e postar o seu texto no campo de 
comentários. 
 
 
 
 37 
Atividade 3: Diferenciando perímetro e área 
 
Duração: 3 aulas. 
Recursos: geoplano oumalha pontilhada. 
Objetivo: diferenciar perímetro e área. 
 
Encaminhamento: 
 
Construir no geoplano ou malha pontilhada os polígonos a seguir e encontrar a área 
de cada um deles tomando como unidade de área a região delimitada por 4 pregos 
ou 4 pontos, como a imagem abaixo: 
 
 
Nas figuras triangulares, pode-se sugerir que tentem juntar os “pedaços” de 
quadradinho para formar um inteiro. Mostrar para a turma que a área é a superfície 
delimitada pelo perímetro. 
 
Figuras para calcular a área: 
 
 
Figura 17 – Figuras para calcular a área. 
Fonte: A autora. 
 
Faça os polígonos no quadro e confira os resultados que a turma encontrou. 
 
 
 38 
Retome a atividade sobre perímetro e acrescente os resultados obtidos para o 
perímetro de cada figura. Chame a atenção da turma para os resultados dispostos 
no quadro: onde está o perímetro da figura? Onde está a área da figura? Se os 
lados dos quadrados medissem 1cm, como seriam escritos o perímetro e a área? 
 
Proponha que representem as figuras a seguir no geoplano ou na malha pontilhada 
e encontrem o perímetro e a área de cada uma. Questione: porque figuras com o 
mesmo perímetro têm áreas diferentes? Por que figuras com a mesma área tem 
perímetros diferentes? Como é a figura de maior área que é possível formar com um 
perímetro de 12 unidades? Espera-se que a turma perceba a influência do formato 
da figura nos valores da área e do perímetro. 
Nesta mesma atividade é possível chamar a atenção da turma para o cálculo da 
área do retângulo e do quadrado, onde podemos mostrar que para encontrar a área 
destas figuras basta multiplicar o comprimento pela largura. 
 
Figuras para calcular perímetro e área: 
 
 
Figura 18 – Figuras para calcular perimetro e área. 
Fonte: A autora. 
 
Peça para que formem grupos de 3 alunos e elaborem um pequeno mapa conceitual 
diferenciando perímetro e área. Peça para que cada um elabore um texto 
diferenciando área e perímetro, sugira que ilustrem com uma figura e indiquem onde 
se localizam o perímetro e área. 
 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
 39 
 
 Blog! 
 
 
 
 
Figura 19 – Mapa Conceitual: Diferença entre perímetro e área. 
Fonte: A autora. 
 
Depois de prontos os mapas, os grupos devem editá-los no Impress para 
que o professor publique no blog. Cada aluno deverá localizar o mapa 
do seu grupo, postar o seu texto na forma de comentário e depois comentar o mapa 
de outro grupo. 
 
 
 
 
 40 
Atividade 4: Medidas agrárias 
 
Duração: 4 aulas. 
Recursos: Vídeo “Matemática em toda parte: Alqueire4”, anúncios envolvendo 
alqueires e hectares. 
Objetivo: Conhecer as unidades de medidas agrárias. 
 
Encaminhamento: 
 
Este vídeo mostra a origem do termo alqueire, originalmente utilizado para 
denominar os cestos onde eram colocadas as sementes para o plantio, e relata 
como uma medida de capacidade acabou tornando-se uma medida de superfície. 
Sugerimos apresentar o vídeo aos alunos e pausar no momento em que aparece a 
comparação entre os tipos de alqueire: paulista, mineiro e baiano, para mostrar a 
equivalência entre suas áreas: alqueire mineiro = 2x o alqueire paulista e alqueire 
baiano = 2x o alqueire mineiro. Falar sobre a unidade de área adotada para regiões 
rurais: o hectare e sua equivalência em m2, e porque ele é utilizado como padrão 
(mostrar que a medida em alqueires possui diversos tamanhos e muda de uma 
região para outra – medida não padronizada). 
 
Mostrar alguns anúncios fictícios onde aparecem estas unidades de medida e pedir 
que descubram o valor total do terreno e o valor por hectare ou por alqueire, de 
acordo com o anúncio. Questionar: qual área é maior: a chácara de 80 hectares ou a 
fazenda de 50 alqueires paulistas? 
 
Exemplos de anúncios fictícios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedir aos alunos que construam um mapa conceitual sobre as medidas agrárias 
retratando a origem da medida alqueire, seus diferentes tamanhos e sua relação 
com a medida em hectares. Em seguida, peça que elaborem um texto comentando 
seu entendimento sobre as medidas agrárias, onde são empregadas e quais as mais 
utilizadas. 
 
Veja a seguir uma possibilidade de construção do mapa: 
 
 
4 Vídeo disponível em: http://goo.gl/RkJQwS. Acesso em: 22 out. 2013. 
Fazenda de pecuária. 
2500 hectares 
R$ 2 600,00 / ha 
500 ha abertos em área 
plana e boa de água. 
Chácara de 80 ha por R$ 860 000,00. 
Ideal para agricultura. 
Fazenda com 50 alqueires paulistas. 
R$ 6 000 000,00. 
44 alqueires plantados. 
 
 
 41 
 
 Blog! 
 
 
 
Figura 20 – Mapa Conceitual: Medidas agrárias. 
Fonte: A autora. 
 
 
Cada aluno deverá editar o seu mapa no Impress para que o professor 
publique no blog. Numa próxima aula, cada um postará o texto produzido 
em sala e comentará o mapa de outro colega apontando o que há de semelhante ou 
de diferente entre a sua produção e a dele. 
 
Orientações Metodológicas 
 
Caro professor(a), as atividades deste material procuram mostrar as 
possibilidades de uso dos mapas conceituais e produção escrita nas aulas de 
matemática. Como visto na primeira parte, as possibilidades de construção dos 
mapas são muito amplas e dependem dos conhecimentos prévios e do nível de 
compreensão que cada aluno tem do conteúdo trabalhado. 
Em cada atividade procuramos mostrar um exemplo de mapa que poderia ser 
construído pelos alunos, contudo trata-se apenas de uma simulação, pois podem 
surgir outros conceitos e ligações no momento em que a turma inicia o processo de 
elaboração dos seus mapas. Como vimos, não existe um mapa único para um 
determinado assunto, a sua forma e complexidade dependem das conexões 
estabelecidas pelo seu autor, e, a qualquer momento, estes mapas podem ser 
retomados e reestruturados. 
As atividades propostas apresentam previsão de duração, recursos 
necessários e encaminhamentos sugeridos para o desenvolvimento da aula, 
contudo, as estratégias apresentadas devem ser adaptadas à realidade de cada 
turma, pois, por se tratar de uma metodologia diferenciada, pode causar certo 
estranhamento aos alunos. Vale ressaltar que o mapeamento conceitual não é uma 
atividade simples, logo, podem surgir dificuldades, principalmente por se tratar de 
uma turma de 6o ano, porém, somente com a prática contínua de elaboração dos 
mapas é que os alunos se adaptarão a esta nova maneira de representar o 
conhecimento. Acreditamos que os mapas conceituais e a produção escrita podem 
contribuir para o aprendizado dos conteúdos matemáticos e os alunos poderão 
aprimorar seus conhecimentos se este trabalho tiver continuidade nas séries 
seguintes. 
Paralelamente às atividades propostas nesta unidade didática, podem ser 
trabalhadas atividades complementares sobre medidas de comprimento e área, 
como as apresentadas nos livros didáticos, envolvendo cálculos e conversões de 
unidades. Atividades desta natureza não foram contempladas neste material por 
estarem acessíveis a alunos e professores nos livros didáticos, o nosso objetivo é 
verificar se o uso dos mapas conceituais e da produção escrita contribui para o 
ensino e aprendizagem de grandezas e medidas, para tanto elaboramos atividades 
 
 
 43 
que exploram a construção de mapas conceituais de diversas maneiras, incluindo 
também a produção textual sobre o mapa construído, de forma que o aluno exercite 
a escrita e represente de forma organizada os seus conhecimentos do conteúdo 
estudado. 
Sugerimos, em algumas atividades, que os mapas produzidos pelos alunos 
sejam feitos no laboratório de informática utilizando o editor de slides Impress e, 
posteriormente, oprofessor publique estas produções em um blog, onde os alunos 
devem postar, na forma de comentário, a sua produção escrita referente ao mapa. 
Esta ação é uma oportunidade para o uso pedagógico das tecnologias de 
informação e comunicação, permitindo a aproximação do aluno com outras 
ferramentas disponíveis no computador e que valorizam sua produção gráfica e 
textual, além de incentivar o exercício da autoria. Ao representar o seu mapa no 
slide, ele tem a possibilidade de fazer novos arranjos e formatações de forma 
dinâmica, o que não é possível no papel. A postagem dos mapas no blog possibilita 
sua interação com outros colegas através de comentários e, também, a divulgação 
do seu trabalho para amigos e familiares. Veja no apêndice desta unidade didática, 
um tutorial de como encaminhar esta atividade. 
Esperamos que este material contribua para que tenhamos uma nova forma 
de trabalhar a matemática em sala de aula, visto que os mapas conceituais podem 
ser utilizados em qualquer conteúdo ou disciplina, e que consigamos propiciar um 
ensino e aprendizagem mais significativos aos nossos alunos, de modo que possam 
perceber as conexões entre os conceitos matemáticos e a especificidade e 
abrangência do conteúdo estudado. 
 Referências 
 
ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro de. Teoria da aprendizagem significativa de 
David P. Ausubel : sistematização dos aspectos teóricos fundamentais. 1976. 109 f. 
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade 
Estadual de Campinas-Faculdade de Educação, Campinas, 1976. Disponível em: 
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000043896&fd=y>. 
Acesso em: 20 mai. 2013. 
 
AUSUBEL, David Paul. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva 
cognitiva. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2003. 
 
CORRÊA, Roseli de Alvarenga. Linguagem matemática, meios de comunicação e 
educação matemática. In: LOPES, Celi Aparecida Espasandin. NACARATO, Adair 
Mendes (Orgs). Escritas e leituras na educação matemática. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2005. p. 93-100. 
 
DUTRA, Ítalo Modesto. Mapas conceituais: um objeto para “pensar com”. 
Disponível em: 
<http://www.ufrgs.br/projetoamora/documentos/textos/texto_mapas.doc/at_download
/file>. Acesso em: 20 mai. 2013. 
 
FIORENTINI, Dario. LORENZATO, Sergio. Investigação em educação 
matemática: percursos teóricos e metodológicos. 3. ed. Campinas: Autores 
Associados, 2009. 
 
MARRIOTT, Rita de Cássia Veiga. TORRES, Patrícia Lupion. Mapas conceituais. In: 
TORRES, Patrícia Lupion (org.). Algumas vias para entretecer o pensar e o agir. 
Curitiba: SENAR-PR, 2007. p. 155 – 189. 
 
MOYSÉS, Lucia. Aplicações de Vygotsky à educação matemática. Campinas: 
Papirus, 1997. 
 
MOREIRA, Marco Antônio. Mapas conceituais e diagramas V. Porto Alegre: 
UFRGS, 2006. 
 
______. Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. Disponível em: 
<http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2013. 
 
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de 
Matemática. Curitiba: SEED, 2008. 
 
PAVANI, Rita de Cássia. Ensinando área no ensino fundamental. Disponível em: 
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMA
TICA/Artigo_Pavani.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2013. 
 
POWELL, Arthur. BAIRRAL, Marcelo. A escrita e o pensamento matemático: 
interações e potencialidades. Campinas: Papirus, 2006. 
 
 
 
 45 
SAFAYENI, Frank. DERBENTSEVA, Natália. CAÑAS, Alberto J. (2003). Concept 
maps: a theoretical note on concepts and the need for cyclic concept maps. 
Disponível em: 
<http://cmap.ihmc.us/publications/ResearchPapers/Cyclic%20Concept%20Maps.pdf
>. Acesso em: 24 mai. 2013. 
 
SANTOS, Sandra Augusta. Explorações da linguagem escrita nas aulas de 
matemática. In: LOPES, Celi Aparecida Espasandin. NACARATO, Adair Mendes 
(Orgs). Escritas e leituras na educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 
2005. p. 127-141. 
 
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
Apêndice 
 
Tutorial: Como construir um mapa conceitual utilizando o editor de slides 
Impress. 
 
Abra o programa, na lateral direita, escolha o layout Slide vazio: 
 
Na barra de desenhos clique no retângulo, clique dentro slide e arraste para formar 
um retângulo: 
 
Para facilitar o trabalho de criação dos demais retângulos, vamos copiar e colar este 
como modelo. Caso queira mudar a cor de fundo, clique na borda do retângulo para 
selecioná-lo e escolha as opções de cor e borda disponíveis no painel à direita ou na 
barra de ferramentas acima do slide: 
 
 
 47 
 
 
Depois de formatar, clique na borda do retângulo para que ele fique selecionado 
(caso não esteja), aperte Ctrl c (copiar) e depois Ctrl v (colar) até obter o número 
suficiente de retângulos. Obs: os retângulos ficarão sobrepostos, é preciso clicar e 
arrastar para outros lugares do slide. 
Depois de criar todos os retângulos, escreva os conceitos em cada um deles e 
organize sua disposição: 
 
 
Agora vamos criar caixas de texto para colocar as frases de ligação. 
Na barra de desenhos, clique no T. Depois clique e arraste para formar uma caixa de 
texto dentro do slide e digite a frase de ligação: 
 
 
 
 48 
 
 
Clique na borda para selecionar e copie e cole (Ctrl c e Ctrl v) até obter a quantidade 
necessária de caixas de texto, depois arraste cada uma para o lugar correto: 
 
Agora, vamos fazer os conectores para formar as proposições. 
Na barra de ferramentas, clique na setinha ao lado do conector e selecione a opção 
Conector reto, depois mova o mouse sobre o retângulo, ao fazer este movimento 
aparecerão pontos nos cantos e no meio das bordas, escolha o do meio da borda, 
clique nele e arraste até a caixa de texto que deverá ser conectada a este conceito, 
também aparecerão os pontos, clique no do meio da borda: 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
 
 50 
Clique novamente no conector reto na barra de ferramentas (agora não precisa 
escolher na setinha, basta clicar sobre o botão do conector pois ele já está 
selecionado) e faça o mesmo para os demais conceitos: 
 
 
Para ligar as frases ao próximo conceito utilizaremos conectores com seta. Para isso 
selecione este modelo na barra de ferramentas: 
 
 
Mova o mouse sobre a frase de ligação, clique na marcação do meio da borda, 
arraste até o conceito seguinte e clique na marcação do meio da borda. 
 
Repita o procedimento para as demais frases de ligação: 
 
 
 
 51 
 
Se necessário, arraste os conceitos e frases de ligação para melhorar o visual. 
 
Agora vamos salvar este slide como imagem jpg para poder publicar no blog. 
 
Vá em Arquivo – Exportar. Na tela digite um nome para o slide e no Tipo, escolha a 
opção JPEG, escolha o local para salvar e clique em Salvar. 
 
 
Pronto, o slide foi salvo como imagem, agora é só postar no blog. 
 
 
 
 52 
Obs: neste processo só o primeiro slide é salvo como figura, se tiver mais slides com 
mapas deve ser feito o processo padrão utilizado para exportar slides para passar na 
tv pendrive. 
 
O processo para criação do blog é simples e pode ser feito no endereço 
www.blogger.com, utilizando uma conta do gmail. Por ser um recurso online e que 
passa por mudanças constantes nas telas e ferramentas não faremos um tutorial 
para sua criação. Caso tenha dificuldade para criar o blog e postar os mapas, 
sugerimos que peça auxílio aos assessores da CRTE do seu núcleo de educação. 
 
Optamos por fazer os mapas no editor de slides Impress por ele estar disponível 
tanto nos laboratórios do Paraná Digital (PRD) quanto nos laboratórios do Proinfo. 
Porém há um software específicopara construção de mapas conceituais, o Cmap 
Tools, contudo ele está instalado somente nos laboratórios do PRD o que dificultaria 
o trabalho nas escolas que possuem somente o Proinfo, pois seria preciso instalar o 
software. 
Mas, para quem se interessar, segue abaixo o link para o tutorial do software Cmap 
Tools, este programa é livre e possui versões para Windows e Linux e pode ser 
baixado no endereço: http://cmap.ihmc.us/Download/. É necessário fazer um 
cadastro gratuito antes de efetuar o download. 
 
Tutorial: Como construir um mapa conceitual utilizando o software Cmap Tools 
 
Acesse o tutorial no endereço: http://goo.gl/CkFus8.

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