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Resumo Remédios constitucionais para concurso (Direito Constitucional)

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Coisas de prova 
Os remédios constitucionais não são recursos, nem são direitos, eles são chamados de ações (writs ou garantias) constitucionais.
Q881774 Lembrar que HC e HD são sempre gratuitos. Questão que inventa uma história e diz que poderia ser criada lei para cobrar custas de HC ou HD É FALSO! 
É inconstitucional cobrar qualquer coisa por HC ou HD.
Q438365 Constatada a violação do direito de pessoas carentes, em face da publicação de lei federal voltada para a regulamentação da previdência social que impeça o acesso dos cidadãos a informações de seu interesse particular perante órgãos do Instituto Nacional do Seguro Social, o defensor público geral federal terá legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF. Contudo, tal providência não impedirá que cada cidadão possa individualmente impetrar habeas data para resguardar o seu direito
FALSO. Isso estaria tudo correto , se não fosse por dizer que o defensor público geral federal poderia impetrar ADI , pois ele NÃO ESTÁ NO ROL das pessoas que podem impetrar ADI (dos chefes das funções essenciais somente o PGR pode impetrar ADI)
Q866463 CUIDADO: MS e o MI coletivos, pessoa física NÃO PODE FIGURAR no polo ativo. 
Esses só podem ser propostos por partido político com representação no congresso , entidade de classe , sindicato , etc..
Q501924 Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros
FALSO. A exigência de 1 ano de funcionamento é para as associações , e não para as entidades de classe. 
I) Nos MS e MI coletivos , os partidos políticos (com representação no CN) e as entidades de classe NADA SE FALA do tempo de funcionamento.
II) SOMENTE AS ASSOCIAÇÕES é que precisam estar legalmente constituídas há 1 ano. Logo entidade de classe pode ser a qualquer tempo.
Q360918 Terá legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo o partido político que tenha, no mínimo, um representante na Câmara dos Deputados e um no Senado Federal
FALSO. Tanto MS quanto MI coletivos, quando a CF diz que o partido político deve ter representação no congresso nacional , basta 1 REPRESENTANTE em qualquer uma das duas casas.
Habeas Corpus
Questões
Q882988 Informativo 791 STF: A proibição da “reformatio in pejus”, princípio imanente ao processo penal, aplica-se ao “habeas corpus”, cujo manejo JAMAIS poderá agravar a situação jurídica daquele a quem busca favorecer.
HC NUNCA PODE piorar a situação do impetrante. 
Q867375 CABE HC para discutir a legalidade de medida protetiva de vítima de violência doméstica.
Q844944 Nos casos em que a pena privativa de liberdade já estiver extinta, não será possível ajuizar ação de habeas corpus. 
- E não cabe HC para garantir direito de visita do preso ou direito de visita ao menor que se encontre em disputa de guarda judicial (vai usar MS nos dois casos)
Q207661 Na esfera judicial, é dispensável a prévia oitiva do investigado para que seja quebrado seu sigilo bancário, sendo viável a impugnação da referida determinação judicial por intermédio do habeas corpus.
CORRETO. Para mim questão MUITO mal feita, pois o julgado do STJ permite HC QUANDO a decisão da quebra do sigilo possa acarretar constrangimento ilegal à liberdade do paciente. 
Quebra de sigilo bancário. Decisão que pode acarretar constrangimento ilegal à liberdade do paciente. Acórdão do STJ que, mantendo decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, não conheceu de habeas corpus por entendê-lo incabível na hipótese. Acórdão contrário à jurisprudência do STF, que admite o habeas corpus (HC nº 79.191, Rel. Min. Sepúlveda Pertence). Ordem deferida para cassar o acórdão do STJ e determinar ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina que julgue o writ lá impetrado.
RESUMINDO: O STJ julgou dizendo que não cabia HC , mas ai o STF MANDOU CASSAR o acordão do STJ e entendeu que CABERIA SIM HC contra essa quebra de sigilo.
Q360518 HC não é adequado para combater restrição ao direito de reunião. Se o direito de reunião for violado, deve-se impetrar MANDADO DE SEGURANÇA!
Teoria
“CF Art. 5º LXVIII -  conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;”
Q26038 O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção
MOTIVO: Sentir ameaça ou sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. 
Q465648 FCC falou liberdade de ir, vir parar e ficar 
IMPETRANTE: QUALQUER pessoa MESMO (maior ou menor de idade , capacidade civil plena ou não Brasileira ou não , cidadão ou não ..) e Pessoa jurídica. 
Devendo sempre assinar a petição, não pode impetrar sem assinar.
Ministério público pode impetrar, desde que seja para beneficiar o acusado.
Magistrados e delegados de polícia, no exercício de suas funções, não podem impetrar, mas os magistrados poderão conceder a ordem de oficio, caso estejam diante de uma ilegalidade patente.
Q801820 Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus.
CORRETO. É a pegadinha: PJ pode até impetrar HC sim, só não vai poder ser o paciente do HC. 
Q501921 A legitimidade para impetração de habeas corpus é universal, abrangendo a pessoa jurídica e também aqueles que não possuem capacidade civil plena
Q866803 Se o estrangeiro impetrar, deve ser em português! 
PACIENTE: sempre deverá ser uma pessoa física, uma vez que não tem como uma pessoa jurídica sofrer ameaça a sua liberdade de locomoção 
CUIDADO: PJ pode até impetrar HC, mas o paciente desse HC deve ser necessariamente PF.
IMPETRADO: Pode ser autoridade pública ou privada. 
CARACTERÍSTICAS:
É gratuito 
NÃO PRECISA DE ADVOGADO.
TIPOS: 
1- Se for na ameaça: Habeas corpus preventivo, mediante um salvo conduto.
2- Se sofrer violação: Habeas corpus repressivo ou libratório.
3- Habeas Corpus profilático: é possível conceder um HC para a extinção de ação penal sempre que se constatar ou imputação de fato atípica, ou inexistência de qualquer elemento que demonstra a autoria do delito. 
Ou então, usado por um investigado, em liberdade, contra a decisão que, em processo penal, tenha decretado a quebra dos sigilos de dados e o das comunicações telefônicas por exemplo.
JURISPRUDÊNCIA:
- Não cabe HC contra a imposição da pena de exclusão de militar ou perda de patente ou perda de função pública.
- Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
- Não cabe HC contra bloqueio de bens e valores. 
- Não cabe HC contra punição disciplinar militar (de acordo com a constituição). 
- Não cabe HC contra ato que impeça o direito de reunião (cabe MS) (Q478794)
- Cabe HC somente para discutir legalidade da pena de punição disciplinar militar. 
- Cabe HC para “pleitear” a absolvição também discutindo a atipicidade da conduta.
-Cabe HC para discutir ilegalidade por excesso de prazo de prisão. 
Habeas data
Questões
Q693527 É pacífica a jurisprudência deste STF no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, sem o julgamento definitivo do writ anteriormente impetrado. Tal jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção dos pacientes decorre de ilegalidade ou de abuso de poder 
CORRETO.
I) Via de regra vedado impetrar um segundo HC sem esperar o primeiro HC ter sido julgado. Entretanto PODE IMPETRAR (é relativizada essa vedação) em se tratando de uma ilegalidade “flagrante ou prontamente evidente”
Q647283 Uma autoridade pública de determinado estado da Federação negou-se a emitir certidão com informações necessárias à defesa de direitode determinado cidadão. A informação requerida não era sigilosa e o referido cidadão havia demonstrado os fins e as razões de seu pedido. Nessa situação hipotética, o remédio constitucional apropriado para impugnar a negativa estatal é o(a)
MANDADO DE SEGURANÇA
I) CESPE faz a mesma pegadinha da FCC: direito de certidão é direito de certidão, não importa a certidão contém informações necessárias para o cidadão. Se você pede uma certidão e ela é negada – MS. 
II) Só no caso de você requerer uma INFORMAÇÃO (“conhecer informações relativos ao impetrante”) , e ela for negada , ai sim que se entra com HD.
Q342370 Negado formalmente o pedido de informações sobre a carga horária de trabalho de determinado servidor do TCE/RS feito ao tribunal por um estrangeiro naturalizado brasileiro, esse estrangeiro poderá impetrar habeas data para pleitear o atendimento de sua solicitação
FALSO. Essa é uma típica pegadinha também. 
I) Lembrar que HD é somente para conhecer de informações do impetrante – ele quer saber informação de terceiro, nisso não cabe HD
Teoria
CF Art. 5º LXXII -  conceder-se-á habeas data:
a)  para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b)  para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;”
IMPETRANTE: Pode ser impetrado por pessoa física ou JURÍDICA , Brasileiro OU estrangeiro.
IMPETRADO: Entidade GOVERNAMENTAL que possui informações do impetrante ou Entidade DE CARÁTER PÚBLICO que possua as informações do impetrante.
CARACTERÍSTICAS: 
- É uma ação personalíssima: pois é somente utilizada para conhecer informação do paciente, e o paciente deve ser o impetrante também. 
VIA DE REGRA temos Impetrante = Paciente. Uma EXCEÇÃO é poder impetrar habeas data contra uma pessoa que morreu e lhe deixou herança. 
Q878154 O HD pode ser impetrado somente pela pessoa em cujo nome constar o registro, salvo se for morto, quando, então, o herdeiro legítimo ou cônjuge supérstite poderão impetrá-lo.
JURISPRUDÊNCIAS: 
Segundo o STF, para impetrar HD tem de haver pretensão resistida. Sem configurar situação previa de pretensão resistida, há carência de ação constitucional do HD. Tem que primeiro ir na administração e obter a negativa direta ou indireta do acesso à informação. 
Súmula 02 STJ: Não cabe habeas data se não houver recusa por parte da autoridade administrativa.
NÃO CABE HD:
 Q574327 para vista de processo administrativo. 
Para sustar matéria postada em site da internet, se usa mandado de segurança.
Q342375 para assegurar direito de certidão, se usa o Mandado de segurança.
CABE HD para conhecer dados informatizados da Receita Federal.
Ação popular
Questões
Q798467 É competência do juízo de primeiro grau processar e julgar ação popular ajuizada para declarar a nulidade de ato de conselheiro do CNJ. 
CORRETO. Pegadinha muito boa. Ação contra ato de conselheiro do CNJ/CNMP – Se for ação COMUM vai para justiça federal (1ª instancia), somente se for ação constitucional (remédios) é que vai pro STF julgar.
I) Ai vem a exceção: Ação popular não tem prerrogativa de foro, então uma eventual ação popular (mesmo sendo remédio) vai ser julgado pelo juízo de 1º grau e não pelo STF.
Q595653 A ação popular sujeita-se a prazo prescricional quinquenal previsto expressamente em lei, que a jurisprudência consolidada do STJ aplica por analogia à ação civil pública.
CORRETO. Ação popular prescreve em 5 anos – tem 5 anos depois do ato lesivo para entrar com ação popular contra esse ato.
Q80791 Um promotor de justiça, no uso de suas atribuições, poderá ingressar com ação popular
FALSO. Promotor de justiça é membro do MP, e MP NÃO PODE ingressar com ação popular.
I) MP é legitimado para ajuizar ação penal pública ou ação civil pública.
Q548115 A ação popular — pertencente à categoria dos direitos políticos do cidadão — é um remédio constitucional que se manifesta como exercício da soberania popular e como instrumento da democracia direta.
Foi dada CORRETO. Embora ela seja um direito individual (está lá no Art. 5º) falaram que ela também é um direito político do cidadão.
Q110649 A nacionalidade brasileira é condição necessária e suficiente para propor ação popular visando à declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural
FALSO. O CESPE gosta dessa pegadinha. Não é porque a pessoa é brasileira que ela pode propor ação popular, nacionalidade é diferente de cidadania. SOMENTE CIDADÃO pode mover ação popular. 
I) Embora para ser cidadão você necessariamente deva ser brasileiro, somente após os 16 anos que é possível obter a cidadania. Ou seja, nem todo brasileiro é cidadão. 
Teoria
“LXXIII -  qualquer CIDADÃO é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
IMPETRANTE: SOMENTE se for cidadão, e somente PESSOA FÍSICA. 
Caso a cidadão legitimado desista da ação popular, é permitido ao MP prosseguir a ação. Mas cuidado que via de regra MP não pode mover ação popular.
Súmula 365 STF: pessoa jurídica NÃO tem legitimidade para propor ação popular.
Q156335 Na propositura de ação popular, o autor deve, necessariamente, comprovar a regularidade do exercício de seus direitos políticos
Q52137 Para propor ação popular, o cidadão deve provar que está em dia com suas obrigações eleitorais
Q354935 Pode ser autor de ação popular o brasileiro, nato ou naturalizado, que esteja no pleno gozo de seus direitos políticos, excluídos do polo ativo os estrangeiros, os apátridas e as pessoas jurídicas.
CORRETO. Como é necessário ser cidadão, estrangeiros , apátridas e PJ não podem mover ação popular. 
IMPETRADO: Qualquer pessoa que esteja praticando ato lesivo.
CARACTERÍSTICAS:
- Julgado pelo juiz de PRIMEIRO GRAU (federal ou estadual conforme a origem do ato). 
- NÃO HÁ FORO DE PRERROGATIVA, a ação popular não pode ir direto aos tribunais superiores, SALVO conflitos federativos ou ação que interesse toda a magistratura, sendo competência do STF.
CUIDADO: Até mesmo ação popular contra o atos do PR serão julgados na 1ª instancia.
- Pode ser preventivo ou repressivo. 
- NECESSITA PRESENÇA DE ADVOGADO
JURISPRUDÊNCIAS
Entendimento do STF que não cabe ação popular contra ato de conteúdo JURISDICIONAL praticado por membro do poder judiciário desempenho de sua função típica (decisões judiciais). 
Ação popular incide sobre DECISÕES (ATOS) ADMINISTRATIVAS.
Mandado de injunção
Questões
Q84798 Na condição de direitos fundamentais, os direitos sociais são autoaplicáveis e suscetíveis de defesa mediante ajuizamento de mandado de injunção sempre que a omissão do poder público inviabilize seu exercício
CORRETO. Qualquer liberdade ou direito ASSEGURADO NA CF pode ensejar MI.
Teoria
 CF Art. 5º LXXI -  conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
IMPETRANTE: PF ou PJ que se afirmem titulares dos direitos, liberdades ou prerrogativas que devam exercer.
Lei 13.300/2016: Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.
IMPETRADO: O poder, órgão, autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.
CARACTERÍSTICAS:
A omissão da norma reguladora gera síndrome da inefetividade das normas constitucionais.Ou seja, se impetra MI para aquelas normas de eficácia limitada, para que o poder regulamente logo elas e viabilize que o direito seja exercido.
Q898678 Pode ser omissão total ou parcial
NECESSITA ADVOGADO.
JURISPRUDÊNCIAS:
Q412315 NÃO CABE MI em caso de já existir a norma regulamentadora e o imperante julgar ela ‘insatisfatória”.
NÃO CABE MI se a norma for de eficácia CONTIDA- pois pela própria definição ela já possui eficácia plena até que seja contida.
Q459553 CUIDADO: No caso da liberdade de profissão da CF, que é uma norma de eficácia contida – isto é, a liberdade tem eficácia direta e imediata (já surte efeito quando publicada e não precisa de norma regulamentadora)
Por isso que NÃO CABE MI para esse caso, pois a liberdade é livre independente de norma regulamentadora. Nesse caso, se a pessoa exerce uma profissão e é barrada por não existir norma a respeito CABE MS.
EFEITOS DA DECISÃO: 
1 - Tese não concretista: a decisão judicial não implementa efetivamente o exercício do direito. O judiciário diz que não pode fazer a lei porque não é sua competência, e não pode obrigar que o legislativo faça a lei imediatamente também, ele diz então que vai apenas solicitar que o legislativo faça a lei.
2 - Tese concretista (adotada pelo STF atualmente): a decisão judicial, além de reconhecer a mora legislativa, cria meios efetivos para exercício do direito.
O STF não irá por ele mesmo editar a norma , mas ele vai buscar meios para viabilizar o direito.
É o caso do exercício de greve dos servidores públicos. É uma norma de eficácia limitada , pois só pode ser exercido na forma da lei específica , mas o STF estende a lei de greve da iniciativa privada para os servidores públicos , como forma de viabilizar o direito.
Efeitos finais – Via de regra será INTER PARTES (individual)
Pode ser INDIVIDUAL – inter partes: Decisão só vale para as partes do Mandado de injunção. (É A REGRA)
Pode ser INTERMEDIÁRIA – ultra partes: A decisão atinge uma coletividade determinada.
Pode ser GERAL- erga omnes: A decisão vai atingir todas as pessoas naquela situação.
Q898679 A decisão que concede mandado de injunção, em regra, gera efeitos ultra partes. 
FALSO. Galera comentou que o via de regra é ser inter partes , e excepcionalmente se adota ultra partes ou erga omnes , como no caso da ação civil pública impetrada pelo MP.
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO:
Impetrantes: 
- Ministério Público – quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.
- Defensoria Pública – quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados.
- Partido político com representação no congresso nacional, dispensada autorização especial.
- Organização sindical, entidade de classe, Associação legalmente constituída e funcionamento há pelo menos 1 ano, 
TODAS dispensada autorização especial
Mandado de segurança
Questões
Q501922 Deverá ser concedida a ordem em mandado de segurança quando, na fase de produção de provas, o impetrante demonstrar a existência de direito líquido e certo, ainda que inexistam elementos fáticos para convencimento da existência do direito no momento inicial da impetração
FALSO. No MS não existe essa de fase de produção de provas , o direito líquido e certo DEVE SER DEMONSTRADO quando da petição inicial.
"O direito líquido e certo é aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito 'manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração'"
Q595836 Maria impetrou mandado de segurança contra ato de demissão praticado pelo governador do estado, alegando vício no processo administrativo disciplinar. Nessa situação hipotética, se passados mais de cento e vinte dias da prática do ato de demissão, o juiz deverá indeferir a liminar pela configuração de decadência.
FALSO. Essa pegadinha é clássica.
I) Só vai decair quando se passar 120 dias da CIÊNCIA POR MARIA do ato da demissão. Não é da data que foi praticado o ato NÃO!!!
Q548101 No mandado de segurança impetrado em razão de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado.
FALSO. Falaram que SEMPRE SERÁ autoridade coatora a autoridade MÁXIMA.
STF: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ratificou entendimento de que, nos casos em que se discute, em mandado de segurança, qual seria a autoridade coatora, deve-se indicar o presidente do órgão ou entidade administrativa e não o executor material da determinação que se pretende atacar.
Q501920 Será extinto por ilegitimidade superveniente o mandado de segurança coletivo impetrado por partido político que, embora possua representante no Congresso Nacional no momento da impetração, venha a perder essa representação no curso da ação
FALSO. STF entende que a legitimidade é aferida na hora da PROPOSIÇÃO – portanto se era legitimo quando propôs , o MS vai continuar tramitando.
Q485890 Considere que um deputado federal tenha impetrado, perante o Supremo Tribunal Federal, mandado de segurança em face de proposta de emenda à constituição em tramitação na Câmara dos Deputados, por entender que a proposta tendia a abolir o voto direto, secreto, universal e periódico. Nessa situação, ainda que haja a perda superveniente do mandato parlamentar, será possível o prosseguimento do feito, já que a atualidade do mandato só é exigida para a instauração da ação
FALSO. Neste caso é DIFERENTE – é um parlamentar em um MS individual , e um CASO ESPECÍFICO que é impetrar MS CONTRA UMA PEC.
CUIDADO: Primeiro de tudo que SOMENTE parlamentar pode impetrar MS contra uma PEC – Pois o direito líquido e certo pertence aos PARLAMENTARES (Direito de durante o processo legislativo as cláusulas pétreas não serem violadas)
Por terem direito público subjetivo à observância deste processo, os Parlamentares – e APENAS ELES, nunca terceiros estranhos à atividade parlamentar – têm legitimidade para impetrar o mandado de segurança por suposta violação de seu direito líquido e certo, como no caso de deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir cláusula pétrea.
Nos termos da jurisprudência do STF, tal iniciativa poderá ser tomada somente por membros do órgão parlamentar perante o qual se achem em curso o projeto de lei ou a proposta de emenda. No caso de perda superveniente do mandato parlamentar pelo impetrante, O MANDADO DE SEGURANÇA DEVE SER EXTINTO por ausência superveniente de legitimidade ativa ad causam.
RESUMO: No que tange a possibilidade de MS perante o STF de parlamentar em virtude de emenda constitucional ferindo cláusula pétrea, o STF entende o seguinte:
1- Direito líquido e certo violado: respeito ao Devido Processo Legislativo e violação de uma cláusula pétrea.
2- Perda da condição de parlamentar: MS prejudicado por falta de legitimidade ad causam do parlamentar.
3- Processo legislativo encerrado antes de julgado o mérito do MS: perda de objeto do MS.
Q277601 Um partido político com representação no Congresso Nacional possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo apenas em defesa de seus filiados
CORRETO. Por mais que a CF não diga , a lei do MS já diz que só pode ser for filiado. “por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária”
Q3676 Considere que um estado federado, no uso de sua competência normativa, elabore lei que impeça, arbitrariamente, em tempo de paz, a liberdade de locomoção em seu território. Nesse caso, caberá ao indivíduo impetrar mandado de segurança para garantir o exercício do direito constitucional mencionado
FALSO. Tem dois caminhos: o mais seguro é que não cabe MS contra leiem tese , somente contra ato concreto – então a mera superveniência da lei não vai ensejar MS direto. A outra é que algumas pessoas comentaram (mas não foi unanime) que nessa situação caberá HC , então aí que não cabe MS mesmo
Teoria
CF Art. 5º LXIX -  conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público;
IMPETRANTE: PF ou PJ que tenha o direito líquido e certo violado ou ameaçado.
IMPETRADO: SOMENTE se for ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício do poder público. 
NO caso, atos negociais praticados por EP/SEM não cabe MS (pois não são no exercício do poder público)
Mas se for ato de caráter administrativo/público cabe MS sim. Seria o caso de impetrar MS contra ato de uma licitação feita por uma EP/SEM, é possível!
Q4849 O gerente de uma empresa privada demitiu um funcionário porque desconfiava que ele havia desviado dinheiro da empresa. Nessa situação, o empregado despedido pode impugnar o ato de demissão mediante mandado de segurança.
FALSO. Essa pegadinha é clássica. Mandado de segurança somente contra ato de AUTORIDADE PÚBLICA.
CARACTERÍSTICAS
O mandado de segurança tem um caráter subsidiário ou residual, pois ele só é impetrado em situações não amparadas por HC ou HD.
Q427868 E STF DISSE MAIS: Ele é residual quanto à ação popular também. 
“Súmula 101 STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular.”
Só vai impetrar MS quando NÃO COUBER OUTRO REMÉDIO
Pode ser PREVENTIVO ou REPRESSIVO 
O repressivo tem prazo decadencial de 120 dias para atos administrativos
JURISPRUDÊNCIAS:
- Para impugnar atos administrativos, MS terá prazo decadencial de 120 dias, a contar da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
Q592452 E eventuais pedidos de reconsideração não vão interferir no prazo. 
Súmula 430 do STF: Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.
Cuidado pois se não houver resposta do recurso, ainda não começa a contar o prazo, o prazo só começa a contar quando o interessado tem ciência do ato impugnado!
- É permitido impetrar MS mesmo se a matéria do direito for controvertida (isto é uma matéria que ainda não é pacificada no direito e na Doutrina).
- A impetração de um mandado de segurança é uma ação de rito sumario, pois não segue o procedimento de uma ação comum.
- O impetrante pode desistir a qualquer momento, sem necessidade do consentimento do impetrado.
Q592449 À luz do entendimento do STF, a desistência do mandado de segurança, total ou parcial, depende da aquiescência da autoridade impetrada. 
FALSO!
- MS contra desconto indevido no pagamento do servidor, terá efeito ex nunc (só vai valer para frente e não será pago de volta o valo devido).
- Recusa de expedir certidão e petição é combatido com MS, não importa se a certidão tem informações do impetrado que ele deseja conhecer, certidão é combatida com MS e não HD.
- Q168319 Agencia reguladora que lavrar multa no particular , esse particular se entender que a multa é ilegal pode SIM impetrar MS. 
- Não precisa esgotar a via ADM para entrar com MS não (isso só vale para HD) , o lance que impede o MS é se couber recurso ADM com efeito suspensivo , ai você não pode impetrar MS e deve impetrar o recurso.
- Direito e líquido e certo: exige prova pré constituída, de natureza meramente documental. Não tem espaço para se ouvir testemunhas.
- Não cabe MS contra decisões deliberativas negativas do CNJ. (Quando o CNJ atesta que a decisão inicial foi válida).
-Não compete ao STF conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.
Q3676 ''Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese, apenas contra fato concreto.'' . 
Ou seja , se o poder público edita uma lei que viole um direito liquido e certo “no papel” , somente isso NÃO ENSEJA MS , deve haver realmente uma VIOLAÇÃO do direito líquido e certo.
EFEITOS DO MS
 A concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação ao período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria
Exemplo: Mandado de segurança para questionar eventual benefício não pago, somente é valido para pleitear que o benefício volte a ser pago, ele não questionará que os valores sejam pagos retroativamente.
Q428580 Se uma agência reguladora indeferir administrativamente, de forma errônea, o pleito legítimo de um servidor relativo à sua progressão na carreira, será possível a esse servidor alcançar a referida pretensão por meio de impetração de mandado de segurança para reaver todos os efeitos financeiros pretéritos daí advindos
FALSO. É o lance de MS somente servir para CESSAR a violação , ele não vai questionar nenhum efeito financeiro pretérito.
I) Súmula Nº 269: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
II) Súmula Nº 271: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação ao período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.
NÃO CABERÁ MS QUANDO:
- Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução. 
Entretanto, mesmo que seja cabível o recurso administrativo com efeito suspensivo, se o administrado simplesmente deixar escoar o prazo sem apresentar esse recurso, não fica impedido de ajuizar o mandado de segurança.
- Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. 
- Decisão judicial transitada em julgado.
- Pessoas físicas já impetrante de mandados de segurança individuais não estão autorizados para participar em uma nova impetração coletiva. 
- Q871853 Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
OBSERVAÇÕES DA LEI:
- Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 
- Titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 dias, quando notificado judicialmente. 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
LXX -  o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a)  partido político com representação no Congresso Nacional;
b)  organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; ”
Lei 12016 Art. 21.  O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
IMPETRANTES:
- Partido político com representação no congresso nacional, Organização sindical, Entidade de classe, Associação legalmente constituída e funcionamento há pelo menos 1 ano, dispensada autorização especial. 
- Entidade de classe pode impetrar MS mesmo que só interesse a apenas uma parte da classe.
Súmula 630: a entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Q866463 Pessoa física NÃO PODE FIGURAR no polo ativo de MS coletivo.
Jurisprudências Avançadas: Q911562
- NÃO CABE MS contra vetos legislativos e projetos de leis aprovados , poissão atos políticos sujeitos aos exames dos deputados e senadores
- Não cabe mandado de segurança contra decretos do Poder Executivo, salvo aqueles que sejam materialmente atos administrativos. 
- Parlamentar NÃO PODE impetrar MS para defender individualmente prerrogativa do Congresso Nacional.
- § 6º  O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.
Ou seja , se impetrar um MS , ele não for conhecido (não foi julgado o mérito ) , é permitido impetrar outro MS dentro do prazo decadencial pleiteando a mesma coisa.
Ação civil pública
Questões
Teoria
Q675652 A ação civil pública, um dos meios ou instrumentos de controle jurisdicional da administração pública, objetiva proteger os interesses individuais, como, por exemplo, a defesa dos direitos do consumidor.
FALSO. Por mais que ela sirva para fazer defesa de direito do consumidor, somente se for uma defesa de âmbito COLETIVO/DIFUSO. 
A ação civil pública (Lei 7347/85 -ACP) objetiva proteger:
1- Direitos Difusos: pertencentes a pessoas indeterminadas.
2- Direitos Coletivos: pessoas com vínculo jurídico entre si.
3- Direitos Homogêneos: Ligados por circunstâncias comuns).
CUIDADO: Ação civil pública não pode defender direito individual.
OBJETO: Apurar ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
Ao meio ambiente
Ao consumidor
A bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
O qualquer outro interesse difuso ou coletivo
Por infração da ordem econômica
A ordem urbanística
A honra e a dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos
Ao patrimônio público e social.
Legitimados ativos (quem pode impetrar)
- Ministério público
- Defensoria pública
- Todos entes federativos
- Administração indireta (autarquia, fundação, empresa pública e sociedade de economia mista
- Associação que é formada há pelo menos 1 ano, e incluída nas suas finalidades um dos objetos da ação civil pública.

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