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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Fichamento de Estudo de Caso Letícia Machado Botteon Trabalho da Disciplina: Avaliação Econômica em Projetos Renovaveis Tutor: Marcio Jorge Gomes Vicente Resende 2019 1 FICHAMENTO TÍTULO: Avaliação Econômica em Projetos Renováveis CASO: Avaliação econômica e de risco de um projeto de imprementação de um sistema solar fotovoltaico REFERÊNCIA: RUARO, L. J.; ETGES, A.P.B.S Avaliação econômica e de risco de um projeto de imprementação de um sistema solar fotovoltaico. VII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Gramado, 17 a 20 de abril de 2018 TEXTO: Os autores fazem uma análise de viabilidade econômica de um projeto de implementação de um sistema de energia solar fotovoltaica conectado à rede (SFCR) em uma indústria de pequeno porte. O estudo foi dividido em cinco seções: Introdução, conceitos, métodos de pesquisa e de trabalho, aplicações práticas e conclusões. Os autores iniciaram com uma pequena exposição da situação brasileira em relação a energia: “O Brasil está inserido em uma crise energética desencadeada por diversos fatores. Além do aumento do preço do kWh e da falta de ampliação da capacidade de fornecimento de energia, os autores – Sá e Garcia, 2015 – comentam como a crise hídrica cruzou-se com a crise energética uma vez que, em um período de escassez, revelou-se a incapacidade do sistema de atender a demanda”. Situação que segundo os autores demonstra a necessidade de um maior investimento em energias renováveis. Na parte de conceitos os autores brevemente abordam temas como energia solar fotovoltaica, Tarifa de Energia e Métodos de análise econômica de investimento em projetos e Análise de Riscos. Energia Solar Fotovoltaica: Os autores iniciam com a citação das normas vigentes no Brasil sobre geração distribuída, a Resoloção Normativa nº482 e a Resolução Normativa nº 687 da ANEEL, e sobre os incentivos do governo: o programa Mais Alimentos e o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica, isenção do PIS/COFINS da energia ejetada na rede e não compensada e a isenção da combrança do ICMS. Por fim é feita uma breve explicação sobre como funciona o sistema de módulos fotovoltaicos, e das primeiras análises realizadas no projeto, como análise de cobertura disponível, sombreamento, média de consumo de energia e análise de ângulos e inclinação, bem como as equações necessárias. Tarifa de Energia: Os autores usaram como referencia o trabalho de Rodrigues et al. para previsão do preço da eletricidade, sendo utilizada a taxa de evolução da energia informada pela ANEEL. Foram citadas as quatro fontes de dados que podem usadas para estimava segundo os autores Hamm e Borinson (2006): preços de eletricidade históricos, preços antecipados, modelos de simulação de oferta e demanda e opiniões de especialistas. 1 Métodos de análise econômica de investimentos em projetos e Análise de Riscos: Os autores citaram alguns métodos de análise ecônomicas e os riscos considerados em cada método, entre os autores citados encontram-se: Pereira et al. (2014) que utiliza o valor presente como índice se análise de retorno e o VPL e Payback como indicadores de análise de risco, Nakabayahi (2014) que usou os métodos VPL, TIR e do Payback, Mitscher e Ruther (2012) que fizeram o uso do método do VPL e Holdermann et al (2014) que ampliou a analise de Ruther. Por fim foi concluido que os riscos do projeto são associados à variabilidade da rentabilidade e aos lucros advindos da produção de energia. Na terceira parte do artigo, os autores descrevem o método de trabalho empregado na execução do estudo de caso, método que foi dividido em três partes. Na primeira parte foi feita a escolha dos módulos fotovoltaicos, cálculo de área total ocupada, escolha da inclinação e orientação solar, obtenção da irradiação solar, Fator de capacidade e foi feita a estimativa da redução no custo da conta de energia. Na fase dois foram estimados os custos do projeto e as receitas e o custo de manutenção e operação e foi utilizado como base o estudo feito por Nakabayashi (2014), e finalmente na fase três foi desenvolvida a análise de viabilidade econômica com os métodos do VPL, TIR, IL e Payback. Na parte de aplicação prática, os autores falam sobre o método de financiamento que poderia ser usado pela empresa atraves da linha de crédito do FINAME, de forma indireta por meio de uma instituição financeira credenciada. Foi feito o cálculo de 322 painéis, com potência do sistema estimada em 48,3kWp, o Fator de Capacidade de 14,88% e uma geração anual média de 62.710,74 kWh no primeiro ano de análise. O percentual de redução na conta foi calculado pelos autores como 34,21% no primeiro ano e 31,37% no último ano. O valor total foi orçado em R$475.458,51 já considerando os valores de operação e manutenção. Foram feitas considerações de receitas do projeto englobando a parcela do consumo não utilizada, a parcela dos tributos não mais pagos e parcela da bandeira tarifária. E por fim os resultados encontrados para a verificação de viabilidade econômica foram: VPL = R$-222.518,81, TIR real = 7,97% e Payback acima de 25 anos. Tambem foram incluidas a variabilidade de alguns parametros atraves de uma análise de riscos, ainda assim a probabilidade do VPL ser negativo foi de 71,5%. Os autores concluem que esses resultados comprovam a inviabilidade do projeto devido ao grande risco de obtenção de um VPL negativo, identificando como duas grandes causas o custo do capital do investimeto, com altas taxas de juros e condições de financiamento inadequadas e o custo elevado da tecnologia fotovoltaica. Evidenciando que o Brasil carece de melhores condições de financiamento e maiores incentivos para reduzir os custos de investimento inicial. LOCAL: Biblioteca da Pontifícia Universidade Catolica do Rio Grande so Sul, Departamento de Engenharia de Produção REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: RUARO, L. J.; ETGES, A.P.B.S Avaliação econômica e de risco de um projeto de imprementação de um sistema solar fotovoltaico. VII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Gramado, 17 a 20 de abril de 2018 1 Agência nacional de energia elétrica (ANEEL). Resolução normativa nº 482, Brasília, 2012, 12p. Agência nacional de energia elétrica (ANEEL). Resolução normativa nº 687, Brasília, 2015 (a), 25p. Hamm, G.; Borison, A. Forecasting Long-Run Electricity Prices. The Electricity Journal, v.19, n.7, p.47-57, 2006. Holdermann, C.; Kissel, J.; Beigel, J. Distributed photovoltaic generation in Brazil: An economic viability analysis of small-scale photovoltaic systems in the residential and commercial sectors. Energy Policy, v. 67, p. 612-617, 2014. Mitscher, M.; Rüther, R. Economic performance and policies for grid-connected residential solar photovoltaic systems in Brazil. Energy Policy, v.49, p.668-694, 2012. Nakabayashi, R. K. Microgeração fotovoltaica no Brasil: condições atuais e perspectivas futuras. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Instituto de energia e ambiente, PPGE/USP, São Paulo, 2014. Ortiz Pereira, E. J. S.; Pinho, J. T.; Galhardo, M. A. B.; Macêdo, W. N. Methodology of risk analysis by Monte Carlo Method applied to power generation with renewable energy. Renewable Energy, v. 69, p. 347-355, 2014. Rodrigues, S.; Torabikalaki, R.; Faria, F.; Cafôfo, N.; Chen, X.; Ivaki, A. R.; Mata-lima, H.; Morgado-dias,F. Economic feasibility analysis of small scale PV systems in different countries. Solar Energy, v.131, p.81-95, 2016. Sá, C.A. T.; Garcia, R. Energias renováveis frente à crise energética brasileira. In: ENCONTRO TOLEDO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (ETIC), v11, n.11, 2015, Presidente Prudente. Anais... Presidente Prudente: 2015.