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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
42.1 responsabilidade socioambiental	�
42.2 Os quatro problemas ambientais que enfrentamos na atualidade.........................�
42.3. Como os problemas socioambientais podem interferir na organização de uma empresa........................................................................................................................� 42.4. Relação entre Ética Responsabilidade socioambiental.........................................�
2.5. A partir de quando a sociedade passou a utilizar a energia fóssil com combustível................................................................................................................. 4
2.6. As maiores fortunas da Indústria do Petróleo no mundo......................................4
2.7. A crise do petróleo e as conseqüências para o setor industrial............................4
2.8. Por que não há maiores investimentos em energia limpa já que o petróleo é tão poluidor ........................................................................................................................4
2.9. Analisar a existência de leis ambientais às formas legitima de dominação..........4
2.10. Analise, a coerência e incoerência do texto sobre a política de responsabilidade socioambiental da Petrobras............................................................4
2.11. Como a Petrobras apresenta os diferentes discursos.........................................4
2.12. Como pode ser provada lingüisticamente a incoerência no discurso da Petrobras......................................................................................................................4
2.13. Analisar o conteúdo dos textos a partir da ação social e da dominação legitima.........................................................................................................................4
2.14. Qual o papel dos administradores ou gestores da Petrobrás frente aos desafios socioambientais da atualidade.....................................................................................4
2.15. Planejar, organizar,dirigir (liderar) e controlar são funções do administrador....4
2.16. Características da política de responsabilidade social da Petrobrás e do programa Petrobras ambiental.....................................................................................4
2.17. Empresas do extremo sul da Bahia que demonstra alguma preocupação socioambiental..............................................................................................................4
 
53 EXEMPLOS DE ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO	�
 
63.1. EXEMPLO DE TABELA	�
74 CONCLUSÃO	�
8REFERÊNCIAS	�
 
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INTRODUÇÃO
 A responsabilidade social das empresas é um tema atual e, nos últimos anos, vem sendo consolidada à crença que as empresas devem assumir um papel mais amplo perante a sociedade que não somente o de maximização de lucro e criação de riqueza. Como veremos nesse artigo, o crescente aumento da complexidade dos negócios, o avanço de novas tecnologias, o incremento da produtividade levou a um
aumento significativo da competitividade entre as empresas e, desta forma, elas tendem a investir mais em processos de gestão de forma a obter diferenciais competitivos. Para as empresas, a responsabilidade social pode ser vista como uma estratégia a mais para manter ou aumentar sua rentabilidade e potencializar o seu desenvolvimento.
A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.
A atuação baseada em princípios éticos elevados e a busca de qualidade nas relações são manifestações da responsabilidade social empresarial. Numa época em que os negócios não podem mais se dar em segredo absoluto, à transparência passou ser a alma do negócio: tornou-se um fator de legitimidade social e um importante atributo positivo para a imagem pública e reputação das empresas. Empresas socialmente responsáveis estão mais bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a sociedade e o mundo empresarial.
DESENVOLVIMENTO
2.1.RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
 A primeira questão a ser considerada é “o que é e como surgiu a
Responsabilidade Socioambiental Empresarial”? Podemos dizer que
 “Responsabilidade Social Empresarial” é um processo contínuo e progressivo de envolvimento e desenvolvimento de competências cidadãs da empresa, com a assunção de responsabilidades sobre questões sociais e ambientais relacionadas a todos os públicos com os quais ela interage: o corpo de colaboradores diretos (público interno), sócios e acionistas, fornecedores, clientes e consumidores, mercado e concorrentes, poderes públicos, imprensa, comunidade e o próprio meio ambiente.
Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que a empresa tem com a sociedade e com o meio ambiente além das obrigações legais e econômicas.
Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo as leis que lhe são impostas.
 A Responsabilidade Socioambiental corresponde a um compromisso das empresas em atender à crescente conscientização da sociedade, principalmente nos mercados mais maduros. Diz respeito à necessidade de revisar os modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal forma que o sucesso empresarial não seja alcançado a qualquer preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais conseqüentes da atuação administrativa da empresa.
São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade Socioambiental: inclusão social, inclusão digital, programas de alfabetização, ou seja, assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem, programas de coleta de esgotos e dejetos, e questões que envolvem: lixo industrial, reflorestamento X desmatamento, utilização de agrotóxicos, poluição, entre outros.
Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia da empresa, pois além das atividades produtivas, envolve o tratamento dado ao meio ambiente e sua influência e relacionamento com fornecedores, público interno e externo e com a sociedade, práticas de governança corporativa, transparência no relacionamento interno e externo, postura obrigatória para as empresas de âmbito mundial, cuja imagem deve agregar o mais baixo risco ético possível.
OS QUATRO PROBLEMAS AMBIENTAIS QUE ENFRENTAMOS NA ATUALIDADE
 Impacto ambiental deve ser entendido como um desequilíbrio provocado por um choque, resultante da ação do homem sobre o meio ambiente. No entanto, pode ser resultados de acidentes naturais: a explosão de vulcão pode provocar poluição atmosférica. Mas devemos dar cada vez mais atenção aos impactos causados pela ação do homem. Quando dizemos que o homem causa desequilíbrios, obviamente estamos falando do sistema produtivo construído pela humanidade ao longo de sua historia. Estamos falando do particularmente do capitalismo, mas também do quase finado socialismo.
 Um impacto ocorrido em escalalocal posa ter também conseqüências em escala global. Por exemplo, a devastação de florestas tropicais por queimadas para a introdução de pastagens pode provocar desequilíbrios nesse ecossistema natural. Mas a emissão de gás carbônico como resultado da combustão das árvores vai colaborar para o aumento da concentração desse gás na atmosfera, agravando o “efeito estufa”. Assim, os impactos localizados, ao se somarem, acabam tendo um efeito também em escala global. Os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. Podem também ser resultado de uma prática criminosa difícil de cobrir. Dentre os problemas ambientais mais graves o lixo é um dos mais sérios, urgentes e o que causa maiores seqüelas, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população. O lixo tornou-se uma das grandes preocupações de ordem sanitária e ambiental dos prefeitos de todas as cidades brasileiras. É de responsabilidade do município a limpeza urbana, a coleta domiciliar e a destinação final do lixo.
Atualmente a luta pela preservação do meio ambiente e a própria sobrevivência do homem no planeta, está diretamente relacionada com a questão do lixo urbano. O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes. Além disso, os locais para disposição de todo esse material estão se esgotando rapidamente, exigindo iniciativas urgentes para a redução da quantidade enviada para os aterros sanitários, aterros clandestinos ou lixões. 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao saneamento básico no ano 2000 apontam que das cerca de 230 mil toneladas de resíduos geradas por ano no Brasil, cerca de 22% são destinados a vazadouros a céu aberto ou lixões. A maioria absoluta, cerca de 75%, destina-se a aterros sanitários. Entretanto, a quantidade de resíduos dispostos em vazadouros a céu aberto ainda é bastante expressiva, o lixo é simplesmente descarregado sem qualquer tratamento. Esse destino do lixo, além dos riscos à saúde pública, tem como conseqüências a poluição do solo e a contaminação das águas superficiais e subterrâneas. Embora proibidos, os lixões ainda são uma forma muito utilizada de disposição de resíduos no Brasil. Os principais problemas associados a esse tipo de disposição são:
Riscos de poluição do ar e de contaminação do solo, das águas superficiais e de lençóis freáticos;
Riscos à saúde pública, pela proliferação de diversos tipos de doenças;
Agravamento de problemas socioeconômicos pela ativa presença de catadores de lixo;
Poluição visual da região;
Mau odor na região;
Desvalorização imobiliária da região.
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
A poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos.
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
O aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e  monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor. O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.  aquecimento global, o aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, pode ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas; Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra; Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas; Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças. 
2.3. COMO OS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS PODEM INTERFERIR NA ORGANIZAÇÃO DE UMA EMPRESA
 Tudo aquilo que acontece de modo a fazer um determinado trabalho desandar, é considerado um fator de interferência. Nas organizações, o que mais se evita são problemas que causem alguma disfunção no andamento de alguma tarefa. Alguns podem ser evitados/controlados - fatores internos, como por exemplo, lidar com funcionários-problema. Sempre que acontecia um boato envolvendo o nome dele, é o nome da Empresa que é manchado
Já outros, estão além da capacidade organizacional de resolvê-los, quando as empresas são afetadas por causas externas, como a Usina de Fukushima, no Japão, todo o sistema funcional é prejudicado. Os movimentos a favor da responsabilidade social das empresas, a pressão da opinião pública, dos governos, dos consumidores e investidores moldaram novas estratégias competitivas para as empresas. Somam-se ao contexto de complexidade do mundo organizacional na era da globalização financeira intensiva. A demanda passa a ser por um pensamento não-linear para o entendimento e busca de soluções. A solução de novos problemas fundamentada nas velhas raízes (formas de pensar) deixa de surtir efeito. As variáveis aumentam, como também amplia-se sua interdependência com rápidas mudanças.
O pacote “salve o meio ambiente” é uma destas variáveis. O “respeito à natureza” tomou vulto em várias partes do mundo. A conscientização extrapolou a esfera dos ambientalistas e germinou em crianças, adolescentes, políticos, trabalhadores e, em especial, consumidores e investidores.
 Os setores industriais que poluem não encontramespaço para instalar suas fábricas, mesmo prometendo contratação de mão de obra e pagamentos de impostos nos países conscientes ecologicamente. No Brasil a Ford, por exemplo, investe quase 1,2 bilhões de dólares para montar uma fábrica totalmente ecológica em Camaçari, Bahia. 
 O movimento empresarial em prol de causas ambientais, além de outras ligadas à responsabilidade social aparece no meio empresarial por motivos de consciência e cidadania, mas também difunde-se e rapidamente se impõe porque a ausência de estratégias relacionadas ao meio ambiente pode provocar danos financeiros e de produtividade, tais como: multas, processos judiciais, acidentes ambientais e a trabalhadores. 
2.4. Relação entre Ética Responsabilidade socioambiental 
 O comportamento ético das empresas é exigido pela sociedade, dessa forma a empresa adotando valores éticos e morais é um indicativo de rentabilidade e sustentabilidade a longo prazo. Assim numa empresa ética a tendência é que siga os valores morais da sociedade e seus gestores e todos os funcionários sigam regras e valores do código de ética da empresa. Um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal. A empresa para ter responsabilidade social e ambiental tem que ser ética, a prática da responsabilidade social indica compatibilidade dos valores morais e éticos da empresa com os da sociedade. Sem ética nos negócios não existe responsabilidade social. Responsabilidade socioambiental pode ser definida como um conjunto de ações que promovam o desenvolvimento em comprometimento com o meio-ambiente e áreas sociais. A Responsabilidade Socioambiental Empresarial (RSE) está se tornando um fator cada vez mais forte de competitividade para os negócios. Atualmente, empresas de diferentes portes investem em ações sociais e ambientais e têm um importante retorno em sua imagem por conta disso. De acordo com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, já é significativo o número de grandes e médias empresas brasileiras que selecionam fornecedores (micro e pequenos) utilizando critérios da RSE. Além disso, a imprensa está cada vez mais fiscalizadora e os consumidores, mais exigentes. Você acha que o investimento das empresas em ações socioambientais reflete uma atitude ética ou é apenas marketing?
Esse conceito se deu origem quando os movimentos sociais (pacifistas, feministas, raciais, de direitos humanos e ambientalistas) de forma organizada passou a pressionar a grandes empresas, exigindo que respondam pelas conseqüências de suas atividades. No mercado atual os consumidores passam a escolher seus produtos não somente pela qualidade ou marca e sim pela imagem da empresa em relação à responsabilidade social e ambiental. Seguindo as exigências dos consumidores atuais as empresas passam a atuar externamente e internamente aplicando políticas de responsabilidade sócio-ambiental, essa atuação acarreta benefícios como: redução de custos, aumento das receitas, melhoria da imagem da empresa, desenvolvimento de novos modelos de negócios e desenvolvimento para pesquisas de tecnologias ecologicamente corretas. Pois a opinião pública negativa nessa realidade poderá afetar as vendas bem como a capacidade da empresa em atrair e reter pessoas talentosas. As questões ambientais afetam a eficiência, a eficácia e as metas em longo prazo e requerem considerações técnicas, éticas, sociais e competitivas. As empresas devem auxiliar o meio-ambiente de modo que proteja seus negócios e agreguem valor a eles. Para muitas empresas a Responsabilidade Sócio-Ambiental é percebida como uma nova oportunidade estratégica e de diferencial competitivo. Os princípios da Responsabilidade Sócioambiental Empresarial, exigem muito mais cooperação do que competição; exigem compromisso social e ambiental; exigem a união e a convergência de esforços dos diferentes setores da sociedade em torno de causas significativas e inadiáveis. Mas é na competição e na sedução dos apelos de marketing que esses princípios correm o risco de sucumbir, passando a servir a propósito meramente estéticos e comerciais. 
A Responsabilidade sócio-ambiental deve ser um processo contínuo e progressivo, visto que a cada dia o poder econômico das empresas privadas cresce, e com isso aumenta a pressão para que respondam por questões sócio-ambientais e sigam os princípios de coerência, justiça e respeito aos outros. De modo geral o ambiente é considerada uma questão sistêmica, envolvendo todas as noções e o comportamento de cada pessoa, pois as necessidades humanas precisam ser atendidas por algum tipo de produto ou serviço que, por sua vez, cobra um preço da natureza. 
2.5. A PARTIR DE QUANDO A SOCIEDADE PASSOU A UTILIZAR A ENERGIA FÓSSIL COM COMBUSTÍVEL
 O carvão mineral foi a grande fonte de energia da Primeira Revolução Industrial, no século XVIII na Inglaterra principalmente. Em 1850, a madeira ainda era a principal fonte de energia nos Estados Unidos. Só durante a segunda metade do século XIX, não só os Estados Unidos, mas todas as nações industrializadas passaram a utilizar o carvão mineral como principal fonte de energia. O carvão continuou a ser largamente utilizado até a segunda metade do século XX, quando o petróleo e gás natural tornaram-se as principais fontes de energia primária. Também é um elemento fóssil de origem orgânica.
 Etapas (turfa, linhito, hulha e antrácito) À medida que concentra menos oxigênio e água, forma-se maior concentração de carbono, com isso queima mais e se torna mais eficiente. Vai da turfa (menor qualidade) até o antrácito (melhor qualidade). Hulha também é conhecida como coque muito utilizado em metalúrgicas.
As principais reservas encontram-se nas áreas temperadas. As principais jazidas de carvão mineral no mundo são: a China, EUA e Rússia. No Brasil é de baixa qualidade, sendo extraído em pequena quantidade. Áreas onde se encontra: Região Sul do país (Santa Catarina), Lauro Müller e Criciúma. 
O primeiro poço petrolífero foi perfurado na Pensilvânia em 1859.
O petróleo continuou como a principal fonte de energia por todo o século XX, papel que continua a desempenhar nos dias de hoje, apesar de um recente e progressivo declínio. O petróleo no Brasil foi extraído primeiramente na região de Lobato, na Bahia, no ano de 1938. Verificando o crescimento no consumo do petróleo a nível internacional, o governo brasileiro criou a Petrobrás no ano de 1953. A Petrobrás é uma das empresas mais importantes no campo energético em nível mundial. Atualmente ela possui o monopólio da pesquisa e prospecção, extração e refino, mas não no transporte e na distribuição. A Petrobrás é a empresa que domina a tecnologia em extração em zonas profundas.
 
2.6. As maiores fortunas da Indústria do Petróleo no mundo
 O petróleo é também conhecido como o “ouro negro”. Assim, não é de fato tão estranho, não é nenhuma surpresa que muitas das pessoas mais ricas do mundo tracem seu rumo diretamente para  a Indústria do Petróleo e Gás. Tem até brasileiro nesta lista. Embora algumas dessas pessoas tenham herdado sua riqueza e tenham investido sabiamente, é sobre os multimilionários “self-made” que vamos falar aqui. Seus caminhos para a riqueza são variados, mas os resultados são os mesmos para esses cinco pioneiros: bilhões de dólares em fortuna. Para ser um multimilionário “self made”, não basta ter boas idéias, ter capital e clientes. É necessário algo além, algo mais subjetivo. Quem deseja isso tem que saber vender sua idéia, conquistar seguidores e convencer a todos de que esta idéia é viável e rentável. Além disso, é necessário “aquele” tino para os negócios, praticamenteum sexto sentido, sem esquecer toda responsabilidade para com o Meio Ambiente e com quem vive ao redor dos empreendimentos. Isso desenvolve não só o empresário e seus negócios, mas a todos aqueles que, direta ou indiretamente, estiverem envolvidos. Vamos a nossa lista, começando, é claro, por ele que, acima de tudo, acredita no nosso Brasil e investe pesado deixando seu quinhão para o desenvolvimento de nosso país e melhoria na qualidade de vida de quem vive aqui…O canal especializado em economia Bloomberg fez um levantamento das maiores empresas petrolíferas do mundo e colocou a brasileira Petrobras em terceiro lugar.
Confira a lista das nove primeiras, conforme o valor de mercado:
1º – Exxon Mobil (EUA) 2º – Shell (Holanda) 3º – Petrobras (Brasil) 4º – BP (Reino Unido) 5º – Total (França) 6º – Chevron (EUA) 7º – Eni (Itália) 8º – Conoco Philiphs (EUA) 9º – Repsol (Espanha). Com orgulho que eu cito a Petrobras como 3ª maior empresa de capital aberto do mundo. Além dela, temos gigantes do setor como a Petrochina, a Exxon Mobil, a Saudi Aramco (da Arábia Sautita) a INOC (do Irã), a Petronas (da Malásia), a Shell, a Petrochina, a Statoil da Noruega, etc.
A CRISE DO PETRÓLEO E AS CONSEQÜÊNCIAS PARA O SETOR INDUSTRIAL 
 Responderei em termos de Brasil: a crise do petróleo dos anos 70 do séc. passado fez com que nossa dívida externa aumentasse exponencialmente, pois passamos a gastar mais para importar essa commodity na época, a cada 5 barris de petróleo consumidos no Brasil, 4 eram importados. Além disso, a crise foi o estopim de uma inovação industrial muito positiva, a adoção do programa "Proálcool", no qual o Brasil foi pioneiro ao utilizar o álcool proveniente da destilação da cana-de-açúcar como combustível, inclusive adaptando os motores dos carros movidos à gasolina para funcionarem com uma mistura de 20% de álcool anidro. Com a crise se alastrando em países estritamente capitalistas, como Estados Unidos e países da Europa Ocidental, outros países como Alemanha e Japão, começaram a utilizar novas maneiras de organização da produção e do trabalho inserindo inovações tecnológicas. O que desencadeou num aumento da capacidade de competição destes países. Para obter esse aumento, foram introduzidas no processo produtivo inovações tecnológicas, como: complexo microeletrônico como fator expansivo de novas tecnologias de produção.
A crise que se alastrou pelo mundo ainda demonstra estar longe de seu fim. Muito se discute sobre quais serão as conseqüências do atual momento. Alguns falam que o pior já passou e outros falam que o pior está por vir. Já passamos por várias e muitas ainda viram, pois elas fazem parte do mercado e se repetem de tempos em tempos. O importante é estar preparado para enfrentá-las. 
O mundo é mais dinâmico e imprevisível do que gostaríamos que fosse. Se o nosso objetivo se limitasse a diminuir os riscos e trabalhar com possibilidades e não com certezas talvez obtivéssemos melhores resultados. Mas, no ambiente de mercado as pessoas gostam de criar certezas onde é impossível criá-las. Quando se acredita que a economia irá crescer para sempre é que grandes problemas são criados. Cedo ou tarde o mercado retomará o seu movimento ascendente. Podemos esperar mudanças políticas e sociais importantes nos próximos meses e anos, mas no final das contas as coisas voltarão ao normal, pois as pessoas continuarão a viver consumir e gerar recursos. Ganharão aqueles que aceitarem a situação e procurarem as oportunidades geradas. A grande questão é saber quando o dinheiro vai chegar aos setores mais afetados pela crise. 
A crise que se alastrou pelo mundo causou, e ainda causa muitas incertezas na cabeça dos investidores. .
2.8. Por que não há maiores investimentos em energia limpa já que o petróleo é tão poluidor
 Nós ainda estamos na era do petróleo, que ainda é uma fonte abundante e relativamente barata de energia. Embora as reservas atuais desse bem mineral estejam se esgotando rapidamente, ainda há potencial para grandes descobertas, como foi o caso do nosso présal. Além disso, as técnicas de recuperação de petróleo e gás natural em campos antigos vêm se aperfeiçoando muito, aumentando a vida útil dos mesmos. Para você ter uma idéia, por volta 1850, quando o petróleo jorrou num poço do Texas pela 1ª vez, a média de recuperação do petróleo era de apenas 10% do total contido nos poros da rocha subterrânea. Hoje em dia, é comum se conseguir extrair de 40 a 50% do óleo contido no reservatório rochoso. Tudo dependerá de fatores econômicos, porque, como vivemos num mundo capitalista, os acionistas das companhias de petróleo esperam lucros de seus investimentos; então, quanto mais barato o petróleo estiver no mercado internacional, menos capitais serão investidos em fontes de energia limpas. Por outro lado, as empresas de petróleo, pressionadas por ONGs ambientais, pelos governos e pela opinião pública mundial, estão se transformando cada vez mais em empresas de energia. Quase todas elas como é o caso da nossa Petrobras, estão investindo pequena parte de seus lucros no desenvolvimento de fontes de energia mais limpas, em parceria com universidades e centros de pesquisa. Aqui no Brasil, a Petrobras, que tem um dos melhores centros de pesquisa do mundo (o cenpes), dedica um esforço razoável no desenvolvimento de fontes de energia menos danosas ao meio ambiente, como os bicombustíveis, motores elétricos e até a fusão do hidrogênio, em parceria com a coppe/ufrj e outras instituições acadêmicas. Em síntese, tudo é uma questão de viabilidade econômica: como a tendência do preço de petróleo, no mercado internacional, é de alta no longo prazo, cada vez mais a busca de fontes alternativas de energia será viável.
2.9. ANALISAR A EXISTÊNCIA DE LEIS AMBIENTAIS ÀS FORMAS LEGITIMA DE DOMINAÇÃO
 É ilusão pensar que os problemas ambientais possam ser resolvidos somente pela educação. A existência de boas leis conservacionistas e, muito mais do que isto, a justeza na aplicação destas, cria oportunidades para mudar atitudes diante da natureza. Permitir que tais leis não sejam cumpridas é deseducar e anarquizar as relações entre a riqueza natural do país e a população. 
No Brasil, a preocupação com a conservação e a preservação dos recursos naturais renováveis remonta aos idos de 1907, quando a primeira versão do Código das Águas foi apresentada à Câmara Federal, aprovada em segunda discussão e teve sua tramitação interrompida. Em 1915 foi criado o primeiro Serviço Florestal no estado de São Paulo. Mais tarde, em 1934, foi promulgado o Código das Águas, que se mantém até os dias de hoje, complementada pela Lei 9433/97. Também é de 1934 o primeiro Código Florestal do Brasil, pela Lei 4771, de 1965, que implantou o novo Código Florestal que vigora até hoje. A Lei 4504, conhecida como o Estatuto da Terra, sancionada em 1964, veio integrar, juntamente com o Código de Caça e Pesca, um complexo conjunto de instrumentos legais. Atualmente, existe um elenco de leis e legislações federais, estaduais e municipais, com objetivos diferentes e muitas vezes conflitantes nas suas aplicações. 
Existe um sistema de meios punitivos com a finalidade de coibir a degradação e o uso irracional dos recursos naturais, podendo ser realizado através de uma ação civil pública. 
A Lei 7347( 24/07/85) impõe a responsabilidade por danos causados ao meio ambiente e recursos hídricos ao cidadão, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Tal lei representou uma grande evolução na proteção dos recursos naturais, possibilitando os prejudicados a reclamar da justiça os seus direitos. 
Segundo a Lei 4717/65 (Lei de Ação Popular) , todo cidadão pode recorrer à jusstiça para obter a invalidação de atos administrativos ou fatos que possam ser lesivos ao patrimônio público, histórico e cultural, à moralidade administrativa e ao meio ambiente. 
Há muitos anos existe uma preocupaçãoem todo o mundo com a defesa do meio ambiente, sendo crescentes os movimentos ambientalistas e propostas governamentais, objetivando a sua proteção. O aumento dessa consciência ecológica vem, aos poucos, surtindo seus efeitos, mesmo que precariamente, em vista das dificuldades encontradas na fiscalização dos crimes contra a natureza em extensas áreas, principalmente em países de grande extensão territorial, como é o caso do Brasil. 
Há muitas leis em nosso País que protegem a fauna e a flora e prescrevem punição para os vários tipos de poluição. Tais leis são mal aplicadas, principalmente contra as unidades de proteção e se torna um trabalho difícil. Quase sempre é mais fácil regulamentar as causas e as fontes do que reparar as conseqüências. A agressão ao meio ambiente é fruto da grave injustiça que existe nas relações entre os grupos dominantes e dominados, no interior da maioria dos países pobres e da evidente desigualdade entre os países desenvolvidos e os periféricos. A tecnologia, o desenvolvimento e o avanço do conhecimento científico fazem com que as nações do Primeiro Mundo avancem em progressão geométrica, enquanto as nações periféricas ou ficam estagnadas ou avançam em progressão aritmética, distanciando-se cada vez mais dos primeiros. Isso evidencia a implicação de riscos da concentração de problemas ambientais nos países periféricos, onde a educação, a saúde, a habitação, o sistema produtivo e o apoio ao conhecimento são completamente relegados ao um plano inferior. É imperioso que o exercício da cidadania seja consolidado , na busca incessante da sistemática e eficiente participação na organização social, política, e jurídica de cada cidadão, que com a ajuda de sua comunidade se fortalecerá e fará prevalecer os seus direitos. É necessário que se cumpra e se faça cumprir a legislação existente. No Brasil, quem aplica as leis é o Estado, mas o próprio Estado pode ser o causador ou estar conivente com muitos crimes contra a natureza, pois é ele que constrói estradas, aeroportos, barragens para produção de energia. Numa democracia, é saudável e até indispensável que os cidadãos se unam em associações para garantir, juntamente com as autoridades competentes, a defesa do meio ambiente. Em alguns países, a eficiência do Estado na fiscalização de crimes contra a natureza é controlada pela justiça; o Estado pode ser condenado a pagar indenizações por omissão. É preciso, pois, informação e educação, para se ter cidadãos ativos. Somente assim as leis de proteção ambiental passarão à condição de direito fundamental de todos os cidadãos. 
2.10. ANALISE, A COERÊNCIA E INCOERÊNCIA DO TEXTO SOBRE A POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA PETROBRAS
 Atualmente, as organizações procuram demonstrar que se preocupam não apenas com seus lucros, mas também com a comunidade em que estão inseridas e com problemas globais, como a destruição do meio ambiente. Esse comportamento passou a ser observado especialmente a partir do fim da década de 70, quando pesquisas alertaram para o aquecimento do planeta.
 Considerando todo este contexto, escolhi como objeto de análise o discurso institucional da Petrobras, empresa pública brasileira de exploração e produção de petróleo, em virtude dela me parecer um exemplo característico de organização que possui vários selos de qualidade, realiza diversos trabalhos sociais e culturais, embora execute também atividades que, ainda que muito lucrativas, são potencialmente danosas para a natureza. Entre desastres ambientais recentes causados pela Petrobras, estão os vazamentos de petróleo na Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, e também no Paraná, em 2000. Mesmo assim, essa empresa petrolífera, vinculada ao Ministério de Minas e Energia do Governo Federal, consegue anualmente obter prêmios empresa que se destaca no desenvolvimento de ações em prol da ecologia , entre outros, o que lhe confere grande legitimidade.
É certo que a Petrobras desenvolve ações preventivas e de recuperação para enfrentar riscos ambientais, como o Programa Pégaso8, um programa de excelência em gestão ambiental e segurança operacional, implantado na tentativa de confirmar o compromisso da instituição com a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, através da correta manutenção de seus equipamentos. Por outro lado, a empresa já provocou vários incidentes danosos para o meio ambiente como nos casos relatados acima – e outros podem vir a ocorrer no futuro.
Talvez por isso a necessidade constante de evidenciar seus cuidados com o meio ambiente.
No site da estatal - que tem como acionista controladora a Administração Pública Federal o detalhamento dos cuidados ambientais empregados em todo o seu processo de produção, desde a exploração do petróleo até o seu transporte aos pontos de vendas, enfatiza a segurança e qualidade dos serviços.
2.11. COMO A PETROBRAS APRESENTA OS DIFERENTES DISCURSOS
 Temas importantes afloram dessa discussão e abrem as questões que se quer discutir neste capítulo sobre a inédita ocupação, pelo empresariado brasileiro, do espaço «público não-estatal» de ação social aberto pelo encolhimento, admitido pelo próprio governo, das garantias e direitos legais. Uma parcela desse empresariado, diante do aumento das desigualdades sociais e da pobreza no país, lança-se ativamente no campo social, chamando seus pares à responsabilização com o contexto onde desenvolvem seus negócios, e nesse movimento redefine o sentido e o modo de operar da velha filantropia, aproximando-a da noção de cidadania. Ao retorno, redefinido, da idéia e da prática de «filantropia», é acrescentada a palavra «solidária», que se demarca agora como abertura voluntária das empresas privadas ao extravasamento da imensa carência dos pobres brasileiros, ligada, portanto, à prevenção do futuro e respondendo às demandas da reinserção social. Isto pode ser visto através do privilegia mento dos temas da infância, da família e da educação como áreas da responsabilidade social empresarial diante da crescente deterioração da vida coletiva. Uma outra palavra agrega-se ao se tratar de definir um alvo de classe amplo e, no contexto brasileiro, ambicioso: o de criar uma «consciência de cidadania» entre o empresariado, o que significa consciência humanitária ativa do contexto onde atuam, embora a grande maioria do empresariado silencie, deste ângulo, sobre as fontes de produção da miséria e não intervenha no debate sobre a atual política econômica. Mesmo assim, todas estas palavras, juntas, parecem configurar um apelo à responsabilidade dos empresários sobre a própria base social da vida pública, algo realmente inédito na história do país.
2.12. COMO PODE SER PROVADA LINGÜISTICAMENTE A INCOERÊNCIA NO DISCURSO DA PETROBRAS
 Uma empresa que já foi orgulho nacional e se tornou um cabide de empregos do governo. Agora, nas mãos de oportunistas, perde sua identidade e seus compromissos históricos com a cidadania, o meio ambiente e o país. Hoje, a empresa opera em nome do lucro a qualquer custo, favorecendo uma minoria de investidores nacionais e estrangeiros. Precisa investir bilhões em marketing, enquanto nos bastidores, atua de forma predadora do meio ambiente, do bem-estar social e do interesse econômico da população. A Petrobrás pode ser salva da ganância do mercado e das mãos de políticos inescrupulosos que se apoderam do patrimônio da nação em benefício próprio.
Os impactos negativos dos negócios sobre o meio ambiente já começam a gerar problemas para as próprias empresas. O Conselho do Índice de Sustentabilidade Empresarial (CISE) da Bovespa anunciou a nova carteira de empresas comprometidas com boas práticas socioambientais. E a Petrobras ficou de fora. O vilão da estatal foi o diesel que ela produz, com alto teor de enxofre.
Segundo a ONG Nossa São Paulo (uma das 12 entidades que solicitaram a exclusão da gigante do ISE), a Petrobras não cumpriu a resolução 315/2002 do Conselho Nacionaldo Meio Ambiente (Conama), que determina a redução do teor de enxofre no diesel comercializado no Brasil a partir de janeiro de 2009.
Em resposta, a Petrobras afirma que a resolução do Conama não está relacionada à quantidade de enxofre no diesel, e sim aos limites de emissões que os novos motores deverão atender. A estatal diz ainda que se comprometeu a fornecer o diesel S-50, com menor teor de enxofre, a partir de janeiro de 2009.
Mas não é de hoje que a sustentabilidade da Petrobras vem sendo posta à prova. Alguns fundos de pensão na Europa, por exemplo, não investem em ações da Petrobras por causa da freqüência dos derramamentos de petróleo que a envolvem. 
2.13. ANALISAR O CONTEÚDO DOS TEXTOS A PARTIR DA AÇÃO SOCIAL E DA DOMINAÇÃO LEGITIMA
 A dominação legal tem como idéia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido. Portanto, constitui uma relação desprovida de sentimentos, ou seja, baseia-se unicamente no profissionalismo e na hierarquia da empresa. Toda conduta humana dotada de um significado subjetivo (sentido) dado por quem a executa e que orienta essa ação, tendo em vista a ação de outros sujeitos conhecidos ou desconhecidos. A explicação sociológica busca compreender e interpretar o sentido da ação social, não se propondo a julgar a validez de tais atos nem a compreender o agente enquanto pessoa. Compreender uma ação é captar e interpretar sua conexão de sentido, somente a ação com sentido pode ser compreendida pela Sociologia. 
Cada indivíduo possui sua cultura, seus valores e suas atitudes que irão direcionar seu comportamento. E a cultura reflete e influencia nos valores, nas atitudes e no comportamento das pessoas e vice-versa. É um ciclo ou a interação destes aspectos, somada aos valores, filosofias e formas de comportamento aceitos pelas empresas, que irão formar a cultura organizacional, que se desenvolve ao longo do tempo e afeta a todos dentro da organização, desde direção, gerência, equipe técnica e operacional. O problema começa em casa, com o paradigma básico que encara a poluição como uma conseqüência inevitável do processo de manufatura e relega a proteção ambiental a um departamento marginalizado. Ao se compreender a qualidade como um processo de adequação, pela lógica da melhoria contínua, o tema educação surge como uma necessidade básica. A qualidade começa pela educação e acaba na educação. Uma empresa que progride em qualidade é uma empresa que aprende a aprender. Para que ocorra mudança em um paradigma faz-se necessária mudança de valores nos quais se baseiam os comportamentos. As pessoas necessitam conscientizar-se de que os novos valores são melhores do que os anteriores e devem passar a se comportar segundo essa nova maneira de perceber e atuar no mundo.
Os princípios fundamentais da burocracia, segundo Weber são a hierarquia funcional, a administração baseada em documentos, a demanda pela aprendizagem profissional, as atribuições são oficializadas e há uma exigência de todo o rendimento do profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado. Weber faz uma analogia entre o desenvolvimento de um Estado Moderno e o da moderna burocracia; também entre a evolução do capitalismo moderno e a burocratização crescente das empresas econômicas.
2.14. QUAL O PAPEL DOS ADMINISTRADORES OU GESTORES DA PETROBRÁS FRENTE AOS DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS DA ATUALIDADE
 Somos todos administradores, diz Maximiano, (2002, p. 29), porém para qualquer pessoa que tome decisões sobre a utilização de recursos para alcançar objetivos é necessária as habilidades administrativas. 
“Administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados”. Planejamento, Organização, Execução e Controle. 
A valorização da formação humanística e não somente técnica, lança no mercado profissionais com formação generalistas/polivalentes, com capacidade de compreender as necessidades e expectativas mercadológicas, de forma holística. 
As organizações através de seus líderes, deverão partilhar do pensamento de objetivo comum e não de conflito entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Futuramente, a única forma de fazer negócios será através da gestão ambiental como resposta ao novo cliente, mas consciente e engajado nas questões ambientais, cobrará atitudes ecologicamente corretas das empresas. 
 A sociedade mudou e com ela mudou também a maneira de Administrar. Antes a razão de ser de uma empresa era somente a de gerar lucros. Hoje na Administração contemporânea, este conceito tem sofrido transformações, as constantes cobranças da sociedade e dos mercados nacionais e principalmente internacionais, tem impulsionado as empresas a buscarem práticas de desenvolvimento sustentáveis. 
No momento em que a questão ambiental tornou-se uma preocupação mundial, principalmente pelas previsões alarmantes feitas por alguns especialistas sobre o aquecimento global, desertificação, falta de água, aumento no nível do mar, redução dos recursos naturais entre outras, neste cenário o administrador deixa de ser apenas um técnico e passa a ser um ator facilitador das transformações necessárias para que a empresa alcance o objetivo de ser economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente responsável, integrando os interesses da empresa com os interesses da sociedade. 
A proteção ambiental passa a ser também uma função da administração, interferindo no planejamento estratégico. As empresas proativas internalizam as práticas de responsabilidade socioambiental em suas políticas de gestão e a utilizam na comunicação com os diferentes públicos ligados a ela. 
2.15. PLANEJAR, ORGANIZAR,DIRIGIR (LIDERAR) E CONTROLAR SÃO FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
 Responsabilidade social, também conhecida como responsabilidade social nos negócios, responsabilidade corporativa, responsabilidade empresarial, todas as terminologias se referem ao mesmo significado, ou seja, trata das responsabilidades das empresas perante a sociedade na qual a organização esta inserida. O processo de globalização, as inovações tecnológicas e de informação, além das desigualdades sociais, impõem as organizações uma nova maneira de realizar seus negócios, obrigando-as a repensar o desenvolvimento nas esferas econômicas, sociais e ambientais. 
Para enfrentar este desafio, governos, empresas e sociedade num esforço conjunto, buscam respostas para um desenvolvimento sustentável que atenda as esferas citadas. Uns grandes números de organizações vêem na prática da responsabilidade social uma nova estratégia para aumentar os lucros e a fidelização dos clientes, que cada vez mais conscientes e em busca por produtos e práticas que minimizem as agressões ao meio ambiente, valorizam a ética e a cidadania. Funcionários, clientes e o meio ambiente, deixando para trás o conceito de que bastava para as empresas produzir produtos seguros, com qualidade e preços baixos. 
 
2.16. CARACTERÍSTICAS DA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA PETROBRÁS E DO PROGRAMA PETROBRAS AMBIENTAL
 A criação da política de responsabilidade social, em 2007, foi um passo decisivo para a Petrobras, pois esse tema tornou-se uma função corporativa em nosso plano estratégico. Consciente do espaço que ocupa na vida nacional, a Petrobras trabalha pela geração de riqueza no sentido mais abrangente e preocupada com as causas sociais e ambientais do país. A atuação da empresa nesta área é realizada com os programas Petrobras fome zero e Petrobrasambiental. Em processos de seleção pública, a empresa escolhe projetos que estejam adequados às linhas de atuação dos programas.
Para a Petrobras, responsabilidade social é a forma de gestão integrada, ética e transparente dos negócios e atividades e das suas relações com todos os públicos de interesse, promovendo os direitos humanos e a cidadania, respeitando a diversidade humana e cultural, não permitindo a discriminação, o trabalho degradante, o trabalho infantil e escravo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e para a redução da desigualdade social.
Projetos sociais submetidos ao processo de seleção devem apresentar propostas que criem impactos positivos na qualidade de vida das comunidades envolvidas. A Petrobras, como agente do desenvolvimento humano sustentável, apóia mais de mil e cem projetos desenvolvidos pela sociedade civil. Muitos têm caráter eminentemente social e outros se dividem entre os campos ambiental, cultural e esportivo.
Com objetivo de preservar os recursos naturais do planeta e diminuir os impactos ambientais, deu-se inicio à busca por fontes de energia com baixo custo ambiental, denominadas fontes alternativas. Seguindo essa tendência, a Petrobras traçou metas para ampliar sua área de atuação e se estabelecer como uma empresa de energia. A companhia vem investindo no segmento de energias renováveis: energia eólica, energia solar, bicombustíveis e biogás, entre outros, contribuindo para diversificar a matriz energética brasileira.
2.17. EMPRESAS DO EXTREMAM SUL DA BAHIA QUE DEMONSTRA ALGUMA PREOCUPAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
	 EMPRESA
	AÇÕES
	
Veraceu Celulose
	 _ A empresa Veraceu promove o plantio de florestas, atividade que gera benefícios sociais, econômicos e preserva o meio ambiente.
_ A Veracel realiza um amplo programa de monitoramento de suas atividades industriais, florestais e portuárias. de pesquisa e
	EMPRESA
	AÇÕES
	Ford
	-Coleta seletiva de todos os resíduos sólidos para reuso e reciclagem.
- Mais de 90% do resíduo interno é reciclado ou reutilizado.
Florestamento
 
- Viveiro da fábrica já produziu 126 mil mudas de 2005 a 2009
 
- Plantio de 103,3 mil mudas 
Utilização de PET
 
- 100% dos carpetes dos veículos produzidos no Brasil utilizam PET reciclado na sua confecção.
- Quantidade de PET utilizado, em média, em um veículo: 5 a 7 kg
- Aplicação: assoalhos, porta-pacotes, forração de teto, caixa de roda e manta acústica.
- Para originar 3 quilos de PET reciclado é necessário, em média, 60 garrafas.
 
CONCLUSÃO
A responsabilidade socioambiental deve sempre ser praticada pela empresa, não apenas para a vinculação de um comercial, com a finalidade de promovê-la, onde o que se gasta com a publicidade é um valor maior do que com o projeto em si. Embora a Responsabilidade Socioambiental das organizações não seja de caráter obrigatório, , muitas organizações vêm tornando-se socialmente responsáveis em suas ações estratégicas.
O desenvolvimento sustentável depende de como serão utilizados os seus recursos econômicos, ambientais e sociais. No contexto social, a Responsabilidade socioambiental das organizações funciona como o veículo em prol do Desenvolvimento Social, Porém, a forma com que as organizações aplicam seus recursos humanos e físicos para a resolução dos problemas ambientais nem sempre são eficientes no que tange o desenvolvimento socioambiental sustentável da região onde ela está inserida, uma vez que a priorização das necessidades ambientais da região não são necessariamente levadas em conta. Por fim, além das questões socioambientais, o estudo enfocou o modo pelo qual programas do Brasil podem incentivar a sustentabilidade ambiental no âmbito local ou regional, a partir de informações sobre perfil dos produtos comercializados e uso de recursos naturais, entre outros pontos. A pesquisa apurou ainda que Responsabilidade Social é tomada como um conceito amplo, no qual a empresa, preservando seus compromissos de negócio, cria métodos, planos e incentivos, para que, interna e externamente, consiga colaborar com as expectativas de equilíbrio e justiça da sociedade, excedendo as funções que estão estabelecidas em lei e os próprios interesses.
 
REFERÊNCIAS
Escola Viva – Programa de pesquisa e apoio escolar: 
O tesouro do estudante – 1. Ed. – São Paulo:
Meca, 1998
http:/www.gestãoambiental.com.br/artigos
http:/www.fides.org.br/artigos
PETROBRÁS, Responsabilidade Social e Ambiental, www.petrobras.com.br, abril de 2007.
SÁ, Antônio Lopes de. Recursos naturais e empresa, www.apotec.pt, outubro de 1999.
SUCUPIRA, João. A responsabilidade social empresas, www.balançosocial.org.br, agosto de 2001.
Jacobi, Pedro (coord.). Pesquisa sobre problemas ambientais e qualidade de vida na cidade de São Paulo. São Paulo: Cedec/SEI, 1994.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Código Florestal do Brasil
LAYRARGUES, Philippe. A cortina de Fumaça: o discurso empresarial verde e a ideologia da racionalidade econômica. São Paulo: Annablume, 1998.
VELOSO, Letícia H. M. Ética, valores e cultura: especificidades do conceito de responsabilidade social corporativa. In: ASHLEY, Patrícia A. (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Estudante nota 10/ [ EQUIPE DCL] – São Paulo: DCL,2010.
 
MARIA RAMOS DOS SANTOS CONCEIÇÃO
FUNDAMENTOS EM ADMINISTRAÇÃO I
Eunápolis
2011
MARIA RAMOS DOS SANTOS CONCEIÇÃO
FUNDAMENTOS EM ADMINISTRAÇÃO I
Trabalho apresentado às disciplinas: Teorias da Administração I, Comunicação e Linguagem, Sociologia e Filosofia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Prof. Adriana Rampazo, Marcelo Silveira, Wilson Sanches e Márcia Bastos 
Eunápolis
2011
Sistema de Ensino Presencial Conectado
	BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO