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Unidade II CONSULTORIA EM TRABALHO SOCIAL Profa. Silmara Quintana A história da consultoria Jacintho (2004, p. 25) – latim “consultare” – dar ou receber conselhos ou ser aconselhado. Observação de fenômenos – orientação para enfrentá-los. Avanços na sistematização do trabalho de consultoria. Conselhos Tradição xamãnica - sacerdotes Oráculo de Delfos - Grécia Antiga 1940 e 1950 nos Estados Unidos e na Europa Ocidental Experiência de um homem em prol de um objetivo humano Tipos de consultoria Consultoria interna: “[...] descentralizar o gerenciamento de pessoas, conferir um aspecto mais estratégico à gestão e, assim, facilitar o alinhamento entre as pessoas e as estratégias da organização” (SILVA, 2013, p. 171). Vinculado à empresa – imersa nas questões institucionais. Tipos de consultoria Consultoria externa: profissional autônomo ou integrante de uma empresa de consultoria, trabalhando normalmente em equipe com consultores de outras especialidades. Tipos de consultoria Croco e Guttmann (2005), por outro lado, dize-nos que podemos dividir a consultoria de quatro formas, de acordo com os seguintes conceitos: serviço ou produto; estrutura; abrangência; forma de relacionamento adotada. Tipos de consultoria O consultor associado é aquele que, formal ou informalmente, está incluído em uma “rede”, em que cada um é especialista em uma determinada área e se complementam, gerando resultados mais eficazes, em menor tempo e mais completos. A troca de experiência e conhecimentos entre os consultores é uma das vantagens que resultam em maiores ganhos para os profissionais envolvidos. Tipos de consultoria O consultor autônomo perde esse ganho por trabalhar sozinho, embora possua conhecimentos sobre várias áreas. Normalmente, também ministra palestras como forma de aumentar suas possibilidades de contratação. O consultor virtual que, de forma remota, faz os diagnósticos e propõe ações voltadas às necessidades informadas pelo cliente. Esse tipo de consultor tem crescido consideravelmente em tempos de imenso desenvolvimento tecnológico. Características do consultor desejo de mudança – melhora da qualidade do serviço/ produto; gerador de mudança, implementador de mudança e adotador de mudança; capacidade de conquistar a equipe; competência; observador – diagnóstico/ planeja/ ação/ avalia; habilidade de solucionar problemas internos (cliente, equipe) e externos (mercado, realidade, clientes). Características do consultor Consultor de recursos: Vender um conhecimento, uma informação ou a solução para um problema. Consultor de procedimentos: Facilitador das mudanças necessárias. O mesmo consultor pode ter amplitude para as características, a partir do diagnóstico. Características do consultor Dentre as habilidades, o consultor necessita: Atributos herdados: inteligência, criatividade e energia. Características de personalidade: estabilidade emocional, orientação para solução de problemas e sabedoria. Atributos que podem ser desenvolvidos: habilidades de comunicação, conhecimento específico, objetividade, versatilidade, profissionalismo (AGUIAR, 1994, p.23-24). Características do consultor Empatia, eficiência, comunicação eficaz e saber ouvir a perspectiva do outro, como necessários ao consultor. Assessoria: conceituação Conceituar assessoria como sendo prestada por um órgão ou conjunto de pessoas que assessoram um chefe ou uma instituição especializada na coleta de dados técnicos, estatísticos ou científicos sobre uma matéria. Essa assessoria, no entanto, sempre busca identificar aspectos a serem objeto de intervenção posterior. Assessoria: conceituação Formaliza um contrato de prestação de serviços com o detalhamento do trabalho, que inclui a forma de execução, prazo, preço etc. Efetua uma avaliação preliminar coletando informações e as analisa. Identifica as soluções que podem ser implementadas e apresenta à diretoria. Realiza reuniões para apreciação dos métodos e das técnicas que serão utilizadas. Executa o planejamento de como o trabalho será realizado e qual o prazo para cada etapa do processo. Assessoria: conceituação Coloca em prática as modificações sob orientação e acompanhamento do assessor. Efetua a avaliação e a análise dos resultados atingidos com a implantação das modificações. Há um prazo determinado, necessário para o objetivo proposto. Interatividade Por que o assistente social pode ser contratado como assessor e/ou consultor nos 1º, 2º e 3º setores? a) Pela sua capacidade de leitura da realidade social. b) Por suas competências, suas habilidades e suas atitudes. c) Por seu potencial de liderança, e de cuidados das relações e das inter-relações. d) Pelos seus conhecimentos teóricos-metodológicos, culturais, ideológicos, éticos e políticos. e) Todas as alternativas estão corretas. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Na área do desenvolvimento da sustentabilidade pública, o Serviço Social vem subsidiando os órgãos públicos na formulação de políticas sociais e na gestão de pessoas. O mesmo acontece nas corporações, ao subsidiar as formulações de política de gestão das pessoas, demonstram a ambos os setores os impactos e os indicadores de resultados de produtividade, qualidade, imagem corporativa e lucratividade, auxiliando nas decisões estratégicas proativa e preventivamente. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Profissional de habilidades que sabe identificar condicionantes internos e externos e como gestor que sabe diagnosticar e enfrentar situações sociais de risco. Ele também sabe analisar ações integradas em redes apoiadas na transdisciplinaridade que significa transpassar e transitar pelas fronteiras disciplinares, isto é, colocar em conexão os conhecimentos já produzidos e, por meio da articulação e da qualidade dialógica, produzir novos conhecimentos. Fonte: https://www.ifpb.edu.br/sousa/assis tencia-estudantil/servico- social/imagens/logo-servico- social.png/image_view_fullscreen A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Nas últimas décadas, temos nos deparado com o “despertar” de organizações para a cidadania empresarial, de acordo com a gestão social. Refiro-me às empresas privadas e às ONGs, que vêm desempenhando responsabilidade social – sem segundas intenções e de forma séria e coerente –, tendo em sua equipe técnica o profissional de Serviço Social, pois se trata de uma categoria profissional socialmente responsável, tanto em sua atuação com o público interno como também com o público externo de interesse das organizações. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social O assistente social que atue como consultor no terceiro setor precisa se profissionalizar em gestão e em voluntariado. Desde a década de 1990, a consultoria e a assessoria vêm sendo abordadas e praticadas por assistentes sociais na utilização estratégica de melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a profissão. Assim, o profissional de Serviço Social se coloca no papel de executor, de gestor e elaborador de políticas sociais. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Importante rever conceitos: Consultoria – consultar: A empresa/cliente já passou, ainda que precariamente, pela elaboração de um projetode prática, objetivando o encaminhamento do mesmo. Assessoria – assessorar: Com o objetivo de possibilitar a articulação e a preparação de uma equipe para a construção do seu projeto de prática por meio de um expert que venha auxiliá-la teórica e tecnicamente. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Assessoria e consultoria em Serviço Social, segundo Matos (2010, p. 31), constitui-se em “ação desenvolvida por profissionais com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade”. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social O assistente social deve refletir e se aprimorar constantemente sobre as particularidades que envolvem o fazer profissional, levando em conta os condicionantes internos e externos, pois dizem respeito ao contexto social no qual o assistente social está inserido. O profissional deve compreender que o exercício da profissão como trabalho exige mudanças de concepções, devido às transformações constantes que ocorrem no cenário contemporâneo e ele precisa acompanhá-las. A consultoria como espaço qualificado de reflexão e intervenção do Serviço Social Ao desempenhar assessoria e consultoria, o assistente social intervém nas múltiplas questões sociais em sua totalidade, carregada de contradições que demandam sua ação profissional. Por isso essa atividade requer que o profissional de Serviço Social apresente habilidades e estratégias focadas na garantia de direitos. Fonte: http://www.debrasilia.com.br/noticias.php?id_noticia=16400 Interatividade A atuação em assessoria e consultoria vem sendo ampliada em seu espaço de trabalho e ação profissional. Quais as ações que se relacionam à consultoria e à assessoria? a) Implantação e orientação de conselho, capacitação de conselheiros, elaboração de planos; acompanhamento, monitoramento e avaliação de projetos e programas sociais, nas três esferas de governo e nos três setores. b) Atendimento institucional. c) Elaboração de diagnóstico institucional. d) Avaliação das condicionalidades internas e externas da instituição. e) Gestão institucional. Exigências de qualificação profissional para o consultor/assessor Domínio para realização de diagnósticos socioeconômicos dos espaços governamentais e não governamentais. Leitura e análise de orçamentos públicos governamentais e não governamentais. Identificação de recursos disponíveis para tencionar suas ações profissionais. Domínio nos processos de planejamento organizacional e, principalmente, estratégico. Exigências de qualificação profissional para o consultor/assessor Competência no gerenciamento de monitoramento e avaliação de programas e projetos sociais. Capacidade de negociação. Exigências de qualificação profissional para o consultor/assessor Apoiando-se, ainda, em Vasconcelos (1998), a assessoria e a consultoria estão direcionadas em trazer a totalização da metodologia da prática profissional, com a intenção de apontar, resgatar e trabalhar as lacunas, os limites e os recursos e as possibilidades da equipe, socializando conteúdos, instrumentos de investigação e análise. Isso para que mais adiante se produzam estudos e análises que fazem parte do papel profissional do assessor/consultor, para abranger respostas concretas e imediatas de que necessita, respondendo às demandas que a realidade impõe à sua ação. Fatores que determinam a assessoria/consultoria Conforme nos expõe Fonseca (2005, p. 14): Primeiro fator: aspectos da estrutura de organização do trabalho, em que as equipes não conseguem ter tempo, ou condições de fugir da rotina de trabalho para adquirirem determinada competência, que poderia exigir às vezes um ano de capacitação, formação ou treinamento. A assessoria cumpriria esse papel de uma forma mais rápida e mais urgente. Segundo fator: quando as dinâmicas institucionais não favorecem o avanço de determinadas questões, que precisa de um agente externo que auxilie nesse processo de conseguir um conhecimento, um olhar diferente sobre a realidade. Fatores que determinam a assessoria/consultoria Conforme nos expõe Fonseca (2005, p. 14): Terceiro fator: um aspecto de ordem social, que é a exclusão de certos segmentos daquela tecnologia ou daquele conhecimento, que só pode ser acessado com a ajuda da assessoria. Possibilidades da atuação em consultoria e assessoria Atividades são consideradas de forma indireta nas prestações de serviços a órgãos governamentais, não governamentais e empresas privadas. Não têm vínculo empregatício. Universidades, conselhos tutelares, conselhos municipais (de descentralização e fiscalização), empresas, ONGs, órgãos públicos, entre outros. Lei de Regulamentação da Profissão, Lei no 8.662/1993 “Art. 4o Constituem competência do assistente social: VIII – prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX – prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade.” Lei de Regulamentação da Profissão, Lei no 8.662/1993 “Art. 5o Constituem atribuições privativas do assistente social: III – assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de serviço social.” Caminho possível – teoria e prática Na perspectiva de Vasconcelos (1998), a assessoria/ consultoria seria um desdobramento de uma relação mais próxima entre a academia e o meio profissional, por meio da disciplina “estágio supervisionado”, pois é no trabalho de supervisão que os docentes envolvidos tomam contato com a realidade institucional e, a partir daí, podem pensá-la e problematizá-la. E também nesse processo é possível ao assistente social tomar contato (e interagir) com o debate posto na academia. Interatividade Os espaços de atuação de assessoria e consultoria existentes para os assistentes sociais no primeiro setor, no segundo setor e no terceiro setor, são exclusivos? a) Sim, somente ao profissional de Serviço Social compete esse modelo de intervenção. b) Não, demais profissionais liberais também atuam como consultores e assessores. c) Somente para assistentes sociais não contratados por CLT. d) Somente cargo para consultores internos. e) Espaços de processos de trabalhos coletivos interprofissional e interdisciplinar, contudo, isso não implica na perda da autonomia ética e técnica que o assistente social possui. Espaço de assessoria/consultoria Assessoria prestada por assistentes sociais aos diferentes sujeitos envolvidos nessa área, como aos gestores públicos, privados e filantrópicos; aos conselhos tutelares, conselhos de direitos e de políticas; aos profissionais que atuam nos setores públicos e privados; aos movimentos sociais, entre outros. Espaço de assessoria/consultoria A outra frente de assessoria das competências profissionais é a assessoria à organização política dos usuários. Essa rica frente pode ser desenvolvida no bojo das atividades que os profissionais de Serviço Social desenvolvem nos seus locais de trabalho. Ela tem potencial, mas é pouco explorada pelos assistentes sociais. Usuários Fortalecidos Empoderados de seus direitos Assistente social Espaço de assessoria/consultoria O momento atual exige um profissional que apresente propostas e não apenas tenha o papel de executor, que seja capaz de desenvolver projetos de trabalho, negociá-los com empregadores e seja apto a defender seus espaços ocupacionais em um mercado cada vez mais competitivo, conforme destaca Iamamoto (2001). Espaço de assessoria/consultoria Nas universidades: articulação teoria/prática, atividades de pesquisa, ensino e extensão. Formação continuada. Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Serviço Social: Prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, e à garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade (CRESS, 2001, p. 333). Espaço de assessoria/consultoria Elaboração de planos municipais por política e por segmentos: Ex.: Plano Municipal de Medidas Socioeducativas. Ex.: Plano Decenal de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Contratado assessor/consultor para fomentar e estruturar as discussões e a organização das contribuições dos grupos de trabalhos. Espaço de assessoria/consultoria Entremos em outro espaço de atuação de assessoria/ consultoria, sendo esse o dos movimentos sociais: em seus processos, na sua estruturação interna, nas suas estratégias e nos resultados. Os movimentos sociais, principalmente os movimentos populares, enfrentam dificuldades de mobilização frente aos desafios das mudanças econômicas e políticas que culminam, principalmente, no desemprego, mas não têm deixado de reagir e de se rearticular, seguindo o que nos coloca Fonseca (2005, p. 18). Espaço de assessoria/consultoria Empresas privadas: Precisam ter uma leitura crítica da lógica capitalista e dos parâmetros institucionais a serem enfrentados estrategicamente pelo assistente social, a fim de que não se reproduza a condição excludente e antagônica do mercado. Sabemos que os serviços sociais criam condições favoráveis à reprodução da força de trabalho e a profissão situa-se no processo de reprodução das relações sociais; portanto consideramos o espaço empresarial como um dos espaços institucionais mais complexos de intervenção profissional devido à manifestação patente da exploração e da manutenção da força de trabalho. Por isso o profissional que dispõe do poder atribuído institucionalmente deve apropriar-se de um rigoroso trato teórico-metodológico que propicie uma análise e compreensão dos problemas e desafios com os quais se defronta (FONSECA, 2005, p. 20-21). Espaço de assessoria/consultoria Organizações não governamentais: Estudo social sobre o público-alvo, conhecimento de políticas sociais da assistência social, saúde e educação e de questões administrativo-financeiras, o que explica a cobrança crescente de profissionais para gestar e coordenar esses espaços. Além dessas exigências, espera-se que os profissionais saibam atuar em equipe multidisciplinar, analisar orçamentos públicos, identificar alvos e metas, captar recursos, realizar prestação de contas, elaborar, planejar, executar, monitorar e avaliar ações e projetos, além de ter visão crítica da realidade. Estratégias para atuação do assistente social na área de assessoria/consultoria Fonte: www.figueiracosta.com.br Início Diagnóstico PlanejamentoImplementação Monitoramento Término Aspectos internos Aspectos externos Equipe profissional, todos os níveis Usuários, beneficiários, clientes Responsabilidade social Crescente complexidade que vem permeando as práticas comerciais e industriais, o que tem obrigado as empresas a adotarem gradualmente parâmetros para identificar e atender aos interesses dos stakeholders (principais grupos envolvidos, sejam eles fornecedores, clientes, colaboradores e/ou acionistas) (BRANCHINI, 2003, p. 32). Responsabilidade social A responsabilidade social vem se fortalecendo por meio de movimentos de grupos e instituições que objetivam transformar o interesse empresarial em investimento social privado. De 1980 a 1990, entramos em crise pela emergência de expressões multifacetadas da questão social (esgotamento do modelo econômico, dívida externa, tributação e endividamento interno, inchaço da máquina estatal, reivindicação da classe trabalhadora e excluída socialmente). Responsabilidade social A partir de 1997, o sociólogo Betinho lançou o modelo de balanço social e, em parceria com a empresa de mídia Gazeta Mercantil, criou o “selo do balanço social”, com a “Campanha nacional de ação da cidadania contra a fome e a miséria e pela vida”, apoiada pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE). Responsabilidade social Depois desse evento começaram a surgir outros selos e institutos, como o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, em 1998, fundamentado na ética, na cidadania, na transparência e na qualidade das relações da empresa com seus stakeholders. Esse instituto foi criado com o objetivo de promover a responsabilidade social de forma agregada, de diversas empresas privadas. Responsabilidade social A responsabilidade social, no limiar desta década, passa a ser utilizada frequentemente por empresas “cidadãs” e “socialmente responsáveis”, decorrente do significativo crescimento do marketing social no Brasil. Uma empresa “socialmente responsável”, isto é, que desenvolve atividade de responsabilidade social, é uma empresa que realiza ações para uma comunidade na área da assistência social, na área da educação, na área da saúde, como também na área do meio ambiente. Responsabilidade social Com o aparecimento da responsabilidade social, do balanço social e com a Norma de Gerenciamento Social (SA 8000), o profissional de Serviço Social fica frente ao desafio de se instalar nesse novo processo de criação e elaboração coerente de estratégias e é qualificado para gerenciar as propostas e as metodologias, para que responda positivamente às exigências desse novo espaço de atuação. Responsabilidade social E três são os princípios que condicionam a política de ação social do primeiro setor: Integração. Descentralização. Interação. Responsabilidade social Segundo setor: organizações privadas. Com a responsabilidade social, a empresa deixou de enxergar somente seu ambiente organizacional interno e passou a perceber o ambiente externo, desenvolvendo uma visão metódica, na qual a organização é um sistema fincado dentro de um sistema maior, atribuindo a responsabilidade às transformações econômicas, políticas, culturais e sociais, inclusive. Responsabilidade social Política de doações: sistêmica ou não, mantém a organização distante do objetivo filantrópico atendido. Financiamento de projetos: disponibilização de recursos para a implementação de projetos extraempresa, mantém um distanciamento relativo. Investimento: aplicação de recursos em projetos próprios que retratam alto grau de envolvimento com o objetivo filantrópico. Responsabilidade social Terceiro setor: ONGs e OCIPs. Contribuindo para que a visão de filantropia e benesse caia por terra e venha dar lugar à nova concepção de esfera pública social, firmando possibilidades de parcerias entre o primeiro setor e a sociedade civil, apoiados na publicização e na eficiência das ações sociais. Balanço social Segundo Froes e Neto (1999), o balanço social é uma prestação de contas que pode ser oferecida a uma comunidade. Algumas empresas utilizam essa modalidadede prestação de contas para divulgarem os recursos destinados à área social e também à área ambiental. De acordo com os autores, a empresa não é obrigada a fazer essas divulgações. Balanço social Nos últimos dez anos podem ser considerados o período de consolidação da mudança de mentalidade de uma parcela expressiva do empresariado nacional, em que a visão de um capitalismo de cunho mais social, que busca maior negociação com amplas parcelas dos trabalhadores, está cada vez mais atenta aos problemas ambientais e sociais (TORRES, 2001, p. 21). Capitalismo humanizado. ISO O surgimento de empresas cidadãs, isto é, essas empresas buscam certificados sociais, além de buscarem certificados de ISO 9000 e ISO 14000 (que garantem controles de qualidade e qualidade ambiental dentro de parâmetros éticos, respectivamente). Esses certificados sociais também instituem uma avaliação e o compromisso das empresas, que atuam como responsáveis socialmente, de um padrão ético. Essas normas são denominadas de SA 8000: normas de gerenciamento social. ISO International Organization for Standardization / Organização Internacional para Normalização. Qualidade técnica, procedimentos, processos, origem e finalidade. Declaração Universal dos Direitos do Homem. Convenção dos Direitos da Criança. Interatividade Qual das alternativas apresenta três características da responsabilidade social? a) Ser responsável social cotidianamente. b) Concluir que o mercado é apolítico e que isso significa falta de humanização social. c) Perceber o atual padrão mundial de acumulação de capital, fundamentado na tecnologia e na exploração do desemprego. d) Compreender a importância de pesquisa e investimento em novas tecnologias que tornem o desenvolvimento ambiental mais sustentável, valorização dos seus funcionários e da comunidade com o intuito de sentirem-se compromissados com este processo de desenvolvimento, sustentável e a preocupação com o consumo responsável e consciente. e) Sentir-se compromissado com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população. ATÉ A PRÓXIMA!