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CURSO: Ciências Biológicas
	SEMESTRE: 1/2017
	DISCIPLINA: Fisiologia Vegetal 
	PERÍODO: 7° 
	PROFESSOR: Jaquelina Alves Nunes
	DATA: 17/04/2017
	Alunos 
	
Giberelinas
Em 1926 o cientista japones Eiichi Kurosawa estudava uma doença do arroz (Oryza sativa) denominada doença das “plantinhas bobas” onde as plantas de arroz cresciam rapidamente, mas sem produzir sementes. Essas plantas eram altas com tonalidade pálida e adoentada, com propensão a cair. Em seus estudos Kurosawa descobriu que esse crescimento irregular das plantas era provocado por uma toxina produzida pelo fungo Gibberella fujikuroi. Kurosawa deu a essa toxina o nome de Giberelinas.
São classificadas com base na estrutura, bem como a função. À medida que as giberelinas de fungos e de plantas foram sendo caracterizadas, foram numeradas como giberelina GAx, sendo o “X” o número da ordem de descoberta (a primeira encontrada recebeu o nome de GA1, a segunda de GA2, e assim por diante). Somente as GAs de ocorrência natural e aquelas cujas estruturas químicas foram determinadas são identificadas como Ax (A seguido de uma numeração). Atualmente, cerca de 136 giberelinas são conhecidas, as quais têm estrutura baseada no esqueleto ent-giberelano, que contém 20 átomos de carbono ou um esqueleto 20-não-ent-giberelano contendo 19 átomos de carbono pois, perderam metabolicamente o carbono 20. 
É importante lembrar que as giberelinas estão envolvidas em muitas funções normais da planta. No caso da doença do arroz, os sintomas foram causados por uma alta concentração anormal, de giberelina no tecido vegetal. 
Embora as GAs tenham sido descobertas como a causa de uma doença que estimulava o alongamento de plantas de arroz, seus efeitos fisiológicos podem influenciar diferentes processos de desenvolvimento de outros vegetais. A agricultura utiliza as GAs há décadas, para manipular não só o tamanho como também para promover a germinação de sementes em estado de dormência, e influenciam o crescimento caulinar; desenvolvimento e maturação de frutos; mudança de fase, indução floral e a determinação do sexo.
Comercialmente o uso das GAs está relacionado ao crescimento de frutíferas, a maltagem da cevada para a indústria da cerveja e ao aumento da produção de açúcar em cana-de-açúcar. Outro uso comercial são os inibidores da biossíntese de GA’s, que são úteis para evitar o alongamento em algumas plantas. Para alguns vegetais a altura pode ser uma desvantagem como, por exemplo, para alguns cereais cultivados em clima frio, onde o acamamento (curvatura dos caules em direção ao solo) dificulta a colheita dos grãos por maquinás. Sendo assim, um tamaho reduzido empediria o acamamento, facilitando à colheita e aumantando a produtividade da cultura.

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