Prévia do material em texto
Processos de obtenção da carne suína Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida Curso de Zootecnia Disciplina: Tecnologia de produtos de origem animal – T.P.O.A Prof. Dr. Douglas Melo Alunos: Athylson Soares, Laís Andréia, Nei Mustafé e Renata Santos Introdução A proteína animal mais consumida no mundo é a carne suína; Nos últimos anos a produção de carne suína no Brasil teve uma expansão significativa; Conforme dados do IBGE, houve um crescimento médio anual em torno de 7%; Este crescimento é apoiado principalmente na melhoria dos sistemas produtivos e tecnologia envolvida na produção; Bem como as melhorias nos padrões de manejo pré-abate e no abate dos animais. 2 Manejo pré-abate Consiste numa série de operações sequenciais: Planejamento do embarque dos animais; Organização da equipe de embarque; Tempo de jejum na granja; Condução dos animais das baias até o interior do caminhão; Transporte; Desembarque no frigorífico; Condução até o restrainer; Insensibilização. 3 Prejuízos decorrentes do manejo pré-abate inadequado Prejuízos ao criador, ao comprador ou ao frigorífico; Perdas Anuais: Canadá: 1.500 t. de carne Austrália: AUD$ 20 milhões Estados unidos: US$ 69,5 milhões WHAN (2000). 4 Principais fatores que interferem na qualidade da carne Duração do jejum; Temperatura ambiente; Condução dos animais; Velocidade do transporte; Densidade no transporte. 5 Jejum alimentar Vantagens: Contribui positivamente para o bem-estar dos suínos no embarque, transporte e desembarque; Maior facilidade de manejo; Melhora o controle relativo à inocuidade; 6 Proporciona maior velocidade e facilidade no processo de evisceração; Reduz o custo de produção, em função da diminuição do consumo de ração nas horas que antecedem o embarque; Reduz o risco de escorregões e quedas. 7 Jejum prolongado Depleção do glicogênio muscular Pouca produção de ácido láctico Pequena queda do pH muscular post-mortem Carne DFD 8 DARK - FIRM - DRY (DFD) Cor: escura (Dark); Textura: firme (Firm); Capacidade de retenção de água: grande (Dry); pH: queda normal porém pH final acima de 6,0; Curta vida de prateleira, baixa absorção dos sais de cura e perigo de fermentação em produtos crus. 9 Tempo curto de jejum Alto glicogênio muscular Alta produção de ácido láctico Queda rápida do pH muscular nas primeiras horas após o abate Carne PSE 10 PALE - SOFT - EXUDATIVE Animal estressado momentos antes do abate; Cor: clara (Pale); Textura: mole (Soft); Capacidade de retenção de água: baixa (Exudative); pH: queda rápida do pH após a morte; Menor rendimento tecnológico, aumento da absorção do sal de cura. 11 12 Embarque dos suínos Fatores Estressantes: Cuidados no Embarque: Interação com o homem; Excesso de barulho; Mudanças ambientais; Dificuldades dos animais se deslocarem sobre as rampas. Transportar os animais através de corredores; Utilizar chocalhos de garrafa PET ou prancha; Não utilizar o choque, principalmente em lugares sensíveis; Caminho sempre iluminado. 13 Espera no frigorifico Ideal: repouso de 2 a 3 horas Recuperar do estresse do transporte e do desembarque; Retornar aos níveis fisiológicos normais; Período longo: incidência de DFD; Período curto: incidência de PSE. 14 Condução e lavagem Divididos em lotes; Durante o percurso são lavados com jatos de água clorada; O banho de aspersão durante a condução dura em média 3 minutos. 15 Insensibilização Consiste na instantânea e completa inconsciência do animal antes do abate; Geralmente é feita por choque elétrico (alta voltagem e baixa amperagem) atrás das orelhas do animal (fossas temporais) Pode ser realizado por marreta, pistola pneumática ou gás carbônico; O choque é efetuado por 6 a 10 segundos; 16 Sobre a insensibilização A corrente elétrica promove epilepsia impedindo a atividade metabólica cerebral; Reações do animal: Logo após aplicação da corrente ocorre contração violenta em todos os músculos voluntários e a respiração é suspensa; Após 10 segundos os músculos relaxam; Após mais de 45-60 segundos o animal começa a movimentar as pernas e a respiração reinicia. 17 Refrigeração Corte da Carcaça Evisceração Oclusão do reto Depilação e Toalete Sangria Escaldagem Etapas do Abate 18 Sangria Consiste na secção dos grandes vasos do pescoço; Intervalo entre insensibilização e sangria < 30 segundos; O corte deve ser de 5 cm. 19 Escaldagem Consiste na imersão da carcaça em banho de água a 65°C por 2 a 5 minutos; Objetivo: Facilitar a remoção de pelos, dos cascos; Retira parte da sujidade do couro. 20 Depilação É realizada mecanicamente; É realizado toalete (manualmente) onde a maquina não faz, que é nas axilas e cabeça. 21 Oclusão do reto É obrigatório por evitar a contaminação fecal; Faz-se uma incisão perianal, liberando esta extremidade do tudo digestivo e realiza uma ligadura. 22 Evisceração Consiste na abertura neutral da carcaça que vai desde o pescoço a região inguinal para retirada das vísceras; Deve-se separar as vísceras brancas (intestino, estômago, baço e pâncreas das vísceras vermelhas (língua, coração, pulmões e fígado); Após a evisceração é realizada a lavagem da carcaça com jato de água clorada (5ppm). 23 Corte da carcaça Consiste na divisão da carcaça em duas meias carcaças. 24 Refrigeração As meias carcaças devem ser acondicionadas na câmara de resfriamento; Onde devem permanecer em repouso de 12 a 24 horas, até atingirem a temperatura de 1°C no interior das massas musculares. 25 Conclusão Para garantir a satisfação do consumidor, é necessário que os criadores e os frigorífico utilizem técnicas adequadas de manejo pré-abate desde o transporte nas granjas até os frigoríficos, insensibilização e resfriamento das carcaças, buscando a qualidade final da carne. 26 Obrigada!!