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Juizados Especiais Federais Cíveis

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27/01/2015
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JUIZADO ESPECIAIS FEDERAIS 
CÍVEIS
Professor Eduardo Aidê
Email: eaide@predialnet.com.br
27/01/2015
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CRFB, Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos
Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou
togados e leigos, competentes para a conciliação, o
julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial
ofensivo, mediante os procedimentos oral e
sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em
lei, a transação e o julgamento de recursos por
turmas de juízes de primeiro grau;
Lei 9.099/95, Art. 2º O processo orientar-se-á
pelos critérios da oralidade, simplicidade,
informalidade, economia processual e
celeridade, buscando, sempre que possível, a
conciliação ou a transação.
PRINCÍPIOS
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COMPETÊNCIA
Art. 3º, § 3º, da Lei 10.259/01: § 3o No foro onde estiver
instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é
absoluta.
Art. 2º, § 4º, da Lei 12.153/09: No foro onde estiver instalado
Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é
absoluta.
Art. 3º, § 3º, da Lei 9.099/95: A opção pelo procedimento
previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente
ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de
conciliação.
COMPETÊNCIA
Lei 10.259, Art. 3º, caput: Compete ao Juizado Especial
Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de
competência da Justiça Federal até o valor de 60 salários
mínimos, bem como executar as suas sentenças.
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas,
para fins de competência do Juizado Especial, a soma de doze
parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput.
Lei 12.153/09, art. 2º, § 2º: Quando a pretensão versar sobre
obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado
Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de
eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor
referido no caput deste artigo.
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CPC, Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição 
inicial e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da 
pena e dos juros vencidos até a propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente 
à soma dos valores de todos eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido 
principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, 
cumprimento, modificação ou rescisão de negócio jurídico, o 
valor do contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações 
mensais, pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a 
estimativa oficial para lançamento do imposto.
CPC, Art. 260. Quando se pedirem prestações
vencidas e vincendas, tomar-se-á em consideração
o valor de umas e outras. O valor das prestações
vincendas será igual a uma prestação anual, se a
obrigação for por tempo indeterminado, ou por
tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo
inferior, será igual à soma das prestações.
Enunciado no. 20 do FONAJEF: Não se admite, com
base nos princípios da economia processual e do
juiz natural, o desdobramento de ações para
cobrança de parcelas vencidas e vincendas.
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VALOR DA CAUSA
FONAJEF, Enunciado nº 17: Não cabe renúncia
sobre parcelas vincendas para fins de fixação de
competência nos Juizados Especiais Federais.
TNU / Enunciado 17: Não há renúncia tácita no
Juizado Especial Federal, para fins de competência
FONAJEF, Enunciado nº 18: No caso de litisconsorte
ativo, o valor da causa, para fins de fixação de
competência deve ser calculado por autor.
Lei 10.259, Art. 3º, § 1º :
I - referidas no art. 109, inc. II III e XI, da Constituição
Federal , as ações de mandado de segurança, de
desapropriação, de divisão e demarcação, populares,
execuções fiscais e por improbidade administrativa e
as demandas sobre direitos ou interesses difusos,
coletivos ou individuais homogêneos;
Não é da competência do JEF
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Art. 109 da CRFB: 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou 
organismo internacional e Município ou pessoa 
domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato 
da União com Estado estrangeiro ou organismo 
internacional;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
FONAJEF, Enunciado 9: Além das exceções constantes do § 1o
do artigo 3o da Lei n. 10.259, não se incluem na competência
dos Juizados Especiais Federais, os procedimentos especiais
previstos no Código de Processo Civil, salvo quando possível a
adequação ao rito da Lei n. 10.259/2001.
FONAJEF, Enunciado 89: Não cabe processo cautelar
autônomo, preventivo ou incidental, no âmbito dos Juizados
Especiais Federais.
FONAJEF, Enunciado 22 : A exclusão da competência dos
Juizados Especiais Federais quanto às demandas sobre direitos
ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos
somente se aplica quanto a ações coletivas.
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Não é da competência do JEF
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e
fundações públicas federais;
III - para a anulação ou cancelamento de ato
administrativo federal, salvo o de natureza
previdenciária e o de lançamento fiscal;
IV - que tenham como objeto a impugnação da
pena de demissão imposta a servidores públicos
civis ou de sanções disciplinares aplicadas a
militares.
PERÍCIA
FONAJEF, Enunciado no 91: Os Juizados Especiais
Federais são incompetentes para julgar causas que
demandem perícias complexas ou onerosas que não se
enquadrem no conceito de exame técnico (art. 12 da lei
n. 10.259/2001).
Lei 10.259/2001, Art. 12. Para efetuar o exame técnico
necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o Juiz
nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até
cinco dias antes da audiência, independentemente de
intimação das partes.
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RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS PERICIAIS. JUSTIÇA GRATUITA.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO PELA SUA REALIZAÇÃO.
1. O fato de o beneficiário da justiça gratuita não ostentar,
momentaneamente, capacidade econômica de arcar com o
adiantamento das despesas da perícia por ele requerida não autoriza,
por si só, a inversão do ônus de seu pagamento.
2. O Estado não está obrigado a adiantar as despesas com a realização
da prova pericial.
3. Não concordando o perito nomeado em aguardar o final do
processo, para o recebimento dos honorários, deve o Juízo a quo
nomear outro perito, a ser designado entre técnicos de
estabelecimento oficial especializado ou repartição administrativa da
entidade pública responsável pelo custeio da prova pericial.
Precedentes.4. Recurso especial provido em parte.
(REsp 1355519/ES, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado 
em 02/05/2013, DJe 10/05/2013)
Predomina nesta Corte Superior o entendimento
de que, em ação de cobrança de honorários
periciais, o fato de a parte sucumbente na ação
em que realizada a perícia estar assistida pela
Justiça Gratuita acarreta a responsabilidade do
Estado pelas despesas relativas aos honorários
do profissional. (REsp 1328323/MG, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 02/08/2012, DJe
09/08/2012)
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Resolução 127/2011 do CNJ, Art. 6º O valor dos
honorários periciais, de tradutor ou intérprete,
a serem pagos pelo Poder Judiciário em relação
a pleito de beneficiário de gratuidade de Justiça,
será limitado a R$ 1.000,00 (um mil reais),
independentemente do valor fixado pelo juiz,
que considerará a complexidade da matéria, os
graus de zelo profissional e especialização do
perito, o lugar e o tempo exigidos para a
prestação do serviço e as peculiaridades
regionais.
Resolução 558 do CJF, Art. 3º O pagamento dos
honorários periciais, nos casos de que trata esta
Resolução [assistênciajudiciária gratuita], só́
será́ efetuado após o término do prazo para que
as partes se manifestem sobre o laudo ou,
havendo solicitação de esclarecimentos, depois
de serem prestados.
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CONFLITO DE COMPETÊNCIA
INFO 427: A Corte Especial cancelou o Enunciado n.
348 de sua Súmula em razão da decisão do STF no RE
590.409-RS, DJe 29/10/2009. O STF entendeu que
compete ao TRF processar e julgar o conflito de
competência instaurado entre JEF e juízo federal da
mesma seção judiciária. Nova Súm. n. 428-STJ. CC
107.635-PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/3/2010.
O STJ considerou-se o fato de competir ao STF a palavra
final sobre competência, matéria tipicamente
constitucional.
I. A questão central do presente recurso extraordinário
consiste em saber a que órgão jurisdicional cabe dirimir
conflitos de competência entre um Juizado Especial e um Juízo
de primeiro grau, se ao respectivo Tribunal Regional Federal
ou ao Superior Tribunal de Justiça. II - A competência STJ para
julgar conflitos dessa natureza circunscreve-se àqueles em
que estão envolvidos tribunais distintos ou juízes vinculados a
tribunais diversos (art. 105, I, d, da CF). III - Os juízes de
primeira instância, tal como aqueles que integram os
Juizados Especiais estão vinculados ao respectivo Tribunal
Regional Federal, ao qual cabe dirimir os conflitos de
competência que surjam entre eles. IV - Recurso
extraordinário conhecido e provido.(RE 590409,
Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno,
julgado em 26/08/2009, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-
204 DIVULG 28-10-2009 PUBLIC 29-10-2009)
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Súmula 348 do STJ: Compete ao Superior Tribunal
de Justiça decidir os conflitos de competência entre
juizado especial federal e juízo federal, ainda que da
mesma seção judiciária.
Súmula 428 do STJ: Compete ao Tribunal Regional
Federal decidir os conflitos de competência entre
juizado especial federal e juízo federal da mesma
seção judiciária.
FONAJEF, Enunciado no. 106: Cabe à Turma
Recursal conhecer e julgar os conflitos de
competência apenas entre Juizados Especiais
Federais sujeitos a sua jurisdição.
CASO DE INCOMPETÊNCIA
FONAJEF, Enunciado nº 24: Reconhecida a
incompetência do Juizado Especial Federal, é
cabível a extinção do processo, sem julgamento de
mérito, nos termos do art. 1º da Lei n. 10.259/2001
e do art. 51, III, da Lei n. 9.099/95, não havendo
nisso afronta ao art. 12, § 2º, da Lei 11.419/06.
Lei 9099/95, Art. 51. Extingue-se o processo, além
dos casos previstos em lei: III - quando for
reconhecida a incompetência territorial;
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INTERESSE DE AGIR
FONAJEF, Enunciado nº 77: O ajuizamento da ação de
concessão de benefício da seguridade social reclama prévio
requerimento administrativo.
FONAJEF, Enunciado nº 78: O ajuizamento da ação revisional
de benefício da seguridade social que não envolva matéria de
fato dispensa o prévio requerimento administrativo.
FONAJEF, Enunciado nº 79: A comprovação de denúncia da
negativa de protocolo de pedido de concessão de benefício,
feita perante a ouvidoria da Previdência Social, supre a
exigência de comprovação de prévio requerimento
administrativo nas ações de benefícios da seguridade social.
ENTENDIMENTO DO STJ
O interesse processual do segurado e a utilidade da
prestação jurisdicional concretizam-se nas hipóteses
de:
a) recusa de recebimento do requerimento;
b) negativa de concessão do benefício
previdenciário, seja pelo concreto indeferimento
do pedido, seja pela notória resistência da
autarquia à tese jurídica esposada. (REsp
1310042/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Segunda Turma, DJe 28/05/2012)
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INFORMATIVO Nº 756 do STF: Ação perante o INSS e prévio requerimento 
administrativo – 1
No mérito, o Ministro Roberto Barroso (relator), acompanhado pelos
Ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de
Mello e Ricardo Lewandowski (Presidente eleito), proveu parcialmente o
recurso. Asseverou que a instituição de condições para o regular exercício do
direito de ação seria compatível com o art. 5º, XXXV, da CF (“XXXV - a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”).
Reputou que a concessão de benefício previdenciário dependeria de
requerimento do interessado, e não se caracterizaria ameaça ou lesão a
direito antes de sua apreciação e eventual indeferimento pelo INSS, ou se o
órgão não oferecesse resposta após 45 dias. Ressalvou que a exigência de
prévio requerimento não se confundiria, entretanto, com o exaurimento das
vias administrativas. Consignou, ainda, que a exigência de prévio
requerimento administrativo não deveria prevalecer quando o entendimento
da Administração fosse notória e reiteradamente contrário à postulação do
segurado. Acresceu que, nas hipóteses de pretensão de revisão,
restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido —
uma vez que o INSS teria o dever legal de conceder a prestação mais
vantajosa possível — o pedido poderia ser formulado diretamente em juízo,
porque nesses casos a conduta do INSS já configuraria o não acolhimento da
pretensão. RE 631240/MG, rel. Min. Roberto Barroso, 27.8.2014. (RE-631240)
PRERROGATIVAS DA FAZENDA 
PÚBLICA
Art. 9º, L. 10.259/01:Não haverá prazo
diferenciado para a prática de qualquer ato
processual pelas pessoas jurídicas de direito
público, inclusive a interposição de recursos,
devendo a citação para audiência de conciliação
ser efetuada com antecedência mínima de trinta
dias.
Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não
haverá reexame necessário.
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Art. 10, Parágrafo único, Lei 10259/2001: Os
representantes judiciais da União, autarquias,
fundações e empresas públicas federais, bem
como os indicados na forma do caput, ficam
autorizados a conciliar, transigir ou desistir, nos
processos da competência dos Juizados
Especiais Federais.
RECURSOS
FONAJEF, Enunciado nº 108: Não cabe recurso 
para impugnar decisões que apreciem questões 
ocorridas após o trânsito em julgado.
FONAJEF, Enunciado nº. 34: O exame de
admissibilidade do recurso poderá ser feito
apenas pelo Relator, dispensado o prévio exame
no primeiro grau.
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FONAJEF, Enunciado 107: Fora das hipóteses do artigo 4 
da Lei 10.259/2001, a impugnação de decisões
interlocutórias proferidas antes da sentença deverá ser 
feita no recurso desta (art. 41 da Lei no 9.099/95).
FONAJEF, Enunciado no. 58: Excetuando-se os embargos 
de declaração, cujo prazo de oposição é de cinco dias, os
prazos recursais contra decisões de primeiro grau no 
âmbito dos Juizados Especiais Federais são sempre de 
dez dias, independentemente da natureza da decisão
recorrida.
Lei 12.153/09, Art. 3o O juiz poderá, de ofício ou a 
requerimento das partes, deferir quaisquer 
providências cautelares e antecipatórias no curso 
do processo, para evitar dano de difícil ou de 
incerta reparação.
Lei 12.153/09, Art. 4o Exceto nos casos do art. 3o, 
somente será admitido recurso contra a sentença.
FONAJEF, Enunciado no. 86: A tutela de urgência
em sede de turmas recursais pode ser deferida de 
oficio. 
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1. Contra a decisão em medida cautelar ou 
antecipação de tutela: Recurso inominado 
para a Turma Recursal 
Prazo para interposição: 10 dias da intimação 
da parte 
Prazo para resposta: 10 dias da intimação do 
recorrido 
• 2. Contra a sentença definitiva (art. 42 da Lei 
9.099):
Recurso inominado para a Turma Recursal 
Órgão julgador: Turma Recursal 
Prazo para interposição: 10 dias da intimação 
da sentença 
Prazo para resposta (contra-razões): 10 dias da 
intimação 
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SENTENÇA DEFINITIVA
Enunciado 18 da Turmas Recursais do RJ: Não 
cabe recurso de sentença que não aprecia o 
mérito em sede de Juizado Especial Federal 
(art. 5º da Lei10.259/2001), salvo quando o 
seu não conhecimento acarretar negativa de 
jurisdição.
3. Contra o acórdão no recurso inominado:
a) Incidente de Uniformização de Turmas da mesma Região 
Órgão julgador: Turma Regional de Uniformização de 
Jurisprudência 
Prazo para pedido (razões): 10 dias da intimação do 
acórdão 
Prazo para resposta (contrarrazões): 10 dias 
b) Incidente de Uniformização de Turmas de Regiões 
Diversas 
Órgão julgador: Turma Nacional de Uniformização de 
Jurisprudência 
Prazo para pedido: 10 dias da intimação do acórdão 
Prazo para resposta (contrarrazões): 10 dias
c) Recurso Extraordinário 
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do acórdão 
Prazo para contrarazões: 10 dias 
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Resolução 390/2004 do CJF
Art. 8º O incidente dirigido à Turma Nacional será 
apresentado ao presidente da turma recursal 
que proferiu a decisão, no prazo de dez dias, a 
contar da publicação, com cópia dos julgados 
divergentes e demonstração sucinta do dissídio. 
§ 1º No caso de julgado da Turma Regional de 
Uniformização, a admissibilidade será decidida 
pelo coordenador regional. 
§ 2º O requerido será intimado para apresentar 
contra-razões no mesmo prazo. 
4. Contra o acórdão no Incidente de Uniformização de 
Turmas da mesma Região
a) Incidente de Uniformização de Turmas de Regiões Diversas 
Órgão julgador: Turma Nacional de Uniformização de 
Jurisprudência 
Prazo para pedido: 10 dias da intimação do acórdão 
Prazo para resposta (contrarrazões): 10 dias 
b) Incidente de Uniformização ao STJ 
Prazo para interposição: 10 dias da intimação do acórdão 
Prazo para resposta (contrarrazões): 10 dias 
c) Recurso Extraordinário 
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do acórdão 
Prazo para contrarrazões: 10 dias 
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5. Contra decisão da Turma Nacional de 
Uniformização
a) Incidente de Uniformização ao STJ
Prazo para interposição: 10 dias da intimação do 
acórdão 
Prazo para resposta (contrarrazões): 10 dias
b) Recurso Extraordinário 
Prazo para interposição: 15 dias da intimação do 
acórdão 
Prazo para contrarrazões: 15 dias 
Resolução 390/2004 do CJF
Art. 28. O recurso extraordinário ao Supremo Tribunal 
Federal e o incidente de uniformização perante o 
Superior Tribunal de Justiça serão processados 
mediante requerimento ao presidente da Turma 
Nacional, que decidirá sobre sua admissibilidade. 
§ 1º Indeferido o pedido, a parte poderá requerer que o 
feito seja encaminhado à apreciação do tribunal “ad 
quem”. 
§ 2º Se a decisão de indeferimento for mantida, o 
presidente da Turma, no retorno dos autos, imporá ao 
requerente a multa de 20% sobre o valor da causa em 
favor do requerido. 
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• 6. Embargos de declaração (omissão, 
contradição e obscuridade – dúvida?)
É recurso?
Prazo para oposição (art. 49 da Lei 9099): 5 dias 
(salvo perante a TNU - art. 27 da Resolução 
390/2004 do CJF – 10 dias)
Prazo para resposta (contrarrazões): não há, salvo 
havendo possibilidade de efeito infringente.
Obs.: artigo 538 do CPC - interrompem o prazo 
recursal. Art. 50 da Lei 9.099 - suspende o prazo.
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUIZADO
ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONTRA ACÓRDÃO DA
TURMA RECURSAL. EFEITOS. RECURSO PROVIDO. 1. Lei
9.099/95, artigos 48 e 50. Cabimento de embargos de
declaração contra sentença. Suspensão do prazo recursal.
Norma restritiva aplicável a sentenças, que não pode ser
estendida à hipótese de embargos declaratórios opostos contra
acórdão de turma recursal, apesar de os juizados especiais
estarem alicerçados sobre o princípio da celeridade processual,
cuja observância não deve implicar redução do prazo recursal. 2.
Embargos declaratórios opostos contra acórdão de turma
recursal. Efeito. Interrupção do prazo estabelecido para eventual
recurso. Aplicação da regra prevista no Código de Processo Civil.
Norma restritiva. Interpretação. As normas restritivas
interpretam-se restritivamente. (AI 451078 AgR, Relator(a):
Min. EROS GRAU, Primeira Turma, julgado em 31/08/2004, DJ
24-09-2004)
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REsp e RE
Art. 105 da CRFB. Compete ao Superior Tribunal de
Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
súmula 203 do Superior Tribunal de Justiça: "Não cabe
recurso especial contra decisão proferida por órgão de
segundo grau dos Juizados Especiais".
Art. 102 da CRFB. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III
- julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DE
TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
INTERPOSIÇÃO SIMUTÂNEA DE PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO
IMPROVIDO. I - Esta Corte firmou entendimento no sentido de
se considerar extemporâneo o recurso extraordinário
interposto contra decisão proferida por Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais antes do julgamento de pedido de
uniformização interposto contra essa mesma decisão. II – Ante
a existência de incidente de uniformização pendente de
julgamento, não há decisão de única ou última instância que
dá ensejo a abertura da via extraordinária. Incidência da
Súmula 281 do STF. III – Agravo regimental improvido.
(RE 468692 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira
Turma, DJe-094 19-05-2011)
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INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de
interpretação de lei federal quando houver divergência
entre decisões sobre questões de direito material
proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei.
FONAJEF, Enunciado nº 99: É inadmissível o reexame de
matéria fática em pedido de uniformização de
jurisprudência.
A) Turmas da mesma Região -> TRU.
B) Turmas de diferentes regiões ou em contrariedade a 
súmula ou jurisprudência dominante do STJ - > TNU.
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇAO - STJ
Art. 14, § 4º: Quando a orientação acolhida pela Turma de
Uniformização, em questões de direito material, contrariar súmula ou
jurisprudência dominante no STJ, a parte interessada poderá provocar
a manifestação deste, que dirimirá a divergência.
Art. 14, § 5º. : No caso do § 4º, presente a plausibilidade do direito
invocado e havendo fundado receio de dano de difícil reparação,
poderá o relator conceder, de ofício ou a requerimento do interessado,
medida liminar determinando a suspensão dos processos nos quais a
controvérsia esteja estabelecida.
Art. 14, § 6º: Eventuais pedidos de uniformização idênticos, recebidos
subsequentemente em quaisquer Turmas Recursais, ficarão retidos
nos autos, aguardando-se pronunciamento do Superior Tribunal de
Justiça.
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MANDADO DE SEGURANÇA NO JEF
Juizado = celeridade no processamento.
Consequência: irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Não cabe
aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de
instrumento ou o uso do mandado de segurança. (RE 576847, Rel. Min. Eros
Grau, Tribunal Pleno, DJe 07-08-2009)
FONAJEF, Enunciado nº 88: É admissível Mandado de Segurança para Turma
Recursal de ato jurisdicional que cause gravame e não haja recurso.
Enunciado 73 das Turmas Recursais do RJ: É inviável o mandado de
segurança contra decisão pelo rito dos juizados especiais federais, salvo na
fase de cumprimento da sentença e desde que evidenciada a teratologia do
ato impugnado.
Súmula 376 do STJ. Compete a turma recursal processar e julgar o mandado
de segurança contra ato de juizado especial.
STF :"o julgamento do mandado de segurança contra 
ato de turma recursalcabe à própria turma, não 
havendo campo para atuação quer de tribunal, quer do 
Superior Tribunal de Justiça" (AgRg no AI n. 666.523, 
Relator Min. Ricardo Lewandowski, Relator p/ Acórdão: 
Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, publicado no DJe
em 3/12/2010). 
STJ: AgRg no RMS n. 36.864/RJ, Rel. Ministro Humberto 
Martins, Segunda Turma, DJe 2/5/2012 e EDcl no AgRg
no RMS 45.550/SC, Rel. Ministro Marco Aurélio 
Bellizze, Terceira Turma, DJe 09/10/2014.
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EXCEÇÃO DO STJ
INFO 533, STJ: É possível a impetração de
Mandado de Segurança nos TRFs com a
finalidade de promover o controle da
competência dos Juizados Especiais Federais.
(STJ, RMS 37.959-BA, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 17/10/2013).
- A autonomia dos juizados especiais, todavia, não pode prevalecer para a
decisão acerca de sua própria competência para conhecer das causas que
lhe são submetidas. É necessário estabelecer um mecanismo de controle
da competência dos Juizados, sob pena de lhes conferir um poder
desproporcional: o de decidir, em caráter definitivo, inclusive as causas
para as quais são absolutamente incompetentes, nos termos da lei civil.
- Embora haja outras formas de promover referido controle, a forma mais
adequada é a do mandado de segurança, por dois motivos: em primeiro
lugar, porque haveria dificuldade de utilização, em alguns casos, da
Reclamação ou da Querela Nullitatis; em segundo lugar, porque o
mandado de segurança tem historicamente sido utilizado nas hipóteses
em que não existe, no ordenamento jurídico, outra forma de reparar lesão
ou prevenir ameaça de lesão a direito.- O entendimento de que é cabível a
impetração de mandado de segurança nas hipóteses de controle sobre a
competência dos juizados especiais não altera o entendimento anterior
deste Tribunal, que veda a utilização do writ para o controle do mérito
das decisões desses juizados. Recurso conhecido e provido.(RMS
17.524/BA, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em
02/08/2006, DJ 11/09/2006, p. 211)
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RECLAMAÇÃO
INFO 487, STJ: A Seção deliberou limitar a
admissibilidade das reclamações que chegam ao STJ
contra decisões das turmas recursais dos juizados
especiais estaduais àquelas que afrontam julgados
em recurso repetitivo ou enunciados da Súmula
deste Superior Tribunal. Ademais, consignou que a
divergência deve referir-se às regras de direito
material, não se admitindo a reclamação que
discuta regras de direito processual civil. (Rcl 3.812-
ES, 2ª Seção, Rel. para acórdão Min. Nancy
Andrighi, julgada em 9/11/2011)
Informativo nº 0527 (Segunda Seção) - Cabe reclamação ao STJ,
em face de decisão de Turma Recursal dos Juizados Especiais
dos Estados ou do Distrito Federal, com o objetivo de reduzir o
valor de multa cominatória demasiadamente desproporcional
em relação ao valor final da condenação. Isso porque, nessa
situação, verifica-se a teratologia da decisão impugnada. De
fato, o STJ entende possível utilizar reclamação contra decisão
de Turma Recursal, enquanto não seja criada a Turma Nacional
de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais dos
Estados e do Distrito Federal, nos casos em que a decisão
afronte jurisprudência pacificada em recurso repetitivo (art.
543-C do CPC) ou em súmula do STJ, ou, ainda, em caso de
decisão judicial teratológica. Rcl 7.861-SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 11/9/2013.
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AÇÃO RESCISÓRIA
É incabível, nos termos do art. 59 da Lei dos 
Juizados Especiais: “não se admitirá ação 
rescisória nas causas sujeitas ao procedimento 
instituído por esta Lei.”
EXECUÇÃO
A) EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER,
ENTREGAR COISA CERTA: ofício para a autoridade?
LEI 10.259, Art. 16. O cumprimento do acordo ou da
sentença, com trânsito em julgado, que imponham
obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa,
será efetuado mediante ofício do Juiz à autoridade
citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo.
FONAJEF, Enunciado nº 8: É válida a intimação do
procurador federal para cumprimento da obrigação de
fazer, independentemente de oficio, com base no artigo
461 do Código de Processo Civil.
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Astreinte
Nos termos do artigo 3º, § 1º, I, da Lei n.
9099/2005, compete ao Juizado Especial a
execução de seus julgados, inexistindo, no
preceito legal, restrições ao valor executado,
desde que, por ocasião da propositura da ação,
tenha sido observado o valor de alçada (STJ,
Quarta Turma, RMS 33.155/MA, Rel. Ministra
Maria Isabel Gallotti, DJe 29/08/2011) .
Informativo 527 do STJ: O fato de o valor executado ter
atingido patamar superior a 40 (quarenta) salários
mínimos, em razão de encargos inerentes à condenação,
não descaracteriza a competência do Juizado Especial
para a execução de seus julgados. Deve o juiz aplicar, no
âmbito dos juizados especiais, na análise do caso
concreto, os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, além de não se distanciar dos critérios
da celeridade, simplicidade e equidade que norteiam os
juizados especiais, mas não há limite ou teto para a
cobrança do débito acrescido da multa e outros
consectários. (Rcl 7.861/SP, Rel. Ministro Luis Felipe
Salomão, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 06/03/2014)
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FONAJEF, Enunciado 65: Não cabe a prévia
limitação do valor da multa coercitiva
(astreintes), que também não se sujeita ao
limite de alçada dos Juizados Especiais Federais,
ficando sempre assegurada a possibilidade de
reavaliação do montante final a ser exigido na
forma do parágrafo 6 do artigo 461 do CPC.
FONAJEF, Enunciado 63: Cabe multa ao ente
público pelo atraso ou não-cumprimento de
decisões judiciais com base no artigo 461 do
CPC, acompanhada de determinação para a
tomada de medidas administrativas para a
apuração de responsabilidade funcional e/ou
por dano ao erário. Havendo contumácia no
descumprimento, cabera ́ remessa de ofício ao
Ministério Público Federal para análise de
eventual improbidade administrativa.
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B) EXECUÇÃO DE QUANTIA CERTA: RPV em 60
dias.
FONAJEF, Enunciado nº 71: A parte autora
deverá ser instada, na fase da execução, a
renunciar ao excedente à alçada do Juizado
Especial Federal, para fins de pagamento por
Requisições de Pequeno Valor, não se
aproveitando, para tanto, a renúncia inicial, de
definição de competência.
Enunciado 48 das Turmas Recursais do RJ: A
renúncia ao excedente do valor da causa não
exclui o cômputo, no valor da condenação, da
correção monetária e juros, bem como das
prestações que vencerem no curso do
processo, observada a regra do §4 o do art. 17
da Lei 10.259/2001.
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PLANILHA DE CÁLCULO
Enunciado 52 das Turmas Recursais do RJ:
Nas ações que tenham por objeto prestações 
de trato sucessivo, a sentença ou acórdão que 
julgar procedente o pedido determinará a 
implantação administrativa da prestação, 
podendo o juiz ordenar que a parte ré 
forneça os elementos de cálculo ou indique o 
valor dos atrasados, para o fim de pagamento 
na forma do art. 17 da Lei 10.259/01.
EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO
Art. 17, § 4º, da Lei 10.259: Se o valor da
execução ultrapassar o estabelecido no § 1º, o
pagamento far-se-á, sempre, por meio do
precatório, sendo facultado à parte exequente a
renúncia ao crédito do valor excedente, para
que possa optar pelo pagamento do saldo sem o
precatório, da forma lá prevista.
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Embargos à execução
Art. 52, IX, da Lei 9.099/95
FONAJEF, Enunciado 13: Não são admissíveis
embargos de execução nos Juizados Especiais
Federais, devendo as impugnações do devedor
ser examinadas independentemente de
qualquer incidente.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. IMPOSIÇÃO À
PARTE RÉ/EXECUTADA DO DEVER DE
APRESENTAR OS CÁLCULOS. MATÉRIA OBJETO
DA AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE
PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 219/DF.
EXISTÊNCIA DEREPERCUSSÃO GERAL. (ARE
702780 RG, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI,
julgado em 27/09/2012, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-223 13-11-2012 )
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PROCEDIMENTO (visão geral)
1) Propositura da ação
2) Despacho inicial
3) Contestação escrita ou Audiência de 
conciliação ou AIJ (art. 9º da Lei 10259)
4) Sentença
5) Recurso inominado
6) Acórdão da Turma Recursal
7) Recurso Extraordinário ou Incidente de 
uniformização
DESPACHO INICIAL
Da intimação da parte autora
Apresente/informe a parte autora, no prazo de 10 (dez) dias: 
a) comprovante de residência atualizado em seu nome, ou se não possuir, 
declaração de residência com comprovante atualizado em nome do signatário 
da declaração; 
b) expressa renúncia ao que exceder ao valor da causa, considerando que “a 
renúncia, para fins de fixação de competência dos Juizados Especiais Federais, só 
é cabível sobre parcelas vencidas até a data do ajuizamento da ação, tendo por 
base o valor do salário mínimo então em vigor.” (Enunciado 47 das Turmas 
Recursas dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro). 
Ressalte-se, ainda, que “A renúncia ao excedente do valor da causa não exclui o 
cômputo, no valor da condenação, da correção monetária e juros, bem como 
das prestações que vencerem no curso do processo, observada a regra do §4 o 
do art. 17 da Lei 10.259/2001.” (Enunciado 48 das Turmas Recursas dos Juizados 
Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro).
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c) Caso a parte autora opte por não renunciar ao valor que
excede o limite de alçada por ocasião do ajuizamento da
demanda, deverá emendar a inicial para adequá-la ao rito
ordinário, atribuindo à causa valor compatível com o
benefício econômico pretendido, na forma do enunciado nº
65 das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais da
Seção Judiciária do Rio de Janeiro (Enunciado 65 - No
juizado especial federal, o valor da causa é calculado pela
soma de doze prestações vincendas e das prestações
vencidas atualizadas até a data da propositura da ação, na
forma do art. 260 do CPC, e não poderá exceder sessenta
salários mínimos);
Da gratuidade de justiça
Defiro o pedido de justiça gratuita, uma vez que a
parte autora declarou que não possui condições de pagar
as custas do processo e o honorários de advogado, sem
prejuízo próprio ou de sua família, nos termos do artigo 4º,
caput, da Lei 1.060/50.
Da antecipação dos efeitos da tutela
Conforme disposto no artigo 273, caput e inciso I, do
Código de Processo Civil, o juiz poderá antecipar os efeitos
da tutela pretendida na petição inicial quando, existindo
prova inequívoca, se convença da verossimilhança da
alegação e haja fundado receio de dano irreparável e de
difícil reparação.
No caso concreto, fazendo uma análise ainda
superficial dos fatos aventados na inicial e dos documentos
juntados, não vislumbro nessa fase processual
probabilidade jurídica suficiente para deferir a tutela de
urgência. Portanto, trata-se de questão a ser melhor
aferida na fase de sentença, quando então será realizada
uma cognição plena e exauriente da matéria fática
apresentada, depois de um amplo contraditório.
Isto posto, diante da ausência de pressuposto inserto
no artigo 273, caput, do Código de Processo Civil, INDEFIRO
o requerimento de tutela antecipada.
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Da citação da parte ré
CUMPRIDO O ACIMA DETERMINADO, cite-se a ré para
que apresente defesa no prazo de 30 (trinta) dias,
devendo, na oportunidade, manifestar-se sobre a
possibilidade de prévia conciliação, expondo por
escrito seus termos. Forneça também a parte ré ao
Juízo toda a documentação de que disponha para o
esclarecimento da causa, nos termos do art. 11 da Lei
10.259/01. Ressalte-se, desde logo, que o ônus da
prova incumbe ao réu, quanto à existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor (artigo 333, II, do CPC).
Publique-se. Intimem-se.
QUESTÕES
CESPE / TRF1 – 2009: Julgue os itens abaixo, relativos aos juizados 
especiais no âmbito da justiça federal. 
I) Não há renúncia tácita nos juizados especiais federais para fins de 
fixação de competência quanto ao valor da causa.
II) Nos juizados especiais federais, o procurador federal tem a 
prerrogativa de intimação pessoal, não se admitindo outra forma de 
intimação.
III) O recurso inominado não pode ser interposto pela via adesiva nos 
juizados especiais federais, pois não se coaduna com a sistemática dos 
juizados em que as demandas precisam ser rapidamente solucionadas. 
IV) A matéria não apreciada na sentença, mas veiculada na inicial, 
pode ser conhecida no recurso inominado, mesmo não havendo 
embargos de declaração. 
V) Conforme a jurisprudência, é inadmissível mandado de segurança 
para a turma recursal contra ato jurisdicional dos juizados especiais 
federais, em qualquer hipótese. 
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I) Enunciado FONAJEF nº 16: “Não há renúncia tácita nos 
Juizados Especiais Federais para fins de fixação de competência”.
II) Enunciado FONAJEF nº 7: “Nos Juizados Especiais Federais o 
procurador federal não tem a prerrogativa de intimação 
pessoal”.
III) Enunciado FONAJEF nº 59: “Não cabe recurso adesivo nos 
Juizados Especiais Federais”.
IV) Enunciado FONAJEF nº 60: “A matéria não apreciada na 
Estão certos apenas os itens
A) I, II, IV.
B) I, II, V.
C) I, III e IV.
D) II, III e V.
E) III, IV e V.
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CESPE/ TRF5 – 2013: Assinale a opção correta acerca dos juizados
especiais federais.
a) A turma nacional de uniformização admite incidente de
uniformização que verse sobre honorários advocatícios.
b) No âmbito da turma nacional de uniformização, é possível o não
conhecimento do pedido de uniformização por decisão
monocrática se o acordão recorrido não guardar similitude fática e
jurídica com o acórdão paradigma.
c) É cabível recurso adesivo no rito dos juizados especiais federais.
d) De acordo com entendimento firmado pelo STF, as restrições em
relação à concessão de medidas liminares contra o poder público,
previstas em lei específica, também se aplicam às demandas
previdenciárias.
e) O principal critério de competência previsto no rito dos juizados
especiais federais é o valor da causa, fixado em até sessenta
salários mínimos, sendo possível a renúncia tácita sobre parcelas
vincendas para fins de fixação de competência.
A) TNU/Súmula 7: Descabe incidente de uniformização
versando sobre honorários advocatícios por se tratar de
questão de direito processual.
B) TNU/Questão de Ordem nº 22: No âmbito da turma
nacional de uniformização, é possível o não
conhecimento do pedido de uniformização por decisão
monocrática se o acordão recorrido não guardar
similitude fática e jurídica com o acórdão paradigma.
C) Enunciado 59 do FONAJEF: Não cabe recurso
adesivo nos Juizados Especiais Federais.
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D) STF, Súmula 729: A decisão na ADC-4 não se
aplica à antecipação de tutela em causa de
Natureza previdenciária.
Se a tutela antecipada é concedida para impor
pagamento de benefício previdenciário, a hipótese
não se encaixa na proibição prevista no art. 1º da
Lei 9.494/97, inexistindo ofensa à decisão proferida
na ADC 4
E) TNU / Súmula 17: Não há renúncia tácita no
Juizado Especial Federal, para fins de competência.

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