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Apresentações Otacisio Gomes Teixeira • Técnico agropecuário - IFBAIANO 2007 • Engenheiro civil - UFBA 2013 • Esp. Engenharia de Produção – Uninter – 2015 • Esp. Engenharia de Segurança - Ucam – 2016 • Mestrando em Engenharia civil – UFBA(PPEC) 2018 Irmãos A.R Ltda OGQ Engenharia Ltda 2 PLANO DE ENSINO CRONOGRAMA Apresentação da disciplina - É permitido ao aluno parar a aula a qualquer momento a fim de prestar esclarecimento; - Não entendeu? Pergunte... - Proibido o uso de máquinas programáveis, celulares e smartphones durante as avaliações; - Slides serão enviados; - Utilizar livros e/ou apostilas; - Sempre consultar a norma. Madeira para construção civil Guanambi Dezembro, 2017 Professor: Otacisio Gomes Teixeira otacisiogteixeira@hotmail.com Materiais de construção civil II Aula 1 INTRODUÇÃO Consolidar a formação em ciência de materiais Introduzir conhecimentos básicos dos principais materiais de construção Enfoque científico Entender o comportamento Analisar novos materiais Profissional capaz de: Especificar materiais Selecionar fornecedores Especificar ensaios Analisar resultados de ensaios Aperfeiçoar materiais Desenvolver novos produtos Trabalhar na indústria de materiais Objetivos da Disciplina Solo Madeira Rochas Gesso Cal Cinzas vulcânicas Vidro Cobre Aço Concreto de cimento Portland Concreto armado Asfaltos naturais e artificiais Materiais de Construção Introdução Alumínio PVC Poliéster Colas Epoxi Acrílica PVA Fibras Vegetais (sisal com gesso, cimento –celulose...) Minerais (cimento amianto, cimento com fibra devidro, carbono...) Metálicas (concreto com fibras de aço) Materiais de Construção Introdução • Generalidades • Um dos mais antigo materiais de construção (palafitas); • Facilidade de obtenção; • Facilidade de adaptação. 10 11 12 13 Relação resistência e densidade 14 Classificação das árvores •Madeiras duras • Provenientes de árvores frondosas (dicotiledôneas, da classe angiosperma). (Monocotiledôneas) • Crescimento lento – peroba, ipê, aroeira, carvalho • Melhores qualidades; • Madeira de lei. Jatobá Mogno Cedro 16 ANGIOSPERMA Classificação das árvores •Madeiras macias -moles • Proveniente de árvore conífera ( gimnosperma) • Crescimento rápido – Pinheiro do Paraná, pinheiro europeu, Araucária Pinheiro Pinus 18 GIMNOSPERMA Crescimento das árvores Crescimento das árvores • Casca • Camada morta; • Proteção da árvore; • Espessura variável com a idade Crescimento das árvores • Câmbio • Tecido merismático (em constante transformação) • Celulose e lignina (anéis de crescimento) • Alburno ou branco • Células vivas, conduz seiva das raízes para as folhas; • Espessura variável, conforme espécie, 3 a 5 cm; • Cerne • Com crescimento as células vivias do alburno tornam-se inativas e constituem o cerne; • Coloração escura; • Sustenta a árvore. Crescimento das árvores • Medula • Miolo central, mole • Vestígio do vegetal jovem • Raios medulares • Transportam e armazenam a seiva • São desenvolvimentos transversais e radiais • Realizam uma amarração transversal das fibras • Inibem em parte a retratilidade Composição química • Celulose 60% • Lignina 28% • Outras substâncias 12% • Carbono 50% • Oxigênio 44% • Hidrogênio 6% Produção • Corte • Realizado no inverno • Maior durabilidade • Secagem lenta • Paralisação vegetativa • Ferramentas • Machado • Traçador • Máquinas de derrubar Exploração racional de reservas florestais Produção • Toragem • Facilidade de transporte (5 a 6m) Exploração racional de reservas florestais Produção • Falquejo • Seção aproximadamente retangular Exploração racional de reservas florestais 27 Produção Produção • Desdobro • Obtenção de peças estruturais de madeira maciça Aparelhamento ou bitolagem Nomenclatura de peças de madeira serradas Nome Espessura (cm) Largura (cm) Pranchão > 7,0 > 20,0 Prancha 4,0 - 7,0 > 20,0 Viga >4,0 11,0 - 20,0 Vigota 4,0 - 8,0 8,0 - 11,0 Caibro 4,0 - 8,0 5,0 - 8,0 Tábua 1,0 - 4,0 > 10,0 Sarrafo 2,0 - 4,0 2,0 - 10,0 Ripa < 2,0 < 10,0 30 31 Estrutura de telhado 32 33 a)“Água livre ou de capilaridade”, a água que preenche seus espaços capilares, formados pelos lumens e espaços intercelulares ---> (acima do ponto de saturação das fibras, ou seja, acima de aproximadamente 28%U); b. “Água de impregnação adsorvida”, a água impregnada nos espaços submicroscópicos da parede celular ---> em camadas polimoleculares, ligadas por forças elétricas polares (entre 6% e 28%U) e; c. “Água de adsorção química”, a água aderida às interfaces existentes entre moléculas de celulose e moléculas de hemicelulose, por forças de valências secundárias monomoleculares ---> por forças de Van de Wall e pontes de hidrogênio, entre 0% e 6%U. Águas da madeira Prof. Dr João Carlos Morechi 34 35 A umidade na madeira Abaixo de 23% de umidade pode-se considerar que a madeira está ao abrigo do ataque dos agentes de destruição (fungos e bactérias) Denominação Teor de umidade Madeira verde h > 30% Madeira comercialmente seca 18 < h < 23% Madeira seca ao ar 12 < h < 18% Madeira dessecada h < 12% 37 PROPRIEDADES ORGANOLÉTICAS DA MADEIRA As propriedades organoléticas da madeira são aquelas que impressionam os órgãos sensitivos, possuindo valores decorativos e ornamental: COR: A cor da madeira é originada por substâncias corantes depositadas no interior das células que constituem o material lenhoso, bem como impregnadas nas suas paredes celulares. Prof. Dr João Carlos Morechi 38 GOSTO OU SABOR: Gosto ou sabor é uma propriedade intimamente relacionada com o odor, por ambos serem originados das mesmas substâncias. TEXTURA: Ao termo textura refere-se o efeito produzido na madeira pelas dimensões, distribuição e porcentagem dos diversos elementos estruturais constituintes do lenho, no seu conjunto. Prof. Dr João Carlos Morechi Propriedades físicas e mecânicas da madeira • Ensaios de laboratório Fatores que influenciam e determinam a variação de resultados – Material • Espécie botânica da madeira • Massa específica • Diferença entre alburno e cerne • Umidade • Defeitos – Condições de ensaio • Velocidade de aplicação da carga • Formatos e dimensões dos corpos de prova • Direção do esforço em relação às fibras -Anisotrópico 40 ANISOTROPIA - Propriedades mudam com a mudança da direção do esforço Classificação das madeiras pela massa específica Madeira Resinosas Frondosas Muito leves 0,4 t/m3 0,5 t/m3 Leves 0,4 – 0,5 t/m3 0,5 – 0,65 t/m3 Semi pesadas 0,5 – 0,6 t/m3 0,65 – 0,8 t/m3 Pesadas 0,6 – 0,7 t/m3 0,8 – 1,0 t/m3 Muito pesadas > 0,7 t/m3 > 1,0 t/m3 42 Massa específica aparente de algumas espécies nacionais, h = 15% Espécie t/m3 Açoita-cavalo 0,62 Cabriúva 0,89 Canela-preta 0,63 Cedro 0,49 Eucalipto tereticornis 0,89 Louro 0,69Peroba-rosa 0,76 Pinho 0,56 44 45 Determinação do teor de umidade máxima Prof. Dr João Carlos Morechi A estreita relação entre a massa específica e o teor de umidade da madeira, já mencionada, define teoricamente o máximo teor de água que uma madeira pode conter. onde: 0,28 = Valor adotado como teor de umidade médio, aproximado para fins didáticos ao ponto de saturação fibras (PSF) para todas as espécies de madeira; 1,50 = Valor médio aproximado à massa específica da matéria lenhosa que constitui a madeira (rH), utilizado para facilidade de cálculo; ro = Massa específica aparente da madeira, a 0%U (g/cm3). 46 Prof. Dr João Carlos Morechi 47 Prof. Dr João Carlos Morechi 48 49 50 Coeficiente de Inchamento Volumétrico Máximo O coeficiente de inchamento volumétrico máximo de uma madeira é dado pela diferença entre os volumes da madeira no estado saturado de umidade (≥PSF) e no estado absolutamente seco (0%U): onde: αVmax = coeficiente de inchamento volumétrico máximo Vu = Volume do corpo-de-prova no estado saturado de umidade Vo = Volume do corpo-de-prova no estado seco em estufa (0%). Prof. Dr João Carlos Morechi 51 Coeficiente de Contração Volumétrica Máxima Analogamente, o coeficiente da contração volumétrica máxima de uma madeira é dado pela diferença entre os volumes no estado saturado de umidade e no estado absolutamente seco, em relação ao volume da madeira no estado saturado de umidade. Prof. Dr João Carlos Morechi 52 53 54 Prof. Dr João Carlos Morechi 55 Prof. Dr João Carlos Morechi 56 57 a) Quanto maior for a massa específica (menor é a proporção de ar por unidade de volume e maior a proporção de material lenhoso), maior será a sua condutividade térmica; b) Quanto maior for o teor de umidade da madeira, maior será a condutividade térmica deste material (coeficiente de condutividade térmica da água = 0,5); c) Quanto maior for o teor de extrativos, maior será a condutividade térmica da madeira; e) Quanto maior for o aumento da temperatura, a partir da temperatura em que se determina um coeficiente de condutividade térmica de referência, maior será a o fluxo de temperatura através da madeira e maior será o seu coeficiente de condutividade. Prof. Dr João Carlos Morechi 58 Prof. Dr João Carlos Morechi 59 Prof. Dr João Carlos Morechi 60 61 PROPRIEDADES ACÚSTICAS Prof. Dr João Carlos Morechi 62 PROPRIEDADES MECÂNICAS A) ELASTICIDADE E PLASTICIDADE É a propriedade da madeira de retomar à sua forma original, após a remoção da carga aplicada que causou certa deformação; As deformações plásticas ocorrem quando as deformações são irreversíveis, seguidas pela ruptura do material; Módulo de elasticidade. Prof. Dr João Carlos Morechi 63 Influência do módulo de elasticidade nas propriedades mecânicas: a) Quanto mais alto o E, mais alta é a resistência da madeira; b) Quanto mais alto o E, mais baixa será a deformabilidade da madeira; c) Quanto mais baixo o E, piores serão as qualidades da madeira para fins de construções civis. Prof. Dr João Carlos Morechi 64 B) COMPRESSÃO AXIAL OU PARALELA ÀS FIBRAS A compressão paralela às fibras ou compressão axial é avaliada com a aplicação de uma carga que efetua pressão na seção transversal axial do corpo-de-prova, ou no sentido paralelo das fibras da madeira, com velocidade controlada, até a sua ruptura. Prof. Dr João Carlos Morechi 65 C) COMPRESSÃO PERPERDICULAR ÀS FIBRAS A compressão perpendicular as fibras se dá com a aplicação da carga perpendicular as fibras de crescimento. Prof. Dr João Carlos Morechi 66 Prof. Dr João Carlos Morechi 67 D) TRAÇÃO AXIAL OU PARALELA ÀS FIBRAS O esforço de tração se da paralelo as fibras de crescimento. Essa propriedade geralmente é requisitada em tesouras. Prof. Dr João Carlos Morechi 68 E) TRAÇÃO PERPENDICULAR Apresenta baixa resistência nesse sentido; Evita-se o uso de peças solicitadas nessas condições. Prof. Dr João Carlos Morechi 69 F) CISALHAMENTO Cisalhamento da madeira consiste na separação das suas fibras causada por esforços contrários, paralelos às mesmas Prof. Dr João Carlos Morechi 70 G) RESISTÊNCIA À DUREZA Dureza é definida como a resistência requerida para um corpo sólido penetrar em outro por meio de esforço. (Método Brinnell) Prof. Dr João Carlos Morechi Defeitos 1. De crescimento: • Nós vivos • Nós mortos • Desvio do veio; e • Vento 72 73 74 75 Defeitos 2. De produção: • Desdobro mal conduzido 3. De secagem: • Rachaduras, fendas e fendilhamento; e • Abaulamento, arqueamento, curvatura e curvatura lateral Defeitos 4. De deterioração: • Apodrecimento; • Bolor; e • Furo de inseto Deterioração e preservação das madeiras Marcore - África Deterioração e preservação das madeiras Deterioração e preservação das madeiras Deterioração e preservação das madeiras Deterioração e preservação das madeiras Deterioração e preservação das madeiras Deterioração e preservação das madeiras Marcore - África 85 86 Estufas de secagem 88 89 Derivados da madeira Madeira Madeira para fibra Madeira roliça Chapa de fibra Celulose e papel Árvore em pé Resinagem Breu Terebentina Laminação Serraria Obtenção de cavacos Compensado Madeira serrada Aglomerados Madeira transformada - Beneficiamento • Transformação na estrutura fibrosa • Correção de características negativas • Madeira reconstituída • Madeira aglomerada • Madeira compensada A madeira beneficiada é obtida pela usinagem das peças serradas, agregando valor às mesmas. Madeira transformada • Vantagens • Homogeneidade na composição e isotropia no comportamento físico e mecânico • Tratamentos de preservação e ignifugação mais eficientes • Melhoria de características físicas e mecânicas • Execução de chapas, blocos e formas moldadas para aplicação diversas • Aproveitamento integral do lenho Madeira aglomerada • Pequenos fragmentos de madeira • Lascas, virutas, maravalhas e flocos • Ligante • Mineral • Cimento Portland, gesso e magnésia Sorel • Orgânico • Uréia-formaldeido, uréia-melanina-formaldeido, fenol- formaldeido, etc. • Prensagem • A quente • A frio Madeira aglomerada Madeira compensada • Patente de 1886 WITIKOWSKI • Finas folhas de madeira coladas entre si • Disposição perpendicular das fibras de uma folha em relação às fibras da outra folha • Número ímpar de folhas 3, 5, 7... • Extração da folha • Descascador 1 mm < e < 6 mm • Faqueadeira e = 1 mm 96 Madeira compensada • Colagem • Cola de ossos • Caseína • Resina sintética • Prensagem 15 kgf/cm2 • A frio • A quente 1500C Madeira compensada Pau Paraíso - Brasil 99 100 101 102 Estruturas em madeira laminada Ponte de madeira roliça Ponte de madeira roliça Ponte de madeira roliça Ponte de madeira roliça Ponte de madeira roliça Estruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminadaEstruturas em madeira laminada Estruturas em madeira laminada Utilização de bambu em estruturas – Livro Prof Beraldo – “Bambu de corpo e alma”. Utilização de bambu em estruturas Utilização de bambu em estruturas Utilização de bambu em estruturas