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2 - FUNçÕns sÁslcns. APARELHAGEM. 2.1 - Esquema funcional dum automatismo Para melhor se compreender o processo de funcionamento dum automatismo, é usual dividi-lo nas suas funções principais, conforme ilustrado no esquema da figura 2.1. Fìg. 2.1 - Esquema funcionsl dum automatismo Analisando'o, verifica-se que o funcìonamento da Mriauina eStá directamente dependente dos Accionadores - normalmente motores eléctricos ou pneumáticos no caso do movimento ser rotativo, cilindros pneumáticos quando o movimento é linear. Para que os accionadores actuem, terá de existir um Disoosítivo de potência, que possa esta- garantido pelo o TBATA'úENTO DA8 nnonuações belecer o contacto entre eles e a fonte de seja, canalizar a corrente electrica qua se usam motores eléctricos ou o at quando se utilizam cilindros ou motores O controlo da operacionalidade máquinq é através de comandos enviados pelo operador ao das informações, recebendo em indicações sobre o desenrolar do funcionamento. A Deíeccão -de ínformacões, é obtida por sensores, colocados em locais que per- ou o seumitem detectar os movimentos da posicionamento, identifi car objectos e uas carâc- terísticas, informar sobre o estado dum dando disso conta ao Tratamento das "cérebro" da máquina, trato os pelo Díálogo homem-móquína e Detecção de informações e distribui ligar ou desligar ao Dispositivo de acordo com o programa préviamente informando por sua vez o D íálogo h do desenvolümento das operações. Seguidamente são aPresentadas cada uma destas funções e os princip' comutadores, interruptoÍes, ma selectores, etc.), mas eventualmente : mações sobre o cumprimento dessas existência de possíveis anomalias ( luminosos e acústicos). O funcionamento dos aparelhos noenviodas ordens de comando, manual sobre um dispositivo mecânico o estado dum contaclo eléctrico. que os fabricantes disponibilizam caoa uma delas, bem como os respectivos 2.1.1 - Diálogo homem-máquina A particularidade desta função é exploração e controlo da operacionalidade da operador. ina pelo Para isto são necessários elhos que permitam não só enüar as ordens comando (botões de pressão, botoneiras, dores, puladores, etc., verdadeiro envrados dados da ordens de em detalhe is materiais infor- ordens e da inalizadores is utilizados na actuação vai alterar São por isso normalmente constituídos por uma cabeça de comando de forma circul ar ou quadrada colorida e poÌ um corpo com contactos. Na fig. 2.2 é representada duma forma simpli- ficada a actuação de Botões de pressão de impulso, com contactos NA e NF, respectivamente. transparente colorida. O corpo, no qual é a lâmpada, pode ser de alimentação alimentação por resistência (redutor de t de alimentação por transformador, sinalização à tensão das lâmpadas. poram na sua estrutura corpos com elementos de sinalização luminosa, podem ser colocados,.,guer em'caixas donde o operador dirige e controla o operações de automatização. a) Botonciras murais c) Quadro de automatismo d) Mesa de comando Botão coín contscto Nâ (carregF -> (solla <- t€cha contacto) sbíe contacto) Botão coÍíl contaclo lS | - - l * l s ' ÍÈo.Ht' N Hfl "i (carregs -) (3ottr (- ahc oontaclo) têcha contacto) ful Vfr^._fu,'ï Fig, 2.2 - Botões de pressão, de impulso. ' Como se verifica, os contactos eléctricos são mantidos na posição de repouso por meio duma mola. Quando o operador carrega no botão, o contacto que lhe está associado é accionado mecânicamente para a posição detrabalhq mantendo-senessa posição enquanto o botão estiver premido: O contacto NA (Normalmente Aberto), ao ser actuado, estobelece o circuito, permitindo.a passagem da corrente eléctrica. O contacto NF (Normatmente Fechado), ao ser actuado, ìnterrompe o circuito, impe- dindo a passagem da corrente eléctrica. Logo que o operador deixa de carïegar no botão, a mola obriga o contacto a voltar à sua posição inicial. Há entretanto outros aparelhos em que as posições são faas, como é o caso da maioria dos ínterrupíores, comutadores, elc., os quais após manobrados para as posições de trabalho, só voltam à posição de repouso depois de nova manobra do operador. 14 Fig. 2.3 - Suportes dos elementos de Quanto aos elenzent os de s inalizaçã o são constituidos por um corpo e por uma beça ixada , d e ), ou indo adaptar a tensão de alimentação do ci ito de Existem ainda botões e interruptores mcor- e com maior versatilidade na concepgão estét equipamuttos. uma dos Os aparelhos de Diálogo homem- desi- gnadas por botoneiras (figs. 2.3 a e 2.3 b), portas dos quadros de automatismo(frg.2.3 ainda emmes as de comando centralizado( ar das b) botoneira nas ), quer 2.3.d), 2.1.1.1 - Elementos de comando e sinalizaçâo mais usuais no Diálogo Homem-máquina Botões de Pressão de impulso com I NA el E.\ I ! ü l com 1NF N l t--l o l i l l com l NA+l NF P I F IE\ r * l s l com 2 NA PI R I r - \ - - - \ i l Ë l com 2 NF =L FL E -t--- {$ l N l com l NA e sinalizador x l P lEs \El * l Botões de pressão de impulso, com cabeça de cogumelo com l NA -i com l NF N l - + ' / G | I N I com 1NA+1 NF e l F l a \ l t t\ f - \ - - - - -7 * l N l Interruptores com 2 posições Íixas com 1NA G ) l _r, j r ï l .|.-\É-v-ì t l com I NA+1NF r r9 l N lj-V'--\ --I * l s l com 2 NA r re l R l r-V-\- -\ r l x l cMÂ-ATl-7/04 Interruptores com ffi3 posições fixas R.ll AN.i/ com 2 NA t o f l ] j-\1,'-./' Rl - - À sl Interruptores de chave ffi com2 e3 posiçõesfixas qll tu com 1NA (2 posições fixas) r t t | BV- com 1NA+l NF (2 posições fixas) l l l B\,..r- l 6 lt L t i----r lN l com 2 NA (2 posições fixas) l l l B\r-.. I G t l t N l l - - -1 ' I r l t N l com 2 NA (3 posições fixas) t o t t nV- l R lì ì lÊ l Sinalizadores tsa[q@ com alimentação directa a com redutor de tensão - x 1 ..,''...r v com transformador incorporado ) € s ì Combinadores e Manipuladores 0if. A 0ir. B> s 2 1 0 1 2 9 I I IIKl - l Exemplo com 2 dir I contacto ctos NÀ definida pr cionament( dica o fecl t r .12 23-24 3tt-34 43-14 53-5.1 t r l R l E l $ l E l \----ï --v----\----l- -\'b / \ \ \ \ s l Ê l s l $ l t l c Combinador ções (A e B), F e 4 conta- ria actuação é grelha de fun- oude o )Ç in- dos contactos, 15 Em máquinas mais complexas, normalmente pilotadas por autómatos programáveis, utilizam-se além dos aparelhos mencionados, Terminais de D i á I o go h om em -m ó qu in a, ramb ém des i grra dos por Terminais de exploração que permitem comandar a máquina e üsualizar informações alfanumericas sobre o funcionamento da mesma (figz.a) São constituídos por uma caixa, ou se alojam os contactos eléctricos e por uma equipada com um dispositivo de ataque, está dependente do tipo de movimento, rect angulat, que o aparelho tem de controlar. Na fi g. 2.6 é visualizado, duma forma o funcionamento deste tipo de aparelhos. Cabeca com dispositivo de ataque í2) - A cane açÌua no dispositìvo de hf ìl Fig, 2.6 - Actuação dos Fins-de-cuno Como se pode constatar e tal botões de pressão de impulso, também os eléctricos destes interruptores fim-de-curso tidos na posição de repouso.por uma Quando o dispositivo de ataque é came em virtude do deslocamento da contactos são accionados posição de trabalho, mantendo-se nessa enquanto a came pressionar o dispositivo Logo que a came deixa de actuaro os voltam à sua posição de repouso. Existem também interruptores fim posições mantìdas, dos quais se mostra na fig. 2.7 , onde o dispositivo de ataque duma cruzeta, que ao ser actuada pela lPREsIfõi. , BlRlf f i ; - : ì+= i i . t l f r l f ô l n l n o l l . I t l s l t l t I J Fl;lïfil[1.FE] /T\ ffillïtilï|.iì \!/ EtlStSltll Lu-J:EJ Came lÜ FiS. 2.4 - Terminal de exploração 2.1.2 - Detecção de informações Às ordens de marcha dadas pelo operador, por meio dos elementos de Diálogo, responde a máquina com deslocamentos, rotações, alterações de estado, etc., os quais devem ser detectados por sensores ade. quados, de forma a que o seu funcionamento possa ser seguido e controlado. 2.1.2.1- Detecção de movimentos, posicio- namentos, contagem, etc. 2.t.2.1.1 - Interru ptores de posição Também designados por Interruptores fim- de-curso , de que se representam dois modelos na fig. 2.5, destinam-se básicamente a detectar movimentos eposicionamentos emmáquinas móveis. Com cabeça de movimento angular Com cabeça de movimentorectilíneo , I R \ F7à í--'1 ^ J Fig. 2.5 - Interruptores de posíção (ins-de-curco) 16 : l oLo--\ ---- 7 =l Nl tonlacto NA fecha ; contaclo NF posição, fazendo com que os contactos 11) - Fim-de-tutso não ac Corpo conr conlactos onde forma ou para os para a posição ataque. a forma mudade pela t. os mantendo-se fixos nesse novo estado enquanto não houver outra acção sobre a cruzeta' (Pos.2) (Pos. l) Fig. 2.7 - Fim4e-curso de posições mantidas Considerando a pos. 1 da Íig. 2.7 como posição de repouso, veri{ica-se que os dois contactos do aparelho são neste caso do tipoNA (13-14 e23-24). Logo que haja um movimento da máquina que obrigue a came a actuar sobre a cruzeta, basculando- a para a posição 2, o contacto 13-14 fecha e o contacto 23-24 mantém-se aberto, ficando ambos fixos nesse estado. Quando o movimento se der em sentido contrá- rio, partindo da pos. 2 para a pos. l, o basculamento da cruzeta".:por acção da came obrigará o contacto 13-14 a voltar a abrirn mantendo-se23'24 aberto' Se o movimento continuar no mesmo sentido, ao se dar novo basculamento da cruzeta, será a vez do contacto 23-24 fe'har, mantendo-se aberto o contacto 13-14, como se mostra na posição (3)' Os fabricantes deste tipo de aparelhos dispo' nibilizam habitualmente outras combinações de contactos. Entretanto, quando da realizagão dum esque- ma eléctrico comportando interruptores fim-de-curso, devem os respectivos contactos ser representados em função do posicionamento da máquina. cMA-ATl-7104 2.1.2.1.2 - Detectores electrónicos Atendendo ao aumento das cionamento das máquinas industriais, cias de produção, tornou-se s€nsores capazes de resPonda cadências sem se deteriorarem' Foram então concebidos já não uma tecnologia electromecânica Interruptores fim-de-cutso, mas uma electrónica, em que deixou com os objectos a controlar. Estes novos sensores, desi Deteclores, têm normalmente corpo ci cado ou corpo paralelipiPédico e tipos , conforme a função a que se desti - Detectores de proximidade indut - Detectores de proximidade - Detectores foto-eléctricos. 2.1.2.1.2.1- Detectores de proxim indutivos Estes detectores, de que se exemplos na fig. 2.8, destinam-se à objectos metálicos a curtas distâncias detecção de 1 a cerca de 60 mm). a) Forma cilíndrita FiS. 2.8 - Detecrores de pnximidade São constituídos por um osci um campo electromagnético na cabeça representada por uma bobina, o qual ao pela presença dum objecto metáli proximidade e dentro do respectivo que o estado de saída "passante" ou "não PI R I u '-l---F----\ sl * l e l R l +\ { s l É lm (Pos. 3) P I R I -\r Él t l detector seja igualmente alterado (fig. do b) Forna par de fun- exigên- conceber utilizando a dos nologia mecânico dos por ros- ser de três ade dois de alcance de produz detecção, alterado o na sua fazcom (1) 0eteclor tom saÍda "NA" \ (bjftìo . d.trrÌa (1) Oetector com saÍdã "NF" al sem presenca de objrclo ---> Saïda passanle b) ton presenca de objerlo ---r SaÍda não passanle SaÍda NA SaÍda NF Associação em sÉrie Fig. 2.10 - Detectores indutívos tipo 2fios b) Detectores indutivos do tipo 3 Íiog Para utilização apenas em corrsrÌte contínÌra' têm 2 condutores para a alimentação e I dondutor para ligação à carga a comândar, com I saídhNA ou NF (PNP-carga ligada ao negativo ou NPN- carga ligada ao positivo), conforme afrg2.ll. Tipo PNP - saÍda {F + Fí9. 2.11 - Detectores índutivos tipo 3 lid; qMA-ATl-7/04 ôh.lc I d.t.rt* Fig. 2.9 - Púncípío defuncionamento dos delectores induíivos De acordo com a técnica de construção e as, respectivas ligações, os detectores indutivos podem ser do tipo 2 fios, j Jìos ou 4 fios. a) Detectores indutivos do tipo 2 lios Para utilização em corrente contínua ou alternada, têm 1 saída NA ou NF e devem ser ligados em série com a carga a comandar (fig. 2.10). A sualigação em série com outros detectores tipo 2 fios é possível em determinados casos (apare- lhos multi-tensão), mas não é aconselhável a sua Iigação em série com interruptores fim-de-curso ou outros contactos mecânicos, pois a abertura destes cortaria a alimentação electrica necessária ao funcionamento dos detectores. A ligação em paralelo com outros detectores ou contactos mecânicos não deve ser realizada por razões funcionais. 18 Tioo Ptf - saÍda NA ïipo NPN - saÍda llÀ Tipo NPN - saÍda A associação dos delectores tipo 3 fios com outros detectores idênticos pode ser feita em série ou em paralelo, sendo no entanto aconselhável esta última por não impôr qualquer restrição nâ sua utilização (fig. 2.12). Fig. 2.12 - Assocíação em parulelo de detectorcs indutívos tipo 3 Jíos c) Detectores indutivos do tioo 4 fios Para utilização apenas em corrente contínua estEs detectores possuem, além dos 2 condutores para a alimentação,Z condutores para as saídas NA./ NF, (PNP ou NPN), (fig. 2.13). Tipo PNP- saÍdas NA/NF Tipo NPN - saÍdas NA/NF Fí9. 2.13 - Detectores indutivos típo 4 fios cMÁ-Aï1.?/04 Além dos detectores indutivos indicados, existem outros, com programação do estado das saídas e da polarização, afim de facilitar a escolha do material, adaptando-o facilmente à utilização. $ì Outros detectores indutivoq - Detectores analógicos com sirlal de saída variável em fi:ngão da distância ao objecto a detectar; - Detectores para controlo de iotação; - Detectores ti\o NÁMURpara utilização em zonas de segurança intínseca (ambientes gxplosivos). 2.1.2.1.2.2 - Detectores de proximidade capacitivos Destinados à detecção demateriais metólicos e não metálicos de qualquer tipo, apresentam-se normalmente com forma cilíndrica. São constituídos por um oscilador que produz um campo electromagnético na cabeça de detecção, representada neste caso por um condehsador, cuja capacidade ao ser modificada pela pilesenga dum material na sua proximidade, altera o campo e consequentemente o estado de saída db aparelho. Oefector capaciÌìvo com saída "NA" al !.9@tj3J ---r SaÍda não PassanÌ3 6I U !ggl19g|3-g3!g!! ---) SâÍdà Pessãntê Fig, 2.14 - Detectores de proximidade capacitivos t9 2.1.2.1.2.3 - Detectores fotoeléct ricos Estes detectoÍes, também vulgarmente designados por "C élulas fotoelëctricas ", destinam- se à detecção de objectos opacos de qualquer natureza e têm alcances de detecção que vão desde alguns milímetros a várias dezenas de metros. d€tector Íorma paralelipipédica reflector detectof Íorma cilíndrica Fí9. 2. 1 5 - Deíectorcs Íotoelécíricos Podem ser de forma paralelipipédica ou cilíndrica (fig.2.15) e são fundamentalmente constituídos por um díodo electro-luminescente, o emissor, cuja função é emitir um feixe luminoso, normalmente de raios infravermelhos e por um foto- transistor, o receplor, que capta aquele feixe, o qual ao ser intenompido pela passagem dum objecto opaco, provoca a alteração do estadode saída do detector (fig.:2.16). Objeclo a Emissor R€ceptor Fig. 2.1 6 - ÁcÍuação dos detecíores fotoelëctricos (tipo barrogem) detectar ì Construtivamente, sob o aspecto df ligação eléctrica, os detectores fotoeléctricos podefn ser do tipo!frq 3 .fios ou Sfos. Os aparelhos do tipo 2.íìos.para utili{ação em corrente alternada, ligados em serie com d carga a comandar, têm saída estática, enão devem {ser asso' ciados, quer em série, quer em paralelo, cofn outros detectores ou contactos mecânicos. Os aparelhos do tipo 3-fu, para r{tilização apenas em corente contínua, têm 1 saíd{ estática 'Ì.I4" ou ngptr, (PNP-carga ligada ao ne$ativo ou NPN-carga ligada aopositivo). Podem ser a{sociados em paralelo com ouüos detectores. Os aparelhos do tipo 5.fìos.para utilifação em corrente alternada ou corrente bontinua, tpm saída por relé com 1 contacto inversor UNA/l.lFu e podem ser associados em série ou em paralelo cofn outros detectores. Básicamente existem 3 sistemas de detecção foto-eléctrica: - sistema barragem; - sistema reflex; - sistema de proximidade. Em qualquer destes sistemas, podfm ainda escolher-se os detectores fotoelectricos spgundo o tipo de comutação pretendido: ' comutação clara. em que a saída actuada quando hâpresença de feixe luminoso no - comutação sombra, em que a está actuada na ausência de feixelüminoso receptor. Os fabricantes destes materiais, dis ainda detectores gue perÍnitem ao utili progra- melhormar qualquer das comutações, de forma adaptá-los ás aplicações. a) Sistema barragem Neste sistema, que permite os alcances de detecção, emissor e receptor estão fïsicamente e colocados à distância, um face do e 2 .17 ,outro, conforme mostrado nas figuras 2, onde, nesta última, também se 20 diversas comutações mais utilizadas. as Qualquer objecto, que ao passar entre o emissor e o receptoÍ interrompa o feixe luminoso, provocará a alteração do estado de saída do detector. Sistoma Barragem Beceptor Emlsoor Comutação eombrs - üpo 3 fioe (obiêctoausente) + EmlasoÍ Fig, 2.17 - Sísíema banagem cMA-ÀTt-?/04 b) Sistema reflex Aqui, emissor e receptor estão cqlocados no mesmo invóluçro. O feixe luminoso é e{rviado para um reflector colocado à distância, con$tituído por espelhos triédricos, sendo reflectido parà o rêceptor (f ie.2.18). Sempre que o feixe for interrotnpido pela passagem dum objecto, o estado de saída do detector será alterado. $istema reflex Comutacão clara Tlpo 2 lïo8 (obiocto aueente) - ïpo 6 fioB Espelho rellector Gomutacão sombra ï1oo 2 floa (obJecto ar.pente) Comutação clara - tlpo 2 fios (obiecto aueente) Comutaç6o clara - üpo 3 ffos (objecto ausenle) Comutac6o <iara - üpo 5 fioe (objocto presente) BN BU Tipo 3 ffoE (obj€cto aus€nte) Comutacão somlra - üpo 2 fios (oblecto ausente) Tl0o 5 flo8 Comutacão sombra - üpo 6 fios (obJecto preeenle) .t]po 3 tios {objecto awente} Fig. 2.18 - Sistema refiex 21 c) Sislema de proximidade Neste sistema, emissor e receptoÍ estão colo- cados no mesmo invólucÍo, sendo a reflexão do feixe luminoso feita directamente pelo objecto a detectar (fig. 2.19), o qual ao passar dentro da zona de detecção, provoca a alteração do estado de saída do detector. A adaptação do alcance de detecção, para evi- tar interferências do plano posterìor, é feita por um potenciómaro normalmente incluído no detector. Sistema de proximidade Comutacão clara ïpo 2 Íiog Tbo 5 fior {objôcto ausenlo){obhcto aueente) 2.1.2.2 - Detecção de nível de líquidos 2.1.2.2.1 - Interruplores de controlo Para detectar e controlar o nível de líqu depósitos, poços, etc., utilizam-se tfI de controlo de nível", também desi "Interruptores de níveltt ou "Inte boia'f , cuja forma construtiva éfunção da ut O aparelho representado na figura corìstituído por uma caixa estangue, no i qual se encontram os contactos, NA+ I NFrr, quemudam de estado quando por um dispositivo constituído por uma uma boia, ,um contrapeso e'qm cabo, selecciona, 'por meio de esperas :(batentes mriximo e o nível mínimo do líquido a í - NÍval mÍnimo el o l .ò\ T * l s l EmiBsor/receptor Tipo 3 fos (obircto augente) l : - - Tlpo 3 fioo lobjecto aueente) 22 Fig. 2.19 - Sistema de proximídade Fig. 2.20 - Interrupíor de nível de nível em ptores por res de é da t r 1 vanca, se o nível 2 - NÍvel mãximo Na figura 2.21, estâ representado um ouÚo Interruptor de nível, constituído por um boiador em forma de pera ou esfera, estanque, em cujo interior existe uma ampola fechada contendo mercúrio, o qual ao ser basculado pela alteração do nível do líquido a controlar, estabelece ou interrompe o contacto entre eléctrodos metálicos também exis- tentes no interior da ampola. 2 - NÍvet máximo ::,Fig. 2.21 - Interruptor de nfvel de líquídos 2.1.2.2.2 - Relés de controlo de nível Outra forma de controlar o nível de líquidos no interior dum reservatório, é pela utilização de relës de nível electrónicos associados a eléctrodos ou sondas metálicas conforme se mostra na figura 1 1 1 Fig. 2.22 - Relé electrónico de controlo de nível cMÁ-Ar-7/04 Na figura 2.23 pode a mento deste tipo de relés. o funciona- 1 - NÍvet mÍniÍno , tt t tt t ltr It /1 |t l \ | l \J I # g ,b Lil o___\ F l - l o u l + ló---'r t r l Assim, com o relé sobtensão, o líquido, ao subir no reservatório, atinge o de nível alto N2. estabelece-se o circuito enheN2 e relé.N3 e altera-se o estado dos contactos Logo que o nível do líquido atingindo o retornam àeléctrodo de nível baixo N3, os sua posição inicial só voltando a o seu estado quando tomar a ser atingido o nível alto e assim sucessivamente. a) Depóslto vazio b) LÍquido atingo o nÍvel alto c) Líquido desce ao nível Elécüodo de 'rl Ë t l t lV ïI Ii ï ï ão l ' Fig. 2.23 - Funcíonamenlo dum z5 2.1.2.3 - Detecçâo de pressão 2.1.2.3.1 - Pressostatos e Vacuostatos Para detectar e controlar pressões em circuitos hidráulicos ou pneumáticos, utilizam-se aparelhos denominados "Pressostatos" e para a detecção e controlo de depressões, t'Vacuostatosr'. Estes aparelhos (frg.2.24), são constituídos por um invólucro metálioo, de forma mais ou menos paralélipipédica, no interior do qual se encontÍa um mecanismo, com base em molas calibradas e alavancas, accionado por uma membrana plástica, no caso de baixas pressões ou por um êmbolo metálico, no "Caso de altas pressões, sendo a sua ligação ao circúito do fluído cuja pressão sepretende controlar, efectuada por uma união roscada. _ 9 t F llr l.-\ ---7 - * l N l Fig. 2.24 - Pressostato de comundo No caso de aparelhos utilizados em circuitos auxiliares Qtressosíatos de comando), quando o fluído pressiona a membrana ou o êmbolo, o mecanismo bascula e actuam os contactos eléctricos, '1 NA + 1 NFu, quemudam de estado ao ser atingido o valor de pressão ou de depressão pré-regulado . Estes contactos voltam ao seu estado inicial quando a pressão volta a descer dum determinado valor, chamado diferencial de pressão, que nalguns aparelhos pode ser regulado (pressostatos de regulação)enoutros é fixo (pressostatos de detecção), em função do valor da pressão regulada. 24 Na figura 2,25, sáo aPresentadas duas característìcas de funcionamento de respectivamente com e sem regulação do di de pressão, obtidas por ensaios dinâmi pelos fabricantes. Como se veriÍica na primeira curva ( pressosíato de regulação, se a pressão for regulada para um valor máximo de 10 em que os contactos basculam quando a sobe), verifica-se que o valor mínimo da descendente pode ser regulado entre 2,5 e (valor em que os contactos voltam à sua inicial, quando a pressão desce). Na segunda curva (b), dum de detecção, se a pressão ascendente forpara um valor máximo de 8 bar, o valor da descendentg função de construção do de 6,8 bar, donde um diferencial fixo de 1 6,8 = 1,2). (a) Pregsoelaìo de regulagão b€t r6 10 È Preesão d€Bcsndônts (b) Pressoststo de detecção ' PressÍo dagcendente Fig. 2.25 - Pressostsíos de comando. Camss de luncíonamento Há determinadotipo depressostatos, sobretudo em compressores de ar ou em de bombagem, cujos contactos cortam di o circuito de potência dos motores que compressores ou as bombas, sendopor isso pressostatos de potência . c otË o o o 6 ,8 o 6 I IL o bar ã t z!t 6 1 0 $a o B 5 ID EÀ o vas Logo feitos ), dum (valor ,7 bar apenas lada será (8 - ilizados lações mente os 2.1.2.4 - Detecção de temPeratura 2.1.2,4.1 - Termostatos Na detecção e controlo detemperatuÌas utiliTam- se " Termostatos'r (ftg. 2.26). Sob o aspecto construtivoo um termostato é um pressostâto de membrana no qual a ligação roscada quepermitia o contacto com o fl uído, cujatemperatura se pretende controlar, foi substituída poÍ um bolbo, no interior do qual existe um Íluído próprio que' em função da temperatura e por efeito desta, se dilatao obrigandoa membrana a fazer bascular o mecanismo, com a consequente mudança de estado dos contactos eléctricos'i("1 NA+ I NF"). O rétorno dos contactos electricos ao estado inicial dá-se quando a temperatura a controlar baixa em fi.rnçãodo diferencial detemperatura do aparelho. Fig. 2.26 - Termostaío Tal como nos pressostatos, os terÍnostâtos dizem-se de regulação quando o diferencial de temperatura pode ser regulado isto é, quando se podem afixar dois níveis de temperatura, mâximo e mínimo, em função das curvas de funcionamento do aparelho, ou de detecção se o diferencial de temperatura não pode ser alterado, sendo neste caso função do valor da pressão pré.regulada. cMA-AT1-7/04 2.1.3 - Tratamento das inform Considerada como o cérebro do esta função recebe as informagões homem-máquina e da Detecção,veri as de acordo com a lógica do comando e de ligar ou desligar ao Dispositivo informando simultâneamerfte o Diál máquina do desenrolar das operações. Nos automatismos mais tecnologia coblado, interliga automatismo ou contactores cablada eléctrica) ou células cablada pneumática) e nos a complexos, tecnologia programada, programáveis ou cartas baseadas em microprocessad programável). 2.1.3.1 - Contactores auxiliares. Sendo principalmente uti l i automatismos de lógica cablada, os awciliares e os relds de automal servem também como i associados aos autómatos Contactor auxiliar Fìg. 2,27 - ContacíoÌ auxiliar e relë de auíomatismo 9 t F l\7 s l S l Diálogo , tala- as ordens potência, homem- utiliza-se relés de (lógica (lógica mos mals esoecíÍicas ( lógica os nos conlactores (fre.2.27) de saída; Na figura 2.28 está esquematizado o princípio de funcionamento dum contactor auxi l iar, fundameirtalmente constituído por um electro-iman cuja bobina, com um grande número de espiras de fio condutor isolado, ao ser percorrida por uma corrente eléctrica, origina um campo magnético que, ao atraír a armadura móvel do electro'íman, provoca o basculamento dos contactos electricos, designados por contactos awíliares. a) Bobina sem tonsão b) Bobina com tensão Contacto Contacto }.|A->íecha Ì\F )abrs d E auxiliaree Fig, 2.28 - Príncípio defuncionamento dum eoníactor auxilíar Como se pode verifìcar em (b), quando a bobina é colocada sob tensão, os contactos mudam de estado, isto é, os contactos NA fecham (estabelecern o circuilo) e os contactos NF abrem (intenompem o circuito). Logo que a bobina deixa de ter tensão os cont"actos voltam instantâneamente à posição inicial por efeito da mola de recuperação. 26 Tanto os contactores auxiliares como os relés de automatismotêm contactos electricos que permitem veícular corïentes eléctricas de baixo valor, cerca de l0A, dado que se destinam a circuitos auxiliares (de comando) e podem ser fornecidos com bobinas para alimentação em corrente alternada ou contínua. 2.1.3.1.1- Relés de automatismo extraíveis Os relés de automatismo podem ser do rlpo extraível, com pinos para montagem em bases e têm normalmente 2, 3 ou 4 contactos instantâneos inversores (NA/ÀIF), podendo nas bases de alguns deles ser inseridos modulos temporiza dores, módulos de visualização da colocação sob tensão, por LED (díodo electro.lumines cente) e môdulos deprotecção anti-parasitas, por díodo, varistância ou circuitoRC. Na figura 2.29 estâ representado um relë de automatismo tipo extraível, a sua base com 1 i pinos e 3 contactos inversores além do esquerna de ligações. extraível ReÍ. da base Annaüra frxa \ Esquema I s t N t * t S \ ' \ ' - \ - - \ - r l n l Fig. 2.29 - ReIë de auíomaíismo lipo exlraível Estes aparelhos têm a vantagem, relativamente aos contactores auxiliares e aos relés do tipo fixo de, sempre que seteúa de os mudar, por avaria, não ser necessário mexer na cablagem, pois esta é feita directamente nos terminais da base e não no relé. Base 6b-t6-@oo ooo^3o! a\ -d cMA-ÂTt-7/04 2.1,3.1.2 - Relés de automatismo iipo fixo Os re1és de automatismo também podem ser do tipo fixo, utilizando tecnologia electromecânica, electrónica ou pneumática, com as mais diversas funções necessárias aos automatismos, nomea- damente relés temporizadores ao trabalho, reles temporizadores ao repouso, relés pisca-pisca ou de intermitência, relés com contactos de passagem, relés de controlo de nível, etc.. a) ïemporizador ao Trabalho lill Aürlentaç€o f..- --'-'''------l I rrrT l r l A$rnontâcão fl]rl con taE tos l l l l :Hfii8Effi b) Temporizador ao Reporoo ContasbE "NÂ',16/18 'Nfr Ë/16 c) Relé 'decs-piõca" ÂSmenÌsção |[ Contaoloa 'NA' 15/18 -t'F 15/t6 Fig. 2.30 - Relés eleclrónicos tipofuo (saídas por contactos eléctricos) Na figura 2.30 podemos analisar os esquemas de funcionamento de vários relés electrónicos dotipo fixo: a) Temporizador ao Trabalho - quando a bobina é colocada sob tensão (terminais Al e A2), os contactos só mudam de estado apÓs decorrida a temporização pré-regulada. Quando se corta a alimentação à bobina, os contactos voltam instantâneamente à posição inicial. b) Temporizador ao Repouso - quando a bobina é colocada sob tensão, os contactos mudam instantâneamente de estado. Quando for cortada a alimentação à bobina, os contactos só voltam à sua posição inicial após decorrida a temporização pre- regulada. c) Relé "pisca-pisca" - quando a bobina for colocada sob tensão, inicia-se o "ligar-desligar" dos contactos à cadência pré-regulada, que se mantém até que se coÍte a alimentação à bobina. Os relés de automatismo do tipo fixo podem ter "saídas estáticas electrónicas" ou "saídas pol contactos eléctr icos", sendo estas úl t imas normalmente designadas por "saídas a relés". 2.1.3.1.3 - Contactores auxiliâres Os contactores auxiliates são, pela sua versatilidade, os aparelhos mais corÍentemente utilizados no Tr atamenío d as informaçõe sutilizando lógica cablada. A maioria dos fabricantes disponibiliza aparelhos de base com 4 ou 5 contactos instantâneos, nos quais sepodem encaixar, frontal ou lâteralmente, blocos.aditivos com 2 ou 4 contactos instantâneosn blocos com contactos temporizados ao Trabalho ou ao Repouso, blocos "de Memória" ou ainda outros norneadamente módulos "anti-parasitas" pot circuito RC, por Varistância ou por Díodo, que impedem a propagação de ruídos eléctricos, ditos "parasitos", evitando perturbações nos circuitos maispróximos. Os contactores auxiliares podem serequipados com bobinas para utilização em diversas lensões, das quais as normalizadas mais correntes são : - Em corrente alternada - 50/60 Hz 24 - 42148 - 1101127 '2201240e 380/415 V; - Em corrente contínua 12 - 24 - 36 - 48 - 60 -72- 1 10 - 125 - 220 V. 27 2.1.3.1.3.1 - Composição dos contactores auxiliares e seus aditivos mais utilizados Contactores auxiliares de base com 4 e 5 contactos instantâneos Com2NA+2NF El e l n l e l 9 l t ' j ï r ' I F - \ - - - - - F { + \ r r \ r l s l s l $ l $ l Com2NA+2NF (dos quais 1NA + lNF com sobreposição) i l e l n l 8 l \ l r ' ' t ? < lI t- -\- - -/- -r:+ \ r / \ r l s l n l E l $ l Com 5 NA r l e l R l s l e l 8 l\ ' t ' t ' \ ' r '| t s - \ - - t s - + - + - {t - - r J \ \ \ \ \ r l s l x l $ l * l l l Com3NA+2NF r l e l n l ç l 91 8 l\ ' ï : t \ ' \ ' L - - ' J \ / / \ \$l s l N l s l $ l ú l Blocos aditivos com 2 contactos auxiliares instantânêos, parâ montâgem frontal no's contactores de base C o m l N A + l N F r r ) l * l| ô t o l \ - - 7 + l N l . o l @ l EI E I Com 2 NA \- \ r t l e ln l o l - l - lr ô t ó l L - J N I N IÚ) l ( 0 l Com 2 NF Blocos aditivos com 4 contactos auxiliares instantâneos, parâ montagem frontal nos contactores de base com4NA rï{ ïr l s l Él s l com3NA+lNF 8 l r l p l E lË-+\-\r l s l r l Ël Com2NA+2NF G , l - l - l ( r , lÍ ) l | o l Í \ l O l r--J--Zr'\ / / \ sl s l Èl s l com lNA+3NF 8l u l r l a l\--F-r-r$l s l s l $ l Com 4 NF - t - t - t - ll o t . o t È t ó l' t_T_ï_J " í * í * í " ír Í r l o l F l o l Com2NA+2NF (dos quais I NA + INF com sobreposição) s l e l n l u l\ ' + ? 1 ' 3l $ l p l s l Blocos aditivos com 2 contactos auxiliares temporizados, para montagem frontal nos contâctores de base comiNA+1NF j I Ì l Temporizados ao Trabalh" lf ;ì Com lNA+1NF Temporizados ao Repouso N l ú t l o t o l EI EI 28 Blocos aditivos com retenção mecânica (de memória) Contactores auxiliares com retenção mecânica (de memória) com 4 NA el R l s l $ l - \ -- \ - \ - \ * l r l s l r l Os guadros anteriores pretendem mostrar as capacidades de criação de aparelhos, partindo de um dos contactores auxiliares de base, com 4 ou 5 contactos instantâneos, no qual se podem encaixar qualquer um dos blocos aditivos representados. Assirn, em função do aparelho de base, se no mesmo encaixarmos um bloço aditivo com 2 ou com 4 contactos, passaremos a ter um contactor auxiliar com 6, 7, 8 ou 9 contactos instantâneos. Se no aparelho de base for ençaixado um bloco aditivo temporizado, ao trabalho ou ao repouso, ficaremos com um contactor auxiliar com 4 ou 5 conlactos instantâneos e 2 temporizados (1 NF e 1 NA com o mesmo tempo de temporização). cMÂ-ÂTl-07/04 No caso do bloco aditivo temnoriz"âdo ao trabalho, quando a bobina do contactor onde o mesmo está encaixado for colocada sob tensão, todos os contactos instantâneos actuam, mudando de estado instantâneamente; os contactos do bloco temporizado só actuam passado o tempo pré- regulado. Quando for cortada a alimentação à bobina, todos os contactos instantâneos e temporizados voltam simultâneamente à posição inicial. Seno deconer datemporizaçãoa bobina deixar de ser alimentada, os contactos instantâneos voltam imediatamente à sua posição inicial, não chegando os contactos temporizados a actuar. No respeitante ao bloco aditivo lgpslizqdg 3.Q-Lsg!ì.Ê.g,, quando a bobina do contactor auxiliar onde o mesmo estiâ encaixado for colocada sob tensão, todos os contactos instantâneos e temporizados actuam, mudando de estado instantâneamente. Quando for cortada a alirnentação àbobina, os contactos instantâneos voltam imediatamente à sua posição inicial e os contactos do bloco temporizado só voltam à sua posição inicial após decorrida a temporização pré-regulada. O bloco de retencão mecânica encaixado num contactor auxiliar ou o contactor suxiliar com retenção mecânica, também designado por contactor de memória, podem ser utilizados sempre que se pretenda manter o contactor na posição fechada mesmo quando for cortada a tensão de alimentação à bobina. O seu funcionamento é o seguinte: - Quando for aplicada uma tensão aos terminais A1-A2 da bobina do contactor base os contactos mudam de estado e Íicam mantidos nessa posição mesmo que seja retirada a tensão à bobina ; - Para que os contactos voltem à sua posição inicial é necessário aplicar uma tensão aos terminais El-82 da bobina do bloco memória. - As duas bobinas não podern em caso algum ser simultâneamente alimentadas pois isso originaria a sua destruição. Como em cada contactor auxiliar de base apenas pode ser encaixado frontalmente um bloco aditivo, alguns fabricantes disponibilizam blocos de encaixe lateral, permitindo aumentar o número de contactos instantâneos dos aparelhos e deste modo libertar a sua face frontal paÍa a eventual montagem de blocos frontais temporizados, de memória, etc.- 29 2.1.3.2 - Autómatos programáveis Com a evolução da tecnologia electrónica e a necessidade cada vez maior das fábricas de automóveis em aumentarem as suas produções e reduzirem os respectivos custos de fabricação, foram concebidos no início dos anos setenta, os Autómatos Programávers quq a pouco e pouco, começaram a substituir os relés de automatismo e os contactores auxiliares no "Tratamento das lnformações", tornando'ss hoje em dia, erl todas as indústrias. nos principais componentes utilizados nesta função. Fig. 2.31-a) Auíómato programdvel compacto Fig. 2.3 1-b).Áutómato programdvel modular Os automatismos passaram então a ser realizados utiÌizando lógica electrónica programada, com base em jogos de instruções (programas), concebidos pelos projectistas de automatização com a ajuda de Consolas de Programação ou de wlgares Computadores, sendo depois transferidos para a .memória'o do autómato onde Íìcam armazenados para poderem executar as acções necessárias ao desenrolar do funcionamento da máquina ou instalação onde estão integrados. Com a tecnologia programada, torna-se extremament e fácil fazEr alteragões nos equipamentos quando há modificação nos respectivos esquemas de funcionamento, pois tudo se reduz a uma mudança de instruções na memória do autómato, contráriamenle 30 à tecnologia cablada onde normalmente qualquer modiÍìcação do esquema obriga a uma alteração na cablagem da instalação Muito elementares nos seus primórdios, os autómatos programáveis são hoje componentes de automatismo fiáveis, de fácil programação e colocação em serviço, com grande flexibilidade de adaptação aos equipamentos que controlam, permitindo um diálogo convivial com os operadores e homens da manutenção e dispondo de estruturas de base, comportando desde um número reduzido até milhares de Entradas/Saídas (E/S). Por construgão podem ser do "tipo compacto", onde a quantidade de Entradas/Saídas é fixa, ou do "tipo modular", effi que a quantidade de Entradas/ Saídas pode ser aumentada em função das necessidades do automatismo (Fig. 2.31-a -b). No aspecto da versatilidade de funções, os autómatos podem integrar, além de cartas ou blocos com funções lógicas "tudo ou nada"o blocos de temporizagão, blocos monoestáveis, blocos de registo, blocos de programação cíclica, blocos com funções analógicas" blocos de contagem/descontagem, blocos de posicionamento, blocos para comando de eixo, blocos de rede, blocos detexto, horodatadores, etc. 2.1.3.2.1- Estrutura dum Autómato Básicamente os autómatos programáveis (Fig. 2.32) são constituídos por um Microprocessador Allm€ntacüo Fig. 2,32 - Estruturs dum Autómato Programóvel que g€re todo o sistema em função das instruções confiadas à sua Memória (programa) e dos sinais recebidos nas Entradas, provenientes do "Diálogo homem-máquina" e da "Detecção de informações", cMA-Aït-07/04 "tratando-os" e agindo sobre as Saídas de forma a fazer funcionaradequadamente a máquina ou instalação onde se encontram integrados. Para que o auïómato possa funcionar, é necessário introduzir na Memória um progÍama constituído por uma sucessão de instruções que o seu processador interpreta e executa, desenvolvendo para isso um ciclo contínuo, controlado por um relógio interno, de leitura de cada instrução a realizar, sua descodificação, execução da ordem nela contida e passagem à instrução seguinte. A reaÌização do programa pelo programador é inicialmente feita numa memória "viva", do tipo RAM (mernória de acesso aleatório), que pode ser apagada, "'.possibilitando efectuar alterações e que pelo factoide ser volátil necessita duma bateria de salvaguarda para se evitar a perda das instruções em caso de falha de energia. Após criado o programa definitivo, será o mesmo transferido para uma mernória "morta", não volátil, dotipo PROM (memória programável só de leitura), com possibilidade de ser apagada apenas por um processo de emissão de raios ultra-violetas exterior ao autómato (EPROM) ou por um processo eléctrico (EEPROM). A comunicação entre o Microprocessador e o processo exterior é garantida pelos interfaces de Entradas e Saídas, isoladas galvânicamente para evitar a sua contaminação por ruídos eléctricos parasitas, as quais estão interligadas áquele e á Memória por um conjunto de condutores subdividido em diversos barramentos designados por "BUS". Uma, Fonte de Alimentação, que inclui dispositivos de protecção em caso de falha ou queda de tensão da rede, usualmente também integrada no autómato, garante o fornecimento da energia necessária ao funcionamento do coniunto. 2,1.3.2.2 - Escolha dum Autómato Os autómatos programáveis podem ser utilizados isoladamente no caso de pequenas instalações ou máquinas aulónomas, onde todo o esquema de comando com as respectivas funções de automatismo, estão contidos num único autómato (Fig. 2.33-a), ou, no caso de instalações complexas, cMA-ATr-07/04 constituídas por várias máquinas (Fig. 2.33-b), integrados em Redes (ETHERNET, FIP, MODBUS+, etc..), comportandodiversos autórnatos interligados, desi gnados por o'Escravos" comunicando entre si através de barramentos específicos (UNITELÌYAY, FIPIO, PROFIBUS, INTERBUS, etc..) e controlados por um autómato supervisor, designado por "Mestre", permitindo tempos de resposta aceitáveis. Fig. 2.j3a) - Áutómato a comandar amo máquína Fig.2.33b) - Instalação comvdrias mdguínas comandadapor uma rede de auíómatos Definida a arquitectura do automatismo com base na instalação a automatizar, os autómatos serão escolhidos em função do tamaúo da memória, do número e do tipo de Entradas e Saídas necessárias e da tensão de alimentação a utilizar, de acordo com os catálogos de escolha disponibilizados pelos diversos fabricantes. A alimentação eléctrica dos autómatos é habitualmente realizada em conente alternada (CA) 100...240V ou em corrente contínua (CC) 24Y, a alimentação das Entradas "Tudo ou Nada" a24Y- CC ou 1 1SV-CA, as Entradas Ánalógicas entre 0 e 1 0 V-CC e as Saíd as, que podem ser a.Relés (contactos NA), a valores ente24 e 240V-CA ou 24V-CC, ou por Transístores (lógicapositiva ou lógica negativa), a 24 Y -CC (F ig. 2.34-a-b). o 3BB " 31 Allmentôção Fig. 2.31-a) Áulómato com 9 Enlradas eTSaídasaReles + - Fig. 2.34-b) Aatómato com 9 EntÌodas e 7 Saídas a Transisíores 2.1.3.2.3 - Linguagens de programação Para programar um autómato é necessário dispôr duma Consola de Programação dedicada a esta função ou mais vulgarmente dum simples Computador no qual se introduz um programa 32 fornecido pelo fabricante do autómatoo comportando uma ou várias linguagens de programação. As l inguagens de Programação mais wlgarmente utilizadas são: a) Linguage ú " Liter al",baseada na linguagem informática, pomitindo programar desde funções simples sobre bits, palawas e blocos de funções até operações lógicas ou aritméticas mais complexas- Utiliza expressões do tipo IF..., T}IEN..., ELSE..., WHILE..., DO..., etc.' É usada pelos programadores mais avançados, habituados à linguagem dos computadores. É preterida por outros'tipos de linguagens de programação mais adaptadas á tecnologia dos autómatos, como: b) Linguagem de Contactos ou linguagem "Ladder'r (escada), baseada na simbologia dos contactos eléctricos e das bobinas, é a mais comum, dada a familiaridade ainda existente com os esquemas eléctricos convencionais, todavia, eÍn virtude dos autómatos programáveis terem tido a sua origem nos Estados Unidos da América, a simbologia utilizada pelos Microprocessadores destes aparelhos é baseada na simbologia americana, actualmente homologada pela norma IBC 1031.2, conforme apresentado no quadro seguinte: Símbolo Função Seg. IEC 1082-l LADDER j _t_T ContactoNA(EnffadaNA) Lt Contacto NF (Entrada NF) Ligação Horizontal Ligação Vertical _l-. ï {F Bobina(Saída) AlimentacËo 7 Saídag a TranaÍatorea cM^-ATl-07/04 c) Linguagem por "Lista de Instruções" ou Iinguagem "List' , baseada no emprego dos operadores Booleanos uE", "OIJ", ....(quadro seguinte), que associados a funções pré.-definidas de temporização, contagem/descontagem, sequen- ciadoras e outras , permitem equacionar duma forma simples as diversas operações a realizar pelo autómato. Logigrama Função Lógica t0.1 tú.2 uEu (AND) tS.r tí.2 uouu (oR) t0.1 td.2 "E Negado" (AÌ.{D NOT) 0.1 tç.2 "OU Negadot'(oR NOr) d) Linguagem o Gralcet" paraos automatismos sequenciais, baseada na divisão em etapas e transições do funcionamento da máquina ou instalação conforme simbologia do quadro seguinte: 2.1.3.3 - Interfaces de automatismo Para permitir compatibilizar eléctricamente os diversos componentes utilizados em circuitos de automatização equipados com autómatos programáveis, é preciso, na maioria das aplicações, empregaÍ aparelhos desigrrados por interfaces de automatismo que, de acordo com a respectiva utilizaçãq podem ser classiÍicados em: a) Interfaces de amplificação dos sinais de saída, que permitem compatibilizar os interfaces das Saídas Tudo ou Nada dos autómatos, com as bobinas dechamada dos contactores depotência, que exigem normalmente valores de corrente eléctrica incompatíveis com aquelas saídas. Podem ser dotipo electromecânico ou estáticos; b) Interfaces de adaptação dos sinais de entrada, que asseguram a adaptação dos diversos componentes da detecção de informações e do díátogo homem-máquina com as entradas dos autómatos. Podem ser electromecânicos ou estáticos para adaptar sinais Tudo ou Nada ou sinais Analógicos (detecção contínua de nível ou de temperaturan referências de potenciómetros, conversão de sinais analógicos de tensão ou de corrente em sinais numéricos ou o inverso, etc.); c) Interfaces de isolamento, quÊ possibilitam separar galvânicamentedois ou mais constituintes de automatismo entre si ou enhe sinais e a fonte de alimentação. 2.1.3.4 - Dispositivos' rr anti-pa rasitagem'f Todos os circuitos eléctricos e electrónicos estão sujeitos a perturbações transitórias provocadas por sobretensões parasitas que se desenvolvem quando, por exemplo, se corta a alimentação às bobinas dos contactores existentes nesses circuitos. Para eütar que estas perturba$e originem alterações no funcionamento dos autómatos, é necessáriocolocar em paralelo com aquelas bobinas, dispositivos designados wlgarmente por anti-parasitas, que limitam a energia desses sinais transitórios a níveis satisfatórios. Os dispositivos de anti-parasitagem mais frequentemente empregues são o "circuito RC", a "varistância" e o "díodo". Símbolo Grafcst Função ;==!-l - t | | |i l t l l | J l -T- Etapa Inicial .-rt l Etapa + Transição Ligação Vertical Ligação Horizontal (Agulhagem) Sequências Simultâneas cMÂ-ATl-07/04 J J 2.1.4 -Dispositivo de Potência Também conhecida por Com andodePotência, nesta função incluem-se todos os componentes utilizados no comando e protecção dos accionadores das máquinas ou instalações automatizadas. 2.1.4.1- Saídas-motor Dado serem os motores eléctr icos os accionadores mais frequentemente empregues, designa-se por Saída-moíor ao conjunto dos aparelhos que realizam o respectivo comando e protecção. Em qualquer saída-motor há que teÍ em consideraçãiiàs seguintes funções: a) Seccìonamento Necessário para isolar eléctricamente os circuitos de potência e de comando da rede de alimentação, de modo a possibilitar a manutenção ou a reparação da instalação em total segurança, com o equipamento fora de tensão. Para este fim (fig. 2.35), podem usar-se: - Seccionpdores; - Intgtuptore.s; - Interuuptores- seccionadores. Seccionador com fusíveis lntemrptor-seccion ador tripolar Fí9. 2.35 - Aparelhos de Seccionamento Dum modo geral todos estes aparelhos devem poder ser "consignados", isto é, disporem dum dispositivo que permita o seu bloqueio seguro e eficaz na posição de abertura, por meio de I a 3 cadeados e além disso possuir um ou dois contactos aux il iares'NA", decalados dos contactos de potência, que deverão obrigatóriamente ser inseridos em série no circuìto de comando da bobina do contactor ao qual estão associados, de forma a garantir que o seu fecho e abertura se dêem sempre em vazio. b) Protecção contra curto'circuitos Quando por qualquermotivo sedá uma ligagão directa entre fases, entre fase e neutro ou entre fases e a massa, ocorre um cilrto-círcuito, desenvolvendo- se então, uma corïente eléctrica dum valor extraordináriamente elevado.que se não for cortada muito rápidamente, poderá provocar graves danos nos componentes da instalação eléctrica. Os dispositivos mais utilizados para efectuar uma protecção eftcazcontra os curto'circuitos (fig. 2.36), são: - os Corta-circuitos.fusíveís. do tipo "aM ou de acompanhamento motor" para circuitos sujeitos a pontas de corrente elevadas no momento da colocação em serviço, como é o caso dos motores eléctricos, dos electro-ímanes, dos transformadores, etc., e do tipo " gC ou de distribuição" para circuitos resistivoso onde não existem pontas de corrente signifi cativas; existemem variados tamaúos, formas e calibres; - as Disjuntorgs magnëticos. que além de protegerem contra os curto-citcuitos, também podem ser equipados dum dispositivo de protecção contra os contactos indirectos. Fusíveis Disjuntor magnéiico tripolar Fig. 2.36 - Prolecção coníro cutío-circuitos nl \f r' ' l tripolar $$$ -l 'l 'l F-\+\ ",1 "l r l F"t lr.] tUv * l cilíndrico #|t tlrr# de facas )ïs$ J.i cMA-Aï-O7/04 c) Protecção contrâ sobrecargas Sempre que numa máquina é ultrapassado o valor da corrente absorvida pelo motor, motivado por razões mecânicas ou térmicas, dá-se uma sobrecarga, a qual poderá originar defeitos de isolamento nos cabosn queimarem-se os motores, ets.. Como protecção contra as sobrecargas (fig. 2.37), utilizam-se: - Relës térmicos; - Relés de sondas térmicas" associados às termistâncias inseridas nos enrolamantos dealguns motores electricos; - R.e:lés electomagnéticos de máxima tztensidatle: - Relés térmicos temqorizadores: - Relés el ectrónicos multïfunções. Os mais utilizados são os relés térmicoso constituídos por um conjunto de bimetais que, ao serem percorridos pela corrente eléctrica, aquecem e dilatam. Se o valor da intensidade dessa corrente elestrica ultrapassar o valor para o qual o relé está regulado, função da utilização, dá-se um maior aquecimento, donde uma maior dilatação dos bimetais, o que vai provocar o disparo do relé térmico, ou seja, a abertura do contacto auxiliar 'NFu e o fecho do contacto "NA" existentes no mesmo. Relé térnico tripolar Fíg. 2.37 - Prolecção contÌa sobrecargos cM.A-ATt-ü7/04 d) Comutação Tudo ou Nada É, por assim dizet, a função principal do Comando de Potência, que recebendo as ordens provenientes do Tratamento das Informações, estabelece ou interrompe a corrente electrica de alimentação aos accionadores. A peçu fundamental da Comutação Tudo ou Nada, no comando de motores eléctricos, é o C ontactor electr om agnétíco(fi g. 2' 38), cujoprincípio de funcionamento é idêntico aodocontactor auxiliar, descrito em 2.1 .3.1 ,mas cujos contactos, designados por contactos de potêncía ou polos,em número de 3 ou 4, são construídos de forma a poderem suportar correntes eléctricas de maior intensidade. Normalmmte os conlactores elecftomagné- Íicos possuem, além dos contactos de potência, um oumais contactos auxiliares instantâneos uNAu e/ou uNFu e neles também se podem encaixar blocos de contactos auxiliares instantâneos ou temporizadosn lal como nos contactores auxiliares, que serão actuados em simultâneo com os polos do contactor' quando a respectiva bobina for percorrida por uma corrente eléctrica. Contactor tripolar com I contacto auxiliar rNAn e I Ï\TF'l Fíg. 2.38 - Coníaclores elearomognëtlcos No mercado existem aparelhos que integram várias ou todas as funções anteriores, num único corpo, possibilitando economias de espaço ediúeiro, permitindo á sua substituição fácil e rápida, no interior dos equipamentos onde se encontram instalados. E o caso dos Disjuntores'motor magnelot.irmicos, dos C ontactor es-disjunlor es, et c,, 35 $* $+ u t t È l o l o l + \ ''-r--\ o t o l o l o l