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Processo do Trabalho 
Aula 22 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Defesas (continuação) ......................................................................................... 3 
1.1 Contestação .................................................................................................. 3 
1.1.1 Princípio da impugnação especificada (art. 341 do NCPC) ........................ 3 
1.1.2 Princípio da eventualidade (art. 336 do NCPC) ......................................... 4 
1.2 Objeto da contestação ................................................................................... 5 
1.2.1 Defesa processual (ou preliminares de mérito) ........................................ 6 
 
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1. Defesas (continuação) 
Nesta aula, passaremos a tratar das espécies de defesa. No Código de Processo Civil 
de 1973, havia uma previsão expressa nesse sentido no art. 297. 
 
Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida 
ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção. 
 
Esse artigo não possui um correspondente claro no CPC de 2015, entretanto, as 
respostas do réu, ou seja, as espécies de defesa, continuam sendo as mesmas, quais sejam: 
contestação, reconvenção e exceção. 
Cabe ressaltar que o NCPC não trata expressamente da exceção, mas apenas da 
matéria da mesma. 
 
1.1 Contestação 
A contestação é o principal meio de resposta do réu, tendo ela que atacar o pedido 
do autor feito na petição inicial. É na contestação que o réu apresentará toda a matéria para 
impugnar o pedido que foi feito na inicial pelo autor da demanda. 
Todas as vezes que se falar em contestação, deve-se ter em mente dois princípios 
inerentes ao tema: o princípio da impugnação especificada (341, NCPC) e o princípio da 
eventualidade (336 e 342, NCPC). 
 
1.1.1 Princípio da impugnação especificada (art. 341 do NCPC) 
Embora esse seja um artigo de processo civil, ele possui aplicabilidade no âmbito do 
processo trabalhista diante da omissão da CLT. Esse princípio significa que o réu terá que se 
manifestar de forma precisa e detalhada quando contestar, sob pena de presunção de que 
tudo que não foi detalhado pelo réu ser considerado falso. Cabe, entretanto, ressaltar que 
esta é uma previsão relativa, cabendo, assim, prova em contrário. 
O mesmo artigo traz, em seus incisos, três exceções a este princípio. 
 
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de 
fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo 
se: 
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I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
 
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da 
substância do ato; 
 
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor 
público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
 
Observe que, no parágrafo único desse artigo, existe uma cláusula que diz que este 
princípio não se aplica ao advogado dativo, ao defensor público e ao curador especial 
(apesar de ser muito raro ter esses três figuras no processo do trabalho). 
 
1.1.2 Princípio da eventualidade (art. 336 do NCPC) 
Por esse princípio, entende-se que o réu, na sua contestação, terá que atacar toda a 
matéria de defesa sob pena de acontecer a preclusão, tendo em vista que o momento da 
contestação é somente um. 
 
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas 
que pretende produzir. 
 
O NCPC traz algumas exceções a esta eventualidade, que estão previstas no art. 342, 
que também possuem aplicação no processo do trabalho. 
 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
 
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; 
 
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau 
de jurisdição. 
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Exemplo de um fato superveniente seria a grávida que entra na justiça do trabalho 
com um pedido de reintegração por ela ter sido dispensada durante a gravidez. Na defesa o 
autor poderá alegar que ela não foi dispensada, mas sofreu uma suspensão de alguns dias. 
Entretanto, após a defesa, posso aplicar uma justa causa (justa causa superveniente). 
Outro exemplo dessa exceção é quando o juiz conhecer uma matéria de ofício, por 
exemplo, as questões de ordem pública, uma litispendência, uma coisa julgada ou uma 
perempção. 
O último caso de exceção é quando a matéria puder ser conhecida em qualquer grau 
de jurisdição, como, por exemplo, as causas de impedimento do juiz. 
 
1.2 Objeto da contestação 
Via de regra, a defesa será dividida em rês “pedaços”. Primeiramente, será realizada 
uma defesa processual (art. 337 do NCPC), passando para uma defesa de mérito (que pode 
ser direta ou indireta) e, por último, realizar uma compensação, uma retenção ou uma 
dedução. 
 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
 
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1.2.1 Defesa processual (ou preliminares de mérito) 
Todas as vezes que aparecer em sua prova o tema “defesa processual”, você deverá 
lembrar do art. 337 do NCPC. A CLT é completamente omissa às questões de defesas 
processuais, motivo pelo qual será utilizado o CPC. 
As preliminares de mérito significam obstáculos e ordem processual que impede que 
o mérito seja apreciado. Por exemplo, um autor que alega que fazia horas extras. 
A primeira ponderação a ser realizada diz respeito ao inciso I do artigo 
supramencionado, pois ele tem relação com o art. 841 da CLT. 
 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
 
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, 
notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a 
primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
 
Ou seja, caso esse artigo não seja observado (art. 841 da CLT), o réu poderá, em 
audiência, solicitar o prazo previsto nele. 
A segunda peculiaridade diz respeito à perempção (arts. 731 e 732 da CLT), que já foi 
vista em aulas anteriores. A perempção não é a utilizada no processo civil, mas sim, a do 
processo do trabalho. 
 
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se 
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para 
fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do 
direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
 
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) 
vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.