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Biossegurança Profa: Msc Cynthia Oliveira Biossegurança • É o conjunto de ações voltadas para prevenir ou minimizar os riscos para profissionais de saúde que trabalham com materiais biológicos. Precauções • Padrão • Contato •Respiratório Gotículas Aerossóis • Infecções entéricas • Abscessos • Herpes simples • Infecções virais • MDRs • Conjuntivites • Impetigo • SIDA • Hepatites • Sífilis Casos para prevenção por contato • H. influenzae tipo b • Meningococo • Difteria • Coqueluche • Caxumba • Rubéola • Hanseníase Casos para prevenção por gotícula Casos para prevenção por aerossol Tuberculose• Varicela• Herpes Zoster• Sarampo• EPI Materiais Pérfuro-cortante Não reencapar agulhas• Não desconectar as agulhas das seringas• Desprezar pérfuro• -cortantes em recipiente adequado Não jogar pérfuro• -cortantes no lixo comum Nunca ultrapassar o limite da capacidade do • coletor de material pérfuro-cortante Utilizar luvas de procedimentos para punção • venosa e coleta de sangue Identificação e Classificação dos Resíduos • Grupo “A” – Biológicos • Grupo “B” – Químicos • Grupo “C” – Radioativos • Grupo “D” – Comuns • Grupo “E” – Perfuro cortantes (Resolução RDC ANVISA nº 306/04) Grupo “A”: Infectantes Resíduos que apresentam risco à saúdepública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos (bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, microplasmas, prions, parasitas, linhagens celulares, outros organismos e toxinas) Ex.: Kits de linhas arteriais, endovenosas e dializadores, bolsas transfusionais de sangue ou hemocomponentes,meios de cultura, vacina vencida ou inutilizada, filtros de ar e gases, tecidos, membranas, órgãos, placentas, fetos, peças anatômicas, animais, carcaças e vísceras, objetos perfurantes ou cortantes, excreções, secreções, líquidos orgânicos, ou outro que tenha tido contato, materiais descartáveis que tenham entrado em contato com paciente. Grupo “B” Químicos Resíduos que contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade. EX.: Drogas• quimioterápicas e outros produtos que possam causar mutagenicidade e genotoxicidade e os materiais por elas contaminados; Medicamentos• vencidos, interditados, não utilizados, alterados e impróprios para o consumo, reagentes de laboratórios, resíduos contendo metais pesados, antimicrobianos e hormônios sintéticos, etc; Demais• produtos químicos considerados perigosos, conforme classificação constante da NBR 10.004 da ABNT; Grupo “C” Radioativos Resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido as suas características de radiações Ionizantes, radiação cósmica; radiação natural dos materiais; Enquadram-se neste grupo os resíduos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN 6.05; Grupo “D” Comuns São todos os resíduos que não oferecem qualquer tipo de perigo à saúde ou ao meio ambiente, equivalem-se ao lixo doméstico ou os Resíduo Sólido Urbanos. Ex.: Papeis, Restos de Alimentos e etc. NOTA: É nesse grupo que se encontram os resíduos recicláveis. Atenção: Qualquer resíduo comum se for contaminado com resíduos perigosos, torna-se igualmente perigoso. Grupo “E” Perfurocortantes Materiais perfurocortantes ou escarificantes tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, lamina de bisturi... etc. Infecção Infecção• é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do local afetado Infecção Hospitalar De• acordo com a Portaria No 2616 de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde: Infecção• hospitalar (IH) é aquela que se adquire após 48 horas da admissão, em qualquer instalação de cuidado a saúde, se manifestando no decorrer do período de internação, ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou com procedimentos hospitalares Vias de entrada de microrganismos Vias respiratórias• Lesões de pele e mucosas, FO• Corrente sanguínea• Vias urinárias• Via gastrointestinal • Conceitos em Infecção Hospitalar • Contaminação Presença transitória de microrganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Pode ocorrer em objetos inanimados ou em hospedeiros. Ex.: Microbiota transitória das mãos. Colonização • Crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica. Ex.: Microbiota humana normal. Microbiota residente da mão Conceitos em Infecção Hospitalar Infecção Prevenível • É a infecção em que a alteração de algum evento relacionado pode implicar na sua prevenção. Ex.: Infecção cruzada (aquela transmitida de um paciente para outro, geralmente tendo como veículo o profissional da saúde). Conceitos em Infecção Hospitalar Infecção Exógena • É a infecção que resulta da transmissão a partir de fontes externas ao paciente. Os Microorganismos patogênicos não fazem parte da microbiota do indivíduo Ex.: Varicela. Conceitos em Infecção Hospitalar Infecção endógena • É a infecção oriunda da própria microbiota do paciente. Ex.: infecções por enterobactérias em imunossuprimidos. Conceitos em Infecção Hospitalar Infecção Metastática • É a expansão do agente etiológico para novos sítios de infecção. Ex.: Sepse com foco inicial Respiratório (Pneumonia). Conceitos em Infecção Hospitalar Classificação de artigos Artigos críticos• Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema, requerem esterilização. Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante e cirúrgicos Artigos • semi-críticos Os artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semi-críticos e requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização. Ex: cânula endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, Endoscópios Classificação de artigos Artigos não críticos• Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente e requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível Ex: termômetro, materiais usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente Classificação de artigos Limpeza Antes• de dar início a processos de desinfecção ou esterilização deve-se remover, através da aplicação de água, sabão ou desincrustaste, toda matéria orgânica residual do artigo a ser processado (urina, fezes, secreções, etc.) • A limpeza dos artigos pode ser manual ou com máquinas (de lavar ou de ultrassom) que utilizam água e sabão, e produtos enzimáticos e/ou químicos Depois• de realizada a limpeza os artigos, devem ser enxaguados de maneira abundante em água corrente e secos com pano limpo ou compressa. Desinfecção • É o método capaz de eliminar a maioria dos organismos causadores de doenças, com exceção dos esporos Fatores• que Interferem na Eficácia da Desinfecção - Limpeza prévia mal executada - Tempo de exposição ao germicidainsuficiente - Solução germicida com ação ineficaz - Temperatura e pH do processo Desinfec• ção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. Desinfec• ção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. Desinfec• ção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou esporos bacterianos. Esterilização • É o método que destrói todos os organismos patogênicos (bactérias, fungos, esporos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos, químicos e físico-químicos. Físicos: autoclaves, estufas, pasteurizadoras, radiação ultravioleta, raios Gama, flambagem Químicos: aldeídos (glutaraldeído, formaldeído), ácido peracético (utilizado no reprocessamento de dialisadores) Físico-químicos: esterilizadoras a óxido de etileno, e plasma de peróxido de hidrogênio Processo de Enfermagem HISTÓRICO Idade• (com o avanço da idade, o sistema imunológico sofre alterações que podem reduzir a capacidade de proteção do organismo) Estado• nutricional (a baixa ingesta de proteínas, carboidratos e gorduras colabora com a diminuição da capacidade de defesa corporal e ainda influencia o processo de cicatrização tecidual) Estresse• emocional ou fisiológico (há o aumento da liberação de cortisona, e consequentemente uma diminuição da capacidade de resposta antinflamatória do organismo) Processo• da doença (a progressão da doença pode comprometer ou não a resposta imunológica e inflamatória) Terapia• medicamentosa realizada (algumas drogas possuem como efeito adverso a diminuição da capacidade imunológica, alterando os valores de leucócitos, neutrófilos e outros componentes sanguíneos) REGULAMENTADO PELA PORTARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE No 529, DE 1O DE ABRIL DE 2013 O paciente é colocado sob risco durante uma intervenção feita para melhorar sua saúde? É possível causar algum dano ao paciente durante os cuidados de saúde que proporcionamos? A resposta alarmante é SIM Dentro dessa realidade, surge o campo de trabalho ligado à Segurança do Paciente O que é Segurança do Paciente? Segundo a Organização Mundial da Saúde, em documento publicado em 2009, o conceito de Segurança do Paciente se refere à redução dos riscos de danos desnecessários* associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável*. * The Conceptual Framework for the International Classification for Patient Safety v1.1. Final Technical Report and Technical Annexes, 2009. http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/ O que são esses danos desnecessários? Esses danos desnecessários são conhecidos como EVENTOS ADVERSOS Os Eventos Adversos são danos não intencionais decorrentes da assistência prestada ao paciente, não relacionados à evolução natural da doença de base. Obrigatoriamente acarretam lesões mensuráveis nos pacientes afetados, óbito ou prolongamento do tempo de internação. Qual a importância dos Eventos Adversos? A importância dos Eventos Adversos reside na indicação de falhas na Segurança do Paciente, refletindo o marcante distanciamento entre o cuidado real e o cuidado ideal. Em outras palavras... A Segurança do Paciente não é nada mais que a redução de atos inseguros nos processos assistenciais e o uso das melhores práticas descritas de forma a alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente. Estimativa do Impacto no Brasil Federação Brasileira de Hospitais: 7543 hospitais Dados de 2006: cerca de 11.000.000 de internações pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e 4.000.000 de internações no setor privado, em um total estimado de 15.000.000 de internações em 1 ano. A partir de dados do estudo brasileiro, teríamos uma incidência de 7,6% de pacientes com eventos adversos. Teríamos, portanto, 1.140.000 pacientes sofrendo eventos adversos no Brasil por ano. Fatos Adolescente de 12 anos morreu após ter vaselina injetada no lugar de soro Médicos operam pé errado e paciente se revolta: 'Fui tratado como lixo' Cinco pacientes morreram infectados por bactéria Auxiliar de enfermagem corta parte do dedo de criança em São Paulo O Programa Nacional de Segurança do Paciente OBJETIVO GERAL Contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Implantarü a gestão de risco e os Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde; Envolverü os pacientes e familiares nas ações; Ampliarü o acesso da sociedade às informações Produzir,ü sistematizar e difundir conhecimentos; e Fomentarü a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde. Elaborarü e apoiar a implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do paciente Principais tarefas do Núcleo de Segurança ao Paciente Elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o plano • local de Segurança ao Paciente Implantar os protocolos de segurança e realizar o • monitoramento dos seus indicadores Protocolo de Cirurgia Segura ü Protocolo de Úlcera por pressãoü Protocolo de Higienização das mãosü Protocolo de Identificação do Pacienteü Protocolo de Medicação Seguraü Protocolo de Queda ü Participar ativamente do sistema de notificação de • incidentes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Pesquisar a cultura de segurança do paciente• O Programa Nacional de Segurança do Paciente Metas definidas para o PNSP O que é a Rede Sentinela? Conjunto de instituições de saúde que atuam de forma articulada com os entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, na vigilância de eventos adversos e queixas técnicas relativas aos produtos sujeitos à vigilância sanitária. Premissas de uma rede: não há limites, objetivos comuns, cooperação, transparência, comunicação horizontal. Estratégica para a Segurança do Paciente: informação qualificada. Monitoramento Tecnovigilância• - Segurança sanitária de produtos para saúde pós comercialização (Equipamentos, Materiais, Artigos Médico-Hospitalares, Implantes e Produtos para Diagnóstico de Uso "in-vitro"). Farmacovigilância• - Atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos. Eventos adversos causados por desvios da qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação Hemovigilância• - Procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue, com o objetivo de obter e disponibilizar informações sobre os eventos adversos ocorridos nas suas diferentes etapas, da captação até a administração. Biovigilância• - Controle que abrangem todo o ciclo do uso terapêutico de células, tecidos e órgãos humanos desde a doação até a evolução clínica do receptor e do doador vivo. OBRIGADA!