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Documento e história

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
graduação em história
Documento e História: uma relação de dependência.
Ibaiti
2010
Documento e História: uma relação de dependência.
Trabalho apresentado ao Curso Graduação em História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Seminário I.
Prof. Taíse Ferreira da Conceição Nishikawa
CONCHINCHINA
2010
1.INTRODUÇÃO
 Neste trabalho, veremos a importância dos documentos no estudo da História, comparações de diferentes pontos de vista e tentar, de certa forma explicar, o porquê do ensino de História ser taxado de “chato” e para se aprender é necessário “decorar e decorar”, o que é uma visão no minímo ultrapassada, mas, seguida por alguns professores.
 De certa forma, é algo para refletirmos: “Aonde estamos errando?” “Por que os alunos não se interessam por História?”
Essas e outras questões serão apresentadas no decorrer do trabalho e servem também de alerta precisamos despertar a tempo para que nossas aulas possam ser passadas da melhor forma possível e que se o aluno não gostar da matéria, que tenha pelo menos uma melhor assimilação do conteúdo.
Palavras-chave: Conhecimento-História-Professor- Documento.
Documento e História: uma relação de dependência.
 Se perguntarmos a qualquer aluno seja do ensino fundamental ou médio sobre suas considerações sobre o que vem a ser a História, certamente, ele dirá que é uma matéria “chata” a qual você precisa decorar datas e fatos históricos que se repetem, o que sabemos que não é o certo,mas infelizmente é a visão que o nosso aluno tem sore a matéria.
 Para que nossos alunos mudem essa visão é necessário muito esforço e dedicação de nossos docentes, mudando e atualizando a forma a qual são ministradas suas aulas.
 E como isso pode ser feito?
 Através da utilização de novas linguagens e representações no ensino de História, como por exemplo, fotografias, desenho, narrativas de cronistas,livros, etc., tudo é válido, contanto que fuja do “convencional”, trazendo para si e para a matéria o interesse do aluno, pois, utilizando essas novas formas de melhorar a aula o interesse e a integração entre aluno e professor começa a fluir.
 Como assim?
 Muito simples: o professor passa uma imagem por exemplo; o aluno questiona o porquê da sua utilização dela em aula e menciona outras imagens e, assim, podemos começar um debate sobre questões relacionadas com aquela imagem, pois, História não é só decorar, é interpretar.
 Não podemos esquecer do documento histórico e do fato. Sem um fato não há documento. Sem documento não há história. Tudo está interligado. E é essa interligação que devemos passar à nossos alunos.
 Onde olhamos há História: desde um lápis até um filme, basta o professor usar-se de imaginação e criatividade e não fugir do tema posto em sala, tornando a aula mais proveitosa, trazer “vida” ao conteúdo trabalhado. 
 Um dos exemplos de linguagens, segundo o texto de Ernesta Zamboni(1988) é a utilização de contos: as pessoas se utilizavam deles para “escapar” do mundo real, da miséria, enfim, para acreditar que os sonhos não são impossíveis e que a esperteza pode vencer qualquer coisa. Podemos dizer que para ela, as linguagens e as represenrtações utilizadasem sala de aula são voltadas para a construção do conhecimento histórico, formação do senso crítico etc.
 Muitos alunos não gostam das linguagens utilizadas nos livros, por isso, buscam formas alternativas de aprendizado. É aí que o professor deve incentivá-lo. E utilizar o documento e o fato de forma que não canse o aluno e que ele aprenda e tire suas próprias conclusões.
 Para Jairo carvalho do Nascimento, “trabalhar com os documentos históricos oportuniza os alunos a possibilidade de compreender os sujeitos históricos e as realidades e formações sociais em seu devido tempo ,em seu devido lugar, ou seja, como se o aluno empatizasse com os personagens,lugares, enfim para confrontar questões e criar seu próprio ponto de vista., além de olhar com mais atenção aos documentos aos quais, ele utiliza no seu dia-a-dia.
 Podemos considerar os caderno, diários, fotos e até mesmo a Bíblia como fontes históricas. Devemos ver além das coisas. Assim, aprenderemos melhor o que nos foi passado.
 Concluindo, os documentos históricos são importantes para entendermos melhor as diferenças de determinada época, determinado lugar, etc., para que possamos entender o presente através do passado.
 Essas imagens, por exemplo, foram encontradas em um site público da internet, tiradas em períodos distintos da História do nosso município, mostrando um mesmo lugar. Essa estação surgiu no antigo pouso dos tropeiros devido à necessidade de Industrialização pois foi nesse período que veio ao município a Família Matarazzo, dona de um frigorífico. Era o progresso a caminho. Atualmente, o prédio manteve suas características mas foi revitalizado. 
 
Linha Itararé-Uruguai. Nova estação de Jaguariaíva. Autor desconhecido.(1935)
A estação restaurada em 03/2006. Foto Augustinho Fajar
Plano de aula: Imagens e História.
Conteúdo: História e Industrialização.
Série/nível: 1º ao 9º ano
Objetivos: Mostrar aos alunos as diferenças de um mesmo lugar em determinada época, os motivos aos quais levara, a desativação da ferrovia e o porquê desse prédio ter sido transformado na Prefeitura Municipal.
Conceito:Imagem e História, Processo de Transformação e Industrialização.
Dinâmica/metodologia: Debates, visitas a esse prédio, entrevista com alguém que tenha presenciado a construção dessa ferrovia.
Avaliação: Análise de tudo o que foi aprendido, trabalho sobre o tema, participação e comprometimento dos alunos, além de apresentações de outros registros históricos como por exemplo, a oralidade.
Conclusão
 O ensino de História vem sendo muito ‘injustiçado”. As pessoas não têm interesse por pensarem que é uma matéria “chata” e cansativa.
 Alguns professores fazem com que essa afirmação seja verdadeira e negam-se a buscar formas alternativas de apresentar suas aulas, causando aos alunos desinteresse.
 Atualmente, qualquer um pode lecionar. Basta ter x horas em determinada matéria e pronto: lá se vai o “ensino de qualidade” o qual o governo enche a boca para falar. Os alunos saem despreparados, pois alguns professores não se preocupam em melhorar suas aulas em “correr atrás do que interessa” e ainda querem questionar algo.
 Quem sofre com isso? Quem realmente quer aprender.
 Voltando ao tema do Seminário I, podemos concluir que sempre podemos melhorar nossas aulas utilizando-se da tecnologia e das facilidades do mundo moderno, para melhorarmos nossas aulas e o aprendizado. Vale salientar que, por mais dinâmica que seja a aula, nem sempre o aproveitamento será bom. Portanto,a não se deve desistir.
 É mostrar aos alunos que História pode ser divertida- e é- e que podemos construí-la todos os dias.
 A fonte mais rica de documentos históricos? Os museus, bibliotecas, internet.
 Devemos passar aos nossos alunos a importância do ensino de História de forma que fuja do convencional, usando-se de músicas, imagens, teatros, enfim... basta o professor querer mudar e revolucionar. E isso vale a pena. Crescendo o interesse dos alunos, melhora-se o aproveitamento e tudo passa a melhorar. Vale a pena tentar.
Bibliografia
Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Argemiro Augusto Ludwig, 2005; José Luiz Paz Souza, 2006; Rodrigo Cunha; Augustinho Fajar; Gazeta do Povo; Ângela Brandão: Memórias do Frigorífico da IRFM, 2000; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios anuais, 1933-60)
ZAMBONI, Ernesta (1988). Representações e linguagens no ensino de história.
Revista Brasileira de História, vol. 18, nº 36, pp. 89-101.
NASCIMENTO,Jairo Carvalho. O uso de documentos e a construção do
Conhecimento histórico. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e
Diversidade – ST 04: História e Educação: sujeitos, saberes e práticas.
http://www.estacoesferroviarias.com.br/pr-tronco/jaguariaiva.html