Buscar

RESUMO - DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO REFORMA CLT

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO –Turma: 3208A02
Professor. Alicio Petiz Aluna: Jackeline Darling Borges Reis
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
As fontes do Direito podem ser classificas como matérias e formais: 
Fontes Materiais: referem-se aos fatos sociais, econômicos, políticos, filosóficos e históricos que deram origem ao direito, influenciando na criação das normas jurídicas. 
Fontes Formais: são entendidas como as formas de manifestação do Direito no sistema jurídico, pertinentes, assim, à exteriorização das normas jurídicas. 
Fontes Formais do Direito Processual do Trabalho ≠ Fontes Formais do Direito do Trabalho. 
Ao tratarmos das fontes formais do D.P.T, são analisadas as normas que regulam o processo trabalhista em si, e não aquelas relativas à disciplina de relação jurídica do Direito Material. Ou seja, as fontes formais do D.P.T, são disposições que disciplinam o Processo do Trabalho e a Justiça do Trabalho, tais como: 
Constituição: fonte formal de hierarquia superior no ordenamento jurídico, contendo previsões essenciais relativas ao D.P.T, bem como a competência da Justiça do Trabalho.
Leis: Existem várias leis, em sentido amplo, regulando diversos aspectos do D.P.T, porém, a CLT é principal diploma legal sobre o tema. 
Jurisprudência: é compreendido como o entendimento reiterado e uniforme dos tribunais, ao decidir casos concretos, em sua atividade de aplicação e interpretação das normas jurídicas. 
Norma dos tribunais: Os Tribunais muitas vezes aprovam normas internas, como Instruções Normativas e Resoluções disciplinando questões relacionadas ao procedimento trabalhista. Tem como objetivo a uniformização de certas práticas, conferindo unidade e previsibilidade à forma de se atuar no processo trabalhista, desde que não afrontem o princípio da legalidade nem estabeleçam de forma contrária à CF e as Leis. 
Uso e costumes: no âmbito processual, são certas condutas e práticas dos juízos ou tribunais, presentes de forma reiterada no curso dos processos. 
Princípios jurídicos: são entendidos como como mandamentos de otimização, no sentido que devem concretizar ao máximo, em consonância com as condições de fato e jurídicas existentes. 
Nessa toada, podemos citar como destaque, o Princípio da Proteção no D.P.T, que é distinto do princípio protetivo relativo ao Direito do Trabalho. 
Princípio de proteção no Direito Processual do Trabalho: significa a presença, principalmente na legislação, de previsões que procuram conferir tratamento mais favorável à parte mais vulnerável da relação processual, ou seja, o empregado. 
PRINCÍPIOS
Princípio da simplicidade: por tratar, precipuamente, de verbas trabalhista, de natureza alimentar, o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho é facilitado, bem como, o trâmite processual, fazendo com que o Processo do Trabalho seja “menos burocrático”. 
Princípio da Oralidade: neste caso, está autorizado a apresentação de defesa oral, assim como há previsão de serem as razões finais produzidas oralmente. 
Princípio do juiz natural: o processo deve ser julgado pela autoridade judicial competente (art. 5º, LII, CF), conforme normas previstas na Constituição e nas Leis, não sendo admitido o “juízo ou tribunal de exceção” (art. 5º, XXXVII, da CF)
Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional: (art. 5º, XXXV, da CF), o qual prevê que a lei não excluirá a apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito. 
Princípio do Contraditório: (art. 5º, LV, da CF), significa necessidade de cientificar as partes dos atos e decisões processuais, permitindo que elas participem do processo de impugnem as decisões contraditórias a seu interesse. 
Princípio da Ampla defesa: previsão no (art. 5º, LV, CF), aduz ser necessário assegurar às partes o direito de defender seus direitos, fazendo alegações e participando da produção de provas. 
Princípio do Devido Processo Legal: (art. 5º, LIV, da CF), trata-se da observância das disposições que regulam o processo judicial, estabelecendo a segurança jurídica às partes, de modo que o processo seja um instrumento legítimo para solucionar os conflitos sociais com a justiça. 
Princípio da Publicidade dos Atos Processuais: em regra, os atos processuais devem ser públicos. Exceto, os que forem decretado o sigilo pelo juiz. De acordo com o art. 5º, LX, da CF, a lei só poderá restringir a publicidade de atos processuais quando a defesa da intimidade ou interesse social o exigirem. 
Princípio da Persuasão Racional do juiz, ou do livre convencimento motivado: estabelece que o juiz tem liberdade para decidir no processo, levando em conta as alegações e provas existentes, mas com o dever de fundamentar seu convencimento, ou seja, apresentar a devida motivação, de acordo com o Direito e com aquilo que consta nos autos. 
CONFLITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS DE TRABALHO
Do ponto de vista trabalhista, os conflitos são também denominados de controvérsias ou dissídios. 
Os conflitos individuais são as reclamações trabalhistas, podendo ser pelos ritos. Vale enfatizar que o enquadramento em um desses ritos se dá através do Valor da Causa. 
Rito sumário: se o valor da causa for de até 2 (dois) salários mínimos, o processo deve seguir o rito sumário. (Art. 2º, §3º e 4º, da Lei 5.584/70). 
Rito sumaríssimo: O processo seguirá o rito sumaríssimo quando o valor da causa estiver entre 2 (dois) salários mínimos e 40 (quarenta) salários mínimos. (Art. 852-A e seguintes da CLT). 
Rito ordinário: esse rito é utilizado quando o Valor da Causa for acima de 40 (quarenta) salários mínimos. 
Os conflitos coletivos de trabalho podem ser econômicos ou de interesse jurídico ou de direito. Os conflitos econômicos são aqueles nos quais os trabalhadores reivindicam novas condições de trabalho ou melhores salários. Já nos conflitos jurídicos tem-se por objeto, apenas a declaração de existência ou inexistência de relação jurídica controvertida, como ocorre na decisão em dissídio coletivo em que se declara a legalidade ou ilegalidade da greve. 
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
AUTODEFESA: A própria parte procede à defesa de seus interesses, impondo a solução à outra parte. Ex.: Greve e Lockout 
AUTOCOMPOSIÇÃO: A solução dos conflitos trabalhistas é realizada pelas próprias partes, sem a intervenção de um terceiro. Ex.: Acordo e convenção coletivas. 
HETEROCOMPOSIÇÃO: Quando a solução dos conflitos trabalhistas é determinada por um terceiro. Ex.: Mediação, arbitragem e a tutela ou jurisdição. 
Mediação 
É realiz ada por um terceiro, que propõe a s oluç ão às partes. 
 Pode s er qualquer pess oa que atua c omo int ermediário entre as part es . 
 Art . 616, parágrafo 1º , CLT – Delegado Regional do Trabalho – c onflit o c ol etivo 
 Portaria 3. 097/88 – est abelec e as regras para a mediação 
 Decret o 1. 572/95 – s obre m ediaç ão nas negoc i aç ões c olet ivas 
 Portaria 817/95 do Minis t ro do Trabalho – c ritérios para a partici paç ão do mediador nos c onflit os de negoc iaç ão c olet iva 
 Portaria 818/95 do M inis t ro do Trabalho – c rit érios para o c redenciamento de mediador perante as DRTs . 
 Comiss ão de c onc i liaç ão prévia 
 Art s. 625-A a 625-H da CLT
É realiz ada por um terceiro, que propõe a s oluç ão às partes. 
 Pode s er qualquer pess oa que atua c omo int ermediário entre as part es . 
 Art . 616, parágrafo 1º , CLT – Delegado Regional do Trabalho – c onflit o c ol etivo 
 Portaria 3. 097/88 – est abelec e as regras para a mediação 
 Decret o 1. 572/95 – s obre m ediaç ão nas negoc i aç ões c olet ivas 
 Portaria 817/95 do Minis t ro do Trabalho – c ritérios para a partici paç ão do mediador nos c onflit os de negoc iaç ão c olet iva 
 É realizada por um terceiro, que propõe a solução às partes. 
Pode ser qualquer pessoa que atua como intermediário entre as partes. 
Art. 616, parágrafo 1º CLT – Delegado Regional doTrabalho – conflito coletivo; 
Portaria 3.097/88 – estabelece as regras de mediação; 
Decreto 1.572/95 – sobre mediação nas negociações coletivas; 
Portaria 817/95 do MT – critérios para a participação do mediador nos conflitos de negociação coletiva de natureza trabalhista. 
Portaria 818/95 do MT – critério para o credenciamento de mediador perante as DRTs. 
Comissão de conciliação prévia. Art. 625-A a 625-H da CLT. 
Arbitragem
A solução de conflitos é feita por um terceiro estranho à relação das partes ou por órgão, que é escolhido por elas, impondo a solução do litigio. 
Árbitro – Sentença arbitral 
Natureza jurídica da justiça privada
Lei 6307/96
Distingue-se a arbitragem da mediação, pois, nesta última o mediador apenas faz proposta para a solução de conflito, enquanto o arbitro decide, impõe a solução ao caso que lhe é submetido. 
Difere a arbitragem da jurisdição, pois, o juiz está investido de jurisdição como órgão do ESTADO. Na arbitragem, o árbitro é um particular, não tendo relação alguma com o ESTADO. 
Jurisdição
É a forma de solucionar os conflitos por meio da intervenção do Estado gerando o Processo judicial. O Estado diz o direito no caso concreto submetido ao Judiciário, impondo às partes a solução do litígio. 
Características da Jurisdição
Inevitabilidade
Indeclinabilidade
Investidura
Indelegabilidade
Inércia
Aderência
Unicidade
Improrrogabilidade
Imprescindibilidade
No que tange ao grau em que a jurisdição é exercida, pode ser ORIGINÁRIA ou RECURSAL 
Originária que conhece originariamente as ações. Vale dizer, que têm competência originária. 
Recursal que conhece ou julga recursos (reexame). 
Quanto ao órgão que a exerce, pode ser COMUM ou ESPECIAL. 
Comum subdivida em estadual e federal. 
Especial subdivida em militar, eleitoral e a trabalhista. 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
A solução jurisdicional dos conflitos trabalhista no Brasil é realizada pela Justiça do Trabalho. 
Órgãos da Justiça do Trabalho. 
Art. 111, da CF, com redação determinada pela E.C 45: 
Tribunal Superior do Trabalho;
Tribunais Regionais do Trabalho;
Juízes do Trabalho. 
Varas do Trabalho - A jurisdição da vara do trabalho abrange um ou mais municípios. Cada vara compõe-se de um juiz do trabalho titular e um juiz do trabalho substituto. Compete às Varas do trabalho conciliar e julgar, em linhas gerais, os dissídios individuais oriundos das relações de trabalho.
Tribunais Regionais do Trabalho – O art. 115, da CF, prevê que os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de (3) trinta anos e menos de (65) sessenta e cinco anos, sendo: 
Um quinto dentre os Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10(dez) de exercício. (Art. 94 e 115, da CF)
Tribunal Superior do Trabalho - sede na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional é a instância superior da Justiça do Trabalho.
Composição: 27 ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação por maioria absoluta do Senado Federal. Sendo um quinto dentre os Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10(dez) de exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio TST.
Estrutura: 
Presidente do TST; 
Vice-Presidente do TST
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho. 
O TST, nos processos de sua competência, é dividido em turmas e seções especializadas para a conciliação e julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica e de dissídios individuais. 
Conforme prevê o art. 1º, parágrafo único, da Lei 7.701/88, o regimento interno do Tribunal disporá sobre a constituição e o funcionamento de cada uma das seções especializadas do TST, bem como sobre o número, composição e funcionamento das respectivas Turmas do Tribunal. 
Órgão do Tribunal Superior do Trabalho
Tribunal Pleno
Órgão especial
Seção especializada em Dissídios Coletivos; 
Seção especializada em dissídios individuais, dividida em duas subseções;
Turmas. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
O Ministério Público do Trabalho tem se destacado cada vez mais na atuação judicial em extrajudicial. O MPT é instituição permanente, essencial à Justiça, promovendo a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (art. 127 da CF)
Organização do MPT
Ministério Público da União; e 
Os Ministérios Públicos dos Estados
O Ministério Público da União, por sua vez, compreende: 
O Ministério Público Federal; 
O Ministério Público do Trabalho; 
O Ministério Público Militar; e 
O Ministério Público do DF e Territórios. 
O art. 85 da Lei complementar 75/1993 define os órgãos do MPT. 
Princípios do MPT
Unidade: os membros de cada Ministério Público, no caso do MPT, integram um só órgão, sob uma mesma e única direção; 
Indivisibilidade: os membros de cada MP podem ser substituídos 
Independência funcional: os membros do MP possuem independência em sua atuação funcional, sendo que a hierarquia existente refere-se ao aspecto administrativo, porém no que diz a atuação de cada membro, eles têm independência para atuar de acordo com suas convicções. 
Inquérito Civil 
 Pode ser instaurado de ofício para apurar eventual lesão a interesses coletivos ou indisponíveis, no caso, pertinentes às reações de trabalho e referentes a direitos sociais dos trabalhadores. Art. 129, II, da CF. 
Inquérito Civil, de natureza unilateral e facultativa, é instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela de interesses ou direitos a cargo do MPT, servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às funções institucionais. 
Termo de Ajuste de Conduta (TAC) 
O termo de ajuste de conduta trata-se de importante instrumento de atuação do MPT, com natureza de título executivo extrajudicial, firmado, com a finalidade de correção ou mesmo prevenção de eventuais condutas irregulares, tornando-as compatíveis com o ordenamento jurídico. 
O objetivo é a reparação do dano, a adequação da conduta às exigências legais ou normativas e, ainda, a compensação e/ou a indenização pelos danos que não possam ser reparados. 
Ação Civil Pública
Trata-se de eficaz instrumento para a defesa dos direitos coletivos, ou mesmo de direitos de caráter indisponível, de grande relevância para a sociedade. A ação civil Pública tem previsão no art. 129 da Lei Complementar 75/1993, bem como na Lei 7.347/1995 e nos artigos 81 e 104 da Lei 8.078/1990. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Aplicam-se diversas classificações para a competência da Justiça do Trabalho, podendo ser, conforme o caso: 
Competência absoluta e competência relativa; 
Competência em razão da matéria, da pessoa, do lugar, do juízo e funcional; 
Competência originária e recursal
Competência constitucional e legal (infraconstitucional) 
Competência Absoluta É aquela fundada em fatores cogentes, de ordem pública, de modo que pode e deve ser objeto de verificação até mesmo de oficio pelo juiz. 
Competência Relativa se baseia em aspectos de interesse exclusivo ou preponderante das partes, devendo ser objeto de arguição, na forma prevista na lei processual para ser conhecida.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATERIA: É aquela que se funda na natureza das causa ou conflitos. A base constitucional da Justiça do Trabalho vem prevista no art. 114 da CF.
Art. 114.
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública diretae indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Relação de trabalho é conceito mais amplo que relação de emprego e abrange todas as relações jurídicas em que há prestação de trabalho por pessoa natural ou outra pessoa, tanto no âmbito de contrato de trabalho (artigo 442 da CLT), como de prestação de serviços (arts. 593 e seguintes do Código Civil), e, também, outros tipos de contratos de trabalho como a empreitada, mandato, transporte e demais.
COMPETENCIA TERRITORIAL: A competência em razão do lugar (territorial ou de foro) leva em conta aspectos relacionados, à localização, como da prestação de serviços. (Competência das Varas do Trabalho)
 
Artigo. 651 
A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante, é competente a Junta da localidade onde o empregador tiver o seu domicílio, salvo se o empregado estiver imediatamente subordinado à agência, ou filial, caso em que será competente a Junta em cuja jurisdição estiver situada a mesma agência ou filial.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a está o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Qualquer que seja a regra em contrário, constante do direito estrangeiro, será competente a autoridade judiciária brasileira, em razão do lugar, quando:
O réu for domiciliado no Brasil. 
A que tiver de ser cumprida a obrigação. 
A empresa estrangeira não domiciliada no Brasil aqui possuir agência ou filial (porque a obrigação deverá ser cumprida aqui). 
A ação se origina de ato ou fato ocorrido ou praticado no Brasil.
COMPETENCIA FUNCIONAL: decorre das funções exercidas pelo juiz em determinado processo, de acordo com as suas fases. Nesse sentido, a competência hierárquica é uma espécie de competência funcional por se referir a competência originaria para conhecer e decidir a causa, bem como à competência recursal, para julgar eventual recurso. 
Os tribunais (TRT e TST) possuem competência originária quando existe expressa previsão nesse sentido, como ocorre com as ações rescisórias (art. 971 do CPC e súmula 192 do TST), nos Mandados de segurança contra ato judicial (art. 678, I, 3, da CLT) e em dissídio coletivo de trabalho (art. 856, da CLT). 
COMPETENCIA DE JUÍZO: Havendo mais de um juízo competente para a causa, o processo de ser objeto de distribuição (art. 284 do CPC), tornando-se prevento aquele que o receber, fixando a competência do juízo. 
A competência do juízo é normalmente absoluta e improrrogável, devendo a respectiva incompetência a respeito ser declarada de ofício pelo juiz (art. 64, parágrafo 1, CPC). 
ATOS, TERMOS E PRAZOS
Processo, procedimento e atos processuais 
O processo é o meio ou instrumento para a solução jurisdicional do conflito. O processo é visto como um conjunto de atos coordenados que se sucedem, o qual se realiza o contraditório. Já o procedimento é entendido como a sequência de atos processuais ordenados, praticados no curso do processo judicial com a participação das partes, em contraditório. 
Por fim, o ato processual, é cada unidade do procedimento. 
Art. 770 da CLT “Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contraditório determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6(seis) às 20(vinte) horas”. 
TERMOS
Os autos do processo correspondem ao volume contendo todas as petições, documentos apresentados, os atos processuais relativos ao processo. No processo do trabalho, termo significa o ato processual que foi praticado e reduzido a escrito, como ocorre com o termo de audiência, depoimento da parte, oitiva de testemunhas. 
PRAZOS PROCESSUAIS
O prazo, em Direito processual, pode ser entendido como o período no qual o ato processual deve ser realizado. A não observância do prazo estabelecido pode acarretar consequências processuais desfavoráveis à parte. 
Art. 223 CPC “decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. 
Classificação dos prazos: 
Há diversas forma de classificar os prazos processuais, como as que seguem: 
Prazos particulares – são aqueles que ocorrem para apenas uma das partes; 
Prazos comuns – são aqueles que correm simultaneamente para ambas as partes; 
Prazos legais – são aqueles estabelecidos na lei; 
Prazos judiciais – são aqueles fixados pelo juiz; 
Prazos peremptórios – são em regra, improrrogáveis, ou seja, não pode ser alterados pelas partes, gerando a preclusão temporal quando não respeitados. Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes;Prazos dilatórios – são aqueles que podem ser objeto de prorrogação pelas partes; 
OBS: As partes podem renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que faça de maneira expressa (art. 225 do CPC). 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS – conforme o artigo 219 do CPC, os prazos processuais computar-se-ão somente os dias ÚTEIS. 
No mesmo sentido, o art. 775 da CLT, prevê que os prazos estabelecidos no título X da CLT, sobre o processo do trabalho, são contados em dias úteis, com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
Ex.: Foi publicado no dia 06/11/18 um termo de audiência com um prazo de 15 dias para realização de um determinado ato por uma das partes. Sendo assim, a contagem ocorre da seguinte maneira: exclui-se o dia inicial (06/11/18) e conta-se o último dia de prazo, ou seja, tendo-se em vista os feriados, o fatal será em 29/11/18. 
Os prazos que se vencerem no sábado, domingo ou feriado terminarão no primeiro dia útil seguinte. Art. 775, parágrafo único.
A contagem do prazo deve ter início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. Art. 224, parágrafo 3°, do CPC. 
Súmula nº 1 do TST “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.”
Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense. Art. 216 do CPC 
Vale ressaltar a distinção entre o início do prazo e o início da contagem do prazo processual. Ocorrendo a intimação no sábado, por não ser este considerado dia útil, o início do prazo se dá no primeiro dia útil imediato (segunda-feira). Ainda nesse caso, o início da contagem do prazo ocorrerá no dia subsequente (terça-feira). 
Art. 775-A da CLT e o 220 do CPC, aduzem que, suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos como recesso forense, que ocorre entre 20 de dezembro e 20 de janeiro. 
PRAZO PARA RECURSO – o prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou Ministério Público são intimados da decisão (art. 1003 do CPC). 
No processo do trabalho, de acordo com o art. 852 da CLT, da decisão “serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência”. 
Desse modo, como prevê a Súmula 197 TST “O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.” (Ou seja, as partes não serão intimadas, pois as mesmas saíram de audiência cientes da data em que seria juntada aos autos a ata de audiência de julgamento.)
Registra-se que a ata de audiência deve ser juntada ao processo, devidamente assinada, “no prazo improrrogável de 48 horas, contando da audiência de julgamento. 
Art. 851, parágrafo 2º CLT
Sendo assim, de acordo com a Súmula 30 do TST: “Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (CLT, art. 851, § 2º), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença.” 
PRAZOS PARA O JUIZ – Com fundamento no art. 658, d, da CLT, um dos deveres precípuos dos juízes do trabalho é despachar e praticar todos os atos decorrentes de suas funções “dentro dos prazos estabelecidos”. Estando assim, em consonância com o art. 226 do CPC. 
Há entendimento de que a sentença, no processo do trabalho, não está sujeito ao referido prazo do 30 dias (art. 226, III, do CPC), pois a CLT possui disposição própria, no sentido de que a sentença é proferida em audiência (art. 831 e 851 CLT). 
PRAZO DAS PARTES – Há diversos prazos estabelecidos para as partes praticarem os diversos atos processuais. Importante salientar que os advogados públicos ou privados, o defensor público e membro do MP devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado. (art. 234 CPC)
PRAZO PARA FAZENDA PÚBLICA E PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO – estes, possuem como prerrogativa: o quadruplo de prazo fixado no art. 841, parte final, da CLT; o prazo em dobro para recurso (art. 1º, II e III da Lei 779/69) 
PRECLUSÃO – significa a extinção da faculdade da parte de praticar o ato processual, em razão da inobservância do prazo assim previsto, ou por já ter sido praticado o ato de outro modo, ou ainda em razão de ser praticado ato processual anteriormente incompatível com ato posterior. 
Preclusão temporal – perda da faculdade da parte de praticar o ato processual, por não ter sido observado o prazo. 
Preclusão lógica – quando já foi praticado ato processual anterior, o qual é incompatível com o ato realizado posteriormente. 
Preclusão consumativa – se verifica quando o ato processual já foi realizado, ou seja consumado, não sendo admitido a sua nova prática, ainda que diversa da anterior. 
PEREMPÇÃO – de acordo com o artigo 731 da CLT, aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação trabalhista verbal, não se apresentando no prazo de 5 (cinco) dias, salvo motivo de força maior (art. 786, parágrafo único da CLT), ao Juízo para fazê-lo tomar por termo, deve incorrer na pena de perda, pelo prazo de 6 meses perante a Justiça do Trabalho. Outra hipótese é a prevista pelo artigo 732 da CLT, quando o reclamante por 2 (duas) vezes seguidas dá causa ao arquivamento da reclamação, em decorrência de falta à audiência inaugural. Neste caso o reclamante também ficará impedido de pleitear direitos na Justiça do Trabalho pelo prazo de 6 (seis) meses.
NULIDADE NO PROCESSO DO TRABALHO – A nulidade é a sanção decorrente do descumprimento da forma processual. 
Nulidade absoluta – ocorre quando a forma é prevista por norma de ordem pública, ou seja, quando envolve interesse público, normas cogentes que não poder ser afastadas pela vontade das partes, como a competência em razão da matéria ou a competência funcional.
Nulidades relativas – também denominadas anulabilidades são aquelas em que há violação de normas processuais de interesse privado, como a competência em razão do lugar.
PARTES, PROCURADORES E LITISCONSORCIO 
No processo do trabalho, de acordo com a terminologia da CLT: 
Autor = reclamante 
Réu = reclamado 
Sucessão das partes Na hipótese de qualquer das partes, nos termos do artigo 110 do CPC, deve ocorrer a sucessão pelo seu espólio ou seus sucessores, observando o art. 313, parágrafo 1 e 2º do CPC. Em se tratando de falecimento do empregado, há entendimento no sentido que os dependentes podem assumir o polo ativo, apresentando certidão do INSS.
CAPACIDADE DE SER PARTE – corresponde à capacidade jurídica do plano do direito material, com sentido de aptidão para ser sujeito do direito, a qual é atribuída a todas as pessoas. 
CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO – corresponde à capacidade de exercício do Direito material, no sentido de aptidão o exercício dos direitos. 
Na esfera trabalhista, a maioridade é alcançada aos 18 anos. É proibido o trabalho ao menor de 16 anos, salvo nas condições de aprendiz. 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA – é a específica quando à aptidão para postular em juízo. Nos dissídios individuais, os empregados e empregadores podem fazer-se representar por intermédio do sindicato e advogado. Já no dissídio coletivo é facultada aos interesses e assistência por advogado (Art.791, parágrafo 2º, da CLT). 
Os membros do MPT, da mesma forma, possuem capacidade postulatória (art. 839, b, da CLT). 
Para a ação rescisória, ação cautelar, mandato de segurança e recurso de competência do TST, o jus postulandi não é admitido, por se entender que as referidas medidas processuais exigem conhecimento técnicos, tornando necessária a postulação por meio de advogado. 
 
LITISCONSÓRCIO – significa pluralidade de partes no mesmo polo da relação jurídica processual. O Litisconsórcio pode ser: 
Ativo = mais de um autor ajuizando a ação;
Passivo= mais de réu na relação processual 
O art. 842 da CLT, estabelece que, se forem várias reclamações havendo identidade de matéria, pode ser “acumulados num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.”
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL – é a forma anômala ou extraordinária de legitimação processual: o sindicato ou o MPT pleiteiam em nome próprio para defesa de direito alheio, não sendo necessária qualquer autorização por parte do substituído. 
AÇÃO TRABALHISTA
PETIÇÃO INICIAL 
A petição inicial é o ato processual por meio de qual a ação é ajuizada, dando início ao processo. O artigo 840 da CLT, estabelece os requisitos da petição inicial trabalhista. 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. 
Designação do juízo, ou seja, a Vara do Trabalho a que se dirige
Qualificação das partes, ou seja, do reclamante e reclamado;
Breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o que corresponde à causa de pedir da petição inicial trabalhista. 
Pedido, o qual decorre da causa de pedir. O pedido deve ser certo e determinando e com a indicação de seu valor (Art. 840, parágrafo 1º, da CLT). Os pedidos que não atenderam a essa disposição devem ser julgados extintos sem a resolução do mérito. 
Data e assinatura do reclamante ou de seu representante. 
Importante destacar, que o fundamento jurídico não se confunde com o fundamento legal, isto é, o dispositivo legal a ser aplicado ao caso. A indicação desse último é apenas facultativa ao autor, inclusive no Processo do Trabalho, pois cabe ao juiz conhecer o Direito. 
VALOR DA CAUSA – o art. 319, V, do CPC, exige que a petição inicial indique o valor da causa. A atual redação do art. 840, parágrafo 1º, da CLT, a petição inicial deve conter pedido que deve ser certo, determinado e com indicação de seu valor. 
O valor da causa é relevante para definir se o procedimento é (sumário, sumaríssimo ou ordinário). 
PROVAS - o art. 319, Vi, do CPC, exige que a petição inicial deva indicar as provas que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados. 
Entende-se que esse requisito não é obrigatório na petição trabalhista, uma vez que as provas, no processo trabalhista são apresentadas em audiência. 
Nos termos do art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
OBS: nas audiência de rito sumário não há previsão legal do número de testemunhas, logo, entende-se que cada parte poderá apresentar até 3 testemunhas na audiência UNA. 
Nas ações de rito sumaríssimo cada parte poderá comparecer na audiência UNA ou de INSTRUÇÃO com até 2 testemunhas.
Por fim, ações de rito ordinário, cada parte poderá apresentar na audiência UNA ou de INSTRUÇÃO com até 3 testemunhas. 
REQUERIMENTO DE CITAÇÃO – no processo do trabalho esse requisito é considerado obrigatório na petição inicial. Art. 841 da CLT
OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO – No processo do trabalho, a conciliação deve ser tentada, de forma imperativa, pelo próprio juiz, na audiência una, independentemente da opção do autor. Art. 831, 846, 850 e 852-E da CLT. 
PEDIDO – o pedido corresponde ao núcleo da petição inicial, a ser objeto de decisão pelo juiz. Sendo que, o autor pode, até a citação do réu, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente do consentimento deste (art. 329, inciso I, do CPC). 
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL – Ajuizada a ação, se o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos, ou não foi instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação, apresentar defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento, deve determinar que o autor a emende, no prazo de 15 dias. (Artigos 319 ao 321 CPC)
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – o art. 330 do CPC dispõe que a petição inicial deve ser indeferida quando: I – for inepta; II – a parte for manifestamente ilegítima; III – o autor carecer te interesse processual e IV – não atendida as prescrições dos artigos 106 e 321 do CPC. 
Não obstante, de acordo com a súmula 263 do TST, em sua atual redação: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).
IMPROCEDENCIA LIMINAR DO PEDIDO – Tendo em vista os princípios da economia e da celeridade processual, nas causa que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu deve julgar liminarmente improcedente que contrariar art. 332 CPC: 
TULEAS DE URGENCIAS – São aplicáveis na situações especificas, em que se exige providencia jurisdicional imediata, isto é, em que o tempo pode acarretar prejuízos ao processo e ao bem jurídico. 
AUDIÊNCIAS 
As audiências do órgãos da Justiça do Trabalho são públicas, devendo ser realizadas na sede do juiz ou Tribunal, em dias úteis previamente fixados entre 08 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5hras seguidas, salvo quando houver matéria urgente (art. 813, CLT). 
Nesse sentido, o juiz o poder de polícia que incumbe-lhe: 
Manter a ordem e o decoro na audiência;
Ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
Requisitar, quando necessário, a força policial;
Tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, ou qualquer pessoa que participe do processo;
Registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência (art. 360 do CPC)
Fases da audiência UNA na Justiça do Trabalho: 
Conciliação
Instrução
Julgamento
No procedimento ordinário, a tentativa de conciliação deve ocorrer obrigatoriamente, antes da apresentação de defesa (art. 846 da CLT) e depois das razões finais (art. 850 da CLT). 
Devem estar presentes, o reclamante e o reclamado, independente do comparecimento de seus representantes, salvo em casos de reclamações plúrimas ou ações de cumprimento, quando os empregados pode se fazer representados pelo sindicato de sua categoria (art. 843 da CLT). 
O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da ação. Já, no caso da reclamada acarreta revelia, além da confissão quanto à matéria de fato (art. 844 da CLT) 
Abertura da audiência, o juiz deverá propor a conciliação. Havendo acordo, deve-se lavrar o respectivo termo, consignando-se prazo e demais condições para cumprimento. Não havendo acordo, o reclamado tem 20 minutos para aduzir a defesa. (art. 847 da CLT). 
A defesa pode ser tanto verbal quanto escrita. Terminando a defesa, segue-se com a instrução do processo, podendo o juiz, de ofício, interrogar os litigantes (art. 848 da CLT). 
Depois, são ouvidos as testemunhas, os peritos e os técnicos, sem houver (art. 848, parágrafo 2º da CLT). 
Aplica-se o princípio da imediatidade, por meio do qual tem contato direto com as provas produzidas. 
Havendo litisconsórcio ativo e facultativo, entende-se que o número máximo de testemunhas não se altera. (de forma global, não individual). 
As testemunhas deverão comparecer independente de intimação. As que não comparecerem devem ser intimadas,de ofício ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além de penalidades do art. 730 da CLT. 
OBS: Nas razões finais, cabe à parte apresentar, resumidamente, os principais pontos favoráveis à tese defendida, inclusive as provas produzidas, que demonstrem as suas alegações.
Apesar da CLT prever a audiência de forma UNA, mesmo no procedimento ordinário, na prática, há Varas do Trabalho que desmembram as audiências em três. Realiza-se a audiência inicial ou de conciliação. Se a conciliação não for possível, a defesa é recebida, designando-se audiência de instrução.
(Demais informações sobre as testemunhas, ler os próximos artigos da CLT) 
AUDIENCIA UNA – RITO SUMARISSIMO 
As demandas sujeitas ao rito sumaríssimo, por se tratarem de um procedimento que objetiva ser mais célere, devem ser instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção do juiz titular ou substituo (art. 852 da CLT). 
No procedimento sumaríssimo, diferentemente do procedimento ordinário, não é obrigatória a tentativa de conciliação após as razões finais, mas, apenas no início da audiência. 
RESPOSTA DA RECLAMADA – CONTESTAÇÃO 
Amplo direito de defesa e princípio do contraditório (Art. 5º, LV, CF) e regramento infraconstitucional (art. 847, da CLT)
No exercício do direito de defesa, recomenda-se a abordagem das questões processuais e do mérito na seguinte ordem cronológica: 
Inexistência ou nulidade da citação;
Pressupostos processuais subjetivos:
Relativos ao juiz: imparcialidade e competência (absoluta e relativa).
OBS: a exceção de incompetência relativa territorial deve ser feita em peça apartada e apresentada no prazo de até 5 dias após o recebimento da notificação; 
Relativos a parte (autor): capacidade de ser parte, processual e postulatória. 
Pressupostos processuais objetivos: inépcia da inicial, causa de pedir, o pedido for indeterminado, ressalva as hipóteses legais que permite o pedido genérico, pedido judicialmente impossível e pedidos incompatíveis entre si, coisa julgada, litispendência, perempção etc. 
Condições da ação (carência de ação): possibilidade jurídica do pedido; interesse da agir; legitimidade das partes. 
Preliminares ou prejudiciais do mérito: prescrição e decadência
Defesa do mérito: impugnação ao fato constitutivo do direito do autor ou reconhecimento do fato constitutivo, mas oposição do fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido do autor. 
RECONVENÇÃO – a reclamada pode reconvir pedido na própria defesa, o pedido deve ser conexo ao pedido principal. Caso o reclamante desista do pedido inicial ou ainda haja a extinção sem julgamento do mérito, a reconvenção não perecerá. 
EXCEÇÕES – As exceções são defesas indiretas de natureza processual. Elas não têm natureza de ação, mas sim de incidente processual, sendo decididas por meio de decisão interlocutória.
Artigo 799 da CLT, prevê as exceções de suspeição ou incompetência, bem como nos artigos 144 e 145 do CPC.
OBS: O juiz pode declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não cabe recurso de imediato, podendo as partes no entanto, alega-las novamente no recurso que couber da decisão final (art. 799, parágrafo 2º, da CLT). Trata-se, portanto, de previsão que adota o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias.
MEIOS DE PROVA – instrumentos materiais ou pessoais trazidos ao processo para revelar a verdade dos fatos. Não há um rol taxativo de meios de prova admitidos no processo. 
(Art. 369 CPC)
Depoimento Pessoal - visa a confissão, sendo requerido pela parte contrária, embora possa ser determinado de ofício pelo juiz (art. 385, caput, do CPC).
A confissão pode ser: 
A confissão real é o expresso reconhecimento, pela parte, de fato contrário ao seu interesse.
A confissão ficta envolve presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária.
Ocorre quando a parte, embora tenha sido intimada a comparecer à audiência, para prestar depoimento pessoal, sob pena de confissão não comparece (Súmula 74 do TST).
A confissão judicial, como o nome indica, é obtida em juízo, por meio do depoimento pessoal.
Documentos – são objetos dos quais se extraem os fatos. Os documentos podem ser classificados em originais e cópias.
Quanto ao momento, cabe ao autor juntar os documentos com a petição inicial (art. 787 da CLT) e ao réu com a contestação (art. 434 do CPC).
Testemunha – é um terceiro em relação ao processo, que presta depoimento em juízo, por ter conhecimento dos fatos.
Perícia – é um meio de prova essencialmente técnico. É necessário quando o fato a ser demonstrado exigir conhecimento especializado que falte ao juiz. Devendo-se indicar um técnico no assunto em discussão.
Inspeção Judicial – é um relevante meio de prova, embora nem sempre produzido, que pode ser utilizado pelo juiz, permitindo-lhe a contato direito com a pessoa ou coisa relativa ao fato discutido no processo. 
Ao realizar a inspeção direta o juiz pode ser assistido por um ou mais peritos (art. 482 do CPC).
O juiz deve ir ao local onde se encontre a pessoa ou coisa: quando julgar necessário para melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades; determinar a reconstituição dos fatos (art. 483 do CPC).
Sentença – pronunciamento do juiz, é o ato decisório do juiz, apto a pôr fim à fase de conhecimento, resolvendo ou não o mérito, ou a extinguir a execução. 
O art. 485 do CPC arrola as hipóteses de sentença sem resolução de mérito e o art. 487 do mesmo diploma legal, os casos de resolução do mérito
Classificação da sentença no Processo do Trabalho: 
Definitivas: sentença definitiva é a que acolhe ou rejeita o pedido. Art. 487 CPC
Terminativa: pode ter dois significados: o primeiro é a extinção dos processos sem resolução do mérito e o segundo diz que quando o juiz acolhe a exceção de incompetência em razão da matéria ou das pessoas, a decisão será terminativa na Justiça do Trabalho – dela cabe recurso.
Interlocutórias: aquelas em que o juiz resolve questão incidente no processo.
Efeitos da Sentença
Declaratórios: declaração de um direito – reconhece a existência ou inexistência de uma relação jurídica, bem como a autenticidade ou falsidade de um documento.
Constitutivas: é aquela que constitui ou desconstitui a relação jurídica - cria, extingue ou modifica direitos;
Condenatória: impõe ao réu o cumprimento de obrigação de pagar, entregar coisa, fazer ou não fazer - obrigação de fazer, de não fazer, de dar, de pagar;
Normativa – é proferida no dissídio coletivo, o qual tem como objeto interesse gerais e abstratos das categorias envolvidas ou grupo de trabalhadores e empregador ou empregadores.
Mandamentais: são ordens - mandado de segurança. 
Estrutura da sentença
Relatório: resumo do pedido da defesa;
Fundamentação: motivos e razões da decisão do juiz; e
Dispositivo: resumo, conclusão, síntese no qual o juiz decide acolhendo, acolhendo em parte ou rejeitando. ART. 832 CLT. Deve-se fixar prazo para cumprimento das obrigações.
Da publicação da sentença: 
Na CLT a regra é a publicação da sentença, pelo juiz, em audiência. O juiz tem um prazo de 48 horas para juntar a ata da audiência, e o prazo do recurso começa no dia subsequente. 
Atentar-se para a súmula 197 do TST.
SISTEMA RECURSAL 
Princípio do duplo grau de jurisdição – possibilidade de impugnar a decisão judicial; 
Princípio da taxatividade – significa que os recursos são enumerados pela lei, em rol exaustivo. 
Princípio da singularidade – revela ser cabível um único tipo de recurso para cada tipo de decisão recorrível. 
Princípio da fungibilidade – indica que havendo objetiva sobre qual recurso cabível, e inexistindo erro grosseiro, pode-se conhecer o e recurso erroneamente interposto. 
Princípio as proibição da reformapara pior (reformatio in pejus) – no sentido que de ser vedado proferir decisão desfavorável ao único recorrente. 
Princípio do contraditório – uma vez interposto o recurso, a parte contrária tem o direito de apresentar as suas contrarrazões. 
Efeito do Recurso 
Efeito devolutivo – a controvérsia debatida na decisão revisada é devolvida à instancia superior (juízo ad quem)
Efeito suspensivo – quando a eficácia da decisão revisada fica suspensa até pronunciamento do órgão revisor. Ou seja, adia, prolonga a produção imediata dos efeitos da decisão. 
Efeito regressivo – ocorre nas hipóteses em que o recurso é dirigido ao órgão prolator da decisão recorrida (juízo a quo) se retratar, ou seja, rever decisão que proferiu. 
Efeito expansivo – quando aplicável, refere-se ao julgamento do recurso que enseja decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada. 
Efeito substitutivo – significa que a decisão sobre o mérito do recurso substitui a decisão recorrida. Art. 1.008 do CPC.
Pressuposto do Sistema Recursal 
Pressupostos objetivos: 
Adequação (cabimento) – previsão legal do recurso e enquadramento do inconformismo da parte na hipótese legal; 
Tempestividade – Em regra, na Justiça do Trabalho é o de 8 dias para recorrer, exceto, aos embargos declaratórios que é de 5 dias; 
Regularidade forma – o recurso deve ser interposto por meio de petição escrita. 
Regularidade da representação – uso do jus postulandi, nos limites da súmula 425 do TST, que exige a presença do causídico nos processos que tramitam pelo TST. 
Preparo – recolhimento de custas e deposito recursal. 
Pressupostos subjetivos: 
Legitimação – é a pertinência subjetiva para a interposição do recurso que se estende às partes, ao terceiro e ao MPT; 
Capacidade – além de legitimidade, deve ter capacidade para estar em juízo; 
Interesse recursal – necessidade e a utilidade do recurso interposto. 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
a quo: exercido pelo juiz de 1º grau ou presidente do órgão prolator da decisão, verificando se preenche os pressupostos objetivos e subjetivos. Em caso de trancar o recurso, cabe agravo de instrumento
ad quem: exercido pelo órgão julgador do recurso, para verificar se tem condições de ser conhecido. Cabe ao juiz de primeiro grau despachar os recursos interpostos pelas partes
RECURSOS EM ESPÉCIE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – são cabíveis de toda decisão omissa, obscura, contraditória e por erro material. 
Prazo: 5 dias, não havendo necessidade de preparo. Serão julgados pelo próprio juiz que proferiu a decisão embargada (a quo) sendo que, se a decisão for proveniente do TRT ou TST, o endereçamento deverá ser realizado diretamente ao Juiz, ou Ministro Relator do acórdão. 
Trata-se de uma decisão declarativa, não substitui a decisão anterior, mas passa a integrá-la. 
RECURSO ORDINÁRIO – princípio do duplo grau de jurisdição, previsão legal no art. 895 e as contrarrazões, no art. 900 da CLT. São cabíveis para instancia superiores das decisões definitivas e terminativas:
Das varas do trabalho e dos juízes do direito, investido de jurisdição. O R.O será apreciado pelo TRT em cuja jurisdição estiver situado o órgão que proferiu a decisão. 
Dps TRTs, em dissidio individual de competência originaria, a saber: mandando de segurança (súmula 201 TST), ação rescisória (súmula 158) e habeas corpus. O R.O será apreciado pelo SDI-II (art. 71, III, c RITST) 
Proferidas pelos TRTs, em dissidio coletivo de competência originária (art. 7, caput da Lei 7.701/88), que seja julgado pelo SDC (art. 70, II, a RITST); 
Dos TRTs, em ação rescisória e nos mandados de segurança pertinentes a dissidio coletivos e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas. (Art. 70, II, b RITST)
O recurso ordinário visa anular ou reformar a decisão atacada, total ou parcialmente. Podendo envolver matéria de direito ou reanalise das provas produzidas (matéria fática) 
Prazo: 8 dias, com início a partir do momento em que houver a regular intimação da decisão. A interrupção do prazo recursal em razão da interposição de E.D pela parte adversa não acarreta qualquer prejuízo aquele que apresentou o seu recurso tempestivamente. O prazo será em dobro para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios (16 dias), bem como para as autarquias ou fundações de direito público federal, estadual e município que não explorem atividade econômica. 
Preparo recursal: pagamento das custa e do deposito pelo empregador e somente das custas para o empregado. Se não houver preparo, o recurso não será conhecido pela sua deserção. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – art. 897, b, CLT. Tem como única finalidade atacar decisão denegatória de seguimento do recurso ordinário, recurso de revista, e agravo de petição, sendo que o mérito repousa no exame do ato judicial que indeferiu o processamento do recurso. Contra decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, também será passível de agravo de instrumento (Art. 1042, CPC)
Prazo: 8 dias, a partir da ciência da decisão denegatória de seguimento do recurso. 
Preparo recursal: No processo de conhecimento trabalhista, não se tem a exigência do pagamento de custas processuais para o conhecimento do A.I. Entretanto, o deposito recursal, com advento da LEI 12.275/2010, e a inclusão do parágrafo 7º ao art. 899 da CLT, passou-se a exigir o depósito recursal para o A.I no ato da interposição do recurso, correspondente a 50% do valor do deposito do recurso ao qual se pretende destrancar. 
Quando tratar-se de destrancar um RR, que insurge contra decisão contraria a jurisprudência uniforme do TST, súmulas ou em orientação jurisprudencial não haverá obrigatoriedade do deposito recursal.
 
Formação do agravo de instrumento – As partes (agravante e agravado) formalizarão o agravo de instrumento com as peças necessárias para julgamento do recurso cujo seguimento foi negado. (juízo a quo). As cópias são obrigatórias, pois, em caso de omissão, o próprio agravo não será conhecido (art. 897, parágrafo 5º da CLT)
§ 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta Consolidação; (Redação dada pela Lei nº 12.275, de 2010)
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998). 
A contraminuta ao agravo de instrumento está previsto no art. 897, parágrafo 6º CLT
Estrutura: 
Petição de interposição – dirigida ao juízo a quo: 
Requerimento quanto a admissibilidade e regular processamento do recurso;
Intimação da parte contrária e remessa ao tribunal competente; 
Pedido ao juízo a quo a reconsideração da decisão agravada, pela aplicação do art. 1.108, parágrafo 1º do CPC;
Relação das peças que formarão o instrumento;
Indicação dos patronos e seus endereços 
Informar pagamento do deposito recursal com a comprovação das guias; 
Fechamento
Razoes recursais:
Identificação do processo; 
Saudações ao tribunal e julgadores
Breve resumo do processo; 
Da admissibilidade do recurso
Fundamentos jurídicos para o destrancar do recurso; 
Pedido e requerimentos finais quanto admissibilidade, processamento, acolhimento do agravo
Informar o pagamento do deposito recursal com comprovação de guia
Fechamento. 
RECURSO DE REVISTA – Possui caráter excepcional, com previsão expressa no art. 896, 896 –B e 896 -C da CLT. Cabe recurso de revista para uma das turmas do TST das decisões proferidas em graude recurso ordinário, em dissidio individual, pelos TRTs quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
Incabível o recurso de revista ou de embargos para reexame de fatos e provas (súmula 126 do TST)
A finalidade do RR é a uniformização de jurisprudência trabalhista, já que não é recomendável que os tribunais trabalhistas tenham interpretações antagônicas em matéria idênticas, o que resulta na insegurança nos jurisdicionados. 
Enfim, o recurso de revista é uma modalidade recursal que objetiva corrigir a decisão que violar a literalidade da lei ou da Constituição Federal e a uniformizar a jurisprudência nacional concernente a aplicação dos princípios e regras do direito objetivo (direito do trabalho, direito processual do trabalho, direito constitucional, direito civil, direito processual civil, etc.)
Prazo: O Recurso de Revista é um dos recursos trabalhistas que obedecem ao prazo recursal uniforme de 8 dias, tanto para razões quanto para contrarrazões.
Preparo: O Recurso de Revista não é um recurso isento de preparo. Dessa forma, ao interpor o presente recurso, o recorrente deverá recolher as custas e o depósito recursal.
JUÍZO DE ADMISSIBLIDADE RECURSAL
 Inicialmente, vamos relembrar o objetivo dos juízos de admissibilidade recursal, análise pelo Poder Judiciário do preenchimento dos pressupostos recursais, também chamados de requisitos de admissibilidade recursal. O Recurso de Revista observa a regra geral do duplo grau de admissibilidade recursal. Estes são os juízos de admissibilidade recursal do Recurso de Revista: 
Juízo a quo (primeiro grau de admissibilidade recursal): Presidente do TRT, conforme dispõe p §1º do art. 896/CLT. Vale ressaltar que alguns Regimentos Internos dos TRTs atribuem essa competência ao Vice-Presidente do TRT; 
Juízo ad quem (segundo grau de admissibilidade recursal): uma das oito Turmas do TST, conforme aduz o caput do art. 896/CLT.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS EXTRÍNSECOS ESPECÍFICOS: 
Conforme mencionado anteriormente, o recurso de revista é um recurso eminentemente técnico, cujo objetivo principal é a uniformização da jurisprudência dos tribunais trabalhistas. Constitui um recurso trabalhista de natureza extraordinária, que não admite o reexame de fatos e provas, mas apenas matéria de direito material e/ou processual. (Súmula 126 do TST)
Prequestionamento: é o instituto processual que exige a pronuncia expressa da tese sobre a matéria ou questão na decisão recorrida para o cabimento do recurso. Nesse sentido, é o teor da Súmula 297/TST. Logo, para que o Recurso de Revista tenha a sua análise de mérito por uma das Turmas do TST, o tema tem que Ter sido ventilado na decisão recorrida, qual seja, o acórdão do TRT.
Dessa forma, incumbe à parte interessada opor embargos de declaração para fins de prequestionamento, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, sob pena de preclusão e “trancamento” do recurso.
Transcendência: conforme o art. 896-A da CLT, o TST somente julgará o Recurso de Revista se, após análise prévia, a causa oferecer transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
Em análise superficial transcendência significa importância, relevância. A ideia é “não subir briga de galinha para o TST analisar e julgar”.
A doutrina é uníssora em asseverar que a transcendência consubstancia um pressuposto recursal específico muito genérico, vago, impreciso, cuja interpretação fica a livre critério do TST, que poderá denegar seguimento ao Recurso de Revista por um critério essencialmente subjetivo, ferindo os ideários do Estado Democrático de Direito, que é a prestação jurisdicional de forma justa, razoável e transparente.
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Para que o Recurso de Revista tenha o seu mérito analisado por uma das oito turmas do TST, ele deverá apresentar pelo menos uma das três fundamentações jurídicas previstas nas alíneas do art. 896/CLT: 
REGRAS PROCEDIMENTAIS – art. 896/CLT 
EMBARGOS AO TST – AGRAVO REGIMENTAL E RECURSO EXTRAORD.
No âmbito do Tribunal Superior do trabalho, são cabíveis embargos, no prazo de 08 dias (art. 894 da CLT). 
Cabimento: 
De decisão não unanime de julgamento que: 
Conciliar, julgar ou homologar conciliação em Dissídios coletivos (embargos infringentes) que excedam a competência territorial dos tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do TST, e: 
Das decisões de Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais (embargos de divergência), contrarias a Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST ou Súmula Vinculante do STF. 
No caso dos Embargos de divergência, não pode ser oriunda da mesma Turma do TST. 
O art. 2º inciso II, alínea b), Lei 7.701/88, prevê que compete à seção especializada em Dissidio coletivos do TST, em última instancia, julgar os E.I interpostos contra decisão não unânime. 
O art. 3º, inciso III, alínea b), da Lei 11.496/2007, prevê competência especializada em Dissidio individuais, julgar em última instancia os Embargos de divergência. 
Devendo o recurso ao TST ser atual, assim não sendo considerado aquele que for ultrapassado por súmula do TST dou do STF. 
Também se aplicam ao recurso em estudo as súmulas 23,126,296 e 297 e 337 do TST. 
Preparo: Exige deposito recursal mais as custas processuais quando empregador. 
PREQUESTIONAMENTO: é um requisito de admissibilidade dos recursos excepcionais. Súmula 297, inciso III do TST, “considere-se pré-questionamento a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos ED”. 
Processamento: o recurso é interposto no TST perante a SDI ou a SDC, sendo que compete à SDI julgar embargos de divergência e a SDC julgar embargos de infringência. 
Peças de interposição: 
Peça 01: 
Endereçamento completo. 
Processo 
Menção do embargante, do embargado e do advogado. 
Menção do inconformismo com o mencionado acórdão
Verbo: interpor
Identificação e previsão legal da peça processual: Embargos de divergência – art. 894, II da CLT e art. 3º, III, b, da Lei 7.701/88. 
Menção das razões anexas; 
Menção do preparo
Menção do recebimento dos Embargos e remessa dos autos a Seção de dissídios individuais do TST. 
Requerer a notificação do recorrido para apresentar contrarrazões 
Fechamento ou encerramento 
Peça 02
Cabeçalho: menção do embargante, do embargado, da origem e o número do processo.
Saudação
Requisitos de admissibilidade do recurso
Prequestionamento
Resumo da demanda 
Razoes recursais (divergência) – Teses
Pedido e conclusão
Fechamento ou encerramento
AGRAVO REGIMENTAL – O Agravo Regimental (interno) é o recurso cabível contra decisões monocráticas proferidas pelos Tribunais Trabalhistas. 
Cabimento: Art. 235 do RITST –q Cabe agravo regimental, no prazo de 8 dias, para o Órgão Especial, Seção Especializadas e Turmas, observada a competência dos respectivos órgãos, nas seguintes hipóteses: 
I - do despacho do Presidente do Tribunal que denegar seguimento aos embargos infringentes;
II - do despacho do Presidente do Tribunal que suspender execução de liminares ou de decisão concessiva de mandado de segurança;
III - do despacho do Presidente do Tribunal que concederou negar suspensão da execução de liminar, antecipação de tutela ou da sentença em cautelar;
IV - do despacho do Presidente do Tribunal concessivo de liminar em mandado de segurança ou em ação cautelar; 
V - do despacho do Presidente do Tribunal proferido em pedido de efeito suspensivo;
VI - das decisões e despachos proferidos pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho;
VII - do despacho do Relator que negar prosseguimento a recurso, ressalvada a hipótese do art. 239;
VIII - do despacho do Relator que indeferir inicial de ação de competência originária do Tribunal;
IX - do despacho ou da decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou do Relator que causar prejuízo ao direito da parte, ressalvados aqueles contra os quais haja recursos próprios previstos na legislação ou neste Regimento; (Inciso alterado pela Emenda Regimental nº 04/2012 - DeJT 01/10/2012) 
X – da decisão do Presidente de Turma que denegar seguimento a embargos à Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais. (Inciso inserido pelo Ato Regimental nº 04/2012 - DeJT 01/10/2012)
Preparo: Agravo regimental (interno) é isento de preparo 
Processamento: Juízo a quo: Juiz relator do TST, remessa para o respectivo Órgão do Tribunal Trabalhista em questão, a depender do Regimento Interno. 	
Peças de interposição: 
Peça 01: 
Endereçamento completo. 
Processo 
Menção do agravante, do agravado e do advogado. 
Menção do inconformismo com a respeitável decisão monocrática proferida pelo Tribunal Trabalhista
Verbo: interpor
Identificação e previsão legal da peça processual: Agravo Regimental (interno) – art. 1.021, do CPC/15 aplicando subsidiaria a supletivamente ao Processo do Trabalho art. 769 da CLT. 
Menção da minuta anexa 
Isento do preparo
Requerer o Juízo de Retratação ou de Reconsideração. 
Notificação do agravado para apresentar contraminuta, caso não haja retratação
Fechamento ou encerramento 
Peça 02
Cabeçalho: menção do Agravante, do agravado, da origem e o número do processo.
Saudação
Requisitos de admissibilidade do recurso
Prequestionamento
Resumo da demanda 
Razoes recursais (divergência) – Teses
Pedido e conclusão
Fechamento ou encerramento
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – O recurso extraordinário é eminentemente técnico, não servindo para rediscussão de fatos e provas (Súmula 297 do STF), mas apenas poderá ventilar matéria CONSTITUCIONAL. 
Cabimento: Nos termos do art. 102, III da CF: 
 III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
 a) contrariar dispositivo desta Constituição;
 b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
 c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
 d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Bem como, nos termos do art. 266, caput, do RITST. 
Art. 266. Cabe recurso extraordinário das decisões do Tribunal proferidas em única ou última instância, nos termos da Constituição da República.
§ 1.º O recurso será interposto em petição fundamentada, no prazo de quinze dias da publicação do acórdão ou de suas conclusões no órgão oficial.
§ 2.º A petição do recurso extraordinário será juntada aos autos após transcorrido o prazo legal sem a interposição de recurso de competência do Tribunal Superior do Trabalho, abrindo-se, de imediato, vista dos autos à parte contrária para apresentação das contrarazões no prazo de quinze dias.
Prazo: 15 dias da publicação do acórdão ou de suas conclusões no órgão oficial. 
A petição do Recurso Extraordinário será juntado aos autos depois de transcorrido o prazo legal sem a interposição de recurso de competência do TST, abrindo-se, de imediato, vista dos autos à parte contrária para a apresentação das contrarrazões no prazo de 15 dias. 
OBS.: estudar art. 1.029 à 1.041 do CPC
Preparo: é necessário que a comprovação do preparo
Procedimento: o recurso extraordinário é ajuizado perante o TST (Ministro Vice-Presidente do Colendo Tribunal Superior do Trabalho). A admissibilidade do recurso é feita pelo vice-presidente do TST, poderá receber ou denegar seguimento ao recurso. 
Peças de interposição: 
Petição de interposição 
Endereçamento completo. 
Processo nº 
Qualificação das partes e do advogado 
Menção do inconformismo com o mencionado acórdão
Verbo: interpor
Identificação e previsão legal da peça processual: art. 102, III, a, b, c ou d, da CF
Menção das razões anexas 
Menção preparo
Menção do recebimento do REXT e remessa dos autos ao STF
Requerer Notificação do recorrido para contrarrazões 
Fechamento ou encerramento 
Razões recursais (dirigida ao juízo ad quem – STF) 
Identificação do processo 
Saudação ao Tribunal e julgadores
Pressuposto de admissibilidade 
Prequestionamento (súmula 282 do STF) 
Repercussão Geral 
Resumo da demanda 
Razoes recursais – TESE
Pedido de conclusão 
Encerramento.
RECURSO ADESIVO, CORREIÇÃO PARCIAL, PEDIDO DE REVISÃO E UNIFORMAZAÇÃO DE JURISPRUDENCIA. 
RECURSO ADESIVO – o recurso adesivo não é um recurso propriamente dito, autônomo, independente, mas uma forma de interposição do recurso principal. Com efeito, consubstancia um recurso dependente, subordinado a um recurso principal. 
Nos termos da Súmula 283 do TST “O recurso adesivo é compatível com o processo do Trabalho e cabe, no prazo de 8 dias, nas hipóteses de interposição de R.O e R.R, A.P e de Embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. Também cabível recurso adesivo de recurso extraordinário, art. 997 d CPC/15. 
O recurso adesivo deve ser dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder. 
O recurso adesivo não será conhecido se houver a desistência do recurso principal ou se ele for considerado inadmissível. 
CORREIÇÃO PARCIAL – a correição parcial, ou reclamação correcional, é cabível contra ato judicial atentório à boa ordem processual que cause prejuízo, quando não for cabível recurso específico.
A sua natureza jurídica, na verdade, é incidente processual, fundado no direito de petição. Trata-se de providencia muitas vezes com teor preponderantemente administrativo. 
O art. 678, I, alínea d, 2 da CLT prevê que os tribunais regionais, quando divididos em Turmas, compete, ao Tribunal Pleno (ou órgão especial), especificamente julgar, em única ou última instância, as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como juízes de primeira instancia e de seus funcionários. 
PEDIDO DE REVISÃO – proposta a conciliação, e não havendo acordo, antes de passar instrução do feito, cabe ao juiz fixar o valor da causa, quando este for indeterminado (Lei 5.584/70, art. 2º caput). Esse valor fixado pelo juiz pode ser impugnado pelas partes em audiência, nas razoes finais.
Se o juiz mantiver o valor, cabe o pedido de revisão ao presidente do TRT, no prazo de 48 horas, não tendo este, efeito suspensivo, devendo ser instruído com a petição inicial e a ata de audiência, em cópia autenticada pela secretaria da Vara. 
REMESSA DE OFÍCIO – A remessa de ofício, ou reexame necessário, justamente por não ser ato voluntário, na realidade, não tem natureza jurídica de recurso, mas de condição de eficácia da sentença. 
UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDENCIA – A jurisprudência apresenta relevância cada vez mais acentuada no direito. Ela pode ser entendida como conjunto de decisões uniformes e constantes dos tribunais proferidas para a solução judicial de conflitos, envolvendo casos semelhantes.
A jurisprudência também exerce o importante papel de atualizar as disposições legais, tornando-as compatíveis com a evolução social. 
EXECUÇÃO TRABALHISTA – LIQUIDAÇÃO 
LIQUIDAÇÃO – A liquidação tem como objetivo estabelecer a quantia (quantum) da dívida, isto é, o valor devido (art. 509 CPC).Se o título executivo não indicar o valor devido, faz-se necessária a prévia liquidação, pois a execução pressupõe o título, o qual deve conter obrigação liquida, certa e exigível. 
Nesse sentido, nos termos do art. 783 do CPC, a execução para cobrança de credito se funda sempre em título de obrigação certa, liquida e exigível. 
LIQUIDAÇÃO É A FASE QUE ANTECEDE A EXECUÇÃO, NÃO SE TRATANDO DE PROCESSO AUTONOMO. 
Se a sentença condenatória doe proferida, mas houver recurso pendente, sem efeito suspensivo (como é a regra do processo do trabalho), admite-se a execução provisória. Mesmo havendo recurso com efeito suspensivo, admite-se a liquidação de sentença, com fundamento art. 515 do CPC, ao prever liquidação pode ser realizada na “pendencia do recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópia das peças pertinentes”. 
Há de se observar certos limites, tais como, se a sentença já tiver transitado em julgado, na liquidação, deve-se ter o cuidado para que seja respeitado a coisa julgada material.
Liquidação não se pode modificar ou inovar sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. Art. 879, parágrafo 1º da CLT. 
Ler súmula 211 e 401 do TST. 
Conta de liquidação ≠ decisão de liquidação
A conta é apresentada pelas partes, por perito ou por órgão da justiça do trabalho. Art. 879, parágrafos 3º e 6º da CLT. Já a decisão tem natureza interlocutória, pois apenas decide questão de incidente relativa à fixação do valor devido. Art. 899, parágrafo 1º, da CLT
IMPUGNAÇÃO À DECISÃO DE LIQUIDAÇÃO PELO EXECUTO – De acordo com a sistemática da CLT é apresentada quando dos embargos à execução, isto é, juntamente com estes. 
Art. 884, parágrafo 3º da CLT, prevê que somente “nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito ao mesmo prazo”. 
Modalidades de liquidação: 
Liquidação por cálculos – envolve operações aritméticas. Sendo estes cálculos elaborados pelo contador do juízo, 
Liquidação por arbitramento – por sua vez, ocorre quando há necessidade de conhecimento especializado de perito. Art. 509, inciso I do CPC, devendo este ser feito quando houver determinação por sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto. 
Liquidação por artigos (procedimento comum) – é aplicada quando há fatos novos para qualificar o valor da condenação. Esta liquidação é a espécie de liquidação realizada nos casos em que o credor precisa alegar e provar fato novo para a determinação do valor da condenação. 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – Aplica-se ao processo do trabalho o incidente da desconsideração da personalidade jurídica, previsto no art. 133 a 137 do CPC, conforme aludido no art. 855-A da CLT, acrescentado pela Lei 13.467/2017
Sendo cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial (art. 134 do CPC). Devendo ser imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. 
Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica deve ser citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis (art. 135 do CPC). O incidente deve ser resolvido por decisão interlocutória. No processo do trabalho, assim, não é cabível recurso de imediato (art. 893, parágrafo 1º da CLT), podendo-se ser admitir, em tese, a impetração de mandado de segurança, quando violado direito líquido e certo. 
Caso decisão for proferida pelo relator, cabe agravo regimental/agravo interno. 
RESPONSABILIDADE DO EX SÓCIO (ART. 10-A da CLT) – O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
A empresa devedora; 
Os sócios atuais 
Os sócios retirantes 
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Vale ressaltar que não há impedimento na configuração da responsabilidade direta dos sócios ao pagamento de eventuais condenações na justiça do trabalho. 
EMBARGOS À EXECUÇÃO – Art. 884, parágrafo 1º, aduz que as matérias que poderão ser ventiladas em sede de embargos à execução. Com efeito, a matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento de decisão ou de acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
Prazo recursal: 5 dias após realizada a garantia do juízo ou penhora de bens. 
Preparo: Custas processuais tem um valor fixo de R$ 44,26 reais, e devem ser pagas pelo executado ao final da execução. 
Depósito recursal – dada a natureza jurídica dos embargos à execução, não será exigido para sua oposição, uma vez que o juízo deverá estar suficientemente garantido para sua apresentação
AGRAVO DE PETIÇÃO – art. 897, a), da CLT, cabível das decisões do juiz na execução. Contudo, como regra, as decisões interlocutória são irrecorríveis (art. 893, parágrafo 1º, da CLT; Súmula 214, do TST). 
Podem ser arguidas em sede de agravo de petição as matérias próprias aos embargos à execução, ou seja, cumprimento da sentença exequenda; comprimento do acordo; quitação e prescrição. 
O cabimento do agravo de petição exige que a parte tenha questionado as matéria nos embargos à execução ou na impugnação à sentença de liquidação. 
Prazo recursal: 8 dias para sua interposição. 
Preparo: não há exigência de deposito recursal, uma vez que o juízo estará garantido. Só haverá exigência de deposito em qualquer recurso subsequente do devedor se tiver havido elevação do valor do débito. 
As Custas processuais tem um valor fixo de R$ 44,26 reais, e devem ser pagas pelo executado ao final da execução. 
Depósito recursal – dada a natureza jurídica dos embargos à execução, não será exigido para sua oposição, uma vez que o juízo deverá estar suficientemente garantido para sua apresentação
Efeito: devolutivo
Procedimento – O agravo deve ser interposto perante o juízo da vara do trabalho, com as suas razoes endereçadas para o TRT. Os autos serão processados em autos apartados, quando a parte devera juntar todas as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença (art. 897, parag. 3º) 
Admite-se recurso adesivo ao agravo de petição (Súmula 283, TST) 
Denegado o Agravo de petição, em primeira instancia, o remédio oponível é o agravo de instrumento. 
Estrutura: 
Petição de interposição: dirigida ao juízo a quo, contem requerimentos de admissibilidade e regular processamento do recurso, intimação da parte contraria e remessa dos autos ao tribunal competente, delimitação da matéria. 
Razoes recursais. Dirigida ao juízo ad quem, leva ao tribunal as questões processuais e materiais para, via de regra, nova apreciação. 
Contraminuta ao agravo de petição – após a admissibilidade do recurso, a parte contrária será intimada para apresentar suas contrarrazões no prazo de 08 dias (art. 900, da CLT)