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Fundamentos da Geologia do Petróleo 4

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Fluidos de perfuração: misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e até gases.
- Deve ser especificado de modo a garantir uma perfuração rápida e segura.
- Características: 
Ser estável quimicamente;
Estabilizar as paredes do poço, mecânica e quimicamente;
Facilitar a separação dos fragmentos na superfície;
Manter os sólidos em suspensão quando estiver em repouso;
Ser inerte em relação a danos às rochas produtoras;
Aceitar qualquer tratamento, químico e físico.
Ser bombeável;
Ter baixa corrosividade e abrasão em relação à coluna de perfuração e demais equipamentos do sistema de perfuração;
Facilitar a interpretação do material geológico retirado do poço;
Custo compatível com a operação.
- As propriedades de controle do fluido podem ser física ou química:
Física: mais importantes e frequentemente medidas na sonda, são densidade, parâmetros reológicos, forças géis (inicial e final), parâmetros de filtração e teor dos sólidos.
Química: determinadas com maior frequência em laboratório das sondas, são o pH, teores de cloreto e bentonita e a alcalinidade.
- A classificação de um fluido é feita pela sua composição. O principal critério se baseia no constituinte principal da fase continua ou dispersante. São classificados se o fluido é à base de água, óleo, ar ou gás.
- Funções dos fluidos:
Limpar o fundo do poço dos fragmentos gerados pela broca e leva-los para superfície.
Exercer pressão hidrostática sobre as formações, evitando o influxo de fluidos indesejáveis e estabilizar as paredes do poço.
Resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca.
OPERAÇÕES NORMAIS
- Durante a perfuração, uma série de operações desempenha papel importante no processo:
Alargamento e repassamento;
Conexão, manobra e circulação;
Revestimento de um poço de petróleo;
Cimentação de poços de petróleo;
Perfilagem;
Movimentação da sonda.
OTIMIZAÇÃO
- Otimizar a perfuração é escolher parâmetros de modo a assegurar uma perfuração econômica e segura.
- Elementos que influenciam no custo:
Programa de broca;
Programa de revestimentos;
Programa de fluido de perfuração.
OPERAÇÕES ESPECIAIS
- Operações especias:
Controle de kicks;
Operações de Pescaria (deve ser evitada);
Testemunhagem
Teste de formação.
PERFURAÇÃO DIRECIONAL
- Não existe poço rigorosamente vertical, pois há um desvio natural. Estes desvios devem ser quantificados, se ultrapassarem o limite de inclinação (geralmente 5°), ações corretivas devem ser aplicadas para reduzir a inclinação.
- Perfuração direcional é a técnica intencional de desviar a trajetória de um poço da vertical, para atingir objetos que não se encontram diretamente abaixo da sua locação na superfície.
- Finalidades:
Controlar um poço em blowout;
Atingir formações produtoras inacessíveis;
Desviar a trajetória do poço;
Perfurar vários poços no mesmo ponto.
PERFURAÇÃO MARÍTIMA
- As primeiras unidades de perfuração marítima (UPM) eram sondas terrestres montadas sobre estruturas para perfurar em águas rasas. Mesmo principio de funcionamento na terra. Funcionou pro algum tempo, mas a necessidade de perfurar lugares mais fundos levou ao desenvolvimento de outras técnicas.
- Tipos de unidades marítimas:
BOP na superfície: plataformas fixas, auto-eleváveis, submersíveis e tension legs.
BOP no fundo do mar: semi-submersíveis e navios-sonda.
O emprego de cada um vai depender da lâmina d’água, condições de mar, relevo do fundo do mar, finalidade do poço, disponibilidade de apoio logístico e a relação custo/benefício.
- Plataformas fixas: primeiras unidades produzidas. Indicadas para lâminas de água até 300m e são responsáveis pela maior parte de produção de petróleo no mar.
- Plataformas auto-eleváveis: plataformas móveis, transportadas por rebocadores ou propulsão própria. Destinada a perfuração de poços exploratórios em lâminas de 5 à 130 m. Possuem “pernas” que acionadas movimentam-se para baixo até atingir o fundo do mar. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima do nível da água, fora do alcance das ondas.
- Plataforma submersível: consta de uma estrutura montada sobre um flutuador, ao chegar na locação, são lastreadas ate seu casco inferior apoiar no fundo. São utilizados basicamente em águas calma, rios e baías com pequena lâmina de água.
- Plataforma flutuante: pode ser semi-submersível ou navio-sonda. Uma unidade sofre movimentações devido a ação das ondas, correntes e ventos, possibilitando danificar o equipamento. Assim é necessário que ela fique posicionada na superfície, dentro de um circulo com raio de tolerância ditado pelo equipamento de subsuperficie, operação e lâmina de água.
Dois sistemas são responsáveis pelo posicionamento da unidade: ancoragem e sistema de posicionamento dinâmico.
SISTEMA DE CABEÇA DE POÇO SUBMARINO
A perfuração de petróleo no mar tem dois aspectos diferentes: a perfuração com o BOP na superfície como nas sondas fixas e nas Pas e a com BOP no fundo do mar como nas semi-submersíveis e nos navios.
Nos dois sistemas as colunas de revestimento são ancoradas no fundo do mar evitando sobrecarga na sonda. Maior estabilidade da plataforma e facilidade de abandono do poço.
MOVIMENTOS DE UMA SONDA
Sistema XYZ, dividida em seis categorias (três de rotação e três de translação).
Movimentos na horizontal: 
	- Avanço é a translação na direção X
	- Deriva é a translação na direção Y
	- Guinada é a rotação em torno do eixo Z
Movimentos na vertical:
	- Afundamento é a translação na direção Z
	- Jogo é a rotação em torno do eixo X
	- Arfagem é a rotação em torno do eixo Y
Os movimentos que trazem maiores inconvenientes para a perfuração são os que desenvolvem no plano vertical, principalmente o afundamento.