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Fluidos de perfuração: misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e até gases. - Deve ser especificado de modo a garantir uma perfuração rápida e segura. - Características: Ser estável quimicamente; Estabilizar as paredes do poço, mecânica e quimicamente; Facilitar a separação dos fragmentos na superfície; Manter os sólidos em suspensão quando estiver em repouso; Ser inerte em relação a danos às rochas produtoras; Aceitar qualquer tratamento, químico e físico. Ser bombeável; Ter baixa corrosividade e abrasão em relação à coluna de perfuração e demais equipamentos do sistema de perfuração; Facilitar a interpretação do material geológico retirado do poço; Custo compatível com a operação. - As propriedades de controle do fluido podem ser física ou química: Física: mais importantes e frequentemente medidas na sonda, são densidade, parâmetros reológicos, forças géis (inicial e final), parâmetros de filtração e teor dos sólidos. Química: determinadas com maior frequência em laboratório das sondas, são o pH, teores de cloreto e bentonita e a alcalinidade. - A classificação de um fluido é feita pela sua composição. O principal critério se baseia no constituinte principal da fase continua ou dispersante. São classificados se o fluido é à base de água, óleo, ar ou gás. - Funções dos fluidos: Limpar o fundo do poço dos fragmentos gerados pela broca e leva-los para superfície. Exercer pressão hidrostática sobre as formações, evitando o influxo de fluidos indesejáveis e estabilizar as paredes do poço. Resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca. OPERAÇÕES NORMAIS - Durante a perfuração, uma série de operações desempenha papel importante no processo: Alargamento e repassamento; Conexão, manobra e circulação; Revestimento de um poço de petróleo; Cimentação de poços de petróleo; Perfilagem; Movimentação da sonda. OTIMIZAÇÃO - Otimizar a perfuração é escolher parâmetros de modo a assegurar uma perfuração econômica e segura. - Elementos que influenciam no custo: Programa de broca; Programa de revestimentos; Programa de fluido de perfuração. OPERAÇÕES ESPECIAIS - Operações especias: Controle de kicks; Operações de Pescaria (deve ser evitada); Testemunhagem Teste de formação. PERFURAÇÃO DIRECIONAL - Não existe poço rigorosamente vertical, pois há um desvio natural. Estes desvios devem ser quantificados, se ultrapassarem o limite de inclinação (geralmente 5°), ações corretivas devem ser aplicadas para reduzir a inclinação. - Perfuração direcional é a técnica intencional de desviar a trajetória de um poço da vertical, para atingir objetos que não se encontram diretamente abaixo da sua locação na superfície. - Finalidades: Controlar um poço em blowout; Atingir formações produtoras inacessíveis; Desviar a trajetória do poço; Perfurar vários poços no mesmo ponto. PERFURAÇÃO MARÍTIMA - As primeiras unidades de perfuração marítima (UPM) eram sondas terrestres montadas sobre estruturas para perfurar em águas rasas. Mesmo principio de funcionamento na terra. Funcionou pro algum tempo, mas a necessidade de perfurar lugares mais fundos levou ao desenvolvimento de outras técnicas. - Tipos de unidades marítimas: BOP na superfície: plataformas fixas, auto-eleváveis, submersíveis e tension legs. BOP no fundo do mar: semi-submersíveis e navios-sonda. O emprego de cada um vai depender da lâmina d’água, condições de mar, relevo do fundo do mar, finalidade do poço, disponibilidade de apoio logístico e a relação custo/benefício. - Plataformas fixas: primeiras unidades produzidas. Indicadas para lâminas de água até 300m e são responsáveis pela maior parte de produção de petróleo no mar. - Plataformas auto-eleváveis: plataformas móveis, transportadas por rebocadores ou propulsão própria. Destinada a perfuração de poços exploratórios em lâminas de 5 à 130 m. Possuem “pernas” que acionadas movimentam-se para baixo até atingir o fundo do mar. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima do nível da água, fora do alcance das ondas. - Plataforma submersível: consta de uma estrutura montada sobre um flutuador, ao chegar na locação, são lastreadas ate seu casco inferior apoiar no fundo. São utilizados basicamente em águas calma, rios e baías com pequena lâmina de água. - Plataforma flutuante: pode ser semi-submersível ou navio-sonda. Uma unidade sofre movimentações devido a ação das ondas, correntes e ventos, possibilitando danificar o equipamento. Assim é necessário que ela fique posicionada na superfície, dentro de um circulo com raio de tolerância ditado pelo equipamento de subsuperficie, operação e lâmina de água. Dois sistemas são responsáveis pelo posicionamento da unidade: ancoragem e sistema de posicionamento dinâmico. SISTEMA DE CABEÇA DE POÇO SUBMARINO A perfuração de petróleo no mar tem dois aspectos diferentes: a perfuração com o BOP na superfície como nas sondas fixas e nas Pas e a com BOP no fundo do mar como nas semi-submersíveis e nos navios. Nos dois sistemas as colunas de revestimento são ancoradas no fundo do mar evitando sobrecarga na sonda. Maior estabilidade da plataforma e facilidade de abandono do poço. MOVIMENTOS DE UMA SONDA Sistema XYZ, dividida em seis categorias (três de rotação e três de translação). Movimentos na horizontal: - Avanço é a translação na direção X - Deriva é a translação na direção Y - Guinada é a rotação em torno do eixo Z Movimentos na vertical: - Afundamento é a translação na direção Z - Jogo é a rotação em torno do eixo X - Arfagem é a rotação em torno do eixo Y Os movimentos que trazem maiores inconvenientes para a perfuração são os que desenvolvem no plano vertical, principalmente o afundamento.