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Tipologia textual

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TIPOLOGIA TEXTUAL
TIPOLOGIA TEXTUAL
Texto Narrativo - consiste em evidenciar fatos experienciados e desenvolvidos por certos personagens em um dado tempo e espaço.
Texto Descritivo – consiste em representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de características, de pormenores individualizantes. 
Texto Argumentativo (Dissertativo) – consiste em apresentar ideias, analisá-las, defender um ponto de vista sustentado em argumentos. 
Texto Injuntivo – consiste em exprimir uma ordem ou pedido de execução ou não execução de uma determinada ação.
	
	Era um cachorro muito bonito, de pelo marrom-escuro, com pequenas marcas brancas em forma de estrelas. Manso, de latido suave, sempre foi um grande amigo da família, notadamente das crianças.
	Meu filho Eduardo adorava aquele cão. Corriam pelo quintal fazendo uma incrível algazarra, chamando a atenção dos vizinhos. Em um domingo de sol, o animal foi atropelado. Levado ao hospital, não resistiu. Ficou apenas a saudade do amiguinho que, certamente, não será esquecido.
	
	O cão, dizem, é o melhor amigo do homem. Em situações desagradáveis pode-se contar com ele. A fidelidade desse animal, capaz de morrer pelo dono, supera todas as expectativas. É bom ter um por perto, principalmente quando se está só.
Elementos constitutivos da narrativa
O quê?
Quem?
Como?
Onde?
Quando?
Por quê?
Por isso	
	
	Eu morava com minha tia em um condomínio muito pacato, desses nos quais todos os vizinhos se conhecem e sabem da vida uns dos outros. Um dia surgiu ali uma pessoa que, por seu comportamento, acabou destoando dessa característica local.
	Era a nova vizinha; e era muito, muito bonita. Vivia só e não gastava conversa com ninguém dali. Mas, todas as noites, havia um entra-e-sai esquisito de rapazes muito alinhados de seu apartamento. Minha tia Adelaide, muito puritana e fiscal da vida alheia, resolveu xeretar.
	A rotina era sempre a mesma: por volta das vinte horas, iniciava-se a chegada dos rapazes. Em seguida, luzes começavam a piscar de forma irregular, pessoas conversavam e faziam todo tipo de barulho. Minha tia, de sua janela, ia ficando cada dia mais intrigada.
— Eles chegam de noite, fazem a baderna deles e, lá pelas vinte e três horas, saem, dizendo estarem cansados, que é cansativo, mas que vale a pena... Alguns chegam a sair ajustando as roupas! Que pouca vergonha!
Duas semanas foi o tempo que minha tia levou para tomar coragem e ligar para a polícia, solicitando uma intervenção.
— Tem um apartamento muito suspeito aqui e está incomodando a todos.
Na verdade, era apenas titia quem estava se sentindo incomodada.
— Por favor, façam logo alguma coisa! Aquilo lá mais parece um bordel!
— Pois não, madame. Estamos enviando uma viatura para aí agora mesmo. Mas antes a senhora, por gentileza, me passe os seus dados.
Menos de dez minutos depois, minha tia, debruçada em seu observatório, a janela, acompanhava excitada a chegada da polícia.
— Vianinha! — Vianinha era eu. — Vianinha, corre aqui, meu filho! Venha ver, que agora é que vão pegar a sirigaita!
Fui até onde ela se encontrava. Dali pudemos acompanhar o desembarque de dois policiais que se encaminharam para o edifício. Poucos minutos depois, os dois deixaram o prédio e 
atravessaram serenamente a rua, em direção à portaria de nosso bloco. A campainha tocou, e minha tia, como uma adolescente descontrolada, correu para abrir a porta.
— Boa noite, senhora — cumprimentou um dos policiais. — A senhora é a Dona Adelaide?
— Sim, sou eu mesma — empertigou-se titia.
Os dois policiais se entreolharam. Depois um deles, com expressão grave, disse:
— Parabéns! A senhora acaba de nos fornecer um flagrante...
Minha tia, não aguentando mais de expectativa, o interrompeu:
— E então? Fale logo! Vão levar a prostituta?
— Como eu ia dizendo, a senhora nos forneceu um flagrante. Um flagrante de um estúdio fotográfico de modelos. A moça, na verdade, estuda moda à tarde e, durante a noite, tira fotografias de modelos masculinos. Se a senhora continuar achando isso vergonhoso ou algo assim, pode ligar; não para a polícia, mas para um psicólogo. No mais, faça-nos um grande favor, sim? Deixe a moça trabalhar em paz. Pena que por perto não havia nenhum balde para eu enfiar a minha cabeça.
Narrativa simples X Narrativa valorada
 
 João entrou na sala de aula e cumprimentou o professor. Este não lhe retribuiu o cumprimento. A seguir, procurou um lugar para sentar. O professor pediu que todos os alunos abrissem o livro de ciências na página 39 e respondessem às perguntas sobre o texto que ali se encontrava. Alguns minutos depois, selecionou João para responder à pergunta de número um. 
 
 João entrou na sala de aula, atrasado mais uma vez, e cumprimentou o professor. Este não lhe retribuiu o cumprimento de propósito. A seguir, sentindo-se desconfortável, João procurou um lugar para sentar. O professor pediu que todos os alunos abrissem o livro de ciências na página 39 e respondessem às perguntas sobre o texto complexo que ali se encontrava. Alguns minutos depois, selecionou justamente João para responder à pergunta de número um, claramente a mais difícil. 
 João entrou na sala de aula, atrasado mais uma vez, e cumprimentou o professor. Este não lhe retribuiu o cumprimento, pois estava no meio de uma explicação. A seguir, procurou um lugar para sentar, fazendo muito barulho e incomodando a todos. O professor, pacientemente, pediu que todos os alunos abrissem o livro de ciências na página 39 e respondessem às perguntas sobre o texto que ali se encontrava. Alguns minutos depois, selecionou João para responder à pergunta de número um, mas este disse, com ar jocoso e debochado, que não havia feito nada. 
Texto descritivo
	Para Platão e Fiorin (2012), a descrição “é o tipo de texto em que se relatam as características de uma pessoa, de um objeto ou de uma situação qualquer, inscritos em certo momento estático do tempo”. 
	Uma descrição rica em detalhes cria a impressão de realidade	, auxiliando no convencimento em favor de alguma causa.
	
O réu ameaçava a vítima que, aos gritos, clamava por não ser morta. Ele pediu as joias e, ao ouvir a negativa da vítima, que dizia não possuir nenhuma, não teve dúvida: com frieza desumana, puxou o gatilho do revólver encostado à cabeça da vitimada, prostrando-a no chão, sem vida, de forma cruel, por motivo absolutamente fútil.
O réu, no intento de roubar, pediu à vítima joia e dinheiro. Assustado, temeroso e alterado, pois não é bandido profissional, mas incidentalmente cometendo aquele equívoco, ouviu a ríspida negação da vítima e, supondo tendo ela chance de reação, que por certo poria sua vida em risco, em um ímpeto de emoção e medo apertou o gatilho, temendo por sua sobrevivência.
Texto dissertativo-argumentativo
	
	No texto dissertativo-argumentativo há a análise cuidadosa e detalhada de um tema, bem como a presença de argumentos que sustentam o ponto de vista. O objetivo principal desse tipo textual é a persuasão do interlocutor.
	
	
É notório que o povo brasileiro não está satisfeito com o desempenho de seus representantes políticos. Devido a isso, a cada eleição observamos um grande número dos chamados votos de protesto. Entretanto, essa não é a melhor maneira de manifestar a insatisfação com os nossos representantes, uma vez que gera efeitos colaterais para a sociedade.
Fragmento 1
	Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista.
	
Fragmento 2
	De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear-lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre avítima, os demais atearam fogo, evadindo-se a seguir.
	Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, atacada enquanto dormia.
EXERCÍCIO:
Identifique o tipo textual predominante em cada fragmento
Fragmento 3
	O Assédio moral, ou seja, a exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias no trabalho, atenta contra a sua dignidade e integridade psíquica ou física. De modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral, além de permitir a resolução do contrato ("rescisão indireta"), o afastamento por doença de trabalho e, por fim, quando relacionado à demissão ou dispensa do obreiro, a sua reintegração no emprego por nulidade absoluta do ato jurídico.
	
Fragmento 4
	Não esqueça: a dengue se combate todo dia.
Contra a dengue, não deixe água parada.

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