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Empreendedorismo Tema 13 - O Processo visionário no Empreendedorismo

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O processo visionário no 
empreendedorismo
Cátia Regina Raulino
Introdução
O processo visionário é um importante tema no empreendedorismo. Ele nos mostrará como 
uma ideia será transformada em um produto ou serviço. Será por meio dessa teoria criada por Filion 
que o empreendedor compreenderá como sua visão será desenvolvida para gerar um negócio de 
sucesso. O processo visionário será dividido em três visões, que poderão ocorrer não apenas na 
fase inicial do negócio e que serão capazes de trazer ao empreendedor os resultados desejados.
Objetivos de aprendizagem
Ao finalizar o tema, você será capaz de:
 • conhecer o processo visionário para o desenvolvimento do empreendedorismo.
1 A teoria visionária de Filion
Segundo Filion (2004, p. 109), um “[...] empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e 
realiza visões”. A partir desta definição iniciamos nosso estudo sobre a teoria visionária do autor. Por 
meio dela você poderá compreender de que forma a ideia de um produto ou serviço resultará em um 
negócio. É importante ressaltar que Filion é um dos maiores autores do empreendedorismo e sua teo-
ria tem sido amplamente utilizada para que os negócios se tornem realidade pelos empreendedores.
Em sua teoria, Filion (2004) identifica três tipos de visões empreendedoras, ou seja, três dife-
rentes parâmetros que devem ser levados em consideração pelo empreendedor, sendo eles: emer-
gentes, central e complementares. Estas visões têm uma certa hierarquia de ocorrência e enorme 
impacto umas nas outras.
Figura 1 – As visões de Filion
Visões
emergentes
Visões
complementares
Visões
complementares
Visões
emergentes
Exterior
Interior
Visão Central
Fonte: elaborada pela autora, adaptada de FILION, 2004.
Segundo Filion (2004, p. 110) para “[...] evoluir de uma categoria para outra, o empreende-
dor precisa de um alto nível de articulação pessoal, coerência e tenacidade, todos eles importan-
tes fatores para o sucesso ou o fracasso de sua estratégia.” Neste caso o autor afirma que para 
que consiga evoluir entre as visões o empreendedor terá que possuir algumas características que 
serão essenciais ao resultado final.
A seguir, vamos conhecer todas as categorias ou tipos de visões.
 • Visões emergentes: de acordo com Filion (2004), são aquelas criadas em torno das 
ideias de produtos e serviços. Nas visões emergentes o empreendedor terá várias ideias 
e vai separar apenas aquelas que acredita serem oportunidades de negócios. Em cima 
dessa ideia inicial se criará uma estrutura ou esqueleto. A partir desse esqueleto o empre-
endedor terá novas visões emergentes, e cada visão poderá ser agregada à visão central 
ou poderá dar origem futuramente a outra visão central. Segundo Filion (1999, p. 53):
A visão emergente é a ideia dos produtos ou de serviços que se desejam lançar; é formada 
em torno de ideias e conceitos de produtos e/ou serviços imaginados pelo empreendedor 
que, frequentemente, antes de lançar em um empreendimento, pondera várias alternativas 
de produtos ou serviços.
FIQUE ATENTO!
A visão emergente nada mais é do que a ideia do produto ou serviço propriamente 
dito que se quer gerar.
A visão emergente será, portanto, aquela que surgirá e que poderá ou não crescer e se tor-
nar um negócio, sendo necessárias outras visões para que essa mera ideia saia do papel.
 • Visão central: após uma ou mais visões emergentes, surgirá a chamada visão central. 
A visão central terá uma subdivisão própria e se dividirá em visão central interna e visão 
central externa. Na externa, o empreendedor projetará sua visão para o tempo futuro e 
irá imaginar como o produto ou serviço se localizará e como se comportará dentro do 
mercado, por exemplo: será um produto de sucesso? Sua venda será grande? Atingirá 
determinado público? 
Por outro lado, a visão interna demonstrará como internamente a organização precisa 
funcionar para que esse resultado seja alcançado. Por exemplo: o número de emprega-
dos na produção é suficiente? Preciso mapear processos internos? Que setores minha 
empresa terá?
FIQUE ATENTO!
Apesar de serem duas divisões distintas dentro da visão central, as duas são igual-
mente necessárias, pois o empreendedor que não pensa em sua empresa a longo 
prazo ou que não possui conhecimento de tudo que precisará para que esta empre-
sa exista, jamais conseguirá sair da visão emergente.
De acordo com Filion (1999 p. 36), “[...] quanto mais o componente interior da visão permite 
a uma organização tomar uma forma que incorpore as inovações do componente exterior, tanto 
mais bem-sucedido o empreendedor será”. Na prática, significa que quanto maior o grau de ade-
rência interno da organização ao produto, maior será a capacidade de a visão externa ser bem-su-
cedida. O autor comenta ainda que “[...] ao longo de sua vida, um empreendedor deve continuar a 
avaliar, selecionar e integrar novas visões emergentes à sua visão central” (FILION, 1999, p. 53).
FIQUE ATENTO!
Sempre que falamos nas visões, elas precisam ser claras e reais, caso contrário 
nenhum negócio terá sucesso.
Figura 2 – Visões interna e externa
Fonte: Nomad Soul/Shutterstock.com.
 • Visões complementares: são todas as atividades realizadas para ajudar no desenvol-
vimento da visão central. As visões complementares são as que tratam da gerência da 
empresa, da organização e controle das diversas atividades administrativas, financei-
ras, de pessoal etc. Por meio da visão complementar é que vai ser criada a estrutura 
para que o produto seja vendido aos clientes, da forma mais eficaz possível, gerando os 
resultados esperados: viabilidade, consolidação, crescimento, altos lucros.
Segundo o autor da teoria, a visão complementar “[...] consiste num conjunto de atividades 
gerenciais, que precisam ser realizadas, caso se queira o progresso da visão central” (FI-
LION, 1999, p. 55).
EXEMPLO
Para que fique ainda mais claro, imagine que as visões serão sempre como uma pi-
râmide quando você pensar na hierarquia entre elas. E imagine que nesta pirâmide 
existirá uma pertinência em que cada uma das partes está contida na parte anterior, 
ou seja, as visões terão uma hierarquia mas necessitarão umas das outras para que 
possam existir e serem desenvolvidas.
De forma simplificada, as visões serão retratadas assim.
Figura 2 – As visões simplificadas
Resumindo ...
Três (3) categorias de visão:
1. Emergente – ideias de produtos e serviços que queremos lançar.
2. Central – resultado de uma ou mais visões emergentes que se divide 
em visão externa = lugar que se quer ocupado, e visão interna = o 
tipo de organização do qual se tem necessidade para alcançá-lo.
3. Complementares – atividades de gestão definidas para sustentar a 
realização da visão central.
1 + 2 + 3 = Produto ou Serviço
Fonte: Elaborada pela autora, 2016.
EXEMPLO
Você teve várias ideias de produtos, a chamada visão emergente. Nela, você co-
meça a pensar, por exemplo, que poderia vender roupas, roupas femininas, roupas 
femininas infantis, roupas femininas infantis de praia, enfim, há uma série de ideias. 
Depois, você escolhe uma delas e a estuda até decidir se irá desenvolvê-la. Vamos 
imaginar que você escolheu roupas infantis de praia. Agora, você já tem a base da 
sua visão central definida. Nela, buscará compreender se existe espaço no mer-
cado para esse produto: que tipo de inovação o mercado espera na área, se exis-
tem produtos novos nessa área, se sua empresa possui capacidade de produção 
para esse produto e, assim, desenvolve sua visão central. A partir daí, você passa 
a desenvolver sua visão complementar para que possa colocar a visão central em 
prática, realizando todas as ações necessárias para que ganhe corpo e possa ser 
desenvolvida na prática.
Entenda, portanto, que de acordo com Filion (1999, p. 41): 
Quanto maior a habilidade de se comunicare o conhecimento no campo que pretende atu-
ar, maior será a capacidade para definir as visões complementares que devem acontecer 
para o sucesso da visão central. Assim, o empreendedor se transforma numa espécie de 
ativador de visões complementares, que lhe permitem desenvolver os componentes da sua 
visão central.
SAIBA MAIS!
Para entender um pouco mais, leia este artigo sobre o processo visionário e as 
características empreendedoras, disponível em: <http://www.convibra.com.br/uplo-
ad/paper/adm/adm_2818.pdf>
De forma resumida e esquematizada, as visões ficarão como no quadro a seguir:
Quadro 1 – As visões de Filion
Categorias de visão
Visão inicial Ideias de pradutos ou serviços futuros.
Visão central
Resultante de uma ou mais 
visões emergentes.
Parte externa: a faixa de mercado a ser 
ocupada por um produto ou serviço.
Parte interna: tipo de organização ne-
cessária para realizar a parte externa.
Visão complementar Atividades gerenciais necessárias para dar suporte à visão central.
Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de FILION (1999).
SAIBA MAIS!
Leia este artigo elaborado e apresentado no XXVIII Congresso Nacional de Enge-
nharia de Produção sobre as teorias visionárias e sua aplicação na criação de micro 
e pequenas empresas. Acesse http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_
tr630470_9575.pdf.
Fechamento
Neste tema você conheceu a teoria visionária de Filion que é ainda largamente usada entre 
empreendedores. Esta teoria é composta por três diferentes visões empreendedoras que apoiarão 
diretamente os empreendedores para que suas ideias se tornem negócios reais.
Nesta aula você teve a oportunidade de:
 • entender o alcance de cada uma das visões de Filion;
 • conhecer a hierarquia entre as visões;
 • compreender como desenvolver uma visão;
Referências 
DOLABELA, F.; LIMA, M. Entrepreneurship Learning in Brazilian Institutions of Higler Education. 
Curitiba, AED, 2000. 
DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo, uma forma de ser: saiba o que são empreendedores 
individuais e coletivos. Brasília: AED, 2003.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2012.
DOLABELA, F. (Colaboradores). Boa ideia! E agora? Plano de negócio, o caminho seguro para criar 
e gerenciar sua empresa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2003. 
FILION, Louis Jacques. Operators and visionaries: differences in the entrepreneurial and mana-
gerial systems of two types of entrepreneurs. International Journal of Entrepreneurship and Small 
Business. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2004.
FILION, L. J. Operators and visionaries: differences in the entrepreneurial and managerial systems 
of two types of entrepreneurs. International Journal of Entrepreneurship and Small Business. São 
Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
FILION, Louis Jacques. Empreender: um sistema ecológico de vida. In: FILION, Louis Jacques. Boa 
ideia! E agora. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2004. 
HAMPTON, D. R. Administração contemporânea. São Paulo: Makron Books, 1991. In: DORNELAS, 
J. C. Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
CIMADON, José Eduardo; RUPPENTHAL, Janis Elisa; MANFRÓI, Armando S. Aplicação da teoria 
visionária de Filion no desenvolvimento de MPs criadas por necessidade. In: XXVIII CONGRESSO 
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Foz do Iguaçu: ENEGEP. 2007. Disponível em: http://
www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2007_tr630470_9575.pdf. Acesso em: 08 nov. 2016.
NAKAGAWA, Marcelo. 3 dicas de como estudar seu mercado antes de empreender. Exame.com. 
Disponível em: http://exame.abril.com.br/pme/3-dicas-de-como-estudar-seu-mercado-antes-de-
-empreender/. Acesso em: 09 nov. 2016.
PORTES, Márcio Rosa. O processo visionário e o desenvolvimento de características e habilidades 
empreendedoras: o caso Lapidart Ltda. Acessível em: http://www.convibra.com.br/upload/paper/
adm/adm_2818.pdf. Acesso em: 12 jan. 2017.

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