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Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 RELATÓRIO DE ESTÁGIO COLÉGIO DE ENGENHARIA CIVIL ELABORADO POR ANTÓNIO CARLOS PARREIRA PINHEIRO (FEUP) NAS EMPRESAS MULTINORDESTE, S.A. E ANGOLACA,S.A. (Janeiro 2015) Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 1 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 1. ÍNDICE 1. ÍNDICE ........................................................................................................................................ 1 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 2 1.1. Objectivos do Estágio ...................................................................................................... 2 1.2. Descrição Geral do Estágio .............................................................................................. 2 1.3. Descrição do Candidato ................................................................................................... 2 1.4. Descrição das Empresa .................................................................................................... 3 1.5. Relação do Estagiário com os Membros Efectivos da Empresa .................................... 11 2. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................................................. 11 2.1. Estudos e Orçamentos .................................................................................................. 11 2.1.1. Procedimento dos Concursos ................................................................................ 12 2.1.2. Documentos de concurso ...................................................................................... 13 2.2. Direcção de Obra ........................................................................................................... 16 3. Higiene e Segurança em Obra ............................................................................................... 42 4. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 43 Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 2 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 1. INTRODUÇÃO 1.1. Objetivos do Estágio O presente relatório de estágio pretende descrever os conhecimentos adquiridos no período do estágio curricular nas empresas Multinordeste, Multifunçoes em Construção e Engenharia S.A., empresa portuguesa, e AngolACA – Construções, S.A, empresa angolana. O objectivo deste estágio consiste em adquirir conhecimentos a nível geral de execução de uma obra e da fase de concurso de uma empreitada, nomeadamente: • No planeamento e preparação das actividades; • Na gestão dos recursos, quer humanos, quer de materiais e equipamentos; • Na relação externa com o cliente/fiscalização; • Interligação de planos de Qualidade, Segurança e Higiene, implementando os mesmos em obra; • Na consulta de fornecedores e empreiteiros; • No conhecimento da legislação em vigor. 1.2. Descrição Geral do Estágio O estágio foi dividido em três partes que decorreram em duas empresas: Multinordeste,SA: • Estudos e Orçamentação (Construção Civil); • Direção Técnica da Obra (Construção Civil). AngolACA,SA: • Direção Técnica da Obra (Infraestruturas); 1.3. Descrição do Candidato Eu, António Carlos Parreira Pinheiro, nascido a 24 de Outubro de 1987, natural de Bragança, freguesia de Donai, ingressei na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Setembro de 2005, tendo concluído o Mestrado Integrado em Engenharia Civil em Setembro de 2010, no ramo de estruturas. Resultado das oportunidades encontradas, o percurso profissional iniciou em Novembro de 2010 na empresa Multinordeste, pela área de orçamentação. Em Janeiro de 2011, troquei Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 3 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 de área na mesma empresa para adjunto de direção de obras de construção civil, na qual me mantive até Julho de 2012. Desde Agosto de 2012 até Fevereiro de 2013 trabalhei na empresa MSTR em Angola. Esta experiencia profissional, embora também na área da construção, esteve um pouco desenquadrada quer das minhas espectativas quer do trabalho de direção de obra, pelo que não será relevante descrevê-la neste relatório. Desde Março de 2013 iniciei a trabalhar em Angola na empresa AngolACA, como diretor de obras de infraestruturas de abastecimento de água. 1.4. Descrição das Empresa Multinordeste,SA: A MULTINORDESTE Multifunçoes em Construção e Engenharia S.A., é uma empresa de Obras Públicas fundada em 2009. Sendo uma empresa de construção, dedica-se essencialmente a construção de: recintos desportivos, edifícios públicos e industriais, reabilitação de edifícios religiosos, arranjos exteriores e construção de infraestruturas hidráulicas. Embora tenha obas já concluídas na Argélia, a sua atividade desenvolve-se essencialmente em Portugal. Os seus valores são a ética, a honestidade e o rigoroso cumprimento dos compromissos assumidos como base fundamental da nossa prática diária que determinam os seguintes princípios e valores: Atendimento dos clientes com qualidade, atenção e dedicação, proporcionando-lhes confiança; Competência profissional, seriedade e rigoroso cumprimento dos prazos acordados. Sedeada na Av. Do Sabor, Lote B – R/C Drto, 5300 – 111 Bragança, começou por desenvolver a sua atividade em Portugal, onde conta com obras realizadas, algumas das quais se descrevem resumidamente: • Construção de uma moradia em Matela – Vimioso, Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 4 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Construção da CASA do PUIO – Picote, adaptada para turismo rural, • Construção do centro paroquial de Vilas Boas – Vila Flor • Reabilitação da casa de turismo rural de Aldeia Nova – Miranda do Douro Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 5 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Reabilitação das igrejas de São Matinho de Angueira, Vila Flor e Vale Torno – Distrito de Bragança, • Central de camionagem Rodonorte – Bragança • Reabilitação da unidade produtiva da Sousacamp – Vila Flor Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 6 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Requalificação urbanística em Podence, Miranda do Douro, Vimioso • Construção de residências universitárias – Bragança Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 7 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Construção das termas de Vimioso • Lar de idosos de Duas Igrejas – Miranda do Douro e Urros - Mogadouro • Arquivo municipal de Vimioso Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 8 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248• Fórum Municipal de Resende • Construção de saneamentos em Bragança, São Martinho, Grijo Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 9 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 AngolACA – Construções, S.A: Criada em 2003, a AngolACA – Construções, S.A. tem vindo a desenvolver a sua actividade em Angola nas várias áreas de negócio relacionadas com a Construção, desde Obras Públicas e Construção Civil, comercialização de betão pronto, massas betuminosas, pré-fabricados e inertes. A expansão da AngolACA está bem patente na sua forte presença, com instalações fixas (Escritórios, Serviços Sociais, Estaleiros e Centros Industriais), nas Províncias de Luanda (no Kikolo (Sede) e Panguila); do Kwanza Norte (na cidade de N’dalatando e Dondo), de Malange (na cidade de Malange); do Huambo (na cidade do Huambo) e de Benguela (no K27, Damba Maria – Lobito). A AngolACA tem mostrado que é uma empresa angolana, com competência, qualidade e dinamismo. Apostando na qualidade e satisfação dos seus clientes, a AngolACA realizou e continua a realizar obras emblemáticas como a requalificação urbana das Cidades de Benguela, Huambo e N’dalatando, o troço da estrada Benguela – Lubango, entre Catengue e Rio Coporolo, o troço da estrada Huambo – Lubango, entre Caluquembe e Ngola, o troço da estrada Luanda - Malange , entre Dondo e Lucala. A AngolACA fechou 2009 com um volume de negócios de cerca de 200 milhões de Dólares Americanos. A aposta da AngolACA passa por reforçar a sua posição no mercado e avançar para novas oportunidades e áreas de negócio aproveitando o excelente know how do Grupo ACA onde está inserida. Como obras de referência já executadas em angola tem: Vias de comunicação: • Construção da via Gota – Parque Sonangol (Kwanza Norte) • Morro do “S” (Kwanza Sul) • Estrada do Casseque – Benguela • Alargamento estrada Dondo – Alto do Fina e Morro do Binda (N'Dalatando) • Conservação da estrada Lucala – Casuco (N'Dalatando) • Estrada N'dalatando – Lucala (N'Dalatando) Requalificação Urbana: • Requalificação da cidade N'Dalatando • Requalificação das principais avenidas da cidade de Benguela • Restinga de Lobito Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 10 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Construção civil: • ZEE - Zona Económica Especial (Luanda) • Tribunal do Dondo • Casas do Caimbambo - habitação social (Benguela) Procurando implementar uma política de qualidade que se baseia numa melhoria contínua, na satisfação das necessidades do cliente e na responsabilização de todos os colaboradores pela qualidade do produto final, a empresa adquiriu as seguintes certificações: • SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE - NP EN ISO 9001: 2014 • SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO - OHSAS 18001: 2014 Política de Qualidade, Ambiente e Segurança A Política da Qualidade, Ambiente e Segurança da AngolACA tem como principais objetivos estratégicos: • Satisfazer as necessidades do Cliente, dar-lhe a melhor atenção e tratá-lo com honestidade; • Cumprir a legislação, normas, regulamentos e cadernos de encargos aplicados à nossa atividade e os que se relacionam com o Sistema de Gestão Ambiental e Sistema de Gestão da segurança, Saúde e Higiene no Trabalho; • Todos são responsáveis pela Qualidade, Ambiente e Segurança em termos de cada um conhecer e pôr em prática os requisitos que lhe dizem respeito; • Promover o desenvolvimento e utilização de processos, métodos, práticas, materiais e produtos com vista à prevenção da poluição e à preservação dos recursos naturais. • Reduzir, Reutilizar e Reciclar os resíduos produzidos em detrimento da sua eliminação. • Promover a prevenção das lesões e afeções da saúde dos trabalhadores engrandecendo a sua motivação, realização pessoal, profissional e o espírito de equipa; • Aplicar os Princípios Gerais de Segurança em todas as suas atividades através da adoção de medidas que permitam eliminar o perigo, avaliar e controlar os riscos que não possam ser evitados, substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso; • Ser, reconhecidamente, uma das melhores empresas de obras públicas – dentro da engenharia civil – de modo a responder aos problemas que se lhe deparam e às solicitações dos clientes; Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 11 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Poder atuar com vantagem competitiva em qualquer obra que se afigure atrativa, seja no mercado nacional, seja no externo; • Aumentar o volume de negócios e os lucros, sobretudo à custa de ganhos de produtividade, através do reforço da sua capacidade técnica e organizacional. Fruto deste empenho na modernização, a AngolACA tem visto esse esforço reconhecido, quer ao nível do mercado, pelo número de obras atribuídas, quer ao nível dos parceiros, pois, recebeu os seguintes prémios: • “Melhor Empresa de Construção Civil e Obras Públicas” – 1º lugar pelo quinto ano consecutivo na Projekta 2015; • Pela 5ª vez consecutiva, o Grupo ACA foi identificado como uma das 100 melhores. 1.5. Relação do Estagiário com os Membros Efetivos da Empresa O processo “receção dos novos colaboradores” facilitou a integração na empresa e a construção de uma boa relação com os restantes colaboradores. Neste processo operativo, é realizada uma reunião entre os administradores, diretores de produção dos diversos departamentos e os novos colaboradores, para uma apropriada apresentação dos membros da administração e os novos colaboradores. Deste modo, a minha integração na empresa e com todos os trabalhadores ocorreu de uma maneira muito rápida e fácil em ambas as empresas. É de salientar, que tanto em obra quanto em sede, todos os membros de cada uma das empresas se disponibilizaram sempre para ajudar em qualquer dúvida ou dificuldade. 2. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 2.1. Estudos e Orçamentos Nesta fase do meu estágio, iniciado na empresa Multinordeste, um dos principais objetivos foi adquirir conhecimentos para a elaboração de propostas para empreitadas. A elaboração de uma proposta engloba a determinação dos custos para as diferentes atividades, acompanhados de planeamento e memórias. No entanto, os custos são quase sempre dependentes dos rendimentos que poderão ser alcançados em obra (materiais, mão-de-obra Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 12 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 e máquinas), que neste caso só poderão ser estimados, assumindo particular relevância a experiência e a prática na obra. Das propostas a concurso elaboradas, destacam-se: • “Construção do Polo Escolar de Alvarenga” – Câmara Municipal de Arouca; • “Reabilitação e Reconversão do Cais de Mercadorias da REFER” – Câmara Municipal de Peso da Régua; • “Parque Verde – Fundão” – Município do Fundão; • “Construção das Instalações do Lar de Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário” – Junta de Freguesia de Salamonde; • “Construção do Forum Municipal de Resende” – Câmara Municipal de Resende; 2.1.1. Procedimento dos Concursos Na elaboração dos concursos, o procedimento adotado foi o seguinte: • Estudo das peças desenhadas, escritas e mapa de quantidades. Posteriormente, separam- se os artigos consoante a sua especialidade, como por exemplo: águas eesgotos, instalações elétricas, rede de gás, arranjos exteriores, pavimentação, equipamentos desportivos entre outros. De seguida, fazem-se as consultas destas especialidades, sendo assim possível introduzir os preços unitários que compõem cada especialidade. • Nos trabalhos de construção civil propriamente ditos, foi efetuado o desdobramento dos artigos em materiais, equipamentos e mão-de-obra, sendo analisados os rendimentos para cada recurso e aplicados preços unitários. • No que toca ainda à vertente financeira, foi feito um estudo dos custos indiretos que se subdividem em custos de estaleiro e despesas gerais de estaleiro. Para este estudo foram contabilizados todos os custos que envolvem a mão-de-obra indireta da empreitada, como engenheiro DTO, técnico administrativo, encarregado, topógrafo e técnico de segurança. Nestes custos ficam englobados os respetivos salários, custos de estadia, alimentação, transporte, entre outros. No que toca às instalações do estaleiro, foram determinados os custos relativos aos contentores para o empreiteiro, fiscalização e dono de obra, instalações sanitárias, materiais para o estaleiro, água, luz, entre outros. • Em relação à parte técnica do concurso, foi efetuada a memória descritiva do modo de execução da obra, a organização prevista para a execução dos trabalhos, bem como a descrição dos métodos construtivos a aplicar e os aspetos técnicos que foram essenciais Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 13 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 à execução da empreitada. Também foi elaborado um plano de trabalhos devidamente detalhado, com fixação da sequência e dos prazos parciais de execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas. • Terminada a parte técnica e financeira, é realizada uma reunião com o engenheiro de produção de construção civil da Multinordeste, de modo a poder “fechar” os preços de concurso. Deste modo foi preenchida uma folha de fecho com todos os custos de estaleiro, de material, mão-de-obra, equipamento e subempreitadas. Foi feita uma análise aos artigos que poderiam sofrer descontos e colocada a margem de lucro da empresa chegando assim ao valor final da proposta com que concorremos. Nesta etapa do estágio consegui adquirir conhecimentos ao nível de rendimentos dos trabalhos, técnicas de trabalho, materiais utilizados, custos de materiais, custos de mão-de- obra e custos de estaleiro, ou seja, todos os custos que englobam uma empreitada. Com esses conhecimentos tornou-se muito mais fácil e prático identificar, durante uma fase de direção de obra, quais as atitudes mais adequadas para tornar a empreitada mais vantajosa no sentido financeiro para a empresa, e vice-versa. 2.1.2. Documentos de concurso Dependendo dos documentos solicitados em cada concurso, de forma genérica, cada proposta é composta por: • Lista de Preços Unitários: Seguindo a metodologia já atrás descrita, e com recurso a uma folha de EXCEL devidamente programada, chega-se ao valor final. Este valor não podia ultrapassar o valor base indicado pelo dono de obra. • Plano de trabalhos Na elaboração do programa de trabalhos geralmente é utilizado o Método do Caminho Crítico, com base na rede lógica de precedências, sendo o seu resultado global apresentado sob a forma de um diagrama de Gantt. – Programa utilizado: Microsoft Office Project. Como filosofia base, atendeu-se às metas solicitadas nos elementos patentes a concurso, às caraterísticas da obra, à tipologia dos trabalhos a desenvolver e à otimização do binómio custo/prazo, observando-se sempre as boas normas de execução, garantindo um nível superior de qualidade. Atendendo aos métodos utilizados definiram-se as tarefas base tendo em conta os tipos principais de trabalhos a executar, a sua distribuição física na obra, a definição de equipas e Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 14 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 meios de equipamento auxiliar previstos. Para cada tarefa determinou-se a respetiva duração, atendendo às quantidades de trabalho a executar, a rendimentos médios usuais, às cargas de pessoal e equipamento associados, que passaram a constituir as equipas de frente de obra. Procedeu-se de forma sistemática a um arredondamento por excesso dos valores de duração assim calculados, de forma a garantir as desejáveis folgas no desenvolvimento de cada uma das atividades. Entre atividades estabeleceram-se as interdependências lógicas de precedência que observaram quer limitações de ordem física, quer de meios de segurança. Estas interdependências de precedência estão materializadas em ligações do tipo “Início – Início”, “Fim – Início” e “Fim – Fim”. O resultado é um diagrama de barras, onde se podem visualizar perfeitamente as tarefas mais importantes consideradas como “envolventes” das tarefas elementares anteriormente definidas e associadas às principais especialidades da empreitada. Juntamente com o plano de trabalhos, e em função deste, são também apresentados o plano de equipamentos e plano de mão-de-obra. • Plano de pagamentos O plano de pagamentos e cronograma financeiro têm por base a previsão mensal de faturação que resulta do plano de trabalhos. • Memória Descritiva e Justificativa Os principais pontos abordados ao longo da memória são: – Introdução: o Características Gerais da Empreitada; o Principais Tipos de Trabalhos; o Condicionalismos Existentes no Local; – Organigrama: o Subdireção Técnica; o Subdireção Administrativa e Financeira; o Subdireção de Produção; o Serviços Centrais de Apoio; Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 15 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 – Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança: o Sistema de Gestão da Qualidade; o Sistema de Gestão Ambiental; o Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho; – Constituição, Localização e Exploração do Estaleiro; – Planeamento e Execução dos Trabalhos: o Bases e Metodologia; o Faseamento e Preparação; o Interferência com Sistemas Existentes; o Serviços Afetados; o Frentes de Trabalho; o Trabalhos Preparatórios e/ou Acessórios; o Processos e Centros de Produção / Controlo; o Métodos de Execução da Empreitada: � Introdução; � Demolições e Movimentos de Terra; � Estruturas de Betão Armado; � Carpintarias; � Arranjos Exteriores � Etc; – Pessoal; – Equipamento; – Nota Final. • Relação de Equipamentos Para além de uma listagem de equipamentos, eram também apresentados o seu estado de conservação e data. • Características de Equipamentos e Materiais A lista apresentada em relação aos equipamentos e materiais a instalar, incluía a sua designação e qual o artigo do mapa de quantidades correspondente. Em anexo a essa lista foram apresentadas as fichas técnicas e respetivos certificados. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 16 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Plano de Segurança e Saúde, Plano de Qualidade e Garantia de Execução Neste ponto foram apresentados os documentos tipo da Multinordeste adaptados à obra em questão. Estes documentos foram elaborados por colaboradores do departamento em questão. 2.2. Direção de Obra Nesta fase do relatório, serão descritos sucintamente os trabalhos realizadospor mim em cada uma das obras onde estive presente nas fazes que acompanhei. Direção de obra na empresa Multinordeste. Ainda na empresa Muiltinordeste, iniciei no ramo de direção de obra como adjunto de diretor de obra em Janeiro de 2011 na obra de “Fórum Municipal de Resende” que acompanhei pelo período de 5 meses. De seguida, iniciei a obra de “Residência Universitária de Bragança” que acompanhei pelo período de 6 meses. Em Novembro, ainda como colaborador da empresa Muitinordeste iniciei a obra “Termas da Terronha – Vimioso” que acompanhei até Julho de 2012. Enquanto diretor adjunto de obra na empresa Multinordeste, todas as obras nas quais trabalhei foram obras de construção civil. Em todas elas, os trabalhos pré-inicio de obra, antes do auto de consignação, foram realizados seguindo os mesmos passos que passo a enumerar: • Medição detalhada de toda a empreitada, avaliando quantidades de materiais e de trabalhos a subempreitadas; • Lançamento de consultas de materiais e subempreitadas; • Análise dos preços recebidos e discussão de preços anormalmente altos ou baixos; • Levantamento detalhado do local da obra e perímetro envolvente; • Elaboração de reorçamento para a totalidade da obra; • Início das adjudicações a subempreiteiros e fornecedores. Apos o início de cada uma das obras, as principais tarefas por mim executadas foram: • Interpretação do projeto, análise das peças escritas e peças desenhadas da obra; • Preparação e planeamento semanal da obra; Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 17 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Acompanhamento diário dos trabalhos executados, prestando esclarecimentos técnicos ao pessoal executante sempre que solicitado ou necessário; • Aprovisionamento de materiais a aplicar na obra (cálculo das quantidades para posterior encomenda); • Realização de pedidos de aprovação de materiais (modelo próprio); • Gestão de subempreiteiros e consequente controlo de subempreitadas (modelo próprio); • Acompanhamento geral da obra; • Controlo de Qualidade, Ambiente, Segurança e Higiene no Trabalho; • Monitorização semanal de custos/proveitos da obra (modelo próprio); • Procura de soluções construtivas e consequente aprovação destas; • Controlo de equipamento, mão-de-obra e material; • Participação na adjudicação de subempreitadas e serviços; • Execução das medições em projeto e em obra; • Preparação dos Autos de Medição para Dono de Obra e subempreiteiros; • Relatório mensal com custos/proveitos da obra (modelo próprio); • Reorçamento mensal da obra (modelo próprio). De seguida descrevo cada uma das obra e as fazes de obra acompanhadas enquanto colaborador da empresa Multinordeste: • Fórum Municipal de Resende; Esta obra, conhecida no município de Resende como Mercado Municipal de Resende, consistia na demolição do antigo mercado e construção do novo no mesmo local. Nesta obra fui adjunto do Eng.º João Pedro Marques Rodrigues. Como se pode ver na imagem acima, a obra é composta por dois pisos sendo que o Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 18 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 piso inferior é divido em lojas enquanto que o piso superior é estacionamento e também tem um snack-bar do lado direito. O valor total da obra foi de cerca de 1.150.000,00 euros. Nesta obra, acompanhei a montagem de estaleiro, a demolição do edifício existente, a escavação e toda a execução da estrutura em betão armado. • Residência Universitária de Bragança; Esta obra, consiste na reconstrução de dois edifícios localizados no centro histórico de Bragança. Nesta obra fui adjunto do Eng.º Fernando Jorge. O edifício A, correspondente ao da foto anterior, é composto por dois pisos completos e um terceiro recuado. Todo o edifício antigo foi demolido. Nesta obra, acompanhei a montagem de estaleiro, a demolição do edifício existente, os trabalhos de arqueologia impostos pelo PDM, a escavação e toda a execução da estrutura em betão armado. O edifício B é composto por 3 pisos. Neste caso já existia uma estrutura em betão Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 19 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 construída em reabilitações anteriores, e toda a envolvente em alvenaria de pedra estava em bom estado de conservação. Acompanhei toda a obra desde o início ao fim. O valor total da empreitada, composta pelas duas obras foi de aproximadamente 950.000,00 euros. • Termas da Terronha - Vimioso; Esta obra, consiste na construção das Termas da Terronha em Vimioso. Nesta obra, fui adjunto do Eng.º Fernando Lobo. O edifico é composto por dois pisos, sendo o piso superior para área de tratamentos e atendimento a clientes e o piso inferior é área técnica. Nesta obra acompanhei a montagem de estaleiro, todo o movimento de terras, a execução da estrutura em betão armado, o assentamento de alvenarias, instalação de todas as redes técnicas, impermeabilização da cobertura, serralharias exteriores e aplicação de capoto. O valor total da empreitada foi de cerca de 1.650.000,00 euros. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 20 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Direção de obra na empresa AngolACA Desde Março de 2013 até ao presente que sou colaborador da empresa AngolACA – Construções, S.A.. Nesta empresa acompanhei integralmente as empreitadas “Sistema de Abastecimento de Água da Jamba”, “Sistema de Abastecimento de Água da Palanca – Humpata”, “Sistema de Abastecimento de Água de Quilengues” e está neste momento em curso a empreitada do “Novo Campo de Furos da Nossa Senhora do Monte – Lubango”. Todas estas empreitadas são do tipo conceção-construção. Nesta modalidade, antes de se se iniciar a obra é necessário elaborar o projeto. Para este passo, as atividades por mim desenvolvidas foram: • Análise cuidada do caderno de encargos de concurso; • Levantamento de toda a área da obra; • Estudo de possíveis soluções para a realização da obra – estudo preliminar; • Valorização das diversas soluções; • Apresentação ao dono de obra / fiscalização do estudo preliminar valorizado. Após isto, o dono de obra / fiscalização toma a decisão de escolher a solução que se irá construir. De seguida, todos estes elementos são enviados à equipa projetista para elaboração do projeto de execução. Estando o projeto de execução concluído, valorizado e aprovado dá- se início à construção da obra. Nesta fase, os trabalhos por mim realizados são idênticos aos já indicados para direção de obra na empresa Multinordeste. De seguida descrevo resumidamente cada uma das obras que dirigi: • Sistema de Abastecimento de Água da Jamba A obra é composta por captação em uma barragem, adução de água bruta, sistema de tratamento, adução entre a ETA e dois reservatórios de água tratada, construção de reservatórios de distribuição, rede de distribuição. Na totalidade da obra foram instalados cerca 18,4 km de conduta com diâmetro entre 400 e 63mm. A capacidade de tratamento e adução é de 600m3/h. O valor da obra foi de cerca de 530.000.000,00 de kwanzas que a taxa da altura equivalia a 5,3 milhões USD realizada no período de 18 meses. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 21 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº066144/ 008248 Estação de tratamento de água da Jamba Reservatório de distribuição Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 22 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Sistema de Abastecimento de Água da Palanca A obra é composta por captação em rio, adução de água bruta, sistema de tratamento, adução entre a ETA e reservatório de água tratada, reabilitação do reservatório de distribuição. Na totalidade da obra foram instalados cerca 4,4 km de conduta com diâmetro entre 125 e 50mm. A capacidade de tratamento e adução é de 15m3/h. O valor da obra foi de cerca de 160.000.000,00 de kwanzas, que a taxa da altura equivalia a 1,6 milhões USD, realizada no período de 9 meses. Estação de tratamento de água da Palanca Reservatório de distribuição reabilitado. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 23 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Sistema de Abastecimento de Água de Quilengues A obra foi apenas um complemento de outras obras já realizadas devido ao caudal insuficiente de outras captações. Os trabalhos realizados foram a construção de captação em poços, adução de água bruta, e construção de um reservatório de água bruta junto á ETA. O caudal instalado da nova captação foi de 40 m3/h. O valor da obra foi de cerca de 45.000.000,00 de kwanzas que a taxa da altura equivalia a 450 mil USD realizada no período de 3 meses. • Novo Campo de Furos da Nossa Senhora do Monte – Lubango A empreitada consiste na construção de 5 novos furos de água para abastecimento da cidade do Lubango, incluindo condutas adutoras até um reservatório existente bem como todos os equipamentos eletromecânicos. Segundo os estudos já realizados e que o dono de obra disponibilizou no concurso, o caudal total esperado dos 5 furos seria de 1000 m3/h. O valor da obra ganha foi de cerca de 570.000.000,00 de kwanzas que a taxa da altura equivalia a 5,7 milhões de USD com o prazo de 12 meses. O dono de obra é o Ministério de Energia e Água e a obra é financiada pelo Banco Mundial. Por se tratar da obra mais recente, que ainda não tem o projeto de execução, podemos detalhar todos os passos até á aprovação do projeto preliminar, trabalho este realizado pela direção de obra. I.1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA Na sequência da apresentação do projeto preliminar remetido ao Dono de Obra, o qual ficou condicionado até à conclusão do alargamento e avaliação dos caudais de produção de água do novo Campo de Furos, o empreiteiro estudou as variantes ao esquema de princípio definido no processo de Concurso, tendo em consideração as condicionantes do terreno, os impactos ambientais associados, os custos de exploração do sistema e naturalmente a avaliação técnico-financeira do projeto. Como ponto de partida, tivemos numa primeira avaliação a componente hidráulica do esquema de princípio de funcionamento, com especial incidência ao traçado da conduta adutora, desde o novo Campo de Furos até ao Reservatório da Estofa, de acordo com os seguintes pressupostos; Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 24 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 • Caudal de cálculo da adutora de acordo com os tetstes de caudal realizados: Qmin= 300 m3/h e Qmax = 600 m3/h • Colocação de câmara de manobras e junção das tubagens de cada um dos furos • Colocação de reservatório de regularização intermédio • Ligação direta das tubagens das bombas ao reservatório intermédio • Traçado da conduta gravítica Com os dados indicados, analisaram-se vários cenários de funcionamento do sistema, e como anteriormente referido, procedeu-se a avaliação da solução mais rentável, de mais fácil operação e manutenção nas suas diferentes componentes, começando pelo funcionamento hidráulico. Em função das várias soluções hidráulicas, avalia-se também as implicações a nível de energia e controlo e operação. I.2. ANÁLISE HIDRÁULICA Iniciamos este estudo da componente hidráulica do sistema, pela análise da solução proposta no Programa de Concurso e Caderno de Encargos, a qual considera a ligação de todas as condutas elevatórias de cada furo, numa única conduta de PEAD DN 630mm, que funcionará em regime elevatório e gravítico. Avaliando as cotas de modo geral, verificamos que as bombas estarão localizadas entre a cota 1.910 e 1.940 e em função dos diferentes traçados, o ponto mais alto da conduta está localizado entre os 2075 e os 2125m conforme as diferentes soluções. O ponto final da conduta tem a cota de 2007m. Pelas cotas apresentadas o sistema terá necessariamente que funcionar em dois regimes. Primeiro será o regime forçado, desde as bombas até ao ponto mais alto da conduta, que será controlado a montante pela impulsão das eletrobombas. O segundo regime será gravítico e será controlado a jusante, por uma válvula de controlo de caudal no final da conduta. Para equilíbrio destes dois troços, forçado e gravítico, será vantajoso construir uma câmara de transição, que não será mais do que um reservatório de regularização de caudais. A introdução do reservatório de regularização no novo campo de furos, tem muitas vantagens associadas, nomeadamente a simplicidade do sistema de controlo de bombagem, a separação hidráulica do funcionamento de cada bombagem dos furos e a concentração de todo o sistema de monotorização junto de todas as infraestruturas eletromecânicas no novo Campo de Furos. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 25 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Pelo exposto é comprovada a necessidade da câmara de transição (reservatório de regularização). A escolha do traçado da conduta terá que ter em consideração a localização deste reservatório. A localização do reservatório deverá ter um estudo cuidado na medida em que estará associado ao sistema de controlo, que implica fornecimento de energia. No projeto preliminar apresentado prevemos a construção de uma câmara de manobras situada no campo de furos, na qual se interliga toda a tubagem individual proveniente de cada furo, a um coletor único. Da câmara de manobras, a conduta adutora sai em direção ao reservatório de regularização, situado no ponto mais elevado do traçado da conduta adutora, na transição do regime forçado para gravítico. Com a conclusão dos ensaios de caudal dos furos, veio-se a constatar que as eletrobombas poderão vir a ter que funcionar em regimes variáveis, consoante os níveis estáticos e dinâmicos dos furos. Constata-se que os níveis estáticos de alguns furos variam cerca de 40m entre o período das chuvas e a época seca. Essa diferença, permite que um furo tenha variação de produção de caudal de 60m3/h e variação de pressões significativas, que poderão implicar no funcionamento hidráulico da câmara de manobras, com interferência no bom funcionamento da bombagem. A interligação de 6 condutas elevatórias provenientes dos furos, num coletor único, trabalhando cada uma delas com caudais, pressões e velocidades diferentes não se afigura boa solução. Por esse facto, entendemos que a câmara de manobras será de evitar, colocando a tubagem individual de cada furo até ao reservatório de regularização, RR1. No entanto, para o presente estudo, a fim de conhecer quais as implicações a nível de preço serão analisadas para cada um dos traçados as soluções com ou sem câmara demanobras. Resumindo as soluções ou variantes que a seguidamente iremos detalhar, temo como base o seguinte; • Incorporar no sistema um reservatório de regularização • Efetuar ligação individual de cada furo ao reservatório de regularização / ligação individual de cada furo a câmara de manobras e uma única ligação de maior diâmetro ao reservatório de regularização. • Análise dos possíveis traçados para a conduta. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 26 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 I.3. ESTUDO DE VARIANTES VARIANTE 1. Traçado A com câmara de manobras Descrição: Considerar a solução do projeto preliminar. O reservatório previsto será dimensionado apenas para regularização e não como armazenamento. Esquema de princípio: Perfil Traçado Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 27 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 VARIANTE 2. Traçado A sem câmara de manobras Descrição: Considerar a solução do projeto preliminar com a eliminação da câmara de manobras, efetuando a ligação individual de cada furo até ao reservatório de regularização. O reservatório previsto será dimensionado apenas para regularização e não como armazenamento. Esquema de princípio: Perfil Traçado Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 28 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 VARIANTE 3. Traçado B sem câmara de manobras Descrição: Esta variante tem como principio a variante1, diferenciando-se apenas no traçado das condutas de ligação dos furos até ao RR1. Neste caso as tubagens “sobem” a encosta próximo do furo BH 207, aumentando a distância até ao RR1, mas com a redução da altura manométrica de elevação, porque o RR1 fica instalado numa cota inferior à da variante 1. Esquema de princípio: Perfil Traçado Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 29 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 VARIANTE 4. Traçado B com câmara de manobras Descrição: Esta variante tem como principio a variante2, diferenciando-se apenas na localização da câmara de manobras e no traçado das condutas de ligação dos furos até ao RR1. Neste caso as tubagens “sobem” a encosta próximo do furo BH 207, aumentando a distância até ao RR1, mas com a redução da altura manométrica de elevação, porque o RR1 fica instalado numa cota inferior à da variante 1. Esquema de princípio: Perfil Traçado Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 30 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 VARIANTE 5. Descrição: Propomos nesta variante a colocação do RR1 no Campo de furos, junto aos furos de captação. A cota de implantação (2070.00m) permite a ligação por gravidade desde o Campo de furos até ao reservatório da estofa. A redução da tubagem de ligação dos furos ao RR1 diminui significativamente. Esquema de princípio: Perfil Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 31 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Traçado Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 32 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 I.4 ANALISE FINANCEIRA I.4.1 Tubagem Para se proceder á análise financeira, é necessário conhecer os comprimentos e diâmetro de tubagem para cada uma das soluções. Em função da velocidade máxima e mínima, calculamos na tabela abaixo quais os caudais admissíveis para cada tipo de tubo. Tubo Di (mm) Vmin (m/S) Vmax (m/s) Q min (m3/h) Q max (m3/h) PEAD DN180 158,60 0,30 1,50 21,34 106,68 PEAD DN200 176,20 0,30 1,50 26,33 131,67 PEAD DN225 198,20 0,30 1,50 33,32 166,61 PEAD DN450 396,60 0,30 1,50 133,42 667,10 PEAD DN500 440,80 0,30 1,50 164,82 824,08 PEAD DN630 555,40 0,30 1,50 261,65 1308,26 FFD DN400 400,00 0,30 1,50 135,72 678,58 FFD DN450 450,00 0,30 1,50 171,77 858,83 FFD DN500 500,00 0,30 1,50 212,06 1060,29 De seguida calculamos a folga entre os caudais estimados para o projeto e os caudais admissíveis para cada diâmetro. O tubo deve ser selecionado equilibrando a folga entre o caudal mínimo e o caudal máximo. Sombreamos a verde o tubo escolhido para cada função. Q min Estimado (m3/h) Q max Estimado (m3/h) Tubo Folga ao caudal mínimo admissível pelo tubo (m3/h) Folga ao caudal máximo admissível pelo tubo (m3/h) Conduta individual de cada furo 35,00 120,00 PEAD DN180 13,66 -13,32 PEAD DN200 8,67 11,67 PEAD DN225 1,68 46,61 Conduta conjunta de todos furos em PEAD 301,00 600,00 PEAD DN450 167,58 67,10 PEAD DN500 136,18 224,08 PEAD DN630 39,35 708,26 Conduta conjunta de todos furos em FFD FFD DN400 165,28 78,58 FFD DN450 129,23 258,83 FFD DN500 88,94 460,29 Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 33 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Na tabela seguinte apresenta-se o resumo do comprimento de tubagem relativo a cada solução. Resumo das várias soluções Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante 5 - Traçado C sem câmara de manobras Comprimento de conduta individual para cada furo em PEAD DN200 1 410,00 1 410,00 2 405,00 2 405,00 1 300,00 Comprimento de conduta individual para cada furo em FFD DN200 2 400,00 6 780,00 Comprimento de conduta conjunta de todos os furos em PEAD DN500 5 770,00 Comprimento de conduta conjunta de todos os furos em FFD DN450 2 340,00 1 940,00 2 120,00 990,00 Desnível do reservatório intermedio ao reservatório final de Betão 118,00 118,00 108,00 108,00 73,00 Para esta análise usam-se os seguintes preços unitários: Preços Unitários Preço da câmara de manobras 15 629 677,50 Akz Preço de acordo com o Projeto Preliminar Preço por metro de conduta individual para cada furo em PEAD DN200 17 950,00 Akz/m Preço novo Preço por metro de conduta individual para cada furo em FFD DN200 39 840,00 Akz/m Preço novo Preço por metro para conduta conjunta de todos os furos em PEAD DN500 54 476,38 Akz/m Preço contratual para o tubo PEAD DN 500 Preço por metro para conduta conjunta de todos os furos em FFD DN450 135 900,00 Akz/m Preço novo Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 34 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 Com o apresentado chega-se ao preço para a tubagem das várias soluções: Preço indicativo das várias soluções (Akz) Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante5 - Traçado C sem câmara de manobras Preço da câmara de manobras 15 629 677,50 15 629 677,50 Preço total de conduta individual para cada furo em PEAD DN200 25 309 500,00 25 309 500,00 43 169 750,00 43 169 750,00 23 335 000,00 Preço total de conduta individual para cada furo em FFD DN200 95 616 000,00 270 115 200,00 Preço total de conduta conjunta de todos os furos em PEAD DN500 314 328 712,60 Preço total de conduta conjunta de todos os furos em FFD DN450 318 006 000,00 263 646 000,00 288 108 000,00 134 541 000,00 Total 358 945 177,50 384 571 500,00 346 907 427,50 447 825 950,00 337 663 712,60 Diferença ao contrato para a totalidade de tubo 77 105 305,50 102 731 628,00 65 067 555,50 165 986 078,00 55 823 840,60 Pela análise da tabela anterior observamos que a solução mais económica é a Variante 5. Relativamente ao preço de contrato, o valor total para tubo de PEAD é de 281.839.872,00 Akz. A diferença para cada uma das variantes está apresentada na tabela anterior. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 35 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 I.4.2 Consumo de energia O consumo de energia está diretamente relacionado com o caudal e com a altura manométrica. Como o caudal é igual em todas as soluções, a única variável que temos é a altura manométrica bombada. Na tabela seguinte apresentamos a altura média de bombagem acima da boca dos furos. Altura média de bombagem acima da boca dos furos (m) Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante 5 - Traçado C sem câmara de manobras Altura média de bombagem acima da boca dos furos 54,97 55,77 47,57 49,83 9,61 Das várias variantes a que tem menor consumo de energia é a variante 5. Para cada uma das outras, iremos calcular o acréscimo do custo de energia por ano considerando: - 20 horas de bombagem por dia; - Caudal médio de bombagem 450 m3/h - Rendimento médio dos grupos eletrobomba de 65% - Custo de 15 Akz por Kwh Pelos dados apresentados, estimamos um acréscimo de consumo de energia face à solução mais económica, de acordo com a seguinte tabela: Poupança de energia por ano face à solução mais económica (Akz) Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante 5 - Traçado C sem câmara de manobras Poupança por ano 9 380 655,73 9 546 100,12 7 852 309,79 8 319 690,20 0,00 Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 36 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 I.4.3 Controlo, monitorização e operação Propomos que o controlo das eletrobombas dos furos seja definido de acordo com o nível de água do reservatório RR1. A jusante do reservatório, o controlo será efetuado de modo mecânico de acordo com o nível de água do reservatório da estufa. Deste modo, tem todas as vantagens que o sistema de controlo, monitorização e operação fique o mais próximo do local do RR1 e do campo de furos. As vantagens são significativas, com o sistema concentrado no campo de furos, pois facilita a supervisão de todo o sistema. I.4.4 Instalação elétrica Em todas as variantes, os pontos que necessitam de energia são os furos, a central de comando e o reservatório RR1. A localização dos furos já está definida e a central de comando tem todo o interesse em que seja no centro do campo de furos. Assim a única variável que interfere é a localização do RR1. A diferença de preço entre as várias variantes será o comprimento de cabo desde o furo mais próximo até ao RR1. Para cada uma das variantes temos a seguinte distância: Comprimento de cabo para fornecimento de energia ao RR1 (m) Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante 5 - Traçado C sem câmara de manobras 415,00 415,00 1 220,00 1 220,00 130,00 Com o preço unitário de 5.425 Akz por metro de cabo instalado chegamos à variação do custo de fornecimento de energia para as várias soluções: Custo de cabo para fornecimento de energia ao RR1 Akz Variante 1 - Traçado A com câmara de manobras Variante 2 - Traçado A sem câmara de manobras Variante 3 - Traçado B com câmara de manobras Variante 4 - Traçado B sem câmara de manobras Variante 5 - Traçado C sem câmara de manobras 2 251 375,00 2 251 375,00 6 618 500,00 6 618 500,00 705 250,00 Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 37 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 I.5 CONCLUSÃO DO ESTUDO DE VARIANTES Tendo em consideração o estudo financeiro para as várias soluções hidráulicas apresentadas, conclui-se que a solução mais vantajosa é a variante 5. Para além das vantagens já referidas, podemos acrescentar que que a variante 5 tem alguns aspetos importantes, nomeadamente: - Menor impacto ambiental, pois toda a tubagem é enterrada. - Sistema mais eficiente pois tem menor consumo de energia. - Menor prazo de execução pois toda a tubagem pode ser adquirida em Angola - O sistema concentrado permite mais eficiência na manutenção, controlo, supervisão e segurança. I.6 ESTIMATIVA DE CUSTOS DA OBRA Para estimativa de custos serão avaliados os custos relativos ao sistema base lançado a concurso, incluindo as melhorias indispensáveis apresentadas anteriormente com a introdução do reservatório RR1 e a alteração ao traçado da conduta. Outras melhorias ao sistema, como o reforço da captação com mais dois furos de pesquisa e a ligação à rede elétrica serão tratados como uma melhoria ao projeto. I.6.1 Projeto base Para o funcionamento do projeto base lançado a concurso é necessária a inclusão de alguns trabalhos que passamos a descrever: - Acréscimo de conduta – a necessidade deste trabalho foi comprovada no estudo de variantes apresentado anteriormente e tem o valor de 55 823 840,60 Akz. - Reservatório RR1 – A necessidade deste reservatório foi exposta anteriormente. Uma vez que o controlo de funcionamento das bombas será feito com base da informação do nível de água neste reservatório, propomos um volume de 1.000 m3 que equivale a aproximadamente duas horas de funcionamento. Com esta capacidade, o sistema de bombagem fica com a flexibilidade necessária para o espaçamento necessário de arranque e paragem das bombas dos furos. No projeto preliminar foi apresentada a solução de um reservatório metálico de duas células com capacidade total de 2.000m3 pelo preço de 75 220 585,38 Akz. O preço de um Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 38 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 reservatório do mesmo tipo com a capacidade de 1.000m3 é de 64 475 394,00 Akz. No entanto, devido à acidez da água dos furos com PH 5, e pelos danos observados na tubagem de ferro usada durante o curto espaço de tempo em que se realizaram os testes de caudal, defendemosque os reservatórios não podem ser metálicos. Como alternativa, propomos um reservatório em betão, dividido em duas células e com capacidade total de 1.000m3 e pelo preço de 94 159 368,00 Akz. - Câmara e válvulas de controlo da conduta gravítica – No final da conduta gravítica, junto ao reservatório da estofa, há a necessidade de colocar uma válvula a controlar o escoamento gravítico do RR1. De modo a evitar grandes choques hidráulicos é necessário uma válvula sustentadora de pressão que mantenha a conduta sempre cheia. É ainda necessário colocar uma válvula controlo de nível que abra e feche a conduta em função do nível de água no reservatório da estofa. A estimativa preço proposto para esta câmara, incluindo construção civil, válvulas, acessórios e comissionamento é de 23 400 000,00 Akz. - Válvulas de diâmetro > DN300 – De acordo como mapa de quantidades do contrato inicial, o preço para válvulas com diâmetro superior a DN300 deve ser apresentado separadamente. Quantificando estas válvulas encontramos 5 no reservatório RR1, 2 na descarga de fundo, 2 na ventosa, 1 no final da conduta. No total são 10 válvulas cujo preço somado é 21 600 000,00 Akz. - Menor valias propostas – Pela necessidade de redução dos custos unitários propomos como trabalhos a menos os trabalhos do capitulo 1 do mapa de quantidades previsto contratualmente. Devido à existência de energia em todos os furos, casa de controlo e no RR1, propomos que a iluminação não seja construída com fonte de energia em painéis solares. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 39 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 De seguida apresentamos a tabela resumo de preço de acordo com o inumerado anteriormente. Ref. Designação de Capítulos Preços parciais (Akz) Preço total (Akz) % Valor Total % Valor inicial Total para o projeto base 758 483 339,98 100,00% 132,46% A Contrato inicial Captação da Nossa Senhora do Monte- LUBANGO 572 633 475,23 75,50% 100,00% 1 Trabalhos dia e Materiais custos unitários 4 770 687,15 0,63% 0,83% 1.1 Mão-de-obra 167 515,60 0,02% 0,03% 1.2 Materiais 628 318,85 0,08% 0,11% 1.3 Equipamentos 3 974 852,70 0,52% 0,69% 2 Construção 550 137 895,11 72,53% 96,07% 2.1 Estaleiro e fornecimento de viaturas 31 331 787,93 4,13% 5,47% 2.2 Construção de 5 furos 14134125,05 1,86% 2,47% Equipamentos/acessórios para tubagem nos furos 15 342 995,81 2,02% 2,68% 2.3 Bombas para os 5 furos 50 234 763,05 6,62% 8,77% 2.4 Tubagem 281 839 872,00 37,16% 49,22% 2.6 Edifício de fornecimento de energia e controlo 11 381 065,80 1,50% 1,99% 2.7 Fornecimento de energia 35 759 680,20 4,71% 6,24% 2.8 Instalações elétricas 81 329 180,79 10,72% 14,20% 2.9 Instrumentação e controle 27 113 171,80 3,57% 4,73% 2.9 Diversos 1 671 252,68 0,22% 0,29% 3 Projeto 4 610 329,24 0,61% 0,81% 4 Diversos 4 689 898,41 0,62% 0,82% 5 Ambiental 8 424 665,32 1,11% 1,47% B TRABALHOS ADICIONAIS AO CONTRATO (Já aprovados) 32 296 000,00 4,26% 5,64% B.1 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL 4 725 000,00 0,62% 0,83% B.2 ESTUDO GEOFISICO 4 625 000,00 0,61% 0,81% B.3 Furos de Pesquisa 16 650 000,00 2,20% 2,91% B.4 ENSAIO DE CAUDAL 6 296 000,00 0,83% 1,10% C Trabalhos para complementar o projeto inicial 194 983 208,60 25,71% 34,05% C.1 Acréscimo de preço para o traçado da conduta 55 823 840,60 7,36% 9,75% Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 40 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 C.2 Reservatório RR1 em betão 94 159 368,00 12,41% 16,44% C.3 Camara e válvulas de controlo da conduta gravítica 23 400 000,00 3,09% 4,09% C.4 Válvulas de diâmetro > DN300 21 600 000,00 2,85% 3,77% D Menor valias propostas -41 429 343,85 -5,46% -7,23% D.1 Trabalhos dia e Materiais custos unitários (Artígo 1,1; 1,2; 1,3) -4 770 687,15 -0,63% -0,83% D.2 Fornecimento, instalação e comissionamento de energia solar lâmpada mensagens luzes autônomos feitos de tubo de aço, com LED (Light Emitting Diode), garantindo um nível mínimo global de iluminação de 25 lux ao nível do solo em um raio de pelo menos 6 metros e uma altura mínima de 2 , 5 m de postos de luzes para a terra, com o painel de silício cristalino solar fotovoltaica, bateria escala automático de eletrólitos, a autonomia dentro de radiação solar de 100% de 15 horas, a ser instalado ao longo das vias de acesso, incluindo todas as intervenções necessárias para garantir um bom funcionamento. Artígo 2,8,5 -36 658 656,70 -4,83% -6,40% De acordo com o mapa apresentado a obra relativa ao projeto base tem o custo de 758 483 339,98 Akz. A diferença ao preço de contrato inicial é de 185 849 864,75 Akz que representa um incremento de 32,46%, considerando já os trabalhos a mais anteriormente aprovados. I.6.2 Melhorias ao projeto base Foram ainda solicitadas pelo dono de obra algumas melhorias que têm em vista o aumento de caudal e o aumento da eficiência do sistema. Essas melhorias são compostas por: - Reforço da captação como mais dois furos; - Colocação de energia da rede em média tensão; - Centralização da unidade de produção de energia com a colocação de um único gerador e toda a distribuição seria feita a partir da linha de média tenção. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 41 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 A estimativa de preços para o inumerado anteriormente, considerando a variante 5, apresenta-se na tabela seguinte. Ref. Designação de Capítulos Preços parciais (AOA) Preço total (Akz) Total para melhorias à obra 403 978 362,35 E REFORÇO DA CAPTAÇÃO 143 335 112,59 E.1 Transformação de furos de pesquisa FP05 e FP06 em furos de captação 89 505 931,48 E.2 Conduta do furo FP05 até ao RR1 9 872 500,00 E.3 Fornecimento e colocação bomba integrada no sistema de comando e controlo para o FP05 32 171 494,61 E.4 Camara de manobras e acessórios para o furo FP05 3 835 748,95 E.5 Fornecimento de energia com gerador para o FP05 11 785 186,50 F ENERGIA DA REDE 97 675 153,98 F.1 Fornecimento, instalação e colocação em funcionamento de uma estação de transformadores com capacidade para atender todas as necessidades de energia em cada ponto, incluindo ligações com linhas de média tensão e todas as intervenções necessárias para garantir um bom funcionamento. (Artigo 2.7.1A) 43 555 793,44 F.2 PT Furo FP05 13 066 738,03 F.3 Linha elétrica de média tensão 41 052 622,50 G GERADOR DE MEDIA TENSÃO 162 968 095,78 G.1 Gerador com capacidade para todo o sistema e transformador para média tensão 210 512 962,48 G.2 Menor valia geradores colocados por furo -47 544 866,70 Estando o dono de obra elucidado para as possíveis variantes, o empreiteiro aguarda a seleção de alternativa para se elaborar o projeto de execução. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 42 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 3. Higiene e Segurança em Obra Em ambas as empresas, a segurança dos trabalhadores na execução dos trabalhos tem sempre um lugar de relevo. Com uma política sensível às questões de segurança em obra, a eficácia passa pela responsabilização de todos os intervenientes em obra, pela segurançacoletiva e individual. A garantia da higiene e segurança deve ser encarada como um processo contínuo, em que as ações são efetuadas de forma preventiva, avaliando sempre os riscos que possam existir em cada atividade, eliminando-os ou reduzindo-os. Em obra, o documento que serve de linha de guia para o cumprimento é o plano de segurança e saúde (PSS). Em muitas obras, verifica-se que os trabalhadores não estão cientes dos riscos que certas atividades acarretam, sendo, desta forma, dever do contratador realizar ações de acolhimento e sensibilização de modo a que, à partida, haja uma Auto prevenção por parte dos indivíduos. Nas obras em que estive foi sempre realizado um procedimento de verificação de equipamento de proteção coletiva e individual, toda uma série de verificações ao nível de montagem de equipamento (cimbre, cofragem, etc.) e conformidade de materiais e equipamentos (escavadoras, serras de mesa, etc.), antes de se proceder à realização das atividades. Nestas verificações intervêm usualmente o encarregado, os engenheiros e os técnicos de segurança, sendo que a comunicação entre estes deve ser permanente, de modo a identificar novas situações, estabelecendo uma base a criação de processos sistemáticos de minimização e eliminação dos riscos. Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Civil Relatório Final de Estágio 43 António Carlos Parreira Pinheiro – Eng.º Estagiário Nº 066144/ 008248 4. CONCLUSÃO Depois de decorridos 4 anos que compuseram o meu estágio curricular posso concluir que todos os objetivos e responsabilidades a mim confiados foram globalmente alcançados. Tratando-se de uma etapa importante no iniciar da nossa profissionalização, o ser engenheiro englobou tarefas de ultrapassagem de dificuldades, de assimilar de matérias muitas vezes novas em relação à nossa sabedoria académica, como por exemplo, lidar com situações políticas, de gestão de recursos e tempo, e muito influenciadoras nos tempos atuais, de situações económicas. A nível dos objetivos iniciais poderei dizer que a fase que passei na secção de orçamentação foi muito importante no aspeto de poder começar a ter a noção teórica de rendimentos e custos de mão-de-obra, equipamentos e tarefas, saberes que se materializaram na fase posterior de obra. A dupla visão destes fatores é sempre imprescindível e enriquece a nossa futura confrontação com situações semelhantes. As obras e a metodologia usada pelos meus superiores e principalmente pelo meu diretor de produção em ambas as empresas, Eng.º João Paulo na empresa Multinordeste e Eng.º Luís Neves na empresa AngolACA, permitiu-me adquirir conhecimentos técnicos em diversas áreas, tanto no processo construtivo como nos materiais e equipamentos utilizados, controlo na execução, ensaios a realizar e planeamento. Não posso deixar de referir o papel importantíssimo que os engenheiros mais experientes, com quem estive em contacto no dia-a-dia, tiveram nesta minha experiência a nível de aconselhamento e aprendizagem, nomeadamente Eng.º João Pedro – DTO Fórum Municipal de Resende, Eng.º Fernando Jorge – DTO Residência de Estudantes de Bragança, Eng.º Fernando Lobo – DTO Termas da Terronha-Vimioso, e Eng.º Luís Neves – DTO de todas as obas que acompanhei enquanto colaborador da empresa AngolACA. Sobre este assunto, tenho ainda de deixar patente que muitos foram os ensinamentos adquiridos através dos vários elementos da equipa técnica: medidores, preparadores, topógrafos, apontadores e encarregados, que com a sua vasta experiência me transmitiram soluções para os problemas, modos de abordar novas situações e conhecimentos técnicos específicos das suas áreas.