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PSICOLOGIA JURÍDICA Tipos de Teoria Behaviorismo (1878-1959): comportamento (behavior) estritamente observável. Descartou os fenômenos mentais, sensações, imagens ou ideias, funções mentais e, também, a introspecção como método. Fonte dados sobre o homem era o seu comportamento, o que as pessoas faziam, o que diziam; Psic. Experimental e TCC. PSICANÁLISE Sigmund Freud (1856-1939): pela insatisfação com os procedimentos médicos tradicionais no tratamento das desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Noções de motivação inconsciente. Importância da primeira infância na formação da personalidade. Ênfase na sexualidade como fonte de conflitos; GESTALT Representantes Wertheimer, Kohler, Koffka e Lewin (1890-1947).Nasceu em oposição às outras correntes psicológicas. Estruturalismo e o behaviorismo subestimavam o papel do individuo. Gestalt significa, aproximadamente, o todo, a estrutura, a forma, a organização; Gestalt-terapia (Frederick S. Perls, 1952k); HUMANISMO Representantes Abraham Maslow, Rollo May e Carls Rogers: É um movimento mais recente da Psicologia, enfatizou a necessidade de estudar o homem como um ente privilegiado que cria a sua própria natureza, na medida em que é autor e projeto de si mesmo, torando-se distinto dos outros seres do mundo. A psicologia humanista teve sua origem na metade do século XX, e sua importância aumentou significativamente nas décadas de 60 e 70. Sendo um ramo da psicologia, mais concretamente da psicoterapia, a psicologia humanista surgiu como uma reação à análise exclusivamente feita ao comportamento. É considerada como uma abordagem adicional, junto com a terapia comportamental e a psicanálise. As principais teorias da Psicologia Jurídica são, portanto Psicanálise, Humanismo, Behaviorismo e Gestalt Subcampos da Psicologia Dedicados à investigação científica básica são: - Psicologia geral, buscar determinar o objeto, os métodos, os princípios gerais e as ramificações da ciência; - Psicologia fisiológica, procura estudar o papel que eventos e estruturas fisiológicas desempenham no comportamento; - Psicologia social, investiga todas as situações, e suas variáveis, em que a conduta humana é influenciada a de outras pessoas e grupos; - Psicopatologia, interessado no comportamento anormal, como as neuroses e psicoses; - Psicologia da personalidade, estuda a integração ampla e compreensiva dos dados obtidos por todos os setores da investigação psicológica. *O Psicólogo Não Investiga o Criminoso. O Psicólogo não vai na cena do Crime Psicologia e Direito A interseção entre a Psicologia e o Direito já em 1967 foi referendada por Mira y Lopes como uma importante ferramenta no campo do Direito. Vale lembrar que não existe nenhuma verdade absoluta e que ambos trabalham juntos (justiça e psicologia) . A psicologia pode influenciar e beneficiar o Direito em muitas áreas, pois estuda a personalidade do indivíduo na tentativa de explicar seus atos e assim poderá ser usada no Direito para a explicação e julgamento de criminosos, como por exemplo, assassinos. A presença de um estudo psicológico jurídico em um julgamento fará com que esta decisão não seja tomada baseando-se apenas em códigos, na lei escrita. Será feito de forma muito mais abrangente, podendo-se assim entender o contexto em que o fato está inserido. *Nas varas de Família, o relatório Psicológico e social é estritamente necessário, em relação aos casos de guarda, seja ela provisória ou permanente. Assim como a Justiça, o psicólogo apontará o melhor para a criança. Atuação do Psicologo Jurídico No Brasil, de acordo com um levantamento realizado por França (2004), a Psicologia Jurídica está presente em quase todas as áreas de atuação. Todavia, a autora destaca que há uma grande concentração de psicólogos jurídicos atuando na Psicologia penitenciária e nas questões relacionadas à família, à infância e à juventude, enquanto que na Psicologia do testemunho, na Psicologia policial e militar, na Psicologia e o Direito Civil, na proteção de testemunhas, na Psicologia e o atendimento aos juízes e promotores, na Psicologia e os Direitos Humanos e na autópsia psíquica há uma carência muito grande de psicólogos jurídicos. Direito e Psicologia compartilham do mesmo objeto de estudo, qual seja, o comportamento humano. O psicólogo Jurídico pode ser concursado/contratado pela comarca da cidade ou apenas oficiado pelo Juíz. Geralmente estes profissionais atuam no CRAS ou CREAS Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber do Direito. A Psicologia Criminal, a Psicologia Forense e, por conseguinte, a Psicologia Judiciária estão nela contidas. Toda e qualquer prática da Psicologia relacionada às práticas jurídicas podem ser nomeadas como Psicologia Jurídica. Podemos dizer que as principais áreas de atuações do psicólogo são: Psicologia penitenciária Família infância e à juventude Psicologia do testemunho Psicologia policial e militar Psicologia e o Direito Civil proteção de testemunhas Psicologia e o atendimento aos juízes e promotores Psicologia e os Direitos Humanos autópsia psíquica FUNÇÕES DA PSICOLOGIA JURÌDICA Psicologia Forense (á serviço do fórum):O psicólogo atua como um assistente técnico ele analisa somente aquilo solicitado pelo Juíz. Por exemplo, realiza um relatório psicológico das pessoas envolvidas num processo de guarda; Traça perfis.Pode ser dividida em: Avaliação; Tratamento e; Consultoria. Psicologia Criminal ( criminoso, condições psicológicas do criminoso, apoio as testesmunhas): estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa; Psicologia Judiciária (função pericial): corresponde à prática profissional do psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata subordinação à autoridade judiciária. Psicologia Criminal Estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Tem por objetivo o estudo da personalidade, buscando entender os fatores que a influenciam, ou seja, biológicos, mesológicos (meio ambiente) ou social. Principais Diferenças Jurídica Forense Criminal Judiciária Envolve a aplicação dos conhecimentos da Psicologia no campo do Direito. Resultado das relações existentes entre a Psicologia e a lei. Utiliza os conhecimentos e técnicas da psicologia para traçar perfis das partes envolvidas no processo ou investigação, a fim de constatar suas motivações, intenções ou qualquer outro elemento que contribua para o caso. (subconjunto da Forense) estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Corresponde à prática profissional do psicólogo no judiciário. A mando do judiciário (concursado). Baseado em Targino (2018). Adaptado pela autora. Em relação a solução de conflitos temos Mediação: A mediação é uma forma de autocomposição assistida, ou seja, são os próprios envolvidos que irão compor o conflito, mas com a presença de um terceiro imparcial – o mediador – que não deve influenciar, emitir juízo de valor ou persuadir as pessoas ao acordo. Durante o processo de mediação, existe a preocupação de (re) criar vínculos, estabelecer um diálogo e transformar e prevenir novos conflitos. Conduta do Mediador Imparcialidade;Credibilidade;Competência;Confidencialidade;Diligência. Conciliação: È “uma forma de resolução de controvérsias na relação de interesses administrada por um Conciliador investido de autoridade ou indicado pelas partes, a quem compete aproximá-las, controlar as negociações, aparar as arestas, sugerir e formular propostas, apontar vantagens e desvantagens, objetivando sempre a composição do litígio pelas partes” Objetivos da Conciliação Diminuir substancialmente o tempo de duração de lide (princípio da celeridade processual);Diminuiras altas despesas com os litígios judiciais;Redução da animosidade;Extinguir a característica da “derrota judicial”. Conciliação Extraprocessual, também denominada informal, ocorre nas hipóteses de conflitos ainda não jurisdicionalizados; b) Conciliação Endoprocessual, também denominada processual, ocorre quando já foi instaurada a lide, ou seja, é uma modalidade de procedimento inerente à jurisdição. Requisitos ( Mediador, Conciliador) Para atuar como mediador judicial é preciso ser graduado há pelo menos dois anos, em qualquer área de formação, conforme dispõe o art. 11 da Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015 (Lei de Mediação). Essa exigência não se aplica ao conciliador, que pode atuar antes de concluir o curso superior, desde que tenha recebido a adequada capacitação. A Resolução n. 125/2010 do CNJ, a Lei n. 13.140/2015 (Lei de Mediação) e a Lei n. 13.105/2015 (Código de Processo Civil) determinam a obrigatoriedade da capacitação do mediador judicial e do conciliador, por meio de curso realizado pelos tribunais ou por entidades formadoras reconhecidas pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM). Negociação: Negociação, enquanto autocomposição, é uma forma de interação verbal em que as partes propõem, contrapõem e argumentam para a obtenção de um acordo que recebe o assentimentodos envolvidos. Durante o processo de negociação não há um terceiro que auxilia ou ajuda na composição do conflito,mas as próprias partes que chegam ao acordo final. O processo de negociação não é um processo lógico, pois há uma troca entre as pessoas, onde envolve ambiguidades que surgem das atitudes, comportamentos, estratégias e estilos de comunicação. Arbitragem: Arbitragem é um meio compositivo, uma vez que o terceiro, denominado árbitro,resolve o conflito. É um processo alternativo, voluntário e extrajudicial,entre pessoas físicas e jurídicas capazes de contratar, no âmbito dos direitos patrimoniais disponíveis, sem a necessidade de tutela do Poder Judiciário. Os interessados elegem em cláusula compromissória, assim entendida como a manifestação expressa de vontade onde as partes comprometem-se a submeter à arbitragem litígios que possam, no futuro, advir relativamente àquele contrato, que a solução do conflito ocorra por árbitros, ou juízes arbitrais,em caráter definitivo. Não havendo acordo prévio, o artigo 6º118 da Lei de Arbitragem prevê o compromisso arbitral, que é a manifestação posterior ao contrato firmado de que a solução do litígio seja feita por árbitros ( se não houver acordo o árbitro que decide) ARBITRAGEM MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO NEGOCIAÇÃO “a arbitragem é uma técnica para solução de controvérsias por meio da intervenção de uma ou mais pessoas, que recebem seus poderes de uma convenção privada proferindo, com base nesta convenção e sem intervenção do Estado, uma decisão destinada a adquirir eficácia de sentença judicial”. é uma técnica privada de solução de controvérsias, a qual uma terceira pessoa – o mediador – auxilia as partes na composição do litígio, mas não decidindo efetivamente o conflito, porquanto são os próprios envolvidos os responsáveis pela composição e celebração do acordo. “o conciliador age no sentido de conduzir as partes a um consenso, sem afastar a sua vontade, sendo delas próprias a vontade que conduz ao acordo que pões fim ao conflito; na arbitragem, o árbitro age no sentido de substituir, pela sua, a inteligência e a vontade das partes, sendo que a sentença põem fim ao conflito, agindo o consenso apenas como móvel determinante da arbitragem. Na conciliação, a eficácia da decisão depende do consenso das partes; na arbitragem, esse consenso lhe é anterior, pois a sentença prescinde dele”. Não existe uma terceira pessoa Duas pessoas negociam, quem possui maior facilidade de comunicação geralmente ganha. Os dois entram em acordo, que seja melhor, para ambas as partes Baseado em Trindade & Molinari (2012). Adaptado e elaborado pela autora. REFERÊNCIAS Humanismo: significado. Disponível em https://www.significados.com.br/humanismo/.Acessoem Outubro de 2018. Morato, Bruno. Atuação do Psicólogo Jurídico: Aspectos relacionados à Psicologia Jurídica, como a história, conceitos, aplicabilidade, a atuação do psicólogo jurídico. Disponível em: < http://investidura.com.br/ufsc/81-sociedade/164918-atuacao-do-psicologo-juridico-aspectos-relacionados-a-psicologia-juridica-como-a-historia-conceitos-aplicabilidade-a-atuacao-do-psicologo-juridico>.Acesso em Outubro de 2018 TEBALDE, Eduardo. A psicologia, suas implicações no direito e a importância das duas áreas trabalhando em conjunto. Disponível em: <https://eduardotebaldi7.jusbrasil.com.br/artigos/199954612/a-psicologia-suas-implicacoes-no-direito-e-a-importancia-das-duas-areas-trabalhando-em-conjunto>.Acesso em Outubro de 2018. TRINDADE,Jorge; TRINDADE, Elise Kararam; MOLINARI,Fernanda. Psicologia Judiciária: para a Carreira da Magistratura. 2. ed. rev., atual. e ampl. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012.