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AULA 1
Só podemos afirmar que vivemos em sociedade porque nos comunicamos, certo? Todo e qualquer ato comunicativo se dá por meio do uso de alguma linguagem.
Existem dois tipos de linguagens: a verbal e a não verbal
Então, a linguagem verbal é aquela que se vale de palavras – sejam estas faladas, sejam estas escritas. Nesse caso, o código utilizado para manter a comunicação é a própria língua (portuguesa, inglesa, francesa etc.). Logo, o diálogo no WhatsApp e o bate papo são exemplos de linguagem verbal.
Já a linguagem não verbal é aquela que utiliza outros códigos diferentes da língua. Essa linguagem pode se manifestar por meio das cores, dos gestos, de um olhar, da música etc. No exemplo do semáforo, a comunicação ocorre através das cores e, no caso da orquestra, através da música instrumental.
Antes de dar continuidade a seus estudos, assista a este vídeo, que utiliza cenas do filme O negociador, no qual um dos personagens fala da relevância da linguagem não verbal.
Agora que você já conheceu os diferentes tipos de linguagem, vamos nos ater àquele que, de fato, é de nosso interesse: a linguagem verbal – no nosso caso, a Língua Portuguesa.
A partir de agora, você vai conhecer algumas regras para falar e escrever de forma adequada, isto é, de acordo com os contextos de uso do idioma.
A propósito: adequação é uma palavra que deve fazer parte do nosso dia a dia.
O ambiente formal é aquele em que usamos a norma culta da língua, cujo registro segue o que está prescrito na gramática normativa. Trata-se de um padrão de linguagem adequado a situações como uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho ou mesmo uma palestra em um congresso. Já o ambiente informal é aquele em que usamos a linguagem coloquial, que dispensa formalidade. Trata-se da linguagem do cotidiano, adequada a situações como uma conversa entre amigos, uma festa, um bilhete que deixamos para nossa família na porta da geladeira ou mesmo uma troca de mensagens nas redes sociais.
Podemos citar as diferenças entre o falar:
Carioca: Caraca! Esse curso é muito maneiro.
Cearense: Êta que esse curso é bem arretado!
Mineiro: Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!
ATENÇÃO!
NÃO podemos dizer que determinada região do país fale “o português mais correto”. Tal afirmação é falsa, pois o que há são variações da Língua Portuguesa. A pronúncia do cearense ou do carioca, por exemplo, não é errada ou certa, mas, simplesmente, o modo de articular os sons daquela comunidade linguística.
É aquela formada por um conjunto de estruturas concebidas como corretas, que podem ser usadas tanto para falar quanto para escrever. Trata-se da chamada variante padrão. Essa norma é tão valorizada socialmente que, quando estão em um ambiente mais formal, os indivíduos com alto nível de escolaridade procuram monitorar sua fala. Vamos entender melhor essa questão...
Em sua opinião, que frase está CORRETA?
A gente vai até lá para conferir de perto.
Nós vamos até lá para conferir de perto.
Forma marcada da língua
Vamos entender, agora, como a norma de prestígio funciona.
Como vimos anteriormente, uma das formas em variação no português brasileiro contempla a oposição das estruturas a gente x nós.
A ideia básica é de que a expressão A GENTE pode ser usada em ambientes informais e o pronome pessoal do caso reto NÓS– prescrito pela gramática normativa –, em ambientes formais.
No entanto, precisamos considerar que, quando usada, a forma “a gente” deve ser acompanhada do verbo na 3ª pessoa do singular: a gente vai.
Lembra-se daquela variação social sobre a qual conversamos? Ela nos mostra que há pessoas, falantes de uma variedade da língua chamada de não padrão, que dizem “a gente vamos”.
Isso é o que chamamos de forma marcada, e usá-la permite que aqueles que nos ouvem nos definam como parte de um grupo com baixo nível de escolaridade.
Por exemplo, quando uma emissora de televisão quer delimitar, linguisticamente, uma personagem desse tipo, introduz, em sua fala, algumas marcas.
É comum, por exemplo, que essa personagem diga:
“Falano” em lugar de “falando” – suprimindo o “d” do gerúndio;
“Eu vou TE falar pra você” em lugar de “Eu vou falar para você”;
“Ni mim” em lugar de “em mim”;“Eu tavo” em lugar de “eu estava”;
“Pá nóis” em lugar de “para nós”.
De acordo com Silva (2007):
“Todos se queixam de que português é difícil. O brasileiro é chorão? Não me parece que possa ser definida como chorona uma nacionalidade marcada pelo carnaval, pelo humor e pelo riso purificador com os quais suporta males seculares. A queixa pode ser assim resumida: a língua falada é uma, mas a língua escrita é outra.”
Com base em Koch e Elias (2009, p. 16), podemos estabelecer algumas diferenças entre as modalidades FALA e ESCRITA. Vejamos:
Isso significa que, quando falamos, planejamos menos do que quando escrevemos. Além disso, a fala nos permite deixar informações mais implícitas, em função do contexto que está ali, diante dos falantes, o que não ocorre na escrita. Por isso, a escrita deve ser mais elaborada, planejada e explícita.
Norma-padrão X Coloquialismo
Agora que você já entendeu a diversidade entre fala e escrita, vamos nos ater às diferenças entre os registros coloquial e culto da língua. Alguns fenômenos são típicos da escrita e merecem um pouco mais de cuidado por parte de quem escreve – principalmente em ambientes de maior formalidade. Vamos analisar o quadro ao lado e identificar tais aspectos.
Ainda que tenhamos conhecimento da norma culta da língua, há termos que provocam dúvidas na hora de falar e escrever de acordo com esse padrão.
Por exemplo, você sabe quando utilizar ONDE e AONDE?
Vamos fazer um teste. Qual, entre as frases a seguir, está CORRETA?
 (   ) Onde nós vamos? 
 (   ) Aonde nós vamos? 
Outra dúvida bastante frequente na hora de escrever diz respeito ao uso de HÁ e A. Mas saná-la é algo bem simples! Veja...
HÁ = flexão do verbo HAVER, que pode ser usada no sentido de:
HÁ X A
Analise, agora, o seguinte exemplo:
Se o verbo HAVER já indica tempo passado, não há necessidade de dizer, por exemplo, “HÁ dez minutos atrás” ou “HÁ anos atrás”, pois isso é classificado como PLEONASMO, ou seja, repetição desnecessária de ideias. Basta afirmar “HÁ dez minutos” ou “HÁ dez anos”.
Usamos A nas seguintes situações:
Isso já facilita nossa vida! Vejamos alguns exemplos de seu emprego:
MENOS é um advérbio, ou seja, uma palavra que exprime uma circunstância – nesse caso, de quantidade ou intensidade. E, como já vimos, advérbios são invariáveis!
AULA 2
Gramática internalizada
É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem.
Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já fiz”?
Simples: porque ela ainda não conhece as exceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações.
Se a criança diz “Eu já bebi” e “Eu já comi”, seguindo os radicais dos verbos BEBER e COMER, respectivamente, acrescidos de um [i] final, ela dirá “Eu já fazi” (FAZER).
Isso significa que ela criou uma regra em que [i] seria uma forma de expressar o passado.
Mas será que devemos interpretar a gramática normativa somente dessa forma?
A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua.
Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua.
O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes, quais sejam:
Frase nominal
Aquela que não apresenta verbo.
SOCORRO! Uma barata.
Frase verbal
Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo.
Vou socorrer você.
Modo: 
Modo
Tempo
Número
As formas verbais podem se apresentar no singular ou no plural. No caso do diálogo, elas aparecem somente no singular. Vejamos: “Acertei”, “estudei”, “soubesse”, “tinha estudado”, “podia”, “está”, “melhorará”, “aprovará”.
Pessoas do Discurso
Os pronomes de tratamento“você(s)”, “senhor(a)” e “senhores(as)”, que fazem referência à 2ª pessoa, mas que se manifestam, formalmente, na 3ª, conjugam-se nesta última. A tabela a seguir apresenta essa conjugação:
Assim como PRECISAR, o verbo COMPRAR também exige complemento. A diferença entre eles baseia-se no fato de que COMPRAR não exige complemento preposicionado, mas PRECISAR requer o uso da preposição. Por isso, esse verbo é transitivo indireto – classificação sobre a qual discutiremos adiante. 
Regência verbal
Em uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos damos conta disso.  Agora, parando para refletir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o significado de um verbo?  Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir:
Eu assisto
o jogo.
Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição.
Eu assisto
ao jogo.
Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória.''
Observe os significados do verbo assistir em relação a sua regência:
Aqui, há o uso de:
NA = preposição EM + artigo A
Embora vejamos a preposição “em” regendo o verbo “pisar”, sob o olhar normativo, existe um problema na sentença. A prescrição indica que o adequado seria:
Não pise a grama.
O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – lembrar algo;
• Transitivo indireto – lembrar-se de algo.
Nesta tirinha, há um problema quanto à colocação pronominal. Vejamos:
• “Se lembra de” → linguagem coloquial;
• “Lembra-se de” → norma-padrão prescrita pela gramática.
Embora isso aconteça, a regência do verbo está correta, pois, em sua fala, a esposa usa a preposição “de” associada à partícula “se”.
ssim como o verbo “lembrar”, o verbo “esquecer” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – esquecer algo;
• Transitivo indireto – esquecer-se de algo.
Nesta tirinha, a regência do verbo está incorreta, pois a menina usa a preposição “de” SEM a partícula “se”. A prescrição indica que o correto é:
Minha mãe se esqueceu de comprar seu presente...
O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles:
Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos;
Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano.
Nesta tirinha, então, a sentença deveria ter sido redigida da seguinte forma:
Eu prefiro pizza a cachorro quente.
Regência nominal
Assim como acontece com os verbos, os nomes também podem ser transitivos, ou seja, podem necessitar de complementos para que apresentem significação completa.
Observe a transitividade dos nomes a seguir:
AULA 3
Mas o que é concordância?
AUA 4
De acordo com a gramática normativa, na oração subordinada adjetiva:
Analise os exemplos fornecidos por Silva (2012b):
AULA 5
Os funcionários, que se dedicaram à empresa, devem ganhar mais.
(Entre vírgulas → Oração explicativa = “Todos se dedicaram e serão aumentados”.)
Os funcionários que se dedicaram à empresa devem ganhar mais.
(Sem vírgula → Oração restritiva = “Só os que se dedicaram devem ser aumentados”.)
O emprego do ponto e vírgula depende do contexto, mas há algumas regras básicas para seu uso. Vejamos algumas delas (MUNDO, 2007):
Neste caso, pode haver, antes do sujeito desse verbo, uma pausa representada pelo ponto e vírgula ou pelo ponto simples.
Exemplo: O general não temia o que lhe podia acontecer; os soldados, sempre. (temiam)
Quando optamos por colocar estes conectivos entre vírgulas – em posição não inicial na oração –, o ponto e vírgula é uma ótima opção para marcar a pausa entre as orações.
Exemplo: Jonas tem muito dinheiro; não pode, porém, desfrutar suas vantagens.
Geralmente, observamos este caso em textos jurídicos – leis, artigos, decretos etc. – e em livros didáticos. Usamos o ponto e vírgula principalmente se os elementos enumerados forem relativamente extensos e numerosos. Veja o exemplo a seguir, em que cada elemento que faz parte da enumeração é um período composto, ou seja, um período com mais de uma oração:
“Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade violenta: morava em uma região muito violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação, por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha seis anos de idade; etc.”.
Em português, o grupo de palavras cuja sílaba tônica é a penúltima é muito grande. Por isso, há muito mais regras para a acentuação de paroxítonas.
Acentuamos aquelas que NÃO terminam em -a, -e, -o, -em e seus plurais – exatamente o oposto do que vimos anteriormente.
Exemplos:
Sabia x sabiá;
Maio x maiô;
Atlas;
Atrás;
Xale;
Chalé;
Mentem;
Mantém.
Crase
Vamos tratar, agora, de um assunto que muito assombra aqueles que desejam escrever adequadamente, de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa: a crase (`).
Esse sinal é o resultado da união de duas vogais idênticas:
Tal união é marcada por aquilo que chamamos de acento grave – e não de crase.
O uso do acento indicativo de crase é mais importante do que possa parecer, pois nos auxilia na depreensão correta dos sentidos de uma frase.
Como você viu, usamos a crase antes de substantivo feminino e depois de palavra que exige a preposição “a” em seu complemento.
Simples: substituímos o que está no feminino pelo masculino.
Anexar
Na segunda aula desta disciplina, você estudou a regência de alguns verbos e nomes.
Analise os exemplos a seguir com o verbo “anexar”:
Favor, anexar à folha o mapa estatístico.
Favor, anexar a folha ao mapa estatístico.
Esse verbo é bitransitivo e tem o sentido de “juntar, incorporar” um objeto ou alguém a outro.
Logo, necessita de um complemento direto (sem preposição) e um indireto (com preposição).
Na primeira frase, o mapa deve ser unido à folha. Já na segunda, solicita-se o oposto: a folha tem de fazer parte do mapa.
Sugerir
O verbo “sugerir” pode ter duas regências: sugerimos algo a alguém – com dois complementos (direto e indireto) – ou, simplesmente, sugerimos algo. Analise os exemplos a seguir: 
Sugeriu à diretoria a concentração de esforços nas fábricas e no campo.
Sugeriu a diretoria que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo.
Na primeira frase, a sugestão é dada à diretoria. Disso resulta o uso da crase. Lembra-se da regra de substituição da palavra do gênero feminino para o masculino? Se mudarmos “diretoria” por “donos”, teremos: 
Sugeriu aos donos a concentração de esforços nas fábricas e no campo.
Nesse caso, há, portanto, acento indicativo de crase. Já na segunda frase, “a diretoria” é o sujeito da oração principal, e a sugestão é dada por ela. Se colocarmos a frase na ordem direta, teremos:
A diretoria sugeriu que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo. 
AULA 6
Coesão referencial
Como vimos, a coesão referencial é utilizada quando retomamos aquilo de que falamos – o referente – através de mecanismos gramaticais importantes.
Um deles é a omissão de palavras ou elipse. Veja o exemplo a seguir:
A menina saiu cedo de casa e (a menina) foi para o trabalho.
Nesse caso, o sujeito “a menina” pode ser omitido na segunda oração.
Coesão
Antes de começarmos nossa discussão sobre a noção de coesão (um fenômeno que acontece dentro do texto, pois envolve processos que relacionam seus elementos e organizam a sequência textual – como vimos nessa notícia.), leia a reportagem:
Príncipe William, Kate e filhos deixam palácio e seguem para casa de campo.
Você percebeu, através dos destaques em negrito no texto da reportagem, as estratégias usadas pelo redator para evitar repetições no texto?
Vejamos alguns termos que substituíram palavras e expressões:
	
	“Príncipe William e sua mulher” → “seus”, “casal”;“Princesa Charlotte” → “que”, “princesa”, “menina”, “sua”, “nova princesa”, “criança”;
	
	
	“Rainha Elizabeth II” → “que”.
	
Coesão sequencial
Como vimos, enquanto na coesão referencial, fazemos menção a termos dentro do texto, na sequencial, usamos mecanismos que possibilitam o desenvolvimento da sequência textual.
Alguns desses mecanismos que auxiliam a continuidade do texto são as expressões temporais – aquelas que permitem a progressão da informação.
Veja os exemplos a seguir:
	
	Antes, ele acreditava que não tinha jeito.
Agora, ele está mais esperançoso.
Pela organização do tempo, “antes” acontece primeiro e “agora”, depois.
	
	
	O aluno sentou na cadeira, pegou a caneta e começou a prova.
Nesta sequência, há uma ordem de ações.
	
	
	Antes de ganhar o campeonato, o time havia se preparado por duas semanas.
Se o termo “antes” – que indica período passado – foi utilizado, o tempo verbal subsequente precisa estar no pretérito.
	
COERÊNCIA = sentido do texto;
COESÃO = organização das ideias no texto através de mecanismos.
AULA 7
A noção de parágrafo é, antes de tudo, visual. Isso significa que:
Escrever um parágrafo é organizar o olhar do leitor quanto à disposição das informações no texto.
Exatamente por isso, criou-se o conceito de tópico frasal ou ideia núcleo.
De acordo com Garcia (1997), o parágrafo-padrão é composto por:
Alguns usos importantes da língua
Para finalizar esta aula, atente para alguns usos da língua que são alvo de dúvidas por parte dos falantes:
	AO MEU VER x A MEU VER
	A expressão correta é: 
“a meu ver” = do meu ponto de vista 
Exemplo 
A meu ver, todos os recursos foram necessários. 
“Ao meu ver” NÃO existe!
	NA RUA x À RUA
	Os termos “sito”, “situado”, “residente” pedem preposição “em”, e NÃO preposição “a”. 
Exemplos 
A empresa possui sede na Rua Carlos Pinto.
A empresa UNITAS, sito/situada na Rua Carlos Pinto, está em reforma.
Ele é residente na Rua Carlos Pinto.
	VERBO “ADEQUAR”
	Apesar de alguns estudiosos aceitarem a conjugação completa do verbo “adequar”, de acordo com tradição gramatical, trata-se de um verbo defectivo, que é aquele que não pode ser flexionado em todas as pessoas verbais. Considerando essa vertente teórica tradicional, temos: 
Exemplos 
O referido móvel não se adéqua ao ambiente. (forma verbal equivocada) 
O referido móvel não é adequado/apropriado ao ambiente. (forma verbal aceita)
	FACE AO x EM FACE DE
	A expressão correta é:“em face de” = diante de, perante, defronte 
Exemplos 
Em face do novo decreto, não poderemos mais agir assim.
Em face de tal fato, acredito não haver problemas.
	RATIFICAR x RETIFICAR
	Não se confunda com estas expressões:    
“ratificar” = confirmar;
“retificar” = corrigir. 
Exemplos 
Liguei para o gerente, a fim de ratificar a informação do saldo.
Como ela estava errada, resolveu retificar a informação.
	HAJA VISTO x HAJA VISTA
	A expressão correta é: 
“haja vista” = uma vez que, por conta de 
Exemplo 
A reunião foi remarcada para semana que vem, haja vista as obras na sala.
“Haja visto” NÃO existe!
	AO ENCONTRO DE x DE ENCONTRO A
	Não se confunda com estas expressões: 
“ao encontro de” = situação favorável, conformidade de ideias;
 “de encontro a” = ideia contrária, de confronto. 
Exemplos 
“Não se procura amor o amor vem ao encontro de cada um de nós”.
Não posso ajudar! Minhas ideias vão de encontro às suas.
AUA 8
Causas da ambiguidade
Como vimos, a ambiguidade traz problemas à interpretação. Há dois tipos de ambiguidade:
Causas da ambiguidade
Vamos conhecer, agora, algumas causas da ambiguidade?
Carneiro (2001 apud MONNERAT, 2004) apresenta algumas possíveis causas da ambiguidade estrutural, quais sejam:
	1
	A difícil distinção entre agente e paciente
Exemplo: A demissão do ministro causou impacto.
	2
	O mau uso da coordenação
Exemplo: Pedro e Maria vão desquitar-se.
	3
	A má colocação de palavras
Exemplo: A professora deixou a turma entusiasmada.
	4
	O mau uso de pronomes relativos, geralmente com dois antecedentes expressos
Exemplo: Encontrei a menina e o primo de que lhe falei.
	5
	A não distinção entre pronome relativo e conjunção integrante
Exemplo: O jogador falou com a secretária que mora perto daqui.
	6
	A indefinição de complementos
Exemplo: O pai quer o casamento logo, mas a filha não quer.
	7
	O mau uso das formas nominais
Exemplo: O advogado encontrou o réu entrando no tribunal
	8
	O mau uso dos possessivos
Exemplo: Elas viram sua casa.
Usos da língua
Para finalizar esta aula, listamos, aqui, alguns termos da Língua Portuguesa que, quando usados de forma inadequada, podem comprometer seu texto. São eles:
	ALTERNATIVA
	A palavra “alternativa” é formada pelo seguinte elemento: alter = “outro”.
Por essa razão, a expressão “outra alternativa” não é coerente. O correto é:
Eu não tenho alternativa.
	EVENTUAL x POSSÍVEL
	“Eventualmente” = o que acontece de vez em quando
“Possivelmente” = o que pode ou deve acontecer
Exemplos
Sairemos cedo hoje eventualmente. (= isso não é comum)
Sairemos cedo hoje possivelmente. (isso pode acontecer)
	INDEPENDENTE x INDEPENDENTEMENTE
	“Independente” = adjetivo
“Independentemente” = advérbio
Exemplos
O Brasil é um país independente.
Sairemos cedo, independentemente de ele ter chegado.
AULA 9
Queísmo
O uso excessivo da partícula “que” prejudica a leitura do texto.
Exemplo:
	O fato de que a mulher que seja bonita tenha de entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja correto.
Truísmo
O uso de truísmo ou verdades evidentes torna nosso texto pobre, pois essas questões já são conhecidas por todos, ou seja, fazem parte do senso comum.
Gerundismo
Entre os problemas citados pelos estudiosos acerca do uso da Língua Portuguesa, está o gerundismo – alvo, aliás, de muita polêmica.
AUA 10
Informação visual e informação não - visual
Ao longo de nossas aulas, constatamos que não nos comunicamos apenas por palavras.
Afinal, um texto pode ser:
Ao usar a expressão “vira a página”, a propaganda conseguiu criar um interessante efeito de sentido entre os seguintes atos: “Mudar de página” – atitude física, literal (sentido denotativo);“Mudar a vida de alguém” – atitude mais subjetiva (sentido conotativo).
Esta propaganda foi utilizada para apresentar um novo modelo das sandálias Havaianas. O uso da expressão “pezinho na praia”, em sentido figurado ou conotativo, permite ao leitor interpretar o texto dentro do contexto em que foi empregado: a ideia inovadora desse produt
Silepse
Do grego syllepsis, que significa “ação de reunir, de tomar em conjunto”. Trata-se de uma figura de linguagem que exprime uma concordância psicológica, ou seja, aquela que se relaciona à ideia de um termo, e não à forma gramatical que aparece na frase. Há três tipos de silepse:
o é proporcionar mobilidade ao consumidor.

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