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Curso de Direito
UNIP- ASSIS-SP
TRABALHO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Aluna: Micheli Marssona Arevalo
RA: C36158-5
Turma: P46/ DR8
Professora: Vanessa
Segunda-Feira, 02 de Abril de 2018
ASSIS-SP
SUMÁRIO
Introdução.
Soberania e Supremacia Territorial.
Território do Estado. 
Limites e Fronteiras.
Domínio Público Internacional.
Domínio Terrestre.
Domínio Fluvial e Lacustre.
Domínio Marítimo.
Domínio Aéreo.
O Espaço Extra-Atmosférico.
Plataforma Submarina.
Regiões Polares.
Conclusão
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho é sobretem como tema o Direito Internacional Público, e os assuntos especificados será sobre Território, o Direito Internacional Público e alguns assuntos que o norteiam. O objetivo deste trabalho é explicar especificadamente sobre o território e as competências estatais, e cujo trabalho está organizado em onze títulos. 
2. Soberania e Supremacia Territorial
O conceito de soberania territorial foi elaborado com analogia ao conceito de propriedade, significando ambos, em princípio, o direito de disposição que tem uma pessoa, ilimitadamente, sobre determinado objeto. São em tese direitos absolutos, oponíveis a todos. A diferença jurídica reside em que a soberania territorial origina-se do Direito Internacional, ao passo que a propriedade justifica-se no Direito interno. 
A soberania territorial significa que um Estado pode, no seu território, exercer o imperium ,com exclusão de terceiros, ou cedê-lo a outra comunidade estatal, ou a esta conferir apenas o direito de administra-lo em parte, ou simplesmente, realizar certos atos de domínio.
Território do Estado
Sobre seu território o Estado exerce jurisdição (termo preferido em doutrina anglo-saxônia), o que vale dizer que detém uma série de competências para atuar com autoridade (expressão mais ao gosto dos autores da escola francesa). O território de que falamos é a área terrestre do Estado, somada àqueles espaços hídricos de topografia puramente interna, como os rios e lagos que se circunscrevem no interior dessa área sólida. Sobre o território assim entendido, o Estado soberano tem jurisdição geral e exclusiva.
A generalidade da jurisdição significa que o Estado exerce no seu domínio territorial todas as competências de ordem legislativa, administrativa e jurisdicional. A exclusividade significa que, no exercício de tais competências, o Estado local não enfrenta a concorrência de qualquer outra soberania. Só ele pode, assim, tomar medidas restritivas contra pessoas, detentor que é do monopólio do uso legítimo da força pública.
2 .2 Limites e Fronteiras
No sentido geográfico, o território é apenas a porção do globo terrestre dentro da qual o Estado exerce as suas competências, delimitadas por faixas que o contornam, chamadas de fronteiras, e que se estendem até a série de pontos que formam linhas, retas ou curvas, denominadas limites. 
Domínio Público Internacional
É da tradição doutrinária que a expressão domínio público internacional designe aqueles espaços cuja utilização suscita o interesse de mais de um Estado soberano — às vezes de toda a comunidade internacional —, ainda quando sujeitos à incidência de determinada soberania. Tal o motivo de que, a propósito desses espaços, exista uma disciplina normativa em direito das gentes. Cuida-se do mar — com seus diversos setores —, dos rios internacionais, do espaço aéreo, do espaço extra-atmosférico, e ainda do continente antártico. Este último, porque não versado nos capítulos que irão compor esta parte do livro, é objeto de breve análise preliminar, precedida de uma nota sobre o polo norte. O escasso interesse econômico do polo norte explica a modéstia de seu tratamento jurídico. Ali não há massa terrestre como no polo sul: cuida-se apenas de água de mar, perenemente congelada. A distância, o clima, a precariedade dos recursos biológicos praticamente reduzem o polo norte à estrita condição de corredor aéreo alternativo. Com efeito, por sua proximidade passam diversas rotas aéreas que economizam distância entre a Europa e o extremo oriente, cruzando espaço de livre trânsito — independentemente de qualquer tratado —, pelo justo motivo de que a superfície hídrica subjacente é alto mar.
Domínio Terrestre
Domínio terrestre do estado compreende o solo e o subsolo
da parte da superfície do globo circunscrita pelas suas fronteiras e,
também, as ilhas que lhe pertencem112. O subsolo depende
diretamente do território que lhe constitui a superfície, seja qual for a
sua profundidade.
A extensão do domínio terrestre do estado é determinada por
limites, ou linhas imaginárias, que indicam até onde vai o território
sobre o qual se exerce a sua soberania.
O estado tem o direito e até o dever de marcar
materialmente, ou indicar concretamente, os seus limites, isto é, a
linha ou linhas que o separam dos seus vizinhos. Pode haver estado,
entretanto, cujos limites não se achem perfeitamente ou legalmente
definidos.
É muito comum a confusão entre as palavras limite e
fronteira, e, na verdade, na linguagem usual elas não se distinguem.
Rigorosamente falando, porém, não devem significar a mesma
coisa: o limite é uma linha, ao passo que a fronteira é uma zona.
Admite-se comumente a divisão dos limites em naturais e
artificiais. Aqueles (também designados como limites arcifínios) são
os que acompanham certos traços físicos do solo ou os chamados
acidentes geográficos. Os outros (também chamados intelectuais ou
matemáticos) são os que não correspondem a nenhuma linha física
ou acidente natural. Estes últimos seguem, habitualmente, linhas
astronômicas, como paralelo ou meridiano, ou retas, que liguem
pontos previamente conhecidos, ou estradas etc.
A bem dizer, nos nossos dias, não existem limites puramente
naturais, ou, antes, em geral, não se procede efetivamente à
determinação de fronteira sem indicar no terreno, por meio de
marcos ou sinais artificiais, a linha exata de tal fronteira, muito
embora, às vezes, esta seja acidente natural.
O termo delimitação é mais usado como significando apenas a
descrição do limite ou fronteira, feita, em geral, num tratado ou
convenção, ou resultante de acordo tácito ou de alguma sentença
arbitral. A execução, no terreno, do que foi assim descrito ou
determinado, toma, geralmente, o nome de demarcação. Esta é, pois,
a operação pela qual se assinala, no terreno, a linha divisória entre
estados limítrofes. 
Não há princípio jurídico a que se subordinem todos os estados
e pelo qual se determine que cada um destes tem direito absoluto a
esta ou àquela extensão territorial, a este ou àquele limite. O traçado
das fronteiras é geralmente o resultado de acontecimentos históricos
ou de acordos mútuos, sem atenção a princípios absolutos.
Quando, por acordo ou por decisão arbitral, se procura traçar
a fronteira entre dois estados que já possuíam limite antigo, quando
se tem em vista apenas restaurar limite anterior, o problema só
oferecerá dificuldades se a situação primitiva não se acha bem
definida, isto é, não se funda na existência de delimitação precisa,
apoiada em documentos indiscutíveis.
Quando, porém, se cuida de criar limite novo, ou quando,
tendo desaparecido a delimitação anterior, quer pela sua
impraticabilidade, quer pela caducidade do ato ou atos que a
estabeleceram, se procura adotar outro traçado, a questão, em geral,
é de mais difícil solução, porque depende inteiramente do arbítrio das
partes interessadas.
Neste caso, entretanto, pode ser invocado um princípio, que
apresenta critério muito razoável para a solução e, na falta de outro,
como que se impõe: é o uti possidetis. Na apreciação desse princípio,
tirado do direito romano e muito alegado nas questões de limites
entre as nações latino-americanas, as divergências têm sido
frequentes. Assim, enquanto, no Brasil, se dava ao uti possidetis o
único sentido que ele poderiarazoavelmente ter, isto é, o de posse
real e efetiva, herdada pelos países americanos ao tempo de sua
independência113,vários autores e governos hispano-americanos
sustentaram conceito diferente, adotando o chamado uti possidetis
juris, ou o direito à posse, independentemente da ocupação efetiva.
Dominio Fluvial e Lacustre 
O domínio fluvial é constituído pelos rios e demais cursos
d’água que, dentro dos limites do estado, cortam o seu território. Os
rios são nacionais, quando correm inteiramente dentro dos limites do
estado, ou internacionais, quando atravessam ou separam os
territórios de dois ou mais estados.
Além dessa classificação clássica, que conta com a aceitação
da grande maioria dos estados e dos autores123, a tese da bacia de
drenagem internacional (ou international drainage basin) tem
merecido aceitação. Trata-se de tese defendida pela International
Law Association, cujos estudos foram aprovados em 1966 e passaram
a ser conhecidos como as Helsinki Rules, segundo as quais “bacia de
drenagem internacional é área geográfica que cobre dois ou mais
estados, determinada pelos limites fixados pelos divisores de água,
inclusive as águas de superfície e as subterrâneas, que desembocam
num ponto final comum”. A tese teve aceitação inicial por parte da
Comissão de Direito Internacional.
As posições conflitantes entre o Brasil e a Argentina em
relação ao uso equitativo e a gestão concertada de recursos naturais
compartilhados, no tocante à barragem de Itaipu, se fizeram sentir,
também internacionalmente. A respeito, P.-M. DUPUY (1978) 124 e
J. BARBERIS (1979): “O direito internacional distingue, dentre os
recursos naturais, aqueles que são próprios de cada estado, os que
pertencem à comunidade internacional e os compartilhados entre dois
ou mais países”. A Resolução 2.995 (XXVII) foi invocada pela
Argentina, quando o Brasil procedeu ao enchimento da barragem de
Ilha Solteira, no rio Paraná. Também evocada foi a Resolução 3.129
(XXVIII) intitulada “Cooperação no campo do meio ambiente, em
matéria de recursos naturais compartilhados por dois ou mais
estados”.
Domínio Marítimo 
O domínio marítimo do estado abrange diversas áreas: as
águas interiores, o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica
exclusiva e a plataforma continental. O direito internacional se ocupa
de cada uma destas áreas do domínio marítimo, principalmente na
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, assinada em
Montego Bay, em 10 de dezembro de 1982, que entrou em vigor,
internacionalmente, aos 16 de novembro de 1994, doze meses
após o depósito do 60º instrumento de ratificação.
Longo caminho foi percorrido até o entendimento e
consolidação pela comunidade internacional do conceito e
regramento de cada uma dessas áreas do domínio marítimo, acima
mencionadas, especialmente no correr do século XXI, marcando
batalha entre os interesses da livre navegação dos mares contra a
necessidade do exercício de soberania dos estados costeiros, que
proporcionou o desenvolvimento do tema.
2.1 DomínioDomínio Aéreo.
Até o fim do século XIX, o direito internacional era bidimensional, pois de ocupava apenas de questões vinculadas ao domínio terrestre em ao domínio marítimo. Não será exagero afirmar que graças a Alberto Santos Dumont que passou a ser tridimensional. Para tanto, muito contribuiu a façanha de provar em 12 de julho de 1901 a viabilidade da navegação aérea ao dirigir um balão de hidrogênio ao qual havia adaptado um motor de explosão. Em 19 de Outubro do mesmo ano, confirmou a sua reputação ao ganhar om Prêmio “Deutsch de La Meurthe”, destinado ao primeiro homem a voar por uma rota preestabelecida.
ecida.
O Espaço Extra-atmosférico
O direito relativo ao espaço extra-atmosférico é estritamente convencional, e começou a forjar-se entre dois acontecimentos memoráveis: a colocação em órbita do primeiro satélite artificial — o sputnik — pela União Sovié tica, em 4 de outubro de 1957, e o primeiro pouso de uma nave terrestre tripulada — por astronautas norte-americanos — na Lua, em 20 de julho de 1969. Em 1968, ainda no quadro das Nações Unidas, celebrou-se um Acordo sobre recolhimento de astronautas, devolução de astronautas e devolução de objetos lançados no espaço exterior. No mesmo foro concluíramse, mais tarde, uma Convenção sobre a responsabilidade pelos danos causados por engenhos espaciais (1972), uma Convenção sobre registro internacional — junto à Secretaria da ONU — de objetos lançados no espaço exterior (1975), e uma Convenção sobre as atividades dos Estados na Lua e em outros corpos celestes — o chamado Tratado da Lua, de 1979, que desenvolve, sem alterações substanciais, os princípios do Tratado de 1967.
Plataforma Submarina
Antes que se falasse, já na segunda metade do século XX, em mar territorial de duzentas milhas ou em zona econômica exclusiva, a plataforma continental oferecia aos estudiosos um interesse maior. Cuida-se, geograficamente, daquela parte do leito do mar adjacente à costa, cuja profundidade em geral não excede duzentos metros, e que, a uma boa distância do litoral, cede lugar às inclinações abruptas que conduzem aos fundos marinhos. Sobre essa plataforma e seu subsolo o Estado costeiro exerce direitos soberanos de exploração dos recursos naturais, e assim sucedia mesmo na época em que a largura dos mares territoriais variava entre três e doze milhas — e em que, por isso, a maior parte da plataforma jazia sob águas de alto mar.
Regiões Polares
O princípio da contiguidade continental domina também o problema da aquisição das regiões polares. A propósito, três teses diversas surgiram para a delimitação geográfica de tais zonas: teoria dos círculos polares, que se define por meio de limites astronômicos e geofísicos, na espécie, 66 graus e 33 minutos de latitude; teoria dos limites glaciais derivantes, que tem inconveniente de estabelecer delimitação variável, segundo a modalidade dos icebergs; e teoria do índice botânico, que admite como elemento determinante de tais regiões e desaparecimento das espécies vegetais. Os Estados têm procurado solucionar a posse das regiões árticas pela doutrina conhecida como teoria dos setores polares, enquanto que a posse das regiões antárticas, se situação assaz diferente, tem demandado princípios diversos de justificação.
Este acontecimento chamou atenção dos juristas da época, tanto assim que em 1902 Paul Fauchille submeteu na sessão de Bruxelas