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GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO – CONTINUAÇÃO Professor: Me. Pablo Michel Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Giovana Vieira Cardoso Editoração Flávia Thaís Pedroso DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MICHEL, Pablo. Gerenciamento de custos e aquisições em projetos. Pablo Michel. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 63 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2.Custos 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0021-4 CDD - 22 ed. 650 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| FUNDAMENTOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS, CUSTOS E AQUISIÇÕES 20| FUNDAMENTOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS, CUSTOS E AQUISIÇÕES 41| FUNDAMENTOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS, CUSTOS E AQUISIÇÕES OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Agregar os custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos. • Elaborar o orçamento do projeto. • Monitorar o andamento do projeto. • Atualizar o orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base de custos. • Aplicar a análise de valor agregado com Microsoft Project para auxiliar o gerenciamento de custos no projeto. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Determinar o orçamento • Controlar os custos • Ferramentas úteis no gerenciamento de custos GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO – CONTINUAÇÃO INTRODUÇÃO introdução Caro(a) aluno(a), Nesta quarta unidade, discutiremos sobre a elaboração do orçamento do projeto. Após o planejamento do gerenciamento dos custos e suas estimativas, tendo em mãos a estrutura analítica do projeto, a qual disponibilizará os valores nos diversos níveis de sua estrutura, podemos então partir para o desenvolvimento do orçamento. O orçamento pode ser considerado um cronograma financeiro do projeto, no qual é indicado como e quando serão consumidos os recursos financeiros destinados ao projeto, além de quais serão e de onde virão esses recursos. Cabe salientar não só a importância de conhecer os custos e a sua distribuição no tempo, mas também conhecer quais são as fontes dos recursos financeiros necessários para contemplar os custos ao longo do ciclo de vida do projeto. Ao decidir se um projeto deve ou não ser realizado, o cliente do projeto, em um universo de recursos escassos, avalia o custo como um fator importante que influencia na decisão final. Depois de elaborada a linha de base do orçamento, ela torna-se fundamental para a gestão dos custos, contribuindo para medirmos o desempenho do projeto e para estabelecer eventuais ações corretivas caso o que foi realizado esteja discrepante do planejado. Paralelamente, discutiremos como efetuar o controle dos custos, pois o monitoramento do desempenho desses custos ajuda na detecção de possíveis variações que podem afetar negativamente o orçamento do projeto. Para isso, podemos utilizar o gerenciamento do valor agregado (GVA) nessa medição contínua do desempenho do projeto, respondendo a perguntas do tipo “Observando a quantidade de trabalho concluída até agora, quanto de recurso já foi consumido?”, ou então “Conseguiremos terminar o projeto com os recursos previstos?” Pós-Universo 6 Fundamentos de Gerenciamento de Projetos, Custos e Aquisições Pós-Universo 7 Determinar o orçamento, relata o Guia PMBOK®, é o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos. Essa linha de base dos custos proporciona um mecanismo para monitoramento e controle do desempenho do projeto. As entradas, ferramentas e técnicas e saídas desse processão são mostradas na figura 1. • Plano de gerenciamento dos custos • Linha de base do escopo • Estimativas dos custos das atividades • Base das estimativas • Cronograma do projeto • Calendário dos recursos • Registro dos riscos • Acordos • Ativos de processos organizacionais • Agregação de custos • Análise de reservas • Opinião especializada • Relações históricas • Reconciliação dos limites de recursos financeiros Ferramentas e Técnicas • Linha de base dos custos • Requisitos de recursos financeiros do projeto • Atualizações nos documentos do projetoSaídas Entradas Figura 1: Determinar o orçamento: Entradas, ferramentas e técnicas, e saídas Fonte: PMI (2013) Pós-Universo 8 Carvalho e Rabechini (2005) recomendam, para iniciar a orçamentação, resgatar informações de outras áreas que serão importantes para o desenvolvimento da estrutura de custo do projeto, especialmente escopo, prazo e risco. Algumas das entradas citadas para o processo Determinar o Orçamento, de acordo com o Guia PMBOK®, são: 1. O plano de gerenciamento dos custos, assunto já abordado no tópico 2 da Unidade 3. 2. A linha de base do escopo, com a especificação do escopo do projeto, a estrutura analítica do projeto (EAP) e o respectivo dicionário da EAP. 3. As estimativas de custos das atividades, assunto já destrinchado no tópico 3 da Unidade anterior. 4. Cronograma do projeto, incluindo as datas de início e término planejadas para as atividades, os marcos, os pacotes de trabalho e as contas de controle. 5. Calendário de recursos, fornecendo informações sobre quais recursos serão designados ao projeto e quando serão alocados. 6. Registro dos riscos, importante sua revisão para considerar os custos relacionados às respostas aos riscos. 7. Acordos, contendo informações contratuais aplicáveis e custos relacionados a produtos, serviços ou resultados que foram ou serão comprados. O plano de contas ou contas de controle, conforme citam Carvalho e Rabechini (2005), é uma estrutura de codificação utilizada pela organização permitindo que os gastos e demais informações financeiras do projeto sejam adequadamente reportadas para seu sistema contábil. Se o gestor do projeto não atentar para a apuração dos custos do projeto, as informações financeiras ficarão misturadas com as de outras atividades rotineiras da organização, o que prejudicará a estrutura de apuração dos custos. Fonte: o autor saiba mais Pós-Universo 9 Atenção, caro(a) aluno(a), Dinsmore (2011) ressalta que quando o orçamento precede as estimativas, há grande possibilidade dos custos extrapolarem o orçamento inicial. Isso pode fazer com que o time do projeto tenha que enfrentar um desafio porque eles terão que gerar uma estimativa, estudar os riscos e definir o melhor plano possível dentro das restrições já impostas pela realidade do projeto. Complementa dizendo que orçamentação, idealmente falando, é o ato de agregar os custos estimados de atividades individuais ou de pacotes de trabalhopara estabelecer uma linha de base de custos autorizado para o projeto. Uma vez consolidado o orçamento do projeto, ele poderá ser comparado com a estimativa inicial e, existindo distorções representativas, poderá haver uma segunda avaliação da viabilidade técnico-econômica do projeto por parte do cliente, do patrocinador, da alta administração e do gerente de projeto, afirma Dinsmore (2006). Por isso a importância de um bom orçamento, pois se desenvolvermos um orçamento muito otimista, poderemos ter problemas de estouro de custos no futuro, mas se formos muito pessimistas, corremos o risco de o projeto nem sair do papel. Mas como faremos então para criar a linha de base de custos para o nosso projeto? Bom, para tal, utilizaremos as ferramentas e técnicas utilizadas no processo de determinar o orçamento, conforme seguem: Agregação de custos O processo de agregação de custos consiste em definir os custos das atividades, reuni-las nos custos dos pacotes de trabalho. Em seguida, os custos dos pacotes de trabalho são reunidos nos custos da conta de controle e, finalmente, nos custos do projeto, aborda Mulcahy (2013). Não esquecer que devemos adicionar as reservas para contingências para determinar a linha de base de custos, tais reservas podem ser adicionadas à nível de projeto ou à nível de atividade. A figura 2 ilustra esse processo de agregação. Pós-Universo 10 Figura 2: Criar um orçamento (MULCAHY, 2013) Lembre-se, reservas para contingências lidam com os impactos dos custos dos riscos que restaram do planejamento de respostas aos riscos, enquanto reservas de gerenciamento são fundos adicionais separados para cobrir riscos imprevistos no projeto. A linha de base dos custos inclui as reservas para contingências e o orçamento de custos é a linha de base de custos mais as reservas de gerenciamento, salienta Mulcahy (2013). Fonte: o autor atenção Para que a agregação de custos possa ser realizada, é usual partir do custo das atividades, conforme nos mostra a figura 16. Assim, veremos a seguir o processo de estimativa de custos baseado num exemplo proposto por Meredith e Mantel (2003). Supondo que determinada atividade necessite de 25 horas de trabalho de um técnico. Tal técnico designado para executar a tarefa será remunerado em R$ 17,50 por hora. Mudanças que podem ocorrer no projeto contabilizam 84% dos custos diretos de mão-de-obra. Então, o custo apropriado seria: Técnico X Horas Valor Hora Taxa de custo Total 25 R$ 17,50 1,84 R$ 805,00 Pós-Universo 11 Entretanto, verificou-se que durante um dia normal de oito horas, ninguém trabalha na verdade exatamente oito horas. O autor supracitado cita um exemplo de previsão para necessidades pessoais que poderia ser de 12% de um dia de trabalho. Então, levando- se em conta que esse período para necessidades pessoais não fosse computado na estimativa de 25 horas, teríamos: Técnico X Horas Valor Hora Taxa de custo Desempenho Total 25 R$ 17,50 1,84 1,12 R$ 901,60 Esse raciocínio pode ser definido para cada atividade para que, posteriormente, possa ser realizada a agregação dos custos. Além disso, outros aspectos como depreciações e custos operacionais podem ser analisados. Se for necessária a utilização de alguma máquina no projeto e esta for de propriedade de determinado departamento funcional, o projeto poderá pagar por ela, por meio de transferência de fundos do orçamento do projeto. A despesa referente a tal máquina será a de um custo operacional (R$ por hora ou R$ por ciclo operacional), acrescido de uma taxa de depreciação. A utilização de equipamentos de escritório, como cafeteiras, copiadoras e outros equipamentos normalmente é incluída na contabilização dos custos indiretos. Além desses, há também os encargos gerais e administrativos, constituindo um percentual fixo dos custos diretos ou do total de todos os custos diretos e indiretos. Análise de Reservas O gerente de projetos precisa assegurar os requisitos mínimos de fundos do projeto, ou seja, os custos da linha de base mais o valor da reserva estimada para o projeto. O objetivo dessa reserva é reduzir os riscos do projeto, entretanto, explanam Carvalho e Rabechini (2005), essas reservas precisam ser autorizadas para serem utilizadas e não devem ser consideradas parte da curva de custos do projeto. Para Wysocki (2014), a reserva de gerenciamento nada mais é do que um orçamento de contingência de tempo. O tamanho do orçamento de contingência pode variar entre 5% a 10% do total de todas as durações das tarefas no projeto, mas nada impede que outros valores sejam estipulados. Pós-Universo 12 Kerzner (2009) comenta que existe confusão entre reserva de gerenciamento e a definição de um fundo de reserva ou contingência. Para ele, a reserva de gerenciamento é controlada pelo gerente de projetos da organização executora e usada para acréscimos em salários, em preços de matérias-primas e em despesas gerais. Também pode ser utilizada para problemas não previstos que possam surgir. Entretanto, a reserva de gerenciamento não deve ser utilizada para cobrir más estimativas de planejamento ou excessos no orçamento. Opinião Especializada Guiada pela experiência em uma determinada área de aplicação ou de conhecimento, a opinião especializada ajuda na definição do orçamento. Relações Históricas Assim como a opinião especializada, informações advindas de estimativas paramétricas ou estimativas análogas auxiliam a prever o custo total do projeto, como já abordado anteriormente. O Guia PMBOK® afirma que tanto o custo como a exatidão de modelos análogos e paramétricos podem variar muito e podem ser mais confiáveis quando: • Utilizam informações históricas precisas • Os parâmetros utilizados no modelo são facilmente quantificáveis e • Os modelos podem ser ajustados a projetos grandes e pequenos, ou mesmo as suas fases. Pós-Universo 13 Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria de Pasadena. O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões. Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar. Foi afirmado que a compra dos primeiros 50% só foi aprovada porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era “falho” e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal. Extraído de: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/03/entenda- compra-da-refinaria-de-pasadena-pela-petrobras.html>. Acesso em: 05 mar. 2015. fatos e dados Finalmente, teremos então a linha de base dos custos que, conforme consta no Guia PMBOK®, é a versão aprovada do orçamento do projeto com fases de tempo, mas sem constar as reservas de gerenciamento, usadas para acomodar riscos desconhecidos ou não identificados. Mulcahy (2013) complementa que, ao estimar o custo total de um projeto (seu orçamento), o gerente de projetos precisa fazer as atividades de gerenciamento de riscos e incluir as reservas nessa estimativa. Com a linha de base de custos e o orçamento definidos, o gerente de projeto pode comparar esses números com estimativas paramétricas, opinião especializada ou registros históricos para avaliação da coerência dos dados. Um próximo passo seria verificar o fluxo de caixa, pois podemos ter uma programação de comprar equipamentos que custam R$ 80.000 no início de maio, mas o dinheiro para a compra só estará disponível em agosto. Dessa forma, as atividades que dependem desses equipamentos terão queser postergadas ou então teremos que negociar um financiamento para o projeto. Pós-Universo 14 Vamos ver então um exemplo de fluxo de caixa de um pequeno projeto feito no MS-Project contendo apenas três grupos de tarefas chamadas Resumo 1, Resumo 2 e Resumo 3, conforme mostra a Figura 3. Figura 3: Exemplo de fluxo de caixa. Elaborado com MS-Project 2013 Aqui podemos visualizar algumas informações importantes de como está o andamento do nosso projeto, tais como o custo real incorrido, o custo restante que ainda teremos que gastar, custo total (custo real + custo restante), além do COTE e COTA que detalharemos nos próximos capítulos. Mas para adiantar, o COTA nos mostra o que planejamos gastar, enquanto que o COTE vai nos informar o que produzimos realmente até agora. Pós-Universo 15 Carvalho e Rabechini (2005) salientam que a informação contida na curva da linha de base do projeto, chamada curva S, fornece o orçamento em uma base temporal. Afirma ainda que só é possível construir a curva S a partir do momento que a programação do projeto já foi concluída e que a EAP e as entregas foram definidas. De posse dessas informações, podemos construir a curva somando-se período a período os custos estimados de forma acumulada conforme ilustra a figura 4. Figura 4: Exemplo de uma Curva S. Elaborado com MS-Project 2013 O valor planejado no traz a informação do que estimamos gastar, conforme mostra a nossa linha de base. Já o CR nos mostra o que realmente gastamos até o momento. Nesse exemplo da figura 4, podemos ver claramente que estamos gastando menos do que o planejado inicialmente. A Curva “S” é um tipo de curva de acumulação, podendo ser utilizada como um instrumento de acompanhamento periódico da evolução de uma variável como, por exemplo, os custos, explica Daychoum (2012). Leva essa definição pois comumente uma curva de acumulação lembra a forma da letra “S”. Finalizada a construção da curva S, toda a orçamentação e o fluxo de caixa estimados estarão representados de forma que o gerente de projetos terá condições de monitorá-los adequadamente. Os requisitos de caixa do projeto total ou por período são derivados da linha de base e devem exceder a linha base de custo. Pós-Universo 16 Podemos construir uma visão geral do custo a qual esboça o progresso obtido versus o custo gasto ao longo do tempo, conforme mostra a figura 5. Se a linha da % concluída estiver abaixo da linha do custo acumulado, o projeto pode estar acima do orçamento. Nesse nosso exemplo, a linha azul representa a % concluída acima da linha laranja, custo acumulado, podendo com isso concluir que o projeto está abaixo do orçamento. Figura 5: Visão geral do custo. Elaborado com MS-Project 2013 Além do fluxo de caixa e da curva S, podemos apresentar também o histograma de recursos. Ele proporciona uma boa visão da distribuição de custos do projeto no tempo, informa Tonnquist e Horluck (2009). Trazem ainda que o período o qual o projeto está usando muitos recursos são também períodos os quais produzem o maior custo, o que você poderia concluir facilmente, não é mesmo? A figura 6 nos mostra um exemplo de uma tabela com o status dos recursos com as respectivas datas de início e término de suas atividades, além do custo e trabalho restante em horas. Pós-Universo 17 Nome Início Término Trabalho Restante Custo Recurso 1 Sex 25/07/14 Seg 03/11/14 107,2 hrs R$ 12.400,00 Recurso 2 Qui 31/07/14 Qui 28/08/14 140,4 hrs R$ 5.040,00 Recurso 3 Qua 3/08/14 Seg 01/09/14 67,2 hrs R$ 3.840,00 Recurso 4 Ter 02/09/14 Seg 03/11/14 276 hrs R$ 22.400,00 Recurso 5 Qua 06/08/14 Ter 16/09/14 72 hrs R$ 4.320,00 Figura 6: Tabela com status do Recurso. Elaborado com MS-Project 2013 Ou então podemos visualizar na figura 6 um histograma com os recursos de um projeto, com informações dos seus custos reais, custos restantes de seus trabalhos e o custo da linha de base. Keelling (2006) declara que os histogramas oferecem um mecanismo de ilustração gráfica de fácil entendimento para comparar quantidades, picos, quedas, intervalos de tempo, entre outros. Na ilustração da figura 7, podemos claramente vislumbrar que os custos inicialmente planejados na linha de base estão de acordo para os recursos 3 e 5. Entretanto, os recursos 1, 2 e 4 estão com seus custos bem acima do que foi estimado. Figura 7: Histograma com o status de custo dos recursos. Elaborado com MS-Project 2013 Pós-Universo 18 Cabe ratificar que recursos usados por projetos não são apenas definidos como recursos humanos. Também incluem equipamentos, serviços, materiais, entre outros. Dinsmore (2011) alerta para o gerente de projetos garantir que a alocação de recursos específicos é adequada e que os recursos certos estão alocados às tarefas certas. Isso nem sempre é um procedimento simples, pois o as atividades podem ocorrer simultaneamente e, com isso, haver superalocação de recursos. Felizmente, com a ajuda de um bom software de gerenciamento de projetos, podemos lidar com os problemas de superalocação e subalocação. Isso é um processo essencial para determinarmos o custo do projeto (orçamento). O resultado da estimativa deveria corresponder aos fundos existentes. Se os custos para as atividades planejadas estão maiores, obviamente problemas poderão ocorrer. Nesse ponto, podemos ajustar as estimativas ou encontrar recursos mais baratos ou então o projeto teria que ser reavaliado desde o início e um novo plano poderia ser criado para alcançar o objetivo do projeto. Se isso não for possível, Tonnquist e Horluck (2009) sugerem que o gerente de projeto deve solicitar um acréscimo ao orçamento ou permissão para reduzir o escopo do projeto, ou seja, mudar o objetivo. O Guia PMBOK® traz, para finalizar esse processo, as saídas correspondentes. Uma delas é a linha de base dos custos, ou seja, uma versão aprovada do orçamento do projeto referenciado no tempo, excluindo quaisquer reservas de gerenciamento. Nesse sentido, os esforços envolvidos em determinar o orçamento podem suscitar atualizações em outros documentos de projeto, tais como estimativas de custos, registros dos riscos e cronograma do projeto. Pós-Universo 19 A figura 22 mostra os vários componentes do orçamento do projeto e a linha de base dos custos. As estimativas dos custos que constituem a linha de base dos custos estão diretamente ligadas às atividades do cronograma, afirma o Guia PMBOK®, permitindo uma visão referencial da linha de base dos custos que é normalmente mostrada na forma de uma curva S, conforme já ilustrado na figura 4. Figura 8: Componentes do orçamento do projeto (PMI, 2013) Pós-Universo 20 Fundamentos de Gerenciamento de Projetos, Custos e Aquisições Pós-Universo 21 Controlar os custos é o processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças realizadas na linha de base dos custos, define o Guia PMBOK®. Uma importante finalidade desse processo é fornecer subsídios para reconhecer a variação do planejado frente ao realizado, tomando medidas corretivas e preventivas, minimizando assim o risco. As entradas, ferramentas e técnicas, e saídas desse processo são mostradas na figura 9. • Gerenciamento do valor agregado • Previsão • Índice de desempenho para término • Análise de desempenho • Software de gerenciamento de projetos • Análise de reservas Ferramentas e Técnicas • Informações sobre o desempenho do trabalho • Previsões de custos • Solicitações de mudança • Atualizações no plano de gerenciamento no projeto • Atualizações nos documentos do projeto • Atualizações nos ativos de processos organizacionais • Plano de gerenciamento do projeto• Requisitos de recursos financeiros do projeto • Dados de desempenho do trabalho • Ativos de processos organizacionais Entradas Saídas Figura 9: Controlar os custos: Entradas, ferramentas e técnicas, e saídas Fonte: PMI (2013) Pós-Universo 22 Mas como esse controle e monitoramento acontecem? Poderia ser por meio de relatórios, não poderia? E com qual frequência seriam gerados esses relatórios de custos? Seria bom se pudéssemos considerar tudo o que acontece no projeto em tempo real, não seria? No entanto, isso provavelmente seria muito caro e demorado. Wysocki (2014) relata que, provavelmente, teremos números uma vez por semana, pois obtendo o status do custo uma vez por semana nos dará uma boa ideia dos custos que estão ocorrendo. Se esperarmos mais de uma semana para obter valores de custo, poderemos constatar que o projeto já saiu do controle. Fique atento, caro aluno, isso não significa que todos os projetos precisem ser controlados uma vez por semana. Outra pergunta que poderia surgir é: como avaliar os números que estamos recebendo? Wysocki (2014) responde que se já elaboramos uma linha de base de custos, então teremos algumas informações contra as quais poderemos confrontar os custos. O que estamos procurando é uma variação dos custos originais. Os dois custos que temos nesse momento são a linha de base (estimativa final dos custos do projeto) e os custos reais que estão sendo gerados pelo projeto. Nosso trabalho agora é observar os dois e determinar se ações de gerenciamento devem ser tomadas. Qual deve ser a discrepância dos números entre a estimativa final e os custos reais antes de realizar alguma ação? Embora não exista uma regra geral, há autores que sugerem que uma variação de 10% seria o máximo tolerado, como afirma Wysocki (2014). O mesmo autor destaca ainda a importância de que, caso se observe uma tendência do projeto estar acima do orçamento ou atrasado, ou ambos, devemos descobrir as razões provenientes das variações superiores ao limite de controle proposto de 10%. Fonte: o autor atenção Pós-Universo 23 Como dificilmente um projeto é finalizado com o valor de custos despendidos exatamente igual ao valor dos custos planejados no orçamento, devemos estabelecer uma margem de erro aceitável nas estimativas dos custos orçados. Bernal (2012) aconselha seguir alguns valores de referência, que podem variar conforme o projeto: • De -25% a +75% para uso em estimativas grosseiras ou orçamento preliminar. • De -10% a +25% para uso durante o desenvolvimento do planejamento detalhado. • De -5% a +10% para uso no orçamento definitivo. Podemos abstrair desses valores que um nível confiável de estimativas está diretamente relacionado com a definição da atividade e a informação disponível. À medida que as informações tornam-se disponíveis, as estimativas do projeto são progressivamente refinadas num processo iterativo e um nível maior de precisão pode ser alcançado. A figura 10 mostra que projetos no início do ciclo de vida têm uma definição limitada de escopo e uma quantia limitada de informação disponível, resultando em estimativas com reduzida confiabilidade e acurácia, desse modo requerendo uma margem maior na amplitude dos valores estimados. Figura 10: Evolução do escopo e dos intervalos de estimativas do projeto (extraído de PMI, 2011) Pós-Universo 24 Conseguimos concluir também, com base na figura 24, que conforme o projeto adquire mais informação e o intervalo do valor estimado decresce, a necessidade de reservas de contingência associadas com as incertezas nas estimativas deveriam regredir também. A maior parte do esforço despendido no controle de custos envolve a análise da relação entre o consumo dos fundos do projeto e o trabalho físico realizado para tais gastos, aborda o Guia PMBOK®. A chave para o controle eficaz de custos é o gerenciamento da linha de base aprovada e de suas possíveis mudanças. O Guia PMBOK® traz ainda algumas características que o controle de custos deve incluir, quais sejam: • Gerenciar as mudanças quando e conforme ocorram. • Assegurar que os desembolsos de custos não excedam os recursos financeiros autorizados. • Monitorar o desempenho de custos para isolar e compreender as variações a partir da linha de base de custos aprovada. • Monitorar o desempenho do trabalho em relação aos recursos financeiros gastos. • Evitar que mudanças não aprovadas sejam incluídas nos custos ou no uso de recursos. Pós-Universo 25 Nesse ponto, cabe comentar um pouco sobre o gerenciamento das mudanças no projeto. Quando planejamos um projeto sempre objetivamos atingir o sucesso. Infelizmente, projetos são frequentemente confrontados com situações que podem resultar em uma mudança. Afinal, um projeto pode ser visto como um sistema aberto, com entradas, processamento, saídas e a retroalimentação. Assim, precisa evoluir e se adaptar ao ambiente. Nesse sentido, é perfeitamente esperado que um projeto tenha mudanças ao longo do seu ciclo de vida e espera-se dos gerentes de projetos a capacidade de realizar o controle dessas mudanças. Temos que ter em mente que a mudança tem um custo associado e quanto mais para o fim do projeto maior será o custo de implementar a mudança. Uma conclusão interessante que podemos chegar é que a mudança até determinado ponto de um projeto é possível de ser analisada e aprovada, ou seja, é aceitável. Após determinado ponto, mudanças são totalmente indesejadas. Precisamos tomar cuidado pois nem toda mudança impacta apenas o escopo do projeto. Inclusive, existem mudanças que nem impactam o escopo como, por exemplo, uma mudança no custo do projeto, causada pelo aumento do dólar. No relatório Pulse of the Profession: O Alto Custo do Baixo Desempenho de 2014, salientou-se que as organizações perdem $109 milhões de dólares para cada $1 bilhão de dólares investidos em todos os projetos, devido ao baixo desempenho dos projetos. Mas ao olhar especificamente as iniciativas estratégicas, as organizações relatam que apenas 52 por cento delas são bem-sucedidas. Leia mais em: <http://www.pmi.org/~/media/PDF/Knowledge%20Center/ Portuguese/organizational-change-management-portuguese.ashx>. Acesso em: 05 mar. 2015, reflita Pós-Universo 26 As fases individuais do processo de gerenciamento de mudanças, citadas por PMI (2007), são descritas abaixo: Linha de base: essa é a última linha de base atualizada pelo Gerenciamento de Mudança. Apresentar solicitações de mudança: prepara a solicitação, garantindo que as informações adequadas são fornecidas para permitir uma avaliação adequada do impacto da mudança. Verificar a solicitação de mudança: estabelece o relacionamento entre as mudanças propostas e os itens que serão impactados pela mudança. Avaliar impactos: assegurar que todos os impactos identificados sejam equilibrados com a necessidade de executar o processo de forma eficiente. Revisar decisão e plano: a autoridade requerida para aprovar a mudança variará de acordo com o tipo e status dos itens afetados. A mudança proposta pode inclusive ser rejeitada. Implementar as mudanças se aprovadas: fazer a mudança e rastrear o progresso. Encerrar o processo de mudança: garantir que o processo foi corretamente seguido e que as mudanças foram satisfatoriamente implementadas. Figura 11: Processo de gerenciamento de mudança Fonte: PMI (2007, p. 17) Ao longo do projeto acontecem variações na linha de base. Existe uma variabilidade natural dos custos do projeto que não geram alterações significativas no orçamento e são facilmente tratados pelo gerente de projetos, explanam Carvalho e Rabechini (2005). Pós-Universo 27 Contudo, alertam para quando as variações sãoacentuadas, em geral resultado de estimativas mal elaboradas ou da ocorrência de riscos, previamente identificados ou não. Nessa situação, sugere-se verificar as reservas do projeto e os impactos da quebra do orçamento em outras áreas do projeto, como escopo e tempo. Existem alguns documentos que podem auxiliar nesse processo, destacando-se o template de solicitação de alterações de projeto mostrado na figura 12, sugerido por Carvalho e Rabechini (2005). Pacote de trabalho Código-EAP Revisão de custo Data Descrição da mudança Motivo da mudança Orçamento solicitado Orçamento autorizado Período H/h De: Material R$ Até: Equipamento R$ Indireto R$ Solicitado por Aprovado Gerente Patrocinador Cliente Figura 12: Template de alteração nos custos do projeto (CARVALHO e RABECHINI, 2005) Pós-Universo 28 Cabe salientar a importância de assegurar que todas as mudanças apropriadas estejam registradas corretamente na linha de base de custo e informar as partes envolvidas afetadas sobre as mudanças autorizadas, reitera Dinsmore (2006). As causas das variações, as razões das ações corretivas tomadas e outros tipos de lições aprendidas durante o controle de custos devem ser documentadas para que se tornem parte da base de dados histórica tanto no projeto corrente quanto em outros projetos da organização executora. Com a utilização do gerenciamento do valor agregado, discutida mais adiante nessa unidade, podemos obter indicadores de desempenho utilizados na avaliação da situação do projeto e na projeção das tendências até a sua finalização. A aplicação da Curva S ao controle do custo do projeto também permite que se faça um comparativo entre o acúmulo de desembolsos previstos a serem realizados com os desembolsos efetivamente desempenhados em um determinado período, afirma Daychoum (2012). Relataremos agora as respectivas entradas desse processo, conforme mostrado na figura 01: 1. Plano de gerenciamento do projeto: contém os seguintes itens utilizados para controlar os custos: • Linha de base dos custos: é comparada aos resultados reais para identificar possíveis desvios e determinar se uma mudança, ação corretiva ou preventiva faz-se necessário. • Plano de gerenciamento dos custos: descreve como os custos do projeto serão gerenciados e controlados, conforme já visto no processo Planejar o Gerenciamento dos Custos. 2. Requisitos de recursos financeiros do projeto: já descrito no processo de Determinar o Orçamento e inclui gastos projetados mais responsabilidades antecipadas. Pós-Universo 29 3. Dados de desempenho do trabalho: incluem informações sobre o andamento do projeto, tais como quais entregas foram iniciadas, o seu progresso e quais entregas foram concluídas, além de poder conter também os custos que foram autorizados e realizados. 4. Ativos de processos organizacionais: políticas, procedimentos e diretrizes existentes, que podem ser tanto formais quanto informais, relacionadas ao controle de custos. Incluem também ferramentas de controle de custos e métodos de monitoramento. As propostas de alteração devem ser analisadas também sob o enfoque dos custos totais, pois podem culminar em modificações nos custos previstos no orçamento, relata Valeriano (2007). Comenta também que todos os procedimentos a serem realizados nesse processo de controle devem estar condizentes com o previsto no plano de gerenciamento dos custos, entrada do processo de estimar os custos, e com o sistema geral de controle das alterações. Vamos parar um minuto para pensar em algumas coisas que podem fazer com que um projeto necessite de controle de custos. Meredith e Mantel (2003) trazem algumas delas: • Dificuldades técnicas requerem mais recursos. • O escopo do trabalho aumenta. • As ofertas e estimativas iniciais foram muito baixas. • O orçamento foi inadequado. • O controle corretivo não foi exercido em tempo. • Mudanças nos preços dos gastos ocorreram. Citam também que esses são apenas alguns dos problemas “mecanísticos” que podem ocorrer. Mas vocês concordam comigo que frustração, prazer, determinação, raiva, desânimo e muitas outras emoções surgem durante o andamento do projeto e podem afetar o trabalho dos indivíduos? A combinação desses problemas humanos e “mecanísticos” necessitam de intervenção e controle pelo gerente de projetos. Pós-Universo 30 A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o mundo corre o risco de enfrentar um “maremoto” de casos de câncer nos próximos anos e os gastos com o tratamento da doença estão ficando descontrolados em todo o mundo. “O recurso alocado para o diagnóstico e tratamento da doença passou de R$ 1,9 bilhão, em 2010, para R$ 2,4 bilhões, em 2012. Além desses recursos, estão reservados ao setor, para o período de 2011 a 2014, R$ 4,5 bilhões em programa estratégico de prevenção do câncer de colo do útero e de mama, que prevê também o fortalecimento da rede de assistência e diagnóstico precoce”, disse o Ministério da Saúde em nota. O ministério não forneceu estimativas sobre o número de brasileiros que possam ser vítimas do câncer nos próximos anos. Informou, no entanto, que com o aumento de recursos “foi possível ampliar em 17,3% o número de sessões de radioterapia” e em “14,8% as de quimioterapia”. Para saber mais, acesse: <http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-02-04/ mundo-contempla-maremoto-de-cancer-e-custos-fogem-do-controle-diz- oms.html>. Acesso em: 05 mar. 2015. fatos e dados Nesse contexto, podemos partir para a visualização das ferramentas e técnicas propostas pelo Guia PMBOK® para esse processo, conforme seguem: Gerenciamento do Valor Agregado (GVA) ou Análise do Valor Agregado (AVA) ou ainda do inglês Earned Value Management (EVM) Gerenciamento do valor agregado é uma metodologia que combina escopo, cronograma e medições de recursos para avaliar o desempenho e progresso do projeto, define o Guia PMBOK®. Integra as linhas de base do escopo, dos custos e do cronograma para formar uma linha de base de medição de desempenho que auxilia a equipe de gerenciamento do projeto na avaliação do progresso do projeto. Mucalcy (2013) diz que ao usar a medição de valor agregado, integrando custos, tempo e trabalho realizado (escopo), pode-se prever o desempenho futuro e as datas e custos de término do projeto. Além disso, medições de valor agregado também podem resultar em solicitações de mudanças no projeto. Pós-Universo 31 O GVA pode representar um papel importante ao responder questões de gerenciamento cruciais para o sucesso de qualquer projeto, conforme relata PMI (2011): • Estamos entregando mais ou menos trabalho que o planejado? • Quando o projeto provavelmente terminará? • Estamos acima ou abaixo do orçamento? • Quanto o trabalho restante deverá custar? • Qual é o valor provável do custo do projeto todo? A organização que administra por projetos necessita ter seus custos estabelecidos por atividades para agregá-los e obter orçamentos e custo de cada projeto. Como cada pessoa pode trabalhar simultaneamente em diversas atividades de vários projetos, o custo de seu trabalho tem que ser contabilizado nas atividades que desempenha, na razão dos períodos de tempo a cada uma delas dedicados. Os custos totais, assim contabilizados, servirão de base para estimativas de custos e de orçamentação. Com esse embasamento, será possível aplicar o conceito de valor agregado. Sem mais delongas, partiremos para a terminologia do GVA, conforme mostra a tabela 9: Tabela 9: Definições básicas para cada pacote de trabalho e conta de controle que o GVA monitora Guia PMBOK®, 2013 Definições básicas: Acrônimo Termo Significado VP Valor Planejado É o orçamentoautorizado designado ao trabalho agen- dado. Valores previstos no orçamento correspondem às despesas do que deverá ser aplicado no projeto, confor- me o planejado. VP representa a quantia prevista para gastar no projeto para realizar o que foi estabelecido em seu planejamento físico. VA Valor Agregado É a medida do trabalho executado expressa em termos do orçamento autorizado para o trabalho. À medida que o trabalho progride, o responsável pela atividade verifi- ca o que realmente está sendo executado e atribui ou agrega um valor para aquele resultado. Pós-Universo 32 Definições básicas: Acrônimo Termo Significado CR Custo Real É o custo realizado incorrido no trabalho executado de uma atividade, durante um período de tempo. É o custo total incorrido na execução do trabalho que o VA mediu, independentemente de ter sido realmente transformado em resultados para o projeto. ONT Orçamento no Término É o total dos valores previstos no orçamento para ser aplicado ao projeto até seu término, ou seja, o valor total planejado para o projeto. Fonte: VALERIANO (2007) Vamos exemplificar para melhor compreendermos os conceitos abordados na tabela 9. O valor planejado não há muito o que complementar, são os valores planejados no orçamento autorizado que são designados aos trabalhos do projeto, ou seja, o custo planejado informado na linha de base de custo do projeto. Por exemplo, queremos construir mais um quarto em nossa casa e planejamos gastar R$10.000 sendo R$1.000 por parede (4 paredes), R$3.000 para o chão e R$3.000 para o teto. Já o valor agregado é o trabalho executado até a data de medição. No exemplo do quarto, as paredes deveriam ser construídas em 8 dias, sendo 2 dias por parede. Temos então um orçamento de R$4.000 (custo), duração de 8 dias (tempo) e 4 entregas de paredes (escopo). Ao final do sexto dia, observamos que foram construídas apenas 2 paredes (VA) devido às chuvas. Logo, agregamos menos do que foi planejado, pois tínhamos previsto entregar 3 paredes. Então, nosso VA foi menor que o VP indicando que nosso projeto está atrasado. O custo real do trabalho no sexto dia foi de R$3.500,00 devido a um aumento no custo da mão-de-obra e a perda de material com a chuva, o que significa que gastamos realmente R$1.750 por parede (lembra que erguemos apenas 2 paredes?), ou seja, estamos acima do orçamento. Pós-Universo 33 De posse dessas informações iniciais, podemos passar para mais algumas conceituações, conforme mostra a tabela 10: Tabela 10: Definições das estimativas, variações e índices do GVA Estimativas, variações e índices: Acrônimo Termo Significado ENT Estimativa no Término É uma previsão do mais provável custo total do projeto baseada no desempenho do mesmo e nas quantificações de risco. EPT Estimativa para Terminar Em um determinado momento, quanto mais espera- mos que custe para terminar o projeto. VPR Variação de Prazo É uma medida de desempenho do cronograma representada pela diferença entre o valor que foi rea- lizado até a data determinada (valor agregado) e o que foi previsto até a mesma data (valor planejado). VPR = VA - VP VC Variação do Custo É a quantidade de déficit ou excedente orçamentário em um determinado momento, representada pela di- ferença entre o valor do projeto (valor agregado) e o que foi realmente despendido (custo real). VC = VA - CR VNT Variação no Término Projeção da quantidade do déficit ou do excedente do orçamento calculada por meio da diferença entre o orçamento no término e a estimativa no término. VNT = ONT - ENT IDP Índice de Desempenho de Prazos É a medida de eficiência do cronograma expressa como a relação valor agregado / valor planejado. IDP = VA / VP IDC Índice de Desempenho de Custos É uma medida da eficiência de custos dos recursos orçados expressa como a relação valor agregado / custo real. IDC = VA / CR Fonte: DINSMORE, 2006; VALERIANO 2007; Guia PMBOK®, 2013 Pós-Universo 34 Atenção. O aluno interessado na prova de certificação PMP deve estudar essas fórmulas que são presenças certas na prova. O assunto de gerência de custos como um todo é muito explorado na prova. Fonte: o autor atenção Vamos então exemplificar e esmiuçar as definições relatadas na tabela 10. Dinsmore (2006) traz as técnicas mais comuns de previsão da estimativa no término (ENT), quais sejam: • ENT = custo real até a data mais uma nova estimativa para todo o trabalho restante (EPT – Estimativa para Terminar). Fórmula: ENT = CR + EPT • ENT = custo real até a data mais o orçamento restante (ONT – VA), ou seja, quanto foi orçado para o trabalho total menos o valor agregado até o momento. Fórmula: ENT = CR + ONT – VA • ENT = custo real até a data mais o orçamento restante do projeto (ONT – VA) alterado por um fator de desempenho, normalmente o índice de desempenho de custo (IDC). Fórmula: ENT = CR + (ONT - VA) / IDC Mulcahy (2013) sugere, para calcular o EPT, estimar novamente o trabalho restante a partir da estimativa bottom-up ou através da fórmula ENT – CR. Pós-Universo 35 A figura 12 ilustra um gráfico para analisar o desempenho do projeto, baseado nos dados da GVA, exemplificando a utilização de alguns dos conceitos explanados anteriormente. Figura 12: Visão gráfica dos dados de um GVA Fonte: PMI, 2011; WYSOCKI, 2014. Desenvolvido com MS-Project 2013 Com base na figura 27, podemos concluir que o ONT é o orçamento no término, ou seja, o total dos valores planejados no orçamento, o ENT mostra a estimativa no término baseada no custo real até a data atual acrescido de uma nova estimativa para todo o trabalho restante (EPT). A variação dos prazos (VPR) informa a quantidade de adiantamento ou atraso do projeto em relação à data de entrega planejada, em um determinado momento. Portanto, é utilizada como uma medida do desempenho do cronograma de um projeto. Temos nesse exemplo que, como o valor agregado é menor que o valor planejado, temos um possível atraso no projeto. A variação de custos (VC) informa uma medida do desempenho dos custos do projeto. No nosso exemplo temos uma variação negativa pelo fato de o custo real ser superior ao valor agregado, informando um gasto excessivo. Pós-Universo 36 Já o IDC nos traz um desempenho insatisfatório do custo. Vamos entender o porquê. Se o IDC for = 1, o projeto realizou o equivalente ao que gastou. Se o IDC for maior que 1, o valor do trabalho realizado (agregado) superou o que foi realmente despendido no projeto (seu custo real). Entretanto, na figura 27 podemos claramente constatar que o custo real é maior do que o valor agregado, gerando um IDC menor que 1. Com isso, concluímos que houve um excesso de custo para o trabalho executado. Seguindo a mesma lógica, podemos abstrair uma análise semelhante para o IDP, podendo ser utilizado para medir o grau de eficiência do uso do tempo pela equipe do projeto. Tonnquist e Horluck (2009) trazem outra maneira de exemplificar o conceito de valor agregado por meio de uma tabela, conforme mostra a tabela 11. Nela, calculando os índices chave da variação de custo e variação de tempo é possível saber como o projeto está sendo desempenhado tanto financeiramente quanto ao seu cronograma. Vamos ao exemplo: Tabela 11: Valores planejados, custo real e valor agregado mostrados como valores acumulados Mês Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Planejado Valor Planejado Custo 50 100 80 220 140 190 120 100 Acumulado 50 150 230 450 590 780 900 1000 Gasto Custo Real Custo 50 70 70 180 Acumulado 50 120 190 370 Desempenhado Valor Agregado Valor 50 50 70 170 Acumulado 50 100 170 340 Fonte: TONNQUIST e HORLUCK(2009) Pós-Universo 37 Na tabela anterior, para calcularmos a variação do custo, utilizaremos a fórmula: VC = VA – CR. Para a variação do cronograma, utilizaremos a fórmula: VPR = VA – VP. Então, o resultado ficaria: VC = 340 – 370 = -30 VPR = 340 – 450 = -110 Logo, concluímos, pelo fato de ambos os valores serem negativos, que o projeto deveria ter gerado mais R$110 em entregas que não estão prontas no prazo e as atividades desempenhadas têm custo de R$30 a mais que o efetivamente realizado. Entretanto, se apenas compararmos o custo atual com o planejado inicialmente, obteremos o valor (VP – CR = 450 – 370 = 80), fazendo-nos supor, erroneamente, que o projeto está indo bem pois os recursos gastos foram R$80 a menos que o orçado para o período dado. Todavia, um ponto de atenção merece ser frisado aqui. A variação de custo relaciona-se com o custo real. No entanto, o problema com a VPR é como ela se relaciona com o cronograma real, alerta Kerzner (2009). A variação do cronograma é determinada a partir da conta de custos ou números financeiros de pacotes de trabalho e não necessariamente se relaciona com o cronograma real. Afirma ainda que a variação do cronograma não faz distinção entre pacotes de trabalho no caminho crítico e pacotes de trabalho que não estão no caminho crítico. A variação negativa do cronograma indica uma condição por detrás do cronograma, mas não significa que o caminho crítico foi afetado. Pelo contrário, o cronograma real poderia indicar que o projeto será entregue antes do previsto. Uma análise detalhada do cronograma real ainda é necessária, independentemente do valor da variação do cronograma. Vamos calcular também os valores do IDP (VA / VP) e do IDC (VA / CR), conforme seguem: IDP = 340 / 450 = 0,75 IDC = 340 / 370 = 0,92 Observamos que o projeto está atrasado em termos de entregas e cronograma. Na verdade, o IDP nos diz que estamos 25% atrasados. Ademais, os custos também estão maiores do que o planejado, como podemos constatar pelo IDC < 1, pois o valor agregado é menor que o custo real gasto, indicando gastos acima do orçamento. Pós-Universo 38 Kerzner (2010) também sugere que, em geral, os relatórios de gerenciamento de valor agregado devem ser gerados e revisados a cada mês. Mas para projetos complexos, uma periodicidade semanal pode ser adequada. A seguir, mostraremos uma rápida exemplificação do caminho crítico para melhor entendermos o assunto, conforme ilustra a figura 13. Figura 13: Direcionadores estáticos de precisão do GVA Fonte: VANHOUCKE (2013) O agendamento do projeto visa à construção de um cronograma de linha de base no qual cada atividade é sequenciada e sujeita às restrições de precedência e restrições de recursos, informa Vanhoucke (2013). Afirma ainda que atividades no caminho crítico estabelecem a precisão de métricas baseadas no valor agregado, uma vez que as mudanças (atrasos ou adiantamentos) em atividades críticas têm um efeito imediato sobre a duração do projeto, enquanto mudanças nas atividades não críticas podem não ter qualquer efeito sobre a duração final do projeto. Pós-Universo 39 Por esse motivo, Vanhoucke (2013, apud JACOB e KANE, 2004) argumenta que as medidas de desempenho do GVA que tratam da variação do cronograma são verdadeiros indicadores de desempenho do projeto desde que usados em nível de atividade e não no nível de conta de controle ou nível superior da EAP. Por exemplo, um atraso em uma atividade não-crítica pode dar um sinal de alerta ao projeto, embora não haja problema quando a atividade só consome parte de sua folga. Por outro lado, quando as medidas de desempenho são calculadas em nível de projeto, isso pode levar a um sinal de alerta falso e, portanto, poderiam ser tomadas ações corretivas erradas. Todavia, esse sinal de alerta, se analisado corretamente, define a necessidade de, eventualmente, aprofundar em níveis mais baixos da EAP em busca de ações corretivas para as atividades que estão com problemas (especialmente aquelas tarefas que estão no caminho crítico). Vanhoucke (2013) finaliza complementando que, quanto maior a criticidade de uma atividade, melhor a precisão das previsões. Obviamente, uma atividade de menor criticidade significa uma menor probabilidade de estar no caminho crítico e, portanto, maior a probabilidade de um atraso ocorrer dentro do período de folga da atividade e não ter efeito sobre o prazo final do projeto. Não podemos deixar de citar, como ferramenta desse processo, o software de gerenciamento de projeto, importante para monitorar as medições do GVA e mostrar as tendências gráficas e previsões de resultados finais possíveis do projeto. Mas esse assunto será detalhado no próximo capítulo. Também é prudente efetuar, durante o controle dos custos, a análise de reservas com o intuito de monitorar a situação das reservas de gerenciamento e contingência para o projeto a fim de determinar se tais reservas ainda são necessárias ou se são suficientes. As equipes de projetos podem incluir as reservas ou provisões para contingências, como custos em várias estimativas de custos das atividades do cronograma. As reservas para contingências são custos estimados que podem ser usados a critério do gerente de projetos para lidar com incertezas. Esses eventos fazem parte do escopo do projeto e da linha de base dos custos. Pós-Universo 40 Uma opção para gerenciar as reservas para contingências dos custos é agregar tal reserva para cada atividade do cronograma ou para um grupo de atividades relacionadas em uma única reserva para contingências. Ela pode ser representada como uma atividade com duração nula que é colocada no caminho de rede daquele grupo de atividades do cronograma e ser usada para manter a reserva para contingências dos custos. Um exemplo dessa solução para gerenciar as reservas para contingências dos custos é atribuí-las no nível de pacote de trabalho a uma atividade com duração nula. Conforme as atividades do cronograma são executadas, é possível ajustar a reserva para contingências, de acordo com o consumo de recursos das atividades do cronograma com duração não nula. A análise das reservas estabelece também as reservas para contingências de gerenciamento, que são provisões para mudanças não planejadas mas potencialmente necessárias. O gerente de projetos deve obter aprovação antes de comprometer ou gastar essa reserva. As reservas para contingências de gerenciamento não fazem parte da linha de base dos custos do projeto, mas estão incluídas no orçamento do projeto. Assim, durante a execução do projeto podem ocorrer alguns riscos, com impactos nas reservas para contingências do orçamento. A análise das reservas compara a quantidade restante das reservas para contingências com a quantidade restante de risco, para determinar se a reserva restante é adequada. Para finalizar, as saídas desse processo trazem informações sobre o desempenho do trabalho e previsões de custos por meio dos valores gerados pela GVA calculados para os componentes da EAP. Ademais, a análise do desempenho do projeto pode suscitar solicitações de mudança na linha de base ou outros componentes do plano de gerenciamento do projeto. Também, são geradas as demais atualizações em documentos do projeto e nos ativos de processos organizacionais. Pós-Universo 41 Fundamentos de Gerenciamento de Projetos, Custos e Aquisições Pós-Universo 42 Prezado(a) aluno(a), chegamos ao último tópico do nosso assunto. Depois de virmos vários conceitos sobre custos e seu gerenciamento, as ferramentas e técnicas utilizadas, aplicaremos o gerenciamento do valor agregado (GVA, ou EVM em inglês), estudadono tópico anterior, em um exemplo prático de controle dos custos. Vamos conceituá- la novamente, pois sua memorização é importante para entendermos seu significado e sua finalidade. O gerenciamento do valor agregado (GVA) é uma metodologia que combina escopo, cronograma e medições de recursos para avaliar o desempenho e progresso do projeto. É um método comumente usado para medição do desempenho dos projetos e integra a linha de base do escopo à linha de base dos custos e à linha de base do cronograma para formar a linha de base de medição do desempenho. Daychoum (2012) cita que o valor agregado pode ser definido como a avaliação entre o que foi obtido em relação ao que foi efetivamente gasto e ao que se planejava gastar. Também faremos uso de um software para implementar tais conceitos no caso concreto, chamado MS-Project versão 2013. Essa ferramenta, desenvolvida pela Microsoft, traz funcionalidades para planejar e gerenciar projetos com facilidade, além de relatórios modernos para avaliar o progresso e comunicar os detalhes do projeto à equipe e aos demais envolvidos. Há uma versão de avaliação no site da Microsoft para quem quiser conhecer os recursos do sistema. Primeiramente, o que devemos fazer? Quais seriam nossos primeiros passos no início de um projeto? Após desenvolver a análise de viabilidade, identificar as partes interessadas e obter a autorização para realizar o projeto por meio de um termo de abertura, nosso próximo passo é o planejamento do escopo do projeto. Então, vamos iniciar com a declaração do escopo. Esse documento formaliza o escopo de todos os trabalhos a serem desenvolvidos no projeto, servindo de base para o seu planejamento. Pós-Universo 43 Ótimo. E qual ferramenta poderíamos utilizar para subdividir as entregas e os trabalhos do projeto em componentes menores e de gerenciamento mais fácil? Muito bem, a EAP. Então começaremos por definir uma EAP de um projeto para, a partir dela, gerarmos os custos associados. Utilizarei como base o excelente exemplo trazido por Vargas (2009): Figura 14: Estrutura Analítica do Projeto exemplo Fonte: VARGAS (2009) Vamos criar também um organograma com o time do projeto, afinal de contas, eles que serão responsáveis por desempenhar as atividades inerentes ao projeto e farão parte dos nossos custos, não é mesmo? Pós-Universo 44 Figura 15: Organograma do projeto (Vargas, 2009) Definida nossa EAP e os recursos humanos, começaremos a inserir as atividades com suas respectivas durações no MS-Project. Os demais recursos também serão inseridos diretamente lá. Iniciaremos com um projeto vazio. Mas antes, recomenda-se realizar algumas configurações no projeto, tais como definir o calendário, com os respectivos dias úteis, horários e feriados, como mostram as figuras 16a, 16b e 16c. Figura 16a: Botão de acesso da opção para configurar o calendário no MS-Project 2013 Pós-Universo 45 Depois disso, será carregada a tela 16b, em que poderemos então configurar os dias de trabalho. Figura 16b: Tela para cadastramento dos eventos importantes no calendário No botão de Detalhes, carregaremos a tela 16c para as demais configurações. Figura 16c: Tela para configuração dos detalhes das ocorrências de eventos no calendário Pós-Universo 46 Além dos recursos humanos já apresentados no organograma da figura 30, adicionamos mais alguns recursos necessários ao desenvolvimento do projeto, tal como mostrado na planilha de recursos do MS-Project da figura 17. É uma boa prática cadastrar previamente todos os recursos que serão usados na Planilha de Recursos – Aba Recursos, Planilha de Recursos. Figura 17: Planilha de recursos elaborada no MS-Project 2013 A planilha traz algumas informações importantes. A primeira delas são as linhas em vermelho informando que alguns recursos estão superalocados, ou seja, ocorre quando há mais trabalho do que se pode realizar no tempo disponível. Mas não trataremos desse problema aqui porque foge do escopo de nossa aula. Portanto, vamos desconsiderar essa situação. A segunda é a coluna calendário. Temos no nosso exemplo apenas o calendário padrão, mas nada impede que possamos criar mais calendários personalizados e atribuí-los aos recursos. Supondo que o Recurso A e o Recurso B acompanharão o calendário do projeto. Mas o Recurso C, muito escasso, só estará disponível no período da manhã. Então poderíamos criar um calendário específico para o Recurso C. Entretanto, também não abordaremos esse assunto aqui. Pós-Universo 47 E a terceira informação diz respeito ao tipo do recurso. Podemos constatar que existem três tipos de recursos no Project: trabalho, material e custo. • Trabalho: incluem pessoas e equipamentos necessários para completar as tarefas. • Custos: representa um custo financeiro associado à tarefa. Exemplos: viagens, diversão, dentre outros. • Material: consumíveis usados no decorrer do projeto. Exemplo: na construção (ferro, concreto). Para adicionar um recurso de Custo, por exemplo, à viagem GP mostrada na figura 32, vá até a Planilha de recursos e insira a viagem. Em seguida, no gráfico de Gantt, dê um duplo click em uma determinada tarefa e, na tela que se abrirá, selecione a aba Recursos para adicionar o custo, conforme mostra a figura 18. Figura 18: Atribuir um custo ao recurso do tipo custo Agora podemos transcrever nossa EAP para o Project e desenvolver as tarefas relacionadas. Além disso, definiremos as datas de início e fim e o respectivo relacionamento entre as tarefas. Em seguida, atribuiremos os recursos criados às tarefas, conforme ilustra a Figura 19. Pós-Universo 48 Figura 19: Tarefas com as respectivas durações, relacionamentos, recursos e custos associados. Fonte: Elaborado com o MS-Project 2013 Depois de desenvolver o plano, uma das mais importantes atividades como gerente de projetos é registrar o desempenho atual e avaliar o projeto. Ao registrar o plano atual ou atualizá-lo, o plano original provavelmente mudará. E isso pode dificultar o rastreamento do plano em seu estado original. Pós-Universo 49 Para avaliar o desempenho do projeto, será necessário comparar o desempenho com o plano original. Esse plano original é chamado de baseline ou linha de base. Quando salvamos um baseline, o MS-Project tira uma “foto” dos valores existentes e os arquiva em seu plano para futuras comparações. Deve-se salvar um baseline quando: • Já se tem desenvolvido o plano tão completo quanto possível. Isso não quer dizer que não se possa adicionar tarefas ou recursos depois do trabalho ter iniciado. • Não se iniciou ainda a entrada dos valores atuais, tais como o preenchimento das porcentagens de execução das tarefas. O MS-Project suporta salvar 11 linhas de base em um único plano. Na aba Projeto, clicar no botão definir linha de base, como mostra a figura 20. Figura 20: Definição da linha de base no MS-Project 2013 Após a criação da linha de base, estamos aptos para darmos continuidade ao andamento do projeto. Vamos supor o seguinte cenário. Uma semana se passou desde que a linha de base foi salva. O trabalho tem sido desempenhado como foi planejado. É necessário então contabilizar o trabalho realizado no plano. Nesse cenário, seguiremos o plano como programado através de uma data específica, resultando ao Project registrar os valores atuais do projeto. Pós-Universo 50 Na aba Projeto, clicar em Atualizar Projeto. Aparecerá uma caixa de diálogo conforme mostra a figura 21. Figura 21: Tela para atualização das atividades do projeto Escolha uma data e clique no botão Ok. Todas as tarefas do projeto serão atualizadas até esta data. É possível também registrar o andamento das tarefas individualmente,bastando para tal darmos um duplo click em alguma tarefa e registrarmos o andamento. Após iniciada a tarefa e registrada sua % de progresso, o Project então calcula a duração atual, a duração restante, custos atuais e outros valores baseados na % estabelecida. Por exemplo, ao se especificar que uma tarefa de 4 dias está 25% completa, o Project calcula que ela tem 1 dia de duração atual e 3 dias de duração restante. Quando se entra com valores atuais, o Project usa as seguintes regras para atualizar o plano: • Ao entrar com data de início real da tarefa, o Project move a data inicial agendada para acompanhar a data atual de início. • Ao entrar com a data de fim real da tarefa, o Project move a data de fim agendada para acompanhar a data atual de fim e fixa a tarefa como 100% completa. • Ao entrar com o valor do trabalho real da tarefa, o Project recalcula o valor restante do trabalho da tarefa, se existir. • Ao entrar com a duração real da tarefa, se ela for menor que a duração agendada, o Project subtrai a duração real da duração agendada para determinar a duração restante. Pós-Universo 51 • Ao entrar com a duração real da tarefa, se ela for igual a duração agendada, o Project fixa a tarefa como 100% completa. • Ao entrar com a duração real da tarefa, se ela for maior que a duração agendada, o Project ajusta a duração agendada para acompanhar a duração real e fixa a tarefa como 100% completa. Lembre-se: quando o plano é atualizado com valores reais, seu plano original não mudará. O plano original está salvo no baseline e não é alterado. O GVA desenvolve e monitora três dimensões chave como já vimos no capítulo anterior. Entretanto, o MS-Project utiliza uma nomenclatura um pouco diferente. Então faremos uma correlação, conforme mostra a tabela 12: Tabela 12: Correlação entre nomenclaturas Sigla Inglês Nome Inglês Sigla PMBOK® Nome PMBOK Sigla MS Project Nome Project PV Planned Value VP Valor Planejado COTA Custo Orçado do Trabalho Agendado EV Earned Value VA Valor Agregado COTE Custo Orçado do Trabalho Entregue AC Actual Cost CR Custo Real CR Custo Real • Valor planejado (VP) corresponde ao Custo Orçado do Trabalho Agendado (COTA). COTA informa o orçamento autorizado designado ao trabalho agendado, ou seja, contém os custos cumulativos de linha de base até a data do status ou a data de hoje. • Valor agregado (VA) corresponde ao Custo Orçado do Trabalho Entregue (COTE). É a medida do trabalho executado expressa em termos do orçamento autorizado para tal trabalho. Os gerentes de projeto monitoram o VA para determinar a situação corrente e, de forma acumulativa, para determinar as tendências de desempenho ao longo do prazo. Pós-Universo 52 • Custo real (CR) corresponde ao Custo Real do Trabalho Realizado. É o custo realizado incorrido no trabalho executado de uma atividade, durante um período específico. É o custo total incorrido na execução do trabalho que o VA mediu. O CR deve corresponder em definição ao que foi orçado para o VP e medido no VA. Segundo Rabechini Jr. e Carvalho (2005), o monitoramento deve ser feito em períodos regulares, para acompanhar a evolução do projeto, para que ações corretivas sejam tomadas tão logo os valores gastos face ao trabalho realizado se desviem do valor alvo. Para Bernal (2012), o monitoramento contínuo usando métodos adequados de avaliação e projeção fornece informações fundamentais sobre a situação atual do projeto e o que pode ocorrer no seu término. Durante o andamento do projeto, podem ocorrer variações nas estimativas que precisam ser controladas e avaliadas. As variações mostram diretamente os desvios entre previsto e realizado (agregado) e representam o desvio entre o valor agregado (COTE) e o valor planejado (COTA) na data de status. Mostram também a quantidade de trabalho que excedeu ou ficou abaixo do que era previsto, conforme mostra a tabela a seguir: Variação = COTE (VA) – COTA (VP) Variação > 0 Projeto antecipado Variação = 0 Projeto de acordo com o planejado Variação < 0 Projeto atrasado As variações também podem representar o desvio entre o valor agregado (COTE) e o custo real (CR) na data de status. Mostram o que foi produzido ou executado e que excedeu ou ficou abaixo do custo previsto para entregá-lo, conforme tabela a seguir: Variação de Custo = COTE (VA) – CR Variação de Custo > 0 Abaixo do orçamento (economizando) Variação de Custo = 0 Conforme planejado Variação de Custo < 0 Acima do orçamento (Desperdiçando) Pós-Universo 53 Uma vez aprovado o plano do projeto (todos de acordo com o escopo, prazo e custo previsto), uma linha de base é gravada e a linha de referência de desempenho do projeto é produzida. Esta linha de referência é a linha que fornece os valores para PV ou COTA. Fonte: o autor atenção Considerando a data de status (medição do projeto) em 20/08/2014, constata-se que toda a entrega da atividade “Sistema Operacional – S.O.” deveria estar concluída, como é possível visualizar na figura 22. A imagem mostra o valor do COTA calculado, ou seja, o que planejamos gastar com as tarefas. Figura 22: Valor planejado para algumas das tarefas do projeto Uma vez gerada a linha de referência de desempenho do projeto (COTA), é a vez de iniciar as medições do projeto. Neste momento, toda a equipe do projeto e os principais líderes se reúnem para reportar o andamento de cada atividade. Os membros da equipe associados às tarefas estão presentes e informarão o desempenho de suas atividades. Pós-Universo 54 Durante as medições, os valores reais foram coletados com base na estratégia de atualização por atividade, registrando as durações reais e restantes para cada atividade. O método de valor agregado escolhido para todo o projeto foi % concluída. Sendo assim, a atualização da duração real e restante de cada atividade gera o % concluído e, por sua vez, define o valor agregado para cada atividade. Observou-se que, com os dados reais coletados, o cronograma do projeto sofrerá um desvio com relação a sua linha de base. Isso ocorre porque a atividade “Instalar o S.O.” deveria ter sido concluída no dia 13/08, mas o recurso responsável pela sua realização informou que trabalhou 3 dias e que necessitaria de mais 3 dias para a sua conclusão, realizando apenas 50% dela, conforme figura 23. Vemos também que o valor agregado (COTE) está em R$560,00, ou seja, metade do planejado. A atividade “Testar S.O.” que deveria ter sido concluída no dia 15/08 nem foi iniciada inda, gerando um valor agregado de R$0,00. Figura 23: Atualização do progresso das atividades e cálculo do valor agregado Com base nas atualizações promovidas, o valor agregado na data de 20/08/2014 foi a realização das atividades “Cotar o sistema operacional (Windows 7)”, “Comprar o S.O.” e parte da atividade “Instalar o S.O.”. Para a atividade “Instalar o S.O.” foi previsto inicialmente agregar 4 dias de trabalho, ou seja, toda a atividade deveria ter sido agregada gerando um COTE ou VA de R$1.120,00. Entretanto, agregou-se apenas 50% da atividade, concluindo-se que o valor agregado para a atividade é de 50% x R$1.120,00). Pós-Universo 55 Deve-se ter o cuidado para não confundir o valor agregado com o custo real. O valor agregado é calculado a partir do % de realização de uma dada atividade, enquanto o custo real está relacionado com as horas gastas para agregar aquele determinado valor, como mostra a figura 24. Figura 24: Atualização do progresso das atividades e cálculo do custo real Podemos constatar que inicialmente, a atividade “Instalar o S.O.” foi planejada para ser realizada em 4 dias. Mas o recurso envolvido informou que trabalhou 3 dias eprecisaria de mais 3. Logo, conclui-se que 50% da atividade foi realizada, gerando um COTA de R$560,00. Entretanto, o custo real (CR) foi muito superior porque a atividade que agregou R$560,00 até o momento já gastou R$840,00. Uma análise final mostraria a seguinte situação para o projeto Alfa: • Valor planejado (COTA ou VP): R$12.780,00 • Valor agregado (VA ou COTE): R$3.660,00 • Custo real (CR): R$10.980,00 Cálculo da Variação de Prazos (VPR): VPR = COTE (VA) – COTA (VP) VPR = 3.660,00 – 12.780,00 VPR = - 9.120,00 Pós-Universo 56 Como o valor calculado de VPR é menor que zero, constatamos que o projeto está atrasado, pois foi agregado um valor inferior ao que foi planejado. Cálculo da Variação de Custos (VC): VC = COTE (VA) – CR VC = 3.660,00 – 10.980,00 VC = -7.320,00 Como o cálculo do VC é menor que zero, o projeto está acima do orçamento, pois se gastou mais do que foi produzido. Índice de Desempenho de Prazos: IDP = VA / VP, ou seja, R$3.660,00 / R$12.780,00 = 0,287, sendo menor que um, significando que o grau de eficiência do uso do tempo pela equipe do projeto está abaixo do esperado. Índice de Desempenho de Custos: IDC = VA / CR, ou seja, R$3.660,00 / R$10.980,00 = 0,33, sendo menor que um, significando que os custos reais estão acima do planejado. atividades de estudo 1. Qual dos itens a seguir representa o valor estimado do trabalho efetivamente realizado? a) Valor planejado (VP). b) Valor agregado (VA). c) Custo real (CR). d) Orçamento no término (ONT). e) Variação de custo (VC). 2. Com base nas informações contidas na curva da linha de base do projeto, chamada curva S, assinale a incorreta: a) Fornece o orçamento em uma base atemporal. b) Sem uma programação bem definida, que deve incluir entregas da EAP e atividades, não faz sentido tentar construir a curva S. c) Podemos construir a curva somando-se período a período os custos estimados de forma acumulada. d) A curva S é uma ferramenta que pode ser usada para o acompanhamento de projetos. 3. A reserva para contingências de custo deve ser: a) Ocultada para evitar que a direção rejeite a reserva. b) Adicionada a cada atividade para proporcionar ao cliente um caminho crítico mais curto. c) Mantida pela direção para cobrir aumento de custos. d) Adicionada aos custos do projeto para compensar riscos identificados. e) Não deve ser adicionada a linha de base de custos, apenas ao orçamento final. resumo Determinar o orçamento é o processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos. Essa linha de base dos custos proporciona um mecanismo para monitoramento e controle do desempenho do projeto. Uma vez consolidado o orçamento do projeto, ele poderá ser comparado com a estimativa inicial e, existindo distorções representativas, poderá haver uma segunda avaliação da viabilidade técnico-econômica do projeto por parte do cliente, do patrocinador, da alta administração e do gerente de projeto. Ou, então, com a linha de base de custos e o orçamento definidos, o gerente de projeto pode comparar esses números com estimativas paramétricas, opinião especializada ou registros históricos para avaliação da coerência dos dados. O resultado da estimativa deveria corresponder aos fundos existentes. Se os custos para as atividades planejadas estão maiores, obviamente problemas poderão ocorrer. Nesse ponto, podemos ajustar as estimativas ou encontrar recursos mais baratos ou então o projeto teria que ser reavaliado desde o início e um novo plano poderia ser criado para alcançar o objetivo do projeto. É possível também que o gerente de projeto solicite um acréscimo ao orçamento ou permissão para reduzir o escopo do projeto, ou seja, mudar o objetivo. Controlar os custos é o processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças realizadas na linha de base dos custos. Provavelmente, obtendo o status do custo uma vez por semana, nos dará uma boa ideia dos custos que estão ocorrendo. Com a utilização da técnica do valor agregado, podemos obter indicadores de desempenho utilizados na avaliação da situação do projeto e na projeção das tendências até a sua finalização. A aplicação da Curva S ao controle do custo do projeto também permite que se faça um comparativo entre o acúmulo de desembolsos previstos a serem realizados com os desembolsos efetivamente desempenhados em um determinado período. Com o gerenciamento do valor agregado (GVA), metodologia que combina escopo, cronograma e medições de recursos para avaliar o desempenho e progresso do projeto, combinado ao uso de um software para implementar tal conceito, a exemplo do MS-Project, teremos subsídios para planejar e gerenciar projetos, gerando informações úteis para avaliar o progresso e comunicar os detalhes do projeto entre as partes interessadas. material complementar Manul Prático do Plano de Projeto: Utilizando o PMBOK® Guide • Mais de 50 exemplos e modelos de documentos. • Novo projeto gráfico, em cores e com novas ilustrações. • Conteúdo atualizado para o PMBOK® 5ª edição. É um guia das melhores práticas contidas no Guia PMBOK® do PMI. Ao longo do livro, um exemplo real e prático é utilizado para explicar todas as questões relacionadas ao gerenciamento do projeto, incluindo escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, aquisições e partes interessadas. referências BERNAL, Paulo Sérgio Milano. Gerenciamento de Projetos na Prática: Implantação, metodologia e ferramentas. 1. ed. São Paulo: Erica, 2012. CARVALHO, Marly Monteiro; RABECHINI JR., Roque. Construindo Competências para Gerenciar Projetos. São Paulo: Atlas, 2005. DAYCHOUM, Merhi. 40 + 8 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2012. DINSMORE, Paul Campbell. Como se Tornar um Profissional em Gerenciamento de Projetos. 2. ed. Rio de Janeiro: QualityMark, 2006. DINSMORE, Paul C.; BREWIN-CABANIS, Jeannette. The AMA Handbook of Project Management. 3. ed. New York: Amacom Books, 2011. KEELLING, Ralph. Gestão de Projetos: Uma Abordagem Global. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. KERZNER, Harold. Project Management: A systems approach to planning, scheduling and control. 10. ed. New Jersey: Wiley, 2009. _______. Project Management: Best Practices. 2. ed. New Jersey: Wiley, 2010. MEREDITH, Jack R.; MANTEL, Samuel J. Jr. Administração de Projetos: Uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. MILOSEVIC, Dragan Z.; PATANAKUL, Peerasit; SRIVANNABOON, Sabin. Case Studies in Project, Program and Organizational Project Management. New Jersey: John Wiley & Sons, 2010. MULCAHY, RITA. Preparatório para o Exame de PMP. 8. ed. Minnetonka: RMC, 2013. PMI – Project Management Institute. Practice Standard for Project Configuration Management. Newtown Square, Pennsylvania: PMI Publications, 2007. _______. Practice Standard for Project Estimating. Newtown Square, Pennsylvania: PMI Publications, 2011. _______. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 5. ed. Newtown Square, Pennsylvania: PMI Publications, 2013. referências SEILER, Robert G.; INSALL, Jerry B. Managing Contingency. Tradução de Pablo Michel. Disponível em: <http://www.projectmanagement.com/articles/287263/Managing-Contingency>. Acesso em: 05 mar. 2015. TONNQUIST, Bo; HORLUCK, Jeans. Project Management: A Complete Guide. 1. ed. Sankt Pauls Gade 25: Academica, 2009. 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