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Faculdade Maurício de Nassau 0 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Faculdade Maurício de Nassau GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA APOSTILA DE AULA & LISTAS DE EXERCICIOS Ano 2015 Prof. Marco Homci Faculdade Maurício de Nassau 1 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 PLANO DE DISCIPLINA Disciplina: Gestão Financeira e Orçamentária Código: Data da organização: 2013 Data da atualização: 2013 Carga horária total: 60 horas Carga horária semanal: 3 horas Número de créditos: Professor: Marco Homci Tel: (091) 981003326 email; mahomci@gmail.com CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE PROJETOS Critérios mais utilizados no mercado: Taxa Média de Retorno Contábil Pay Back Simples Pay Back Descontado Valor Presente Liquido Taxa Interna de Retorno Índice de Lucratividade Liquida Ponto de Equilíbrio (Break Even) TAXA MEDIA DE RETORNO CONTABIL A taxa media de retorno contábil mede em valores absolutos (históricos sem correção nem desconto) a relação entre quanto investimos e quanto recebemos. Taxa Media = (VF / VP) - 1 Exemplo : Você comprou em 2010 um automóvel novo por $2.000.000, vendeu este automóvel em 2012 por $14.000.000. Qual é a taxa media de retorno contábil ? Solução: A taxa é (14.000.000 / 2.000.000) – 1 = 7 – 1 = 6 = 600% Faculdade Maurício de Nassau 2 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Na realidade, sabemos que esse projeto não oferece um retorno de 600%, pois muito provavelmente $2.000.000,00 na data da compra do veiculo valeria mais do que $14.000.000,00 em 2012. Desvantagens Vantagens * Não fixa taxa de retorno ótima * Facilidade de calculo * Não usa dados contábeis * Valor do dinheiro no tempo não é considerado Conclusão: Muito inconsistente, não use. Observação: Este critério pode ser de alguma utilidade quando você quiser comparar dois ativos semelhantes que tenham sido adquiridos e alienados nas mesmas datas. Faculdade Maurício de Nassau 3 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 PAY BACK SIMPLES O critério do PayBack Simples serve para medir quanto tempo um projeto demora para pagar aos investidores o capital investido. Sem remuneração alguma do capital. Pay Back Simples = Simplesmente o número de Fluxos e Caixa (períodos) a valores de face que um projeto leva para pagar seus custos de implantação. * Pay Back Simples * Não deve ser usado Exemplo : Seja um investimento na área de agricultura. O projeto custa $2.000.000 para ser implantado hoje e promete pagar uma sequência e fluxos de caixa durante cinco anos e então encerrar atividades. Qual é o período Pay Back Simples deste projeto? t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 -2.000.000 500.000 600.000 900.000 1.800.000 1.900.000 PS = Período necessário para recuperar investimento inicial (A valor de face) = 3 anos Observação: Este critério não serve para nossas análises, pois não considera o valor do dinheiro no tempo. Faculdade Maurício de Nassau 4 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 PAY BACK DESCONTADO O critério do PayBack descontado serve para medir quanto tempo um projeto demora para pagar aos investidores o capital investido. Incluindo a remuneração do capital. Pay Back Descontado = O número de Fluxos e Caixa (períodos) a valores descontados, que um projeto leva para pagar seus custos de implantação. Exemplo : Considere um projeto na área de turismo, com uma taxa Kp = 10% ao ano, que apresente um custo inicial para sua implantação de $3.500,00 e que apresente a perspectiva de retorno abaixo, determine o PD deste projeto: t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 -3.500,00 1.100,00 1.210,00 1.331,00 1.464,10 1.610,51 Solução: FC absoluto: -3500,00 1100,00 1210,00 1331,00 1464,10 1610,51 FC descontado: -3500,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 Payback Descontado = 3,5 anos se FC’s do projetos são contínuos Payback Descontado = 4 anos se FC’s do projeto são periódicos (discretos) Lista de Exercícios 18) Pay Back Descontado: 1) O projeto Gama custa hoje $10.000,00. Projeta um pagamento anual perpétuo de $3.333,33. A taxa de desconto adequada é 12,5898% aa. Calcular o Pay Back Simples, Descontado, e o VPL. Resposta Exercício de PayBack: PayBack Simples = 3 PayBack Descontado = 4 VPL = $16.476,22 Faculdade Maurício de Nassau 5 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 VALOR PRESENTE LIQUIDO – VPL VPL é a diferença entre quanto custa e quanto vale um projeto. VPL positivo significa lucro. VPL negativo, prejuízo. VPL é o lucro ou prejuízo que um projeto proporciona a seus investidores. O critério do VPL serve para medir o lucro ou o prejuízo em valor ($) VPL deve ser maior que ZERO VPL = VP – Io Tome os fluxos considerados no exemplo a seguir, considere taxa de 10% ao ano: Tempo 0 1 2 3 FC0 FC1 FC2 FC3 Valores - 350.000 110.000 121.000 266.200 Valor Presente - 350.000 100.000 100.000 200.000 O VPL será igual a: (100.000 + 100.000 + 200.000) – 350.000 = 50.000 VPL significa Valor Presente Líquido. VPL é a diferença aritmética entre o custo do investimento e o seu valor. O VPL deve ser maior do que zero para que um projeto seja considerado viável. Isto significa que o valor do projeto tem que ser maior do que o custo do projeto. Se um projeto custa mais do que vale, o investidor não deve investir nesse projeto, pois a diferença será um prejuízo. Se por outro lado um projeto vale mais do que custa, o investidor deve investir, pois a diferença será o seu lucro. EXEMPLOS : 1) O projeto TOP custa hoje $1.200.000,00. Avaliadores experientes afirmam que o projeto tem um valor presente de $2.000.000,00. Qual é o VPL do projeto TOP ? Solução VPL = VP - Custo VPL = 2.000.000 – 1.200.000 VPL = 800.000 2) O projeto XINGU custa hoje $2.000.000,00. O valor presente operacional do projeto XINGU é $2.800.000,00. Qual é o VPL do projeto XINGU ? Você faria este investimento? Solução: Não precisamos calcular o VP, pois o enunciado já fornece o valor como sendo $2.800.000,00. Não precisamos calcular o Investimento hoje, pois o enunciado já fornece o custo como sendo $2.000.000,00 VPL = Valor - Custo = 2.800.000,00 – 2.000.000,00 = 800.000,00 Resposta: VPL = $800.000,00. Sim você faria o investimento, visto que o VPL é positivo. Faculdade Maurício de Nassau 6 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 3) Uma empresa deseja projetar se será bom investir em um terreno. Para isto deverá analisar o fluxo e caixa de investimento (convencional) no terreno, sendo o investimento inicial de $10.000,00. Devido a localização do terreno, estima-se que será possível vendê-lo após 4 anos por $11.000,00. Sabendo-se que a taxa mínima de atratividade desta empresa é 13% ao ano, e que estão previstas entradas de caixa relativas ao aluguel do terreno, por terceiros, apresentadas na tabela a seguir: Ano Entradas Ano Entradas 1 500,00 2 450,00 3 550,00 4 0,00 (sem alugar) Calcular o VPL deste projeto. Determine se investir neste projeto é atraente para a empresa ou não. Solução: T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 500 450 550 11.000 – 10.000 VPL = ValorPresente das ENTRADAS – Valor Presente das SAIDAS VPL = – 2.077,42 (negativo) Este projeto proporcionará prejuízo e por esta razão deve ser rejeitado. 4) O projeto Tabajara custa hoje $3.000,00. Este projeto tem uma previsão de gerar os seguintes resultados líquidos pelos próximos 3 anos: $1.100,00 em t=1, $1.210,00 em t=2, $1.331,00 em t=3. Calcule o VPL do projeto Tabajara, considerando uma taxa de retorno de 15% ao ano e uma taxa de retorno de retorno de 5% ao ano. Solução Esta é a representação dos FC’s do projeto Tabajara t=0 t=1 t=2 t=3 -3000 1100 1210 1331 Considerando a taxa de 15% a.a. VPL = VP - Custo VPL = [1100 / (1+0,15) + 1210 / (1+0,15) 2 + 1331 / (1+0,15) 3 ] – 3.000 = (253,39) Considerando a taxa de 5% a.a. VPL = VP - Custo VPL = [1100 / (1+0,05) + 1210 / (1+0,05) 2 + 1331 / (1+0,05) 3 ] – 3.000 = 294,89 Faculdade Maurício de Nassau 7 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Observação: VPL é função da taxa de desconto. Uma empresa que tenha TMA de 5% verá no projeto Tabajara um projeto lucrativo. Uma empresa que tenha uma TMA de 15% não investiria no projeto Tabajara. Lista de Exercícios 19 – VPL: 1) Ana Matilde Maria, engenheira da uma tradicional empresa, optante por um PDV, esta pensando em investir os recursos que receber em uma empresa prestadora de serviços. Ela tem uma proposta para montar uma empresa X investindo $250.000,00 à vista, hoje. Com esta empresa, ela espera receber resultados líquidos (lucros) durante os próximos três anos de: $60.000,00 ao final do primeiro ano, $80.000,00 ao final do segundo ano e, finalmente, $120.000,00 no final do terceiro ano. Ao final do terceiro ano, Ana Maria pretende vender sua participação na empresa por $300.000,00. Considere que a taxa adequada para seus cálculos seja 18% ao ano. Qual deve ser a decisão de Ana Maria ? Investir ou não? Qual é o VPL deste projeto? 2) Um amigo oferece a você um projeto de investimento onde você devera investir $10.000,00. Quando você calculou o valor presente desse projeto descobriu que seu valor hoje é $13.500,00. Qual é o VPL deste projeto ? Você investiria ? 3) Você trabalha em uma grande corporação. Você é a pessoa que decide em sua empresa. Hoje cedo, na reunião semanal, alguns executivos lhe apresentaram um projeto que requer investimentos da ordem de $20.000.000,00. Os lucros líquidos esperados deste projeto são da seguinte forma: $4.800.000,00 em t=1 ano (final do primeiro ano), $7.500.000,00 em t=2 anos e finalmente $9.600.000,00 em t=3 anos. A partir desta data o projeto é encerrado nada mais havendo a receber. Considerando que a taxa de desconto adequada aos fluxos de caixa desse projeto seja 12% ao ano, qual será sua decisão? Investir ou não? Qual é o VPL deste projeto? Resposta 1): SIM, Ana Matilde deve investir pois o VPL é positivo = $113.927,18 Resposta 2): Sim você deve investir. O VPL é positivo $3.500,00. Você terá um lucro que vale, hoje, $3.500,00. Resposta 3): Não investir, o VPL é negativo. VPL = - $2.902.241,25 Faculdade Maurício de Nassau 8 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR TIR é a taxa de retorno intrínseca de um projeto. A TIR deve ser maior que taxa do custo de capital para o projeto ser viável. O critério da TIR serve para medir a taxa de retorno TIR deve ser maior do que o custo de capital ou taxa de retorno esperada do projeto TIR é a taxa que faz o VPL ser igual a zero. TIR significa Taxa Interna de Retorno. TIR é a taxa de retorno que um projeto fornece ao seu investidor. Se a TIR de um projeto é maior do que a taxa do custo do capital investido no projeto, o investidor deve investir, pois o projeto retorna uma taxa suficiente para pagar o capital do projeto. A diferença para mais significa que o investidor terá lucro. Se por outro lado a TIR for menor do que a taxa do custo do capital investido, o investidor não deve investir, pois estará pagando mais do que consegue receber. Nas máquinas financeiras, geralmente, tanto o VPL como a TIR estão representados por suas siglas em inglês: NPV (Net Present Value) e IRR (Internal Rate of Return). Na calculadora HP 12C estas funções (VPL e TIR) são acessadas pela seqüência das teclas “f ” NPV e “f ” IRR, respectivamente. Onde “f ” é a tecla amarela. TMA significa Taxa Mínima de Atratividade, que é a taxa mínima que o investidor esta disposto a receber para aplicar seu capital em um investimento. Se um investidor tem recursos aplicados no banco X a uma taxa de 10% e recebe uma proposta para investir no banco Y, a TMA é 10%. Calculando a TIR usando a formula; A TIR é a taxa de desconto que zera o VPL. Assim sendo para calcular a TIR incorremos em uma equação do grau N, onde N é o número de fluxos de caixa do projeto ou empresa sob análise. Se o projeto apresentar 3 períodos de vida econômica, ou seja 3 fluxos de caixa, teremos uma equação do terceiro grau. Se o projeto apresentar 6 períodos de vida econômica, ou seja 6 fluxos de caixa, teremos uma equação do sexto grau. Isto é relativamente maçante de calcular fazendo as contas “na mão”. Por esta razão recomenda-se que os cálculos da TIR sejam feitos com a calculadora financeira ou com o auxílio da planilha Excel. Porém, vamos apresentar a seguir o modo de resolver pela fórmula, pois em algumas situações tais como PERPETUIDADE, a calculadora financeira não calcula a TIR, e então teremos, que resolver com o uso da fórmula e fazendo as contas “na mão”. Faculdade Maurício de Nassau 9 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 FÓRMULA – Lembrando TIR é a taxa que faz zerar o VPL VPL = Valor Presente das ENTRADAS – Valor Presente das SAÍDAS VPL(tir) = VP(tir) – Io = zero Onde VPL(tir) é VPL pela taxa TIR. VP = Σ FC’s/( 1 + TIR ) n e onde Io = CFo Existem apenas 3 cenários possíveis, vamos estudar cada um destes cenários a) Cenário com 1 fluxo de caixa apenas b) Cenário com diversos fluxos de caixa, ou seja “n” fluxos de caixa c) Cenário de perpetuidade com uma sequencia infinita de fluxos de caixa a) Cenário com 1 fluxo de caixa apenas TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser igual a zero. VPL = FC1 / (1 + TIR) – CFo = zero CFo = FC1 / ( 1 + TIR ) (1 + TIR) = FC1 / CFo TIR = (FC1 / CFo) – 1 É uma formula bastante simples, portanto neste cenário você PODE escolher; cálculos “na mão” usando a fórmula OU cálculos na calculadora financeira. b) Cenário com diversos fluxos de caixa, ou seja “n” fluxos de caixa TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser igual a zero. VPL (tir) = VP(tir) – Io = zero VPL = Σ FC’s / ( 1 + TIR ) n – CFo = zero Neste cenário recomenda-se fazer os cálculos na calculadora financeira c) Cenário de perpetuidade com uma sequencia infinita de fluxos de caixa Em perpetuidade o valor presente VP, é dado por VP = FC1 / (K – g) Lembrar também que TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser igual a zero. VPL = VP – Io = FC1 / (K – g) – Io = zero 0 = FC1 / (TIR – g) – Io Io = FC1 / (TIR – g) (TIR – g) = FC1 / Io TIR = FC1 / Io + g A calculadora financeira não faz contas de perpetuidade. A fórmula como você pode ver é bastante simples e fácil de aplicar. Neste cenário obrigatoriamente você devera usar a fórmula para calcular a TIR. Faculdade Maurício de Nassau 10 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 EXEMPLOS Exemplo : 1) O projeto B2B custa $1.000. Este projetodeve durar apenas um ano. Ao final deste único ano o projeto B2B devera fornecer um resultado líquido final de $1.200. Qual é a TIR deste projeto? Solução Partindo da definição de que a TIR é taxa que faz o VPL = 0 VPL = VP – CUSTOS (Io) VPL = FCt / (1 + K)t – CUSTOS (Io) FCt / (1 + TIR)t – Io = 0 FCt / (1 + TIR)t = Io FCt / (1 + TIR) = Io (1 + TIR) = FCt / Io (1 + TIR) = 1.200 / 1.000 = 1,2 TIR = 0,2 = 20% 2) Qual é a TIR do projeto Brasil? Este projeto de investimentos em construção civil custa hoje $1.000.000,00. Promete pagar aos seus investidores um único fluxo de caixa no valor de $1.300.000,00 em t=1. Considerando que o CMPC deste projeto seja 20% ao ano você investiria? Resposta: Sim, você pode investir. A TIR é 30% 3) Um projeto de investimentos criação de avestruz custa hoje $100.000,00. Ao final de um ano o projeto é encerrado e o investidor deve receber, entre venda de patrimônio e vendas de avestruz, um valor total de $145.000,00. Qual é a TIR deste projeto ? Suponha que a taxa de juros que incide sobre o capital necessário ($100.000,00) seja 18% ao ano. Você investiria neste projeto ? Solução: Por simples inspeção visual podemos observar que quem investe $100.000 e recebe $145.000 esta tendo um retorno de 45% Solução utilizando a calculadora financeira (HP 12C): Tecle 100.000 CHS g CFo este é o custo dado no enunciado Tecle 145.000 g CFj este é o valor a ser recebido em 1 ano Tecle f IRR Você obtém no visor da maquina: 45, que significa 45%. Conferindo pela definição da TIR: Podemos conferir este resultado TIR = 45% pela definição da TIR que diz: TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser igual a zero. Vamos calcular o VPL utilizando como taxa a TIR que é 45% VPL = Valor – Custo Onde: Custo = $100.000 Valor = FC1 / (1 + i) = 145.000 / 1,45 = 100.000 VPL = 100.000 – 100.000 = 0 Confere o VPL = 0 Faculdade Maurício de Nassau 11 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Resposta: TIR do projeto é 45%. Sim você deve investir, pois o projeto “paga” 45% e a taxa do custo do capital é menor, 18%. 4) Calcule a TIR para um projeto que custe $4.000 e possua FC1 = 2.000 e FC2 = 4.000. Solução: 4000 = 2000 / (1+r) + 4000 / (1+r) 2 4000(1+r) 2 / (1+r) 2 = 2000 (1+r) / (1+r) 2 + 4000 / (1+r) 2 4000(1+r) 2 - 2000 (1+r) - 4000 = 0 4000 (1 + 2r + r 2 ) - 2000 (1 + r) - 4000 = 0 4 r 2 + 6 r - 2 = 0 Lembre-se de que: [-b (+/-)(b2 - 4ac)] / 2a [-6 +/- (36 + 32)] / 8 = [-6 +/- (68)] / 8 = [-6 +/- 8,24] / 8 [-14,24 / 8] = -1,78 e [2,24 / 8] = +0,28 Resposta: A TIR é 28% Observação: Aceitar projeto se a taxa de desconto apropriada for menor do que a TIR. 5) O projeto Tabajara custa hoje $3.000,00. Este projeto tem uma previsão de gerar os seguintes resultados líquidos pelos próximos 3 anos: $1.100,00 em t=1, $1.210,00 em t=2, $1.331,00 em t=3. Calcule o VPL do projeto Tabajara, considerando uma taxa de retorno de 15% ao ano e uma taxa de retorno de retorno de 5% ao ano. Solução Esta é a representação dos FC’s do projeto Tabajara t=0 t=1 t=2 t=3 -3000 1100 1210 1331 Posto que o projeto Tabajara apresenta três Fluxos de Caixa após o investimento inicial, se você tentar resolver pela fórmula, chegará a uma equação de terceiro grau. Utilizamos a calculadora financeira para os cálculos. Utilizando uma calculadora financeira – 3.000 CF0 1.100 CF1 1.210 CF2 1.331 CF3 Obtém-se IRR = 10 Resposta: A TIR é 10% Faculdade Maurício de Nassau 12 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 6) Calculo da TIR de uma empresa perpetua. Vamos considerar que a empresa DUDA prometa pagar um fluxo de caixa anual de $10.000,00 em regime de perpetuidade sem crescimento. O custo para criar, implantar, montar e construir esta empresa é hoje 50.000,00. Calcule a TIR que esta empresa proporciona aos seus investidores. Solução TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser zero. Então podemos fazer; VPL = 0 = VP – Io Sendo uma empresa perpetua o seu valor presente VP, é dado por VP = FC1 / (K – g) VPL = VP – Io = FC1 / (K – g) – Io Para achar a TIR devemos igualar o VPL a zero 0 = FC1 / (TIR – g) – Io Io = FC1 / (TIR – g) TIR = FC1 / Io + g Substituindo os valores do enunciado na formula obtemos; TIR = FC1 / Io + g TIR = 10.000 / 50.000 = 0,20 = 20% ao ano. Resposta; A TIR é 20% ao ano. 7) Calculo da TIR de uma empresa perpetua. Vamos considerar que a empresa TUPINAMBA prometa pagar um fluxo de caixa de $100.000,00 ao final do ano 1. Este fluxo de caixa tem uma taxa de crescimento estável de 2% ao ano. Desta forma ao final do ano 2 a empresa Tupinambá tem uma expectativa de pagar $102.000,00 aos investidores e assim sucessivamente em regime de perpetuidade. Assuma que a taxa de desconto adequada seja 14% ao ano. Esta empresa custa hoje $650.000,00. Determinar a TIR deste projeto. Solução TIR é a taxa de desconto que faz o VPL ser zero. Então podemos fazer; VPL = 0 = VP – Io Sendo uma empresa perpetua o seu valor presente VP, é dado por VP = FC1 / (K – g) VPL = VP – Io = FC1 / (K – g) – Io Para achar a TIR devemos igualar o VPL a zero 0 = FC1 / (TIR – g) – Io Io = FC1 / (TIR – g) TIR = FC1 / Io + g Substituindo os valores do enunciado na formula obtemos; TIR = FC1 / Io + g TIR = 100.000 / 650.000 + 0,02 TIR = 0,153846154 + 0,02 = 0,1738 = 17,38% Resposta; A TIR é 17,38% ao ano. Faculdade Maurício de Nassau 13 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Lista de Exercícios 20 – TIR: 1) Uma empresa de terraplanagem tem um projeto de comprar uma máquina para alugar e obter resultados de aluguel e na revenda da máquina. A máquina de terraplanagem custa $100.000,00 à vista. Esta máquina pode ser alugada para clientes por $20.000,00 por mês. Os custo de manutenção é da ordem $12.000,00 a cada fim de mês. Ao final de 3 anos você pode revender esta máquina no mercado por $50.000,00. Qual é a TIR deste projeto? 2) Sua empresa tem a oportunidade de investir num projeto com vida útil de 7 anos e os seguintes fluxos de caixa: Investimento inicial $35.000,00, receitas de $12.000,00 a cada um dos 4 primeiros anos, receitas de $15.000,00 a cada um dos 3 últimos anos, alem disto considere também preço de venda (valor terminal) ao final de 7 anos de $20.000,00. Considere que a taxa de retorno adequada aos projetos da sua empresa (TMA) como sendo 20% ao ano. Calcular a TIR. O projeto é viável? 3) Exercício para entender alguns dos problemas que a TIR pode causar aos administradores quando é usada. Calcular o VPL e a TIR dos projetos A e B, abaixo. Considere taxa de 10% ao ano. Qual é o melhor projeto A ou B ? Projeto t=0 t=1 A - 1.000 1.210 Projeto t=0 t=1 B 1.000 - 1.331 4) Considere que a empresa WASH prometa pagar um fluxo de caixa anual de $25.000,00 em regime de perpetuidade sem crescimento. O custo para criar, implantar, montar e construir esta empresa é hoje 120.000,00. Calcule a TIR que esta empresa proporciona aos seus investidores. 5) Considere que a empresa LIRA prometa pagar um fluxo de caixa de $123.700,00 ao final do ano 1. Este fluxo de caixa tem uma taxa de crescimento estável e constante de 2,4% ao ano. Desta forma ao final do ano 2 a empresa Lira tem uma expectativa de pagar $126.668,80 aos investidores e assim sucessivamente em regime deperpetuidade. Assuma que a taxa de desconto adequada seja 16% ao ano. Esta empresa custa hoje $725.000,00. Determinar a TIR deste projeto. Resposta 1) A TIR desta maquina é 7,71% ao mês. Ou seja se eu conseguir uma taxa de juros para financiar a compra da maquina abaixo de 7,71% ao mês é lucro. Resposta 2) Sim você pode investir. A TIR é 33,91% a.a. superior a TMA. Resposta 3) ???? A qual conclusão você pode chegar = ??? Resposta 4) TIR é 20,83% ao ano Resposta 5) TIR é 19,46% ao ano Faculdade Maurício de Nassau 14 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 TAXA INTERNA DE RETORNO MODIFICADA – TIRM TIRM é obtida trazendo a valor presente todos os fluxos de caixa relativos a investimentos (fluxos negativos) e levando a valor futuro todos os fluxos de caixa relativos aos lucros e resultados (fluxos positivos). A TIRM deve ser maior que taxa do custo de capital para o projeto ser viável. A TIRM é a taxa interna de retorno modificada e serve para resolver o problema dos fluxos de caixa não convencionais. (varias entradas e saídas). A TIRM é mais realista por levar em consideração situações reais de aplicação e captação de recursos. Exemplo TIRM Determine a TIR e a TIRM do projeto RIO NOVO. Os fluxos de caixa deste projeto estão logo a seguir. Os executivos do projeto RIO NOVO podem aplicar recursos obtendo uma taxa de retorno de 10% ao ano para suas aplicações e podem captar recursos a taxa de 15% ao ano. Os fluxos de caixa da Rio NOVO são t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 – 100 30 30 40 40 50 VP dos investimentos (FCs negativos); VP = 100/(1+0,15) 0 = 100 VP dos resultados líquidos (FCs positivos); VP=30(1+0,10) 5 + 30(1+0,10) 4 + 40(1+0,10) 3 + 40(1+0,10) 2 + 50(1+0,10) 1 =226,25 Então para calcular a TIRM fazemos t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 – 100 0 0 0 0 226,25 Podemos fazer na formula da TIRM; 226,25 / (1+ TIRM) 5 = 100 (1+ TIRM) 5 = 2,22625 1 + TIRM = 1,173585 = 17,35% A TIR convencional fazendo pela calculadora financeira fornece; TIR = 23,41% aa Faculdade Maurício de Nassau 15 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Exemplo; TIRM Determine a TIR e a TIRM do projeto NETUNO. As taxas de captação são 12% aa e as taxas de aplicação são 10% aa. t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 24.000 24.000 – 116.000 24.000 24.000 24.000 Estes fluxos de caixa que mudam de sinal mais do que uma vez ao longo da vida do projeto são chamados de fluxos de caixa “não convencionais”. VP dos investimentos (FC’s negativos); VP = 116.000/(1+0,12) 2 = 92.474,48982 VP dos resultados líquidos (FC’s positivos); VP = 24 (1+0,10) 5 + 24 (1+0,10) 4 + 24 (1+0,10) 2 + 24 (1+0,10) 1 + 24 (1+0,10) 0 =153.230,64 Então para calcular a TIRM fazemos t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 – 92.474,49 0 0 0 0 117.482,40 Podemos fazer na formula da TIRM; 153.230,64 / (1+ TIRM) 5 = 92.474,49 (1+ TIRM) 5 = 1,657004694 1 + TIRM = 1,10627920 = 10,63% Não é possível determinar uma taxa TIR ara o projeto NETUNO pois este projeto apresenta mais de uma mudança no sinal dos fluxos e caixa. Faculdade Maurício de Nassau 16 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 INDICE DE LUCRATIVIDADE LIQUIDA – ILL ILL é um índice. ILL significa quantos $ você vai receber para cada $1,00 investido. O critério do ILL. O ILL é um índice. Serve para medir quanto o investidor vai receber por unidade monetária investida ILL deve ser maior do que UM. ILL = VP / Io Exemplo : Qual é o ILL do projeto CDS, o qual apresenta taxa k = 10% e os seguintes fluxos de caixa ao longo do tempo. t=0 t=1 t=2 t=3 -2000 1100 1210 1331 Solução: VP receitas = 1.100/(1+0,1) 1 + 1.210/(1+0,1) 2 + 1.331(1+0,1) 3 = 3.000 VP Custos = 2.000 ILL = 3.000 / 2.000 = 1,5 Resposta: O ILL é 1,5. Ou seja, o investir vai receber uma vez e meia o que investir. Faculdade Maurício de Nassau 17 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Lista 21 - Exercício sobre critérios para Analise de Projetos : Estudo de caso envolvendo os critérios para analise estudados ate este ponto. 1) Projeto de intermediar vendas de Blocos X. Você vai assinar um contrato para 4 anos. As vendas para o ano 1 serão de 1.000 blocos. O crescimento previsto das vendas é 10% ao ano. O preço de venda do bloco é $1.000,00. O CV de cada bloco é $480,00. Os custos fixos anuais são de $230.000,00. O risco beta desta operação é 1,7. A taxa RF é 18% aa. A taxa Erm é 25% aa. O custo para implantar este projeto é, hoje, $400.000,00. Este projeto é viável? Calcular o VPL, TIR, PayBack e ILL. Resposta: NPV = 370.349,35 IRR = 75,24% ILL = 1,9258 Payback = 1,87 anos 2) Projeto Albatroz é viável? 1) Determinar o FC da empresa prestadora de serviços Albatroz, para os seus sócios: A empresa Albatroz tem serviços contratados pelos próximos 3 anos de 20 contratos em t=1, 30 contratos em t=2 e 40 contratos em t=3. Os preços de venda desses contratos são respectivamente: $1.400,00, $1.500,00 e $1.600,00 pelos próximos 3 anos. O Custo variável Unitário é $700,00, $800,00 e $900,00 em t=1, t=2 e t=3 respectivamente. Os Custos fixos são de $3.200,00 ao ano pelos próximos 3 anos. A alíquota do IR é 30%. Os investimentos totais necessários para o perfeito atendimento destes contratos são da ordem de $20.000,00, hoje. Os sócios só tem $12.000,00. As taxas de juros disponíveis são de 22% ao ano. Assuma que somente serão feitos os pagamentos dos juros dos empréstimos, ficando o principal para o final. O risco Beta para os acionistas é 1,4. A taxa RF é 19% aa. O Erm é 26% aa. Calcule o VPL para os sócios e determine se a empresa Albatroz é viável. Resposta: Sim a empresa Albatroz é viável, pois o VPL é positivo de $3.485,17 Faculdade Maurício de Nassau 18 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 BREAK EVEN (PONTO DE EQUILÍBRIO) PE mede a quantidade Q que devemos produzir e vender de um bem, para pagarmos pelo menos os nossos custos. Queremos saber se o projeto apresenta capacidade de produção e se o mercado apresenta demanda acima do ponto de equilíbrio (PE). Exemplo: Você fabrica bolas de tênis. Cada bola é vendida por $10,00. O custo variável de cada bola é $4,00. Os custos fixos são de $60.000,00 mensais. Pergunta-se qual é o Break Even? P Q = CF + CV Q 10 Q = 60.000 + 4 Q Q = 10.000 bolas mensais Os três pontos de equilíbrio mais utilizados são: Medida de caixa operacional: P.Q = CV.Q + CF Medida de custos contábeis: P.Q = CV.Q + CF + Depreciação + IR.(Base Tributável) Medida de custos econômicos: P.Q = CV.Q + CF + C.Cap. + IR.(Base Tributável) Onde: a) Depreciação se for linear é simplesmente dividir o investimento depreciável pelo numero de períodos da depreciação. b) Custo do capital (C.Cap.) é quanto custa periodicamente o capital empregado no projeto em espécie ($). Você deve considerar o tempo, e a taxa de retorno do projeto. c) Onde a Base Tributável é Base Tribt = LAJIR – Benefícios Fiscais – Incentivos Fiscais – Deduções Ou seja Base Tribt = PQ – CF – CV Q – Benefícios Fiscais – Incentivos Fiscais – Deduções Faculdade Maurício de Nassau 19 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Exemplo sobre Break EvenVocê quer analisar a viabilidade de um negocio de venda de cachorro quente em carrocinhas espalhadas pela cidade. O preço de cada sanduíche (praticado no mercado) é $2,00. Os custos variáveis são de $0,80 (pão $0,30 e salsicha $0,50). Os custos fixos para você manter a carrocinha são de $1.500,00 mensais (limpeza, gás, pneus, garagem). Você só vende cachorro quente! A carrocinha nova custa $4.000,00. A vida útil da carrocinha é 5 anos, sem valor de revenda. A taxa de retorno esperada é 4% ao mês. O seu negócio é formal e seu IR é 20%. Determinar o Break Even Operacional, Contábil e Econômico. Considere a depreciação como linear em 60 meses. As carrocinhas são compradas com capital próprio. Resposta: Medida de caixa Operacional: 1.250 Hot Dog’s mensais Medida de custos Contábeis: 1.306 Hot Dog’s mensais Medida de custos Econômicos: 1.421 Hot Dog’s mensais 2) Continuação do negocio de venda de cachorro quente em carrocinhas. Cada carrocinha pode preparar até 10 sanduíches de cada vez. O tempo de preparo de cada lote de 10 sanduíches é 20 minutos. Pesquisas de mercado e entrevistas com seus vendedores indicam que você poderá vender entre 40 e 45 sanduíches por hora em cada carrocinha. As carrocinhas trabalham entre 6 e 8 horas por dia. As carrocinhas operam todos os 30 dias do mês. Determinar se o negocio é viável. Resposta: O projeto é Viável !!! Faculdade Maurício de Nassau 20 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 LISTA DE EXERCÍCIOS APLICAÇÃO a REALIDADE das EMPRESAS Lista 22: Estudo de Caso Caso da Fábrica de automóveis Um fabricante asiático (cujo nome omitimos) de veículos esta com a firme intenção de estabelecer sua nova fábrica de automóveis na região centro sul do Brasil, investindo capital próprio. Após intensa negociação com as autoridades locais foi acordado que o município fornecerá o terreno para implantação da fábrica por um prazo de 10 anos. A fábrica de automóveis estará isenta de todos os impostos exceção do IR (imposto de renda) cuja alíquota esta fixada em 40%. O valor dos investimentos diretos (valores de hoje) para implantação da fabrica estão orçados em $150.000.000,00. Considere todos os investimentos como totalmente depreciáveis. Após 10 anos a fabrica devera comprar o terreno ou fechar a fabrica e devolver o terreno ao governo local. O preço de venda de cada automóvel esta estimado em $3.800,00. O tamanho do mercado para esta classe de automóvel é 10 milhões de autos por ano. A intenção é obter logo de inicio e manter uma market share de 1% deste mercado. Os custos variáveis por unidade (automóvel produzido) é estimado em $3.000,00. Os custos fixos serão de $32 milhões por ano. A depreciação é linear e a taxa de retorno que os investidores esperam obter com os investimentos nesta fabrica é 12% ao ano. Considere que não haverá crescimento nas vendas durante estes 10 anos. A partir dessas premissas fundamentais fornecidas (valores em dólares) calcule o VPL, TIR, ILL, Período PayBack descontado deste projeto de investimento e o seu Break Even Operacional, Contábil e Econômico. Resposta: VPL $46.627.761,39 TIR 19,19% ao ano Pay Back 7 anos (6 anos e 5 meses) ILL 1,31 Ponto de Equilíbrio Operacional: 40.000 por ano Ponto de Equilíbrio Contábil: 58.750 por ano Ponto de Equilíbrio Econômico: 82.808 por ano Faculdade Maurício de Nassau 21 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 CAPITULO 5 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS E PROJETOS Valor da Firma; Valor das Ações da Firma e Valor das Dividas da Firma: São três valores diferentes. Uma firma é financiada por capital próprio e por capital de terceiros. Ambos os capitais financiam a firma. Portanto o Valor da Firma é igual à soma destes dois capitais mais as sinergias geradas. Suponha por exemplo um imóvel cujo valor é $200.000,00. Este imóvel foi comprado com financiamento da CEF no valor de $85.000,00. O valor da entrada paga a vista pelo comprador foi de $115.000,00. O Balanço financeiro que mostra o status deste imóvel imediatamente após a compra é o seguinte: ATIVO PASSIVO Imóvel 200.000 Dividas CEF 85.000 PATRIMÔNIO Capital do proprietário 115.000 Total do ativo 200.000 Total do Pass + Pat 200.000 Valor e a Cotação - Preço de Mercado e Valor É importante estabelecer a diferença entre Valor e Cotação. Cotação é o preço pelo qual um ativo é efetivamente negociado. Cotações dependem de percepções empíricas e intuitivas em relação ao ativo sendo cotado e ao ambiente macroeconômico. Por outro lado Valor de Mercado, Valor Fundamentalista ou Valor de equilíbrio de mercado é o preço pelo qual um ativo deverá ser negociado em situação de equilíbrio de mercado isto é sem oportunidades de arbitragem. Valor de uma empresa que tenha vida útil de apenas 1 Fluxo de caixa projetado: VP = FCt / (1 + K) t Valor de uma empresa que tenha vida útil de “n” Fluxos de caixa projetados: VP = t=1 N FCt / (1 + K) t Valor de uma empresa que tenha vida útil de “” Fluxos de caixa em perpetuidade: VP = FC1 / (K – g) Onde g (growth) é o crescimento no valor dos FC´s ao longo da perpetuidade Faculdade Maurício de Nassau 22 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 AVALIAÇÃO DE AÇÕES: Valor da Ação = Dividendo (1) / (Ks – g) Demonstrativo simplificado: Vendas (quantidade) Q Preço x P Faturamento = P Q Custo Variável – CV Q Custo Fixo – CF Lucro antes dos juros e do imposto de renda = LAJIR Juros que é a Divida x taxa de juros (Kd) – Juros Lucro antes do imposto de renda = LAIR Imposto de Renda (alíquota do IR x Base tributável) – IR (base) Lucro Liquido = Lucro Liquido Reinvestimento – Reinvestimento Dividendo Total = Dividendo Lista 23 – Exercício sobre Avaliação de ações : 1) Seja uma ação com dividendos projetados para o próximo período no valor de $20,00, a taxa de crescimento dos dividendos (g) é igual a 5% por período, em regime de perpetuidade, a taxa apropriada para desconto dos dividendos desta ação é Ks = 15%. Qual é o preço justo desta ação? Resposta: $200,00 2) Seja uma ação com dividendos projetados para o próximo período no valor de $20,00. Esta ação não tem previsão de crescimento em seus dividendos. O regime é perpetuidade. A taxa apropriada para desconto dos dividendos desta ação é Ks = 15%. ao ano. Qual é o preço justo desta ação? Resposta: $133,33 3) Suponha que você queira avaliar o valor das ações da Cia PELOTAS. Você acredita que o Beta igual a 1,8 reflete de modo correto a volatilidade relativa das ações da cia Pelotas. A taxa esperada de retorno do mercado como um todo é 14% ao ano. A taxa RF é de 4% ao ano. Você telefona para a Cia Pelotas e lhe informam que o dividendo projetado para ser pago no próximo período é $3,00 e a taxa histórica de crescimento dos dividendos da Pelotas é 2% de ano para ano. Qual é o valor de cada ação da Cia. Pelotas? Resposta: $15,00 Faculdade Maurício de Nassau 23 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 ESTIMATIVAS PARA VALOR DAS EMPRESAS Valor matemático contábil (Valor escritural) A primeira base para a avaliação de um bem é o seu custo original ou histórico; Este é o valor de entrada do bem no patrimônio social do empreendimento. Porém, a medida que o tempo passa este custo vai se tornando cada vez mais irrelevante para a determinação do valoreconômico do bem, em face não somente da sua depreciação como também dos progressos tecnológicos, das variações da moeda, das variações do mercado etc. Por suas complexidades, tais fatores impedem estimativas acuradas que permitam conhecer o valor econômico atual e real desse bem ou ativo. Dependendo de quão defasado forem os valores dos lançamentos contábeis, este resultado poderá ser maior ou menor Valor matemático intrínseco (Valor escritural ajustado) Valor que corresponde a uma estimativa de preço possível de eventual venda dos ativos tangíveis e/ou intangíveis a preços de mercado. Resultado mais realista do que o simples valor dos lançamentos contábeis Estimativa pelo Valor Presente dos rendimentos passados O valor da empresa calculado por este enfoque, corresponderá ao VP do somatório do Fluxo de Caixa Passado descontado pela taxa de retorno esperada pelos investidores, corrigido para efeitos inflacionários. Avaliação pelo desconto de rendimentos futuros projetados O valor da empresa calculado por este enfoque, corresponderá ao montante obtido pelo desconto do Fluxo de Caixa futuro projetado, a fim de obtermos o "Valor Presente" dos resultados da empresa no período projetado. Deve ser maior do que o FC passado, senão implicaria em que esta empresa tem menos futuro do que passado Valor de Mercado de Capitais Específico para empresas de capital aberto com ações livremente negociadas no mercado. a) Este valor é obtido pelo resultado da multiplicação da cotação em bolsa das ações da empresa multiplicado pela quantidade das ações que compõem o capital social. Este é o valor de mercado da empresa. b) Relação Preço/Lucro (P/L): Útil no caso do investidor pretender ter seu retorno pela venda futura de ações. Estimar-se com algum grau de confiança o valor futuro do P/L da empresa é uma tarefa muito difícil. Porém, dado o histórico dos rendimentos da empresa, a natureza da indústria e seus P/L's históricos, e a situação Faculdade Maurício de Nassau 24 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 do mercado acionário, é possível estimar-se uma faixa de valores. (BellShape, distribuição normal). Observações: 1- O valor da estimativa pelo Mercado de Capitais poderia ser o mesmo da avaliação pelo desconto do FC futuro projetado. 2- Devido aos problemas de imperfeições de mercado e eficiência de mercado, isto nem sempre acontece. 3- Alem disto o mercado de capitais leva em consideração o cenário externo à firma refletindo portanto, alem das condições particulares da firma aspectos macro-econômicos, aspectos políticos etc. 4- O maior problema é encontrar a correta taxa de desconto (Ks). 5- O Fluxo de Caixa operacional de uma firma é menos difícil de ser estimado. Valor de reposição ou valor novo Este valor corresponde ao capital necessário para aquisição em condições normais, de todos os ativos possuídos pela empresa, novos, de forma que repliquem os existentes. Só tem validade a titulo de comparação com outros métodos Valor para seguro Este critério utiliza o valor de novo ou de reconstituição, normalizado pela aplicação de uma dedução ou depreciação obtidas através de coeficientes específicos e padronizados para este fim. É uma estimativa não essencial, porém não deixa de ser mais um referencial para outras estimativas de valor. Valor de aporte Este método funciona a partir de um valor definido e acertado pelas partes interessadas para a firma. O valor de aporte significa o aporte em moeda corrente efetivamente necessário para sua compra. (Pagamento em moeda podre, condições especiais de pagamento como no caso de aquisição/absorção por outra empresa, financiamentos com juros privilegiados, etc.). Eventualmente este pode ser o menor valor “efetivo” de uma firma, dadas as múltiplas possibilidades de acordo para um mesmo valor nominal de transação. Muitas vezes o efetivo aporte de capital para a aquisição ou fusão de firmas pode ser negativo. Valor de liquidação (interrupção de atividades) O conjunto de recursos físicos e materiais de uma empresa possui um valor no curso de suas operações normais. Em caso de liquidação não considera-se o fluxo de caixa gerado pelos ativos da empresa e os próprios ativos podem perder sensivelmente seus valores, visto que provavelmente não terão a mesma utilidade para os potenciais adquirentes. A liquidação é exatamente a negação da utilidade desses bens ou recursos. Faculdade Maurício de Nassau 25 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 * - OBS.: A) Valor de liquidação: Existem dois valores de liquidação, um em condições de continuidade (por algum tempo) e o outro significativamente menor em condições de interrupção de atividades. * - OBS.: B) Este método sempre fornecera o menor valor de avaliação de todos, pois é o valor de liquidação (queima) dos ativos reais. Valor potencial ou dinâmico, Valor das Capacidade administrativa dos compradores. (Rendimentos futuros com atual administração x nova administração) Os métodos citados até aqui enfatizam o aspecto estático e tradicional, não se aprofundando numa postura dinâmica que pode resultar de uma gestão moderna que enfatize, estrategicamente, o valor potencial do negócio. A estimativa do valor potencial ou dinâmico, não se limita aos dados financeiros. Uma empresa é um organismo vivo, portanto o valor dos homens que a administram é muito importante. A avaliação dinâmica avalia o valor da capacidade administrativa dos novos administradores e o valor do exercício ou não exercício futuro das opções reais disponíveis aos administradores. A avaliação dinâmica baseia-se no desconto do fluxo de caixa projetado com a nova capacidade administrativa dos compradores. Desenvolva cenários realísticos, não o melhor/pior cenário CONCLUSAO: Para o caso de avaliação de firma para efeito de compra podemos fazer uma media ponderada das avaliações pelos diversos métodos. E levando-se em conta as potenciais tendências do negocio e os objetivos do comprador, devemos dar um "peso" maior ou menor a cada um dos diferentes métodos: PORQUE CADA MODO FORNECE UM VALOR DIFERENTE? Os métodos que avaliam os ativos reais, ou os custos de reposição, ou valores de liquidação por exemplo não levam em conta o fato de uma empresa ser geradora de riqueza. Para tais métodos, 100 veículos marca “X” modelo“199Y” estacionados em perpetuidade valem tanto quanto uma firma locadora de automóveis que possua 100 veículos marca “X” modelo“199Y” e produza um fluxo de caixa positivo que permita pagamentos aos funcionários, serviços aos clientes, retorno aos investidores, pagamento aos credores, e reinvestimento para gerar crescimento. Os métodos que avaliam a empresa pelo seu fluxo de caixa descontado “medem” através da taxa de desconto apropriada qual é o valor da riqueza gerada pela empresa. (VPL). Assim sendo, não poderia ser de outra forma: cada um dos métodos mencionados de avaliação, devem mesmo fornecer um valor diferente. Faculdade Maurício de Nassau 26 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 ÍNDICES FINANCEIROS BÁSICOS – UTILIZAÇÃO PARA AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Os índices financeiros são uma importante ferramenta para analise da saúde financeira da empresa. ÍNDICES FINANCEIROS BÁSICOS Os índices financeiros podem ser divididos em 4 grupos básicos: A - Índices de liquidez B - Índices de atividade C - Índices de endividamento D - Índices de lucratividade A - Medidas de Liquidez: A-a) Capital circulante líquidoA-b) Índice de liquidez corrente A-c) Índice de liquidez seco B - Medidas de Atividade B-a) Giro dos Estoques B-b) Período Médio de Cobrança B-c) Período Médio de Pagamento B-d) Giro do Ativo Total C - Medidas de endividamento: C-a) Índice de Endividamento C-b) Índice de cobertura de Juros D- Medidas de Lucratividade: D-a) Margem Bruta D-b) Margem Operacional D-c) Margem Líquida D-d) Taxa de Retorno sobre o Ativo total (ROA) D-e) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Liquido (ROE) Faculdade Maurício de Nassau 27 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial de uma empresa (ou projeto) pode visto da seguinte forma, separando as contas de curto prazo e longo prazo. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Permanente Exigível a Longo Prazo Patrimônio Liquido dos sócios Total do Ativo Total do passivo + Patrimônio Líquido A relação entre as contas a pagar no curto prazo e as contas a receber no curto prazo nos fornecem uma boa noção de como esta a capacidade da empresa em ter recursos para pagar suas contas. Faculdade Maurício de Nassau 28 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Exemplo da empresa Perez: Vamos usar, como base para resolver nossos exemplos sobre índices financeiros, os demonstrativos contábeis da Firma PEREZ. Vejamos abaixo. Demonstrativo de Resultados da Perez em 31/12/2009 2009 2008 Receita de Vendas 3.074,00 2.567,00 Menos custos produtos vendidos 2.088,00 1.711,00 Lucro bruto 986,00 856,00 Menos Despesas operacionais Despesas com vendas 100,00 108,00 Despesas gerais e administrativas 229,00 222,00 Despesas de depreciação 239,00 223,00 Total das despesas operacionais 568,00 553,00 Lucro Operacional 418,00 303,00 Menos despesas financeiras 93,00 91,00 Lucro antes de IR 325,00 212,00 Menos IR 29% 94,25 61,48 Lucro após IR 230,75 150,52 Menos dividendos preferenciais 10,00 10,00 Lucro para dividendos ordinários 220,75 140,52 Número de ações 76,26 76,24 LPA 2,89 1,84 Fluxo de caixa proveniente das operações = Lucro líquido após IR + despesas que não envolvem desembolso - neste caso, a depreciação. FCO = 230,75 + 239,00 = 469,75 Faculdade Maurício de Nassau 29 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Balanço Patrimonial da Perez em 31/12/2008 e 2009 2009 2008 Ativo Circulante Caixa 363,00 288,00 Títulos Negociáveis 68,00 51,00 Duplicatas a receber 503,00 365,00 Estoques 289,00 300,00 Total ativo circulante 1.223,00 1.004,00 Ativo Permanente Terreno e edifícios 2.072,00 1.903,00 Máquinas e equipamentos 1.866,00 1.693,00 Móveis e utensílios 358,00 316,00 Veículos 275,00 314,00 outros (inclui arrendamento) 98,00 96,00 Total do Ativo Permanente 4.669,00 4.322,00 Menos depreciação acumulada 2.295,00 2.056,00 Ativo permanente líquido 2.374,00 2.266,00 Total do Ativo 3.597,00 3.270,00 Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Circulante Duplicatas a pagar 382,00 270,00 Títulos a pagar 79,00 99,00 Outras contas a pagar 159,00 114,00 Total do passivo circulante 620,00 483,00 Exigível a longo prazo 1.023,00 967,00 Total do passivo 1.643,00 1.450,00 Patrimônio Líquido Ações preferenciais 200,00 200,00 Ações ord ($1,20 100mil) 191,00 190,00 Ágio na venda de ações 428,00 418,00 Lucros retidos 1.135,00 1.012,00 Total do patrimônio Líquido 1.954,00 1.820,00 Total do passivo + Pat Líquido 3.597,00 3.270,00 Faculdade Maurício de Nassau 30 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 A - Medidas de Liquidez: A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer as obrigações a curto prazo na data do vencimento. A liquidez refere-se à solvência da situação financeira global da empresa. As 3 medidas básicas de liquidez são: A-a) Capital circulante líquido A-b) Índice de liquidez corrente A-c) Índice de liquidez seco A-a) Capital circulante líquido: Calcula-se o CCL da empresa subtraindo-se seu passivo circulante de seu ativo circulante. O capital circulante líquido para o exemplo sob análise é CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante, ou seja; CCL = $1.223.000 – $620.000 = $603.000 Este cálculo não é muito útil para comparar o desempenho de empresas diferentes, mas sim para o controle interno. Quase sempre o contrato, por meio do qual se incorre um empréstimo a longo prazo, determina, especificamente, um nível mínimo de capital circulante líquido que precisa ser conservado pela empresa. Com essa exigência, pretende-se obrigar a empresa a manter uma liquidez operacional suficiente e ajudar a proteger os empréstimos dos credores. Uma comparação em série temporal do capital circulante líquido da empresa ajuda a avaliar as operações da empresa. A-b) Índice de liquidez corrente: O índice de liquidez corrente é um dos índices financeiros mais comumente citados. É expresso por: Índice de liquidez corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante Ativo Circulante / Passivo Circulante = 1.223.000 / 620.000 = 1,97 Considera-se que 2.0 é um índice aceitável, mas a determinação exata de um índice aceitável depende, em grande parte, do setor em que a empresa opera. Por exemplo, um índice de 1.0 seria considerado aceitável para uma empresa de utilidade pública, porém, poderia ser inaceitável para uma empresa industrial. A aceitabilidade de um índice de liquidez corrente depende muito da previsibilidade dos fluxos de caixa. Quanto mais previsíveis forem os fluxos de caixa, menor será o índice de liquidez corrente exigido. Um índice de 1.97 pode ser considerado como um índice bastante aceitável. Se dividirmos 1.0 pelo índice de liquidez corrente da empresa, o quociente resultante subtraído de 1.0 e a diferença multiplicada por 100 representa a porcentagem em que os ativos circulantes da empresa podem ser reduzidos sem impossibilitá-la de cobrir seus passivos circulantes. Por exemplo, um índice de 2.0 significa que a empresa ainda pode cobrir seus passivos circulantes, mesmo que seus ativos circulantes sejam reduzidos em 50%, ou seja, {[ 1.0 - (1.0/2.0)] X 100}. Uma observação final, digna de nota, é que quando o índice de liquidez corrente da empresa for 1.0 seu capital circulante líquido será igual a zero. Se uma empresa tiver um índice menor que 1.0, terá um CCL negativo. O CCL é útil somente para se comparar a liquidez da mesma empresa ao longo do tempo, e não deve ser usado para se Faculdade Maurício de Nassau 31 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 estabelecerem comparações entre empresas diferentes; em seu lugar, deve-se usar o índice de liquidez corrente. A-c) Índice de liquidez seco: O índice de liquidez seco é semelhante ao índice de liquidez corrente, com a única diferença que os estoques são excluídos dos ativos circulantes da empresa. A suposição básica do índice de liquidez seco é que os estoques, geralmente, constituemo ativo circulante menos líquido e, portanto, devem ser ignorados. O índice de liquidez seco é calculado da seguinte forma: Índice de liquidez seco = (Ativo circulante – Estoques) / Passivo circulante Em nosso exemplo: (1.233.000 – 289.000) / 620.000 = 934.000 / 620.000 = 1,51 Recomenda-se um índice de 1.0 ou superior. De novo, o valor que se pode considerar aceitável depende muito do setor em que a companhia opera. Este índice só fornece uma medida melhor da liquidez global, se os estoques de uma empresa não puderem ser convertidos facilmente em caixa. Se os estoques forem líquidos, o índice de liquidez corrente será uma medida de liquidez global preferível. B - Medidas de Atividade Os índices de atividade são usados para medir a rapidez com que várias contas são convertidas em vendas ou caixa. As medidas de liquidez global, geralmente, são inadequadas, porque a liquidez “verdadeira” pode ser, significativamente, afetada por diferenças na composição dos ativos e passivos circulantes. Por exemplo, considere a porção circulante dos balanços para as empresas X e Y mostradas a seguir: Empresa X Caixa 0 Duplicatas a pagar 0 Títulos negociáveis 0 Títulos a pagar 10.000 Duplicatas a receber 0 Salários a pagar 0 Estoques 20.000 Total ativo circulante 20.000 Total passivo circulante 10.000 Empresa Y Caixa 5.000 Duplicatas a pagar 5.000 Títulos negociáveis 5.000 Títulos a pagar 3.000 Duplicatas a receber 5.000 Salários a pagar 2.000 Estoques 5.000 Total ativo circulante 20.000 Total passivo circulante 10.000 Faculdade Maurício de Nassau 32 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Embora ambas as empresas, aparentemente, sejam igualmente líquidas, pois seus índices de liquidez corrente são 2.0 = (20.000 / 10.000), uma observação mais acurada das diferenças na composição dos ativos e passivos circulantes sugere que a empresa Y seja mais líquida que a empresa X. Isso se deve a duas razões: a- a empresa Y tem ativos mais líquidos na forma de caixa e títulos negociáveis do que a empresa X, que possui apenas um único ativo, relativamente líquido na forma de estoques; b- os passivos circulantes da empresa Y são, em geral, mais flexíveis que o único passivo -- títulos a pagar -- da empresa X. Por isso, é importante olhar além das medidas de liquidez global de modo a aquilatar a atividade - ou liquidez - das contas circulantes específicas. Há inúmeros índices para medir a atividade das contas circulantes mais importantes, que incluem estoques, duplicatas a receber e duplicatas a pagar. Também pode ser avaliada a atividade dos ativos totais. As medidas mais comuns de atividade serão discutidas a seguir. Uma suposição básica simplificadora, usada em muitos cálculos, é que o ano é de 360 dias e o mês de 30 dias - salvo específico aviso em contrário. As 4 medidas básicas de atividade são: B-a) Giro dos Estoques B-b) Período Médio de Cobrança B-c) Período Médio de Pagamento B-d) Giro do Ativo Total B-a) Giro dos estoques: Geralmente, a atividade, ou liquidez, dos estoques de uma empresa é medida por seu giro, que é calculado como segue: Giro dos estoques = Custo das mercadorias vendidas / Estoques Custo das mercadorias vendidas / Estoques = 2.088.000 / 289.000 = 7,2 O giro resultante é significativo somente quando comparado ao de outras companhias pertencentes ao mesmo setor ou ao giro passado dos estoques da própria empresa. Um giro dos estoques de 30 não é raro em uma padaria/mercearia, ao passo que em um estaleiro, o giro comum é de 0.5 - um navio demora cerca de 2 anos para ser concluído e entregue. As diferenças nos índices de giro resultam das características operacionais diferentes dos vários setores. Muitos crêem que quanto maior for o giro dos estoques da empresa, mais eficientemente ela terá administrado seus estoques. Isso é verdadeiro somente até certo ponto; acima desse ponto, um alto giro nos estoques pode indicar problemas. Por exemplo, um modo de aumentar o giro do estoque é manter os estoques muito pequenos. Contudo, tal estratégia pode resultar em um grande número de falta de estoque - vendas perdidas devido a estoques insuficientes, que pode prejudicar as futuras vendas da empresa. Para cada setor, há uma faixa de giro de estoques que pode ser considerada satisfatória. Valores abaixo dessa faixa podem significar estoques Faculdade Maurício de Nassau 33 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 líquidos ou inativos, enquanto valores acima dessa faixa podem indicar estoques insuficientes e faltas elevadas de estoque. O giro dos estoques pode ser, facilmente, convertido no período médio - idade média - dos estoques, dividindo-se 360 - o número comercial de dias no ano- pelo giro dos estoques. Em nosso exemplo, teríamos: 360 / 7.2 = 50 dias. B-b) Período médio de cobrança: O período médio de cobrança, ou idade média das duplicatas a receber, é útil na avaliação das políticas de crédito e políticas de cobrança. É obtido dividindo-se o saldo das duplicatas a receber pelas vendas médias diárias - por simplicidade assumimos aqui que todas as vendas são feitas a crédito: Duplicatas a receber Duplicatas a receber Período médio= ---------------------- = ------------------ De cobrança Vendas médias por dia Vendas anuais/360 Em nosso exemplo: 503.000 / (3.074.000 / 360) = 503.000 / 8.539 = 58.9 dias Conclusão: Em média, a empresa leva 58.9 dias para cobrar uma duplicata. O período médio de cobrança só é significativo em função das condições de credito da empresa. Se, por exemplo, a firma concede crédito de 30 dias a seus clientes, um período médio de cobrança de 58.9 dias indicaria um departamento de crédito e cobrança mal administrado. Se, no entanto, o crédito concedido fosse de 60 dias, o período médio de cobrança de 58.99 estaria bastante bom. O período médio de cobrança pode ser calculado diretamente, com o auxílio da seguinte fórmula: Período médio de cobrança = 360 X Duplicatas a receber / Vendas anuais B-c) Período médio de pagamento: O período médio de pagamento, ou idade média das duplicatas a pagar, é calculado do mesmo modo que o período médio de cobrança: Período médio Duplicatas a pagar Duplicatas a pagar de pagamento = ------------------------- = ----------------------- Compras médias por dia Compras anuais/360 A dificuldade em calcular este índice baseia-se na necessidade de se determinarem as compras anuais - tecnicamente falando, devemos considerar as compras a crédito -, um valor não disponível nas demonstrações publicadas. Normalmente, as compras são estimadas como uma dada percentagem do custo das mercadorias vendidas. Se considerarmos que as compras anuais (da firma PEREZ) igualem 70% de seu custo de mercadorias vendidas, seu período médio de pagamento seria: 382.000 / (0,7 x 2.088.000 / 360) = 382.000 / 4.060 = 94.1 dias Este resultado só é significativo em vista das condições médias de crédito concedidas à empresa. Se os fornecedores concederem, em média, prazo de 30 dias para a empresa Faculdade Maurício de Nassau 34 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 saldar suas duplicatas, um analista irá atribuir, à empresa, uma classificação baixa. Contudo, se lhe concederem um prazo de 90 dias, sua classificação seria certamente aceitável. Financiadores e fornecedores de crédito comercial em perspectiva interessam-se, especialmente, pelo períodomédio de pagamento, uma vez que isso lhes propicia um indicador dos padrões de pagamento de duplicatas da empresa. Uma fórmula direta para determinar o período médio de pagamento é: Período médio de pagamento = 360 X Duplicatas a pagar / Compras anuais B-d) Giro do ativo total: O giro do ativo total indica a eficiência com que a empresa é capaz de usar seus ativos para gerar vendas. Quanto maior for o giro do ativo total, mais eficientemente seus ativos foram usados. Provavelmente, o giro do ativo total seja de maior interesse à administração, já que indica se as operações da empresa foram, financeiramente, eficientes. Outras partes, como os credores e acionistas atuais e potenciais, também estarão interessados nesta medida. O giro do ativo total é calculado como segue: Giro do ativo total = Vendas / Ativo total Para nosso exemplo : 3.074.000 / 3.597.000 = 0,85 Por isso, a companhia gira seus ativos apenas 0.85 vezes por ano. Este valor somente significa algo à luz do desempenho passado da própria empresa e/ou se comparado à média setorial. C - Medidas de endividamento: A posição de endividamento da empresa indica o montante do dinheiro de terceiros que está sendo utilizado na tentativa de gerar lucros. Normalmente, o analista financeiro esta mais interessado nos empréstimos a longo prazo da empresa, uma vez que esses empréstimos comprometem a empresa a pagar juros a longo prazo e, eventualmente, reembolsar a importância emprestada. Já que os direitos dos credores da empresa precisam ser satisfeitos antes da distribuição dos lucros aos acionistas, os acionistas atuais e potenciais mantêm-se atentos ao grau de endividamento em que a companhia incorre. Os emprestadores também estão interessados no grau de endividamento que a companhia incorre, pois quanto maior o endividamento atual, maior será a probabilidade de que a empresa não consiga satisfazer às reivindicações de todos os seus credores. É claro que a administração precisa preocupar-se com o endividamento, pois reconhece a atenção que as outras partes lhe dispensam e, certamente, não deseja ver a empresa insolvente. As 2 medidas básicas de endividamento são: C-a) Índice de Endividamento C-b) Índice de cobertura de Juros C-a) Índice de participação de terceiros (Índice de Endividamento): Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto Faculdade Maurício de Nassau 35 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que estará sendo empregado para gerar lucros. O índice é calculado como segue: Índice de participação de terceiros = Passivo Total / Ativo Total Em nosso exemplo: 1.643.000 / 3.597.000 = 0.457 = 45.7% Isso indica que a companhia tem financiado 45.7% de seus ativos com dinheiro de terceiros. Quanto maior este índice, maior será a alavancagem financeira da empresa. C-b) Índice de cobertura de juros: Este índice mede a capacidade de a empresa pagar os juros contratuais. Quanto maior for este índice, maior será a capacidade de a empresa liquidar os juros. Este índice é calculado da seguinte maneira: Índice de cobertura dos juros = LAJIR (no período) / Montante Juros (no período) No nosso exemplo: 418.000 / 03.000 = 4.5 O índice de cobertura de nosso exemplo é aceitável para empresas com risco operacional médio. Como regra, sugere-se um mínimo de 3 e uma média de 5. D- Medidas de Lucratividade: Há um grande número de medidas de lucratividade. Cada uma delas relaciona aos retornos da empresa a suas vendas, a seus ativos, ou a seu patrimônio liquido. Como um conjunto, essas medidas permitem, ao analista, avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de vendas, um certo nível de ativos ou o investimento dos proprietários. Observa-se, atentamente, a lucratividade da empresa, pois, para continuar existindo, ela precisa ser lucrativa. As medidas mais usuais de lucratividade são: D-a) Margem Bruta D-b) Margem Operacional D-c) Margem Líquida D-d) Taxa de Retorno sobre o Ativo total (ROA) D-e) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Liquido (ROE) D-a) Margem Bruta: A margem bruta indica a porcentagem de cada $1,00 de venda que restou após a empresa ter pago por suas mercadorias. Quanto maior a margem bruta, tanto melhor, e menor o custo das mercadorias vendidas. É claro que o oposto também é verdadeiro. A margem bruta é calculada da seguinte forma: Margem Bruta = (Vendas - Custo das mercadorias vendidas) / Vendas Em nosso exemplo: (3.074.000 - 2.088.000) / 3.074.000 = 986.000 / 3.074.000 = 32.1% D-b) Margem Operacional: Este índice representa o que, muitas vezes, denomina-se lucros puros, ganhos em cada $ de vendas feitas pela empresa. O lucro operacional é puro no sentido que ignora quaisquer despesas financeiras ou imposto de renda e mede somente os lucros ganhos pela empresa em suas operações. É preferível que haja uma Faculdade Maurício de Nassau 36 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 alta margem operacional. A margem de lucro operacional é calculada da seguinte forma: Margem operacional = Lucro operacional / Vendas Para nosso exemplo: 418.000 / 3.074.000 = 13,6% D-c) Margem Líquida: A margem líquida determina a porcentagem de cada $ de venda que restou após a dedução de todas as despesas, inclusive imposto de renda. Quanto maior for a margem líquida da empresa, melhor. A margem líquida é uma medida do sucesso da empresa, citada, muito comumente, em relação ao lucro sobre as vendas. As margens líquidas satisfatórias diferem, consideravelmente, entre os setores. Uma margem líquida de 1% ou menos não seria incomum para uma mercearia, enquanto uma margem líquida de 10% seria baixa para uma joalheria. A margem líquida é calculada da seguinte forma: Margem Líquida = Lucro Líquido / Vendas Para nosso exemplo: 230.750 / 3.074.000 = 7.5% D-d) Retorno sobre o investimento (ROA): O ROA, que é, muitas vezes, chamado de retorno sobre o ativo total da empresa, determina a eficiência global da administração quanto à obtenção de lucros com os ativos disponíveis. Quanto maior o ROA, melhor. O ROA é calculado da seguinte forma: ROA = Lucro líquido após o imposto de renda / Ativos totais Em nosso exemplo: 230.750 / 3.597.000 = 6.4% Este valor é bastante aceitável, porém, só quando comparado à média setorial é que se podem tirar conclusões significativas. O ROA de uma empresa pode ser calculado também pela fórmula Dupont: ROA = Margem Líquida X Giro do ativo total que, na realidade, vem de: Lucro líq. após IR Lucro líq. após IR Vendas ------------------ = -------------------- x ------------- Ativo total Vendas Ativo total Ou por nosso exemplo: 0.85 x 7.5% = 6.4% A fórmula Dupont permite, à empresa, dividir seu ROA em um componente do lucro sobre vendas e um componente da eficiência de ativo. Faculdade Maurício de Nassau 37 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 D-e) Retorno sobre patrimônio líquido (ROE): Este índice mostra o retorno sobre o investimento dos proprietários - tanto acionistas preferenciais quanto comuns. Geralmente, quanto maior for este índice, melhor para os proprietários. É calculado como segue: Retorno sobre patrimônio líquido=Lucro líquido após imposto renda/Patrimônio líquido Em nosso exemplo: 230.750 / 1.954.000 = 11.8% Lista 24: Índices Financeiros Básicos1) A partir dos demonstrativos financeiros da empresa SÃO PEDRO calcular os seguintes índices financeiros básicos. Liquidez: Capital Circulante Líquido Atividade: Giro de estoque Dívida: Índice de endividamento Geral Lucratividade: ROA e ROE Empresa São Pedro Demonstrativo do período 200X: Ano 200X Receita de Vendas 3.360,00 Menos custos dos produtos vendidos 2.320,00 Lucro bruto 1.040,00 Menos Despesas operacionais Despesas com vendas 118,00 Despesas gerais e administrativas 240,00 Despesas de depreciação 460,00 Total das despesas Operacionais 818,00 Lucro Operacional (LAJIR) 222,00 Menos despesas financeiras (Juros da divida) 110,00 Lucro antes de IR (LAIR) 112,00 Menos IR (alíquota do IR = 29%) 32,48 Lucro Liquido após IR 79,52 Menos dividendos preferenciais 14,00 Lucro para dividendos ordinários 65,52 Faculdade Maurício de Nassau 38 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Empresa São Pedro Balanço Patrimonial 31/12/200X Ativo Circulante Caixa 380,00 Títulos Negociáveis 70,00 Duplicatas a receber 800,00 Estoques 450,00 Total ativo circulante 1.700,00 Ativo Permanente Terreno e edifícios 2.900,00 Máquinas e equipamentos 2.500,00 Móveis e utensílios 500,00 Veículos 400,00 outros (inclui arrendamento) 167,00 Total do Ativo Permanente 6.467,00 Menos depreciação acumulada 3.100,00 Ativo permanente líquido 3.367,00 Total do Ativo 5.067,00 Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Circulante Duplicatas a pagar 500,00 Títulos a pagar 150,00 Outras contas a pagar 280,00 Total do passivo circulante 930,00 Exigível a longo prazo 1.600,00 Total do passivo 2.530,00 Patrimônio Líquido Ações preferenciais 280,00 Ações ordinárias 240,00 Ágio na venda de ações 600,00 Lucros retidos 1.417,00 Total do patrimônio Líquido 2.537,00 Total do passivo + Patrimônio Líquido 5.067,00 Faculdade Maurício de Nassau 39 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 2) Determinar os seguintes índices da Empresa PEREZ (mencionada e explicada anteriormente) em 31/12/2010: Volte e Leia o exemplo da empresa PEREZ A - Medidas de Liquidez: A-a) Capital circulante líquido A-b) Índice de liquidez corrente A-c) Índice de liquidez seco B - Medidas de Atividade B-a) Giro de Estoque B-b) Período Médio de Cobrança B-c) Período Médio de Pagamento B-d) Giro do Ativo Total C - Medidas de endividamento: C-a) Índice de Endividamento C-b) Índice de cobertura de Juros D - Medidas de Lucratividade: D-a) Margem Bruta D-b) Margem Operacional D-c) Margem Líquida D-d) Taxa de Retorno sobre o Ativo total (ROA) D-e) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Liquido (ROE) Demonstrativo PEREZ dos períodos 2009 e 2010: Ano 2010 Ano 2009 Receita de Vendas 3.720,00 3.074,00 Menos custos dos produtos vendidos 2.510,00 2.088,00 Lucro bruto 1.210,00 986,00 Menos Despesas operacionais Despesas com vendas 125,00 100,00 Despesas gerais e administrativas 280,00 229,00 Despesas de depreciação 482,29 239,00 Total das despesas Operacionais 887,29 568,00 Lucro Operacional 322,71 418,00 Menos despesas financeiras 95,00 93,00 Lucro antes de IR 227,71 325,00 Menos IR 29% 66,04 94,25 Lucro apos IR 161,67 230,75 Menos dividendos preferenciais 10,00 10,00 Lucro para dividendos ordinários 151,67 220,75 Número de ações 76,26 76,24 LPA 1,99 2,89 Faculdade Maurício de Nassau 40 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 Balanço Patrimonial PEREZ dos períodos 2009 e 2010: Balanço Patrimonial 31/12/2010 31/12/2009 Ativo Circulante Caixa 425,00 363,00 Títulos Negociáveis 85,00 68,00 Duplicatas a receber 620,00 503,00 Estoques 370,00 289,00 Total ativo circulante 1.500,00 1.223,00 Ativo Permanente Terreno e edifícios 2.600,00 2.072,00 Máquinas e equipamentos 2.320,00 1.866,00 Móveis e utensílios 440,00 358,00 Veículos 342,00 275,00 outros (inclui arrendamento) 121,00 98,00 Total do Ativo Permanente 5.823,00 4.669,00 Menos depreciação acumulada 2.777,29 2.295,00 Ativo permanente líquido 3.045,71 2.374,00 Total do Ativo 4.545,71 3.597,00 Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Circulante Duplicatas a pagar 440,00 382,00 Títulos a pagar 110,00 79,00 Outras contas a pagar 215,00 159,00 Total do passivo circulante 765,00 620,00 Exigível a longo prazo 1.416,08 1.023,00 Total do passivo 2.181,07 1.643,00 Patrimônio Líquido Ações preferenciais 242,04 200,00 Ações ordinárias ($1,20 100mil) 231,14 191,00 Ágio na venda de ações 517,94 428,00 Lucros retidos 1.373,52 1.135,00 Total do patrimônio Líquido 2.364,64 1.954,00 Total do passivo + Pat Líquido 4.545,71 3.597,00 Faculdade Maurício de Nassau 41 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 SOLUÇÃO LISTA DE EXERCÍCIOS 24 (INDICES DE LIQUIDEZ) 1) A partir dos demonstrativos financeiros da Empresa SÃO PEDRO calcular os seguintes índices financeiros básicos. ÍNDICES Liquidez Capital Circulante Líquido = ativo circulante - passivo circulante 770,00 ÍNDICES Atividade Giro de estoque = custo dos produtos vendidos / estoque 5,16 ÍNDICES Dívida Índice de endividamento Geral = total de passivos / total de ativos 49,93% ÍNDICES Lucratividade ROA = Lucro Líquido após IR / total ativos 1,57% ROE = Lucro Líquido após IR / patrimônio Líquido 3,13% Faculdade Maurício de Nassau 42 Gestão Financeira – Professor Marco Homci 2015 SOLUÇÃO LISTA DE EXERCÍCIOS 24 (INDICES DE LIQUIDEZ) 2) Determinar os seguintes índices da Empresa PEREZ (mencionada e explicada anteriormente) em 31/12/2010: ÍNDICES Liquidez Capital Circulante Líquido = ativo circulante - passivo circulante = R$ 735,00 Índice de Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante = 1,96 Índice de liquidez seca = (ativo circulante - estoque) / passivo circulante = 1,48 ÍNDICES Atividade Giro de estoque = custo dos produtos vendidos / estoque = 6,78 Período médio de cobrança = duplicatas a receber / média de vendas por dia Período médio de cobrança = 60,00 dias Período médio de pagamento = duplicatas a pagar / média de compras por dia (Considerando uma percentagem de 70%) = 90,15 dias Giro do ativo Total = Vendas / total de ativos = 0,82 ÍNDICES Dívida Índice de endividamento Geral = total de passivos / total de ativos = 47,98% Índice de cobertura de juros = LAJIR / Juros = 3,40 ÍNDICES Lucratividade Margem bruta = (Vendas - custo dos produtos vendidos) / Vendas = (Vendas - custo dos produtos vendidos) / Vendas = 32,53% Margem Operacional = Lucro Operacional / Vendas = 8,68% Margem Líquida = Lucro Líquido após IR / Vendas