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Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Campus - Liceu
ABANDONO E REPROVAÇÃO ESCOLAR
Ana Paula de Oliveira RA:180002914
Julia Demonte RA:180003918
Perge Cipriano Alves RA: 180004188
Campinas
2018
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Campus - Liceu
ABANDONO E REPROVAÇÃO ESCOLAR
	
Trabalho desenvolvido para a disciplina Seminários do curso de Pedagogia, orientado pela Prof. Me. Rosemary Cabral
CAMPINAS
2018
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho aborda os temas Reprovação e abandono escolar, mostrando o contexto histórico, suas causas e possíveis soluções.
REPROVAÇÃO E ABANDONO ESCOLAR
A reprovação escolar aborda diversos assuntos, por envolver questões educacionais, familiares, culturais e emocionais. 
Foi na década de 80 que surgiu a obrigatoriedade para crianças frequentarem as escolas. A partir disso todas as crianças entre sete e 14 anos teriam que ir para escola, porém quando todas as crianças passaram a ter direito de vaga/matricula uma parcela de crianças vindas de classes menos favorecidas, que não aprendiam antes por estarem fora da escola, começaram a ter um grande índice de reprovação, e nesse caso a reprovação era sinônimo de repetência, e com isso fazia com que muitos alunos desistissem da escola e optassem pelo abandono escolar, voltavam a ficar mais uma vez fora das escolas. Porém muitos ainda permaneciam, mesmo repetindo o ano, o que gerava outro problema para o sistema, porque faltavam vagas para novos alunos, além disso, como se tornou obrigatória a escola, não podia se permitir que a criança saísse, foi preciso então pensar em algo para resolver p problema da melhor maneira sem que houvesse mais reprovação, e da liberação de novas vagas para que todas as crianças participassem.
Em 1996 com a lei de Diretrizes e bases da educação nacional (LDB lei nº 9.394/96) veio a solução, mais especificamente em 1998 com a implantação dos ciclos, conhecido como Progressão Continuada, que depois virou Promoção automática, que fez com que a reprovação/repetência fosse rompida, dentro do mesmo ciclo.
Progressão Continuada/ Promoção automática, são utilizadas pelas escolas para permitir que o aluno faça avanços sucessivos sem interrupções, nas fases, ciclos ou series, ela é considerada uma metodologia pedagógica avançada, por ter uma avalição constante, ela se baseia na ideia que reprovar o aluno não contribui para o seu melhor aprendizado. 
Com a progressão continuada o aluno passa de serie automaticamente, e avaliado ao longo do ano e no final do período. Para quem não aprende adequadamente deve passar pelo processo de aceleração, conhecido como recuperação. 
O sistema de progressão continuada, que consiste na identificação das dificuldades de cada aluno no ano letivo e sua pronta resolução, de modo a evitar a reprovação, não significa aprovação automática. É uma alternativa que está sendo adotada com sucesso por diversos países, segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Sergei Suarez Dillon Soares, que avaliou as políticas educacionais de 49 nações de todos os continentes.
Sua conclusão é que as melhores notas e os resultados mais efetivos obtidos no ensino básico foram observados exatamente entre os que adotaram o regime de progressão continuada. Ele descobriu também que o percentual de repetência escolar brasileira é o segundo mais alto do mundo, menor apenas que o de Angola. "A repetência afeta a autoestima das crianças, além de ser uma das principais causas do baixo rendimento e da evasão escolar", diz o pesquisador.
Apesar de a progressão continuada ser considerada uma ideia avançada, ela muitas vezes e criticada como “aprovação automática” dos alunos, levando em conta que essa progressão foi implantada sem mudar as condições estruturais, pedagógicas, salariais, formação de professores entre outros. No entanto, para outros ela é considerada um projeto importante para solucionar o problema da reprovação e do abandono escolar.
 A reprovação era conhecida como repetência, depois do ciclo a criança pode ser reprovada, mas não repetir o ano, ela é promovida para o ano seguinte, gerando um novo problema o aluno permanece na escola e algumas vezes pode sentir o que chamamos de exclusão na escola, o aluno não reprova continua na escola, porem se sente “excluído” por não ter aprendido.
Além do desgaste emocional, a repetência tem um custo financeiro ."Para cada ano repetido na escola, o custo da educação aumenta em pelo menos 50%. Embutido nesse custo há uma mina de ouro a ser explorada racionalmente pelas escolas, capaz de aumentar em igual percentual, só com o fim da repetência, os investimentos destinados à educação", diz - uma argumentação também defendida pela secretária de Ensino Básico.
O abandono escolar já não se limita apenas a sair da escola, porque por lei foi proibido, o aluno sabe que não pode ser mais reprovado, então nem se preocupa em estudar, o que acaba em abandono do esforço, o aluno não tem vontade de estudar e aprender.
A avaliação perdeu o seu poder de reprovar ou aprovar. Durante muito tempo, a avaliação era uma “arma” de poder do professor, com ela ele tinha maior controle dos alunos, depois do ciclo não pode ser classificatória e excludente.
- Classificatória: pela prova você recebe uma nota e é classificado por ela (se a nota for boa o aluno é aprovado e se a nota for ruim o aluno é reprovado: simples assim)
- Excludente: é uma avaliação que classifica para aprovar ou reprovar o aluno e não para diagnosticar/formar/aprender.
Abandono Escolar
      A maioria dos jovens nos dias de hoje, perdem o entusiasmo no ensino médio, a fase da adolescência. O abandono não é associado apenas com a situação de repetência. Outros fatores envolvidos, como por exemplo em regiões periféricas onde existe um grande índice de criminalidade e tráfico de drogas. 
     O adolescente convivendo naquele meio, pode também se envolver e acabar abandonando a escola. Além disso, fatores como notas baixas no início do ano letivo, situação financeira da família, local onde mora sem transporte escolar, família com usuários de drogas onde não acompanham os estudos do adolescente, escola distante da residência, necessidade de trabalhar entre outros.
         Outro fator muito comum é a gravidez na adolescência. Apenas 2% das mães após terem seus filhos voltam e completam seus estudos. Do total de 1,3 milhões de jovens de 15 a 17 anos fora da escola sem ensino médio concluído, 610 mil são mulheres. Entre elas, 35%, o equivalente a 212 mil, já eram mães nessa faixa etária. Apenas 2% das adolescentes que engravidaram deram sequência aos estudos. Já entre os homens, o maior percentual, 63%, estavam trabalhando ou procurando emprego segundo o IBGE.
        Apesar de o trabalho ser um motivo comum para o abandono escolar, uma pesquisa de 2009 da fundação de Getúlio Vargas mostra, com dados na Pnad que 40,3% dos jovens que abandonaram os estudos foi totalmente por falta de interesse. “É o caso da repetência e do desinteresse do jovem pelos estudos, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo, especialmente no ensino médio, enciclopédico e com pouca flexibilidade para escolhas.
Estamos contando também com ações nos estados, para que aqueles que têm condições flexibilizem o ensino médio, ofereçam trilhas diferenciadas, que possam estar focadas no protagonismo juvenil e nas competências do século 21. Precisamos de um novo modelo que atenda essa demanda e que ofereça também ensino técnico e profissionalizante", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.
 Além de fatores como esse na sala de aula, existem também as consequências que o abandono e a reprovação podem trazer para o futuro daquele adolescente. Aquele que foi reprovado e isso causou nele uma revoltapode refletir na decisão de nunca mais querer voltar para uma escola. E para aqueles alunos que abandonaram, ou decidiram não estudar mais, quando adulto sem seus estudos concluídos automaticamente dificultará para conseguir um bom emprego, um bom cargo. Sempre pesando por não ter terminado seus estudos. 
 2-Soluções para o abandono e repetência escolar.
 O abandono escolar constitui um dos mais graves problemas do Ensino Médio. De acordo com o relatório “Cenário da exclusão escolar no Brasil”, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância e Adolescência (UNICEF), existem hoje no país 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola. Desse total, 57% (1,6 milhão) são jovens entre 15 e 17 anos.
Os dados revelam que a maioria dos estudantes abandona a escola antes mesmo de completar o Ensino Fundamental. Dos que ingressam no Ensino Médio, um percentual relevante não consegue avançar e acaba desistindo: segundo o Censo Escolar 2015, de cada 100 cem alunos dessa etapa, 12 são reprovados e oito abandonam a escola.
Uma solução encontrada por algumas escolas foi envolver os próprios alunos na busca dos colegas evadidos. Na Escola Estadual Adolfina Zamprogno, em Vila Velha (ES), por exemplo, identificados os alunos faltosos, os colegas vão à casa do estudante saber por que ele não está indo às aulas. “Após a visita, eles voltam para nós com o problema identificado e estudamos como nós enquanto escola podemos colaborar para que esse aluno retorne”, explica a diretora Ângela Maria Soares.
Ela conta que para esses jovens que retomam os estudos a escola procura dedicar uma atenção especial. E destaca que a participação dos alunos tem sido crucial para o sucesso da iniciativa: “De mais ou menos 30 alunos que nós detectamos que tinham sumido realmente da escola, 18 já retornaram, dizendo que foi muito importante o colega ir à casa dele, porque ele percebeu: ‘sentiram falta de mim; eu também faço parte daquela escola’”.
Francisco Ronildo da Silva, 18, de Campos Sales (CE), foi um desses jovens que reencontraram o caminho da escola graças aos colegas. Sua história é um dos vários relatos que compõem o documentário “Nunca me sonharam”.
No filme, ele conta que foi uma carta enviada por alunos de sua escola – e que ele guarda com carinho –que o motivou a retomar os estudos. A carta trazia os seguintes dizeres:
“Prezado colega Francisco Ronildo da Silva, 
Já faz um tempinho que não nos vemos. Então, resolvemos te convidar pra retornar à nossa escola, que está cada dia mais cheia de surpresas. Aqui podemos nos expressar, perguntar, expor nossas opiniões, ouvir a opinião do outro, tirar conclusões acerca de tudo que está sendo proposto. Não perca mais tempo. Retorne agora mesmo em busca da realização dos seus sonhos. Forte abraço daqueles que não lhe esquecem”
AÇÃO INTERSETORIAL
Trazer de volta à escola os quase três milhões de crianças e adolescentes não é uma responsabilidade apenas da área da Educação; exige a articulação de diversos setores. Diante desse enorme desafio, o UNICEF, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Instituto Tim lançaram no dia 1º de junho a Busca Ativa Escolar. Trata-se de uma plataforma, gratuita, que busca auxiliar os munícipios no enfrentamento da exclusão escolar. Por meio do site, de aplicativo ou SMS, é possível enviar um alerta sobre uma criança ou um adolescente que esteja fora da escola. O aviso dá início a uma série de ações realizadas por um grupo intersetorial de profissionais, que “vão desde uma conversa com a família, para entender as causas da exclusão, até o encaminhamento do caso para as áreas responsáveis por garantir a (re) matrícula dessa criança ou desse adolescente, bem como pelo acompanhamento da sua vida educacional”, informa o site do UNICEF. As ações são registradas na plataforma, que gera dados que podem nortear o desenvolvimento de políticas públicas. Saiba mais: buscaativaescolar.org.br
Segundo site Wpensar blog, existem cinco maneiras para diminuir a evasão e abandono escolar. São elas:
Identificar os pontos fracos da escola
Avaliar o projeto pedagógico
Considerar benefícios sociais para os alunos
Oferecer materiais didáticos adequados
Reforçar a infraestrutura da escola
E segundo o site gestão escolar, há cinco maneira para diminuir a repetência escolar.
1. Aula no contra turno
Grupos organizados fora do horário regular de aula uma, duas ou três vezes por semana.
2. Turmas flexíveis
Reunião temporária de alunos da mesma série ou ciclo em um grupo, no mesmo turno em que estão matriculados, para que façam atividades focadas nas necessidades de aprendizagem.
3. Monitoria professor-aluno
Professor que dá atenção especial ao ritmo de aprendizagem de um ou dois alunos.
4. Trabalho pessoal
Atividades complementares sobre conteúdos específicos que o professor elabora para alguns alunos para reforçar o que já foi visto em sala ou antecipar aulas futuras - uma maneira de o aluno que precisa de apoio se preparar para atividades que serão propostas em classe.
5. Monitoria aluno-aluno
Os próprios alunos atuam como monitores dos colegas com dificuldade de aprendizagem, prática que, além de eficiente, estimula a cooperação entre os estudantes.
CONCLUSÃO
Para que haja uma solução para os dois problemas atuais do sistema de ensino, abandono e reprovação escolar, é preciso que haja uma profunda reflexão e observação de cada caso.
Dentro de uma gestão escolar é preciso incorporar o aluno a atividades escolares, tutorias, atividades extraclasses tem sido exemplos de trabalhos que estão ajudando a diminuir o numero de abando e também de reprovação escolar.
REFERÊNCIAS
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/682/5-maneiras-de-evitar-a-repetencia Acessado em 20 abr. 2018
http://www.institutounibanco.org.br/aprendizagem-em-foco/28/ Acessado em 01 Mai. 2018
http://portal.mec.gov.br/ Acessado em 05 abr 2018
http://www.inep.gov.br/ Acessado em 06 de abr 2018

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