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Curso:ENGENHARIA CIVIL 
Disciplina: HIDROLOGIA
Professora: Nyadja Menezes
Email: nrodrigues@favip.com.br
Carga horária
72 h
Turno
Noite
Semestre/Ano
01/2015
METEREOLOGIA
METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
• Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera e seus processos físicos.
• Climatologia é a parte da meteorologia que analisa as características
médias e extremas das variáveis meteorológicas ou do tempo.
• A atmosfera terrestre é a camada gasosa que envolve a Terra e a
acompanha em seus movimentos.
- Camadas: alta e baixa atmosfera.
- A divisão entre ambas ocorre aproximadamente aos 20km de altitude, na
interface conhecida como estratopausa.
- A alta atmosfera tem pouca influência sobre a hidrologia terrestre.
BAIXA ATMOSFERA
Possui duas camadas:
• Estratosfera: localiza-se entre a tropopausa e a estratopausa,
possui espessura variável e caracteriza-se por apresentar menor
variação vertical da temperatura do que as camadas mais
próximas da terra. Nas regiões elevadas da estratosfera encontra-
se a subcamada de ozônio (O3), responsável pelo controle da
quantidade de radiação ultravioleta de origem solar que atinge a
Terra;
• Troposfera: compreendida entre a superfície terrestre e a
tropopausa, a mesma apresenta maior espessura no equador
(aproximadamente 16.000m) e menor nos pólos (em média
8.000m).
A Troposfera se caracteriza por constantes movimentos do ar tanto no
sentido horizontal (vento) como vertical (corrente de ar). Apresenta um
sistema dinâmico vigoroso, com uma certa correlação entre vento e
pressão no que tange à distribuição sobre o globo.
A Circulação Geral é definida como a distribuição geral média dos
ventos sobre a superfície do globo. Através de cartas isobáricas anuais,
delimitaram-se sobre o globo zonas ou faixas de ocorrência de altas e
baixas pressões e, entre estas, a predominância do vento em
determinadas direções e sentidos.
a) Faixa Equatorial de Baixas Pressões
b) Faixa Subtropical de Altas Pressões
c) Faixa Polar de Baixas Pressões
d) Calotas Polares de Altas Pressões
Circulação Geral da Atmosfera
ZONAS DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA
circulação idealizada circulação real
CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA (APROXIMADA)
Células de Hadley
PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL

PV
nR
T
CARACTERÍSTICAS DO AR ATMOSFÉRICO
Equação de estado dos gases ideais :
Sendo P a pressão, V o volume, T a temperatura (oK), n o número de moles e R
a constante universal dos gases ideais.
O ar atmosférico pode ser considerado um gás ideal
8 314
J
R , 
mol K
0 08314
atm L
R , 
mol K
ou

m
n
M
O número de moles, n, é a relação entre a massa do gás, m, e sua
massa molecular, M.
,

PV m
R
T M


P R
T M
Assim, a equação de estado dos gases ideais pode ser escrita:
Como o ar não tem volume definido, geralmente considera-se o volume
da unidade de massa, denominado de volume específico , que é o
inverso da massa específica:
 
V
m
 3 1m kg
 
m
V
 3kgm
ou


P R
T M
Nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP) (273,2 oK e
101,3 kPa), o volume, Vm, ocupado por um mol de um gás ideal é
0,0224 m3 (22,4 litros).
Tabela 1. Composição do ar seco
Gás Massa 
Molecular
* nas CNTP Volume Concentração 
mássica
g kg m-3 % kg m-3
Nitrogênio 28,01 1.250 78,09 0,975
Oxigênio 32,00 1.429 20,95 0,300
Argônio 38,98 1.783 0,93 0,016
Gás 
carbônico
44,01 1.977 0,03 0,001
Ar 29,00 1,292 100,00 1,292
*  = massa específica; CNTP = condições normais de temperatura e pressão
A Tabela 1 contém os principais gases constituintes do ar seco e suas
respectivas frações volumétricas.
A pressão atmosférica, Patm, vem a ser a soma das pressões parciais
dos gases constituintes do ar atmosférico, onde cada um deles atua
independentemente, conforme a lei de Dalton:
2 2
    
atm N O Argônio Vapordeágua
p P P P P ...
A soma das pressões parciais de todos os gases constituintes menos o
vapor de água, será designada por Pas , e a equação acima será
reescrita como:
atm as v
p P e 
Sendo Pas a pressão parcial do ar seco e ev a pressão parcial de vapor.
A equação de estado dos gases ideais aplicada ao ar seco :
as as
as
P V m
R
T M

ou
as
as
as
P R
T M
 
e para o vapor de água é :
v v
v
e V m
R
T M

ou
v
v
v
e R
T M
 
1 1
1 1
1
8 31
0 287
29 0
as
as
R , J mol K
R , J g K
M , gmol
 
 

  
O valor de R especifico para o ar seco, Ras, é dado por:
e para o vapor de água , RV, é :
1 1
1 1
1
8 31
0 461
18 0
v
v
R , J mol K
R , J g K
M , gmol
 
 

  
Três princípios básicos regem o comportamento do vapor
da água na atmosfera:
1) a pressão parcial de vapor ev é proporcional a massa de vapor mv
existente no elemento de volume de ar.
2) a uma dada temperatura T, há um máximo de vapor de água que o ar
pode reter. A pressão parcial de vapor ev quando o ar retém o máximo de
vapor é denominada pressão parcial de saturação de vapor evs.
3) quanto maior a temperatura do ar, maior a massa de vapor que ele
pode reter, isto é quanto maior T, maior evs.
ÍNDICES DE UMIDADE DO AR
a) Umidade absoluta do ar ou Concentração de vapor de água
é a razão entre a massa de vapor de água e o volume de ar
atmosférico que a contém:
b) Umidade Específica
v v
as v
m
q
m m

 
 
é a razão entre a massa de vapor de água e a massa de ar úmido
de massa especifica  que a contém:
Para um ar saturado v é máximo (a uma dada temperatura) é é
denominado umidade de saturação do ar vs.
 
 
 
3 2168
v
v
e kPa
gm
T K
  v v v
v
m M e
V R T
   
 
v v
atm v v atm
e e
q
P e e P
 
 
   0 622
v
as
M
,
M
  
A aproximação anterior é usualmente válida em problemas
microclimáticos pois ev é duas ordens de magnitude menor que Patm.
A massa especifica do ar úmido é dada por:
 1
1
v'
as
atm
e
P
  
    
 
Temperatura virtual é a temperatura que o ar seco deveria ter para ter a
mesma densidade que o ar na temperatura T.
 
 1
1
1
1
v
virt virt
atmv
atm
eT
T T T
Pe
P
  
    
     
 
c) Razão de mistura do ar umido
é a razão entre a massa de vapor de água e a massa de ar seco
existente em um certo volume de ar :
as
v
m
m
r 
 vatm
v
eP
e
6220r

 ,
d) Umidade Relativa
 100 100v v
vs vs
e
UR %
e

   

é a razão entre a pressão parcial de vapor e pressão parcial de
saturação de vapor:
A temperatura na qual o ar atingiria a saturação por resfriamento, sem
variar sua umidade, é denominada de temperatura do ponto de orvalho
Torv , ou simplesmente ponto de orvalho.
Várias equações têm sido propostas para calcular a pressão de
saturação de vapor evs. A mais usada delas foi obtida a partir de
resultados experimentais, por O. Tetens, em 1930 (Weiss, 1977):
 
17 2694
6 108
237 3vs
, T
e T , exp
T ,
 
  
 
evs em mb e T em
oC
 
7 5
237 36 108 10
, T
T ,
vs
e T ,
 
 
  
evs em mb e T em
oC
Define-se ainda déficit de saturação d, como a diferença entre a pressão
de saturação de vapor e a pressão de vapor:
vs v
d e e 
 
 
 
3 2168
v
v
e kPa
gm
T K
  
ev evs
v

 
7 5
237 30 6108 10
, T
T ,
vs
e kPa ,
 
 
  
vs v
d e e 
 100 100v v
vs vs
e
UR %
e

   
MEDIDA DA UMIDADE DO AR
A determinação de ev pode ser feita com o auxílio de instrumentos
denominados psicrômetros. Há, ainda, instrumentos apropriados
para medir diretamente a umidade relativa do ar.
Psicrômetro
Constituído por dois termômetros denominados de termômetro de bulbo
seco e de bulbo úmido.
Modelos convencionais são constituídos por termômetros comuns (de
mercúrio-em-vidro), sendo um bulbo revestido por um tecido fino
(musselina, gaze etc.), que é molhado (água destilada) imediatamente
antes do uso do instrumento.
Fig. Psicrômetro de funda (esquerda) e de Assmann (direita), com
aspirador mecânico embutido na parte superior.
Nos modelos mecânicos mais aperfeiçoados, uma
ventoinha aspira o ar por sobre os bulbos a uma
velocidade constante, que não deve ser inferior a
5 m s -1
Dentre os psicrômetros ventilados um dos mais
usado é o do tipo Assman, que é portátil.
p
E
c p
L
 
   
 
com,
 é denominada de constante psicrômetrica, porém não é constante
(pois a pressão atmosférica e o calor latente de vaporização LE
variam com a a temperatura) nem é exata (devido as aproximações
realizadas).
A constante psicrômetrica, na pressão padrão de 101,3 kPa, tem um
valor de cerca de 66 Pa K-1 em 0oC e aumenta para 67 em 20oC.
   v vs bu bue e T T T   
Por meio de leituras em um psicrômetro e um barômetro, têm-se que
as temperaturas de bulbo seco e úmido são 20 e 17oC,
respectivamente, e a pressão atmosférica é Patm=982mbar.
Determinar : 1) a pressão parcial de saturação de vapor evs, 2) a
pressão parcial de vapor ev, 3) a razão de mistura e 4) a umidade
relativa.
 
7 5
237 36 108 10
, T
T ,
vs
e T ,
 
 
  
evs em mb e T em
oC
   v vs bu bue e T T T    p
E
c p
L
 
   
 
com,
1 11 005
p
c , J g K
 
3 6 12 501 2 370 10 10
E
L ( , , . T). Jkg
  
0 622, 
 100 100v v
vs vs
e
UR %
e

   

 vatm
v
eP
e
6220r

 ,
ÁGUA PRECIPITÁVEL
É a altura de água, W, correspondente a uma massa de água no estado
liquido e contida em uma coluna de ar com área horizontal igual a A, isto
é :
2
v
H O
m
W
A


0
0 01
P
P
W(mm) , q dp  
Com, q em g/kg e P em mb
1
0 01
N
i i
i
W(mm) , q p

  
i
q
Valor médio de q por camada
i
p
Variação da pressão na camada i
Considerando que os processos (as transformações) dentro da parcela
de ar são adiabáticos, pode-se deduzir relações entre temperatura,
pressão e altura.
GRADIENTE TÉRMICO VERTICAL (LAPSE RATE)
Meteorologistas aplicam princípios termodinâmicos para a atmosfera por
considerar que parcelas de ar discretas são transportadas rapidamente
horizontalmente ou verticalmente pela ação do vento e da turbulência.
Transformações adiabáticas de um sistema são transformações que
ocorrem sem troca de calor com o meio externo.
resulta em:
Esta quantidade, denominada de , é conhecida
como Gradiente Adiabático Seco ( Dry Adiabatic
Lapse Rate – DALR).
Quando g e cp são expressos no SI , o  é :
2
3 1 1
9 8 0 98
1 100
1 005 10 100
, ms , K
K por m
, J kg K m

  
   

p
dT g
dz c
 
“Seco” neste contexto implica que nem condensação nem evaporação
ocorre dentro da parcela.
Nos movimentos atmosféricos ascensionais, por exemplo, ao ar alcança
níveis de menor pressão, se expande adiabaticamente, realizando um
trabalho contra o meio externo as custas de sua própria energia interna, e
consequentemente se resfria.
O Gradiente Adiabático Úmido ( Wet Adiabatic Lapse Rate – WALR) é
menor que o gradiente adiabático seco por causa da liberação de calor
latente por condensação.
A diferença entre o gradiente real do ar () e o gradiente adiabático seco (
) é uma medida da estabilidade vertical da atmosfera.
• Água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície
• Tipos: neblina, chuva, granizo, saraiva, orvalho, geada e neve
• O que diferencia é o estado em que se encontra a água e a
possibilidade de gerar volume líquido.
• Fenômeno alimentador da fase terrestre do ciclo hidrológico. Elemento
fundamental aos processos de escoamento superficial direto, infiltração,
evaporação, transpiração, recarga de aqüíferos, vazão básica dos rios, etc.
PRECIPITAÇÃO
GRANIZO
GEADA
Saraiva: pedras arredondadas (d < 5mm)
Granizo: pedras de gelo (d > 5mm)
• Variável climática mais importante e representa a
alimentação dos sistemas hídricos;
• A precipitação esta relacionada com o total ocorrido num
tempo definido. O valor isolado não tem significado.
• A variabilidade temporal e espacial da precipitação influencia
o comportamento da disponibilidade hídrica de uma bacia.
Esta variabilidade é aleatória.
Por ex. 100 mm é muito em 1 hora 
muito pouco num ano.
Quantificar a disponibilidade para os múltiplos usos
Abastecimento doméstico, industrial e Irrigação
Controle de inundação e erosão do solo
Eventos extremos: secas e cheias
• Tamanhos das gotículas nas nuvens :
diâmetros de 0,01 a 0,03 mm, espaçadas
por cerca de 1 mm, com massa de 0,5 a 1 g
de água/m3 – A quantidade total varia de 1,5
a 7 g/m3
• Gotas de chuva: diâmetro de 0,5 a 2 mm,
velocidade de queda de 9 m/s
• A formação de vapor de água na atmosfera
não é garantia de que o líquido contido irá
precipitar.
• Para que ocorra precipitação é necessário
que as gotas engordem e seu peso seja
superior as forças que a sustentam no ar;
MECANISMOS DE FORMAÇÃO
1
3
2
03
• Partículas na atmosfera (núcleos de condensação): sais, partículas
de minerais, matéria orgânica (pólen);
• Sobre estas partículas ocorre a condensação e crescimento das
gotas. Estes são os núcleos de condensação;
• Existem várias teorias sobre os processo que desencadeia a
precipitação nos diferentes tipos de nuvens.
Crescimento gotículas
Coalescência
(colisão entre gotas/turbulência)
Conforme o mecanismo fundamental pelo qual se produz a ascensão
do ar úmido, as precipitações podem ser classificadas em:
Frontais ou ciclônicas
Orográficas
Convectivas
Frontais ou ciclônicas
Proveem da interação de massas de ar quentes e frias.
Nas regiões de convergência na atmosfera, o ar quente e
úmido é violentamente impulsionado para cima, resultando
no seu resfriamento e na condensação do vapor de água,
de forma a produzir chuvas.
São chuvas de grande duração, atingindo grandes áreas
com intensidade média.
Essas precipitações podem vir acompanhadas por ventos
fortes com circulação ciclônica. Podem produzir cheias em
grandes bacias.
Frontal - Resulta da ascensão do ar quente sobre ar frio na zona de
contato entre duas massas de ar de características diferentes.
 
Orográficas
Quando os ventos quentes e úmidos, soprando geralmente do oceano
para o continente, encontram uma barreira montanhosa, elevam-se e
se resfriam adiabaticamente, havendo condensação do vapor,
formação de nuvens e ocorrência de chuvas.
São chuvas de pequena intensidade e grande duração, que cobrem
pequenas áreas.
Quando os ventos conseguem ultrapassar a barreira montanhosa, do
lado oposto projeta-se uma sombra pluviométrica, dando lugar a áreas
secas ou semi-áridas causadas pelo ar seco, já que a umidade foi
descarregada na encosta oposta;
Orográficas – o ar é forçado mecanicamente a transpor barreiras 
impostas pelo relevo.
CONVECTIVAS
O ar úmido aquecido na vizinhança do solo pode criar camadas de ar
que se mantêm em equilíbrio instável. Perturbado o equilíbrio, forma-
se uma brusca ascensão local do ar menos denso, que atingirá seu
nívelde condensação com formação de nuvens, e muitas vezes,
precipitações.
As chuvas convectivas são características das regiões equatoriais,
onde os ventos são fracos e os movimentos de ar são essencialmente
verticais.
Este tipo de precipitação também pode ocorrer nas regiões
temperadas por ocasião do verão (tempestades violentas).
São, geralmente, chuvas de grande intensidade e de pequena
duração, restritas a áreas pequenas. São precipitações que podem
provocar importantes inundações em pequenas bacias.
 
 Convectivas – Devido ao aquecimento diferencial da superfície,
podem existir bolsões menos densos de ar no ambiente, em equilíbrio
instável. Este equilíbrio pode ser rompido facilmente, acarretando a
ascensão rápida do ar a grandes altitudes. (Típicas de regiões tropicais)
Como dito anteriormente, os problemas de engenharia relacionados
com a Hidrologia são em sua grande maioria conseqüência da
ocorrência de chuvas de grande intensidade ou volume ou da
ausência de chuvas em longos períodos de estiagem. Por essa razão,
é importante poder estimar quantidades de chuva.
As grandezas que caracterizam uma precipitação são:
• Altura pluviométrica
• Duração
• Intensidade
• Tempo de recorrência
• Frequência de probabilidade
• Altura pluviométrica (h): é a espessura média da lâmina de água
precipitada que recobriria a região atingida pela precipitação,
admitindo-se que essa água não se infiltra, não evapora, nem escoa
para fora dos limites da região. A unidade de medição habitual é o
milímetro de chuva.
• Duração (X): é o período de tempo durante o qual a chuva cai. As
unidades normalmente utilizadas são o minuto ou a hora.
• Intensidade (i): é a precipitação por unidade de tempo, obtida com a
relação i = h/X. Expressa-se normalmente em mm/h ou mm/min. A
intensidade de uma precipitação apresenta variabilidade temporal,
mas, para a análise dos processos hidrológicos, geralmente são
definidos intervalos de tempo nos quais é considerada constante.
•Tempo de recorrência (Tr): é interpretado, na análise de
alturas pluviométricas (ou intensidades) máximas, como o
intervalo médio, em número de anos, em que se espera
que ocorra uma precipitação maior ou igual à analisada.
• Frequência de probabilidade (F): é o inverso do tempo
de recorrência, ou seja, a probabilidade de um fenômeno
igual ou superior ao analisado se apresentar em um ano
qualquer (probabilidade anual).
F
Tr
1

• Aparelho medidores cilíndricos (com área que pode variar de 100,
200, 400 ou 1000 cm2) colocado a 1,5 m do solo, livre de obstruções.
Valores com precisão de décimo de milímetro obtidos por :
P (mm) = 10 V/A V (volume em cm3) e A (área em cm2)
• Esquema
obstrução
h
D >2h
A medição da quantidade da água que cai em uma região é chamada de 
pluviometria. 
PLUVIOMETRIA
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO
- Medidas pontuais (séries históricas) >> Pluviômetro e Pluviógrafo
- Medidas espaciais >> Radar Meteorológico e Imagem de Satélite
PLUVIÔMETRO
- Cilindro receptor (captação horizontal)
- Ville de Paris: área de 400 cm2
- Medição da altura de chuva:
- Proveta graduada (mm);
- Sem proveta:
P= precipitação (mm)
V=volume recolhido cm3 ou ml 
A=área de captação cm2
cilindro 
captador
funil
reservatório
torneira
- OMM – Organização Mundial de Meteorologia
Medições: 9, 15 e 21h– mais usado: 7h (intervalo de 24 horas)
09
• Medidor sem registrador;
• Dados coletados pelo observador 1 vez ao dia (pela manhã). Em
algumas entidades utiliza-se duas vezes ao dia;
• O totalizador de um dia não permite conhecer como a
precipitação se distribui ao longo do dia
• Fontes de erros: anotações, somar a medição de precipitações
altas (somam valores de 20 mm).
O valor medido num dia t+1 é transferido para o dia t, pois a
maior parte do tempo ocorreu no dia anterior. Isto pode ser fonte
de erro de processamento de dados.
Dia t Dia t+1
Leitura 7:00 (manhã)
Período de totalização 
do dia t
• Objetivo: O equipamento automático pode ser necessário devido a falta
de observador e dificuldade de acesso e/ou para conhecer a distribuição
da precipitação dentro do dia
• Sensores: com cubas basculantes ou (bóia, balanças) reservatório com
sifão
• Registradores: (a) mecânico: tambor com relógio e pena sobre papel
milimetrado; (b) eletrônico.
• Transmissão: coleta por observador, equipe de campo; transmissão por
rádio, satélite e celular, dependendo da distância e custos.
• Os aparelhos mecânicos apresentam maior custo de processamento e
erros. Os equipamentos digitais sofrem de interferências e principalmente
impactos dos raios.
PLUVIÓGRAFO
Intensidade de chuva (i = mm/h) 
Pluviograma: gráfico contínuo (abscissa: tempo x ordenada: chuva acumulada)
- Hidrológica e meteorológica
- Telemétrica (satélite) e não-telemétrica 
(Central de aquisição de dados)
- Estação automática - medição de variáveis 
hidrológicas 
- Canais para diversas variáveis
- Armazenamento de leituras
- Conexão com computador (notebook)
- Eliminam a digitação
Plataforma de Coleta de Dados (PCD)
RADAR METEOROLÓGICO
O radar meteorológico é usado para rastrear a formação e evolução de
nuvens, nevoeiros e precipitação.
Importante para a análise de fenômenos meteorológicos em altitude e
nas previsões de chuva em tempo real.
Em São Paulo é usado com o objetivo, entre outros, de operar alguns
sistemas hidráulicos de drenagem e de acionar a defesa civil contra
inundações. (Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE).
Radar Meteorológico
Melhor distribuição espacial da estimativa
O transmissor gera uma
onda eletromagnética que
é irradiada para a
atmosfera pela antena. Ao
interagir com as nuvens em
sua trajetória, a onda sofre
reflexão e parte retorna a
antena em forma d eco.
Possui um transmissor, um
receptor, antena e sistema
de aquisição e analise de
informações.
RADAR METEOROLÓGICO
O radar meteorológico de Ponte Nova, do DAEE, monitora as 
chuvas num raio de 240 quilômetros.
Radar
O radar não mede diretamente
chuva. O radar recebe um
determinado nível de retorno dos
alvos de chuva denominado
refletividade.
Esta refletividade possui uma
relação física com o espectro de
gotas observado pode-se determinar
a partir deste espectro uma relação
entre a refletividade do radar e a
taxa de precipitação correspondente,
conhecida como relação ZR.
Radar
Os dados de chuva na área do radar são interpolados num nível de altura
constante entre 1,5 a 18,0 km de altura, numa área de 360x360 km, com
uma resolução de 2x2 km.
Esta resolução espacial equivale a ter-se 32400 postos pluviográficos
numa área de 152.000 km2 aproximadamente
Para a maioria dos radares meteorológicos o limite inferior da taxa de
precipitação é de 1mm/h, a uma distância de 190 km.
RADAR
Uma característica importante dos radares meteorológicos modernos é o
software para tratamento do grande volume de dados de refletividade
gerados.
Esse software permite ter-se em tempo real o mapa de chuva a um nível
de altura constante, denominado CAPPI, do inglês Constant Altitude Plan
Position Indicator.
CEST - Central European Summer Time (MESZ) :UTC+2
ESTIMATIVA POR SATÉLITE
• Estimativas baseadas em temperatura de brilho do topo de nuvem (Lei
de Planck):
• Quanto mais quente a nuvem “parece”, mais água ela contém
• Imagens no IR e MW (MW mais precisas)
PPGRHSA-IPH - UFRGS Plano de dissertação de mestrado
1e
1hc2
TB
kThc5
2




/
)(
sendo h a constante de Planck (= 6,626x10-34 J s), k a constante de
Boltzman (= 1,3806 x 10-23 JK-1), T é a temperaturaem K e c é a
velocidade da luz.
ESTIMATIVAS DE CHUVA POR SATÉLITE
• Instrumentos do TRMM: Sensor
Microondas e Radar
• Além disso: validação em terra
• Produto 3B42 (dados de 3 em 3 horas,
resolução de 0.25°)
PPGRHSA-IPH - UFRGS Plano de dissertação de mestrado
Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM).
NASA
IMAGENS DE SATÉLITES
- Regiões de precipitação
- Interpola espacialmente as precipitações
SITIOS IMPORTANTES
www.cptec.gov.br (INPE) www.ana.gov.br
www.itep.gov.br (LAMEPE) www.inmet.gov.br
www.cprm.gov.br
RADAR METEOROLÓGICO
- Relação entre a intensidade da onda 
refletida e a intensidade da precipitação
- Distribuição de chuva em raio de 200 km
- Baixa precisão para Hidrologia, alto
custo e operadores especializados
DADOS PLUVIOMÉTRICOS
• Os locais onde são instalados Pluviômetros,
pluviografos e PCDs são chamados de postos ou
estações pluviométricas.
• Os dados obtidos e processados nestes postos ou
estações, compõem as séries históricas de dados
pluviométricos, que serão empregadas nos diversos
tipos de estudos hidrológicos.
Climatologia das chuvas no período de janeiro a abril 
para o Estado de Pernambuco
Taxas de precipitação anuais no estado de Pernambuco-
Isoietas médias anuais 
-42.0 -41.5 -41.0 -40.5 -40.0 -39.5 -39.0 -38.5 -38.0 -37.5 -37.0 -36.5 -36.0 -35.5 -35.0 -34.5 -34.0
Longitude
-10.0
-9.5
-9.0
-8.5
-8.0
-7.5
-7.0
La
titu
de
400 mm
500 mm
600 mm
700 mm
800 mm
900 mm
1000 mm
1100 mm
1200 mm
1300 mm
1400 mm
1500 mm
1600 mm
1700 mm
1800 mm
1900 mm
2000 mm
2100 mm
2200 mm
Figura III.2.1/1- Isoietas Médias Anuais para o Estado de Pernambuco.Figura 5 - Isoietas Médias Anuais para o Estado de
Pernambuco
Figura 5 – Isoietas Média Anuais para o Estado de Pernambuco
Posicionamento médio da estação chuvosa - Estado de Pernambuco 
Estação chuvosa: 70% do total precipitado

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